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DESTAQUES DO ARTIGO

 A economia de Angola está a recuperar após um período de fraco


crescimento, registando-se um maior crescimento do PIB e um declínio
da inflação

 As melhorias no clima de investimento contribuíram para a rápida


expansão da indústria financeira mas os constrangimentos no acesso ao
financiamento inibem a eficiência de toda a economia.

 Apesar das perspectivas favoráveis, a dependência de Angola das


receitas petrolíferas e das importações deixa a economia altamente
vulnerável a choques externos

LUANDA, 20 de Junho de 2013 – Angola está a registar uma recuperação


robusta, após vários anos de crescimento relativamente lento na sequência da
crise financeira global; no entanto, várias debilidades estruturais importantes
representam uma ameaça ao recente crescimento positivo do país, segundo um
novo relatório publicado hoje pela equipa de Redução da Pobreza e Gestão
Económica do Banco Mundial.

Angola Economic Update (AEU), o primeiro de uma série de relatórios económicos


do país, examina desenvolvimentos económicos recentes e avalia as implicações
das tendências macroeconómicas e das reformas de políticas, com base nos
objectivos de desenvolvimento do governo. O alvo do AEU é fornecer aos
formuladores de políticas, académicos, representantes do sector privado,
sociedade civil e público em geral uma análise dos recentes desenvolvimentos
económicos em Angola e a as perspectivas em evolução para o futuro.

“A boa notícia é que a economia de Angola está a ganhar fôlego, com um


crescimento mais dinâmico e uma inflação em declínio,” referiu Juilo Revilla, o
economista chefe do Banco Mundial para Angola. “Registamos também que
melhorias na frente macroeconómica permitiram a rápida expansão da indústria
financeira.”

De acordo com o AEU, estima-se que o produto interno bruto (PIB) de Angola
tenha aumentado mais de 8% em 2012, impulsionado pelos altos preços das
exportações do petróleo e volumes de produção crescentes. As contas fiscais e
externas registam excedentes consideráveis e a inflação baixou para apenas um
dígito. Esta melhoria na posição macroeconómica de Angola reflecte a progressiva
sofisticação da sua governação económica.

Angola continua, no entanto, dependente das exportações de petróleo. Embora as


receitas não petrolíferas tenham recuperado recentemente, a economia continua
altamente vulnerável quer à volatilidade do preço global, quer aos choques de
abastecimento interno. Entretanto, a baixa taxa de investimento levanta sérias
preocupações no longo prazo. Neste contexto, a melhoria da gestão económica
pode ajudar a transformar a riqueza natural de Angola num capital produtivo e
estabelecer as bases para a diversificação económica e competitividade fora do
sector petrolífero, o que, em última instância, será tão vital para o emprego,
rendimento e redução da pobreza como o crescimento robusto do PIB.

O AEU também inclui um capítulo especial sobre o sector financeiro. O acesso ao


financiamento é essencial para o crescimento da economia não petrolífera, em
particular para a indústria transformadora e agricultura. Mas, apesar da rápida
expansão da indústria bancária angolana durante as duas últimas décadas, a
debilidade dos sistemas financeiros e a falta de informações fiáveis estão a
provocar distorções na atribuição de crédito, acabando por prejudicar a eficiência e
a competitividade da economia como um todo. 
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Resumo:  A queda do preço petróleo, em finais de 2014, trouxe consequências políticas, sociais e económicas graves,
sobretudo para a economia angolana. O país tem atravessado um período muito turbulento, passando por
uma crise política com repercussão internacional e, sobretudo, por uma crise económica causada pela
redução das receitas do petróleo exportado, que se refletiu em menos disponibilidade financeira do
Governo, deixando o país perante uma inflação galopante e uma forte desvalorização do kwanza. Assim
sendo, o principal objetivo desta dissertação é analisar a perceção dos empresários angolanos sobre a
importância de alguns fatores de constrangimento à sua atividade no seguimento da queda do preço do
petróleo. Para tal, foi recolhida, através de um questionário, informação de 70 empresários angolanos, de
várias províncias do país e de diversas áreas de atividade. Os resultados obtidos permitiram concluir que,
na perspetiva destes agentes económicos, os principais fatores que agravaram a crise económica em
Angola naquele contexto foram: a pouca diversidade do setor económico, a corrupção, a crise
cambial/disponibilidade de divisas e desvalorização do kwanza.

