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ANGOLA VS A DOENÇA HOLANDESA 2021

INTRODUÇÃO
O nosso interesse por esse tema foi suscitado por uma breve abordagem a
respeito da doença Holandesa no caso concreto de Angola.

Em Economia, a doença Holandesa refere-se a relação entre a exportação de


recursos naturais e o declínio do sector manufactureiro. O excesso de recursos naturais
gera muitas vezes vantagens comparativas para o país que os possui, levando-o a se
especializar na produção desses bens e a não se industrializar ou mesmo
desindustrializar, o que a longo prazo inibe o processo de desenvolvimento econômico.

O termo DOENÇA HOLANDESA adveio do trabalho dos economistas W. Max


Corden e J. Peter Neary, de 1982, no qual eles analisaram os efeitos sobre a economia
holandesa do aumento desmesurado do preço do gás natural, o que determinou um
aumento substancial de divisas no país, fazendo com que a moeda nacional ficasse
muito valorizada, prejudicando o desenvolviemento de outros setores produtivos.

Objectivo geral

Pretendemos com este trabalho analisar este fenómeno no caso concreto de


Angola.

Objectivos especificos

Fazer uma breve abordagem sobre a Doença Holandesa;

Analisar o fenomeno no caso concreto de Angola;

Apresentar algumas medidas que o país deveria adoptar para parar de depender
do petróleo.

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1.1. BREVE HISTORIAL SOBRE A DOENÇA HOLANDEZA


A expressão “doença Holandesa” foi inspirada em eventos dos anos 1960
quando uma escalada dos preços do gás teve como consequência um aumento
considerável das receitas de exportação dos países baixos e a valorização do Florim
(moeda da época). A valorização cambial acabou por derrubar as exportações dos
demais produtos holandeses, cujos preços se tornaram menos competitivos
internacionalmente na década seguinte.

O termo “Doença Holandesa” em inglês “Dutch Disease” foi usado pela


primeira vez em 1977, pelo jornal “The Economist”. No entanto, a teoria da doença
holandesa foi desenvolvida por W. Max Colden e J. Peter Neary em 1982, no artigo
“Booming Sector and De-industrialization in a Small Open Economy”.

O pressuposto essencial é que o desenvolvimento da exploração dos recursos


naturais, numa economia pequena e aberta, origina uma valorização da taxa de câmbio
real, o que leva à destruição do setor industrial e ao desemprego.

O modelo desenvolvido por Colden e Neary pressupunha uma pequena


economia aberta, que produzia dois bens negociados internacionalmente, a preços
internacionais, e um negociável a nível nacional, cujo preço era fixado no mercado
interno, de forma a que a oferta fosse igual à procura. (Corden & Neary 1982). Dos bens
produzidos e comercializados internacionalmente, um era altamente competitivo, por
exemplo o setor energético, e o segundo era muito pouco competitivo, por exemplo um
produto industrial. Se houvesse um crescimento acentuado do setor energético, o
consequente aumento da entrada de divisas externas provocaria uma valorização da
moeda nacional. Esta valorização provocaria um aumento dos custos dos bens
produzidos internamente, uma vez que os custos de produção se tornariam mais caros,
com custos de produção mais caros, os bens produzidos localmente e comercializados
internacionalmente, a preço internacional, ficam mais caros, o que leva os agentes
económicos a transferirem a sua procura para os bens internacionais mais competitivos.

A diminuição da procura dos bens industriais, produzidos localmente, leva ao


declínio do setor industrial e as empresas a procurarem reduzir capacidade produtiva,
originando despedimentos, aumentando a taxa de desemprego e isto origina ainda uma
redução do PIB. No entanto, os rendimentos obtidos pelo crescimento do setor
energético originam um aumento dos salários e dos impostos, o que permite aumentar
os gastos governamentais, originando inflação. Esta situação, por sua vez, reflete-se nos
bens não transacionados internacionalmente. No curto prazo há uma melhoria nos
rendimentos, mas a longo prazo verifica-se um decréscimo da produtividade e do PIB e
a destruição do setor industrial.

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A doença Holandesa pode também referir-se a qualquer desenvolvimento que


resulta em grande fluxo de entrada de moedas estrangeira, incluindo aumentos
repentinos de preços dos recursos naturais, ajuda externa ou volumosos investimentos
estrangeiros, embora seja como usado em referência à descoberta de recursos naturais
como o Petróleo e gás natural. É considerada como uma falha de mercado que gera
consequências negativas em outros sectores da economia de bens e serviços
comercializáveis.

