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Relatório de Pilar 3
Data: 31/12/2020
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RELATÓRIO DE PILAR 3

GESTÃO INTEGRADA DE RISCOS

(Circular 3.930/19 - BACEN)

Data Base – 2020

Banco Yamaha Motor do Brasil S/A.


Yamaha Administradora de Consórcio Ltda.
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Tabela OVA: Visão geral do gerenciamento de riscos da instituição


Objetivo: Descrição das estratégias de gerenciamento de riscos e da atuação do conselho
de administração (CA) e da diretoria, de modo a permitir o claro entendimento da relação
entre o apetite por riscos da instituição e as suas principais atividades e riscos relevantes.
Conteúdo: Informações qualitativas.
Frequência: Anual.
Formato: Flexível.

Devem ser descritos os objetivos e as políticas de gerenciamento de riscos, conforme


disposto na Resolução n° 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, com destaque para:
(a) A interação entre o modelo de negócios e o perfil de riscos da instituição, e entre
esse perfil e o nível de apetite por risco estabelecido pelo CA (a descrição deve
englobar os principais riscos relacionados ao modelo de negócios).

O Conglomerado Prudencial da Yamaha é composto pela Yamaha Administradora de


Consórcios Ltda (YAC) e pelo Banco Yamaha Motor do Brasil S.A. (BYMD).

A YAC tem como objetivo social a constituição e administração de grupos de consórcio.


Iniciou suas atividades em 1981, administrando grupos para aquisição de bens,
principalmente da marca Yamaha. Atualmente, já administra grupos de consórcio para
aquisição de bens móveis Yamaha e outras marcas e imóveis.

O BYMD é um banco múltiplo que opera basicamente em crédito/financiamento e


investimento. Criado em outubro de 2008, sua missão é oferecer serviços financeiros
competitivos e rentáveis, fortalecendo os negócios do Grupo Yamaha e satisfazendo
as expectativas dos clientes, correspondentes, representantes comerciais,
colaboradores e acionistas.

Devido seu baixo potencial de contágio e impacto sistêmico do conglomerado


prudencial no Sistema Financeiro Nacional, a instituição foi classificada na categoria
S4 conforme Resolução CMN 4.553/17.

O Conglomerado Prudencial da Yamaha, em consonância com a circular BCB


3.930/19 e mantendo seu habitual compromisso de transparência com o mercado, vem
por meio deste documento, publicar as informações relativas à sua estrutura e métodos
de gestão de riscos integrados.

1. Perfil de Riscos da Instituição

O Conglomerado Prudencial da Yamaha possui um perfil de risco conservador que


pode ser observado em seu modelo de negócio. Possuímos desempenho estável e
consistente ao longo do ciclo de vida da organização, mantemos posição focada e
consolidada de liderança no seguimento de financiamento, ofertamos produtos e
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operamos com transações de baixo risco, além de mantermos níveis de alavancagem


em patamares permitidos pelo Regulador e de capital confortavelmente acima do
requerido.

Ciente dos riscos que estamos inerentemente sujeitos, aliado à capacidade de


absorção destes riscos, determinamos o planejamento estratégico respeitando o
apetite à riscos. As tomadas de decisão de negócio levam em consideração os limites
estabelecidos como forma de monitorar o atingimento destes objetivos dentro dos
níveis toleráveis de exposição.

A interação do modelo de negócio e o apetite a riscos se materializa por meio da


utilização das ferramentas e abordagens a seguir:

• Definição formal e divulgação do Risk Appetite Statement (RAS);


• Estabelecimento de limites operacionais;
• Monitoramento das metas e atingimento do orçamento, observando o risco
moral (moral hazard);
• Avaliação periódica de processos, riscos e controles;
• Revisão tempestiva de eventuais riscos aceitos;
• Comitês para deliberação do tratamento de risco, bem como decisões de
negócio que podem impactar nas exposições atuais;
• Avaliação agregada de riscos e impacto abrangente;
• Revisão dos limites e apetite de acordo com eventuais mudanças no modelo e
estratégia de negócio.

a. Principais riscos relacionados ao modelo de negócios:

Nesta seção, descrevemos os riscos inerentes que nosso modelo de negócio está
inserido. As medidas de tratamento de tais riscos estão detalhadas na seção (d)
deste relatório.

Risco de Crédito: O BYMD atua basicamente no suporte das operações de atacado


e varejo dos produtos Yamaha, tanto automotivos como náuticos, através das linhas
de Floor Plan disponibilizadas à rede de concessionários exclusivos da marca, assim
como em operações de financiamento disponibilizadas ao consumidor final.

Adicionalmente também atua no financiamento de motocicletas usadas da marca.

Na YAC a atuação estende-se para além da limitação imposta pelo mercado de


motocicletas, zero km ou usadas da marca, para produtos automotivos de demais
marcas assim como cotas de consórcio de imóveis as quais são comercializadas por
canal de venda exclusivo para esta finalidade.
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Desta forma pode-se afirmar que o conglomerado atua em sua maioria focado em
clientes pessoa físicas, onde observa-se risco de crédito pulverizado devido ao grande
volume de operações.

Os modelos de crédito utilizados são constantemente avaliados através de KPI´s


específicos e revisadas quando necessários.

O alto índice de penetração de seguro prestamista observado nas operações


financiamento, alinhado com o seguro de crédito das operações de crédito contribuem
para a diminuição do risco de crédito residual.