A drop in oil prices, by the end of 2014, has brought serious political, social and economical consequences,
especially for the Angolan economy. The country has suffered a very turbulent period, going through a
political crisis with an international repercussion and, particularly, through an economical crisis caused by
the reduction of exported oil (petroleum). This reduction resulted in less financial availability of the
government, which left the country in a rampant inflation and a strong devaluation of Kwanza. Therefore,
the main objective of this dissertation is to analyze the perception of Angolan businessmen about the
importance of some constraining factors to their activity following the drop in oil prices. To do so, it was
collected, through a questionnaire, information of 70 Angolan businessmen, from various provinces of the
country and from diverse areas of activity. The results obtained allowed to conclude that, in the
perspective of these economical agents, the main factors for the aggravation of the economical crisis in
Angola in that context were: the little diversity of the economical sector, corruption, foreign exchange/
currency availability and devaluation of Kwanza.

Mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

 causa da crise em Angola

26 Jun. 2017  Sem Autor  Opinião

Nos últimos 12 meses, tenho lido textos, informações, assistindo e ouvindo


vários debates sobre a economia angolana. É unânime, entre os interlocutores,
que o causador do cenário de crise económica e financeira que Angola está a
viver é a baixa do preço de barril de petróleo a nível internacional. Parece que,
para os interlocutores, apontar o petróleo como causador da crise torna mais
facíl encontrar uma fórmula para a solução: é o preço do barril de petróleo
subir.Ter isto como solução é como confiar na sorte, só que pode dar um
grande azar. E, por outro lado, estariamos sempre a depender do petróleo até
acabar. Existem paises sem petróleo e vivem super bem.

Tecnicamente, porque chegámos até aqui? Qual foi o problema central da


economia angolana?

Se nós pegássemos numa máquina do tempo e regressássemos a 2002,


verámos que a política económica errou na matriz (criámos um modelo
económico que assenta no consumo público explosivo).
Tínhamos e temos, depois de alcançar o nosso bem maior, a paz, um problema
no lado da oferta (produção interna) e pensámos que era no lado da procura,
então, começámos e continuamos a fornecer subsídios e incentivos para o lado
da procura (através de orçamentos expansionistas), desconsiderando o ‘supply
side’ (parte da oferta interna). Tínhamos um problema de falta de oferta e o
tratamos como falta de procura (como os Keynesianos advogam).

Estávamos em pleno ambiente geopolítico e económico – financeiro


internacional favorável. Crescer, de forma estrutural e sustentável, exigiria
ganhos de produtividade, ou seja, foco no supply side . Fizemos o contrário:
na última década o sector público mais do que duplicou (tínhamos 15
ministérios em 2002 passámos para 33 em 2012, aumentámos os institutos
públicos, criámos novas empresas públicas e outros novos entes públicos).

Analisando o comportamento das despesas orçamentais em percentagens do


PIB, ao longo da última década, as despesas correntes (de curto prazo), foram
sempre superior às despesas estruturantes (FBCF ), como podemos observar
em alguns anos, as despesas de curto prazo: 2009 (29,5%), 2010 (28,6%),
2011 (30,0%), 2012 (29,0%), 2013 (28,7%) e 2014 (28,8%); As despesas de
longo prazo: 2009 (12,4%), 2010 (11,4%), 2011 (10,2%), 2012 (12,3%), 2013
(12,1%) e 2014 (27,5%) , segundo o relatório do FMI (consultas de 2015 ao
abrigo do artigo iv). Criámos um modelo em que o sector público é o maior
cliente do sector privado, o que significa que o sector privado é um sector
público camuflado. Segundo Hodges (2002), em 2002, em média, os salários
de um técnico superior da função pública rondava os 150,00 USD, hoje é
muito provável que esteja acima de 1.000,00 USD, sem produzir quase nada.
O produto interno bruto não-petrolífero aumentou, mas, na óptica da despesa e
a economia ficou balofa. Os modelos económicos que assentam em grande
medida no consumo estimulam as importações.

Fornecemos mais combustível à demanda agregada, criando uma inflação que


foi controlada e mascarada (a inflação saí de 105,5% em 2002 para 7,48% em
2014), pelo mecanismo de manipulação de taxa de câmbio derivada na sua
maior parte das divisas provenientes da exportação de petróleo, na medida em
que o preço estava acima de 100,00 USD, influenciando que as importações
respondessem à procura que se criou sem produzir nada. E as políticas ultra-
expansionistas da última década em Angola foram apoiadas entusiasticamente
pela maior parte dos economistas Keynesianos angolanos, que hoje fingem
não ter nada que ver com assunto. E a economia angolana tornou-se mais
Keynesiana do que o próprio Keynes.