A teoria económica nos diz que o desenvolvimento económico começa pela


revolução agro-industrial e se caracteriza pela industrialização. Assim, a doença
holandesa é um obstáculo a esse desenvolvimento, porque impede o desenvolvimento
da agricultura, a industrialização, mais precisamente, diversificação da economia e a
transferência de mão-de-obra com valor acrescentado per capita mais elevado para
outros sectores da economia.

1.2. SINTOMAS DA DOENÇA HOLANDESA


A doença Holandesa pode apresentar os seguintes sintomas:

 Sobrevalorização da taxa de câmbio;


 Baixo crescimento do sector manufactureiro, da agricultura e do
agronegócio,
 Rápido aumento do sector de serviços;
 Altos salários médios do sector extractivo, em contraste com os outros
sectores;
 Aumento da exclusão económica e social;
 Aumento da informalização da economia, o subemprego e o desemprego
endémico.

1.3. CONSEQUÊNCIAS DA DOENÇA HOLANDEZA

A doença holandesa pode acarretar consigo várias consequências, como:

 A sobrevalorização da taxa de câmbio;


 Baixo crescimento da agricultura e agronegócio;
 Aumento da informalização da economia e desemprego;
 Aumento da exclusão económica social.

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1.3. DOENÇA HOLANDEZA NO CASO CONCRETO DE ANGOLA

Angola sofre do que os economistas chamam “doença holandesa”, ou seja, uma


dependência extrema de uma matéria prima, no caso o petróleo, que domina 96% das
exportações e que está sujeito à volatilidade dos preços do barril de ouro negro.

A Petro-dependência ou dependência do Petróleo é uma realidade em Angola


que vem desde a independência, e o que tudo indíca é que permanecerá assim por mais
alguns anos, segundo alguns economistas.

No primeiro trimestre de 2019, Angola ressentiu-se da “doença holandesa”. As


exportações caíram em valor quase 17% em termos homólogos, em relação ao mesmo
trimestre do ano passado, segundo dados do Banco Nacional de Angola.

As exportações do ouro negro caíram 18% em valor, 13% em volume e o preço


desceu 5,5%. As projecções para a produção de petróleo reduziram. A Agência
Nacional de Petróleo e Gás prevê uma descida da produção diária de 1.4 milhões actuais
para 1,2 milhões de barris nos próximos seis anos e sem o investimento urgente poderá
cair para perto de 1 milhão já em 2023.

Segundo o estudo, realizado pelo Fórum Africano e Rede sobre Dívida e


Desenvolvimento (Afrodad) apesar do período de prosperidade que o país viveu e todos
os demais benefícios proporcionados pela exploração e comercialização de petróleo, a
economia angolana está exposta à vulnerabilidade, devido às flutuações dos preços
mundiais do petróleo.

Este estudo refere que a área com maior concentração de reservas provadas, a
província de Cabinda, está atormentada com um conflito separatista e que Angola é
classificada como uma nação muitas vezes flagelada pela “doença holandesa”, onde as
receitas do petróleo levam à valorização da moeda, excluindo outros bens
comercializáveis, tornando a capital do país, Luanda, uma das cidades mais caras do
mundo.

“Com 43,4% da população a viverem abaixo do limiar da pobreza”, o estudo


realça que essa tendência ameaça a acessibilidade dos padrões básicos de vida e aponta
“a vulnerabilidade da juventude como sendo outra questão preocupante da economia
angolana, dada a grande população juvenil.”

Actualmente, avança o estudo, o país tem uma população de 28,8 milhões de


pessoas, 50% com menos de 18 anos de idade, causando uma grande proporção de
dependência.

A economia angolana está fortemente ligada às exportações de petróleo e gás.


Entre 2008 e 2015, o petróleo contribuiu, de forma consistente, para o total das
exportações em Angola, mantendo uma contribuição contestante de 95 e 98% das
exportações totais.

Durante a última década, Angola dependeu do sector de petróleo para prover


uma média de 73% da receita do Governo. No entanto, a percentagem da receita gerada

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pelo petróleo, com a proporção da receita total do Governo, reduziu de 80 para menos
de 40%.

Segundo o relatório apresentado pelo Banco nacional de Angola, no segundo


trimestre de 2019, o petróleo ainda continua sendo a maior fonte de receita do nosso
país com quase 94% das exportações.

O estudo revela que a queda nos preços dos produtos está a diminuir as receitas
dos países que dependem da matéria-prima. Além disso, as reduções nas receitas do
petróleo têm um impacto significativo no saldo fiscal global. A título de exemplo, o
estudo afirma que em percentagem do PIB (Produto Interno Bruto) diminuiu em 64% e,
consequentemente, o saldo fiscal atingiu menos 6,4%, em 2014.