Risco de Contraparte: A política do BYMD determina que todas as contrapartes


sejam previamente aprovadas pela Diretoria de Riscos antes do início do
relacionamento, assim como as reavaliações necessárias para a manutenção
atualizada dos fatores de riscos das mesmas.

Dentre as operações que geram riscos podemos ressaltar a utilização de instrumentos


de derivativos com objetivo de proteger as operações de captação de recursos. Assim,
adotamos tais instrumentos para converter a exposição em dólares por uma exposição
pré-fixada em moeda local. Dada natureza volátil do derivativo com tempo de vida
longo, ainda que tenhamos todos derivativos registrados na CETIP, sob o regime do
CGD (Contrato Geral de Derivativos), permanece o risco da contraparte não honrar
com o compromisso especialmente em casos em que o mercado tenha impactos
significativos a nosso favor e as contrapartes não sobrevivam a mudanças bruscas
destas variáveis.

Risco Operacional: Nossas operações são sustentadas por processos, pessoas e


tecnologia que sofrem constantes mutações, podendo gerar impactos devido eventual
perda de capacidade operacional, intelectual e funcional. Como integrantes do sistema
financeiro, estamos suscetíveis a exposições externas como mudanças regulatórias,
eventos da natureza, greves, entre outros.

Risco Socioambiental: Somos uma empresa composta de pessoas, nos


preocupamos com a segurança e bem-estar dos nossos profissionais, especialmente
com a sua liberdade individual e projeção livre da personalidade. Porém, não estamos
isentos à eventuais fatores de risco que possam comprometer este ambiente
harmônico.

Risco de Liquidez: Captamos e repassamos recursos conforme estratégia de


negócio, tornando desafiador: (i) atingir o equilíbrio entre risco e retorno; e (ii) atender
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às necessidades de fluxo de capital sem ter um impacto negativo nas suas operações
diárias ou na posição financeira geral.
Se tal equilíbrio não for adequadamente gerido, pode afetar a liquidez e comprometer
a capacidade de honrar compromissos nos prazos determinados.

Risco de Mercado e Taxa de Juros: Efetuamos captações indexadas ao dólar


americano e a taxas de juros a fim de financiar nossas operações. Portanto, somos
sensíveis às variações destes indicadores.

Nossas operações ativas são totalmente orientadas pelo CDI, além de outros fatores
macroeconômicos, como crescimento do país e políticas monetárias, impactando
diretamente na concessão e capacidade de crédito assim como na rentabilidade.

A política da instituição determina que o papel da Tesouraria deve se manter de forma


passiva, focada especificamente na captação de recursos a baixos custos e garantindo
um colchão de liquidez coerente em relação ao seu portfólio, sempre visando eliminar
os riscos de variações da curva a termo da taxa de juros e variações cambiais através
de operações de hedge.

De acordo com o modelo de negócio da instituição, não possuímos operações


classificadas na carteira de negociação (trading book), ou seja, somente temos
operações com objetivo de retermos até o vencimento.

Risco de Compliance, Regulatório e Reputacional (inclui Lavagem de Dinheiro e


CFT): Operamos com um modelo altamente fragmentado incluindo correspondentes
no país, representantes comerciais, fornecedores, entre outros parceiros. Oferecemos
financiamento a estoque dos correspondentes, uma atividade que adiciona um
componente de incerteza por se tratar de um negócio volátil. Tal cenário torna
desafiador assegurar a homogeneidade e o mesmo rigor de padrões éticos, de gestão
de riscos e controles, aplicados no Conglomerado Prudencial da Yamaha, sobre
nossos parceiros.

Adicionalmente, por se tratar de um Conglomerado Financeiro e dada natureza dos


nossos produtos, somos naturalmente suscetíveis a fraudes. Como parte integrante do
sistema financeiro, estamos sujeitos a um regime regulatório extenso, no qual garantir
integral conformidade regulatória requer esforços especiais.

Gestão de Capital: Estamos inseridos em um cenário altamente competitivo, dinâmico


e globalizado com impactos sistêmicos que podem eventualmente ser desfavorável
aos nossos negócios. Diante deste contexto, devemos manter capital suficiente para
nos proteger de tais eventos de estresse sem comprometer nossas atividades e a
continuidade da Organização.
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(b) Governança do gerenciamento de riscos: responsabilidades atribuídas ao


pessoal da instituição em seus diversos níveis (formas de controle, delegação
de autoridade, divisão de responsabilidades por tipo de risco e por unidade de
negócio, entre outros), e o relacionamento entre as instâncias de governança
(CA, diretoria, comitês de assessoramento do CA, unidades responsáveis pela
função de conformidade e pelo gerenciamento de riscos, auditoria interna, entre
outros).

2. Governança do gerenciamento de risco

A Governança do gerenciamento de riscos no Conglomerado Prudencial da Yamaha


incorpora uma miríade de iniciativas que agregadas visam a redução de riscos à níveis
aceitáveis de exposição, à adequada transparência e divulgação, a manutenção da
saúde financeira e a continuidade do negócio.

a. Gestão de Riscos Integrados.

A Gestão Integrada de Riscos (GIR) tem a missão de atuar de maneira ativa e


independente na redução da exposição dos riscos a níveis aceitáveis, alinhados ao
nosso apetite a risco. A gestão dedicada aos riscos está segregada em Riscos Não
Financeiros e Riscos Financeiros e avaliada de forma agregada:

i. Riscos Não-Financeiros:

A área de Gestão de Riscos Não Financeiros (NFRM) é composta por:

• Compliance, CFT e PLD;


• Regulatório e Reputacional;
• Risco Operacional, incluindo Legal e Controles Internos,
• Risco Socioambiental;
• Risco Tecnológico e Segurança da Informação.

ii. Riscos Financeiros:

A área de Gestão de Riscos Financeiros (FRM) é composta por:

• Risco de Mercado e Taxa de Juros (IRRBB);


• Risco de Liquidez;
• Risco de Crédito;
• Gestão de Capital.

