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5.

Comércio
Internacional
5.1 OMC/WTO

 Fundada em 1994, inicia as


suas atividades em janeiro de
1995.
 Organizar e regulamentar as
relações comerciais entre os
países membros, evitando
desvantagens comerciais,
principalmente para os países
mais pobres.
O que é o Comércio Internacional?
● É a troca de bens e serviços através de fronteiras
internacionais ou territórios. Na generalidade dos
países, representa uma grande parcela do PIB.
● A sua importância económica, social e política tornou-se
crescente nos últimos séculos.
E quando não existe Comércio Livre?
Autarcia/Economia Fechada é uma sociedade
ou Comunidade que se basta a si própria.
Tem implícita a ideia de que uma autarquia,
localidade ou mesmo um país, em termos
económicos, deve ser autossubsistente,
AUTARCIA nomeadamente em produzir tudo aquilo de
que necessita para consumir, não ficando
dependente das importações. Situação em que
o Estado controla todos os recursos
necessários a sua subsistência de forma
autônoma, afirmando sua independência diante
de qualquer interferência estrangeira.
Dados de 2019 Poucas
apontam o Brasil importações de
Globalização como o país com matérias primas,
a economia mais bens e serviços
fechada face ao seu PIB

Economias Países
parcialmente politicamente
fechadas a fechados não
determinados têm economias
países fechadas

Usado para
Economia medir quanto
fechada ou importa e
aberta exporta cada
país
Marketing Internacional –
Canais de distribuição
● A presença no comércio internacional pode operar-se de diversos
modos:
Produtor – EXPORTADOR - EXPORTAÇÃO

Agente de exportação

Exportador nacional (distinto do produtor)

Filial do importador

Filial de exportador do país de importação


Agente de importação
Importador distribuidor

IMPORTADOR - consumidor – CONSUMIDOR FINAL


As regras do comércio internacional são realizadas,
simultaneamente, de duas formas:
1) Relações multilaterais: aquelas realizadas entre
os países de forma individual, sem depender de
um bloco económico.
2) Regionalização ou blocos económicos:
formação de blocos económicos para facilitar as
relações comerciais entre os países (ex:
MERCOSUL; EU; Nafta, etc)
 No início, o comércio mundial era dominado por bens e
produtos (agrícolas, minerais e industriais).
 Depois, ficou mais complexo com os serviços (turismo,
bancos, seguros, telecomunicações) e ideias (consultoria,
livros, patentes), classificadas como propriedade intelectual.
Graus de integração económica

 Zona de livre-comércio: neste tipo de bloco, a intenção é


apenas criar uma área de livre circulação de mercadorias e
capitais. Ex.: NAFTA.

 União Aduaneira: além da zona de livre circulação de


mercadorias e capitais, na união aduaneira é usada uma
tarifa externa comum (TEC) em relação a países que não
pertencem ao bloco. Ex.: MERCOSUL
Graus de integração económica

 Mercado Comum: além de apresentar as mesmas


características das associações anteriores, o mercado
comum compreende a livre circulação de pessoas e a
padronização da legislação económica, do trabalho,
fiscal e ambiental. (Ex: União Europeia).

 União Económica e Monetária: atual estágio da União


Europeia, após a adoção da moeda única - EURO – 2002.
Maiores Blocos Económicos
 UNIÃO EUROPEIA - Uma união supranacional econômica e
política de 27 Estados membros europeus.

 NAFTA - Tratado Norte-Americano de Livre Comércio,


formado por EUA, México e Canadá.

 MERCOSUL: Mercado Comum do Sul (MERCOSUL),


formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e
Venezuela.
Europa e UE
Europa e UE
Europa e UE
UNIÃO EUROPEIA
 Composta por 27 países após a saída da
Grã-Bretanha em 2020 (Países de Gales,
Escócia, Irlanda do Norte e Reino Unido).
 «União funda-se nos valores do respeito
pela dignidade humana, da liberdade, da
democracia, da igualdade, do Estado de
direito e do respeito pelos direitos do
Homem, incluindo os direitos das pessoas
pertencentes a minorias. Estes valores
são comuns aos Estados-Membros, numa
sociedade caracterizada pelo pluralismo,
a não discriminação, a tolerância, a
justiça, a solidariedade e a igualdade
entre homens e mulheres».
mailto:https://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/security/20171023
STO86604/espaco-schengen-novas-regras-para-uma-maior-protecao-video
Movimento Internacional de Mercadorias

O comércio internacional acompanha a noção de fronteira aduaneira que


exista entre diferentes Estados, países ou territórios. Fisicamente, na
deslocação de mercadorias entre um ponto de extração ou de
produção e o de utilização ou consumo, as mercadorias atravessam
linhas político-administrativas e circulam pelo território de Estados.

Neste sentido, os territórios aduaneiros, autónomos ou como fenómenos


de integração, podem dar origem a uma união, confederações ou
federações de Estados.

Fonte: Sessão Prof. José Martins


Movimento Internacional de Mercadorias

Nestes espaços territoriais integrados (nações/estados), como é o caso da


atual UE, nos seus limites (fronteiras) ocorrerá uma jurisdição aduaneira, a
aplicação de uma legislação aduaneira comum – Pauta Aduaneira Exterior
Comum (PEC) ou Pauta Aduaneira Comum (PAC).

