Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pretendemos com este trabalho, apresentar por meio de aspectos teóricos, análise
de artigos e indicações bibliográficas, o comércio internacional, o seu desenvolvimento e
a sua relação com as taxas de juro e câmbio, assim como seus conceitos e suas
ferramentas.
1
1. COMÉRCIO INTERNACIONAL
Definimos comércio como sendo a troca de bens e serviços por capital e ao comércio
internacional por ser uma troca a nível internacional, que acontece entre nações e não de
forma interna dentro do país.
À medida que ocorreu esta evolução, a participação dos países se tornou cada vez
mais intensa, principalmente no pós-guerra. Esse crescimento trouxe transações que
envolveram atividades de exportação e importação, investimentos, empréstimos e
transações diversas.
2
De forma geral, existem diversos agentes que envolvem o mercado internacional,
um deles é o imposto de importações (tarifas aduaneiras), que incide em um pagamento
que as autoridades econômicas exigem para a importação de produtos de outros países,
com o objetivo de elevar o seu preço de vendas no mercado interno, e assim proteger os
produtos nacionais para que não sofram a concorrência de bens mais baratos. Quotas de
importação.
Esses blocos formaram-se na segunda metade do século XX, sendo um dos seus
principais objetivos, incentivar o crescimento da economia de determinada região,
eliminar as barreiras que dificultam a importação e também fortalecer o comércio interno.
Por meio de acordos autorizados entre dois ou mais países, regidos pelo direito
internacional, usados para orientar as relações comerciais. Com esses acordos, os países
podem garantir a redução dos impostos de importação para seus produtos.
Com os acordos comerciais houve a integração dos países, facilidades com relação
ao fluxo de mercadorias, capitais e serviços, e de forma mais avançada, a livre circulação
de pessoas. Dependendo do tipo de integração, os blocos podem ser classificados em
zonas de livre comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e
monetária.
3
• Zona de livre comércio – É quando um grupo de países concordam em
eliminar as tarifas, quotas e preferências que recaem sobre a maior parte dos
bens importados e exportados entre os países. O propósito da área de livre
comércio é estimular o comércio entre os países participantes por meio da
especialização, da divisão do trabalho e da vantagem comparativa, muitas
vezes vista como um passo para a instituição de uma união aduaneira,
diferenciando-se desta pela inexistência de uma política comercial comum.
• União Aduaneira – É uma área de livre comércio entre um grupo de países
ou territórios que instituem uma união aduaneira, havendo livre circulação
de bens e uma tarifa aduaneira comum a todos os membros, válida para
importações provenientes de fora da área.
• Mercado Comum – É a união aduaneira com políticas comuns de
regulamentação de produtos e com liberdade de circulação de todos os três
fatores de produção (pessoas, serviços e capitais). Neste mercado, a
circulação de capital, trabalho, bens e serviços entre os membros deve ser
tão livre como dentro do território de cada participante. Um bom exemplo
de mercado comum é a União Europeia.
• União Econômica e monetária – É um mercado comum dotado de uma
moeda única. Consiste na coordenação das políticas econômicas dos países
membros e na criação de um único banco central para emitir a moeda que
será utilizada por todos, que é o caso da União Europeia.
4
1.3.1. Teoria da Vantagem Absoluta
É uma teoria proposta por Adam Smith, em sua obra Riqueza das Nações (1776),
que afirma que uma nação só exportará um produto, caso ela consiga produzi-lo por um
custo baixo. Com isso, cada país deveria focar na produção de produtos que fossem mais
vantajosos de acordo com os custos e modo de produção. Nisso, a nação deveria
considerar seus recursos naturais, clima, localização e competência dos trabalhadores.
Quando o país foca na produção e exportação do que tem vantagem absoluta, ele cria
condições para importar mercadorias das nações que também tem vantagens absolutas.
Essa teoria foi criticada porque nem sempre um país teria um produto que garantisse
vantagem absoluta sobre ele.
Já a Teoria da Demanda Reciproca surge com John Stuart Mill para complementar
as teorias anteriores e determina a relação quantitativa de trocas internacionais entre
países, verificando as possibilidades e limites de trocas, onde haveria maior ou menor
interesse dos países de comercialização no mercado internacional.
5
seja, um país onde o trabalho é escasso, importa bens que necessitam desse fator de
produção de forma mais intensa e exporta mercadorias que utilizam capital, que é o seu
maior fator.