O papel da área da Gestão Integrada de Riscos é assegurar, em conjunto com as


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demais áreas da primeira e terceira linhas de defesa:

• Identificação, avaliação e tratamento dos riscos;


• Avaliação e suporte ao fortalecimento dos mecanismos de proteção;
• Monitoramento dos eventos de risco e atuação sobre eles;
• Supervisão da não aderência à normas internas e externas, princípios
corporativos, normas de conduta;
• Disseminação da cultura de Riscos, Controles e Compliance;
• Intermediação das demandas regulatórias e áreas relacionadas;
• Monitoramento das atividades relacionadas à PLD/CFT (Prevenção à Lavagem
de Dinheiro e Combate ao Financiamento do Terrorismo);
• Adequado e tempestivo reporte regulatório;
• Gerenciamento do Canal de Denúncias para que todos os colaboradores,
fornecedores, entre outros, possam relatar práticas inadequadas relacionadas ao
não cumprimento de normas de conduta ou possíveis fraudes internas e externas
que possam impactar a organização. A área deve ser imparcial e ainda manter o
sigilo na condução da investigação e informações prestadas.

b. Estrutura de Comitês:

i. Comitê Executivo

Reúne-se mensalmente, com os objetivos, a saber:

• Monitorar o planejamento estratégico da Organização e cumprimento das


metas definidas;
• Deliberar e acompanhar assuntos de caráter administrativos, operacionais
e negócios;
• Acompanhar a regularização de pendências ou eventuais desvios dos
objetivos traçados.

ii. Comitê de Riscos Integrados

Reúne-se mensalmente, com os objetivos, a saber:

• Monitorar os riscos individuais e agregados relevantes da Organização,


bem como os respectivos mecanismos de proteção;
• Avaliar periodicamente eventuais riscos aceitos e dispensas;
• Deliberar assuntos estratégicos relacionados ao gerenciamento de riscos
financeiros e não financeiros;
• Supervisionar indicadores de riscos e limites operacionais violados ou
em tendência de violação;
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• Estabelecer medidas necessárias para proteção da Organização;


• Avaliar casos suspeitos de PLD/CFT e arbitrar sobre a comunicação ao
órgão regulador pelo Diretor de Gestão de Riscos, bem como sobre a
manutenção do cliente na instituição.

iii. Comitê de Tesouraria:

Reúne-se mensalmente, com os objetivos, a saber:

• Comunicar e subsidiar a tomada de decisão, visando legitimar as ações


da organização e assegurar o uso das melhores práticas aplicadas no
gerenciamento financeiro;
• Monitorar os principais indicadores de mercado que afetam os negócios
da Organização, supervisiona as exposições das carteiras de negócio e
a gestão de ativo e passivo (ALM).

iv. Comitê de Segurança da Informação Proteção de Dados:

• Integramos ao comitê do grupo Yamaha Brasil como forma de alinhar e


monitorar os eventos e decisões de riscos de maneira agregada.

v. Comitê de Prevenção a Lavagem de Dinheiro e Combate ao


Financiamento do Terrorismo – PLD/CFT:

Reúne-se trimestralmente ou apenas quando há uma solicitação extraordinária


pela área de Compliance, Controles Internos e Risco Operacional, com o objetivo,
a saber:

• Comunicar sobre os casos suspeitos de PLD/CFT, já decididos sobre a


comunicação ao órgão regulador pelo Diretor da Gestão de Riscos, bem
como sobre a manutenção do cliente na instituição.

c. Políticas e Normas de Procedimentos

As Políticas e Normas de Procedimentos do Conglomerado Financeiro da Yamaha são


formalmente definidas e amplamente divulgadas aos colaboradores e estão
disponíveis para acesso interno na Intranet Corporativa.

A área de Gestão de Riscos Integrados é a responsável pelo gerenciamento das


atividades relacionadas às políticas e normas de procedimento, auxiliando as áreas no
desenvolvimento, atualização, publicação e divulgação, bem como monitorando os
prazos para revisão. No entanto, os gestores das áreas de negócio são responsáveis
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pela existência e manutenção de Políticas e Normas de Procedimento de sua


competência.

d. Delegação de Poderes

Os diretores e colaboradores do Conglomerado Financeiro da Yamaha, de acordo com


as suas responsabilidades no exercício de suas funções, poderão exercer poderes
internos mediante assinaturas autorizadas e poderes externos via procurações
específicas para cada finalidade, conforme o descrito no quadro de delegação de
poderes constantes NP. RH003 - Delegação de Poderes (BYMD).

A área Jurídica é responsável pela elaboração das procurações e a distribuição é de


responsabilidade de cada uma das áreas de negócio. A outorga de procurações de
Poderes Gerais, Movimentação Financeira e demais específicas se dá conforme
Política de Procurações NP. JD-04, encontrando-se nela descritos prazos de vigência,
forma de designação e quem são as pessoas elegíveis para receber procurações.

As procurações de poderes gerais do BYMD são outorgadas automaticamente, de


acordo com o organograma dos Diretores estatutários nomeados na referida
instituição, de acordo com o disposto no estatuto social e legislação aplicável,
conforme o caso. Gerentes e chefes são nomeados, por igual, como outorgados em
procuração de movimentação financeira, desde que especificamente designados pela
Alta Administração.

