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EMPRESA
AUTOGERENCIÁVEL
Como fazer sua empresa funcionar
mesmo sem a sua presença
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Introdução
Bem vindos imersão EAG. Estamos honrados em ter você participando desse
programa que foi montado especialmente para que donos de pequenas e médias
empresas encontrem sucesso e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Para tanto pedimos que você participe desse processo com a mente de um
iniciante e uma folha de papel em branco onde você vai desenhar e alcançar a
empresa dos seus sonhos.
O propósito desse material é proporcionar uma referência fácil de usar que inclui
documentos, ferramentas e materiais que usaremos ao longo do nosso programa
e que pode servir de referência para o seu negócio sempre que você precisar.
Prepare-se para criar a sua “nova” empresa, onde você vai aprender como
trabalhar O seu negócio e não NO seu negócio. E onde você vai aprender a
construir um time de verdade que será capaz de realizar coisas que você nunca
imaginou que fosse possível. E além de tudo, prepare-se para se divertir
bastante!
Marcelo Germano
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2
Sumário
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Apostila 1
PVE
-‐
Instruções
EMPRESA
AUTOGERENCIÁVEL
Como fazer sua empresa funcionar
mesmo sem a sua presença
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1.2
Como você logo perceberá, o Painel do PVE (Ponto de Vista Ensinável) é uma ferramenta
simples, mas requer trabalho. Em uma única página, ele leva você, empresário, das questões
mais profundas como missão, visão e valores para questões mais estratégicas como talento
natural, energia emocional e foco, além de questões táticas como análise de performance e
até questões individuais como por exemplo: relacionamentos-chave, oportunidades para
desenvolvimento profissional e como tomamos as decisões difíceis na empresa. É preciso
muita reflexão e diálogos para responder a estas questões.
Você vai conseguir enxergar de uma forma muito mais clara o que é importante e porquê,
além de perceber um aumento no alinhamento de suas responsabilidades dentro da sua
empresa e a habilidade de permanecer focado apesar das inúmeras distrações. Estes são
alguns dos benefícios sólidos que o PVE traz para você e para sua empresa.
O sucesso da ferramenta tem raízes no famoso documento de uma página da Procter &
Gamble’s (P&G). Na P&G, os executivos rapidamente aprendem que suas ideias são
expressadas da melhor forma em uma única página. A ideia é que, se é preciso mais de uma
página para explicar uma ideia, então a ideia ainda é confusa e não foi pensada a fundo. Essa
ferramenta vem sendo utilizada por executivos e Coaches em grandes empresas em todo o
mundo, e foi adaptada por mim (com autorização da CMT – Coach Master Toolkit) para serem
usadas por donos de pequenas e médias empresas no Brasil. Os executivos dessas grandes
empresas tem colhido os benefícios de colocar seus pensamentos em uma única página e
trazer clareza para a organização como um todo. Além disso, adaptei essa ferramenta aos
conceitos utilizados na Universidade Corporativa da G.E, que para muitas pessoas é o maior
centro de formação de líderes do planeta, através dos ensinamentos de Noel M. Tichy em
alguns dos seus livros.
Se você conversar com qualquer empreendedor bilionário desse planeta, eles serão unânimes
em afirmar que uma cultura forte é o que faz uma grande empresa. E para você construir uma
cultura forte, você precisa desenvolver um PVE, ou ponto de vista Ensinável. O PVE alinha toda
a empresa e mostra de uma maneira bem simples todos os aspectos relevantes para uma
organização ter sucesso. Estes aspectos estão divididos em:
I – Ideias: Envolve o campo dos Sonhos, ideias sobre produtos e serviços e modelos de
negócios de como a empresa ganha dinheiro, entrega valor para seus clientes e causa impacto
na sociedade.
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1.3
preciso evitar termos abstratos que não consigam demonstrar especificamente como isso é
vivido no dia a dia da empresa.
E3: Energia Emocional e Estômago para tomar decisões difíceis. Duas coisas que ajudam uma
empresa ir longe e muito mais rápido: A energia emocional que envolve toda a organização em
busca dos resultados esperados e a capacidade de tomar decisões difíceis rápidas quando elas
precisam ser tomadas. Empresas que falham nesses campos, tendem a ficar para trás com as
mudanças repentinas que a economia atual oferece.
Nesse ambiente é difícil acompanhar as coisas que realmente importam para você e para sua
organização: visão, missão, valores, sua vantagem competitiva, energia emocional, prioridades
estratégicas, métricas para o sucesso, relacionamentos e como se tornar mais eficaz. Se não
tomar cuidado, você pode perder a perspectiva e se tornar disperso, quando na verdade
precisa estar com os pés no chão, focado, calmo, resiliente e poderoso.
Não seria bom ter uma ferramenta que coloca tudo em perspectiva de um jeito simples, com
um formato fácil de usar? O Painel do PVE oferece exatamente isso.
Esse manual mostra como usar o Painel do PVE para ajudar você, sua equipe e toda sua
organização a colocar e manter os pés no chão. Você empresário, vai aprender no nosso
programa como usar o Painel do PVE. Como líder de uma organização, você desenvolverá seu
próprio painel até o fim deste manual. Você poderá utilizá-lo como um guia, poderá desafiar os
membros de sua equipe a criarem seus próprios painéis e poderá implementar o painel em sua
organização. Desta forma, você poderá confirmar que todos estão de acordo sobre o que é
importante e que estão indo na mesma direção em busca de resultados. Desfrute!
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1.4
O Painel do PVE desafia você a ser claro – tanto para você quanto para sua organização – com
relação a DEZ áreas essenciais.
Visão. É preciso ter uma visão convincente, tanto para sua própria carreira quanto para sua
organização. Desta forma, quando o trabalho te puxar em múltiplas direções você saberá
manter a perspectiva.
Missão. Além de ter uma visão, também é importante saber por que você está fazendo o que
está fazendo. Qual é o propósito maior? O que melhorou para as pessoas com o seu trabalho e
o trabalho da sua organização? Quais contribuições você está fazendo? Assim como a visão, a
missão serve tanto em nível pessoal quanto organizacional. Você deve ter sua própria missão
para sua carreira e também estar alinhado com a missão da sua empresa.
Valores. Valores tem um papel-chave em manter líderes com os pés no chão. Quando você se
encontra sob pressão, valores te ajudam a perseverar e triunfar. É importante ser claro tanto
sobre seus valores pessoais quanto sobre os valores de sua organização, e assegurar que
ambos se encaixem.
Vantagem Competitiva. Pessoas bem sucedidas têm uma Vantagem Competitiva. Quais
talentos e habilidades você tem que são valiosos? Como sua organização define sua Vantagem
Competitiva no mercado?
Energia emocional. Você precisa focar sua atenção em criar uma Energia Positiva na sua
empresa com o mesmo empenho que você compartilha seus sonhos e ideias e ensina os
valores principais da empresa. Isso porque, energia positiva ajuda as pessoas a superarem os
obstáculos e elevar o nível dos desafios que a empresa enfrenta. Um verdadeiro líder nunca
pode ter “energia neutra”. Ou você está dando energia para seus colaboradores, ou você está
tirando energia deles.
Estômago para tomar decisões difíceis. Se você quer vencer, você precisa estar pronto para
encarar a realidade e ter coragem para agir. Muitas vezes, essas decisões podem não ser
prazerosas ou populares no curto prazo. Mas grandes empresários estão dispostos a fazer
coisas para tornar a empresa melhor, mesmo quando estão assustados ou não querem passar
por dissabores que ter uma empresa implica. O importante é respeitar seus valores e os
valores da organização.
Métricas de Performance. No fim das contas, você é pago para ter performance. No entanto,
nem sempre é fácil definir o que performance significa para sua carreira e para a organização.
Nesta seção do Painel do PVE, você escolhe métricas-chave que te dizem se você está fazendo
um bom trabalho e se sua organização está indo para frente. Desta forma, você pode
facilmente comunicar o que você precisa fazer e o que os outros precisam fazer.
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1.5
Iniciativas. Quais são as três (ou cinco) maiores iniciativas que ajudam sua organização a servir
melhor os clientes, a ser mais competitiva e a alcançar suas métricas de performance? Muitos
empresários pegam projetos que pouco têm a ver com suas estratégias, missões ou métricas
de performance. Ao escolher cuidadosamente algumas iniciativas de alto impacto, você pode
gerenciar seu tempo e melhorar os resultados.
“As habilidades que te trouxeram até aqui, não são as mesmas que te levarão ao
próximo nível. Não importa onde sua empresa se encontra hoje, ela exige de você mais
habilidades do que você tem. Quando você desenvolve essas habilidades sua empresa
cresce, e advinha: quando a empresa cresce, ela precisa que você desenvolva novas
habilidades e isso não acaba nunca. Portanto, você vai sempre ter que continuar se
desenvolvendo se quiser ver sua empresa crescendo.”
Não é fácil manter os pés no chão sendo o dono de uma pequena ou média empresa no Brasil.
Preencher o Painel do PVE requer que você pense, reflita, peça conselhos, opiniões de outros
e escolha prioridades. É preciso honestidade para identificar as áreas onde suas respostas
para sua vida pessoal são diferentes sob o ponto de vista da organização, e é preciso coragem
para trabalhar estas diferenças. Todo o processo demanda trabalho e o esforço é muito
compensatório. Sendo claro em sua visão, missão, valores, vantagem competitiva, energia
emocional, estômago para tomar as decisões, iniciativas, métricas de performance,
relacionamentos profissionais e desenvolvimento de oportunidades, você se manterá calmo e
focado em situações onde os outros entram em pânico.
Tire um momento para revisar o formato geral do Painel do PVE, uma para a organização e
outra para você. Um dos aspectos mais poderosos do Painel do PVE é que ele te desafia a
checar o alinhamento entre as suas próprias prioridades e as da organização. Quanto mais
elas se encaixarem, menos energia você desperdiçará “jogando o jogo”.
Note que o Painel do PVE é diferente das ferramentas que existem no mercado. Com o Painel
do PVE, você traça um resumo conciso de todos os aspectos que um líder tem de lidar, de
visão para a organização até relacionamentos chave.
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1.6
Uma visão clara sobre para onde você está levando sua empresa e quão bem-sucedida ela
pode ser, lhe dá foco e controle sobre o tempo. Uma visão convincente também pode inspirar
funcionários a irem além.
Quando você constrói uma visão compartilhada e abre espaço para ouvir e dialogar com
outros, a visão se torna ainda mais poderosa. Todos sentem-se incluídos e o senso de energia
compartilhada cresce.
Essa seção o desafia a articular uma visão concisa, clara e motivadora sobre para onde sua
organização está indo. Usando a planilha que segue, descreva como sua organização se
parecerá em três a cinco anos (ou dentro do período de tempo que faz mais sentido para
você).
Como empresário, sua tarefa nessa seção é clara: criar uma visão convincente para sua
empresa. Essa visão deve ser o mais específica possível.
Planilha: Visão
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1.7
Após completar sua planilha, dialogue com outras pessoas do seu time para receber e ouvir
opiniões, críticas e sugestões. O que eles pensam sobre a visão? O que eles acrescentariam
para fortalecê-la e torná-la ainda melhor?
Depois, trace uma declaração de visão que seja convincente, inspiradora, única e audaciosa –
uma que o levante da cama de manhã. Se você escrever no tempo presente. A declaração de
visão se torna mais concreta.
Exemplos:
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1.8
“Em cinco anos, nos tornamos uma empresa milionária que cria um ambiente profissional
fresco e envolvente em casas e escritórios. Nós trabalhamos para os maiores donos de
propriedades dos Estados Unidos, incluindo donos dos mais prestigiados hotéis e prédios
executivos. Nossos funcionários são donos de parte da empresa e gostam tanto de trabalhar
aqui que a nossa rotatividade é a mais baixa da indústria. Somos reconhecidos por sermos
famosos, rápidos e impecáveis”.
“Em cinco anos, somos uma empresa de energia alternativa de capital aberto. Nossa
tecnologia tem sido adotada por agricultores de média capacidade, minas e companhias
industriais. Estamos nos maiores países através de acordos de licenciamento e distribuição.
Investidores apressam-se em providenciar capital para nos ajudar a continuar crescendo e
desenvolvendo novos produtos usando nossa tecnologia. Somos vistos como líderes mundiais
em soluções alternativas de energia”.
“Em cinco anos, nos tornamos o padrão da indústria para segurança na Internet. Enquanto
outras redes são invadidas com o aumento da guerra virtual e o surgimento de hackers mais e
mais espertos, nossas redes permanecem seguras. Licenciamos nosso Software para empresas
em todos os países, incluindo a maioria das empresas Global 2000. Nosso IPO foi tão bem
sucedido quanto o do Google. Nós atraímos os maiores engenheiros de Software da indústria,
com uma cultura que recompensa performance, incentiva inovações e exige excelência.”
