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Código Revisão Data Emissão Aprovação

POL.09.00002 13/08/2020 03/05/2017 GEFIN DFBG

Título:
Política de Gestão de Derivativos

Sumário

1. OBJETIVO ....................................................................................................................... 1
1.1. ABRANGÊNCIA ........................................................................................................ 2
2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA .............................................................................. 2
3. TERMOS, DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS ............................................................. 2
3.1. EXPOSIÇÃO CAMBIAL ............................................................................................ 2
4. DIRETRIZES ................................................................................................................... 4
4.1. PRODUTOS PERMITIDOS ...................................................................................... 4
4.2. LIMITES E PRAZOS ................................................................................................ 5
4.2.1. HEDGE DE FLUXO DE CAIXA ......................................................................... 5
4.2.2. HEDGE DE DÍVIDA .......................................................................................... 6
4.2.3. HEDGE DE OUTRAS EXPOSIÇÕES ................................................................ 6
5. RESPONSABILIDADES .............................................................................................. 6
5.1. MONITORAMENTO E COMPLIANCE ..................................................................... 6
6. APROVAÇÃO DA POLÍTICA .......................................................................................... 7
7. VIOLAÇÃO DA POLÍTICA .......................................................................................... 7
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 7
9. ANEXOS ....................................................................................................................... 7

1. OBJETIVO

O objetivo dessa política é estabelecer diretrizes, regras e procedimentos que:

 Definirão os parâmetros para a negociação de produtos de derivativos para


a proteção (hedge) das exposições que apresentam risco de mercado para a
Companhia;

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 Definirão alçadas na contratação de produtos de derivativos e seus


respectivos limites;

Qualquer alteração a tal política somente poderá́ ser realizada mediante voto
afirmativo de ao menos 60% (sessenta por cento) dos membros do Conselho de
Administração da Companhia, sendo que ao menos 1 (um) dos votos afirmativos
deverá ser proferido por membro independente do Conselho de Administração.

1.1. ABRANGÊNCIA

Esta Política é parte dos controles internos e da governança corporativa da Suzano


S.A. (“Suzano”) e aplica-se à Suzano, suas subsidiárias e empresas controladas.

2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Política de Gestão de Riscos Financeiros.

3. TERMOS, DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS

3.1. EXPOSIÇÃO CAMBIAL

Entende-se por exposição cambial a exposição da Suzano às oscilações de paridades


de moedas que compõe suas relações comerciais, operacionais e financeiras, e que
possam impactar o fluxo de caixa em reais da Companhia.

A Suzano entende por exposição cambial, calculada para os meses subsequentes a


uma data de referência, a soma obtida de maneira descrita a seguir. Considerando
como fluxo positivo a entrada de caixa e como fluxo negativo a saída de caixa.

• As projeções de fluxos de caixa mensais de vendas líquidas de produtos


atreladas ao fator de risco M (neste caso, a moeda) VM  ;

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• As projeções de fluxos de caixa mensais de compras de insumos


 
atreladas ao fator de risco M C M ;
• Assim, para cada mês i, temos o Fluxo Operacional (FO), proveniente das
atividades principais da Companhia, atrelado ao fator de risco M:
(𝐹𝑂𝑀,𝑖 = 𝑉𝑀,𝑖 + 𝐶𝑀,𝑖 );
• Apura-se, para cada mês, o fluxo de serviço (principal e juros) de dívidas
atreladas ao fator de risco M D M  ;

• Apura-se, para cada mês, o fluxo de vencimentos de derivativos


utilizados para fins de hedge de dívida, atrelados ao fator de risco M
DerM  ;
• Apura-se, para cada mês, o fluxo de vencimentos dos ativos atrelados
ao fator de risco M que compõem o caixa Caixa M  ;

• Apura-se, para cada mês, o fluxo de desembolsos de CAPEX atrelados ao


fator de risco M que compõem o caixa (CapexM );
• Apura-se, para cada mês, o fluxo de vencimentos de outros eventuais
pagamentos ou recebimentos atrelados ao fator de risco M Outros M  ;

• A Exposição Líquida (GAP Cambial) ao fator de risco M EXPM  para cada

mês i é definida por:


• 𝐸𝑋𝑃𝑀,𝑖 = 𝐹𝑂𝑀,𝑖 + 𝐷𝑀,𝑖 + 𝐷𝑒𝑟𝑀,𝑖 + 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎𝑀,𝑖 + 𝐶𝑎𝑝𝑒𝑥𝑀,𝑖 + 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠𝑀,𝑖 .

No que se refere à exposição às cestas de moedas do BNDES, o UMBND, poderá ser


considerada apenas a moeda com maior índice de correlação à cesta de moedas,
desde que ela supere 90% da cesta.

3.2. OUTRAS DEFINIÇÕES

CGD: é o Contrato Geral de Derivativos que estabelece as regras, limites e


procedimentos entre a Suzano e as Instituições financeiras para as operações de
derivativos no mercado brasileiro de capitais.

