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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO TOCOÍSTA

Apontamentos de Contabilidade Financeira II – 2º ano

ESTUDO SOBRE TERCEIROS

Professor: Israel Abias


1 INTRODUÇÃO
As contas da classe 3 podem ser repartidas em dois grandes grupos:
1º) Contas de terceiros que registam todas as dívidas a receber e a pagar pela empresa (dívidas activas e dívidas passivas,
respctivamente);
2º) Contas de acréscimos e diferimentos onde se movimentam despesas e receitas verificadas no exercício económico,
que correspondem a custos e proveitos do exercício económico seguinte (trata-se de custos diferidos e proveitos diferidos,
respectivamente), e custos e proveitos do exercício cuja despesa/receita irá ocorrer apenas no exercício económico
seguintes (acréscimos de custos e acréscimos de proveitos, respectivamente).
As dívidas activas e passívas podem ainda ser:
Quanto ao seu prazo de vencimento:
 Curto prazo – quando o seu vencimento ocorrer num prazo inferior a um ano.
 Médio e longo prazo – quando o vencimento for superior a um ano.
No balanço as contas de terceiros serão distribuidas pelas suas rubricas de curto ou médio e longo prazos, de acordo com o
período de vencimento das dívidas.
1 INTRODUÇÃO
Quanto à natureza das operações de que resultam:
Neste aspecto pretende-se atender simultaneamente às diferentes espécies de entidades e às diversas naturezas de
operações.
As entidades com quem as empresas estabeleçam relações, em termos de operações activas e passivas, são as
seguintes:
 Estado e outros entes públicos.
 Empresas do grupo.
 Empresas associadas, participadas e participantes.
 Accionistas (sócios).
 Pessoal.
 Outros.
No balanço podemos considerar duas espécies de contas: as contas financeiras e as contas de prestações
1 INTRODUÇÃO
As contas financeiras são: caixa, depósitos à ordem, clientes, fornecedores, empréstimos obtidos, etc. Nestas contas
a valorização dos elementos patrimoniais correspondem a fundos líquidos ou assimilados em dinheiro.
As contas de prestações são: contas de inventários e activos fixos tangíveis. Representam bens e direitos que a
empresa adquiriru para transformar, vender ou para utilizar na sua actividade.
A CLASSE 3 – TERCEIROS é constituída pelas seguintes contas:
 31. – Clientes
 32. – Fornecedores
 33. – Empréstimos obtidos
 34. – Estados e outros entes públicos
 35. – Entidades participantes e participadas
 36. – Pessoal
 37. – Outros valores a receber e a pagar
2.- 31 Clientes
 38. – Provisões para cobranças duvidosas
 39. – Provisões para outros riscos e encargos
31 – CLIENTES
Consideram-se clientes todos os compradores de bens produzidos e vendidos e/ou serviços prestados pela empresa.
Esta conta regista movimentos com os compradores de mercadorias, de produtos e de serviços. Esta conta está
intimamente ligada as contas de vendas de mercadorias e prestação de serviços.
A conta cliente, visto ser uma conta financeira activa é debitada pelos aumentos das dívidas a receber e creditada
pelas diminuições, o seu saldo é normalmente devedor, podendo excepcionalmente ser credor. Para efeitos do
balanço esta conta deverá ser decomposta nos seus elementos activos (incluído nas dívidas de terceiros, em geral)
compostos pelos saldos devedores das suas subcontas; e nos seus elementos passivos (incluídos nas dívidas a
terceiros) compostos pelos saldos credores das suas subcontas.
2.- 31 Clientes - contabilização
31 - Clientes

- Vendas a crédito (facturas emitidas) - Facturas pagas – pagamentos obtidos


- Prestação de serviços a crédito (facturas - Saques de letras e outros títulos
emitidas) - Notas de crédito
- Notas de débito - Devolução de vendas
encargos com clientes - Dívidas de cobrança duvidosa
fretes - Anulação de adiantamentos
seguros
encargos bancários, etc

Nota de débito – é um documento comercial que serve para uma entidade debitar um certo valor a outrém. Esta operação
origina um aumento da dívida deste último (sendo devedor) ou uma diminuição do seu crédito (sendo credor). É utilizada
frequentemente para debitar encargos de compra, despesas com serviços bancários, juros, taxas, etc., aos devdores, quando são
de sua conta.
Nota de crédito – tem função inversa da nota de débito, serve para creditar uma certa importância ao devedor este vê o seu
débito reduzido e, sendo credor, o inverso. É utilizada normalmente na devolução de vendas e descontos extra-facturas.
2.- 31 Clientes – subcontas segundo PGC
31.3 – Clientes – títulos descontados
31.1 – Clientes – correntes
 31.3.1 – Grupo
 31.1.1 – Grupo
31.3.1.1 – Subsidiárias
31.1.1.1 – Subsidiárias
31.3.1.2 – Associadas
31.1.1.2 – Associadas
 31.3.2 Não grupo
 31.1.2 Não grupo
31.3.2.1 Nacionais
31.1.2.1 Nacionais
31.3.2.2 Estrangeiros
31.1.2.2 Estrangeiros
31.8 – Clientes de cobrança duvidosa
31.2 – Clientes – títulos a receber
31.8.1 – clientes – correntes
 31.2.1 – Grupo
31.8.2 – clientes – títulos
31.2.1.1 – Subsidiárias
31.9 – saldos credores
31.2.1.2 – Associadas
31.9.1 – Adiantamentos
 31.2.2 Não grupo
31.9.2 – Embalagens a devolver
31.2.2.1 Nacionais
31.9.3 – Material à consignação
31.2.2.2 Estrangeiros
2.- 31 Clientes – subcontas segundo PGC
A classe 3 – Terceiros é constituída por contas do activo – terceiros do activos -, e do passivo – terceiros do passivo
-.
De acordo o Plano Geral de Contabilidade um activo deve ser reconhecido no Balanço quando:
a) for provável que os benefícios económicos futuros fluam para a entidade e;
b) tenha um custo ou um valor que possa ser quantificado com fiabilidade.
Ainda de acordo com o PGC um passivo deve ser reconhecido no Balanço quando:
c) for provável que da liquidação de uma obrigação presente resulte um exfluxo de recursos incorporando benefícios
económicos; e
d) a quantia pela qual aliquidação tenha lugar possa ser quantificada com fiabilidade.
Reconhecimento – é o processo de incorporar no Balanço e na Demonstração dos Resultados um item que satisfaça
não só a definição de um elemento como também os seguintes critérios de reconhecimento:
seja provável que qualquer benefício económico futuro associado com o item flua para ou da entidade; e
o item tenha um custo ou um valor que possa ser mensurado com fiabilidade.
Mensuração – é o processo de determinar as quantias monetárias pelas quais os elementos das Df´s devem ser
reconhecidos e inscritos no Balanço e na Demonstração de Resultados.
3.- Exemplos.
Ao dia 5/11, a empresa Heriel (SU) Lda., vendeu 5.000 unidades de mercadoria ISPT ao preço unitário de 150 kz,
que seguiram de imediato para o cliente. Para o efeito foi emitada a Factura-Recibo (FR) n.º 199.
Resolução 61.3.1 Venda de
43.1.1 Banco - MN Mercadorias - MN
Venda total = pvu * unidades
750.000 7.500 750.000
Venda total = 150 kz * 5.000
Venda toal = 750.000 kz

75.3.1.1 Impostos Indirectos – 34.9.1 Estado – Outros


Imposto de Selo. Consultar a verba 23.3 do DP Imposto de selo impostos- imposto de Selo
n.º 3/14 de 21 de Outubro
7.500 7.500 7.500

Para fins de gestão de clientesou para fins 31.1.2.1 Clientes-correntes/Não


legais, poder-se-ia registar a venda na conta grupo - Nacionais
apropriada de clientes antes de se proceder ao
lançamento do pagamento, ou seje, reconhecer 750.000 750.000
o cliente além do rédito (proveito)
3.- Exemplos.
Ao dia 5/11, a empresa Heriel (SU) Lda., vendeu 5.000 unidades de mercadoria ISPT ao cliente Sakuaku Lda, ao preço unitário de
150 kz, que seguiram de imediato para o cliente. Para o efeito foi emitada a Factura-Recibo (FR) n.º 199. A empresa Heriel (SU)
Lda cobrou (liquidou) o IVA na venda a taxa de 14%.