A seguir, resuma sua declaração de visão em uma afirmação convincente que pode ser um
mantra para toda a organização. Por exemplo:
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1.9
A missão de uma organização fornece propósito. Sem aquele propósito maior, poucos
funcionários se importarão além de receber o pagamento. Isso dificulta motivá-los a irem
além, especialmente em tempos de crise ou incerteza.
Ao mesmo tempo, clientes são mais atraídos por organizações que tem uma razão de existir
além dos lucros. Eles querem fazer negócio com organizações que estão perguntando e
respondendo as questões “Por quê?” e “E daí?”.
Eu sei: muitos líderes corretamente reviram os olhos diante de mais um exercício de escrever.
Geralmente são negócios tediosos que terminam em uma missão só para colocar no quadro.
Não é isso que esta seção está pedindo que você faça. Ao invés disso, o desafio é escrever uma
missão autêntica e poderosa, e que seja uma declaração sobre porquê sua organização existe.
Que propósito ela serve? Quais contribuições ela faz?
A seguir vêm questões que perguntam “por quê?” - mas de maneiras diferentes.
• Suas respostas são suficientes para defini-lo como o líder de uma empresa vencedora?
• Os outros acharão suas respostas suficientes para motivá-los a te seguirem?
Se você pode responder “sim” para ambas as questões, então é preciso parabenizá-lo. Caso
contrário, reconsidere a importância de ter um propósito maior no trabalho de sua
organização e de contribuir para algo que você – juntamente com seus colegas e clientes – se
importam profundamente. Trace suas respostas para as perguntas acima em uma declaração
concisa que o manterá seguindo adiante quando os tempos forem difíceis.
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Exemplos:
“Nós transformamos os donos de pequenas e médias empresas Brasileiras, para que eles
conduzam organizações vencedoras.” - EAG
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1.11
Em qualquer organização, há dois tipos de valores: aqueles que a organização diz ter e aqueles
que ela realmente põe em ação. No mundo ideal, eles são os mesmos. Na prática, eles não
combinam. Se os valores de sua organização não combinam com os valores que ela diz
abraçar, então os funcionários irão se tornar cínicos. Por exemplo, o CEO de um hospital disse
que um de seus valores primários era respeitar todos os funcionários. Enquanto isso, ele
tolerava cirurgiões que usavam linguagem abusiva com as enfermeiras. Ele também demitiu
um grande número de funcionários sem se importar com eles e de maneira descuidada e
insensível. Baseado nestas ações, ele não estava sustentando os valores que ele dizia querer
que sua organização tivesse.
Pense sobre os cinco principais valores que você quer ver em sua organização. Use a lista de
exemplos de valores para ter ideias.
Na planilha que segue, liste os cinco mais importantes valores da sua organização assim como
evidências específicas para provar que as ações da organização combinam com suas intenções.
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VALORES PRINCIPAIS
Conscientização
Autoridade Amor Servir Equilibrio
ambiental
Satisafação do
Envolvimento Responsabilidade Dignidade Justiça
cliente
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1.13
• Qual a combinação entre a forma como esses valores são expressados na sua
organização e a forma como eles são realmente colocados em prática? Como você e
seus liderados demonstram na prática esses valores?
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• Quando houver tentações que comprometem os valores acima, como você e todos na
sua empresa responderão a essas situações?
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Agora imagine que você vai dar uma palestra para seus colaboradores. Sua tarefa é explicar os
valores da sua empresa. Você terá êxito se eles tiverem um senso claro dos porquês desses
valores e como são aplicados. Agora faça um esboço do que diria nessa palestra:
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Recomendo que você tente dar essa palestra. Apresente essa palestra a amigos, colegas,
empregados, esposa, marido. Peça feedback. Tenha paciência e continue trabalhando nela.
Seus valores serão a base ou fundação do sucesso do seu negócio.
Mais tarde, neste processo, você terá a oportunidade de pegar conselhos sobre o quão precisa
e autêntica sua lista de valores para a organização realmente é. Se há desconexões, você tem a
oportunidade de assegurar que sua organização declare valores mais próximos do que
realmente acontece – talvez começando com sua própria liderança.
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Esta é uma pergunta difícil para muitos empresários responderem. A Vantagem Competitiva
de uma organização não pode ser confusa, como “Nossas pessoas são a diferença” ou “Nós
vamos além com nosso serviço”. Também não deve ser um resultado, como preços mais
baixos. O Walmart oferece preços mais baixos, mas pode fazer isso por causa de sua Vantagem
Competitiva em escala, tecnologia, logística de distribuição e através de negociações.
O Livro A Disciplina dos Líderes de Mercado, de Michael Treacy e Fred Wiersema, oferece um
elegante quadro para auxiliar você a definir a Vantagem Competitiva da sua organização.
Segundo eles, existem três maneiras de competir: liderança em produtos (Apple, Nike, Intel);
excelência operacional (Southwest, Walmart, McDonald’s); e intimidade com o consumidor
(IBM, Johnson&Johnson). Uma empresa precisa ser arrasadora em uma área e ser boa o
suficiente nas outras. Se ela tenta ser arrasadora em mais de uma área, ela cai no que os
autores chamam de Zona da Mediocridade. Cada tema requer um jeito diferente de lidar. Por
exemplo: empresas íntimas do consumidor como a IBM fornecem uma larga variedade de
soluções para um mercado específico. Eles contratam pessoas que são boas em construir
relacionamentos e em focar nas soluções. Em contraste, empresas que são operacionalmente
excelentes contratam pessoas que conseguem seguir os procedimentos que asseguram a
consistência do sistema. Líderes em produtos contratam pessoas que são criativas e criam um
ambiente que recompensa inovação sem punir as falhas.
Se o quadro de Treacy e Wiersema não ajudar você a definir sua Vantagem Competitiva, você
pode olhar para as áreas funcionais especificas nas quais é excelente: uma abordagem única
para o mercado ou entrega, a habilidade de criar novos produtos inovadores rapidamente,
acesso a produtos ou fornecedores exclusivos, capacidade de negociar para crescer
rapidamente ou formar um conglomerado de empresas bem geridas, capacidade de pesquisar
e desenvolver-se, e a habilidade de criar propriedade intelectual, patentes, marca forte,
reputação, etc. Sua Vantagem Competitiva também pode ser seu tamanho, um modelo de
serviço ou de entrega de produtos que é mais rápido e barato (por enquanto), uma Habilidade
Única de encontrar as necessidades do consumidor (com customização rápida, por exemplo),
ou a habilidade de transformar negócios tradicionais por meio da Internet ou outras
tecnologias.
• Rara
• Difícil de imitar
• Insubstituível
• Replicável
• Dura ao longo do tempo
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1.16
Sua Vantagem Competitiva hoje pode não ser suficiente amanhã. O empresário avalia
continuamente o que a organização faz de melhor agora e o que ela precisa para ser melhor,
manter-se à frente da competição e perceber as mudanças de necessidade do consumidor.
Prova de que temos uma Vantagem Competitiva nessa área (por exemplo, como nos
comparamos com a competição?):
Como podemos superar qualquer fraqueza em nossa organização para preservar nossa
Vantagem Competitiva:
Como podemos nos apoiar em nossa Vantagem Competitiva para nos fortalecer ainda mais
no mercado:
O que precisamos fazer nos próximos dois ou três anos para seguir mantendo nossa
Vantagem Competitiva:
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1.17
Energia Emocional
Líderes vencedores compartilham uma grande paixão por gente. Eles ganham energia
ajudando os outros a ficarem entusiasmados com a ideia de melhorar seus negócios.
Energizam seu pessoal com ideias, com uma visão e valores convincentes e estimulantes em
cada oportunidade que aparece.
Ser um líder vencedor significa manter cheio um enorme reservatório de energia emocional.
Essa vitalidade e motivação misturam necessidades de conquistas e realizações, poder e mais
importante ainda, do legado que sua empresa quer deixar. Colocando de uma forma mais
simples, o papel do líder é gerar energia nos outros.
Como empresário, você precisa começar a ter consciência de suas próprias fontes de energia
emocional. Quais são as atividades que mais o energizam e quais as que lhe esgotam a energia
emocional, deixando-o irritado, frustrado, aborrecido e cansado?
Respondas as perguntas:
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Após refletir sobre essas atividades, pense sobre as maneiras com as quais você pode tanto
aumentar os fatores energizantes ou remover bloqueios para desencadear energia emocional
mais positiva.
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• Como posso aumentar o nível de energia nos diversos aspectos da minha vida?
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Você também precisa pensar em como gerar energia nos seus colaboradores. Além de uma
visão e missão inspiradora, você precisa de metas arrojadas para todos na sua organização.
O principal motivo, de longe, que faz com que pessoas deixem empresas, não tem nada a ver
com pagamento, benefícios ou promoções. A razão principal é que elas não se sentem
reconhecidas. Nos Estados Unidos, 65% dos trabalhadores não receberam qualquer elogio ou
reconhecimento de seus superiores no ano passado. É como dizer ao colaborador: “Eu disse
que gosto de você quando te contratei. Se isso mudar, avisarei.”
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1.19
Isso acontece porque todos temos uma espécie de conta bancária emocional dentro de nós.
Assim como no banco, você pode fazer depósitos ou saques desta conta. Ao longo do tempo,
de certa forma aumentamos ou diminuímos as contas emocionais que temos com as pessoas
com quem trabalhamos, fazendo depósitos (comentários positivos) ou saques (Feedbacks de
desenvolvimento) delas. Se não fizermos depósitos nessa conta bancária emocional dos nossos
liderados, quando for necessário fazer um saque (um feedback sobre algo que não está OK) ele
não reagirá bem, como quem recebe um cheque sem fundo.
Empresários sábios estão sempre investindo no equilíbrio das contas bancárias emocionais das
pessoas que trabalham para eles. É uma de suas maiores prioridades. Eles entendem a razão
de cinco para um e fazem muito mais depósitos do que saques. Assim, quando é preciso fazer
um saque o cheque que o colaborador recebe não é sem fundo. Ele ouve o que tem que ouvir,
mesmo que seja ruim, e pode usar isso para crescer como pessoa no trabalho.
Reconhecimento positivo é uma forma fundamental de conseguir isso.
Seja verdadeiro – Sair falando palavras alegres indiscriminadamente não é a maneira certa de
fazer depósitos nas contas emocionais de seus colaboradores. Isso gera ressentimento nas
pessoas. Elogio só é elogio quando é verdadeiro, o que requer que o empresário tire um
tempo para observar o que as pessoas estão fazendo de certo e não apenas o que fazem de
errado, que é como agem a maioria dos gestores.
Seja específico – “Você fez um bom trabalho” é um elogio vazio. Não diz nada e não significa
nada. Pode ter a melhor das intenções, mas essas palavras não dizem nada. Considere essa
alternativa: “Você fez um ótimo trabalho com aquele cliente. Ele entrou na loja nervoso e eu
realmente admiro como você manteve a calma e conseguiu dar ao cliente o que ele queria. De
novo, bom trabalho!”. A diferença é que você deixou claro o que o colaborador fez de correto.
Feedback positivo, encorajamento e reconhecimento genuíno transmitem valor e trazem
consigo um senso de energia e força, tanto para quem foi elogiado como para quem elogiou.
Personalize o elogio – Nos Estados Unidos, se aceitam dólares. No Japão, você usaria o Yen. Já
na Alemanha, seria o Euro. Moedas diferentes para lugares diferentes, e somente a moeda
correta é aceita. Pessoas diferentes também têm moedas diferentes e é por isso que o elogio
deve ser personalizado. Algumas pessoas morrem de vergonha quando falam dela em público,
outras adoram que falem. Algumas pessoas leem todas as mensagens, cartas e e-mails que
você envia, outras botam toda a comunicação escrita de lado e preferem conversar cara a
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1.20
cara. Alguns nunca falam da vida privada no ambiente de trabalho, outros têm fotos de
parentes e animais de estimação espalhados em sua mesa de trabalho. Se você quer ser
eficiente em fazer depósitos nas contas emocionais das pessoas, deve respeitar a moeda com
que elas trabalham. O elogio deve ser personalizado.