A nossa crise não é causada pelo petróleo, mas sim é a crise de destruição de
riqueza, ou seja, de consumo explosivo, na medida em que, quanto mais
aumentávamos a dimensão do sector público, retardávamos o crescimento
económico e dávamos cabo da riqueza. Se analisarmos com mais detalhes a
nossa crise, ela é atípica e não típica, ou seja, não deriva de um ciclo que
estava superaquecido com produtividade e atingiu o ‘steady state’ (estado
estacionário) e está em recessão. Esta crise é atípica porque deriva da
destruição da riqueza, do consumo explosivo (em que as pessoas, para casar,
mobilar a casa, para viajar, para ir de férias e outras despesas solicitavam
crédito) e o sector produtivo não criou capacidade de alterar a estrutura base
de exportação. Engordámos sem produzir nada.

O petróleo fez-nos viver uma vida que não era nossa, estamos na crise que
sempre estivemos, porque os indicadores eram artificiais e conjunturais.
Agora, o petróleo está a dizer-nos que não há almoços grátis e temos de mudar
de vida. Desligou apenas o aparelho da farra, no sentido de irmos dormir
porque amanhã é dia de muito trabalho. Um diagnóstico errado jamais
produziria um bom prognóstico.

O problema já está identificado e a solução é fácil, o difícil é implementar por


parte dos decisores. Porque consiste em desfazer a procura que criámos sem
produzir nada, através de uma reforma estrutura profunda.

Reformas estruturas derivadas de políticas estruturas, que são, no essencial,


políticas microeconómicas destinadas à melhoria do potencial de oferta da
economia, daí o serem também designadas de políticas do lado da oferta,
através da promoção da eficiência dos mercados e dos sectores de actividade,
contribuindo, assim, para uma maior taxa de crescimento do produto real da
economia. Basicamente, as políticas estruturas visam reduzir o peso do sector
público na economia, transformar os menos produtivos em mais produtivos,
combater os salários ineficientes e investir, de forma racional e sofisticada,
nas despesas estruturantes dos sectores estratégicos para se ter expectativa de
crescimento económico de médio e longo prazos.

Por outro lado, é fundamental a liberdade económica: enquanto o único


remédio que torna os angolanos capazes de explorar o máxímo o seu potencial
ou talento. Sem liberdade económica não haverá crescimento económico
sustentável. Penso que este é um dos elementos que nos faz não responder às
exigências da globalização económica. Também a inserção global da
economia angolana passa por soluções de entraves económicos, relativamente
à abertura ao resto do mundo.

Entretanto, é sabido que a agenda de reforma estrutural, através de uma


agenda de economia liberal, é difícil, mas necessária. Porque o que a crise nos
questiona é o quanto estamos dispostos a sofrer para amanhã prosperarmos.
O remédio não é a vitamina doce, é amargo, mas o doente sobrevive. E
estamos a atrasar a aplicar tais medidas. Isto significa que a altura da queda
está a aumentar e a dor será maior.

Neste momento, se houver uma recuperação do preço do barril de petróleo,


estaríamos apenas a adiar o problema, porque o Kuduro de aumentar a
dimensão do sector público continuaria. Penso que devemos enfrentar o mais
rapidamente possível uma agenda profunda de reforma estrutural, se não a
crise continuará a enfrentar aquilo que os brasileiro dizem “a gente”.
Economista e Professor de Macroeconomia Estruturalista

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 causa da crise em Angola

26 Jun. 2017  Sem Autor  Opinião

Nos últimos 12 meses, tenho lido textos, informações, assistindo e ouvindo


vários debates sobre a economia angolana. É unânime, entre os interlocutores,
que o causador do cenário de crise económica e financeira que Angola está a
viver é a baixa do preço de barril de petróleo a nível internacional. Parece que,
para os interlocutores, apontar o petróleo como causador da crise torna mais
facíl encontrar uma fórmula para a solução: é o preço do barril de petróleo
subir.Ter isto como solução é como confiar na sorte, só que pode dar um
grande azar. E, por outro lado, estariamos sempre a depender do petróleo até
acabar. Existem paises sem petróleo e vivem super bem.

Tecnicamente, porque chegámos até aqui? Qual foi o problema central da


economia angolana?

Se nós pegássemos numa máquina do tempo e regressássemos a 2002,


verámos que a política económica errou na matriz (criámos um modelo
económico que assenta no consumo público explosivo).

Tínhamos e temos, depois de alcançar o nosso bem maior, a paz, um problema


no lado da oferta (produção interna) e pensámos que era no lado da procura,
então, começámos e continuamos a fornecer subsídios e incentivos para o lado
da procura (através de orçamentos expansionistas), desconsiderando o ‘supply
side’ (parte da oferta interna). Tínhamos um problema de falta de oferta e o
tratamos como falta de procura (como os Keynesianos advogam).

Estávamos em pleno ambiente geopolítico e económico – financeiro


internacional favorável. Crescer, de forma estrutural e sustentável, exigiria
ganhos de produtividade, ou seja, foco no supply side . Fizemos o contrário:
na última década o sector público mais do que duplicou (tínhamos 15
ministérios em 2002 passámos para 33 em 2012, aumentámos os institutos
públicos, criámos novas empresas públicas e outros novos entes públicos).

