Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
23 a 26 de julho de 2019
Belo Horizonte/MG
1
Os artigos de Stigler (1973) e Arcelus e Meltzer (1975) aprofundam tal discussão.
a aprovação de um presidente. Assim, alterações econômicas influenciam a aprovação e/ou
a desaprovação de um governo: se a economia vai bem, há aprovação e voto no governo;
se a economia vai mal, há desaprovação e não voto no governo.
Shapiro e Conforto (1980) também procuraram verificar se a aprovação dos
presidentes norte-americanos teve correlação com alterações na economia (inflação e
desemprego) no período 1947-1975 e encontraram evidências de que mudanças no preço e
no nível de desemprego alteraram a avaliação que os eleitores fizeram de um governo que,
por sua vez, influenciaram a não votação nesse governo. Todavia, não são apenas as
eleições presidenciais que são afetadas. Tufte (1975) já tinha mostrado que alterações na
economia norte-americana que afetavam a renda pessoal disponível fizeram com que o
partido dos presidentes perdesse votos nas eleições para o congresso.
Os trabalhos que descrevemos até o momento possuem uma concepção comum de
que o eleitor faz sua escolha a partir de uma retrospectiva: ele olha para trás, verifica como
está o desempenho da economia e toma sua decisão de voto. Todavia, o eleitor também
pode tomar sua decisão eleitoral a partir de sua expectativa sobre o futuro. Neste caso, a
percepção que ele tem sobre o futuro definirá sua escolha. MacKuen, Erikson e Stimson
(1992) testaram elementos das dimensões retrospectiva e prospectiva e chegaram à
conclusão de que os eleitores retribuem ou condenam os presidentes pelos eventos
econômicos que ainda não aconteceram. De acordo com os autores, a dimensão
prospectiva é mais relevante do que a retrospectiva para explicar o comportamento eleitoral.
Norpoth (1996), entretanto, encontrou evidências de que a visão retrospectiva da economia
influenciou a aprovação dos governos norte-americanos e que a visão prospectiva não
influenciou.
Clarke e Stewart (1994) questionaram os resultados de MacKuen, Erikson e Stimson
(1992). Para eles, quando se utiliza uma série temporal não estacionária, os resultados
mostram que tanto a abordagem retrospectiva quanto a prospectiva influenciam o
comportamento eleitoral. Edwards III, Mitchell e Welch (1995) reafirmam que a variabilidade
dos fatores deve ser considerada porque eles modificam com o tempo. Assim, ao se
considerar que um fator tem efeito constante, corre-se o risco de não captar as alterações
que ocorrem na aprovação ou não aprovação de um governo porque o eleitor que faz a
avaliação de um presidente, governador ou prefeito modifica sua percepção durante a série
temporal. As questões, portanto, variam com o tempo sua importância para o público e são
significantes para a compreensão do comportamento político eleitoral. Cabe destacar que
Erikson, MacKuen e Stimson (2000) revisaram o artigo publicado em 1992 e confirmaram os
mesmos resultados encontrados anteriormente: os eleitores agem de acordo com suas
expectativas sobre o futuro.
Se as pesquisas que associam desempenho econômico doméstico à aprovação do
governo têm tido resultados próximos, o mesmo não se pode afirmar para os artigos que
tratam da relação entre política externa e aprovação do governo. Kagay e Caldeira (1975
apud ALDRICH, SULLIVAN e BORGIDA, 1989) asseveram que a política externa norte-
americana influenciou pouco as eleições de 1952 e de 1956 e não influenciou os resultados
das eleições entre 1960 e 1976, com exceção do ano de 1972. Hess e Nelson (1985 apud
ALDRICH, SULLIVAN e BORGIDA, 1989) encontraram resultados parecidos. De acordo
com os autores, a política externa afetou o comportamento dos eleitores nas eleições de
1952 e 1972. Kessel (1988 apud ALDRICH, SULLIVAN e BORGIDA, 1989) enfatiza que a
política externa influenciou mais as eleições de 1968 e 1976 do que a política doméstica.