TAC -> TAU


Movimento ou transações comerciais, comércio
internacional ou trocas externas provenientes de
países terceiros, devem as mercadorias serem
sujeitas a ação aduaneira.

Fonte: Sessão Prof. José Martins


Movimento Internacional de Mercadorias

Importações Exportações
Processo comercial e É a saída de bens,
fiscal que consiste em produtos ou serviços, para
trazer um bem, do exterior o exterior das fronteiras do
para o país de referência. país de origem. Pode
envolver pagamentos ou
não.
Movimento Internacional de Mercadorias
Os movimentos internacionais de mercadorias
consolidam-se num circuito físico que vai desde:
 Introdução/chegada de mercadorias ao
território;
 Circulação pelo território de um dos países ou
o trânsito para outro país;
 Armazenagem;
 Transferência de um dado estatuto aduaneiro
para outro diferente do inicial (ex: T1->T2);
 Aspetos logísticos e administrativos no
destino;
 Saída da mercadoria do território aduaneiro
para países terceiros (exportação).
Movimento Internacional de Mercadorias
Um território aduaneiro não se limita
necessariamente ao aspeto da fronteira
terrestre, como ocorre no caso português, para
além de continental e insular, absorve também o
território aéreo e marítimo pertencente ao país,
no caso, espaço aduaneiro da UE.

Quando tal não acontece, temos as designadas


zonas francas, uma parcela do território político
sob a qual a alfândega não exerce qualquer
ação (extraterritorialidade aduaneira, offshore).
Movimento Internacional de Mercadorias
 As mercadorias que tenham sido importadas de Países Terceiros
passarão a ser consideradas como comunitárias na condição de que
tenham entrado em livre prática, cumprido todos os requisitos ou
formalidades aduaneiras de importação e de outras disposições
legais;
 A partir daí, com a livre prática, em termos aduaneiros a mercadoria
tem circulação, transferibilidade ou livre mobilidade (ainda que
acompanhada da devida documentação, controlos e sujeita a outros
trâmites) dentro do espaço da UE.

Fonte: Sessão Prof. José Martins


O meio de transporte das mercadorias, autonomiza-se aduaneiramente das
mercadorias neles transportadas. Tanto a circulação desses meios como a
permanência daquelas mercadorias em algum lugar sob controlo da respetiva
autoridade aduaneira do país de trânsito não faz perder a origem à mercadoria.

Mercado Mercadorias Mercadorias Não


Interno Comunitárias Comunitárias
Transporte de mercadorias – CMR, título Igual – Caso haja De Importação – Trâmites
ou contrato de transporte; Livre necessidade de aduaneiros; Prova de origem; PEC
circulação. comprovar:
Certificado de
Origem.
1) Ex: Transporte aéreo e marítimo, se o inicio ou fim ocorre entre aeroportos ou portos da
união de linha regular, as mercadorias transportadas são consideradas comunitárias. Se
estas ocorrerem entre pontos situados fora do território aduaneiro, um territórios de um PT
ou porto franco ou se tratar de mercadorias reexportadas por transbordo de um dos
pontos da UE sem título de transporte único emitido num Estado-Membro ou prova de
origem, são consideradas mercadorias de Países Terceiros – Não comunitárias.
Exemplo de um CMR – Guia de Transporte

Documento preparado pela empresa que entrega o veículo. A transportadora terá de assinar o
documento de forma a comprovar que recebeu o veículo. Existem três cópias do CMR: a prova de
receção, a qual é devolvida ao expedidor, a prova de entrega, destinada ao transportador (empresa
transportadora) e a terceira cópia destinada ao consignatário, o cliente.

Convenção CMR: https://unece.org/fileadmin/DAM/trans/conventn/cmr_e.pdf


Fonte: Sessão Prof. José Martins
Movimento Internacional de Mercadorias
Regime Aduaneiro de
Trânsito (T1 ou T2)

Países

Fronteira do território aduaneiro


Entreposto de
Terceiros
mercadorias não
comunitárias

Zona de
mercadorias em
livre prática
Movimento Internacional de Mercadorias
 O tratamento pautal/restrição

Fronteira do território aduaneiro


/condicionamento à circulação da
mercadoria, vai depender da sua
Na ação aduaneira, a condição que origem;
 Importa distinguir também as
apresente uma mercadoria quanto mercadorias que são originárias,
à sua origem e país da sua comunitárias por natureza ou
extração, é importante quanto ao genuinidade e as que adquirem esse
tratamento aduaneiro, comercial ou estatuto pelo cumprimento de alguns
pautal, a que uma dada mercadoria procedimentos;
poderá estar sujeita (quadro de  As mercadorias provenientes de PT
regulação). tornam-se comunitárias
(nacionalizadas, comunitarizadas) pelo
processo ou regime aduaneiro de
entrada em livre prática (sujeitas a
efeitos pautais e medidas comerciais).
Acordo EFTA (comércio livre): Suíça; Islândia; Noruega; Listenstaine.
Acordo Espaço Económico Europeu (EEE): Islândia; Noruega; Listenstaine. Fonte: Sessão Prof. José Martins
Dos 27 Estados-Membros da UE, não fazem parte os seguintes
espaços territoriais do TAU:
 Dinamarca: Ilhas Faroé e Gronelândia
 Alemanha: Ilha Helgoland e Busingen
 Espanha: Ceuta e Meliha
 França: Nova Caledónia, São Pedro, Miquelão, Ilhas Wallis e
Futuna, Polinésia Francesa, Territórios Austrais e Antárticos
Franceses mas incluindo os departamentos ultramarinos de
Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica, Maiote e Reunião.
 Itália: Livigno, Campione d’Italia, águas nacionais do Lago Lugano
(Ponte Tresa e Porto Ceresio);
O território do Principado do Mónaco (águas territoriais, marítimas
interiores e espaço aéreo é considerado território aduaneiro da
Comunidade.
TAU e Dimensões da EUROPA
• A UE tem um mercado (população) superior ao dos EUA (cerca de 448
contra 332 milhões de habitantes, respetivamente);