A atuação de diretores adjuntos, gerentes executivos, assistentes de diretoria e,


eventualmente, diretores de outras empresas do grupo, depende de autorização da
Alta Administração.
No exercício de qualquer ato de movimentação financeira, deverão ser integralmente
observadas as limitações e disposições da norma de Delegação de Poderes, inclusive
quanto às operações de aprovação de pagamentos via sistema.

É responsabilidade da área de Gestão de Riscos Integrados manter atualizados os


limites de alçada específicos, formalizados na NP-RH-004 - Delegação de Poderes
(BYMD), sempre alinhando com as alçadas da NP-RH-003 - Delegação de Poderes
Corporativa, que está sob responsabilidade da área de Recursos Humanos do
Grupo.

e. Estrutura de Linhas de Defesa:

• Primeira Linha de Defesa: o Gestor de cada área da empresa é


responsável primário por identificar e tratar os riscos nos processos sob sua
responsabilidade, bem como implementar as ações corretivas para resolver
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deficiências em processos e controles, com o apoio da área de Gestão


Integrada de Riscos.

• Segunda Linha de Defesa: a área de Gestão Integrada de Riscos é


independente da gestão das linhas de negócio e responsável por atuar como
uma área facilitadora na implementação de práticas de Gerenciamento de
Riscos e na metodologia de Compliance e Controles Internos, atuando de
forma consultiva ao prestar suporte às áreas de negócios e funcionais.
Também é responsável por monitorar, testar e avaliar a aderência à
legislação, regulamentação, políticas e procedimentos, mantendo assim os
padrões de integridade alinhados aos princípios, diretrizes e apetite ao risco
adotados pela Instituição.

• Terceira Linha de Defesa: a Auditoria Interna provê avaliações sobre a


eficácia da governança, do gerenciamento de riscos e dos controles internos,
incluindo a forma como a primeira e a segunda linhas de defesa alcançam
os objetivos de gerenciamento de riscos e controles.

• Exame Independente: A Instituição possui Auditoria Externa independente


que avalia periodicamente nossas Demonstrações Financeiras, processos
de gestão de riscos e ambiente de controles internos.

• Supervisão: Como uma Instituição integrante do Sistema Financeiro, somos


rigorosamente supervisionados pela entidade reguladora Banco Central do
Brasil (BCB).

f. Auditoria Interna

A missão da Auditoria Interna é prover segurança aos negócios, a fim de minimizar os


riscos empresariais a um nível tolerável, identificando e propondo oportunidades que
possam contribuir para o aprimoramento das práticas operacionais de gestão e
controles internos existentes, atuando de forma independente, ética e agregando valor
aos negócios.

Verificando a qualidade e consistência dos procedimentos adotados para o


Gerenciamento de Riscos e avaliando o cumprimento das políticas e dos
procedimentos de gerenciamento de riscos adotados.

A função da Auditoria Interna do Conglomerado Prudencial da Yamaha inclui:

 Desempenhar um papel proativo e eficaz de proteção à Organização como terceira


linha de defesa, assegurando a adequada supervisão e eficiência das demais
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linhas de defesa;
 Monitorar a conformidade dos agentes de governança às normas aplicáveis e
estabelecer recomendações efetivas de aperfeiçoamento de controles, regras e
procedimentos, em consonância com as melhores práticas de mercado;
 Compreender modelo de negócio das Financeiras e ambiente regulatório para
prover adequado suporte na mitigação das exposições;
 Assegurar que as recomendações constantes nos relatórios da Auditoria Interna
sejam devidamente implementadas pela administração das Companhias, a fim de
minimizar os riscos associados aos processos analisados, especialmente aqueles
que possam resultar em perdas financeiras ou prejuízos de imagem;
 Monitorar e atuar sobre eventos de riscos materializados e fragilidades que
possam comprometer a segurança da Organização

(c) Canais de disseminação da cultura de riscos na instituição (código de conduta,


manuais, processos de comunicação de riscos, entre outros).

3. Canais de disseminação da cultura de riscos na instituição

Visando preservar e elevar o nível de conscientização de cada colaborador quanto a


importância e seu papel na gestão de riscos corporativos, mantemos canais abertos
e comunicações constantes relativas ao tema:

i. Código de conduta

O código de conduta estabelece as práticas e valores a serem seguidos por todos os


membros das Financeiras e é amplamente divulgado a todos os níveis da
Organização.

ii. Pílulas de conscientização

Periodicamente são emitidas a todos colaboradores pílulas de conscientização para


reforçar compromisso e nível de conhecimento sobre ameaças e medidas de
precauções.

iii. Programas de segurança patrimonial e do trabalho, incluindo


riscos socioambiental e segurança da informação

Anualmente, é realizada a Campanha Interna de Prevenção a Acidentes (CIPA), que


inclui temas desde segurança física à lógica para proteção dos ativos da Organização,
no qual incluem seus colaboradores.
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iv. Canal de Comunicação com o Compliance:

O Canal de Comunicação com Compliance é o canal oficial e específico a ser utilizado


pelos colaboradores do conglomerado prudencial Yamaha, sendo gerenciado pela
área de Compliance, Controles Internos e Risco Operacional.