31.1.2.1 Clientes-correntes/Não grupo - Nacionais 61.3.1 Venda de Mercadorias - MN 43.1.1 Banco - MN

1 855.000 855.000 2 750.000 1 2 855.000

O IVA incide sobre a venda de 34.5.3.1 Iva Liquidado – Operações Gerais


bens(mercadorias) e prestação de serviços eno
caso das vendas e/ou prestação de serviços é 105.000 1
suportado pelo cliente

VL = pvu * qtd
VL = 150 * 5.000 = 750.000
Iva Liquidado = VL * Taxa
Iva Liquidado = 750.000 * 14% = 105.000
Total da Factura-recibo para o clientes = VL + Iva
= 750.000 + 105.000 = 855.000
3.- Exemplos.
A empresa Sakuaku Comercial Lda, com capital realizado no valor de 500.000
kz dedica-se ao Comércio Geral e Prestação de Serviços. Durante o mês de
Outubro realizou as seguintes operações:
Dia 1) Factura n.º 16 emitida ao cliente SPCLAA pela venda de:
20 embalagens de água mineral pura, pvu 1.220kz mais iva de 7%
15 unidade de guardanapos suave, pvu 550kz mais iva de 14%
Dia 5) Recibo n.º 4, emitido ao cliente SPCLAA por este ter pago 85% da
Factura n.º16
Dia 10) Factura nº 18 emitida pelo fornecedor CAIA pela aquisição de:
100 sacos de arroz com iva incluído a taxa de 7%. Pvu. 10.230kz
12 caixas de leite moça pvu 8.300kz mais iva de 14%
Dia 15) Factura-recibo n.º 70 emitida ao cliente Tchaty no valor de
1.500.000kz pela prestação de serviços (iva incluído)
Dia 20) Foi pago 90% da Factura n.º 18
Dia 24) Foram liquidadas as seguintes facturas:
 FT nº 3 Epal no valor de 18.400kz com iva incluído a taxa de 14%
 FT nº 4 Ende no valor de 22.148kz com iva incluído a taxa de 14%
 Comunicação – 12.500kz mais iva a taxa de 14%

Trabalho
1.- Contabilize as operações no razão.
2.- Elabore o balancete de verificação.
Titulação de dívidas – Letras a receber
O crédito constitui um elemento fundamental ao desenvolvimento das relações comerciais. Acontece, porém, que
nem sempre o devedor (comprador - cliente) tem possibilidade de solver os seus compromissos financeiros no prazo
estipulado entre ele e o credor (vendedor – fornecedor). No entanto, para sanar esta dificuldade financeira existe a
possibilidade de o devedor aceitar uma – letra -, a qual permitindo-lhe alargar o prazo de pagamento, faculta ao
vendedor recebê-la antecipadamente através de uma instituição de crédito, mediante uma operação bancária,
designada por desconto.
A letra constitui, assim, um elemento importante de mobilização de créditos e constitui ainda um importante meio de
prova de existência de um crédito. Uma dívida titulada está, em princípio, mais garantida que uma dívida não
titulada.
A letra é um título ou instrumento de crédito à ordem e de circulação e, portanto, transmissível por endosso, sujeita a
certas formalidades, pelo qual uma pessoa (o sacador – normalmente o vendedor – fornecedor) ordena a uma outra (o
sacado – normalmente o comprador) que lhe pague a si ou a um terceiro (o tomador) determinada importância.
A letra faz parte dos títulos de créditos nominantivos – aqueles que só podem ser emitiditos com a intervenção do
devedor. A letra tem a função de transportar dinheiro no espaço e no tempo.
Uma dívida diz-se titulada quando há a emissão de um titulo de crédito sobre essa dívida, uma letra.
Titulação de dívidas
 Intervenientes da letra
Sacador: é o credor ou fornecedor, a entidade que emite a letra.
Sacado: é o devedor ou cliente, a entidade que tem a obrigação de pagar a letra.
Tomador (beneficiário): é a terceira pessoa, a favor de que quem o sacador ordena que se faça o pagamento.
Portador: é a entidade que representa a letra para aceite e/ou pagamento-
Endossante: a entidade que sendo, proprietária da letra também portoadora, transfere essa propriedade a outra
entidade, através do endosso.
Avalista: é a pessoa que se responsabiliza por algum ou alguns intervenientes, assumindo o compromissodo
pagamento se aqueles não o fizerem.
Saque: é a operação da emissão da letra pelo sacador/vendedor, em que está implicita a aposição da assinatura pelo
sacador/vendedor.
Aceite: é o compromisso assumido pelo sacado devedor (ou aceitante) de pagar a letra no vencimento, traduzido na
respectiva assinatura. É o reconhecimento da dívida pelo sacado.
titulação de dívidas – letras a receber
À data de 20/01, a empresa Sakuaku lda efectuou o saque nº 12 ao cliente Caia, Lda a 60 dias no valor de 300.000 kz.
O Cliente efectuou o p.agamento da letra no dia 20 de Março
31.01.02.01.01 Clientes-correntes 31.02.02.01.01 Clientes-títulos a receber 43.01.01 Depósitos à ordem/Moeda
Não grupo/nacionais - CAIA Não grupo/nacionais - CAIA Nacional /Banco x

Si) 300.000 kz 1) 300.000 kz 1) 300.000 kz 2) 300.000 kz 2) 300.000 kz

Si) 300.000 kz é a quantia em dívida sobre a qual incide a letra. Momento 1) 300.000 kz corresponde ao saque sobre o
cliente CAIA letra de 60 dias. Momento 2) 300.000 kz pagamento ao cliente.
No momento do saque a empresa Sakuaku deve efectuar a reclassificação da dívida dos clientes (31.1) para títulos a
receber (31.2). Como recebimento da letra, a empresa Sakuaku Lda desreconhece a dívida.
Portanto, a conta 31.2 Cliente – títulos a receber destina-se a registar as letras sacadas a clientes e por estes aceites. Esta
conta reflecte, portanto, em qualquer momento as dívidas de clientes que estejam representadas por títulos ainda não
vencidos quer estejam em carteira quer tenham sido descontados.
O valor das letras a constar no Balanço deverá dizer respeito às letras em carteira pelo que o respectivo
pagamentodeverá ser determinado a diferença entre o saldo desta conta e aconta clientes – títulos descontados (PGC)
Titulação de dívidas – Letras a receber
31.3 – Clientes – títulos descontados
É uma conta de natureza credora e destina-se a registar as letras descontadas. Na data de vencimento das letras, esta
conta deverá ser debita da seguinte forma:
Por contrapartida da conta clientes – títulos a receber, caso na data de vencimento a letra não seja devolvida por falta
de pagamento. Isto é, a letra foi devolvida pelo cliente ao banco, pois a responsabilidade que o cliente tinha para
conosco e que nós tinhamos com o banco deixou de existir.
Por contrapartida da conta bancária onde o desconto haja sido feito, caso na data do vencimento, a letra seja
devolvida por falta de pagamento. Em simultâneo deverá ser efectuada a transferência da letra reflectida em cliente –
títulos a receber para conta cliente – correntes.
Após o saque da letra, a entidade descontou a letra no banco, o que resulta em encargos banc´´arios. Estes
encargos bancários inicialmente são reconhecidos como custos da entidade, como neste caso são da responsabilidade
do cliente devem posteriormente ser desreconhecidos e debitados ao cliente.
Quando as letras são decontadas, o registo na contabilidade é feito através do crédito na conta 31.3 – clientes –
títulos descontados, fazendo na prática com que a entidade deixe de ter o activo, isso fica com débito da conta 31.2 e
um crédito de igual valor na conta 31.3 Clientes – títulos descontados.
Titulação de dívidas – títulos descontados
À data de 20/01, a empresa Sakuaku, lda (entidade sacadora da letra) efectuou o saque nº 15 ao cliente Caia, lda (entidade sacado da
letra) a 60 dias, no valor de 500.000 kz. No dia 25/01 a sacadora efectuou desconto desta letra no Banco Bic, tendo sido depositado
na sua conta a quantia de 491.118 kz sendo a diferença referente aos encargos ao desconto (juros e outras despesas relacionadas).
Em 30/01 a entidade sacadora da letra, no caso a empresa Sakuaku, Lda emite uma Nota de Débito nº156 sobre a entidade sacado, no
caso CAIA, lda relativa aos encargos dos descontos.
Para resolução desta operação deve-se primeiro reclassificar a dívida pelo saque que foi efectuado ao cliente (sacado).
Posteriormente procede-se ao desconto da letra pelo banco.