• No entanto, a sua superfície terrestre é reduzida (4,2 milhões de km2,


contra 9,8 dos EUA ou os 17,1 milhões de km2 da Federação Rússia);

• Impondo-se assim a necessidade de alargamento do seu território, a


UE procurou fazer este alargamento através de novos acordos
comerciais e convenções aduaneiro-comerciais com Países Terceiros
(PT).

Fonte: Sessão Prof. José Martins


Regulação das trocas internacionais

Fonte: Sessão Prof. José Martins


REGULAMENTO DAS ALFÂNDEGAS RgA, D.L 31/730
https://files.dre.pt/1s/1941/12/29101/12871346.pdf

REFORMA ADUANEIRA (RA), D.L n.º 46311, de 27 de abril


https://dre.pt/dre/detalhe/decreto-lei/46311-1965-234506

REGULAMENTO (UE) N.º 952/2013, DO PARLAMENTO EUROPEU E DO


CONSELHO, DE 9 DE OUTUBRO DE 2013, que estabelece o Código Aduaneiro da
União (reformulação)
https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX%3A02013R0952-20131030
Pautas aduaneiras
● Uma política aduaneira, seja de orientação protecionista ou
multilateral, a par da especificação dos fluxos de comércio
internacional e dos regimes aduaneiros, completa-se por meio da
definição de uma pauta aduaneira.
● Podem classificar-se segundo diversos critérios e daí derivam as suas
designações:

I. Quanto ao seu valor legal e administrativo: Pauta Oficial ou de


Serviço (PAC ou TARIC – Tarif Integré Des Communautés
européennes (Pauta Integrada das Comunidades Europeias). Tem
por base direitos acordados em acordos comerciais da EU;
II. Quanto ao seu âmbito territorial (jurisdição), pautas municipais e
estaduais como, em processos de integração, pautas supranacionais
(PAC – UE);
III. Quanto ao número de colunas com direitos aduaneiros – pauta
simples (PAC) ou de múltiplas colunas . Em pauta de dupla coluna, a
pauta máxima servia de preparação tática prévia a negociação de
tratados de comércio/aduaneiros;
IV. Consoante a natureza desses direitos – Pautas com taxas do tipo ad
valoren ou pautas de tipo específicas. Nesta caso, tem se em conta o
fator peso em detrimento do valor da mercadoria;
V. Segundo as relações internacionais – Pautas autónomas ou
convencionais;
VI. Quanto à sua extensão – Pautas restritas, latas ou omissas e
ilimitadas;
VII. Quanto ao sistema económico subjacente – Pautas
nacionalistas/protecionistas (autónomas), livre-cambistas (fiscais) e
protetoras;
VIII. Quanto aos movimentos do comércio internacional – Pauta de
trânsito, de baldeação, reexportação, exportação e pauta de
importação (Extintas atualmente);
IV. Quanto à sua estrutura – Pautas com meras listagens ou
estruturadas.
Pauta Aduaneira Comum
(PAC)
● Direitos Aduaneiros: Taxa que
determinada mercadoria deve pagar
para entrar no mercado único e circular
livremente. Os direitos da pauta
aduaneira comum são aplicáveis às
mercadorias importadas de países
terceiros nas fronteiras externas da UE.
Em determinadas circunstâncias
especiais, esses direitos de importação
podem ser dispensados.
Fonte:
https://pauta.portaldasfinancas.gov.pt/pt/faqs/D
ocuments/MercImpfrequencia.pdf
Receber a encomenda sem custos
adicionais: já não é possível. Agora todas as
encomendas, independentemente do valor,
estão sujeitas ao pagamento de IVA, além de
terem sempre de ser desalfandegadas.
Regras de Origem
As regras de origem são uma parte essencial dos acordos comerciais
da UE. Uma vez que os acordos aplicam frequentemente tarifas mais
baixas a mercadorias provenientes de países parceiros, é essencial
conhecer a origem do produto.
As regras de origem determinam em que país um produto foi adquirido
ou fabricado — a sua «nacionalidade económica» — e contribui para
assegurar que as autoridades aduaneiras apliquem corretamente os
direitos mais baixos, de modo a que as empresas beneficiem delas.
Cada acordo comercial estabelece regras de origem específicas para
cada produto.
Como usufruir de direitos
aduaneiros mais baixos?
Prova de origem:
• Um certificado de
origem oficial emitido
pelas autoridades
aduaneiras do país de
exportação (como o
«certificado de
circulação EUR.1»).
• Uma autodeclaração p Verificação da origem:
elo exportador • Cooperação entre as
(frequentemente autoridades
referida como uma aduaneiras do país de
«declaração de origem» importação e do país
ou «declaração na de exportação;
fatura»). • Controlos aduaneiros
locais.
Estas regras servem para:
 Especificar os critérios para a produção ou transformação suficientes no caso de
o produto ser fabricado a partir de matérias não originárias
ou
 Definir que produtos podem ser considerados elegíveis se fabricados
exclusivamente a partir de matérias originárias.