Este canal é acessado para relatar ocorrências relacionadas a dúvidas específicas,


sugestões, falhas, deficiências, inadequação de processos internos, sistemas e/ou de
eventos externos, incluindo qualquer outra situação ou comunicação de boa-fé
relacionada ao Risco Legal, de Compliance ou de Imagem, associados à marca
Yamaha, relacionados aos processos e atividades das Empresas Financeiras do
Grupo Yamaha, incluindo os reportes de eventos de Risco Operacional que sejam
identificados.

(d) Escopo e principais características do processo de mensuração de riscos.

4. Escopo e principais características do processo de mensuração de riscos

Risco de Crédito: por meio dos objetivos estratégicos definidos pela Alta
Administração, a área de Riscos de Crédito recomenda limites, avalia exposição e
tendência, e acompanha a eficiência da política de concessão de crédito. Para tais
fins, provê:

 Definição dos parâmetros de política: as políticas de crédito para as operações


do conglomerado são definidas de forma a evitar potenciais perdas financeiras.
Os critérios para tomada de decisão podem ser padrão (inalteráveis) ou
dinâmico (conforme comportamento de variáveis de crédito), no qual baseiam-
se em acompanhamentos e estudos dos KPI's de processos de Crédito e
Cobrança ou em função da identificação de oportunidades de mercado.

 Aprimoramento de ferramentas de rating: utilizamos modelo de score na


concessão de crédito para medir a qualidade de um determinado cliente,
atribuindo ratings a partir da uma análise econômico-financeira aos bureaus de
crédito e outras informações cadastrais. O modelo de score é revisado
periodicamente, a fim de que as qualificações por ele atribuído sejam
progressivamente aperfeiçoados.

 Adequação do provisionamento de crédito: garantir que as perdas associadas


ao risco de crédito sejam devidamente apuradas e adequadas com as
especificações definidas na Resolução CMN nº 2.682/1999.

 Estimativa de perdas de crédito: estima-se mensalmente as perdas esperadas


relacionadas ao risco de crédito, através dos parâmetros de PD (Probability of
Default) e a perda dada ao “default” (Loss Given Default), por meio das
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observações de inadimplência e no histórico de recuperação de créditos


inadimplentes da carteira.

 Observância da concentração de crédito: monitoramento contínuo das


exposições em grupos de clientes, setor econômico, região geográfica e
produtos.

 Avaliação de garantias: as operações referentes ao produto Floor Plan são


garantidas através de: (i) CDB vinculado (ii) fiança bancária (ii) alienação
fiduciária imobiliária, no qual deverão ser suficientes para cobrir todas as linhas
de crédito liberadas para as filiais e matriz. A fim de assegurar imparcialidade e
confiabilidade ao processo, as avaliações fiduciárias são realizadas por uma
empresa independente e consideram o valor real de mercado.

Risco de Mercado e IRRBB: avalia a exposição em fatores de riscos tais como: taxas
de juros e taxas de câmbio em decorrência da contratação e diversificação de
instrumentos, do montante das operações, do prazo estabelecido, das condições e
custos do contrato e da volatilidade subjacente. Atua de forma independente das
estruturas de operações de Tesouraria, e é subordinada a Diretoria de Riscos e
Compliance. Para apuração do risco da carteira, considera-se:

 Mensuração e controle da carteira de não negociação (banking book):


gerencialmente, uma das principais métricas utilizadas para mensurar o risco
financeiro, é a metodologia de VaR (Value at Risk), que considera o VaR
Paramétrico para o horizonte temporal de 1, 10 e 252 dias, com nível de
confiança de 99% e volatilidade EWMA (em que atribui maior peso aos retornos
mais recentes). Além do VaR, considera o VaR Estressado, adicionando ao
cálculo a simulação de choques de taxas de juros.

O VaR e o VaR Estressado não são as únicas medidas, dado a classificação da


carteira, o EVE (Economic Value of Equity) é a metodologia oficial para alocação
do risco banking (Rban). A métrica consiste na mensuração do impacto no valor
presente da carteira considerando a aplicação de choques nas taxas de juros,
baseados nas variações históricas dos últimos cinco anos.

A decisão em manter o VaR como parâmetro gerencial, advêm da importância


em se usar duas metodologias distintas, que possibilitem obter um aspecto
completo do perfil do risco. As posições são monitoradas diariamente, através
de relatórios gerenciais às áreas de negócio e à Alta Administração.

 Apreçamento de Instrumentos Financeiros: utiliza, preferencialmente, cotações


observadas no mercado financeiro, capturadas através de fontes externas
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confiáveis. Dentre os parâmetros de apreçamento utilizados estão: taxas de


juros, taxas de câmbio, contratos derivativos, índices e moedas.

 GAP Pré de Ativos e Passivo: avaliação de concentração de riscos de diferentes


indexadores (moedas e taxas de juros) nos diferentes prazos (vértices), bem
como estimar o possível impacto sobre a margem financeira e sobre o valor
patrimonial.

Risco de Liquidez: considera a proporcionalidade em satisfazer as obrigações,


através de recursos disponíveis em tempo hábil e custo adequado, para tanto,
submete-se aos seguintes critérios de manutenção:

 Reserva Mínima de Caixa: estabelecimento de um valor mensal, a partir do


cálculo que se mostrar mais conservador, entre dois cenários internos.

 Projeção de fluxo diário: elaborado detalhadamente com base em premissas


orçamentárias e estabelecimento de limites prudenciais. A gestão consiste em
proporcionar um perfil estável de funding em decorrência de possíveis
descasamentos entre ativos e passivos.