31.01.02.01.01 Clientes-correntes 31.02.02.01.01 Clientes-títulos a receber 31.03.02.01.01 Clientes-títulos descontados


Não grupo/nacionais - CAIA Não grupo/nacionais - CAIA Não grupo/nacionais - CAIA

Si) 500.000 kz 1) 500.000 kz 1) 500.000 kz 2) 500.000 kz


3) 8.882 kz

76.14 Custos e Perdas Financeiros 43.01.01 Depósitos à ordem/Moeda


Gerias/Juros/Descontos de Títulos Nacional /Banco x
2) 8.882 kz 3) 8.882 kz 2) 491.118 kz kz
Exemplos
O cliente CAIA tinha uma dívida de um milhão e aceitou uma letra a 30 dias que foi sacada pela empresa. No dia
seguinte, esta letra foi descontada no banco BAI e a conta bancária creditada apenas por 990.000 kz, a diferença
refere-se a encargos bancários.
Proceda a contabilização da respectiva operação.
1º) Pela reclassificação da dívida – emissão da letra

31.01.02.01.01 Clientes-correntes 31.02.02.01.01 Clientes-títulos a receber


Não grupo/nacionais - CAIA Não grupo/nacionais - CAIA
Si) 1.000.000 kz 1) 1.000.000 kz 1) 1.000.000 kz

2º) Pelo desconto da letra pelo banco BAI


43.01.01 Depósitos à ordem/Moeda 76.14 Custos e Perdas Financeiros 31.03.02.01.01 Clientes-títulos descontados
Nacional /Banco x Gerias/Juros/Descontos de Títulos Não grupo/nacionais - CAIA
2) 990.000 kz 2) 10.000 kz 2) 1.000.000 kz
Exemplos
3º) Pelo débito dos encargos bancários ao cliente – emissão da nota de débito.
31.01.02.01.01 Clientes-correntes 76.14 Custos e Perdas Financeiros
Não grupo/nacionais - CAIA Gerais/Juros/Descontos de Títulos
Si) 1.000.000 kz 2) 10.000 kz 3) 10.000 kz
3) 10.000 kz

4º) Caso a letra fosse paga pelo CAIA (é o cliente – o aceitante) na data do vencimento, teríamos
31.02.02.01.01 Clientes-títulos a receber 31.03.02.01.01 Clientes-títulos descontados
Não grupo/nacionais - CAIA Não grupo/nacionais - CAIA

Si) 1.000.000 kz 4) 1.000.000 kz 4) 1.000.000 kz Si) 1.000.000 kz


31.02.02.01.01 Clientes-títulos a receber
Não grupo/nacionais - CAIA
5º) Caso a letra fosse devolvida na data do vencimento, teríamos:
Si) 1.000.000 kz 5) 1.000.000 kz
31.03.02.01.01 Clientes-títulos descontados 43.01.01 Depósitos à ordem/Moeda
Não grupo/nacionais - CAIA Nacional /Banco x
5) 1.000.000 kz Si) 1.000.000 kz 5) 1.000.000 kz 31.01.02.01.01 Clientes-correntes
Não grupo/nacionais - CAIA
5) 1.000.000 kz
Exemplos
À data de 20/01, a empresa Sakuaku, lda (entidade sacadora da letra) efectuou o saque nº 20 ao cliente Caia, lda
(entidade sacado da letra) a 60 dias, no valor de 550.000 kz. No dia 25/01 a sacadora efectuou desconto desta letra no
Banco Bic, tendo sido depositado na sua conta a quantia de 461.108 kz sendo a diferença referente aos encargos ao
desconto (juros e outras despesas relacionadas).
Em 30/01 a entidade sacadora da letra, no caso a empresa Sakuaku, Lda emite uma Nota de Débito nº16 sobre a
entidade sacado, no caso CAIA, lda relativa aos encargos dos descontos.
Exercícios (1)
O cliente CAIA, Lda, pela dívida que tinha em relação ao fornecedor Sakukaku, Lda, referente a uma venda de
mercadoria, aceitou uma letra que visava a titulação parcial da dívida, cujo montante era de 5.000 kz, nas seguintes
condições:
 Valor nominal da letra (Vo) --- 2.500 kz
 Data de vencimento ------- a 90 dias
 Taxa de juro ------------------ 12%
 Comissão de cobrança ----- 5 ‰
 Imposto de selo ............... 4%
 Portes ............................. 1,5 kz
Seguidamente a letra foi descontada no banco BAI.
Calcule:
a) O valor do Desconto Bancário (Vo – V líquido)
b) O Valor Líquido da operação (VL)
c) Contabilize a operação sendo os encargos bancários por conta da empresa Sakuaku Lda.
Exercícios (1) - resolução
Juros = (2.500,00 x 12% x 92)/365; Juros = 75,62 kz; Comissão de Cobrança (CC) = 2.500,00 x 5‰
CC = 12,50 Kz; Imposto de Selo (IS) = 4% (75,62 kz + 12,50 Kz); IS = 3,52 kz;

Desconto Bancário (Db) = Juros + CC + IS + Porte


Db = 75,62 + 12,50 + 3,52 + 1,50
Db = 93,14

Valor Líquido do Desconto (VLD) = V0 – Db


VLD = 2.500 – 93,14
VLD = 2.406,86
31.01.02.01.01 Clientes-correntes 31.02.02.01.01 Clientes-títulos a receber 31.03.02.01.01 Clientes-títulos descontados
Não grupo/nacionais - CAIA Não grupo/nacionais - CAIA Não grupo/nacionais - CAIA
Si) 5.000 kz 2.500 kz 2.500 kz 2.500 kz

76.7.1 Custos e Perdas Financeiros 76.1.4 Custos e Perdas Financeiros 43.01.01 Depósitos à ordem/Moeda
Gerais/Serviços bancários Gerais/Juros/Descontos de Títulos Nacional /Banco x