Regras específicas aplicáveis a produtos específicos:


• Regra do valor acrescentado — o valor de todas as matérias não originárias
utilizadas não pode exceder uma determinada percentagem do preço do
produto à saída da fábrica.
• Alteração da classificação pautal — o processo de produção resulta numa
alteração da classificação pautal entre as matérias não originárias e o produto
final. Por exemplo, produção de papel a partir de pasta não originária;
• Operações específicas — é necessário um processo de produção específico.
Por exemplo, fibras de fiação para fibras em fios. Essas regras são, na sua
maioria, utilizadas nos setores têxtil e do vestuário e químico.
Outros requisitos aplicáveis:
• Operações mínimas — operações de complemento de fabrico ou de
transformação suficientes (embalagem; simples corte; montagem simples;
mistura simples; passagem a ferro ou prensagem de têxteis; operações de
pintura ou de polimento) – se não contemplar nenhuma das operações, o
produto não pode ser originário, mesmo respeitando as regras específicas;
• Regra do transporte direto: assegurar que o produto foi expedido do país de
exportação e chegou ao país de destino sem ser manipulado em qualquer outro
país, com exceção das operações necessárias para manter o produto em boas
condições (descarga, armazenamento temporário, recarregamento).
• Draubaque de direitos: se pagar direitos sobre as matérias não originárias
utilizadas para fabricar um produto para exportação, ao abrigo de uma tarifa
preferencial, pode solicitar o seu reembolso.
Podemos importar qualquer produto?
Quem pode importar para a UE?
• Normalmente, tem de estar estabelecido na UE como empresa ou
estabelecimento comercial permanente. Precisa de se inscrever no
registo comercial nacional e solicitar um número EORI (número de
identificação válido em toda a UE).

Que regras de importação ou comercialização se aplicam ao produto


importado na UE?
Podem verificar-se restrições à importação por tipologia de produto a
importar ou por sanção política/económica.
As importações de algumas mercadorias sensíveis ou provenientes de
países específicos podem ser proibidas ou restringidas. Pode necessitar
de autorizações, de uma licença ou de uma notificação de importação
oficialmente aprovada.
Os principais tipos de produtos sujeitos a restrições à
importação são os seguintes:
• Produtos agrícolas;
• Medicamentos;
• Produtos químicos;
• Produtos siderúrgicos;
• Bens culturais;
• Produtos têxteis e vestuário;
• Armas;
• Mercadorias de contrafação ou mercadorias-pirata;
• Artigos/publicações indecentes/gravações vídeos;
• Espécies ameaçadas;
• Resíduos, alguns animais vivos e produtos que
contenham substâncias animais ou plantas e produtos que
contenham substâncias vegetais.
Fonte: https://ec.europa.eu/taxation_customs/dds2/taric/taric_consultation.jsp?Lang=pt
https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX:32022R0263R(01)
3 ELEMENTOS BÁSICOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Fonte: Sessão Prof. José Martins


• A essas operações/transações de bens e/ou serviços, corresponde um
conjunto de formas legais ou figuras reguladoras por realização técnica
e controlo até às de finalidade meramente administrativa/estatística.
• O comércio internacional absorve as operações de importação e
exportação, bem como, o respetivo movimento de trânsito/circulação
das mercadorias entre fronteiras e dentro dos territórios aduaneiros da
união.
• Neste cenário, a alfândega assume um papel de intervenção no
desenvolvimento do quadro legal da sua ação, nos controlos
aduaneiros e nos processos de fiscalização. A atividade aduaneira, a
par do controlo, consolida-se numa prestação de serviços através do
designado “despacho de mercadorias” e processo de
“desalfandegamento”.
● A legislação aduaneira – conjunto de disposições em vigor em matéria
aduaneira – representa a política aduaneira adotada para as trocas de
mercadorias com PT.

● Tratam-se de formas legais de conteúdo ligados ao: atravessamento


de fronteiras até ao controlo do destino especial dado internamente à
mercadoria; desde a recolha de direitos aduaneiros até à proibição de
entrada/saída de determinadas mercadorias; normativos
regulamentares ou reguladores dos fluxos ou trocas de comércio
internacional; dos movimentos dos meios de transporte e da
mobilidade de pessoas e bens admitido como um direito público
nacional.
Regimes Aduaneiros e Pautais
● Os regimes aduaneiros relacionam-se com o despacho aduaneiro
(atribuição de um regime aduaneiro à mercadoria).
● Os regimes pautais referem-se ao desembaraço aduaneiro das
mercadorias (processo ou procedimentos de desalfandegamento).
Podem apresentar-se sob diversas modalidades: carácter geral ou
especial, temporário ou transitório.
● A legislação aduaneira dispõe de um acervo de disposições de
regulação dos meios de transportes e de regimes aduaneiros de
desalfandegamento.
Despacho aduaneiro
● Trata-se de uma declaração de
atribuição de um destino à mercadoria.
“O ato executado na forma prescrita
pela alfândega, mediante o qual os
interessados indicam/atribuem o
regime aduaneiro a aplicar às
mercadorias.
● Declaração Aduaneira -> Documento
Administrativo Único (DAU)