Nickelsburg e Norpoth (2000), ao analisarem, por meio de séries temporais, dados
que começaram no governo Carter e foram até o governo Clinton chegaram à conclusão de
que a aprovação de um presidente norte-americano depende tanto da situação econômica
quanto da política externa. Eles destacam que um presidente bem avaliado precisa ser
comandante-chefe e economista chefe. O doméstico e o internacional, portanto, se
complementam. Em um mundo interdependente, o nível de abertura da economia, por
exemplo, impacta na avaliação doméstica de um país que, por sua vez, influencia o apoio da
população ao governo. Além disso, o bom desempenho de um país na economia mundial,
muitas vezes, ameniza suas situações domésticas ruins (HELLWIG, 2001).
Procedimentos metodológicos
Diante do que foi exposto até o momento, e em detrimento do objetivo deste artigo,
entende-se necessário analisar a influência que as exportações de um país têm sobre a
avaliação do governo. Para atingir essa proposição utiliza-se o método econométrico dos
Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), que estima os dados com o propósito de reduzir as
diferenças entre os valores estimados e os dados observados, por meio de um ajuste das
diferenças (resíduos) (GUJARATI, 2011; ROSSI & NEVES. 2014).
Como se pretende estimar a relação entre três variáveis e verificar se uma consegue
explicar os efeitos na outra, utilizar-se-á de um modelo de regressão linear multivariado - no
software Gretl2 - para analisar a correlação de explicação entre as variáveis dependentes e
independentes, como sugerem Kellstedt & Whitten (2015), Gujarati (2011) e Bueno (2018).
Em testes iniciais, verificou-se que seria interessante analisar também as importações;
então, incluiu-se ao modelo no intuito de retirar melhores conclusões. Os dados de
exportação e importação foram retirados do portal do Ministério da Economia e os da
2
A escolha do software foi de responsabilidade dos autores e não tem relação com os conceitos
apresentados. Gretl é uma ferramenta de processamento de informações, como várias outras
disponíveis. O ponto positivo do software é sua interface amigável e a gratuidade da licença.
avaliação do governo Fernando Henrique Cardoso foram extraídos do banco de dados do
Instituto de Pesquisas Datafolha, para todos os meses no período de 1995 a 2002. Para os
dados governamentais, foi considerado somente a variável que avaliava o governo como
sendo “ótimo ou bom”.
Os valores referentes à exportação e importação do Brasil no período analisado se
tratam de dados em séries temporais e, por isso, deve-se tomar cuidado com os valores na
busca pela confiabilidade de se trabalhar com esse tipo de dado. Kellstedt e Whitten (2015),
Gujarati (2011) e Rossi & Neves (2014) sugerem que, ao estimar séries temporais, deve-se
verificar se as mesmas sofrem de processos estocásticos e se são não estacionárias. Como
utiliza-se a taxa de variação dos dados de comércio, conforme extraído do portal do
Ministério da Economia, e a taxa de aprovação do governo, constatou-se que as séries são
estacionárias. Desta forma, não foi necessário tratar as informações neste sentido.
Porém, de acordo com os exemplos e explicações oferecidas por Kellstedt e Whitten
(2015), para modelos que envolvam fatores econômicos ligados à aprovação de governo, é
interessante incluir na modelagem a variável dependente com uma defasagem de 1 mês.
Estes autores explicam que, ao se analisar variáveis em um modelo de regressão linear, as
verificações são feitas variável a variável; no nosso caso, seria mês a mês. Contudo, ao se
tratar de avaliação governamental, os autores afirmam que os avaliadores (agentes) não
esquecem o que aconteceu no governo em meses anteriores, ou seja, a população em geral
não avalia o governo apenas pelo que ele fez no mês corrente, e sim de forma acumulada
desde o início de seu governo.
Kellstedt e Whitten (2015) sugerem que uma das formas mais consistentes de
verificar relações causais neste tipo de modelagem é o uso do modelo da variável
dependente defasada (transformação Koyck). Para isso, utiliza-se a seguinte equação (1):
Onde:
𝑌𝑡 representa a variável dependente avaliação do governo em determinado tempo (t);
𝑋1𝑡 e 𝑋2𝑡 são as exportações e importações, respectivamente;
𝑌𝑡−1 é um substituto para o efeito acumulado de todos os valores defasados de X, ou
seja, todas as defasagens de 𝑋 em 𝑌𝑡 .