Analisando o comportamento das despesas orçamentais em percentagens do


PIB, ao longo da última década, as despesas correntes (de curto prazo), foram
sempre superior às despesas estruturantes (FBCF ), como podemos observar
em alguns anos, as despesas de curto prazo: 2009 (29,5%), 2010 (28,6%),
2011 (30,0%), 2012 (29,0%), 2013 (28,7%) e 2014 (28,8%); As despesas de
longo prazo: 2009 (12,4%), 2010 (11,4%), 2011 (10,2%), 2012 (12,3%), 2013
(12,1%) e 2014 (27,5%) , segundo o relatório do FMI (consultas de 2015 ao
abrigo do artigo iv). Criámos um modelo em que o sector público é o maior
cliente do sector privado, o que significa que o sector privado é um sector
público camuflado. Segundo Hodges (2002), em 2002, em média, os salários
de um técnico superior da função pública rondava os 150,00 USD, hoje é
muito provável que esteja acima de 1.000,00 USD, sem produzir quase nada.
O produto interno bruto não-petrolífero aumentou, mas, na óptica da despesa e
a economia ficou balofa. Os modelos económicos que assentam em grande
medida no consumo estimulam as importações.

Fornecemos mais combustível à demanda agregada, criando uma inflação que


foi controlada e mascarada (a inflação saí de 105,5% em 2002 para 7,48% em
2014), pelo mecanismo de manipulação de taxa de câmbio derivada na sua
maior parte das divisas provenientes da exportação de petróleo, na medida em
que o preço estava acima de 100,00 USD, influenciando que as importações
respondessem à procura que se criou sem produzir nada. E as políticas ultra-
expansionistas da última década em Angola foram apoiadas entusiasticamente
pela maior parte dos economistas Keynesianos angolanos, que hoje fingem
não ter nada que ver com assunto. E a economia angolana tornou-se mais
Keynesiana do que o próprio Keynes.

A nossa crise não é causada pelo petróleo, mas sim é a crise de destruição de
riqueza, ou seja, de consumo explosivo, na medida em que, quanto mais
aumentávamos a dimensão do sector público, retardávamos o crescimento
económico e dávamos cabo da riqueza. Se analisarmos com mais detalhes a
nossa crise, ela é atípica e não típica, ou seja, não deriva de um ciclo que
estava superaquecido com produtividade e atingiu o ‘steady state’ (estado
estacionário) e está em recessão. Esta crise é atípica porque deriva da
destruição da riqueza, do consumo explosivo (em que as pessoas, para casar,
mobilar a casa, para viajar, para ir de férias e outras despesas solicitavam
crédito) e o sector produtivo não criou capacidade de alterar a estrutura base
de exportação. Engordámos sem produzir nada.
O petróleo fez-nos viver uma vida que não era nossa, estamos na crise que
sempre estivemos, porque os indicadores eram artificiais e conjunturais.
Agora, o petróleo está a dizer-nos que não há almoços grátis e temos de mudar
de vida. Desligou apenas o aparelho da farra, no sentido de irmos dormir
porque amanhã é dia de muito trabalho. Um diagnóstico errado jamais
produziria um bom prognóstico.

O problema já está identificado e a solução é fácil, o difícil é implementar por


parte dos decisores. Porque consiste em desfazer a procura que criámos sem
produzir nada, através de uma reforma estrutura profunda.

Reformas estruturas derivadas de políticas estruturas, que são, no essencial,


políticas microeconómicas destinadas à melhoria do potencial de oferta da
economia, daí o serem também designadas de políticas do lado da oferta,
através da promoção da eficiência dos mercados e dos sectores de actividade,
contribuindo, assim, para uma maior taxa de crescimento do produto real da
economia. Basicamente, as políticas estruturas visam reduzir o peso do sector
público na economia, transformar os menos produtivos em mais produtivos,
combater os salários ineficientes e investir, de forma racional e sofisticada,
nas despesas estruturantes dos sectores estratégicos para se ter expectativa de
crescimento económico de médio e longo prazos.

Por outro lado, é fundamental a liberdade económica: enquanto o único


remédio que torna os angolanos capazes de explorar o máxímo o seu potencial
ou talento. Sem liberdade económica não haverá crescimento económico
sustentável. Penso que este é um dos elementos que nos faz não responder às
exigências da globalização económica. Também a inserção global da
economia angolana passa por soluções de entraves económicos, relativamente
à abertura ao resto do mundo.