Fonte: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/HTML/?
uri=CELEX:32015R2446R(03)&from=FI
Processo de desalfandegamento
● Na chegada de uma mercadoria e meio de transporte a um
território/destino aduaneiro, ambos têm de ser apresentados à
alfândega.
● Com a apresentação das mercadorias à alfândega, o meio de
transporte passa a possuir uma contramarca/declaração sumária
(número de ordem cronológica em cada de entrada da embarcação ou
outro tipo de transporte no respetivo porto ou estância aduaneira;
registo da apresentação da mercadoria à alfândega – pode ser feito
presencialmente ou via eletrónica).
Processo de desalfandegamento
● Numa remessa internacional de mercadorias, o conjunto documental
basilar de um regime aduaneiro é composto pelos seguintes
elementos:
1) Documento de transporte
Marítimo – Título de propriedade; Conhecimento da carga ou de
embarque – Bill of Landing B/L
Aéreo – Carta de Porte Aéreo
Rodoviário – CMR ou Carnet TIR (documento de circulação e de
passagem pelas fronteiras)
Ferroviário - TIF
Processo de desalfandegamento
2) Fatura comercial
3) Certificado de origem ou documento de circulação comunitária
4) Declaração de valor DV1
5) Certificados diversos: sanitário, veterinário, composição ou qualidade
6) Outra documentação: declarações de origem externa ou nacional
decorrente de restrições ou regimes especiais, licenças, certificados de
vigilância na importação/exportação,

Após entrada desta documentação juntamente com o DAU para obtenção


de um regime aduaneiro/atribuição de um destino à mercadoria, segue-se
o circuito aduaneiro.
Processo de
desalfandegamento de
mercadorias (circuito)
● Não se realiza necessariamente em
todos os regimes aduaneiros.
● O procedimento das operações de
exportação ou de trânsito é mais simples
e não envolvem verificação.
● Enquanto existirem direitos aduaneiros,
todo o processo de desembaraço da
mercadoria vai culminar num momento
de recebimento/pagamento/saída das
mercadorias.
Regimes Aduaneiros
 Os regimes aduaneiros comunitários compreendem os seguintes
movimentos ou operações de comércio internacional de entrada,
saída, permanência e circulação pelo ou entre os territórios da UE:
1) Introdução em livre prática;
2) Importação temporária;
3) Aperfeiçoamento ativo;
4) Transformação sob controlo aduaneiro;
5) Exportação;
6) Aperfeiçoamento Passivo;
7) Entreposto Aduaneiro;
8) Trânsito (Trânsito Comunitário externo e interno).
Destinos aduaneiros

“Nacionalização” da mercadoria, passando de não comunitária – comunitária, passa a ser


“originária”/nacional. O processo de desalfandegamento em L.P ocorre em termos cambiais,
ou seja, esta só é comunitária após a conversão da moeda estrangeira em valor aduaneiro
em moeda nacional.
Uma mercadoria chegada
a um destino, pode não
ser declarada para um
regime aduaneiro e em
vez disso pode ter outro
destino, desde o retorno à
origem, armazenamento,
ser alvo de abandono,
reexportação, etc.
Trânsito Aduaneiro Comum
● O trânsito aduaneiro é uma das quatro categorias de regimes
especiais. É um regime aduaneiro utilizado para facilitar a
circulação de mercadorias entre dois pontos de um território
aduaneiro, através de outro território aduaneiro, ou entre dois ou
mais territórios aduaneiros diferentes;

● Os diferentes cenários de trânsito aduaneiros são:


- entrar e, sucessivamente, sair do território aduaneiro da União;
- sair e, sucessivamente, reentrar no território aduaneiro da União;
- entrar no território aduaneiro da União e continuar a circulação até
um ponto específico no território aduaneiro da União;
- colocar as mercadorias sob um regime de exportação e,
sucessivamente, ao abrigo de um regime de trânsito.

Fonte: https://customs-taxation.learning.europa.eu/pluginfile.php/3299/mod_resource/content/0/TAXUD_UCC_Customs%20Transit_%20Summary.pdf
Trânsito Aduaneiro Comum
● Uma mercadoria transportada entre dois pontos de um mesmo
território aduaneiro ocorre sem que haja a cobrança de direito –
Operação de Trânsito Aduaneiro.
● Quando esse transporte envolve o atravessamento de vários
territórios aduaneiros (não integrados/sem acordos de trânsito)
passa a ser uma Operação de Trânsito Aduaneiro Internacional e
portanto, é alvo da aplicação de direitos aduaneiros sob a
mercadoria.
● No sentido de facilitar o movimento entre fronteiras, surgiram,
através de acordos internacionais, os regimes de trânsito
aduaneiro.
Trânsito Aduaneiro Comum
● O regime aduaneiro de trânsito, trânsito internacional, como
regulamentação da circulação de mercadorias, titula a permissão
de passagem das mesmas e dos seus meios de transporte,
através de território ou territórios até ao local de destino dessas
mercadorias.
Trânsito direto – Ocorre no mesmo meio de transporte desde a
origem/inicio da viagem até outro ponto/destino final. Movimento de
mera passagem, escala ou baldeação (tráfego marítimo), com
documento de transporte único e conhecimento direto do destino.
Trânsito indireto – Dito “reexportação”, quando não existe
documento único de transporte com destino assinalado ou um ponto
concreto de passagem intermédia.
Trânsito Aduaneiro Comum
As estâncias aduaneiras envolvidas em operações de trânsito são:
A estância aduaneira de partida:
- aceita a declaração de trânsito;
- realiza uma análise de risco e o eventual controlo das mercadorias;
- define o prazo limite para as mercadorias chegarem à estância
aduaneira de destino;
- apura o regime de trânsito e liberta a garantia.