O primeiro erro é fazer um elogio seguido de uma correção. É uma prática comum e uma má
interpretação da razão de cinco comentários positivos para um negativo. A ideia é que, se você
precisa corrigir alguém, elogie-o antes para que aceite sua correção. Para a pessoa que recebe
essa sequência, o elogio soa vazio, manipulativo e acompanhado de perigo. Também deixará
as pessoas com receio de você, ansiosas ao receberem um elogio por não saberem se serão
criticadas em seguida. A razão de cinco para um tem como objetivo criar um ambiente em que
a pessoa aceite suas correções quando forem necessárias. Chamar a atenção quando for
apropriado é tarefa indispensável de uma liderança eficaz, mas faça isso honestamente e sem
rodeios. O conselho que recebi uma vez foi: levante-se, fale e cale-se.
O segundo erro é similar ao primeiro, porém menos devastador. É o erro do “continue o bom
trabalho”: você faz um elogio a um colaborador e, ao invés de terminar por aí, você se sente
induzido a lançar um novo desafio para aquela pessoa, como se o elogio que fez fosse
desmotivá-lo e fosse preciso um novo desafio para que ele mantenha o bom ritmo. Isso faz
algum sentido? Então por que muitos de nós cometemos esse erro? Resista à tentação de
acompanhar palavras de elogio com um novo desafio. É desnecessário e ineficiente. É como ir
ao caixa eletrônico, depositar R$ 200 e em seguida sacar R$ 200. Elogie os outros de forma
verdadeira, específica, personalizada e sem nenhum outro acompanhamento anexado.
Falado Escrito
Público Privado
Esperado Inesperado
Profissional Pessoal
Use a matriz acima para personalizar os elogios. Combine os itens da esquerda com os da
direita. Existem mais de 20 combinações que você pode utilizar. Por exemplo:
1. Falado, Público, Esperado e Profissional: Elogio feito a um vendedor durante uma reunião de
equipe enaltecendo especificamente os feitos positivos daquela pessoa em termos de vendas.
2. Escrito, Público, Esperado, Profissional: Uma mensagem de e-mail enviada a todos do setor
elogiando o vendedor e especificando os feitos positivos daquela pessoa em termos de
vendas.
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3. Escrito, Privado, Esperado, Profissional: Uma carta escrita à mão para o vendedor
agradecendo de forma genuína os feitos positivos daquela pessoa em termos de vendas, com
uma lembrança ou brinde incluído (também inesperado).
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Você pode pensar: “Eu não tenho tempo para mimar meu pessoal desta maneira!”. Peço que
olhe essa questão da seguinte forma: “Se você soubesse com absoluta certeza que, ao investir
R$ 1 em algo, receberá R$ 2 em retorno, você investiria?”. É claro, quem não investiria? É
exatamente isso que o Professor Benjamin Schneider, da Universidade de Maryland,
descobriu. Pesquisando call centers, bancos, hospitais e seguradoras, ele percebeu que para
cada aumento de 1% em ambientes positivos, houve um aumento de 2% nos lucros. É isso que
o reconhecimento positivo significa para uma empresa: um ótimo retorno de investimento!
Como fazer desse comportamento uma parte integrante de nossas vidas como empresários?
Use a planilha da folha seguinte nas próximas seis semanas. Escreva os nomes das pessoas que
trabalham diretamente para você na coluna da esquerda e uma breve descrição do que elas
fazem na coluna do meio. Depois, marque os dias da semana em que você as elogiou de forma
específica e personalizada, tomando cuidando para que isso aconteça ao menos uma vez por
semana. Use essa planilha até que você tenha adquirido o hábito de elogiar. Não se limite só
aos seus colaboradores, faça reconhecimentos para o garçom no restaurante, para seus
fornecedores e clientes. Faça disso um ótimo hábito na sua vida.
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Estômago para tomar Decisões Difíceis e Coragem de Enxergar a Realidade e Agir Sobre Ela
Decisões corajosas podem não ser agradáveis ou populares em um curto prazo, mas o grande
empresário precisa estar disposto a tomar ações que farão bem à empresa mesmo que sejam
temerosas ou dolorosas. E os grandes empresários não permitem que a dificuldade de tomar
uma decisão confunda o que eles sabem ser o certo a fazer.
Grandes empresários mantém a Vantagem Competitiva em todas as suas decisões. Eles tomam
decisões difíceis sobre como investir tempo, dinheiro e recursos. Empresários líderes
demonstram isso quando pegam novos projetos ou descartam antigos diante de situações
inesperadas ou problemas, como por exemplo: a decisão de investir em um território novo
geralmente dá medo porque significa entrar em território desconhecido; a decisão de
abandonar um negócio é dolorosa porque as pessoas acabam perdendo seus empregos. O
denominador comum é que ambas as decisões requerem coragem.
Empresários líderes também tomam decisões difíceis sobre como lidar com indivíduos. Ter
Vantagem Competitiva significa dar às pessoas um feedback honesto – para ajudá-las a
melhorar. Significa também confrontar pessoas que têm boas performances, mas que são
abusivas com os outros.
Por mais desagradável que seja tomar esses tipos de decisões, as pessoas querem que seus
líderes sejam decididos. Você pode ganhar seus colaboradores se agirem em um compasso
constante, ensinando-os como tomar decisões e os ajudando a desenvolverem suas próprias
vantagens competitivas.
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1.24
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Ter “Estômago” para tomar decisões difíceis é ser honesto e não brutal. Empresários de
sucesso se recusam a deixar a dificuldade no caminho deles, impedindo-os de agir conforme
suas ideias e valores. Eles são movidos pela vontade de realizar sua visão para a empresa.
Abrem caminho ante incertezas e ambiguidades para enxergar a realidade e agir sobre ela
decisivamente.
Você precisa tomar decisões difíceis sobre: pessoas, produtos, clientes, fornecedores,
estratégias, etc.
Descreva agora quais as decisões difíceis que você precisa tomar. Considere todas as áreas
descritas acima.
1 ____________________________________________________________________________
2 ____________________________________________________________________________
3 ____________________________________________________________________________
4 ____________________________________________________________________________
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1.25
Ao ter um entendimento claro dos resultados que precisa obter, você pode manter os pés no
chão. Quando a crise chega, prioridades de competição o puxam em direções diferentes, você
pode sempre manter o foco ao voltar para suas metas de performance.
Como você define performance para sua organização? Você define sucesso basicamente em
termos de performance financeira, quota de mercado, qualidade, satisfação do consumidor,
lealdade do consumidor, desenvolvimento de funcionários, produtividade, inovação,
velocidade, quantidade de lideranças, tarefas cumpridas ou alguma outra métrica? Sua
definição de performance deve ser resumida em não mais que cinco objetivos, de preferência
menos que isso. Se você escolher mais do que cinco, terá dificuldade em concentrar seus
esforços.
Você deve definir metas para toda a organização e, ao mesmo tempo, precisa assegurar que
todos tenham metas para suas próprias áreas de responsabilidade que deem suporte às metas
principais. Assegure-se de que todas as metas dão suporte às metas gerais da sua empresa.
Escolher algumas métricas de performance é difícil. Requer disciplina e tomar decisões duras
sobre suas prioridades. Ao escolher, pense na seguinte pergunta: Quais são os três ou cinco
mais importantes critérios para o sucesso de sua organização? Coloque de outra forma: Quais
são as áreas de performance que, se você não está alcançando, fazem você se preocupar em
perder mercado para a concorrência? Dadas suas respostas, complete a planilha a seguir:
Planilha: Performance
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1.26
• Aumentar a receita de US$ 10 milhões para US$ 13 milhões até o final do ano.
• Desenvolver e testar dois novos programas, um até 31 de julho e o outro até 31 de
outubro.
• Contratar 65 engenheiros qualificados nos próximos três meses.
• Criar uma nova prática imobiliária que gere US$ 2 milhões até o final do ano.
• Desenvolver e manter relacionamentos com 5 das 50 maiores empresas da cidade até
15 de dezembro.
• Recrutar cinco novos sócios até 15 de maio.
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1.27
A maioria de nós têm projetos demais a completar para os recursos e tempo que temos
disponíveis. Pior ainda, muitos de nossos projetos não contribuem diretamente com a nossa
direção estratégica, visão de longo prazo e metas de performance.
Por exemplo: o CEO de uma firma de serviços profissionais tinha uma única meta de
performance: construir uma organização de US$ 1 bilhão através de aquisições. Quando
contabilizou os projetos que apoiava ou conduzia, para seu espanto descobriu que gastava seu
tempo em mais de 50 projetos! Esses projetos variavam da criação de novos produtos até
orientação de novos funcionários e compensação gerencial – sem mencionar trabalho com os
clientes.
Após dar-se conta de que poucos de seus projetos estavam ajudando-o diretamente a alcançar
sua visão, ele focou sua atenção em três iniciativas: identificar alvos para aquisição, avaliar
alvos para aquisição e completar aquisições com sucesso. Ele delegou ou adiou todo o resto.
Como resultado, ele focou seu tempo de forma muito mais eficiente e ainda ajudou a
desenvolver outros líderes em sua empresa.
A maioria de nós consegue focar em cerca de três projetos ao mesmo tempo, talvez cinco.
Quais são os três ou cinco projetos, sejam novos ou em andamento, que irão ajudá-lo a
alcançar suas estratégias, visão de longo prazo e métricas de performance?
Quais projetos e iniciativas você irá cancelar, adiar ou delegar para focar sua atenção nos
projetos que identificou acima?
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1.28
Líderes contam com todo tipo de pessoas em todo tipo de papéis para alcançar suas visões e
metas de performance. Claro, organizações também o fazem.
Quando completar seu Painel do PVE pessoal na próxima seção, você terá a oportunidade de
examinar sua própria rede de relacionamentos. Nesse exercício, a pergunta é: quais
relacionamentos são cruciais para o sucesso da sua organização?
A resposta nem sempre é tão fácil como parece e as implicações de suas respostas podem
levar a importantes decisões. Por exemplo: nenhuma empresa quer ser dependente de um
único ou até mesmo de poucos consumidores, vendedores, investidores, funcionários ou
fiscalizadores. Michael Porter deixou isso claro décadas atrás no modelo das Cinco Forças que
ele introduziu em seu clássico livro Estratégia Competitiva. Dependência é arriscado porque
deixa a organização vulnerável. Nos casos onde a empresa tem relacionamentos chave que
custariam muito se fossem perdidos, você deve considerar maneiras de fortalecer sua força no
relacionamento e/ou encontrar relacionamentos alternativos. Por exemplo: se sua empresa
depende de um funcionário-chave, como você pode começar a desenvolver outras pessoas
para preencher aquele papel se ele ou ela forem embora?
Enquanto isso, quase toda a empresa tem a oportunidade de fazer um trabalho melhor ao
servir consumidores que já existem enquanto também buscam novos consumidores em
mercados que já existem, ou - com recursos, tempo e tolerância ao risco suficientes – novos
consumidores em novos mercados. Use as planilhas a seguir para identificar os
relacionamentos fundamentais para sua organização em diversas categorias, além de ter ideias
que melhorem os relacionamentos e/ou fortaleçam o poder de sua organização dentro deles.
Para certos relacionamentos, você pode querer desenvolver um plano formal que vai além do
espaço disponível aqui.
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1.29
Baseado no trabalho acima, escolha até cinco relacionamentos chave que precisam do seu
foco agora para ajudar sua empresa a continuar melhorando e ser bem-sucedida. Esses são os
nomes que você colocará no Painel do PVE para sua organização, para que você foque nos
relacionamentos que mais importam agora. Você pode sempre revisar seu plano para mudar
seu foco enquanto progride na construção destes relacionamentos.
Planilha: Top cinco de relacionamentos que são chave para o sucesso da sua organização
1.
2.
3.
4.
5.
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1.30
Nesta seção final do Painel do PVE para sua Empresa, você tem uma oportunidade para
destacar as formas como você desenvolve líderes para fortalecer sua empresa. Desta maneira,
o desenvolvimento de líderes e pessoas chaves estará sempre na sua cabeça juntamente com
missão, visão, valores, performance, iniciativas e relacionamentos.
A seguir segue uma lista de ideias para o desenvolvimento de líderes. Pesquisas mostram que
a melhor ferramenta de desenvolvimento, para embaraço dos treinadores e Coaches, é
providenciar experiências desafiadoras no trabalho que permitam às pessoas crescerem em
seus empregos (você só vai saber o quão bom o seu colaborador é, quando você sair da
frente). A segunda melhor é ajudar pessoas a forjarem relacionamentos com pessoas que
podem ajudá-las a se desenvolverem.
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1.31
Na tabela abaixo, liste até cinco importantes maneiras com que sua organização irá identificar,
recrutar, manter e desenvolver líderes:
Você agora tem informações substanciais para completar o Painel do PVE para sua
organização. Usando seu trabalho de até agora, trace um Painel do PVE inicial preenchendo o
modelo que vem a seguir.