Porter trouxe uma crítica à teoria e propôs a Teoria da Vantagem Competitiva das
nações que procurou explicar o motivo de algumas nações serem sedes de empresas bem-
sucedidas mundialmente. De acordo com ele, nesse mercado são as empresas que
competem no mercado internacional e não as nações. Estas são responsáveis por trazerem
um estímulo à inovação e a competitividade, sendo a base do comércio internacional.
6
2. MOEDA CONCEITOS
Segundo Paul Hugon (1978), a moeda existe com seus caracteres e suas funções
nitidamente determinadas, a evolução dela vai continuar e se realizará no sentido de uma
desmaterialização cada mais acentuada do instrumento monetário, tornando-se mais
flexível, mais abstrato, mais adaptável ao desenvolvimento das trocas modernas, cada vez
mais numerosas, mais rápidas e mais complexas. Foi assim que apareceram a moeda-
papel, o papel moeda e a moeda escritural.
3. TAXA DE JUROS
A taxa de juro pode ser entendida, a grosso modo como o preço do dinheiro ou,
de outra forma, como o preço a pagar pela utilização de recursos monetários que são
pertença de outrem. Deste modo a taxa de juros pode ser considerada como o prêmio pago
pela renúncia ao consumo presente em favor do consumo futuro, ou seja, a remuneração
exigida por um agente econômico ao decidir postergar o consumo, transferindo seus
recursos a outro agente. A taxa de juros é vista como prémio pela poupança.
7
Ela funciona como motivador para os agentes superavitários que aceitam deixar
de consumir no presente para consumir mais no futuro. Já os agentes deficitários aceitam
pagar um pouco mais para consumir no presente.
Numa economia que funciona livremente, o mecanismo dos preços está na base
da respectiva distribuição e utilização de recursos. A taxa de juros não é mais do que o
preço pago pelas entidades que necessitam de financiamento, de modo a garantirem o
acesso aos fundos de que precisam.
Tal como acontece em qualquer outro mercado; o nível dos preços é ditado pela
relação existente entre a oferta e a procura. A oferta é função, fundamentalmente, da
propensão para a poupança (ou se preferirmos, da preferência temporal pelo consumo,
que é inversa a esta). A procura por sua vez, oscila na sequência das variações que se
registam ao nível das oportunidades de investimento produtivo disponíveis na economia.
Na economia se registam dois tipos de moeda: depósito a vista, que são ofertados
pelos bancos, e moeda manual, que é ofertada pelo Banco central.
Demanda por moeda, oferta de moeda e taxa de juros de equilíbrio suponha que o Banco
central decida ofertar um montante de moeda igual a M, de modo que Mº=M. o subscrito
s representa a oferta.
O equilíbrio nos mercados financeiros requer que a oferta de moeda seja igual à
demanda por moeda, ou seja, que MS=Md. Portanto, usando Ms =M para a demanda por
moeda, a condição de equilíbrio será:
Esta equação nos diz que a taxa de juros i deve ser tal que, dada sua renda $Y, as
pessoas estejam dispostas a ter um montante de moeda igual à oferta de moeda existente
M. Esta relação de equilíbrio é chamada de relação LM.
8
3.2.1. Efeitos de um aumento da renda nominal sobre a taxa de juros
É útil pensar na escolha pela taxa de juros porque é o que os bancos centrais
modernos, incluindo o Fed normalmente fazem. Eles normalmente pensam na taxa de
juros que desejam atingir e então alteram a oferta de moeda de modo a atingir essa taxa.
A taxa de juros é determinada pela igualdade entre oferta de moeda e demanda por
moeda. Ao alterar a oferta de moeda, o banco central pode afetar a taxa de juros, está
alteração na oferta de moeda ocorre por meio de operações de mercado aberto, que são
compras ou vendas de títulos em troca de moeda.
9
Diante deste cenário, as operações de mercado aberto nas quais o banco central
aumenta a oferta de moeda por meio da compra de títulos levam a um aumento no preço
dos títulos e a uma diminuição na taxa de juros. Por outro lado, as operações de mercado
aberto nas quais o banco central diminui a oferta de moeda por meio da venda de títulos
levam a uma diminuição no preço dos títulos e a um aumento da taxa de juros.
A taxa de juro real é a taxa de juro de equilíbrio, aplicado num dado momento aos
ativos financeiros desprovidos de risco, num contexto de ausência de inflação. Ou seja, é
a taxa que traduz a remuneração do diferimento do consumo no tempo.
