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ACADEMIA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E TECNOLOGIAS – ACITE

CURSO DE MESTRADO EM GLOBALIZAÇÃO E SEGURANÇA

4ª EDIÇÃO

RELATÓRIO DE ECONOMIA E COMÉRCIO INTERNACIONAL


SALA: 110

Composição do Grupo:

1- Vindo Vungo Gouveia Mateus Borges

2- Mayama Jorge Salazar

3- Aurélio Evaristo Cassinda

4- Estâncio Luciano André Nginge

1 Quais são as evidências sobre Angola no comércio internacional?


R: Segundo ROCHA, (2015, p. 1), as evidências existentes, pelo menos em algumas
estatísticas internacionais, não são claras quanto aos efeitos, sobre o crescimento económico,
da pertença à Zona de Livre do Comércio da maior parte dos países. Na verdade, os ritmos de
crescimento do PIB das economias actualmente da ZLC parecem estar mais atreitos às
influências externas (crise económica internacional de 2008/2009 e deterioração dos termos
de troca dos produtores de matérias-primas e produtos de base), do que aos efeitos do livre
comércio intra-SADC.

Assim, como é sabido que, Angola faz parte da Organização Mundial do Comércio
Internacional (OMC). Angola é o segundo maior produtor de petróleo a nível da África
Subsariana e nos últimos tempos tem exportado o gás natural. É também conhecido como um
dos maiores produtores de minerais, com destaque a exploração de diamantes, mármore,
madeira, etc. Importa ainda referir que Angola dada a sua localização geográfica e extensão
da costa marítima, permite que seja, uma placa giratória do comercial internacional.

Outrossim, é bastante rico em recursos hídricos e a sua biodiversidade marinha.


Contudo, a China constitui um dos parceiros económicos estratégicos de Angola com
investimentos em diversos sectores da economia, nomeadamente na agricultura, construção
civil, montagem de viaturas e outros bens e serviços. Embora a China seja o maior mercado
de exportação de Angola, as exportações de petróleo bruto são predominantes. As exportações
de outros produtos são limitadas. As exportações angolanas são elegíveis para favorecer o
regime chinês em livre de direitos, de quotas com as relações diplomáticas com a China, que
está em vigor desde 2010, mas não estão disponíveis informações sobre o uso real do regime
das preferências pelas empresas angolanas. De qualquer modo, parece que o conhecimento no
seio das empresas sobre regime, os seus requisitos e as operações limitadas.
2 O que se deve investigar sobre Angola no comércio internacional?
R: Com base aos dados do Banco Mundial (2022) diz que, “os países africanos devem
expandir e diversificar a sua participação no comércio internacional e nas cadeias de valor
globais para reduzir a pobreza em grande escala e transformar as suas economias”, facto que
revela uma advertência aos governos e líderes africanos para melhorar as políticas
económicas viradas ao bem estar económica e social das suas populações nos países, em
especial Angola.

E de acordo com KOAFEC, (2019, pp.16-32), o que deve se investigar em Angola em


termos de políticas, estão os seguintes aspectos:

1 Desequilíbrios Macroeconómicos;

2 Constrangimentos de Infra-estruturas;

3 Capacidade Produtiva Insuficiente;

4 Um Ambiente de Negócios não favorável;

5 Constrangimentos de Acesso ao Financiamento;

6 Fraca Infra-estruturas de aferição da Qualidade;

7 Excessivos Procedimentos de Exportação e Limitada Facilitação do Comércio;

8 Incentivos Insuficientes e Promoção de Exportações;

9 Dificuldades no Acesso aos Mercados Externos.

Neste âmbito, o que se deve investigar em Angola no Comércio Internacional está


associado a receio de captar novos potenciais investidores em Angola, face as políticas
económicas e sociais, direccionadas ao comércio, o crescimento demográfico face a procura e
ofertas de bens e serviços, a falta de mão-de-obra qualificada, a desvalorização constante da
moeda nacional face as moedas estrangeiras (USD, EURO e RAND), as infra-estruturas, as
vias de acesso aos grandes campos de produção agrícola bem como a rede eléctrica industrial.
3 Quais são as estratégias comerciais, face as disputas no comércio
internacional?
R: De acordo com o KOAFEC, (2019, pp. 42-62), actualmente, Angola possui um
conjunto de políticas e estratégias relacionadas à diversificação das exportações, que incluem
os planos de Angola 2025, nomeadamente:

1- Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017;


2- Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022;
3- O Plano de Desenvolvimento a Médio Prazo para o Sector Agrícola 2013-2017;
4- Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Exportações de Angola (EDEXPORTA)
2015-2020);
5- As diretrizes do governo angolano delimitadas como Linhas Mestras direccionadas
como Estratégia de Saída a Cruzada Queda do Preço do Petróleo no Mercado
Internacional, desde 2016.

Neste sentido, deve se sugerir a redução significativa dos impostos para atracção de
mais investimentos, a desburocratização na facilitação dos investidores (empresários) para a
instalação das infra-estruturas comerciais, elaboração de leis que facilitam o exercício do
comércio, as reformas económicas, sociais e políticas para simplificar o ambiente no
procedimento relacionado ao comércio externo, bem como a criação de políticas para
concessão de vistos aos investidores, de formas a garantir a segurança do seu investimento em
Angola.

Pois que, o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, elaborado pelo


Governo de Angola, em 2018, como se afirma no resumido executivo do mesmo, o PDN
“constitui o segundo exercício de planeamento de médio prazo realizado no âmbito do
Sistema Nacional de Planeamento em vigor, na sequência do Plano Nacional de
Desenvolvimento (PND) 2013-2017, e visa a promoção do desenvolvimento socioeconómico
e territorial do País”. Neste âmbito, o PDN apresenta 6 eixos principais de desenvolvimento
que se deseja alcançar até 2022, a citar: (1) Desenvolvimento Humano e Bem-estar; (2)
Desenvolvimento Económico Sustentável, Diversificado e Inclusivo; (3) Infra-estruturas
Necessárias ao Desenvolvimento; (4) Consolidação da Paz, Reforço do Estado Democrático e
de Direito, Boa Governação, Reforma do Estado e Descentralização; (5) Desenvolvimento
Harmonioso do Território; (6) Garantia da Estabilidade e Integridade Territorial de Angola e
Reforço do seu papel no contexto Internacional e Regional.
Considerações Finais
Em termos de taxas de câmbio, o programa considera explicitamente o impacto na
industrialização, diversificação da economia e competitividade externa (pág. 28f) e visa
reduzir a diferença entre as taxas de câmbio oficiais e informais, pois que espera-se que essas
medidas, portanto, apoiem a diversificação das exportações em Angola.

Referencias Bibliográficas
BANCO MUNDIAL. (2022). Uma maior e mais diversificada participação no
comércio global é a chave para alcançar a transformação económica de África. ACCRA.
Novo Livro - The World Bank. Editora.

KOAFEC, Korean-Africa Economic Cooperation Trust Fund (Fundo de Cooperação


Económica Coreia-África). (2019). Estudo sobre a diversificação das exportações de Angola.
Luanda/Angola. Universidade Católica de Angola. Editora.

ROCHA, Alves da (2015). Dialnet – Revista de Humanidades e Ciências Sociais: Os


desafios de Angola face à sua integração na zona franca da SADC. Luanda/Angola.
Universidade Católica de Angola. Editora.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL (PDN), 2018-2022.

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