17,52 kz 75,62 kz 2.406,86 kz


Exercícios (2)
A conta do Cliente SPCLAA, Lda, em 30/09/2021, apresentava um saldo 1.000.000 kz. Como estava com
algumas dificuldades de tesouraria, aceitou uma letra por metade da sua dívida, com vencimento a 60 dias da
data. Este título de crédito foi descontado de imediato no Banco Bic, nas seguintes condições:
 Taxa de juro ------------------ 12,50%
 Comissão de cobrança ----- 5 ‰
 Imposto de selo ............... 4%
 Portes ............................. 1,5 kz
Calcule:
a) O valor do Desconto Bancário (Vo – V líquido)
b) O Valor Líquido da operação (VL)
c) Contabilize a operação sendo os encargos bancários por conta da empresa Sakuaku Lda.
Exercícios (3)
A empresa Sakuaku, Lda , emitiu a FT nº 1/n a Heriel (SU) Lda., a 90 dias, relativa ao fornecimento de 100 unidades do
produto ISPT, ao preço unitário de 500 kz. Passando dias a empresa Heriel (SU), Lda., liquida em 10% do seu débito e aceita
uma letra pelo restante da dívida a 92 dias da data (saque nº 1/n). Sobre o valor pago é-lhe concedido um desconto de 2%.
- foi descontado no Bai o saque 1/n, nas se guintes condições:
 Taxa de juro ------------------ 18,75%
 Comissão de cobrança ----- 0,2 %
 Imposto de selo ............... 4%
 Portes ............................. 54 kz
Foi emitida a Nota de Débito nº n.º 1/n a Heriel (SU), Lda, relativa aos encargos do desconto
Calcule:
a) O valor do Desconto Bancário (Vo – V líquido)
b) O Valor Líquido da operação (VL)
c) Contabilize a operação sendo os encargos bancários por conta da empresa Sakuaku Lda.
Exercícios (3)
Juros = (45.000x18,75x94)/365; Juros = 2.172,95 kz; Comissão de Cobrança (CC) = 45.000 x 0,2%
CC = 90,00 kz; Imposto de Selo (IS) = 4% (2.172,95 + 90,00); IS = 90,52 kz;

Desconto Bancário (Db) = Juros + CC + IS + Porte


Db = 2.172,95 + 90,00 + 90,52 + 54,00
Db = 2.407,47
31.03.02.01.01 Clientes-títulos descontados
Valor Líquido do Desconto (VLD) = V0 – Db Não grupo/nacionais - CAIA
VLD = 45.000,00 – 2.407,47 45.000 kz 45.000 kz (2
VLD = 42.592,53
31.01.02.01.01 Clientes-correntes 31.02.02.01.01 Clientes-títulos a receber
Não grupo/nacionais - CAIA Não grupo/nacionais - CAIA 43.01.01 Depósitos à ordem/Moeda
Nacional /Banco x
Si) 50.000 kz 45.000 kz (1 1) 45.000 kz 45.000 kz
ND n.º 1) 2.407,47 kz (3 5.000 kz (1 2) 42.592,53 kz
1) 4.900,00 kz

76.7.1 Custos e Perdas Financeiros 76.1.4 Custos e Perdas Financeiros 76.03.01 CPFG-DPPC
Gerais/Serviços bancários Gerais/Juros/Descontos de Títulos

2) 234,52 kz 234,52 kz (ND n.º 1 (3 2) 2.172,95 kz 2.172,95 kz (ND n.º 1 (3 1) 100,00 kz


Adiantamento de Clientes (31.9.1)
Existem situações em que o fornecedor exige do cliente entregas antecipadas para a produção e venda dos bens ou para a
prestação dos serviços encomendados. Os adiantamentos constituem, aliás, uma prática normal quando se produz
mediante encomenda.
Os adiantamentos são classificados tendo em conta a sua natureza monetária, não monetária e ainda o seu destino. São
contas monetárias ou financeiras todas aquelas que já estão expressas em unidades monetárias, no caso do dinheiro, os
direitos ou obrigações de receber e pagar dinheiro. Todos os restantes direitos e obrigações são não monetários, mas
representam-se em dinheiro, dado serem quantificados ou medidos através de unidades monetárias.
No caso de um adiantamento de um cliente, o mesmo pode ser monetário e não monetário. É monetário se os bens a
que respeita o adiantamento tiverem sido transaccionados sem preço fixado. Caso contrário, se o preço for fixado, então
o adiantamento é não monetário.
Esta conta é de natureza credora e regista as entregas feitas à empresa relativas a fornecimentos a efectuar a terceiros,
cujo preço não esteja previamente fixado. Aquando da emissão da factura, estas verbas serão transferidas para as
respectivas contas na rubrica – Clientes – correntes (31.1.2.1).
Na contabilização dos adiantamentos de clientes, consideramos as seguintes contas:
31.1.2.1 – Clientes-correntes, respeita aos adiantamentos monetários e regista a responsabilidade decorrente das entregas
feitas à empresa relativas a futuros fornecimentos de bens ou prestação de serviços, cujo preço não esteja previamente
fixado.
Adiantamento de Clientes (31.9.1)
37.8 – Outros valores a receber e a pagar - adiantamento de clientes com preço fixado, é uttilizada quando o preço dos
bens ou serviço a fornecer se encontra fixado.

Contabilização 43.01.01 Depósitos à ordem/Moeda


31.09.01 Clientes/adiantamentos
1 – Pelo adiantamento Nacional /Banco x

X X

31.01.02.01.01 Clientes-correntes
2 – Pela anulação do adiantamento Não grupo/nacionais - CAIA 31.09.01 Clientes/adiantamentos

X X

31.01.02.01.01 Clientes-correntes 61.03.01 – Vendas de Mercadorias


3 – Pela emissão da Factura Não grupo/nacionais - CAIA 62.01.01 – Prestação de serviços

X X
Exemplos – adiantamentos de clientes
A empresa Sakuaku Lda recebeu um adiantamento do cliente CAIA lda no valor de 5.000.000 kz com iva incluído de
14%. Passado 20 dias foi emitida uma Factura refrente à venda das mercadorias no valor de 5.000.000 kz.
Resolução: (1) - Contabilização do adiantamento:
31.09.01 – Clientes – Saldos credores – 34.05.03.01 – Estado – Iva Liquidado –
45.01 - Caixa adiantamentos - CAIA Operações Gerais

5.000.000,00 4.385.964,91 4.385.964,91 614.035,09

(2) – pela emissão da Factura referente a venda:


61.03.01 34.05.03.01 – Estado – Iva Liquidado –
31.01.02.01 Cliente c/c - CAIA Vendas de Mercadorias - MN Operações Gerais
5.000.000,00 5.000.000,00 4.385.964,91 614.035,09

(3) Regularização do adiantamento:


34.05.04.01 – Estado – Iva Regula. a favor da
empresa
614.035,09
Exemplos – adiantamentos de clientes
À data de 15 de Setembro a empresa Sakuku Lda recebeu do cliente CAIA Lda um montante de 150.000,00 como
adiantamento para a compra de 3 computadores. No dia 5 de Dezembro a empresa Sakuaku Lda fornceu os
computadores tendo sido emitida a factura n.º 01009 pela quantia de 375.000,00. Iva incluído de 14%

Resolução:
Obs – na resolução destes exercícios é preciso primeiro identificar a natureza do adiantamento procurando saber se o mesmo é com
preço fixado ou não. Neste caso estamos diante de um Adiantamento Sem Preço Fixado (ASPF).
Contabilização:
31.09.01 – Clientes – Saldos credores – 34.05.03.01 – Estado – Iva Liquidado –
45.01 - Caixa adiantamentos - CAIA Operações Gerais

(1) 150.000,00 131.578,95 (3) 131.578,95 (1) 18.421,05 (1)

61.03.01
31.01.02.01 Cliente c/c - CAIA Vendas de Mercadorias - MN

(2) 375.000,00 150.000,00 (3) 328.947,37 (2)