As taxas de juros nominais, que são as taxas de juro que registam no mercado,
tendem a oscilar na razão direta da inflação verificada. O raciocínio de Fisher tem toda a
pertinência. Dado que tanto os empréstimos como as taxas de juro são definidos e pagos
em termos nominais, e não em quantidades físicas, o que faz com que a taxa de juro
nominal incorpore uma parcela que corresponda à alteração nos preços.
A taxa de juros com que o banco remunera é conhecida como taxa de juro nominal,
enquanto o aumento do seu poder de compra é conhecido como taxa de juro real. Partindo
10
do princípio que a inflação significa a perda no poder de compra da população, precisa
ser feita a distinção entre taxa de juros nominais e reais.
Assaf Neto (2005, p. 54) relata que o crescente número de economias, com suas
respectivas moedas, envolvidas nas operações de comércio internacional geram uma
maior necessidade de estabelecer a conversibilidade de uma moeda em outra, fato este
definido por taxa de câmbio.
11
4.1. Taxa de Câmbio
A taxa de câmbio mostra o preço de uma moeda medida em relação à outra. Isto é,
ela não expressa apenas a condição de troca entre duas moedas, mas também as relações
entre dois países. Como a taxa de câmbio mostra o preço relativo dos bens de um país
em relação aos preços de um outro, variações que podem tornar os bens fabricados mais
caros ou mais baratos, estimulam ou desestimulam as exportações. Assim ela é utilizada
com frequência pelos países para realizar políticas econômicas.
Num regime de câmbio flutuante, são as forças de mercado, oferta e demanda, que
definem a taxa de câmbio vigente, isto é, a taxa de câmbio ajusta-se até que a procura e a
oferta de moeda estrangeira sejam iguais, ou seja, até que o saldo da balança de
pagamentos seja nulo.
12
Já num regime de câmbio fixo, o Banco Central define a taxa de câmbio e realiza as
operações necessárias para mantê-la no patamar afixado.
Para que este procedimento funcione, é necessário que o país conte com uma reserva
internacional importante, a fim de garantir os movimentos (entradas e saídas) da moeda
estrangeira. A finalidade deste regime é manter a estabilidade do valor de uma moeda em
relação à outra que apresente mais estabilidade.
Uma vantagem do câmbio fixo é a maior estabilidade, pois suprime o risco cambial
e dificulta o aumento da inflação. Mas há desvantagens também, pois o governo carece
de fazer reservas satisfatórias e alocar recursos ao redor do mundo, não sendo possível
corrigir o desequilíbrio na balança de pagamento do país.
Uma das soluções será deixar a moeda flutuar, isto é, abandonar os câmbios fixos e
passar a câmbios flexíveis, ou desvalorizar a moeda.
Está desvalorização ocorre quando a moeda nacional perde valor frente à moeda
estrangeira. Nestas situações diz-se que a renda relativa dos países diminui em termos
internacionais, pois são necessárias mais unidades de moeda nacional para adquirir a
moeda estrangeira. O que implicará num aumento das exportações e uma diminuição das
importações, outro efeito da desvalorização cambial é a elevação da inflação doméstica,
já que os bens importados se tornam mais caros.
13
4.1.2. Taxa de câmbio e a Competitividade
Onde:
14
4.1.3. Efeitos da Valorização e desvalorização da taxa de câmbio no comecio
Internacional
15
Já num cenário de juros baixo e dólar alto, é mais favorável as exportações, uma
vez que os investidores perdem o interesse pela taxa de juros baixa e vão em busca de
investimentos mais seguros, assim é realizada a compra de dólares e desta forma a moeda
local é desvalorizada. É possível chegar ao crescimento econômico nos dois cenários,
uma vez que muitas outras variáveis influenciam as relações de produção, mas ainda
assim eles são válidos para demonstrar o comportamento dos agentes econômicos e como
isso influência o comércio internacional.
Assim se destaca a importância da politica cambial como uma das partes essenciais
ao entendimento e ao estudo sobre o constante fluxo de capital estrangeiro a que, não só
Angola, mas, também o mundo está submetido.
16
CONCLUSÃO
17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2005.
LANZANA, Antônio Evaristi Teixeira. Economia Brasileira: fundamentos e
actualidades. 3. Ed. São Paulo: Atlas 2005.
TAVARES, Maria da Conceição. Globalização Financeira e
Transnacionalização Produtiva. Edição especial 50 anos.
Jorge Santos, Álvaro Pina, Jacinto Braga e Miguel st. Aubyn. Macroeconomia 4ª
edição
18