Entretanto, é sabido que a agenda de reforma estrutural, através de uma


agenda de economia liberal, é difícil, mas necessária. Porque o que a crise nos
questiona é o quanto estamos dispostos a sofrer para amanhã prosperarmos.

O remédio não é a vitamina doce, é amargo, mas o doente sobrevive. E


estamos a atrasar a aplicar tais medidas. Isto significa que a altura da queda
está a aumentar e a dor será maior.

Neste momento, se houver uma recuperação do preço do barril de petróleo,


estaríamos apenas a adiar o problema, porque o Kuduro de aumentar a
dimensão do sector público continuaria. Penso que devemos enfrentar o mais
rapidamente possível uma agenda profunda de reforma estrutural, se não a
crise continuará a enfrentar aquilo que os brasileiro dizem “a gente”.
Economista e Professor de Macroeconomia Estruturalista

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Angola atravessa desaceleração económica estrutural


Manuel Luamba (Luanda) / Lusa
19/07/201619 de julho de 2016

Relatório do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade


Católica de Angola conclui que a economia terá um crescimento anual de
apenas 2% até 2020. E recomenda uma verdadeira aposta na
diversificação.
https://p.dw.com/p/1JSFd
PU BL IC ID AD E

Apresentado esta terça-feira (19.07), em Luanda, o relatório económico do


Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica
de Angola revela que o crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB)
angolano irá situar-se entre os 2 e os 2,5% até 2020.

Depois de um crescimento económico considerável, entre 2002 e 2015,


derivado das "fantásticas receitas do petróleo", que permitiram receitas fiscais
de 320 milhões de dólares (289 milhões de euros), Angola passa agora por um
período de desaceleração económica.

"Desde 2009, após a mini-idade do ouro de intenso crescimento económico,


assistimos a uma desaceleração estrutural da economia, ano após ano",
explica o diretor do CEIC, Alves da Rocha. Os especialistas estão "convencidos
desta atenuação" e não se vislumbram condições para que o país retome as
taxas de crescimento do passado, acrescenta.

"Perdemos muitas oportunidades de melhorar a vida em Angola"

Angola é, atualmente, o maior produtor de petróleo em África, produzindo 1,7


milhões de barris de crude por dia. Desde o final de 2014, com a queda do
preço do barril de petróleo no mercado internacional e diminuição das receitas
com a exportação de petróleo, o país enfrenta uma grave crise económica e
cambial. As divisas escasseiam, tal como os produtos básicos de consumo,
dada a elevada dependência angolana das importações.

Alves da Rocha, diretor do CEICFoto: M. Luamba


"Pensamos que Angola está a entrar num período de desaceleração estrutural
de crescimento", afirma Alves da Rocha, relembrando o peso do petróleo nas
contas angolanas: em 2008, foi esta matéria-prima que permitiu que o país
crescesse 12,8%.

O relatório do CEIC apresenta a "falta de divisas na economia para que as


empresas funcionem, problemas com as infrestruturas, com os canais de
irrigação e a falta de produtos agrícolas do campo na cidade", como as razões
para esta desaceleração, como explica o académico.

Apesar das reformas tributárias e dos impostos criados para fazer face à
quebra nas receitas petrolíferas, não foi possível evitar a crise no país. "A crise
do petróleo é a mãe de todas as crises em Angola", afirma Alves da Rocha.

Devido à elevada dependência das importações, preços de produtos básicos


aumentam diariamenteFoto: DW/P. Borralho

Durante o período de maior crescimento no país, foram permitidas “muitas


oportunidades para melhorar a vida em Angola”, afirma Alves da Rocha. O
diretor do CEIC considera que, para além de apostar na diversificação da
economia, é necessário criar medidas para corrigir o modelo de distribuição no
país, que considera estar “inquinado”.

Apesar dos recentes défices das contas públicas, o relatório do CEIC dá conta
de que Angola acumulou um saldo orçamental de 33 milhões de dólares (29,8
milhões de dólares) e prevê um défice de 6% para este ano.

“O país não está em recessão nem há nenhuma indicação de que possa entrar
em recessão, com os dados que temos. O mesmo não podemos dizer do PIB
petrolífero”, afirma Alves da Rocha.

Retrocessos sociais em Angola

Na mesma cerimónia foi apresentado o relatório social, também elaborado pelo


CEIC. Osvaldo Silva, investigador social do CEIC, apresentou o documento,
dizendo que não houve uma distribuição equitativa da riqueza social. "Assistiu-
se à manutenção da repartição injusta da riqueza nacional através da restrição
de acesso aos bens e serviços sociais", declarou.