Desta forma, é possível verificar como as variáveis independentes afetam a
dependente, mas, conforme expõem Kellstedt e Whitten (2015), o coeficiente 𝑌𝑡−1, também
interpretado por 𝜆 (que varia de 0 a 1), representa a persistência ao longo do tempo do
efeito dos valores defasados de 𝑋 em 𝑌𝑡 . Sendo descrito pela equação (2):
𝛽𝑥
𝛽= 1−𝜆
(2)
Resultados e discussões
De acordo com os resultados obtidos e expressos na Tabela 1, o teste feito com as
variáveis demonstra que as exportações não são significativas dentro do modelo, mas que
as importações têm representatividade frente à avaliação do governo, em um nível de
confiança de 95% podem explicar o comportamento da variável de avaliação do governo. O
modelo é capaz de explicar 89% da influência das variáveis independentes na variável
dependente. Mesmo não sendo significante dentro do modelo, o aumento de 1 ponto nas
exportações provoca elevação de 0,024 pontos na aprovação do governo. Já as
importações provocam o aumento de 0,032 na aprovação de forma significativa para cada
ponto adicional.
𝛽1 0,0237936
𝛽= => = 0,26330257 (𝑒𝑥𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎çõ𝑒𝑠)
1−𝜆 1 − 0,909634
𝛽2 0,0311758
𝛽= => = 0,344948 (𝑖𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎çõ𝑒𝑠)
1−𝜆 1 − 0,909634
Desta forma, o aumento de 1 ponto nas exportações acumuladas gera uma elevação
em 0,263 pontos na aprovação do governo e a mesma elevação acumulada nas
importações provoca elevação de 0,345 pontos na taxa de aprovação governamental.
Lembrando que as exportações não se demonstram significativas no modelo; mesmo assim,
é possível verificar a tendência positiva esperada.
45
10
40
35 5
30
25 0
20
-5
15
10 -10
1995 1997 1999 2001 2003 1995 1997 1999 2001 2003
VarUSFOBIMP
60
50
40
30
20
10
-10
-20
1995 1997 1999 2001 2003
Fonte: Elaborado pelos autores com dados do Ministério da Economia (2019) e Instituto de pesquisas Datafolha
(2002).
O Gráfico 1 mostra que, em alguns anos, as variáveis têm as mesmas tendências,
como é o caso dos anos de 1996, final de 1999 e início do ano de 2001, em que ocorreram
quedas similares em ambas as variáveis. Nos anos 2000, as três variáveis também
tenderam a crescer gradativamente.
Esses resultados vão ao encontro do que defenderam Bloom e Price (1975), Tufte
(1975), Kernell (1978) e Shapiro e Conforto (1980): há uma relação entre resultados
econômicos e aprovação de governo. Entretanto, os dados de exportação e importação
representam apenas uma das variáveis influentes na economia, talvez por isso as
influências destas variáveis sejam pequenas, porém, positivas. Logo, verificar a relação
destes dados com a avaliação do governo não se faz suficiente para realizar elucidações
robustas sobre a influência de variáveis de comércio internacional na avaliação de um
governo.
Considerações Finais
De acordo com as teorias apresentadas na primeira parte, em atendimento ao
objetivo deste trabalho e em resposta aos questionamentos aqui levantados, verificou-se
que são verdadeiras as explicações oferecidas por Clarke e Stewart (1994) e por Edwards
III, Mitchell e Welch (1995) de que é relevante, ao analisar a aprovação de um governo sob
a ótica da opinião pública, os efeitos passados e futuros das ações realizadas por este,
sobretudo no quesito econômico. Os agentes tendem a verificar suas memorias
acumulativas sobre o governo. Desta forma, é necessário considerar as análises com séries
temporais não estacionárias, além de incluir defasagem na variável dependente.