Lembre-se, esse modelo é somente um esboço. Seu próximo passo será obter feedback de
outras pessoas.
Área
Visão
Missão
Valores
Vantagem Competitiva
Energia emocional
Estomago para decisões difíceis
Iniciativas
Relacionamentos Profissionais
Desenvolvimento
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1.32
Você agora possui um esboço do Painel do PVE para sua organização. Antes de concluir que
esse plano está pronto, cheque com pessoas que você respeita. Outras pessoas têm
perspectivas diferentes que frequentemente não percebemos. Além disso, as perguntas que o
Painel do PVE faz são algumas das questões mais importantes que qualquer um em sua
organização deveria estar perguntando. Ao pedir por conselhos e obter feedback, você inicia
um poderoso processo de envolver todo mundo em discussões para assuntos cruciais. Esse é o
processo que Jim Collins, autor da série de livros Good to Great, chama de “virar o volante”.
Escolha ao menos cinco pessoas que trabalham próximas a você e que você confia. Mostre a
eles seu esboço do Painel do PVE. Pegue o feedback deles perguntando as questões a seguir.
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1.33
Finalize o Plano
Com o feedback de seus colegas em mãos, complete seu Painel do PVE para a organização.
Mantenha esse documento em sua gaveta, em seu bolso, em seu computador ou aparelho
celular – onde seja possível. Em qualquer momento quando se sentir estressado ou puxado em
direções demais, volte a ele. Ele o ajudará a manter o foco no que realmente importa para sua
organização.
O Painel do PVE é um documento vivo, que respira. Revise e atualize-o com frequência.
Mantenha seus Colaboradores envolvidos para manter o diálogo fluindo.
Agora nós voltamos para uma segunda versão do Painel do PVE. Desta vez, ao invés de focar
na sua organização, vamos focar em você. Será interessante descobrir o quão próximo está seu
Painel de PVE Pessoal do seu Painel de PVE da sua empresa, que você acabou de completar.
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1.34
O PVE da sua empresa é uma ferramenta valiosa para ajudá-lo a, como empresário, manter os
pés no chão e focado, além de ajudar outros membros da sua equipe a fazer o mesmo. Desta
maneira, você pode usar o Painel do PVE como uma ferramenta para desenvolvimento da sua
empresa, bem como manter e gerar responsabilidade, foco e assegurar que todos estão em
sincronia e trabalhando com a mesma visão em busca de resultados.
Agora vamos voltar para o Painel do PVE Pessoal ou de Carreira. Esse é um exercício mais
pessoal e privado. Você deve completar o Painel do PVE com duas perspectivas diferentes:
uma focada na empresa que você gerencia e outra focada no seu desenvolvimento. Preencher
ambos os painéis com certeza é muito mais poderoso. Alguns empresários descobrem que as
duas coisas estão quase perfeitamente alinhadas. Outros descobrem áreas que estão em
conflito e precisam fazer escolhas sobre como solucionar essas questões, ou viver com elas.
Em quase tudo na vida há prós e contras, recursos e riscos, o segredo é planejar o trabalho e a
vida pessoal com mais prós do que contras e mais recursos do que riscos. Mentores, um Coach
executivo ou colegas de confiança podem servir como valiosos ouvidos e conselheiros nessa
etapa.
Como é um exercício mais pessoal, você deve encorajar os membros da sua equipe a
completar seus próprios Painéis de PVE, entretanto, é recomendável que você não exija que
eles compartilhem o resultado. Caso contrário, eles podem produzir painéis limpinhos que
magicamente mostram como a missão, a visão e os valores deles se encaixam perfeitamente
com os da empresa. De que serviria isso? É importante perguntar a eles o que descobriram
com o exercício. O nível de confiança entre você e eles irá determinar o quanto eles irão
compartilhar, e isso, por si só, é um feedback valioso para você como líder.
Mesmo mantendo o Painel do PVE para a carreira confidencial, você ainda pode desafiar
membros de sua equipe a refletirem sobre o encaixe e o comprometimento deles com a
empresa. Eles precisam tomar as mesmas decisões que todo mundo quando é hora de
equilibrar suas próprias necessidades com as da empresa.
Claro, antes de se preocupar com as experiências dos outros, é hora de você criar o seu Painel
do PVE para sua própria carreira. Enquanto completa os exercícios que vêm a seguir, você
pode descobrir que outros aspectos da sua vida são prioridade. Se esse é o caso, você pode
completar painéis separados para os outros papéis de sua vida: casamento, ser pai, ser filho de
pais que estão envelhecendo, ser um líder civil, ser membro de uma organização religiosa e
quaisquer outros papéis que são importantes para você.
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1.35
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1.36
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1.37
A sensação de ter uma visão convincente para sua carreira/vida pessoal é imbatível. Uma visão
excitante de para onde você quer que sua carreira/vida pessoal se dirija e do que sucesso
significa para você, o mantém inspirado e focado ao longo do tempo.
Infelizmente, não é fácil trabalhar para fazer nossa visão de carreira acontecer. Encaramos
diversas distrações e outras prioridades, deixamos que as pautas de outras pessoas tenham
prioridade sobre as nossas. Em alguns casos, nos escondemos ou ficamos cínicos depois de
alguns contratempos.
Esta seção o desafia a articular uma visão de para onde você levará sua carreira. Usando a
planilha a seguir, descreva o que sucesso significa para sua carreira profissional.
Planilha: Visão
Perguntas Respostas
Qual sua visão para sua carreira/vida?
O que sucesso significa para você em sua
carreira/vida? O quão bem sucedido você se
vê se tornando?
Como você vê sua carreira progredindo ao
longo do tempo? O que você conquistará ao
longo do caminho?
Quais serão suas conquistas mais
memoráveis?
No final de sua carreira, olhando para trás, o
que você terá vivenciado?
Como você se sentirá ao final de sua carreira?
O que será possível para você?
Como sua visão para sua carreira se conecta
com sua visão para a empresa? vice-versa?
Após completar a planilha, pegue conselhos com pessoas da sua vida que você confia e
respeita. O que elas pensam sobre sua visão para sua carreira? O que elas acrescentariam?
Quais conselhos elas têm para ajudá-lo a conquistar sua visão?
Depois, esboce uma declaração de visão para sua carreira que é tão convincente, inspiradora e
audaciosa que você mal pode esperar para fazer acontecer. Assim como em qualquer visão, se
você escrever no presente do indicativo a declaração de visão se torna mais concreta.
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1.38
Exemplos:
“Sou um autor best-seller, procurado para dar palestras em grandes eventos e ajudo
empresários e executivos a encontrarem equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Tenho
tempo para curtir minha família e faço viagens incríveis tanto com minha família, quanto só eu
e minha esposa. Temos estabilidade financeira e renda passiva provenientes dos nossos
imóveis, empresas e aplicações.” Marcelo Germano
“Meus filhos vão para as melhores escolas e universidades, graduam-se sem repetir ano e têm
vidas e carreiras estabelecidas. Minha esposa e eu nos aposentamos e moramos no Rio de
Janeiro. Eu leio, jogo golfe e me junto ao time de futebol da cidade. Torno-me um mentor para
jovens empreendedores.”
“Graças à minha liderança como CEO, em cinco anos nosso plano de saúde domina a
concorrência, está entre os Top 5 no ranking de satisfação dos clientes, atrai os melhores
médicos e enfermeiras e é conhecido pelo mais alto padrão de qualidade. Após me aposentar
como CEO, torno-me um palestrante e mentor para executivos de outros planos de saúde. Sou
procurado para debates sobre como tornar o sistema de saúde mais eficiente, acessível e com
compaixão por todas as pessoas.”
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1.39
Sua missão para sua carreira lhe dá um propósito maior para trabalhar e apoia seus esforços
em busca de sua visão. Sem esse propósito maior, é mais difícil ter a energia e a paixão
necessárias para superar todos os obstáculos no caminho de sua visão.
Ao mesmo tempo, você se torna mais atraente para outros relacionamentos de negócios –
investidores, empregadores, colaboradores-chave, colegas, mentores – quando você tem um
propósito claro. Pessoas querem fazer negócio com pessoas que perguntam e respondem as
questões “Por quê?” e “E daí?”.
Sua missão não precisa ser baseada no que você acha que tem que escrever ou no que seus
pais ou professores gostariam que você escrevesse. Sua missão é para você e somente você.
Ela existe para lhe ajudar a obter e manter claro seu propósito na sua carreira. Se está
inspirando você, é uma missão possível.
Por que você trabalha tão duro? Qual contribuição maior você quer fazer?
Se puder responder “sim” para estas questões, parabéns! Caso contrário, reconsidere a
importância de ter um propósito maior em sua carreira e de contribuir para algo que você se
importa profundamente. Esboce suas respostas em uma declaração concisa que o manterá
seguindo adiante quando os tempos forem difíceis.
Exemplos:
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1.40
“Levo novas tecnologias para as pessoas e mudo suas vidas para melhor” – Expert em
tecnologia
“Ajudo as pessoas a terem sucesso sendo organizadas” – Assistente Executivo
“Ajudo pessoas a começar negócios e realizar seus sonhos” – Consultor de empreendedorismo
“Escrevo livros que fazem crianças sonharem grande.” – Autor de livros infantis
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1.41
No Painel do PVE para sua empresa, você desenvolveu uma lista de valores não negociáveis.
Agora você pode fazer a mesma coisa para seus próprios valores pessoais em sua carreira.
Quais são seus valores pessoais não negociáveis que definem como você trabalha e avança em
sua carreira?
Ao mesmo tempo, como suas ações comparam-se aos valores que você diz serem
importantes? Assim como em valores organizacionais, existem dois tipos de valores para
indivíduos em suas carreiras: aqueles que você diz amar e aqueles que você realmente coloca
em prática. Se você diz valorizar seu tempo com a família mas não passa tempo com sua
família, então existe um descompasso.
Por fim, como seus próprios valores para sua carreira combinam-se com os da sua empresa?
Será que os valores praticados na sua empresa estão de acordo com os seus valores pessoais?
Como fez no Painel do PVE para sua empresa, pense nos cinco principais valores que você
valoriza no desenvolvimento de sua carreira. Use a lista a seguir com sugestões de valores para
ter ideias.
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1.42
VALORES PRINCIPAIS
Conscientização
Autoridade Amor Servir Equilibrio
ambiental
Satisafação do
Envolvimento Responsabilidade Dignidade Justiça
cliente
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1.43
Na planilha a seguir, liste seus cinco mais importantes valores e evidências específicas que
provem que seus valores combinam com suas ações.
Você coloca em prática esses valores que você deseja vivenciar? Quão próximos são os seus
valores dos valores da sua empresa? Como você concilia os desencontros?
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1.44
Líderes não só ajudam suas empresas a desenvolverem uma Vantagem Competitiva como eles
próprios também têm habilidades, técnicas e conhecimento únicos que se destacam. O que
você faz melhor que qualquer outro e que o ajuda no seu sucesso? Se você fosse ser o melhor
em alguma área, qual seria?
Sua Vantagem Competitiva ou Habilidade Única inclui seu conhecimento funcional e/ou
industrial, relacionamentos profissionais, experiência ampla, habilidade para resolver um
problema específico ou obter resultados em situações específicas ou talento que você
transformou em uma habilidade valiosa.
Ao listar sua Habilidade Única ou Vantagem Competitiva no Painel do PVE, você está
constantemente sendo relembrado da necessidade de desenvolver, manter e afiar sua
Vantagem Competitiva.
Exemplos:
“Sou muito bom em influenciar as pessoas em busca de um resultado desafiador.” Marcelo
Germano
“Sei mais sobre a indústria do papel que qualquer outra pessoa.” – Investidor bancário com
foco na indústria do papel
“Sou líder no desenvolvimento de aplicativos para celular.” – Desenvolvedor de Software
“Sou excelente em relacionamento com pessoas e fazer negócios a partir disso.” – Gestor
Comercial
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1.45
Como você pode minimizar qualquer fraqueza para se apoiar na sua Vantagem Competitiva e
ser o melhor?
Como você pode se apoiar na sua Habilidade Única/Vantagem Competitiva para se tornar
ainda mais forte no mercado?
O que você precisa fazer nos próximos dois ou três anos para se tornar ainda melhor?
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1.46
Energia emocional:
Energia emocional positiva é o combustível que você precisa para atingir a sua visão. Você
precisa saber o que te excita/empolga e como maximizar suas contribuições para criar energia
emocional positiva nas pessoas a sua volta.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Uma das melhores formas que eu conheço para gerar energia positiva é comemorando minhas
vitórias diárias ou simplesmente olhando em volta e procurando algo que eu possa agradecer.