Risco Operacional: com a missão de minimizar a possibilidade de ocorrência de


perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos,
pessoas e sistemas ou de eventos externos, incluindo o risco legal associado à
inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a
sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por
danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição. O
gerenciamento do risco operacional tem sob sua responsabilidade:

 Disseminação da Política e Cultura de Risco Operacional: visa promover a


disseminação da cultura de risco operacional a todos os níveis hierárquicos da
instituição, ressaltando a importância dos seus papéis e responsabilidades na
gestão do risco operacional, através de comunicados internos, palestras ou
treinamentos;

 Mapeamento de Processos, Riscos e Controles: realiza a avaliação de riscos


das linhas de negócio, avaliando as normas, controles, processos, riscos
inerentes e residuais, a fim de prover a Alta Administração uma visão
consolidada dos riscos sob sua responsabilidade.

 Monitoramento de pontos de não conformidade: visa monitorar os pontos de


não conformidade identificados pela Auditoria Externa, Órgãos Reguladores e
de seus Mapeamentos de Riscos, auxiliando os gestores no entendimento,
realização dos planos de ação e reportando a Alta Administração o cumprimento
de prazos acordados para resolução;
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 Monitoramento de Eventos de Risco Operacional: visa identificar, monitorar,


analisar e consolidar as informações referentes aos eventos de risco
operacional;

Risco Socioambiental: emprega-se medidas de inclusão social e fomenta


diversidade, sem distinção racial, étnica, religiosa, política ou outras preferências,
através da promoção de conscientização ambiental e social, além de englobar tais
fatores nas avaliações para suportar a tomada de decisão de negócio. O Código de
Ética da Yamaha contempla expressamente a preocupação da instituição quanto ao
risco socioambiental, sendo conscientizado a todos os colaboradores a sua
importância.

A política de responsabilidade socioambiental (PRSA) estabelece as condições


necessárias e exigíveis para a identificação de Riscos Socioambientais relacionados
às atividades, produtos e serviços do Conglomerado Prudencial Yamaha.

(e) Processo de reporte de riscos ao CA e à diretoria.

5. Processo de reporte de riscos ao CA e à diretoria.

A área de Gestão Integrada de Riscos é centralizadora dos eventos de riscos


materializados ou fragilidades detectadas ainda que não concretizadas. A primeira
linha de defesa é responsável por comunicar prontamente à GIR tão logo tome
conhecimento de eventos de riscos.

Da mesma maneira, a GIR deve comunicar eventos relevantes à Alta Administração,


bem como às áreas afetadas e determinar ações em conjunto com os responsáveis,
para tratar tais ocorrências.

Informações consolidadas de risco, análises e tendências são reportadas


mensalmente nos respectivos comitês (conforme detalhado na seção (b)) para tomada
de decisão de riscos alinhadas aos objetivos estratégicos.

(f) Informações qualitativas sobre o programa de testes de estresse (portfólios


considerados, cenários adotados, metodologias utilizadas e uso dos
resultados no gerenciamento de riscos).

6. Testes de estresse

O programa de teste de estresse de riscos integrados é desenhado com o objetivo


macro de avaliar a capacidade de resiliência do Conglomerado Financeiro,
considerando os principais riscos inerentes agregados que podem afetar os objetivos
estratégicos e a continuidade dos negócios. Incorporamos componentes
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idiossincráticos e sistêmicos às nossas análises, com a finalidade de identificar: (i)


potenciais vulnerabilidades; (ii) impactos sobre o resultado; (iii) efeitos sobre o capital
da instituição; e (iv) impactos no portfólio e com projeções de resultados dos próximos
três anos do conglomerado prudencial (2021, 2022 e 2023).
Para a realização do teste de estresse foram definidos três cenários distintos, os quais
utilizam variações de indicadores macroeconômicos inerentes a área de negócio,
sendo:

 Cenário I e II: calculado com foco nas principais situações econômicas


consideradas na construção dos cenários (com probabilidades definidas) pela
LCA Consultoria;
 Cenário III: estabelecido de forma customizada, no qual considerou (i) o
potencial máximo de estresse histórico alcançado das variáveis
macroeconômicas e (ii) condições predefinidas no Relatório de Estabilidade
Financeira do BACEN;

A diversidade de cenários proporciona maior efetividade aos testes de estresse, dado


que possibilita a verificação do impacto nas projeções em situações variadas. A área
utilizou projeções e correlações para o estudo, de acordo com as estratégias traçadas
internamente.

Os resultados são incorporados nas decisões estratégicas da instituição; na revisão


dos níveis de apetite por riscos; na revisão das políticas, das estratégias e dos limites
estabelecidos para fins do gerenciamento de riscos e do gerenciamento de capital; na
avaliação dos níveis de capital e de liquidez da instituição; na elaboração dos
respectivos planos de contingência; bem como na avaliação da adequação de capital.

(g) Estratégias de mitigação de riscos e sua efetividade.

7. Estratégias de mitigação de riscos e sua efetividade

Empregamos modelos clássicos de tratamento de riscos, incluindo a mitigação,


quando aplicável. Adota-se os seguintes tratamentos aos riscos:

• Mitigação:
• Transferência:
• Retenção:
• Aceitação:

Para efeitos de monitoramento e mitigação dos riscos, adotamos abordagens e


ferramentas aplicáveis a cada categoria de risco.
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i. Gestão de Riscos Integrados

Empregamos uma visão integrada dos riscos como forma de capturarmos e


tratarmos os denominados handover risk, àqueles que se manifestam na integração
entre processos e atividades e a fim de observarmos os riscos de forma agregada
como forma de avaliarmos os atenuantes e agravantes às exposições.