A estância aduaneira de destino:


- executa outro controlo e verifica se todas as mercadorias
chegaram dentro do prazo estipulado;
- envia os resultados do controlo para a estância aduaneira de
partida, quando a verificação das mercadorias e/ou documentos é
satisfatória ou considerada satisfatória.
Fonte: https://customs-taxation.learning.europa.eu/pluginfile.php/3299/mod_resource/content/0/TAXUD_UCC_Customs%20Transit_%20Summary.pdf
Trânsito Aduaneiro Comum
A estância aduaneira de passagem é a estância aduaneira de
supervisão em que as mercadorias entram ou deixam o território
aduaneiro da União ao abrigo do regime de trânsito aduaneiro, mas
não é o ponto de partida ou de destino.
- certifica a entrada ou a saída de mercadorias específicas ao
abrigo do regime de trânsito aduaneiro.

Fonte:
https://customs-taxation.learning.europa.eu/pluginfile.php/3299/
mod_resource/content/0/TAXUD_UCC_Customs%20Transit_
%20Summary.pdf
Trânsito Aduaneiro Comum
O trânsito externo (T1) é geralmente aplicável a mercadorias não-UE.
- O regime de trânsito externo permite, por defeito, que as mercadorias não-
UE sejam movidas de um ponto para outro no território aduaneiro da União,
com suspensão dos direitos aduaneiros e outros encargos.

O trânsito interno (T2) é geralmente aplicável a mercadorias UE.


- O regime de trânsito interno permite a um operador económico deixar,
temporariamente, o território aduaneiro da União e voltar a entrar, mantendo o
estatuto UE das suas mercadorias.

Numa remessa com mercadorias de ambos estatutos, o transporte


comunitário processa-se com um documento somente de sigla T,
referenciando-se no mesmo, cada uma das mercadorias correspondentes pela
sigla T1 ou T2.
Fonte:
https://customs-taxation.learning.europa.eu/pluginfile.php/3299/
mod_resource/content/0/TAXUD_UCC_Customs%20Transit_
Trânsito Aduaneiro Comum
Os regimes de trânsito da União e trânsito comum podem ser aplicados das seguintes
formas:
- No sistema NSTI - principalmente para o transporte rodoviário;
- Em papel para o transporte ferroviário, marítimo e aéreo (é necessária autorização);
- Utilização de manifestos eletrónicos para o transporte aéreo e marítimo (é necessária
autorização).
Os movimentos de trânsito mais utilizados e similares são:

Fonte: https://customs-taxation.learning.europa.eu/pluginfile.php/3299/mod_resource/content/0/TAXUD_UCC_Customs%20Transit_%20Summary.pdf
Cada uma das diferentes vias de comunicação possíveis de serem
utilizadas no transporte internacional de mercadorias tem estabelecida
uma convenção internacional.
E isso vem ajudar em quê?
● Facilidade tanto no reconhecimento quanto na aceitação da
respetiva documentação – igualdade de tratamento nas
mercadorias;
● Transporte mais rápido sem formalismos ou dificuldades
desnecessárias;
● Abolição ou redução de taxas ou outras imposições que recaiam
sobre as mercadorias e os meios de transporte.
Convenções de Trânsito Internacional
Meio de Convenção de Trânsito Internacional
Transporte
Navio Convenção Internacional para a unificação de certas regras em matéria de conhecimentos de carga
– BILL OF LANDING – Bruxelas, 1924
Ferroviário Convenção Internacional para facilitar a passagem nas fronteiras das mercadorias transportadas por
via férrea – Convenção TIF, 1952
Convenção revista pela Convenção Internacional relativa ao transporte de mercadorias por caminhos
de ferro – Convenção CAM, 1961
Transporte de vagões particulares – RIP
Transporte de contentores - RICo
Rodoviário Convenção aduaneira relativa ao transporte internacional de mercadorias efetuado ao abrigo de
Cadernetas TIR – 1959
Convenção relativa ao contrato de transporte internacional de mercadorias por estrada – CMR, 1956
Acordo Europeu relativo ao transporte de mercadorias perigosas por estrada – Acordo ADR, 1957
Avião Convenção para a unificação de certas regras relativas ao transporte aéreo internacional
Convenção modificada pelo Protocolo de Haia, 1955
Serviço Postal Convenção de permuta de correspondência, vales e encomendas postais, 1952
Convenção que foi substituída pela UPU – União Postal Universal. Constituição de um território postal
único para a permuta de correspondência, 1964
Convenções de Trânsito Internacional
 No espaço comunitário tal como num regime de tráfego transfronteiriço,
não faz sentido utilizar o regime de trânsito TIR. Apenas fará sentido tal
aplicação, se a mercadoria ou parte dela se destine para fora daquele
território ou provenha de P.Ts ou aquando do atravessamento de algum
território aduaneiro que não seja membro da UE ou abrangido pelo Acordo
CEE-EFTA.
 Na circulação interna de mercadorias já comunitárias, nacionais ou
estrangeiras, já introduzidas em livre prática e ao abrigo de convenções
internacionais de transporte (CMR, BL, etc) designam-se de puras trocas
intracomunitárias.
 O regime de trânsito convencional ou comunitário, não titula o transporte
ou o contrato de transporte, titula sim, no caso de mercadorias vindas do
estrangeiro, a sua circulação entre territórios aduaneiros e destes até ao
destino final.
EX: Transporte terrestre internacional =
Convenção CMR ≠≠ Convenção TIR
Convenção TIR
 Permite o transporte de mercadorias por via rodoviária cruzando várias
fronteiras e utilizando uma única caderneta TIR (declaração aduaneira). Isto
significa que as mercadorias se deslocam entre a estância aduaneira de partida
num país da União aduaneira e a estância aduaneira de destino noutro país ou
na União aduaneira.
 As condições para um movimento TIR são:
- As mercadorias são transportadas em veículos/contentores aprovados.
- As mercadorias estão identificadas nas cadernetas TIR emitidas por associações
nacionais responsáveis, filiadas na organização internacional designada na
Convenção TIR.
- Pelo menos uma parte do transporte é realizada por estrada.
Convenção TIR
 A Caderneta TIR serve como uma garantia, válida internacionalmente, para o
pagamento dos direitos e impostos em suspensão. Além da caderneta de papel TIR, o
titular é obrigado a apresentar os dados no Novo Sistema de Trânsito Informatizado
(NSTI).
 A principal diferença entre o movimento de trânsito comum e o movimento TIR é que o
trânsito comum trata um único movimento de trânsito através de um território,
enquanto o movimento TIR trata uma série de procedimentos nacionais usando, no
entanto, as regras padronizadas da Convenção TIR.
Outras convenções de Trânsito Comum
 Regime da Convenção ATA: O regime de Importação Temporária
(ATA) permite que as mercadorias sejam utilizadas num ou mais países
ou uniões aduaneiras, sem pagamento de direitos aduaneiros nem de
outros encargos, sob a condição que, num período de tempo
específico, estas saiam no mesmo estado em que se encontravam à
entrada.
 As bases jurídicas para este regime são a Convenção ATA e a
Convenção relativa à Importação Temporária, também conhecida como
a Convenção de Istambul.
Outras convenções de Trânsito Comum
 Formulário NATO 302 - A legislação aduaneira estabelece formulários
especiais para o transporte de mercadorias militares dos países da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) em todo o território
dos países parceiros da NATO.
 Manifesto Renano - O procedimento de manifesto Renano foi criado
para facilitar a circulação de mercadorias no Reno e seus afluentes
associados. Ele pode ser usado como um documento de trânsito na
União se for caso disso.
 Sistema postal - Um operador económico não é obrigado a apresentar
uma declaração aduaneira de remessas postais que entram, saem ou
são transportadas, enquanto estas estão "sob a responsabilidade do
serviço postal". - Os procedimentos e formalidades aduaneiras são
cumpridos pelas empresas postais e de correio.
Riscos no Comércio Internacional
● No comércio internacional existe um conjunto de ameaças ou
riscos associados com uma negociação de bens ou serviços e
também um dado grau de insegurança quanto aos recebimentos
previamente acordados.
● Apesar da uniformização que se assiste na economia internacional
e da possibilidade de uma mitigação de possíveis riscos –
naturais, regionais ou atos de sabotagem/pirataria – poderá
também ocorrer o designado risco político.
● O risco político poderá ocorrer devido a conflitos militares ou
sociais, restrições cambiais, transferência de divisas etc.
Riscos no Comércio Internacional
● Do ponto de vista dos pagamentos/recebimentos internacionais, o
comércio internacional encontra-se sujeito a um conjunto alargado
de riscos:
1. Risco internacional-regional-local – Risco País
2. Risco Político-legal – risco de convertibilidade, risco de
transferência, risco de câmbio
3. Risco de fraude
4. Risco de pagamento/recebimento
5. Risco comercial
6. Risco de produção
Nas transferências financeiras sempre ocorrerá um risco cambial
como comercial e sempre poderá ocorrer algum risco de fraude.
Os riscos existentes no comércio internacional, podem
dividir-se em dois grandes grupos:

01  Cancelamento ou não renovação de licenças


de exportação ou importação;
 Relacionados a conflitos armados;
 Expropriação ou conflito por companhias
importadoras;
Riscos políticos  Imposição do banimento de algum bem após
o embarque;
 Imposição do controlo de transferência de
valores pelo país importador devido a crises
de liquidez;
 Soberania política.
02 

Insolvência do comprador;
Atraso no pagamento;
Riscos  Não aceitação;
económicos  Soberania económica.
5.2 Política
Comercial
Comum
Atividade de Pesquisa
https://www.consilium.europa.eu/pt/policies/trade-policy/