Nos meus treinamentos peço para falarem de 3 coisas positivas que aconteceram com elas na
última semana e muitas vezes, vejo que elas tem dificuldades em lembrar. Isso acontece
porque elas não cultivam esse simples hábito.
Cultivar o simples hábito de planejar 3 pequenas vitórias por dia é muito poderoso e pode
transformar sua vida.
Quais são as 3 vitórias que você vai comemorar hoje no final do dia?
1 - ____________________________________________________________________
2 - ____________________________________________________________________
3 - ____________________________________________________________________
É necessário gerar energia através da sua alimentação e de exercício físico. Existem diversas
maneiras para gerar energia para a sua vida. A seguir, descreva pelo menos 3 coisas que você
pode fazer para gerar energia emocional positiva para sua vida :
1 - ____________________________________________________________________
2- _____________________________________________________________________
3 - ____________________________________________________________________
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1.47
Assim como você precisa tomar decisões difíceis na sua empresa, o mesmo acontece na sua
vida. Decisões sobre relacionamentos, finanças pessoais, carreira, férias, etc.
A demora em tomar essas decisões sugam sua energia e evitam que você avance em direção
aos seus objetivos.
Descreva quais são as decisões que você precisa tomar e você está adiando? O que você vai
fazer e quando?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
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1.48
No Painel do PVE para sua empresa, você definiu o que é performance para sua empresa. Pode
ser que sua performance para sua empresa é idêntica à performance para o sucesso da sua
carreira ou projetos pessoais. Se esse é o seu caso, você está preparado.
Da mesma forma, metas de empresas geralmente são focadas em métricas tradicionais sobre
performance financeira, qualidade, serviço e recrutamento e retenção de colaboradores.
Enquanto isso, sucesso em sua carreira pode requerer diferentes tipos de métricas. Por
exemplo: você pode definir métricas de performance como prêmios e reconhecimento do seu
segmento empresarial ou da sua cidade. Você pode ainda considerar uma meta de quantos
colaboradores na sua empresa conseguiram comprar uma casa própria ou ainda quantos
gerentes você formou ao longo do caminho. Sua meta também pode ser de formar um
sucessor para ser o CEO da sua empresa e você virar o presidente do conselho. Performance
também pode estar relacionada a maneiras de você melhorar sua Vantagem Competitiva para
que continue a ser visto como um dos melhores em seu campo.
Exemplos específicos:
• “Fazer palestras para mais de 2000 pessoas até o final de 2015.”Marcelo Germano
• “Receber o prêmio de: O Empresário do ano.”
• “Receber meu MBA em marketing até Junho.”
• “Alcançar uma meta de faturamento de R$ 2,5 milhões neste ano fiscal.”
Pense um pouco nas três ou cinco métricas de performance que o ajudarão no sucesso de sua
carreira nos próximos dois anos. Mais uma vez, pode haver uma combinação perfeita entre
sucesso para sua organização e sucesso para sua carreira, ou podem haver diferenças.
Planilha: Performance
De três a cinco metas de performance para o sucesso de sua carreira
1.
2.
3.
4.
5.
O quão próximas estão estas métricas de performance pessoal das que você definiu para o
sucesso da sua empresa? Se há alguma diferença significativa, o quão difícil será conciliá-las?
Se for possível, o que você pode fazer para alinhar o que você define como performance para
sua empresa do que define como performance para sua carreira/vida?
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1.49
No Painel do PVE para sua empresa, você identificou as iniciativas-chave que vão assegurar
que sua organização tenha uma boa performance e que o manterão focado no que é mais
importante para o sucesso de sua empresa.
Essas iniciativas poderiam ser exatamente os feitos que, se conquistados, darão à sua carreira
um impulso. Por outro lado, as iniciativas para sua empresa podem ser coisas que você já fez
diversas vezes, que servem mais para o sucesso da sua empresa do que o seu sucesso pessoal.
Para avançar nessa área, você pode ter que escolher outras iniciativas mais agressivas para
mostrar o que pode fazer e que você vai além.
Exemplos:
Quais são as três ou cinco iniciativas que você precisa tomar para avançar em sua carreira,
cumprir as métricas de performance que você definiu na sessão passada, alcançar sua visão e
sua missão para sua carreira e/ou desenvolver ainda mais sua Vantagem Competitiva?
Quais projetos e iniciativas você irá cancelar, adiar ou delegar para focar sua atenção nos
projetos que você identificou acima?
Empresários contam com todo tipo de pessoas para serem bem sucedidos. De fato,
relacionamentos profissionais podem ser a moeda mais importante de um empresário. Você
precisa assegurar que novas e promissoras oportunidades venham em sua direção
constantemente, antes que outros saibam sobre elas.
Desenvolver fortes relações profissionais com o máximo de pessoas possível representa uma
meta valiosa. No entanto, provavelmente um pequeno número de pessoas em sua rede de
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1.50
contatos tem algo a dizer sobre se você foi bem sucedido ou não. Identificar e cuidar destes
relacionamentos-chave pode aumentar suas chances de sucesso se você manter o foco e a
atenção.
Outros
Outros
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1.51
Agora liste até dez pessoas que não o conhecem bem, mas deveriam, porque elas podem ser
muito importantes em sua carreira. Você precisa entrar no radar delas. Pense em maneiras de
iniciar ou de continuar a desenvolver o relacionamento.
Quem? Porque essa pessoa pode ser Um passo que você pode dar
valiosa para você para desenvolver o
relacionamento
Por fim, de todo o trabalho que você fez nessa seção, escolha até cinco relacionamentos que
você precisar focar agora para avançar em sua carreira. Esses são os nomes que você colocará
no Painel do PVE para sua carreira como uma forma de manter o foco. Você pode sempre
revisar seu plano para mudar seu foco enquanto progride na construção destes
relacionamentos.
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1.52
O que será preciso para você continuar a ter sucesso? Quais atribuições e experiências o
desafiarão e o ajudarão a se desenvolver de forma mais eficaz?
Planilha: Atribuições/Experiências
Atribuições/experiências Como isso apoia sua visão Ação que você tomará
Em quais de suas forças você pode se apoiar para ser mais bem sucedido?
Planilha: Forças
Forças Como você pode se apoiar Ação que você tomará
nessa força
Quais comportamentos você tem que parar de ter, ter mais, mudar ou adotar?
Planilha: Comportamentos
Velho comportamento Novo comportamento Ação que você tomará
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1.53
Planilha: Atitudes
Velha atitude Nova atitude Ação que você tomará
O que mais você precisa fazer para avançar em sua carreira ou preparar o cenário para
continuar a ser bem sucedido?
Considerando tudo que foi escrito acima, quais são as (no máximo) cinco áreas a serem
desenvolvidas que mais o ajudarão e que você pode colocar no Painel do PVE para sua
carreira?
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1.54
Você agora tem informações substanciais para completar o Painel do PVE para sua carreira.
Usando o trabalho que você fez até agora, esboce um Painel do PVE inicial preenchendo o
modelo que segue abaixo. Lembre-se, esse modelo é apenas um esboço. Seu próximo passo
será obter feedback de outras pessoas, se você sentir-se confortável em fazer isso.
Visão
Missão
Valores
Vantagem Competitiva
Energia Emocional
Métricas de Performance
Iniciativas
Relacionamentos Profissionais
Desenvolvimento
Você agora tem um esboço do Painel do PVE para sua carreira. Assim como você fez com o
Painel do PVE para sua empresa, pegue conselhos sobre como torná-lo mais preciso e
convincente. Esse documento é mais pessoal que o Painel que você completou para sua
empresa, então escolha apenas colegas e amigos confiáveis.
Compare os dois painéis. Eles estão bem alinhados? Como um painel dá suporte ao outro?
Você pode viver com as diferenças? Quais escolhas você pode tomar para deixá-los mais
alinhados?
Quando você terminar seu Painel, mantenha-o por perto para que você possa usá-lo como
referência. Se puder, coloque ambos os Painéis em uma mesma página com uma coluna para
cada. Revise seus Painéis com frequência e mantenha-os atualizados para que o ajudem a
manter-se focado, com os pés no chão e fazendo o que é mais importante para o sucesso de
sua empresa e da sua carreira.
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1.55
O que você imagina quando pensa em alinhamento? Muitas pessoas pensam em uma linha
reta ou em uma flecha com muitas pontas, todas apontando em uma mesma direção. Eu gosto
de pensar em uma espinha. Quando as vértebras da espinha estão alinhadas, nos sentimos
ótimos. Quando a espinha está fora do alinhamento, sentimos dores de moderadas a severas.
Se não cuidamos da dor, temos problemas para nos mexer ou nossa postura sofre e – com o
tempo – acabamos com a aparência de uma velha árvore retorcida.
Algumas pessoas não fazem nada para cuidar das dores em suas espinhas. Elas seguem a vida
sem perceber o quanto aquilo está prejudicando. São como o paciente que sofria severas
dores de cabeça todo dia, mas, até que recebeu atenção médica, presumia que todo mundo
também tinhas aquelas dores terríveis o tempo todo. Ele não sabia que as coisas podiam ser
melhores. Antes que percebam, suas vidas acabaram e tudo o que restou foram oportunidades
perdidas.
Você já deu uma olhada no alinhamento entre o Painel do PVE para sua empresa e o Painel do
PVE para sua carreira. Esse capítulo pede que você revise esse alinhamento mais uma vez e
depois considere também os outros aspectos da sua vida.
As perguntas que somente você pode responder são: o quanto de desalinhamento você está
disposto a aceitar em sua vida? Está disposto a tomar pequenos passos para conseguir um
alinhamento melhor? Onde você deve fazer grandes mudanças?
Por exemplo: um executivo passou anos trabalhando e subindo de cargo em uma indústria. Ele
amava os relacionamentos próximos que formou com todos, de executivos seniores até
empregados da linha de frente. Vindo de uma faculdade onde jogou três esportes diferentes,
ele valorizava trabalho em equipe, relacionamentos e ajudar os outros a serem bem sucedidos.
Infelizmente, após três meses no novo trabalho ele percebeu que não podia conviver com os
valores de sua nova empresa. A companhia tinha um sistema em que os executivos ficavam
com todos os méritos enquanto os colaboradores da linha de frente eram tratados como seres
inferiores. Quando tentou construir uma equipe que contasse com os colaboradores da linha
de frente para incluí-los em ideias que melhorassem as operações da empresa, seu gerente o
repreendeu. Ele era encorajado a cortar os colaboradores de linha de frente para maximizar a
produtividade a qualquer custo. No fim das contas, como era incapaz de conciliar a cultura e
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1.56
valores da empresa com os seus próprios, ele deixou seu lucrativo emprego para achar algo
mais alinhado com seus próprios princípios.
Nem todos fariam o mesmo. Alguns poderiam deixar de lado seus valores para poderem dar
mais a suas famílias. Outros poderiam encontrar formas criativas para inserir seus próprios
valores em outras áreas da empresa. Cada um de nós tem que fazer suas próprias escolhas
sobre a carreira que deseja ter, a vida que quer viver e os compromissos que está disposto a
fazer.
O exercício a seguir identifica áreas onde pode haver desalinhamento entre os dois Painéis do
PVE que você criou:
Missão: A missão da
minha empresa e
minha missão para
minha carreira estão
alinhadas. Posso
alcançar meu objetivo
enquanto ajudo a
empresa a alcançar o
dela, e ambas me
inspiram.
Valores: Os valores
que digo ter para
minha carreira estão
alinhados com os da
minha empresa.
Vantagem
Competitiva: posso
usar meus talentos,
habilidades e
conhecimento para
apoiar o que minha
empresa faz de
melhor e minha
empresa me dá
talentos, habilidades e
conhecimento que me
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1.57
dão vantagem no
mercado de trabalho.
Métricas de
Performance: Minhas
metas de
performance para
minha carreira e
minhas metas de
performance para a
empresa se reforçam
e apoiam uma à
outra.
Iniciativas: As
iniciativas que preciso
ter para o sucesso da
minha organização
apoiam minhas
iniciativas para ter
sucesso na carreira, e
vice-versa.
Relacionamentos: Os
relacionamentos que
são chave para o
sucesso da empresa
se alinham com
muitos dos
relacionamentos que
preciso forjar para
meu próprio sucesso
profissional.
Desenvolvimento
Profissional: Minhas
aspirações para seguir
me desenvolvendo
irão apoiar a visão, a
Vantagem
Competitiva, as
métricas de
performance, as
iniciativas e os
relacionamentos que
minha empresa
precisa, e vice-versa.