[No title]
03:05

No capítulo dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos registou-se uma


notória violação nos espaços públicos, como a "condenação de ativistas em
Cabinda por terem convocado uma manifestação pacífica, passando pelo caso
Kalupeteka até à condenação dos 17 ativistas em Luanda, o caso dos 15+2".
O relatório dá ainda conta de que houve retrocessos nos setores da educação
e saúde. O Governo angolano ainda não atingiu os objetivos de
desenvolvimento do milénio ligados à mortalidade materno-infantil.

Vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv

Economia de Angola
17 línguas

 Artigo
 Discussão
 Ler
 Editar
 Ver histórico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Economia de Angola

Plataforma marítima de petróleo em Angola.

Moeda Kwanza (AOA)

Ano fiscal ano calendário

Blocos OMC OPEP, União Africana, SADC


comerciais

Banco Central Banco Nacional de Angola

Estatísticas
Bolsa de BODIVA
valores

94.635 milhões (Nominal) (2019) [1]


PIB
220.539 milhões (PPC) (2019) [2]
Variação do −2% (2018)
PIB −0,9% (2019)
−4% (2020)
+3,1% (2021)[3]
PIB per capita 2 974 (Nominal) (2019) [4]
6 929 (PPC) (2019) [5]
PIB por setor agricultura 10,2%, indústria 61,4%, serviços 28,4% (2011)

Inflação (IPC) 17.1% (2019) [6]

População 51,8% (2018) [7]


abaixo
da linha de
pobreza

Coeficiente 0,620
de Gini

Força de 13 160 000 (2019) [8]


trabalho total

Força de agricultura 85%, indústria, comércio e serviços 15% (2003)


trabalho
por ocupação

Desemprego 6,77% (2020) [9]

Principais petróleo; diamantes, minério de


indústrias ferro, fosfatos, feldspato, bauxita, urânio e ouro, cimento,
reparação naval, metalurgia básica, processamento de peixe;
processamento de alimentos, cerveja, produtos
de tabaco, açúcar, têxteis

Exterior

Exportações 40.900 milhões (2018)

Produtos petróleo, diamantes, minerais vários, madeiras, peixe, café,


exportados algodão e sisal.

Principais  China: 54,9%


parceiros de  Índia: 9,46%
exportação  Emirados Árabes Unidos: 5,34%
 Estados Unidos: 3,61%
 Espanha: 3,05%
 África do Sul: 3 %
 Portugal: 2,75%
Outros países: 17.89%
(2018) [10]
Importações 14.500 milhões (2018)

Produtos produtos alimentares, bebidas, produtos vegetais,


importados equipamentos elétricos e viaturas.

Principais  China: 15,6%


parceiros de  Portugal: 13,6%
importação  Singapura: 12.4%
 Togo: 6,17%
 Bélgica: 5,54%
 Estados Unidos: 4,37%
 África do Sul: 4,24%
 Brasil: 3,4%
Outros países: 34,68%
(2018) [11]
Dívida 56.932 milhões (2019) [12]
externa bruta

Finanças públicas

Receitas 56.07 mil milhões (2012)

Despesas 31.62 mil milhões (2019)

Notação de S&P: CCC+
crédito Fitch: B
Moody's: B1

Reservas 16,4 mil milhões (2019) [13]


cambiais

Salvo indicação contrária, os valores estão em  US$

A economia de Angola foi bastante afetada pela guerra civil que durou quase


trinta anos, colocando o país juntamente com a Guiné-Bissau entre os mais
pobres do planeta. Todavia, Angola apresenta boas taxas de crescimento
apoiadas principalmente pelas suas exportações de petróleo. As jazidas de
petróleo estão localizadas em quase toda a extensão da sua costa marítima.
Segundo índices de liberdade económica, Angola possui uma economia
repressiva, ocupando o 149º lugar no índice de liberdade económica elaborado
pela Heritage Fundation.[14]
Com a proclamação da independência, seria normal que o ambiente geral
fosse de enorme euforia e entusiasmo, que faria esquecer as dificuldades
quotidianas. Na realidade, não foi isto que se deu.
Comércio exterior
Em 2020, o país foi o 59º maior exportador do mundo (US $ 35,6 milhões em
mercadorias, 0,2% do total mundial).[15][16] Já nas importações, em 2016, foi o 71º
maior importador do mundo: US $ 19,6 bilhões.[17]

Setor primário
Agricultura
Ja teve o café como seu principal cultivo. Seguem-se-lhe cana-de-
açúcar, sisal, milho, óleo de coco e amendoim. Entre as culturas comerciais,
destacam-se o algodão, o fumo e a borracha. A produção de batata, arroz,
cacau e banana é relativamente importante. Os maiores rebanhos são o
bovino, o caprino e o suíno. Toda esta capacidade de produção perdeu-se
durante o período da guerra civil, mas o país vai recuperando paulatinamente
essas produções agora que foi alcançada a paz.