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ISDA: (International Swap Dealers Association) é o Contrato Geral de Derivativos


que estabelece as regras, limites e procedimentos entre a Suzano e as instituições
financeiras para as operações de derivativos no mercado internacional de capitais.

Long Form Confirmation: é a nota de negociação de transações pontuais de


derivativos com instituições financeiras que ainda não possuem contratos de
derivativos como CGD e ISDA.

Dodd-Frank: é o contrato de regulamentação de derivativos exigido pela SEC


(Securities and Exchange Comission) principalmente por instituições norte-
americanas.

4. DIRETRIZES

Com a finalidade de evitar a volatilidade dos preços e taxas de mercado, a Suzano


pode optar por realizar operações que mitigam essas variações. Para isso, são
contratadas operações de derivativos, atreladas aos seguintes fatores de risco:

(i) Câmbio;
(ii) Juros;
(iii) Celulose;
(iv) Combustível de frete e/ou outros insumos relacionados à produção.

4.1. PRODUTOS PERMITIDOS

O uso de derivativos deve ser exclusivamente para proteção (hedge) de operações


financeiras já contratadas ou fluxos de caixa da Suzano, não gerando alavancagem
para a empresa.

É permitida a contratação dos seguintes derivativos plain vanilla:


• Swaps;
• NDFs (non deliverable forward);

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• Opções.

A venda de opções só será permitida em estruturas de collar para excluir o risco de


alavancagem.

4.2. LIMITES E PRAZOS

Para cada exposição da companhia há uma metodologia para a definição dos


parâmetros de proteção utilizando produtos de derivativos. A definição destes
parâmetros é acordada previamente entre as diretorias envolvidas diretamente com
a origem e mitigação dos riscos de mercado das exposições.

4.2.1. HEDGE DE FLUXO DE CAIXA

Entende-se por Hedge de Fluxo de Caixa o instrumento de proteção financeira


contratado com a finalidade de mitigar os riscos para as receitas e despesas
atreladas às atividades principais da Companhia, provenientes da Exposição
Cambial (conforme definida acima).

A Tesouraria possui um limite de hedge para cada tipo de exposição:

 Risco Cambial (USD): as operações de hedge de fluxo de caixa deverão


respeitar como limite máximo até 75% da exposição e vencimento máximo
de até 18 meses. Para alterações temporárias destes parâmetros será
necessário o reporte para o Comitê de Gestão e Finanças e Conselho de
Administração,

 Risco Cambial (outras moedas): com o objetivo de evitar a exposição à


volatilidade de moedas que não sejam USD, podem ser realizadas operações
com derivativos que representem 100% da Exposição Cambial (GAP cambial)
destas moedas, desde que o risco associado seja USD.

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Hedge mínimo: as operações de hedge de fluxo de caixa deverão respeitar uma


cobertura mínima de hedge de 40% da exposição (GAP Cambial USD). Essa
cobertura foi calculada para cobrir 75% das obrigações em BRL projetadas no
horizonte de 18 meses. O patamar de hedge mínimo será reportado,
periodicamente, às reuniões do Comitê de Gestão e Finanças com o
acompanhamento da estratégia de Hedge de Fluxo de Caixa e submetido
novamente para aprovação se houver mudanças significativas de mercado.

O CFO tem um limite temporário de 5 pontos percentuais abaixo do patamar mínimo


ou acima do patamar máximo que pode ser usado em casos excepcionais. O
enquadramento aos limites da política deve ser feito em até 5 dias úteis.

4.2.2. HEDGE DE DÍVIDA

Para os hedges de dívida, o prazo máximo e limite são os mesmos da dívida base
objeto da proteção.

4.2.3. HEDGE DE OUTRAS EXPOSIÇÕES

Celulose: com a finalidade de diminuir a exposição da Suzano à volatilidade dos


preços da celulose, 10% da exposição nos próximos 12 meses pode ser protegida
por derivativos;

Combustível de frete e outros insumos relacionados à produção: até 50% da


exposição nos próximos 12 meses para cada insumo, por se tratarem de
commodities secundárias para a empresa.

5. RESPONSABILIDADES
5.1. MONITORAMENTO E COMPLIANCE

Cabe à Área de Riscos e Compliance realizar, com divulgação mensal, o compliance


desta Política. A área seguirá a Política de Gestão de Riscos Financeiros para o

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devido controle dos limites estabelecidos, eventuais desenquadramentos e riscos


destas operações.

Os papeis e responsabilidades de cada área estão descritos no item 5 da Política de


Gestão de Risco Financeiros.

6. APROVAÇÃO DA POLÍTICA
A aprovação desta Política e eventuais alterações são de responsabilidade do
Conselho de Administração, conforme descrito no item 5.1. da Política de Gestão
de Riscos Financeiros.

7. VIOLAÇÃO DA POLÍTICA
As medidas e procedimentos que deverão ser adotados em caso de violação à esta
Política estão descritos no item 4.4.1. da Política de Gestão de Risco Financeiros.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta Política deverá ser publicada nos portais oficiais da Companhia.

9. ANEXOS
N/A

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