Quais áreas acima
estão mais alinhadas?
Quais áreas acima
estão menos
alinhadas?
Das áreas que não
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1.58
Mesmo se houver um alinhamento aceitável entre sua empresa e sua carreira, ainda
precisamos dar uma olhada no resto de sua vida. Ser um empresário bem sucedido requer
disciplina, foco e energia. A função de liderar pode drenar suas energias. Ao mesmo tempo, se
não cuida de suas necessidades pessoais, é improvável que você consiga reunir concentração e
energia suficientes para engajar e mobilizar os outros. Ao cuidar de áreas fundamentais de sua
vida pessoal e até mesmo se permitir alguns luxos, você pode recarregar as energia e
rejuvenescer.
O que você precisa fazer em sua vida pessoal para manter a Vantagem Competitiva em sua
carreira e em sua empresa? O que você pode fazer por si mesmo que irá ajudá-lo a manter o
foco em conquistar suas metas? O que você pode fazer para lidar melhor com as pressões e
crises diárias? O que pode fazer para rejuvenescer? Quais indulgências você tem deixado de
lado mas que poderiam ajudá-lo a recarregar as energias?
Ao mesmo tempo, quais são os aspectos de sua vida pessoal que podem estar te distraindo ou
tirando suas forças? Em outras palavras, o que você pode parar de fazer em sua vida pessoal
para ajudar a manter o foco e a ter mais tempo e energia?
Um exemplo hipotético: Um jogador de futebol com passagens pelos grandes times do Brasil e
por Ligas Europeias, embora não seja um superstar descobriu rapidamente as tentações de ser
um atleta profissional. Isso inclui todo o tipo de familiares e velhos amigos aparecendo do
nada para pedir empréstimos, mulheres tentando enganá-lo por dinheiro – até ao ponto de
fingir uma gravidez – , jogatina com outros membros do time em viagens de avião, drogas e
álcool, perdas de tempo como videogames e o vício potencial de estar sob os holofotes e ser
visto como celebridade.
Para sua sorte, ele tinha os pés no chão e fazia um esforço consciente para gerenciar seus
próprios interesses. Ele aprendeu a dizer “não” a pedidos por empréstimo e, quando acabava
emprestando dinheiro a um familiar, tratava o dinheiro como presente para evitar inevitáveis
disputas. Ele se livrou das pessoas que estavam em sua vida apenas para sugar energia e
dinheiro ou que ele sabia que não continuariam por perto quando sua carreira acabasse.
Quando seus colegas estavam apostando dinheiro ou jogando videogames, ele passava o
tempo lendo sobre planejamento financeiro e imobiliário, em preparação para a vida pós-
futebol. Ele até abandonou o futebol por um ano para se formar na universidade. Hoje ele é
um empresário bem sucedido, enquanto muitos de seus antigos colegas estão falidos,
divorciados e lutando contra vícios.
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1.59
Ele costumava dizer: “Se você tem distrações fora do campo, terá distrações em campo”.
Empresários podem não ter todas as tentações de um jogador profissional de futebol, mas o
que o jogador hipotético diz também se aplica. Quanto mais alinharmos nossa vida pessoal
com nossas carreiras, mais fácil é conquistar nossos objetivos.
Uma forma de abordar essas questões é esboçar o Painel do PVE para cada aspecto de sua
vida: casamento, ser pai, outros parentes, saúde, hobbies, serviço comunitário, filantropia,
espiritualidade, férias e por aí vai.
Uma maneira simples é preencher a planilha abaixo. Essa planilha lista uma variedade de áreas
em sua vida. Pense nas coisas que você pode fazer em cada área para ser mais focado, ter mais
energia, recarregar as energias e ser mais alinhado com as necessidades de sua empresa e o
que você quer em sua carreira. De forma similar, pense nas coisas que você pode parar de
fazer.
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Apostila 2
Delegação
EMPRESA
AUTOGERENCIÁVEL
Como fazer sua empresa funcionar
mesmo sem a sua presença
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2.2
Habilidade Única
É o que você ama fazer e é excelente fazendo. Para considerar uma atividade sua habilidade
única, ela deve necessariamente ter essas quatro características:
1. Habilidade superior: Você tem um grande talento que outras pessoas percebem e
valorizam.
2. Paixão: Você ama fazer isto e quer fazer isso o máximo possível.
3. Energizante: Você e as pessoas ao seu redor se sentem energizados fazendo esta
atividade.
4. Melhoria contínua: Você está sempre melhorando, e não tem limites para o
crescimento e desenvolvimento desta habilidade.
Atividades que você é Excelente: Essas atividades são aquelas que você tem uma habilidade
superior e grande reputação, mas não paixão. Em alguns casos, você nem gosta tanto dessa
atividade. Geralmente é desafiante largar essas atividades pois você é muito bom trabalhando
nelas.
Atividades que você é Competente: Essas atividades são as que você é razoável executando,
atingindo somente os padrões mínimos de qualidade. Muitas pessoas conseguem fazer essa
atividade melhor e com menos esforço que você.
Atividades que você é Incompetente: Quando você trabalha com esse tipo de atividade, você
geralmente erra, fica frustrado, estressado e está sempre em conflito interno. Você odeia
essas atividades porque você não é muito bom nelas.
Todos nós temos uma particularidade que pode ser combinado e utilizado com nossos talentos
inatos, nossas paixões pessoais e nossas experiências de vida. Muitas pessoas não se enxergam
como únicas ou especiais porque acha que foi muito fácil “ser ela mesma”. Mas, se você
pensar a respeito disto, por essência todos nós somos únicos. Comece reconhecendo que você
possui uma Habilidade Única e então preste atenção em como e quando você usa isto.
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2.3
FLOW
O Flow (Fluxo) é um estado no qual uma pessoa entra ao executar um atividade altamente
desafiadora, para a qual possui habilidades igualmente altas, em equilíbrio.
Mihaly Csikszentmihalyi, o criador deste conceito, trabalhou com 8 mil pesquisas feitas em
todo o mundo e, independente da cultura e nível de educação, identificou sete condições
presentes em atividades que levam uma pessoa a estar em Flow:
Alguns exemplos são citados como esportes, jogos, rituais, tarefas manuais e hobbies, porém
no trabalho estas atividades também ocorrem com grande frequência. Para identificar quando
uma pessoa está neste estado, no qual há uma produtividade sem igual, existem alguns
sintomas:
Mihaly representou o cotidiano do trabalho em um simples gráfico. Ele mediu isso com muita
precisão, porque deu às pessoas beepers que disparavam 10 vezes ao dia e quando isso
acontecia, o profissional dizia o que estava fazendo, como se sentia, onde estava e o que
estava pensando. Era então medida a intensidade do desafio que as pessoas experimentavam
no momento e o quanto de habilidades que elas acreditavam possuir para aquele momento.
Desta forma foram identificadas 9 condições geradas pela combinação entre Desafios e
Habilidades. Isto está representado no gráfico a seguir.
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2.4
As demais condições não são tão favoráveis, pois existe uma tendência natural de permanecer
ou recuar. Também pode ocorrer uma tentativa frustrada de trocar o a busca do Flow por
prazeres imediatos, considerando que é exigida uma grande energia para fazer o esforço
inicial.
Ainda assim, isto não significa uma derrota definitiva, é preciso identificar em que condição o
profissional se encontra e primeiramente equilibrar os Desafios e Habilidades, para em seguida
aumenta-los gradualmente, mantendo o equilíbrio. Este é o caminho natural para o Flow.
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2.5
A maioria dos donos de pequenas e médias empresas (PME) que eu conheço são
centralizadores e fazem micro-gerenciamento. Talvez eles sejam assim por não saberem os
benefícios que se tem ao delegar tarefas e responsabilidades, talvez eles sejam assim por
medo de que algo de errado ou até mesmo por alguma emoção ou sentimento que ele tenha
em relação ao assunto. Eu, por experiência própria, posso afirmar os benefícios que se obtém
ao delegar , e mais importante, o quanto as pessoas se desenvolvem quando isso é feito de
forma correta. O texto abaixo foi feito inspirado no livro The Competent Leader: A Powerful
and Practical Tool Kit for Managers and Supervisors com algumas observações minhas sobre
o assunto.
2) Delegar nos dá tempo livre para fazer coisas mais importantes. Muitas das tarefas dos
donos de PME podem ser feitas pelos seus colaboradores. Se você delegar tarefas de
rotinas você terá mais tempo para as atividades essenciais, para liderar, para inovar e
focar nas atividades que geram valor para o seu negócio.
3) Delegar desenvolve seu colaborador. Muitas vezes nós não delegamos, porque achamos
que nossos colaboradores não tem capacidade para fazer a tarefa. Enquanto não
delegarmos nossas tarefas, não desenvolveremos nossos colaboradores, suas habilidades,
conhecimentos, competências, entre outros, e nós continuaremos a sentir que nossos
colaboradores não tem capacidade. Quando delegamos uma tarefa a nossos
colaboradores estamos dizendo, você tem o que é necessário para fazer esse trabalho, isso
irá melhorar o nível de confiança entre você e seus colaboradores. Delegar é uma
importante ferramenta de desenvolvimento de pessoas, mas exige paciência e disciplina.
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2.6
À medida que a empresa avança, nossas responsabilidades mudam de menos ênfase para as
tarefas operacionais para maior ênfase nas tarefas de liderança – gerenciamento,
planejamento e comando. Ficar esbarrando nas atividades operacionais – ao invés de planejar,
gerenciar e comandar – é um dos principais motivos para os empresários trabalharem por
jornadas exaustivas.
Pesquisas mostram que quando é dada ao mesmo tempo uma tarefa operacional e uma de
gerenciamento para um supervisor – no nosso caso um empresário – a maioria fará a tarefa
operacional primeiro. A maioria dos empresários preferem as tarefas operacionais, porque:
1) Estão mais familiarizados com elas.
2) Elas são geralmente mais fáceis.
3) Elas têm resultados imediatos. E mais importante,
4) A empresa chegou onde chegou pelo seu sucesso nas tarefas operacionais. A experiência
passada e o sucesso, na verdade atrapalha sua atual efetividade como empresário de sucesso.
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2.7
1. Eu dou ao meus liderados novas tarefas mesmo que eles possam cometer
erros.
8. Eu nunca passo por cima dos meus liderados tomando as decisões que são
parte do seu trabalho.
9. Eu não assumo para mim coisas que meus liderados podem ou deveriam
estar fazendo.
10. Se eu ficasse incapacitado por seis messes haveria alguém para me substituir.
11. Meus principais líderes também sabem delegar com eficiência para seus
próprios liderados.
12. Quando eu retorno de um período ausente não há uma pilha de papéis que
precisam da minha atenção.
13. Meus liderados tomam a iniciativa de expandir sua própria autoridade
delegando projetos sem esperar por mim.
14. Quando eu delego, eu especifico o resultado esperado e não como a tarefa
deve ser feita.
Resultado: Marque 1 ponto para cada resposta verdadeira. Um bom resultado é acima de 11.
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2.8
Com todas essas razões que nós temos para não delegar, não é de se assustar que temos
receio em delegar. O poema abaixo escrito por um autor anônimo traz uma abordagem bem
humorada sobre nossa hesitação.
“Como quase todo mundo sabe, um supervisor não tem nada para fazer a não ser:
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2.9
1) Ter uma atitude com seus liderados do tipo “eu mesmo posso fazer melhor”. A maioria
dos donos de PME começaram fazendo tarefas, então eles geralmente pensam que ainda
são a melhor pessoa para fazer a tarefa – mesmo que eles estejam sobrecarregados.
Mesmo que você possa fazer melhor essa tarefa, a escolha não é entre a qualidade do seu
trabalho e a qualidade do trabalho do liderado. A escolha é entre os benefícios com o
aprendizado do liderado em fazer essa tarefa e o dono de uma PME gastar esse tempo no
planejamento, delegação, aconselhamento, supervisão e desenvolvimento de um liderado.
Acredite nas habilidades dos seus liderados, eles podem acabar surpreendendo você.
3) Falha em cobrar ou utilizar relatórios de progresso. Quando você não tem um método
para acompanhar o progresso dos liderados duas coisas acontecem. Você comunica para o
liderado que a tarefa que você delegou para ele ou para ela não é importante. Segundo,
você pode acabar treinando involuntariamente você e o seu liderado a falha. Combine
com o empregado datas especificas para checar o progresso com intervalos determinados
desde o começo da tarefa até o seu final. Lembre-se, esses checkpoints são para ajudar no
processo de delegar não para atrapalhar.