Adicionalmente:

• Preservamos área independente às áreas de negócio para monitoramento do


risco de crédito e supervisão dos indicadores de risco;
• Estabelecemos comitês de riscos integrados para avaliação e revisão das
políticas, indicadores e alterações em políticas e decisões de riscos;
• Política de Gestão Integrada de Riscos;
• Estrutura de três linhas de defesas;
• Auditoria Interna e Externa independentes.

ii. Risco de Crédito:

A nossa carteira de crédito é pulverizada em diversos perfis de clientes, criando uma


proteção orgânica ao risco de crédito. Adicionalmente, efetuamos os seguintes
monitoramentos e controles:

• Estabelecimento de estudos ad-hoc para alterações estruturais na política de


concessão;
• Definição de backtestings para avaliação dos escores de crédito e ratings de
risco atribuídos;
• Monitoramento periódico dos principais eventos de inadimplência de forma
independente a área de Crédito e Cobrança;
• Acompanhamento dos principais motivos de elevação e queda do
provisionamento das perdas esperadas e inesperadas;
• Avaliação contínua das garantias para cobertura das operações e
monitoramento da suficiência e deterioração destas garantias;
• Processo estruturado de cobrança e recuperação de crédito.

iii. Risco de Mercado e Taxa de Juros:

Empregamos práticas reconhecidas de gestão de riscos de mercado para minimizar


nossa exposição, para tanto adotamos ferramentas de mensuração de eficiência dos
controles da carteira de não negociação, sendo:
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 Teste de validação do modelo (backtesting): através de modelo estatístico,


corrobora a consistência entre as perdas observadas e as perdas efetivas,
comparando o histórico das perdas estimadas pelo VaR com os retornos de fato
observados na carteira.
 Duration: visa controlar o risco de flutuação das taxas de juros, através da
avaliação do descasamento da carteira em dias e meses. A apuração abrange
todas as operações da instituição, inclusive instrumentos derivativos, como
swaps de taxas de juros.
 Análise de Sensibilidade (DV01): consiste no choque de 1 basis points na curva
de juros nas operações designadas a hedge econômico, a fim de avaliar tal
exposição ao balanço devido aos movimentos da taxa de juros e no impacto no
nível de liquidez.

 Teste de efetividade de hedge accounting: critérios para designação de


instrumentos financeiros derivativos como hedge accounting estão
fundamentados conforme às disposições estabelecidas pela Circular 3.082/02,
do BACEN. Dessa forma, o fluxo considera inicialmente a avaliação de intenção
da classificação contábil do instrumento e do objeto de hedge e a certificação
da eficiência (teste prospectivo e retrospectivo) de cada estrutura.

iv. Risco de Liquidez:

Considerando que estamos imbuídos em manter o nível de solvência e de liquidez em


níveis regulatórios e estratégicos, utilizamos as ferramentas abaixo para assegurar
essa capacidade, realiza:

 Análise de descasamentos (GAP): refere-se ao acompanhamento de exposição


centralizada em determinados vértices na visão curto, médio e longo prazo.
Para tanto, são permitidos apenas instrumentos financeiros contidos na Lista de
Instrumentos Financeiros Permitidos e aprovados formalmente pelo CRI.
 Cenários de estresse: avaliação mensal que considera o tempo de solvência da
instituição, com o intuito de antecipar-se as obrigações inesperadas, correntes
e vindouras.
 Índice de captações estáveis (Net Stable Funding Ratio): avaliação mensal do
risco de liquidez de longo prazo, reduzindo a possibilidade de comprometimento
da posição de liquidez em caso de interrupções no acesso a fontes de captação.
 Limite de exposição às contrapartes: fixa-se em 25% (vinte e cinco por cento)
do Patrimônio de Referência (PR) o limite máximo de exposição por cliente,
desconsiderando a aplicabilidade a títulos públicos federais, bem como às
debêntures de emissão de sociedades de arrendamento mercantil ligadas,
conforme definido na Resolução 4.379/14 do CMN.
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 Limite de exposição às contrapartes (compromissadas): limita-se as operações


compromissadas do Tesouro Nacional ou BACEN a 30 (trinta) vezes o valor do
PR, isoladamente ou cumulativamente, de acordo ao instituído na Resolução
3.339/06 do CMN.
 Limite de diversificação de funding: o funding proveniente de uma mesma
contraparte possui um limitante gerencial, desconsiderando do cálculo as linhas
provenientes de empresas interfinanceiras, linhas de crédito governamentais e
de instituições Financeiras que possuem participação governamental.
 Plano de contingência de liquidez: em um cenário de desenquadramento dos
limites supracitados, o plano de contingência de liquidez deverá ser acionado e
acionado ao CRI (Comitê de Riscos Integrados) mais próximo ou extraordinário,
a fim de validar as ações a serem tomadas.

v. Risco de Contraparte:

• Avaliação de contrapartes na contratação e revisão periódica;


• Registro de 100% das operações na B3 (Bolsa, Balcão e Brasil);
• Operações sob regime do CGD (Contrato Geral de Derivativos), assegurando
entre outras, cláusulas de compensação, vencimento antecipado e rescisão em
caso de inadimplência.

vi. Risco de Compliance, Regulatório e Reputacional (inclui


prevenção a lavagem de dinheiro e combate ao financiamento
do terrorismo – PLD/CFT)

Para garantia da conformidade regulatória definimos:

• Processo de Conheça seu Parceiro, Cliente e Colaboradores;