Angola tornou-se cada vez mais dependente das receitas do petróleo para apoiar
as despesas do Governo central e a redução do preço do petróleo levou a cortes nos
gastos planeados. Devido à forte dependência da economia nacional ao petróleo, o
declínio das receitas do petróleo levou a uma diminuição significativa das despesas
entre 2008 e 2015, de 60 para quase 11 por cento.

Durante anos, a nação angolana apostou apenas no sector petrolífero como fonte
de receitas, esquecendo-se da diversificação da economia. Com a baixa do preço do
petróleo, o governo angolano e o povo em geral sofrem com o erro do passado, como
consequência surgiu é crise cambial, a crise alimentar, e a crise da saúde.

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Em Angola, o petróleo não apenas afectou os câmbios, sobrevalorizando o


Kwanza, como a entidade reguladora da moeda, o BNA, mediante a implementação de
câmbios fixos, controlou as taxas no sentido de as sobrevalorizar ainda mais e mantendo
esta sobrevalorização mesmo quando o mercado já exigia a liberalização.

Esta acção do Estado, que visou o aumento deliberado do consumo,


subvencionando as importações de produtos alimentares com as receitas estatais do
petróleo, importando inclusive produtos da cesta básica, intensificou a destruição da
produção nacional e o desaparecimento do incipiente e frágil empresariado nacional.
Deste modo, se aumentou a vulnerabilidade da economia nacional aos choques
externos, como acontece actualmente por conta das variações do preço do petróleo no
mercado internacional.

Futuramente, os governos terão que contar com receitas reduzidas da venda do


ouro negro. Mais uma razão para acelerar a diversificação da economia em muitos
países africanos dependentes do petróleo. A dependência económica do sector
petrolífero tem atrofiado outros setores que seriam de grande valia para Angola, como a
agricultura industrializada, o sector mineiro e os transportes.

Em 2008 o mercado internacional registou baixas históricas no preço de


petróleo, facto que deixou Angola na “corda bamba”. Desde então, porém, as medidas
do Governo “não têm sido tomadas com uma visão estratégica e numa base sustentável,
mas sim numa base pontual tendo em conta as visões político-partidárias simplesmente
visando a manutenção do poder”, explica António Sapalo.

1.5. MEDIDAS QUE O PAÍS DEVERIA ADOPTAR PARA


REDUZIR DEPENDÊNCIA DO PETRÓLEO

O que deveria fazer Angola e outros países africanos para não dependerem tanto
da exportação de petróleo e de outros recursos naturais?

A doença Holandesa é uma mal que devemos combater de modos a impulsionar


o sector industrial que no caso de Angola parece estar adormecido, estimulando a
geração de novos postos de trabalho e a efectivação no processo de diversificação
económica. Não devemos nos acomodar num produto cujo preço não depende de nós,
pois qualquer mudança no mercado é suficiente para desequilibrar as nossas contas
públicas.

Embora se verifique uma diminuição do peso do sector petrolífero na economia


nacional a redução não se traduziu ainda numa alteração estrutural das exportações e
das receitas do Estado, sobretudo das receitas em moeda externa que vulgarmente
chamamos de divisas.

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A queda dos preços do petróleo nos mercados continua a ter repercussões


negativas, sobretudo nos países praticamente dependentes deste recurso, como Angola.
Esta é uma realidade que temos de alterar e para tal teremos que trabalhar com rigor,
com disciplina e bem focados no propósito de alterar em termos definitivos a actual
estrutura económica de Angola. Futuramente, os governos terão que contar com receitas
reduzidas da venda do ouro negro. Mais uma razão para acelerar a diversificação da
economia.

Como defendido anteriormente, Angola precisa diminuir a dependência do


petróleo, procurar diversificar, apostando em sectores menos desenvolvidos, como
agricultura, pescas, e outros serviços, de modo a não ficar dependente das flutuações de
preços.

Uma das primeiras prioridades deve ser em investimentos na remoção dos


estrangulamentos ao desenvolvimento, de modo que os investimentos subsequentes
sejam mais eficazes. Referimo-nos a educação, saúde, construção de infraestruturas e
equipamentos públicos com a formação bruta de capital fixo, entre os quais estradas,
saneamento básico, energia, água e telecomunicações.

Angola tem potencialidades enormes, mas estas precisam ser exploradas e


potenciadas no sentido de servirem as populações. São as empresas que desempenham
um papel fundamental no aproveitamento dos nossos recursos naturais, para que o país
disponha de bens e serviços capazes de satisfazer as necessidades de milhões de
angolanos.