Verificou-se com este estudo que as exportações do Brasil, no período de 1995 a
2002, não influenciaram significativamente a avaliação do governo Fernando Henrique
Cardoso. Porém, foi possível identificar que as importações geram efeitos além de positivos,
também significativos na avaliação do governo. Como sugerem Nickelsburg e Norpoth
(2000), o ideal é atrelar as análises aos fatores econômicos gerais e não somente às
políticas externas. Análises amplas nesta perspectiva seriam mais explicativas.
De todo modo, foi possível verificar influências positivas e relação causal entre os
determinantes propostos pelo presente estudo. As exportações não são consideradas tanto
como as importações, talvez pelo fato de que o aumento de exportações atinge diretamente
e inicialmente os empresários, já as importações estão ligadas ao poder de compra e
acesso aos produtos importados pelos consumidores (população no geral). Entende-se que
a grande maioria dos entrevistados em pesquisas de opinião pública é a população, talvez
por isso as importações estejam mais ligadas aos resultados obtidos nesta pesquisa.
Este artigo buscou testar a hipótese de que as exportações afetam a avaliação de
um governo. Concluiu-se que além dos efeitos positivos das exportações, as importações
têm maior peso na avaliação, e sugere-se que análises mais amplas com outras variáveis
econômicas sejam incluídas em pesquisas futuras, assim como foi feito pela maioria dos
autores citados na primeira parte do texto. Por fim, reforça-se a ideia de que fatores
econômicos influenciam de forma cumulativa a percepção da sociedade, diante de um
governo.
Agradecimentos
Agradecemos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) pelo
apoio financeiro, que auxiliou na realização desta pesquisa, e à Universidade Federal de
Goiás, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Faculdade de
Ciências Sociais, que ofereceu auxílio financeiro para a participação neste evento.
Referências
ALDRICH, J. H.; SULLIVAN, J. L.; BORGIDA, E. Foreign affairs and issue voting: do
presidential “Waltz before a blind audience?”. American Political Science Review, v. 83, n. 1,
p. 123-141, mar. 1989.
ARCELUS, F.; MELTZER, A. H. The Effect of Aggregate Economic Variables on Con-
gressional Elections. American Political Science Review, v. 69, n. 4, p. 1232-1239, dec.
1975.
BERLEMANN, Michael; ENKELMANN, Sören. The economic determinants of U. S.
Presidential Approval – a survey. Lüneburg: University of Lüneburg, 2013. (Working Paper
Series in Economics, n. 272). Disponível em:
https://www.leuphana.de/fileadmin/user_upload/Forschungseinrichtungen/ifvwl/WorkingPape
rs/wp_272_Upload.pdf. Acesso em: 14 abr. 2019.
BLOOM, H. S.; PRICE, H. D. Voters response to short-run economic conditions: the
asymmetric effect of prosperity and recession. American Political Science Review, v. 69, n. 4,
p. 1240-1254, dec. 1975.
BUENO, Rodrigo de Losso da Silveira. Econometria de Séries Temporais. 2a. ed. São
Paulo: Cengage Learning, 2018.
BURDEN, Barry C.; MUGHAN, Anthony. The international economy and presidential
approval. Public Opinion Quarterly, v. 67, n. 4, p. 555-578, feb. 2003.
CERDA, Rodrigo; GALLARDO, Natalia; VERGARA, Rodrigo. Political approval ratings and
economic performance: evidence from America Latina. Santiago do Chile: Centro de
Estudios Públicos, ago. 2017. (Debates de Política Pública, n. 23). Disponível em:
https://www.cepchile.cl/cep/site/artic/20170809/asocfile/20170809165247/dpp_023_agosto2
017_vergara_y_otros.pdf. Acesso em: 02 abr. 2019.
CLARKE, H. D.; STEWART, M. C. Prospections, retrospections, and rationality: the “bankers”
model of presidential approval reconsidered. American Journal of Political Science, v. 38, n.
4, p. 1104-1123, nov. 1994.
EDWARDS III, G. C.; MITCHELL, W.; WELCH, R. Explaining president approval: the
significance of issue salience. American Journal of Political Science, v. 38, n. 1, p. 108-134,
feb. 1995.