• Monitoramento de risco reputacional;
• Identificação de Clientes Politicamente Expostos;
• Monitoramento de Transações Atípicas;
• Treinamentos de preparo, conscientização e atualização;
• Monitoramento de US-Person / FATCA;
• Estabelecimento de canais de denúncias e Ouvidoria e tratamento de
ocorrências;
• Acompanhamento de novas leis e regulamentações aplicáveis;
• Monitoramento de conformidade regulatória;
• Tratamento e controle de eventuais inconformidades.

vii. Risco Operacional:

Adotamos medidas clássicas de gestão de riscos operacionais, a saber:


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• Mapeamento de processos, a fim de rastrear o ciclo de vidas das operações e


identificar as características dos negócios e a intersecção com outros
processos;
• Matrizes de Riscos e Controles, para identificação e avaliação dos riscos e
respectivos mecanismos de proteção;
• Mapa de Calor, para verificar a concentração dos riscos;
• Indicadores de Riscos, visando acompanhar o comportamento e tendência dos
riscos;
• Plano de Testes de Controles, para estabelecer o nível de eficácia dos recursos
empregados para tratamento dos riscos;
• Monitoramento e registro de eventos de riscos operacionais.

viii. Risco Socioambiental:


O conglomerado prudencial, implementou uma estrutura de governança que assegura
o cumprimento das diretrizes e dos objetivos da sua Política de Responsabilidade
Socioambiental (PRSA). Desta forma, estão implementadas as seguintes medidas:

• Publicação da PRSA;
• Sistema de Gestão Ambiental Corporativo;
• Cláusulas de responsabilidade socioambiental nas principais políticas e
contratos;
• Monitoramento para identificação de possíveis eventos de risco socioambiental;
• Estabelecimento de fluxo interno de aprovação de fornecedores e parceiros
comerciais;
• Avaliação de risco socioambiental no processo de criação de novos produtos;
• Preocupação com a segurança e bem-estar dos colaboradores, especialmente
com a sua liberdade individual e projeção livre da personalidade.

(h) Breve descrição do gerenciamento de capital, incluindo a avaliação de


suficiência e adequação do Patrimônio de Referência (PR) para cobertura dos
riscos das atividades atuais e projetadas da instituição.

8. Processo de Gerenciamento de Capital

Em conformidade com a Resolução 4.557/17 do CMN, a estrutura de gerenciamento


de capital utiliza mecanismos que possibilitam a identificação e avaliação dos riscos
relevantes incorridos pela instituição, a otimização do uso do capital e a antecipação
das necessidades futuras de aumento de capital para sustentar os objetivos
estratégicos da instituição e aos requerimentos do regulador.
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O processo de gerenciamento de capital é realizado pelo Banco Yamaha, instituição


líder do Conglomerado Prudencial, o qual gerencia a adequação de capital de acordo
com os normativos expedidos pelo BACEN e CMN, sendo:

 Ativos Ponderados Pelo Risco (RWA): Com o intuito de manter,


permanentemente, montantes de PR, de Nível I e de Capital Principal em
valores superiores aos requerimentos mínimos estabelecidos na Resolução
4.192/13 do CMN, a instituição possui processos de avaliação de alocação de
capital a fim de cobrir os riscos inerentes ao seu ambiente de negócio, dessa
forma, considera as exposições relativas as parcelas RWACPAD e RWAOPAD,
além da cobertura do risco de taxa de juros das operações não incluídas à
carteira de negociação banking book (RBAN).

 Composição do Capital: conserva permanentemente o Capital (Patrimônio de


Referência) e Adicional de Capital Principal compatível com os riscos de suas
atividades, sendo o PR apurado de acordo com a Resolução 4.192/13 do CMN,
que determina que o valor do PR consiste no somatório do Capital Nível I e do
Capital Nível II, sendo o Nível I a soma do Capital Principal e do Capital
Complementar.

 Suficiência de Capital: realizada de forma a garantir que a instituição mantenha


capital sólido para suportar os seus objetivos estratégicos. Esse processo visa
monitorar e controlar o capital mantido e avaliar a necessidade de capital para
fazer face aos riscos a que a instituição está sujeita. É realizado o
monitoramento mensalmente do nível de capital regulatório da instituição, com
o objetivo de assegurar que a atual relação mínima entre o Capital (PR + ACP
Conservação + ACP Contracíclico) e os Ativos Ponderados a Risco (RWA) não
seja inferior a 10,50%. Para tanto, a instituição encerrou dezembro de 2020 com
o Índice de Basileia de 29,27%.

Para fins de observância, anualmente é realizado o plano de capital com


abrangência para os próximos três anos, tendo como base o estudo de realização
de crédito tributário e o orçamento aprovado em comitê, ademais comtempla: (i)
ameaças e oportunidades relativas ao ambiente econômico e de negócios; (ii)
projeções dos valores dos ativos e passivos, das operações não contabilizadas no
balanço patrimonial, bem como das receitas e despesas; (iii) metas de crescimento
ou de participação no mercado; (iv) política de distribuição de resultados; e (v)
termos da RAS.

Através do estudo realizado, observa-se que as métricas de negócio aplicadas ao


plano de capital apresentam suficiência de alocação de capital, conseguinte, a
instituição antecipa-se a necessidade de recursos resultante de alterações nas
condições de mercado. No entanto, caso ocorra um cenário de desenquadramento
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do limite de Basileia gerencial, o plano de contingência de capital deverá ser


acionado pelos membros do Comitê de Riscos Integrados.

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