Sem empresas não há produção e sem produção não há empregos nem


rendimentos para as famílias. Tem se feito um esforço enorme para que o abastecimento
de água e energia chegue a todo o país, o que pode levar a que os empresários se sintam
particularmente dispostos a investir capitais no interior do nosso país.

A diversificação da economia poderá ainda demorar algum tempo. Não é fácil


diversificar. Mas o importante é que haja um forte compromisso de se avançar com
políticas que viabilizem essa diversificação.

Há no país angolanos com capacidade para fazer coisas boas ao nível da


produção agrícola, para só citar esse sector. Importa que se conheçam essas pessoas e se
dê a elas oportunidades para fazerem, por exemplo, bons negócios, no interesse de todas
as nossas comunidades. Que os bancos comerciais sejam um segmento que esteja
envolvido no processo de diversificação da economia, optando pela concessão de
crédito à produção em condições que, nesta fase de crise, possam ajudar os nossos
empresários a arrancar com o seus projectos produtivos.

É importante que se aposte, não só em grandes projectos produtivos, mas


essencialmente, nas pequenas e médias empresas, de modo a que haja maior
possibilidade destas aparecerem no mercado em grande número com ganhos para a
economia e para as famílias. Havendo muitas pequenas e médias empresas, haverá
muitos empregos e mais famílias a viverem sem grandes dificuldades.

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Tendo ou não petróleo, altos níveis de investimento são essenciais para o


desenvolvimento a longo prazo do país. “De acordo com um relatório elaborado em
2008 pela Comissão de Crescimento e Desenvolvimento da ONU,” nenhum país tem
crescimento rápido e sustentado sem também manter impressionantes taxas de
investimento publico — em infra-estruturas, educação e saúde.” Se os países produtores
de petróleo e de diamantes querem que as futuras gerações beneficiem da extracção dos
recursos de hoje, devem investir ainda mais que os outros países.

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CONCLUSÃO

Contudo, a doença holandesa é, em resumo, um fenômeno ligado diretamente ao


câmbio do país. Ela ocorre com o aumento da receita vinda de exportação de matérias-
primas. Esse movimento acaba apreciando a moeda local e gera prejuízos para a
exportação de outros bens manufaturados.

Isso faz com que a indústria entre em declínio, uma vez que o setor de
manufaturas pode perder competitividade externa, fazendo com que seja mais barato
importar do que exportar.

A doença holandesa é um mal indiretamente ligado ao descobrimento de


recursos naturais. Entretanto, ela pode abranger todo tipo de desenvolvimento cujo
resultado seja um fluxo expressivo de entrada de moeda de países estrangeiros, gerando
aumento repentino dos preços de recursos naturais.

Dois fatores principais, além da doença holandesa, que podem influir na


declinação do setor de manufaturas de um país. Eles são:

Custo de capital;
Custo de mão de obra.

Portanto, nem sempre a doença holandesa é a razão da depreciação do setor


manufatureiro. Visto que este não depende apenas da taxa de câmbio, que influi nos
preços e na competitividade.

Angola sofre do que os economistas chamam “doença holandesa”, ou seja, uma


dependência extrema de uma matéria prima, no caso o petróleo, que domina 96% das
exportações e que está sujeito à volatilidade dos preços do barril de ouro negro.

Angola precisa diminuir a dependência do petróleo, procurar diversificar,


apostando em sectores menos desenvolvidos, como agricultura, pescas, e outros
serviços, de modo a não ficar dependente das flutuações de preços.

Os objectivos traçados foram alcançados, conseguimos com este trabalho


analisar este fenomeno no caso concreto de Angola.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fontes horais

Dr. Wilson Neves

Sites

https://-www.minfin.gov.ao/-PortalMinfin/#!/-sala-de-imprensa/-noticias

https://bna.ao/-uploads/-%7B492066e2-343a-4126--98ff-c5115bde4743%7-D.pdf

https://-www.angop.ao/-noticias/economia/-petroleo-gera-mais-de--90-das-receitas-em-
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https://-www.economiaemercado.-co.ao/artigo/-dependencia-do-petrol-eo-retardara-
crescim-ento-da-economia

https://-www.google.com/amp/s/-www.voaportugues.com/-amp/-angola-ainda-
n%25C3%2-5A3o-substituiu-depe-nd%25C3%25AAncia-no-
-petr%25C3%25B3leo/-5549797.html

https://-www.jornaldeangola.ao-/ao/noticias/-a-diversificacao-da-e-conomia-e-as-
nossas--empresas/

https://corporatefinanceinstitute.com/resources/knowledge/economics/dutch-disease/

https://www.investopedia.com/terms/d/dutchdisease.asp

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