34.05.04.01 – Estado – Iva Regula. a favor da


empresa
18.421,05 (3)
Exemplos – adiantamentos de clientes
O total do adintamento é reconhecido na conta (31.09.01) uma vez que esse é efectuado sem preço fixado. A pós o
reconhecimento da dívida e do rédito da venda das mercadorias (quando a entidade entregar o documento comprovativo
da transacção), há que desreconhecer o adiantamento de clientes e transferí-lo para a respectiva conta corrente.
Adiantamento Com preço Fixado (ACPF)
À data de 21/10/n o cliente CAIA Lda solicitou uma encomenda a Sakuaku Lda de 2.000 unidades de mercadoria ISPT
ao pvu de 75,00kz. Tendo a Sakuku lda confirmado a encomenda, o cliente efectuou o adiantamento de 60.000,00 kz.
Aos 25/11/n foi realizada a venda pelo pvu acordado de 75,00kz, sendo o total da Factura de 150.000,00kz.
Resolução:
Obs – na resolução destes exercícios é preciso primeiro identificar a natureza do adiantamento procurando saber se o
mesmo é com preço fixado ou não. Neste caso estamos diante de um Adiantamento Com Preço Fixado (ACPF).
Contabilização:
37.08/09 - OVRP –
Adiantamentos de Clientes – 61.03.01
preço Fixado- CAIA 31.01.02.01 Cliente c/c - CAIA Vendas de Mercadorias - MN
45.01 - Caixa (3) 60.000,00 60.000,00 (1) (2) 150.000,00 (3) 60.000,00 150.000,00 (2)
(1) 60.000,00
Exemplos – adiantamentos de clientes
Após o registo da factura do fornecedor (reconhecimento do activo e do rédito pela venda de mercadorias), há que
desreconhecer o adiantamento de clientes e transferí-lo para respectiva conta. Quando no adiantamento o preço está
fixado´sugere-se o uso da conta 37 – Outros Valores a Pagar e a Receber, por exemplo a conta 37.8 - Adiantamentos de
clientes com preço fixado ou uma subconta 37.09. caso o adiantamento fosse sem preço fixado seria registado na conta
31.09.01.

CLIENTES – SALDOS CREDORES - MATERIAL À CONSIGNAÇÃO (31.9.3)

Esta conta, de natureza credora, é criada por contrapartida da respectiva conta de clientes – correntes e regista o valor
dos bens enviados à consignação para os clientes. Esta conta será saldada da seguinte forma:
1. por contrapartida da respectiva de vendas, na data em que os bens tenham sido vendidos deixando, portanto, de
estar à consignação.
2. Por contrapartida da respectiva conta clientes – correntes, em caso de devolução dos bens por não terem sido
vendidos.
Vendas à consignação
As vendas à consignação compreende as mercadorias que pertecem a empresa mas que se encontram em poder ou à
guarda de terceiros. Neste caso é correcto afirmar que as mercadorias saíram em regime de consignação.
O regime de consignação ou venda de mercadorias à consignação consiste na entrega temporária de existências
(mercadorias) a um intermediário chamado de consignatário ou comissário que irá vender as mercadorias a favor do
consignante ou comitente. Neste caso o consignatário terá uma remuneração chamada de comissão.

Consignante (dono da mercadoria) Consignatário (intermediário) Cliente a quem é vendida a


Comitente Comissário mercadoria

Vende a mercadoria ao cliente.


O intermediário recebe a Recebe do consignante uma
mercadoria do consignante para remuneração por cada
vender mercadoria vendida, chamada de
Nas vendas à consignação o rédito só deve ser reconhecido comissão
após a venda ter sido efectuada pelo consignatário
(comissário) a uma terceira entidade.
Vendas à consignação
De um ponto de vista contabilísitco, o simples envioo de mercadorias ou produtos à consignação não é mais do que uma
tranferência entre o armazém do comitente e do comissário, não existindo qualquer transferência de riscos e
recompensas. Embora os bens estejam a guarda do comissário, continuam propriedade do consignante/comitente,
cabendo ao comissário/consignatário velar ou zelar pelo bom estado dos mesmos, promover a sua venda e devolver os
que não consiga vender. Quanto as implicações fiscais em sede de iva consultar alínea d) do n.º 3 do Artigo 5.º segundo
o artigo em apreço, os bens ou mercadorias enviados à consignação são considerados vendidos se nã forem devolvidos
dentro do prazo de 180 dias, contados a partir da data entregue ao consignatário. De acordo com o referido, o
consiggnatário só se torna devedor pelas vendas que efectua, sendo a facturação do comitente emitida mediante contas
apresentadas pelo consignatário. Para que todas as transacções possam ser contabilizadas no período a que respeitam, é
indispensável que o consignatário preste contas no final de cada mês. O valor dos inventários em seu poder deve ser
divulgado no Anexo.
Sendo as mercadorias ou produtos facturados ao consignatário, quaisquer comissões ou descontos e abatimentos devem
ser contabilizadas como reduções do rédito. As consignações podem ser: conta própria ou de conta alheia conforme
respeitem ao comitente ou ao consignatário.
Tratando-se de vendas efectuadas por um repesentante ou agente, a facturação é normalmente emitida pela empresa
directamente para o cliente angariado. A remuneração do agente, traduz-se numa comissão acordada, a qual deve ser
contabilizada no mesmo período em que é reconhecido o rédito, independentemente do momento em que a empresa
deva ser paga.
Vendas à consignação
Tais comissões são contabilizadas a débito na conta 75.2.31 – Comissões e intermediários por crédito da conta 37 –
OVRP procurando uma conta específica quer seja, consultores, assessores e intermediários ou 37 OVRP devedores e
credores por acréscimos nos casos em que as comissões se encontrem ou não suportadas por documento vinculativo.

Exemplo sobre vendas à consignação


Nossa guia de remessa n.º 0012 referente, a mercadoria enviada à consignação ao cliente CAIA no valor de
1.500.000,00
Resoluça – contabilização.
31.09.03 Cliente c/c – CAIA – 61.03.01 Vendas de Mercadorias
31.01.02.01 Cliente c/c - CAIA Material á consignação Mercado Nacional
(1) 1.500.000,00 1.500.000,00 (3) (2) 1.500.000,00 1.500.000,00 (1) 1.500.000,00 (2)

43.01.01 Banco MN
(3) 1.500.000,00
(1) – Registo referente ao envio da mercadoria à consignação
(2) - Registo do rédito referente a venda da mercadoria
(3) - Registo do recebimento da venda
Exemplos sobre vendas à consignação
 envio à consignação e posterior factura definitiva.
No dia 1.02.2022 empresa Sakuaku (SU) Lda., tinha em existências 200 unidades de mercadoria ABC valorizadas ao
preço unitário de 15.000,00 kz e enviou à consignação ao cliente CAIA, Lda., 120 unidades dessa mercadoria. Esta
mercadoria tem um preço de venda de 27.500,00 kz. Em 5.02.2022, o cliente CAIA Lda., devolveu 70 unidades, sendo
nesta data facturado (vendidas) as 50 unidades não devolvidas.
Resolução.
31.09.03 Cliente c/c – CAIA –
26.01 – Mercadoria - ABC 31.01.02.01 Cliente c/c - CAIA Material á consignação
(0) 3.000.000,00 (1a) 1.800.000,00 (1b) 3.300.000,00 1.925.000,00 (2) (2) 3.300.000,00 3.300.000,00 (1b)
(3) 1.050.000,00

26.09 – Mercadoria – ABC em poder 61.03.01 Vendas de Mercadorias


71.X CMVMC
de terceiros Mercado Nacional
1.375.000,00 (2) (3) 750.000,00
(1a) 1.800.000,00 1.800.000,00 (3)

(0) – Registo do Saldo Inicial das existências em 1.02.2022


(1a) – Registo do valor (custo) transferido das mercadorias para poder de terceiros
(1b) – Registo dos valores das mercadorias enviadas à consignação (ao preço de venda)
(2) – Registo da venda de mercadoria em poder de terceiros.
(3) – Registo do custo das mercadorias vendidas que estavam em poder de terceiros e devolução da mercadoria.
Diferenças cambiais em clientes
As diferenças de câmbio, quer favoráveis ou desfavoráveis, devem ser reconhecidas no período em que surjam relativas
a:
1. Recebimentos de elementos monetários.
2. Relato de elementos monetários a taxas diferentes das usadas:
a) No momento do reconhecimento inicial, ou
b) Na data de relato do período anterior.