4) Má vontade em deixar seus liderados darem suas próprias ideias. Quando você não
pergunta a seus liderados suas ideias e opiniões, você esta treinando de forma não
intencional que você não valoriza seus liderados. Você também limita suas oportunidades
de obter novas informações. Lembre-se: se você faz o que você sempre fez, você terá
sempre o mesmo resultado. Ouvir seus colaboradores é fundamental para o seus sucesso
5) Delargação. Tarefas são normalmente DELARGADAS pois o empresário não tirou o devido
tempo para planejar corretamente a delegação. Ao cometer essa falha grave há dois
resultados negativos: (A) as chances do trabalho sair errado aumenta exponencialmente, e
(b) o liderado perde a motivação porque o supervisor não levou em conta as suas
habilidades e capacidades para fazer o trabalho. Para garantir que a delegação seja bem
sucedida tome tempo para planejar, escolha a pessoa certa para o serviço, e discuta o
serviço e os resultados esperados.
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2.10
O motivo pelo qual eu peço para você anotar o numero aproximado de minutos que você irá
economizar se você delegar cada tarefa é porque a maioria das pessoas não percebe como
poucos minutos a cada dia no final acumulam.
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2.11
Se você for capaz de delegar uma atividade que toma 60 minutos do seu dia no final do ano
você teria 32 dias completos com 8 horas cada para ser gasto de outra forma. Isso é mais que
um mês inteiro de trabalho adicional para a realização de tarefas mais importante como as de
liderança.
Agora que você já determinou quais tarefas delegar e pra quem delegar tire um tempo para
planejar a delegação. Para fazer isso você precisa responder o questionário a seguir.
Apresentando a delegação
Após ter planejado a delegação, você deve deixar clara suas expectativas sobre o resultado da
tarefa. Essas expectativas devem ser passadas com clareza aos seus liderados. Tenha em
mente que seu liderado pode ter boas ideias para mostrar, então considere pedir a opinião
dele ou dela. Abaixo está um passo a passo a prova de falhas para assegurar o processo de
delegação. Não esqueça de seguir todos os sete passos.
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2.12
fácil. O propósito desse passo é garantir que o liderado saiba como fazer a tarefa. Para
liderados experientes deixe que eles decidam. Enquanto eles souberem os resultados
esperados eles podem decidir como fazer o trabalho. E adivinhe? Talvez eles tenham um jeito
melhor de fazer a tarefa.
Para garantir o cumprimento das atividades, você deve dar a adequada e proporcional atenção
para as pessoas que as atividades foram delegadas. Um método é agendar acompanhamentos
em certos passos de conclusão da tarefa. Um outro método mais frouxo é checar no meio da
tarefa, a partir do momento que você delegou a tarefa. Para que isso seja eficaz, você precisa
anotar no seu calendário, assim você não esquecerá. Seja cuidadoso para não fazer micro
gerenciamento. De espaço para o liderado crescer. Quando você pensa a respeito, esse é o
motivo porque você pode fazer essas tarefas tão bem feitas. Você teve espaço para crescer,
você cometeu alguns erros e você aprendeu com os erros que cometeu. O mesmo processo se
provará igualmente valioso para os seus liderados.
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2.13
1. Delegando para a pessoa certa: Tenha certeza que delegou para a pessoa com as devidas
habilidades e capacidade. Baseie sua decisão no talento e não na conveniência;
2. Especifique o resultado que você quer: Fale claramente o resultado que você esta
esperando. Especifique como você quer que fique depois de pronto;
3. Estabeleça o prazo: Estabeleça um prazo realista – a data em que o projeto ou ação
precisa estar pronta.
4. Determine o nível de autoridade da equipe: Determine quanta autoridade seu time tem
em termos realizar ações e tomar decisões;
5. Acompanhe o pregresso e esteja disponível: Crie um sistema de comunicação e
informação para que você saiba quando as coisas estão prontas. Esteja disponível para
contribuir e ajudar a resolver problemas.
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2.14
1. O liderado evita assumir riscos. É mais fácil perguntar ao supervisor do que tomar uma
decisão. Para quebrar esse hábito evite decidir por um liderado. Simplesmente pergunte.
O que você me recomenda? Um supervisor respondeu essa pergunta colocando uma placa
em sua mesa que dizia: NTP-TS, um acrônimo para Não me Traga Problemas – Traga
Soluções.
2. O liderado teme criticas. Quando você der feedbacks de desenvolvimento faça-o em
particular, e de uma maneira que proteja a dignidade do seu liderado.
3. Falta de confiança dos liderados. A confiança só cresce com o tempo e
conhecimento/intimidade. Você pode ajudar dando suporte e encorajamento.
4. O liderado percebe uma falta de conhecimento. Nenhuma responsabilidade deve ser
delegada sem a informação, conhecimento e autoridade necessária. Dê toda a informação
e treinamento necessário para preparar o liderado para o sucesso.
5. O supervisor quer se sentir necessário. O supervisor pode pensar que tomar decisões
demonstram indispensabilidade. Se você tem essa atitude, você vai continuar encontrando
o mico nas suas costas. Você pode servir muito melhor aos seus liderados e a sua empresa
ajudando-os a crescer.
6. O supervisor teme ser detestado por delegar ou recusando-se a tomar uma decisão para
um empregado. Isso simplesmente não é o caso. Em um estudo feito por John Hemphill at
Ohio State University, um grupo de 500 supervisores e gerentes foram classificados pelos
seus liderados. Os Líderes que tiveram classificação Boa e Excelente foram aqueles que
fizeram bom uso da delegação. Inversamente, os classificados como Ruim foram os
ineficientes na delegação.
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2.15
A Maioria dos liderados têm a vontade de trabalhar por conta própria. Quando os liderados
trabalham por conta própria sem a constante observação do chefe, eles se sentem mais
orgulhosos e com um maior sentimento de realização.
Dando tarefas mais desafiadoras aos nossos liderados, eles sentirão que cumprem um papel
mais significante dentro da organização. Delegar desenvolve um senso de propósito,
responsabilidade, integração e posse nos liderados.
Esses três benefícios apenas já são suficientes para delegar. Adicione esses aos benefícios
listados no início do texto e você facilmente verá o valor de delegar. Comece o processo de
delegação agora não perca tempo.
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2.16
• Não subestime o tempo para fazer coisas – nem tudo pode ser feito tão rápido quanto
você imagina.
• Não faça micro gerenciamento.
• Não delegue sua habilidade única.
• Não seja impaciente. Deixe os outros aprender e crescer.
• Não subestime a capacidade do seu time.
• De suporte para as pessoas que trabalham com você assim elas podem aproveitar você
melhor.
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2.17
Mesmo se tratando de um assunto voltado para executivos de grandes empresas, acredito que
possa servir de alerta e de conhecimento para empresários de pequenas e medias empresas.
A ideia resumida
Para que seu trabalho funcione de forma efetiva, empresários e líderes precisam do máximo
possível de tempo disponível. Mas onde encontrá-lo? A única solução viável é reduzir o tempo
que é gasto resolvendo problemas dos subordinados.
A ideia na prática
Na sua empresa, seus subordinados podem ter 5 níveis de iniciativa. Do nível mais baixo até o
mais alto, elas são:
1. Querendo ser comandado.
2. Perguntando o que fazer.
3. Fazendo uma recomendação e agindo de acordo com ela.
4. Agindo, mas avisando os outros prontamente.
5. Agindo por conta própria, depois casualmente avisando os outros.
Quando estiver lidando com os micos dos subordinados, deixe claro o mínimo que você espera
deles: diga que estão proibidos de usar as opções 1 e 2. Toda vez que um subordinado entrar
na sua sala para falar sobre um de seus micos, assegure-se de que ele saia com um
entendimento claro sobre o nível de iniciativa própria que você espera dele. Além disso, tente
levar em conta os seguintes conselhos sobre micos:
• Descarte alguns micos se sua equipe tem mais deles do que pode lidar.
• Limite seu envolvimento com o mico de um subordinado a no máximo 15 minutos de cada
vez.
• Marque compromissos para lidar com os micos. Quando você lida com eles casualmente –
por exemplo, quando cruza com um subordinado no corredor – , você não dedica a
atenção necessária.
• Marque uma data para que o subordinado reporte o progresso que ele fez em cada ação
que foi pensada na última reunião de vocês.
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2.18
Delegar poder de ação não estava na moda antigamente. A ordem do dia era gerenciar a
empresa comandando e controlando os subordinados. Delegar poder, no entanto, só dá certo
quando o conceito é aceito por toda a organização e tanto o gestor quanto seus subordinados
têm uma relação de confiança. O mais importante é que o gestor supere a ânsia de assumir os
micos dos subordinados. Ele precisa desenvolver uma “mentalidade de abundância” que lhe
permita abandonar o controle absoluto e ajudar no crescimento e desenvolvimento daqueles
ao seu redor.
Por que é que os líderes e empresários geralmente não tem tempo, enquanto seus
subordinados geralmente têm com pouco trabalho a fazer? Aqui iremos explorar o significado
de gerenciamento de tempo e como ele se relaciona na interação entre Empresários, diretores,
gerentes e demais colaboradores.
1. Tempo imposto pelo cliente: usado para atender as demandas dos clientes e que o
empresário não pode ignorar sobre pena de perder o cliente.
2. Tempo imposto pela empresa: usado para acomodar solicitações de apoio feitas por
colegas. Negligenciar estes pedidos também resultará em penalidades, embora nem
sempre de forma direta.
3. Tempo imposto a si mesmo: usado para fazer as coisas que o gestor projetou ou
concordou em fazer. Uma parte deste tipo de tempo, no entanto, será tomada por
subordinados e é chamada de Tempo imposto por subordinado. O que sobrar de tempo
será para o próprio gestor e é chamado Tempo Discricionário. Tempo imposto a si mesmo
não está sujeito a penalidades pois nem o chefe nem o sistema podem disciplinar o gestor
por não fazer algo que eles nem sabiam que o gestor tinha a intenção de fazer.
Para acomodar essas demandas, gestores precisam controlar o timing e o conteúdo do que
irão fazer. Como aquilo que seus chefes e o sistema impõem está sujeito a penalidades,
gestores não podem mexer com essas solicitações. Assim, o Tempo imposto a si mesmo se
torna sua maior área de atenção.
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2.19
Vamos imaginar que um gestor está andando pelo corredor e nota que um de seus
subordinados, João, vem em sua direcão. Quando se encontram, João cumprimenta o chefe
com “Bom dia. A propósito, temos um problema. Veja que...”. Enquanto João continua, o
gestor percebe neste problema as duas características mais comuns a todos os problemas que
seus subordinados levam à sua atençao. O gestor sabe: (a) o suficiente para se envolver, mas
(b) não o suficiente para tomar a decisão imediata que se espera dele. Então, o gestor diz:
“Obrigado por me informar sobre isso. Estou com pressa agora. Enquanto isso, deixe eu pensar
sobre o assunto e voltamos a conversar”. Depois, ele e João separam-se.
Vamos analisar o que aconteceu. Antes que se encontrassem, nas costas de quem estava o
“mico”? Na do subordinado. Após se separarem, nas costas de quem estava? Na do gestor.
Tempo imposto pelo subordinado começa no momento em que um mico é transferido com
sucesso das costas de um subordinado para as costas de seu superior e não termina até que o
mico seja devolvido para seu dono cuidar dele. Ao aceitar o mico, o chefe voluntariamente
aceitou uma posição de subordinação diante do subordinado. Ou seja, ele permitiu que João o
subordinasse a fazer duas coisas que são esperadas que o próprio subordinado faça para o
chefe: o gestor aceitou uma responsabilidade que é do subordinado, e ainda prometeu um
relatório de progresso.
O subordinado, para assegurar que o chefe não perca o ponto, depois irá até a sala do gestor e
perguntará casualmente: “Como está indo?”(isso se chama supervisionar).
Ou vamos imaginar que, ao concluir uma conferência com José, outro subordinado, as últimas
palavras do gestor são: “Ótimo. Envie-me uma mensagem sobre isso”.
Vamos analisar isso. O mico está agora nas costas do subordinado porque o próximo passo é
dele, mas o mico está pronto para dar um salto. Fique de olho nesse mico. José cumpre a
ordem, escreve a mensagem e envia para o chefe. Pouco depois, o chefe lê a mensagem. De
quem é o próximo passo? Do chefe. Se não agir em breve, ele irá receber uma nova mensagem
do subordinado – outra forma de supervisão. Quanto mais o chefe demorar, mais frustrado
ficará o subordinado e mais culpado se sentirá o chefe.