Agricultura
 

Cereais
 

Uíge (cana-de-açúcar)
 

Batatas
 

Apicultura
 

 Concheira - Shellfish collector.jpg


Concheira
Angola produziu, em 2018[18]:

 8,6 milhão de toneladas de mandioca (8º maior produtor do mundo);


 3,5 milhão de toneladas de banana (7º maior produtor do mundo, ou o 10º maior,
se considerarmos junto as plantains ou banana-da-terra);
 2,2 milhão de toneladas de milho;
 1,2 milhão de toneladas de batata doce (10º maior produtor do mundo);
 806 mil toneladas de batata;
 597 mil toneladas de abacaxi (13º maior produtor do mundo);
 572 mil toneladas de cana de açúcar;
 355 mil toneladas de repolho;
 314 mil toneladas de feijão;
 280 mil toneladas de óleo de palma;
 154 mil toneladas de amendoim;
Além de produções menores de outros produtos agrícolas, como café (16,3 mil
toneladas), algodão (5,5 mil toneladas), tabaco (3 mil toneladas) e sisal (573
toneladas).[18]
Pecuária
Na pecuária, Angola produziu, em 2019, 23 mil toneladas de mel (16º maior
produtor mundial), 136 mil toneladas de carne suína, 98 mil toneladas de carne
bovina, 49 mil toneladas de de carne de frango, 219 milhões de litros de leite
de vaca, entre outros.[19]

Setor secundário
Indústria
O Banco Mundial lista os principais países produtores a cada ano, com base no
valor total da produção. Pela lista de 2019, Angola tinha a 96ª indústria mais
valiosa do mundo (US $ 3,8 bilhões).[20]
As principais indústrias do território são as de beneficiamento de oleaginosas,
cereais, carnes, algodão e fumo. Merece destaque, também, a produção
de açúcar, cerveja, cimento, e madeira, além do refino de petróleo. Entre as
indústrias destacam-se as de pneus, fertilizantes, celulose, vidro e aço. O
parque fabril é alimentado por cinco usinas hidroelétricas, que dispõem de um
potencial energético superior ao consumo.
Energia
Nas energias não-renováveis, em 2020, o país era o 16º maior produtor
de petróleo do mundo, extraindo 1,25 milhões de barris/dia.[21] Em 2011, o país
consumia 80 mil barris/dia (84º maior consumidor do mundo).[22][23] O país foi o
10º maior exportador de petróleo do mundo em 2018 (1,42 milhões de
barris/dia).[21] Em 2015, Angola era o 68º maior produtor mundial de gás natural,
com uma produção quase nula.[24] O país não produz carvão.[25]
Mineração
Ver artigo principal: Mineração em Angola

Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minério


de ferro; possui também jazidas
de cobre, manganês, fosfatos, sal, mica, chumbo, estanho, ouro, prata e platina
. As minas de diamante estão localizadas perto de Dundo, na província
da Lunda Norte. Importantes jazidas de petróleo foram descobertas em 1966,
ao largo de Cabinda, assegurando ao país a auto-suficiência. Em 1975 foram
localizados depósitos de urânio perto da fronteira com a Namíbia.
Setor terciário
Transporte
O principal modal da rede de transportes angolana ainda é o rodoviário, que
conecta, razoavelmente, todas as grandes cidades do país. As principais
rodovias da nação são a EN-100 (oeste-litorânea), a EN-250 e a EN-
260 (centro-oeste/leste), a EN-230 (norte-oeste/leste), a EN-140, EN-120 e EN-
105 (centro norte/sul), a EN-180 (leste-norte/sul) e a EN-280 (sul-oeste/leste).[26]
O sistema ferroviário de Angola compõe-se de três linhas que ligam o litoral ao
interior, sendo os caminhos de ferro de Benguela, Luanda e Moçâmedes. O
mais importante é o caminho de ferro de Benguela, que faz a conexão com as
linhas de Catanga (Ferrovia Cabo-Cairo), na República Democrática do Congo.
Os portos do país servem como pontas de lança principalmente para as
ferrovias, sendo que os mais movimentados são os
de Luanda, Lobito, Namibe, Soyo e Cabinda.
O território angolano é servido por uma série de aeródromos, sendo que os
principais estão localizados nos grandes centros, como é o caso do Aeroporto
Internacional da Catumbela (Benguela/Lobito), do Aeroporto Maria Mambo
Café (Cabinda), do Aeroporto Albano Machado (Huambo/Caála), do Aeroporto
Internacional da Mukanka (Lubango) e do Aeroporto Internacional Welwitschia
Mirabilis (Moçâmedes). O maior é o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em
Luanda, que é o centro de linhas aéreas que põem o país em contacto com
outras cidades africanas, europeias e do resto do mundo.
Construção Civil
Após décadas de guerra, Angola teve sua infra-estrutura bastante danificada.
Com a chegada da paz e as divisas provenientes da descoberta do petróleo, o
sector da construção civil tem experimentado um grande crescimento. O setor
é atualmente responsável por 29% dos investimentos externos no país,
segundo a Agência Nacional para o Investimento Privado[carece  de fontes]. O
crescimento do sector pode ser observado tanto na reeconstrução da infra-
estrutura nacional como no setor imobiliário que sofre um grande défice.
Importantes construturas e incorporadoras estrangeiras tem se instalado no
país, como destaque para as portuguesas Mota-Engil, Teixeira Duarte, Soares
da Costa, Somague ou Edifer, e para as Brasileiras Odebrecht, Camargo
Corrêa, Genea Angola, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. Além disso
também há empresas angolanas a surgir, como por exemplo o Grupo Opaia
SA e a Termopainel SA industria de painéis isotérmicos.
Turismo