Salienta-se a obrigatoriedade do relato ser efectuado na moeda nacional como prescreve o ponto 7.2.1 das Políticas
Contabilísticas (Transacções em moeda estrangeira), conjugado com os pontos 6.4.7 e 6.5.4 das Políticas Contabilísticas
(Diferenças de câmbio favoráveis e desfavoráveis) que referem a obrigatoriedade de reflectir na demonstração de
resultados as diferenças de câmbio no periodo em que surjam, aquando do pagamento da dívida e/ou à data do relato
serão registadas essas diferenças se as taxas praticadas forem diferentes da utilizada no reconhecimento inicial.
Diferenças cambiais em clientes

 Transacções em moeda estrangeira – são as transacções que são estabelecidas ou exijam pagamentos em moedas
estrangeiras.
 Moeda estrangeira – é a moeda que não seja moeda usada na apresentação das Demonstrações financeiras (Df´s).
 Moeda de relato – é a moeda usada na apresentação das Demonstrações financeiras.
 Taxa de câmbio – é a taxa/rácio de troca de duas moedas.
 Diferença de câmbio – é a diferença que resulta do facto de ser relatado mesmo número de unidades de moeda
estrangeira, na moeda de relato, a diferentes taxas de câmbio.
 Taxa de fecho – é a troca à vista à data de Balanço.
 Activos monetários – constituem o dinheiro detido e os activos a serem recebidos em quantias de dinheiro.
 Passivos monetários – são os passivos a serem pagos em quantias de dinheiro.
 Justo valor – é a quantia pela qual um activo pode ser trocado, ou um passivo ser pago, entre partes conhecedoras e
interessadas numa transacção ao seu alcance.
 Valorimetria – é o processo de determinação da quantia pela qual as operações e outros acontecimentos devem ser
reconhecidas e inscritas no balançoe na demonstração de resultados.
 Bases de valorimetria globais – são procedimentos a usar em graus diferentes e em variadas combinações para
efectuar as valorimetria específicas.
Diferença cambial à data de relato – venda em USD
A empresa Sakuaku Lda, cuja actividade incide sobre o comércio a retalho de sabonetes, mantém estreitas relações
comerciais com algumas entidades pertencentes ao mercado norte americano. No final do mês de outubro a Sakuaku
lda., recebeu um encomenda do seu cliente Wi Ltd para 20.000 unidades do seu sabonete de marca Cleaner, que é
vendido ao preço unitário de usd 2,00. Em 15 de Novembro foi emitida a Factura nº 786 referente à venda efectuada. À
data de relato (31 de Dezembro) estas dívidas persistiam nas contas da entidade Sakuaku, Lda.
Os câmbios nas datas referidas eram os seguintes (ótica do banco):

Datas Câmbio da compra Câmbio da venda


15 de Novembro 0,0104 0,0103
31 de Dezembro 0,0103 0,0102

a) Proceda de acordo com os factos apresentados.


b) Admita que à data de relato os dados quanto ao câmbio fossem os seguintes:

Datas Câmbio da compra Câmbio da venda


31 de Dezembro 0,0105 0,0106
Diferença cambial à data de relato – venda em USD
Resolução:
1º) Converter a Moeda Estrangeira (USD) em Moeda Nacional (AOA), usando o câmbio da compra e proceder ao
registo inicial (reconhecimento da dívida e do rédito), isto em 15 de Novembro, como se segue:
Valor da dívida em ME (usd) = 20.000 unidades x 2,00 usd = 40.000,00 usd
Valor da dívida em MN (AOA) = 40.000,00 usd x 1,00 AOA / 0,0104 = 3.846.153,85 AOA
Se: 0,0104 usd ------ 1,00 AOA
40.000,00 usd ---- ? AOA , isto será: 0,0104 usd x ? AOA = 40.000,00 usd x 1,00 AOA
? AOA = 40.000,00 usd x 1,00 AOA / 0,0104 usd
? AOA = 3.846.153,85 AOA
Em 15 de Novembro, data em que é emitida a Factura nº 786 referente a venda efectuada o valor da dívida em Moeda
Nacional (AOA) à ser reconhecido é de 3.846.153,85 AOA

31.01.02.02 Cliente c/c não 61.03.02


grupo - estrangeiros Vendas de Mercadorias - ME

3.846.153,85 3.846.153,85
Diferença cambial à data de relato – venda em USD

2º) Efectuar o registo à data do relato, 31 de Dezembro, convertendo a Moeda Estrangeira (USD) em Moeda Nacional
(AOA), usando o câmbio da compra na data do relato, verificar e registar/reconhecer as diferenças cambiais, como se
segue:
Valor da dívida em ME (usd) = 20.000 unidades x 2,00 usd = 40.000,00 usd
Valor da dívida em MN (AOA) = 40.000,00 usd x 1,00 AOA / 0,0103 = 3.883.495,15 AOA
Se: 0,0103 usd ------ 1,00 AOA
40.000,00 usd ---- ? AOA , isto será: 0,0104 usd x ? AOA = 40.000,00 usd x 1,00 AOA
? AOA = 40.000,00 usd x 1,00 AOA / 0,0103 usd
? AOA = 3.883.495,15 AOA

Data Câmbio compra Moeda Estrangeira (USD) Moeda Nacional (AOA) Situação
15 Novembro 0,0104 40.000,00 3.846.153,85 Registo inicial
31 Dezembro 0,0103 40.000,00 3.883.495,15 Registo à data do relato ou fecho
Diferença (37.341,30) Diferença de câmbio favorável não realizada
Diferença cambial à data de relato – venda em USD

31.01.02.02 Cliente c/c não 61.03.02 66.02.02 PGFG – Diferença de


grupo - estrangeiros Vendas de Mercadorias - ME câmbio favoráveis/não realizadas
Si) 3.846.153,85 3.846.153,85 (Si 37.341,30
37.341,30

a) Admita que à data de relato os dados quanto ao câmbio fossem os seguintes:


Datas Câmbio da compra Câmbio da venda
31 de Dezembro 0,0105 0,0106

Data Câmbio compra Moeda Estrangeira (USD) Moeda Nacional (AOA) Situação
15 Novembro 0,0104 40.000,00 3.846.153,85 Registo inicial
31 Dezembro 0,0105 40.000,00 3.809.523,81 Registo à data do relato ou fecho
Diferença 36.630,04 Diferença de câmbio desfavorável não realizada