Ou suponha que em uma reunião com um terceiro subordinado, Silva, o gestor concorda em
fornecer todo o apoio necessário para uma proposta de relações públicas que ele acabou de
pedir para Silva preparar. As últimas palavras do gestor são: “Me avise se precisar de minha
ajuda”.
Vamos analisar isso. Mais uma vez o mico está inicialmente nas costas do subordinado, mas
por quanto tempo? Silva sabe que não pode voltar ao chefe até que sua proposta esteja
aprovada. E, por experiência, ele sabe que sua proposta provavelmente ficará na mesa do
chefe por semanas antes que ele a analise. Quem realmente está com o mico? Quem irá
supervisionar quem?
Um quarto subordinado, Eduardo, acabou de ser transferido de outra parte da empresa para
que possa lançar e gerenciar uma nova empreitada. O gestor diz que eles devem se reunir em
breve para discutir a lista de objetivos para o novo trabalho, acrescentando: “Irei traçar um
esboço inicial para debater com você”.
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2.20
Por que tudo isso acontece? Porque em cada situação, o gestor e o subordinado assumem que
a questão, querendo ou não, é um problema conjunto. O mico em cada caso inicia sua carreira
nas costas de ambos. Tudo o que ele tem que fazer é mover a pata errada e – voilà – o
subordinado desaparece da cena. E o gestor é deixado com mais uma aquisição para seu
zoológico. Claro, micos podem ser treinados para não mexerem a perna errada. Mas é mais
fácil prevenir que eles escalem costas para início de conversa.
Vamos supor que estes mesmos quatro subordinados têm tanta consideração pelo tempo de
seus superiores que eles aturam dores para impedir que não mais que três micos pulem de
suas costas para as de seus chefes em um mesmo dia. Ao fim dos cinco dias úteis da semana, o
gestor terá adotado 60 micos barulhentos – micos demais para conseguir lidar com eles
sozinho. Então ele gasta o Tempo imposto pelo subordinado definindo suas “prioridades”.
No fim da tarde de sexta-feira, o gestor está em sua sala com a porta fechada a fim de ter
privacidade para contemplar a situação enquanto seus subordinados estão do lado de fora
esperando pela última chance antes do final de semana de relembrá-lo que ele precisa tomar
uma decisão. Imagine o que estão dizendo uns aos outros enquanto esperam: “Que abacaxi,
ele não consegue se decidir. Como alguém conseguiu subir tanto na nossa empresa sendo
incapaz de tomar uma decisão, nós nunca saberemos”.
Para piorar, a razão pela qual o gestor não consegue tomar o próximo passo é que seu tempo
é quase todo gasto cumprindo as tarefas impostas pelo seu chefe ou pelo sistema. Para
controlar estas demandas, ele precisa do Tempo Discricionário que lhe é negado por estar
ocupado com todos aqueles micos. O gestor é pego em um círculo vicioso. O gerente liga para
sua secretária e a instrui a dizer para seus subordinados que ele não poderá vê-los até
segunda-feira de manhã. Às 19h, ele vai para casa com a firme intenção de voltar para o
escritório no dia seguinte para recuperar o tempo perdido durante o final de semana. Ele volta
renovado logo cedo no sábado apenas para ver, pela janela de seu escritório, quatro pessoas
se divertindo e relaxando. Adivinha quem são?
Agora chega. Ele finalmente sabe quem realmente está trabalhando para quem. Mais que isso,
ele agora vê que, se trabalhar durante o final de semana, seus subordinados ficarão com a
moral tão alta que cada um deles irá transferir ainda mais micos para suas costas. Em resumo:
ele agora vê, com clareza, que quanto mais se adiantar no trabalho, mais ficará para trás.
Ele deixa o escritório como se fosse o diabo fugindo da cruz. Seu plano? Fazer algo que não faz
há anos: passar o final de semana com sua família (essa é uma das muitas variações de Tempo
Discricionário).
No domingo à noite ele está curtindo dez horas de doce e despreocupada preguiça, pois tem
planos determinados para segunda-feira. Ele irá se livrar do Tempo imposto por subordinados.
Em troca, irá ganhar o equivalente em Tempo discricionário, que será usado em parte para
ensinar a seus subordinados a difícil arte de “cuidar e alimentar micos”.
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O gestor também terá bastante Tempo discricionário para tomar controle do que faz em seus:
Tempo imposto pelo chefe e Tempo imposto pelo sistema. Pode demorar meses, mas
comparado a como as coisas têm sido, a recompensa será enorme. Seu objetivo principal é
gerenciar seu tempo.
O gestor volta para o escritório na manhã de segunda-feira levemente atrasado para que seus
quatro subordinados estejam reunidos na frente de sua sala para falar sobre seus micos. Ele
chama um por um. O propósito de cada conversa é pegar o mico, colocá-lo na mesa diante
deles e descobrir juntos como o próximo passo pode ser executado pelo subordinado. Para
alguns micos, isso dará um certo trabalho. O próximo passo do subordinado pode ser tão
ilusório que o gestor pode decidir – apenas por agora – deixar o mico dormir nas costas do
subordinado esta noite e fazê-lo voltar em uma hora marcada na manhã seguinte para
continuarem a procurar uma ação mais efetiva para o subordinado tomar (micos dormem
fazendo tanto barulho nas costas do subordinado quanto nas de seus superiores).
À medida que os subordinados deixam o escritório, o gestor é premiado com a visão de micos
deixando seu escritório nas costas dos subordinados. Pelas próximas 24 horas, o subordinado
não estará esperando pelo gestor, ao invés disso, o gestor estará esperando pelo subordinado.
Mais tarde, como se para lembrá-lo que não existe lei contra fazer um exercício construtivo, o
gestor aparece na sala do subordinado, coloca a cabeça na porta e pergunta alegremente:
“Como está indo?” (o tempo consumido ao fazer isso é discricionário para o gestor e imposto
pelo chefe para o subordinado).
Quando o subordinado – com o mico nas costas – e o gestor encontram-se na hora marcada
no dia seguinte, o gestor explica com palavras as regras básicas: “Jamais, enquanto eu estiver
ajudando você com esse ou qualquer outro problema, o seu problema se tornará meu
problema. No momento em que seu problema torna-se meu, você não tem mais um
problema. Eu não posso ajudar uma pessoa que não tem um problema. Quando essa reunião
terminar, o problema deixará esse escritório exatamente do mesmo jeito que entrou: nas suas
costas. Você pode pedir pela minha ajuda em qualquer hora marcada e juntos descobriremos
qual será o próximo passo e qual de nós dois dará ele. Nos raros casos onde o próximo passo
precisa ser meu, você e eu iremos determinar juntos. Não irei tomar nenhuma ação sozinho”.
O gestor usa a mesma linha de pensamento com cada subordinado até mais ou menos 11h da
manhã, quando percebe que ele não precisa fechar sua porta. Seus micos se foram. Irão voltar
– mas somente com hora marcada. Seu calendário irá se assegurar disso.
Transferindo a iniciativa
O que estamos querendo dizer com essa analogia de mico-nas-costas é que gestores podem
transferir a iniciativa para seus subordinados e deixá-la lá. Tentamos enfatizar uma obviedade:
antes de desenvolver iniciativa em subordinados, o gestor precisa ver se eles têm iniciativa.
Uma vez que o gestor assume a iniciativa, pode dizer adeus ao tempo discricionário. Tudo irá
reverter em tempo imposto pelo subordinado.
O gestor e o subordinado também não podem ter a mesma iniciativa ao mesmo tempo. A fala:
“Chefe, nós temos um problema” sugere essa dualidade e representa, como exibimos antes,
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um mico em duas costas, o que é uma péssima maneira de iniciar a carreira de um mico.
Vamos então tomar um tempo para examinar o que chamamos de “A Anatomia de
Administrar Iniciativas”.
Existem cinco níveis de iniciativa que um colaborador pode exercitar perante o líder ou ao
sistema:
Obviamente o gestor deve ser profissional o bastante para não cair nas iniciativas 1 e 2 em
relação tanto a seu chefe quanto ao sistema. Um gestor que usa a iniciativa 1 não tem controle
sobre o timing ou o conteúdo do tempo imposto pelo chefe ou do tempo imposto pelo sistema
e, portanto, abdica de qualquer direito de reclamar sobre o que foi mandado a fazer. O gestor
que usa a iniciativa 2 tem controle sobre o timing mas não sobre o conteúdo. As iniciativas 3, 4
e 5 dão ao gestor controle sobre ambas as coisas, com maior margem de controle sendo
exercida pelo nível 5.
Com relação aos subordinados, o trabalho do gestor é duplo. Primeiro, evitar o uso das
iniciativas 1 e 2, dando aos subordinados nenhuma escolha a não ser aprender e dominar o
“trabalho cumprido”. Segundo, perceber que para cada problema que saiu de sua sala há um
nível de iniciativa atrelado, além de uma próxima reunião entre gestor e subordinado já
marcada. Isso deve ser devidamente anotado no calendário do gestor.
Para esclarecer ainda mais nossa analogia entre o mico nas costas e o processo de atribuir e
controlar, vamos dar uma olhada na agenda de compromissos do gestor, o que requer cinco
regras que ditam o conceito de “Cuidando e Alimentando Micos” (violar essas regras custará
perda de tempo discricionário).
Regra 1. Micos devem ser alimentados ou mortos. Senão, eles irão morrer de fome e o gestor
perderá tempo precioso em consequências ou tentativas de ressuscitá-lo.
Regra 2. A população de micos deve ser mantida abaixo do máximo de micos que o gestor tem
tempo de alimentar. Subordinados encontrarão tempo para trabalhar com a quantidade de
micos que conseguem alimentar, e não mais. Não deve-se demorar mais que quinze minutos
para alimentar adequadamente um mico.
Regra 3. Micos devem ser alimentados somente com hora marcada. O gestor não deve ter que
caçar micos esfomeados e alimentá-los no estilo “quantos puder”.
Regra 4. Micos podem ser alimentados cara a cara ou por telefone, mas nunca por e-mail –
lembre-se que, com e-mail, o próximo passo será do gestor. Documentação pode acrescentar
ao processo de alimentação, mas não substitui o mesmo.
Regra 5. Todo mico deve ter estabelecido uma hora para ser alimentado e um nível de
iniciativa. Isso pode ser revisto a qualquer momento por consenso mútuo mas nunca deve se
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tornar vago ou indefinido. Caso contrário, o mico irá morrer de fome ou acabar nas costas do
gestor.
“Tenha controle sobre o tempo e o que você faz” é um conselho apropriado para o
gerenciamento de tempo. A primeira regra do negócio é o gestor aumentar seu tempo
discricionário eliminando o tempo imposto pelo subordinado. A segunda é o gestor usar uma
parte de seu novo tempo discricionário para assegurar-se de que cada subordinado tenha
iniciativa e use-a. A terceira é o gestor usar outra parte do tempo discricionário para cuidar do
timing e do conteúdo do tempo imposto pelo chefe e do tempo imposto pelo sistema. Todos
esses passos potencializarão a capacidade do gestor e permitirão que o valor do tempo gasto
administrando tempo multiplique-se sem limites.
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A resposta reativa
Comportamentos negativos surgem da incapacidade de responder de forma criativa aos
reveses da vida. Aqueles que não aprendem a lidar recorrem a raiva, negação, culpa e outras
emoções e atividades negativas, geram uma negatividade maior ainda. A sua resposta é
puramente reativa.
A resposta criativa
A singularidade do ser humano reside em sua habilidade de transformar negatividade em
avanços criativos. Estratégias criativas podem ter muitas formas, como pausa para pensar,
definindo claramente o problema, confidenciando com uma pessoa de confiança, exercícios
físicos, oração, humor e gratidão. Essas estratégias reestabelecem a energia positiva e
previnem o comportamento negativo. Outra ferramenta poderosa para aprender com nossas
experiências é o exercício de MELHORIA CONTÍNUA, que nos permite sistematicamente
transformar qualquer situação em valiosas lições para o futuro.
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possível. Quando nós olhamos para as situações negativas mais de perto nós percebemos que
raramente o erro é de uma única pessoal, mas sim uma série de coisas que foram erradas,
apressadas ou equivocadas. Estrategicamente como você lidaria com a situação de forma
diferente, sabendo o que sabe agora, permite uma resposta criativa para a situação. Permite
que a mente pense claramente e criativamente ao invés de ser dominado pelas emoções.
Criando um novo sistema de ação, o seu pensamento é organizado em um processo que você
pode então seguir no futuro para prevenir que a situação ocorra novamente. Transformando
uma situação negativa em uma criativa, também reestabelece sua confiança. Agora você sabe
o que fazer. A energia intensa e negativa que era o catalizador para o aprendizado e a criação
pode ser seu maior professor.
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