Capital de Angola e ponto turístico entrada principal, Luanda

Em 2017, Angola recebeu 0,26 milhões de turistas internacionais. As receitas


do turismo, neste ano, foram de US $ 0,8 bilhões.[27]
O turismo em Angola está diretamente associado à beleza natural do país.[28] O
setor do turismo em Angola é relativamente novo, condicionado pela guerra
civil, que terminou em 2002. o ano 2013 teve sua maxima cantidad de turistas
com 650.000 mas no ultimo dato do 2018 teve somente 215.000 turistas[29]
Mercado de Capitais
No dia 19 de dezembro de 2014 arrancou o mercado de capitais em Angola.
A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) recebeu o mercado
secundário de dívida pública, estando previsto para 2015 o arranque do
mercado de dívida corporativa, sendo que o mercado accionista só deverá ser
uma realidade em 2017.[30]

Ver também

 Lista de bancos de Angola


 TAAG Linhas Aéreas de Angola
 Sonangol
 Endiama
 Unitel

Referências

1. ↑ WorldBank. «GDP (current US$) - Angola». Consultado em 4 de dezembro de 2020


2. ↑ WorldBank. «Gross domestic product 2019, PPP»  (PDF). Consultado em 4 de dezembro
de 2020
3. ↑ «Global Economic Prospects, June 2020» (em inglês). TABLE 1.1 - Real GDP (Percent
change from previous year). Banco Mundial. p. 4
4. ↑ WorldBank. «GDP (current US$) - Angola». Consultado em 4 de dezembro de 2020
5. ↑ WorldBank. «Gross domestic product 2019, PPP». Consultado em 4 de dezembro de
2020
6. ↑ The Global Economy.  «Angola: Inflação»
7. ↑ WorldBank. «Poverty headcount ratio at $1.90 a day (% of population) - Angola»
8. ↑ The Global Economy.  «Angola: Força de trabalho»
9. ↑ The Global Economy.  «Angola: Taxa de desemprego»
10. ↑ OEC.  «Where does Angola export to? (2018)»
11. ↑ OEC.  «Where does Angola import from? (2018)»
12. ↑ The Global Economy.  «Angola: Dívida externa»
13. ↑ «Angola net international reserves increase in March»
14. ↑ «2014 Index of Economic Freedom». 2014. Consultado em 13 de setembro de 2014
15. ↑ Trade Map - List of exporters for the selected product in 2018 (All products)
16. ↑ Market Intelligence: Disclosing emerging opportunities and hidden risks
17. ↑ «International Trade Statistics». International Trade Centre. Consultado em 25 de agosto
de 2020
18. ↑ Ir para:a b Angola production in 2018, by FAO
19. ↑ Produção da pecuária de Angola em 2019, pela FAO
20. ↑ Fabricação, valor agregado (US $ corrente)
21. ↑ Ir para:a b Annual petroleum and other liquids production
22. ↑ Statistical Review of World Energy, June 2020
23. ↑ The World Factbook — Central Intelligence Agency
24. ↑ CIA. The World Factbook. Natural gas - production.
25. ↑ Statistical Review of World Energy 2018
26. ↑ Estudo sobre o estado das rodovias de Angola. República de Angola - Ministério dos
Transportes. 2018
27. ↑ Destaques do turismo internacional
28. ↑ «Virtual Angola - Tourism - Why Angola?». Consultado em 5 de novembro de 2013.
Arquivado do original em 31 de março de 2008
29. ↑ «Angola - Turismo internacional»
30. ↑ Marta Marques Silva (19 de Dezembro de 2014).  «Luanda recebe hoje a sessão
inaugural da bolsa de Angola». Económico

Ligações externas

Você também pode gostar