31.01.02.02 Cliente c/c não 61.03.02 76.02.02 PGFG – Diferença de


grupo - estrangeiros Vendas de Mercadorias - ME câmbio favoráveis/não realizadas
Si) 3.846.153,85 36.630,04 3.846.153,85 (Si 36.630,04
Diferença cambial à data de relato – venda em USD
Note que as taxas de câmbio são apresentadas na ótica do banco, logo há que verificar qual a operação que este irá
realizar (compra ou venda de moeda) para aplicar a respectiva taxa cambial. Na medida em que a transacção é realizada
na moeda estrangeira, verifica-se que no momento da liquidação da dívida do cliente irá pagar nessa moeda, o que
significa que a entidade irá ao banco vendê-la. A entidade está a comprar moeda estrangeira e uma vez que os câmbios
estão apresentados na ótica do banco, então deve ser escolhido o câmbio da compra para efectuar os cálculos.
A empresa Sakuaku, Lda., tem nas suas contas a 31 de Dezembro um activo monetário resultante de uma venda
efectuada e facturada em moeda estrangeira. Depois de constatar que a taxa de câmbio actual difere da praticada no
reconhecimento inicial do activo, deve a Sakuaku, Lda., proceder ao lançamento da respetiva diferença, de modo a que a
valorimetria do mesmo seja adequadamente registada n a moeda nacional.
Implicações fiscais – para que as diferenças de câmbio sejam aceites como custos fiscais, principalmente as diferenças
de câmbio desfavoráveis (que são custos), deverá haver a preocupação da entidade em ter a evidência dessas
diferenças de câmbio, nomeadamente, os documentos que lhe deram origem e os extractos das taxas de câmbios
fornecidos pelo banco central à data da compra, de relato e do pagamento.
Diferença cambial na liquidação da dívida – dívida em euros
A entidade Heriel (SU) Lda vendeu em 15/01/n a um cliente em Lisboa (Portugal) diversa mercadoria no valor de
20.000 euros. Em 20/02/n recebeu o pagamento.
Os câmbios nas datas referidas eram os seguintes (ótica do banco):
Datas Câmbio da compra Câmbio da venda
15 de Janeiro 0,0078 0,0077
20 de Fevereiro 0,0076 0,0075

a) Proceda de acordo com os factos apresentados:

Resolução:
Na resolução deste caso estamos perante uma transacção em moeda estrangeira, pelo que a problemática incide sobre o
reconhecimento inicial e eventuais diferenças à data da liquidação da dívida pela entidade de Lisboa.

Data Câmbio compra Moeda Estrangeira (USD) Moeda Nacional (AOA) Situação
15 Janeiro 0,0078 20.000,00 2.564.102,56 Registo inicial
20 Fevereiro 0,0076 20.000,00 2.631.578,95 Registo à data da liquidação/pagamento
Diferença 67.476,39 Diferença de câmbio favorável realizada
Diferença cambial na liquidação da dívida – dívida em euros
43.01.01
31.01.02.02 Cliente c/c não 61.03.02 Depósitos à ordem/Moeda Nacional 66.02.02 PGFG – Diferença de
grupo - estrangeiros Vendas de Mercadorias - ME /Banco x câmbio favoráveis realizadas
(1) 2.564.102,56 2.564.102,56 (2) 2.564.102,56 (1) (2) 2.631.578,95 67.476,39 (2)

(1) – Reconhecimento da venda


(2) - Pagamento da dívida do cliente e reconhecimento da diferença cambial
As transacções em moeda estrangeira devem ser valorizadas na moeda de relato. No momento do reconhecimento
inicial, as transacções em moeda estrangeira são valorizadas na moeda de relato determinada pela aplicação, à quantia de
moeda estrangeira, da taxa de câmbio entre a moeda estrangeira e a moeda de relato à data da transacção.
Na data de relato, as transacções em moeda estrangeira são valorizadas na moeda de relato da seguinte forma:
 Pelo valor histórico – valorização do reconhecimento inicial, no caso de activos monetários em que o câmbio tenha
sido previamente fixado.
 Pelo valor histórico - valorização do reconhecimento inicial, no caso de activos não monetários aos quais, na data do
reconhecimento inicial, tenha sido atribuído um justo valor em moeda estrangeira.
 Pela taxa de fecho determinada pela aplicação, à quantia da moeda estrangeira, da taxa de câmbio entre a moeda
estrangeira e a moeda de relato no caso de activos monetários em que o câmbio não tenha sido previamente fixado.
Diferenças cambiais
O mercado cambial é um mecanismo que relaciona a procura e a oferta de várias moedas (divisas) e que concorre para a
formação do preço de equilíbrio (taxa de câmbio). A taxa de câmbio é o rácio de troca de duas moedas. Nos mercados
cambiais pode recorrer-se aos seguintes métodos:
 Cotação ao certo: a taxa de câmbio representa o número de unidades de moeda estrangeira necessárias para comprar
uma unidade de moeda nacional. Quantos dólares ou euros são necessários para comprar 1kz?
Exemplo: AOA/USD = 0,0104, significa que para comprar1 kz são necessários 0,0104 dólares.
 Cotação ao incerto: a taxa de câmbio representa o número de unidades nacional necessárias para comprar uma
unidade de moeda estrangeira. Quantos kwanzas são necessários para comprar 1 dólar ou 1 euro?
Exemplo: USD/AOA = 0,0104, significa que para comprar 1 usd são necessários 0,0104 kwanzas.
CASO 1. – No dia 03/01/n, as cotações de câmbio (cotações ao certo) entre o kwanza e o dólar eram:
1.1 – Distinguir a cotação ao certo de cotação ao incerto

Compra Venda

AOA/USD 1,4125 1,4632


Diferenças cambiais
Resolução:
Cotação ao certo
No dia 03/01/n, o banco na compra de 1,00 kz, paga 1,4125 dólares e, se vender 1,00 kz recebe 1,4632 dólares. A
diferença apurada (1,4632 – 1,4125 = 0,0507 dólares é chamada de margem comercial ou SPREAD.
Cotação ao incerto
A cotação ao incerto (USD/AOA) seria:
Na venda: 1/1,4125 = 0,7079646 Compra Venda
Na compra: 1/1,4632 = 0,6834335 USD/AOA 0,7079646 0,6834335
Nas realções com o exterior, a quantia a registar contabilisticamente depende do modo como se calcula a taxa de
câmbio.
 Ao certo: Montnate em dólares / Taxa de câmbio
 Ao incerto: Montante em dólares x taxa de câmbio
Uma transacção em moeda estrangeira deve ser registada, no momento do reconhecimento em kwanzas, pela aplicação à
quantiade moeda estrangeira da taxa de câmbio entre as moedas estangeira à data da transacção e o kwanza. No final do
exercício, exceto se a taxa estiver contratualmente fixada, os itens monetários em moeda estrangeira devem ser
transportos pelo uso da taxa de fecho; e os itens não monetários que sejam mensurados em termos de custo histórico
numa moeda estrangeira devem ser transpostos pelo uso da taxa de c^mbio à data da transacção.
Diferenças cambiais
As diferenças de câmbio devem ser registadas ou reconhecidas nos resultados do período em que ocorrem.
CASO.- 2 A empresa Sakuaku, Lda possuia em caixa, a 31/12 de 2021, 54.000,00 USD, valorizados por 0,71228 cada
(cotação ao incerto). Possuía igualmente em depósitos à ordem 30.500,00 euros, valorizados por 0,6259 cada (cotação
ao incerto).
Taxas de câmbio (cotação ao incerto) à 31 de Dezembro de 2021

Compra Venda

USD 0,74327 0,7856

EUR 0,6139 0,6465

Direferenças de câmbio a 31/12/2021


USD: 54.000,00 x (0,74327 – 0,71228) = 1.673,46 kwanzas
EUR: 30.500,00 x (0,6139 - 0,6259) = - 366,00 Kwanzas
FORNECEDORES
Conta 32
32 FORNECEDORES
Esta rubrica destina-se a registar os movimentos com os vendedores de existências: mercadorias, matérias –primas, etc,
e de serviços agindo nessa qualidade, ainda que estes fornecedores sejam entidades como: sócios, pessoal, Estado e
Outros Entes Públicos (EOEP), etc. A conta 32, regista os movimentos com os vendedores de bens e serviços, com
excepção fornecedores de imobilizados (conta 37).
A conta 32, engloba todas as dívidas a pagar, resultantes da compra de bens e serviços utilizados ou consumidos pela
empresa no exercício da sua actividade corrente, ou seja, dívidas resultantes de transacções correntes.
Contabilisticamente, a conta 32 – Fornecedores é creditada pela sua extensão inicial e pelos aumentos das dívidas a
pagar e debitada pelas diminuições dastas últimas.
Esquematicamente, temos:

32 - fornecedores

 Pagamentos – liquidação  Saldo inicial


 Notas de crédito de fornecedores  Facturas de fornecedores
 Devoluções de compras  Notas de débitos de fornecedores
 Aceite de letras e outros títulos  Anulação de letras e outros títulos
 Anulação de adiantamentos
32 FORNECEDORES
O seu saldo é geralmente credor (excepcionalmente saldo devedor quando se tratar da conta 32.9 adiantamentos,
embalagens a devolver e material a consignação), sendo representado no passivo dentro da rubrica de dívidas a terceiros
(Contas a pagar). Poderá também ser registada no activo corrente (Contas a receber) ou no activo não corrente (Outros
activos não correntes) nas situações de saldos devedores, e em função da expectativa da regulariazão for inferior ou
superior a 1 ano. Pode ainda aparecer no “passivo não corrente” na rubrica “outros passivos não corrente”, nomeadamente
quando a expectativa do pagamento for num prazo superior a 1 ano.
Quanto a valorimetria (entende-se por valorimetria o processo de determinação da quantia pela qual as operações e
outros acontecimentos devem ser reconhecidos e inscritos no balanço e na demonstração de resultados), os fornecedores
na sua valorimetria inicial são, regra geral, valorizadas ao custo histórico (valor original de entrada no património de uma
transacção ou acontecimento ...).
Descontos comerciais e financeiros
Os descontos comerciais fora da factura (abatimentos de qualidade ou de atraso na entrega) são incluidos numa nota de
crédito emitida pelo fornecedor e considerado como diminuições em compras, pelo que se credita a conta 21.8 –
Descontos e abatimentos em compras.
Os descontos financeiros fora da factura (descontos de antecipação de pagamento ou de pronto pagamento) são
incluídos no recibo emitido pelo fornecedor e são considerados como um rendimento da empresa compradora, pelo que se
credita a conta 66.03 – Descontos de Pronto Pagamento Obtido (DPPO)
32 FORNECEDORES – Estrutura da conta
32 FORNECEDORES – movimentação esquemática
 Compra a crédito com iva
Conta Débito Crédito
21/26 – Compras/Mercadorias Valor sem iva
34.5.1.1/2.1 – Iva suportado/Dedutível em existências iva
32.x Fornecedores Total da Factura

 Compra a pronto pagamento com iva


Conta Débito Crédito
32.x Fornecedores Total da fatura
43.1 Banco - cheque ou transferência bancária Total da fatura
45.1 Caixa Total da fatura

Conta Débito Crédito Mesmo a compra ser


21/26 – Compras/Mercadorias Valor sem iva a pronto pagamento,
é recomnedável
34.5.1.1/2.1 – Iva suportado/Dedutível em existências iva estes movimentos,
para controlo interno
32.x Fornecedores Total da Factura
32 FORNECEDORES – movimentação esquemática
 Pagamento ao fornecedor – com desconto de pronto pagamento obtido

Código Conta Débito Crédito


32.x Fornecedor Valor da factura
43.1/45.1 Banco/caixa Valor pago
66.3 Valor do Desconto Obtido Valor do desconto

 Descontos e abatimentos em compras


32 FORNECEDORES – movimentação esquemática
 Desconto comercial e abatimentos e devolução sobre compras
Código Conta Débito Crédito
32.x Fornecedor Devoluções e descontos
21.07 Devoluções de compras Valor da devolução
21.08 Descontos e abatimentos em compras Valor dos descontos
34.5.4.2 IVA – Regularizações a favor do Estado iva
EXEMPLO §§§
A SPCLAA tem de pagar a factura nº 45 à empresa Sakuaku, que incluía os seguintes elementos:
 Aquisição de mercadorias: 100 unidades a 4,30 Kz a unidade
 Desconto comercial: 2%
 Iva: 14%
Outras informações:
 Despesas de compra: 30,00 kz
 Devolução de mercadorias: 100,00 kz (Nota de crédito n.º 65)
 Foi concedido um abatimento em compras no valor de 10,00 kz (Nota de crédito n.º 78)
Resolução:
Compras = Quantidades*Custo unitário
Compras = 100 unds*4,30kz Custo de Aquisição Líquido = Compras – Desconto + Despesas
Compras = 430,00kz CL = 430,00 – 8,60 + 30,00
Desconto: Compras*2% CL = 421,40 + 30,00 = 451,40
Desconto = 430,00kz*0,02
Iva Suportado = CAL*14%
Desconto = 8,60kz
Iva Suportado = 451,40*0,14 = 63,196
Total da Factura = 451,40 + 63,196
Total da Factura = 514,596
CONTABILIZAÇÃO
34.5.1.1 Estado – Iva
21.2 – Compras de Mercadorias Suportado - Existências 32.1.2 Fornecedores c/c
451,40 63,196 114,00 514,596
11,40

34.5.4.2 Iva Reg. a favor 21.7 – Devolução s/ Compras 21.8 – Abati. s/ Compras
do Estado 100,00 10,00
14,00
1,40
Compra Líquida = 421,40 + 30,00 – 100,00 – 10,00
CL = 341,40
Balancete de Verificação Débito Crédito Devedor Credor
21.2 – Compras de Mercadorias 451,40 451,40
21.7 – Devolução s/ Compras 100,00 100,00
21.8 – Abatimento s/ Compras 10,00 10,00
32.1.2 – Fornecededores c/c 125,40 514,596 389,196
34.5.1.1 – Estado – Iva suportado Existências 63,196 63,196
34.5.4.2 – Iva reg. a favor do Estado 15,40 15,40
TOTAL 639,996 639,996 514,596 514,596
Exercício (Trabalho em grupo de 5 pessoas para ser entregue dentro de 15 dias)
A empresa Heriel (SU) Lda., com um capital realizado de 80.000kz, totalmente convertido em 400 unidades de mercadorias
ABC, com um preço unitário de 200kz/cada.
Durante o mês de Maio realizou as seguintes operações:
1.- V/Factura n.º 123, do Fornecedor A, relativa a aquisiçlão de 200 unidades no valor de 61.500kz, com iva incluido, tendo
sido considerado um desconto comercial de 10%. Despesas de transporte no valor de 1.230kz com iva incluído.
2.- V/Factura n.º 456, do Fornecedor B, relativa a aquisição de 150 unidades, no valor de 33.750kz, + iva. Acrescem as
despesas de transporte no valor de 1.500kz + iva.
3.- V/Nota de Crédito n.º 34, relativa ao desconto comercial de 20%, que por lapso não foi considerado na factura 456.
4.- V/Nota de crédito nm.º 62, do Fornecedor B, relativa s devolução de 100 unidades, pelo facto de estarem danificadas.
5.- V/Guia de Transporte, referente a ofeta de 50 unidades, do Fornecedor C. sabe-se que o valor realizável líquido é de
11.900,00
6.- N/Factura n.º 777, emitida ao cliente Z, relativa a venda de 675 unidades pelo valor de 400kz/cada, tendo sido
concedido um desconto comercial de 30%. Esta operação está sujeita a iva. Despesas de transporte no valor de 2.460kz
com iva incluído.
7.- N/Recibo n.º 666 relativo ao recebimento, por transferência bancária de 50% do valor em dívida do cliente Z. Foi
considerado um desconto de antecipação de pagamento.
Pedidos:
Contabilize as operações; elabore o balancete de verificação; Elabore a Ficha de Armazém pelo critério FIFO e CUMP;
apure o RBV
Plano de iva: existências 5%; MF e Inv. 14%; OBS 14%

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