ENAEX – ENCONTRO NACIONAL DE COMÉRCIO EXTERIOR. 20., 2001, Rio de Janeiro.
Apresentação, palestras.... Comércio exterior brasileiro. Rio de Janeiro: Associação de
Comércio Exterior do Brasil, 2001.
ERIKSON, R. S.; MacKUEN, M. B.; STIMSON, J. A. Peasants or bankers revisited?
Economic expectations and presidential approval. Electoral Studies, v. 19, n. 1-2, p. 295-312,
jun. 2000.
FONSECA, R. G. Memórias de um trader: a história vivida do comércio exterior brasileiro
nos anos 70 e 80. São Paulo: IOB, 2002.
HELLWIG, T. T. Interdependence, governments constraints, and economic voting. The
Journal of Politics, v. 63, n. 4, p. 1141-1162, nov. 2001.
GRONKE, P.; BREHM, J. History, heterogeneity, and presidential approval: a modified ARCH
approach. Electoral Studies, v. 21, n. 3, p. 425-452, sept. 2002.
GUJARATI, Dawn C. Porter. Econometria Básica. 5a. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011.
KELLSTEDT, Paul M.; WHITTEN, Guy D. Fundamentos da Pesquisa em Ciência Política.
São Paulo: Bluscher, 2015.
KERNELL, S. Explaining presidential popularity. How ad hoc theorizing, misplaced emphasis,
and insufficient care in measuring one’s variables refuted common sense and led
conventional wisdom down the path of anomalies. American Political Science Review, v. 72,
n. 2, p. 506-522, jun. 1978.
INSTITUTO DE PESQUISAS DATAFOLHA. FHC encerra mandato com reprovação maior do
que aprovação. 2002. Disponível em:
http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2013/05/02/aval_pres_15122002.pdf. Acesso em: 14
abr. 2019.
MacKUEN, M. B.; ERIKSON, R. S.; STIMSON, J. A. Peasants or bankers? The American
electorate and the U. S. economy. American Political Science Review, v. 86, n. 3, p. 597-611,
sept. 1992.
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Séries históricas. Disponível em:
http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-
exterior/series-historicas. Acesso em: 05 jul. 2019.
MOREIRA, Mauricio M. e CORREA, Paulo G. Abertura comercial e indústria: o que se pode
esperar e o que se vem obtendo. Revista de Economia Política, São Paulo, v. 17, n. 2 (66):
61-91, abril-junho 1997.
NEWMAN, B. Bill Clinton’s approval ratings: the more things change, the more they stay the
same. Political Research Quarterly, v. 55, n. 4, p. 781-804, dec. 2002.
NICKELSBURG, M.; NORPOTH, H. Commander-in-chief or chief economist? The president
in the eye of the public. Electoral Studies, v. 19, n. 1-2, p. 313-332, jun. 2000.
NORPOTH, H. Presidents and the prospective voter. The Journal of Politics, v. 58, n. 3, p.
776-792, aug. 1996.
OSTROM, C. W.; SMITH, R. M. Error correction, attitude persistence, and executive rewards
and punishments: a behavioral theory of presidential approval. Political Analysis, v. 4, p. 127-
183, 1992.
PINHEIRO, Letícia Abreu. Política Externa Brasileira. Coleção Descobrindo o Brasil. Rio de
Janeiro: Zahar, 2004.
ROSSI, José W.; NEVES, Cesar da. Econometria e Séries Temporais com Aplicações a
Dados da Economia Brasileira. Rio de Janeiro: LTC, 2014.
STIGLER, G. J. Micropolitics and macroeconomics: general economic conditions and
national elections. American Economic Review, v. 63, n. 2, p. 160-167, may 1973.
STIMSON, J. A. Public support for American presidents: a cyclical model. The Public Opinion
Quarterly, v. 40, n. 1, p. 1-21, spring 1976.
TUFTE, E. R. Determinants of the outcomes of the midterm congressional elections.
American Political Science Review, v. 69, n. 3, p. 812-826, sept. 1975.