Política Comercial Legislação Acordos Comerciais


Comum Comercial UE UE
O que é, quem criou,
porque foi criada, O que é, quais são as O que são, para que
quando foi legislações em vigor, servem, quais são, o seu
implementada, como é como condicionam a papel no comércio
feita a sua gestão logística internacional
5.2 Política Comercial Comum
 Regular as relações comerciais dos Estados-membros com os
países terceiros.
 Competência exclusiva da UE, o que significa que é a UE, e não os
Estados‑Membros, que legisla em matéria comercial e que celebra
acordos comerciais internacionais. Se o acordo abranger temas de
responsabilidade mista, o Conselho só o pode celebrar depois de
ratificado por todos os Estados‑Membros.
 Agem em conjunto, a uma só voz na cena mundial de forma a
assumir uma posição de força no comércio mundial.
5.2 Política Comercial Comum
 As relações comerciais são geridas através de acordos comerciais,
que são concebidos para criar melhores oportunidades de comércio e
superar as barreiras comerciais.

 OBJETIVO: Garantir que os produtos importados sejam vendidos


a preços justos e equitativos na UE – independentemente da sua
proveniência.

 A regulamentação comercial -> proteger os produtores da UE contra


prejuízos; combater a concorrência desleal praticada por empresas
estrangeiras, nomeadamente o dumping e as subvenções.
5.2 Política Comercial Comum
Legislação comercial da EU

 Assegurar um comércio justo e equitativo com os países terceiros.

Nos últimos anos, a UE tem vindo a realizar uma reforma fundamental


das normas relacionadas com o comércio.

As principais áreas abrangidas:


• investimentos diretos estrangeiros
• anti-dumping
• instrumentos de defesa comercial
5.2 Política Comercial Comum
Legislação comercial da EU

 As novas iniciativas legislativas da UE visam proteger os


produtores e as empresas da Europa dos danos potenciais
que podem resultar de certas práticas comerciais levadas a
cabo por entidades estrangeiras.
5.2 Política Comercial Comum
1. Regulamento horizontal sobre salvaguardas bilaterais
Regulamento que permite a aplicação de medidas de salvaguarda em
acordos comerciais – 2019;
Abrange os acordos de comércio livre UE-Japão, UE-Singapura e UE-
Vietname. Poderão ainda ser acrescentados outros acordos comerciais ao
seu âmbito de aplicação.

Reflexão em medidas concretas para proteger setores nacionais


específicos contra o aumento prejudicial das importações provenientes de
países fora da UE.
5.2 Política Comercial Comum
1. Regulamento horizontal sobre salvaguardas bilaterais

As medidas bilaterais de salvaguarda estão associadas a acordos comerciais


e permitem a suspensão temporária de preferências pautais. Antes, este
mecanismo era proposto separadamente em relação a cada acordo comercial.
Com esta iniciativa, essas medidas beneficiarão de um "quadro horizontal"
consistente que passaria a incluir essas medidas nos novos acordos.
5.2 Política Comercial Comum
2. Modernização dos instrumentos de defesa comercial da UE

 Metodologia anti-dumping
2017 - Proteger melhor a União contra as práticas comerciais
desleais.
As novas regras anti-dumping aplicar-se-ão aos casos em que os
preços dos produtos importados são artificialmente reduzidos
devido à intervenção estatal.
5.2 Política Comercial Comum
3. Revisão dos instrumentos de defesa comercial
As novas regras anti-dumping são paralelas à revisão mais ampla dos
instrumentos de defesa comercial da UE.
2018 - Novo regulamento que moderniza os instrumentos de defesa
comercial da UE.
- Tem por objetivo proteger os produtores da UE dos prejuízos
causados pela concorrência desleal, garantindo um comércio livre
e equitativo.
- Tornar os instrumentos de defesa comercial mais previsíveis,
transparentes e acessíveis, nomeadamente para as pequenas e
médias empresas (PME).
5.2 Política Comercial Comum
3. Revisão dos instrumentos de defesa comercial

- Tornar os instrumentos anti-dumping e antissubvenções mais


eficazes e mais adequados para proteger os produtores da UE
contra práticas desleais de empresas estrangeiras e contra o risco de
retaliação. Ao mesmo tempo, os importadores deverão beneficiar de
uma maior previsibilidade quanto às alterações das taxas dos direitos,
facilitando a planificação da sua atividade empresarial.
Comércio
livre e justo

D – Direito sobre a
importação do
produtos;
S – Direito de
importação do produto
subsidiado
Acordos Comerciais UE
 A UE gere as relações comerciais com países terceiros
através de acordos comerciais, que são concebidos para
criar melhores oportunidades de comércio e superar as
barreiras com ele relacionadas.
 A política comercial da UE é também utilizada como
veículo para a promoção dos princípios e valores
europeus (democracia; direitos humanos; ambiente e
direitos sociais).
Acordos Comerciais UE
 Os acordos comerciais variam em função do conteúdo:

• Acordos de parceria económica (APE) – apoiam o desenvolvimento dos


parceiros comerciais dos países de África, das Caraíbas e do Pacífico.

• Acordos de comércio livre (ACL) – possibilitam uma abertura recíproca


dos mercados dos países desenvolvidos e das economias emergentes
mediante a concessão de acesso preferencial aos mercados.

• Acordos de associação (AA) – reforçam acordos políticos mais


abrangentes
A UE celebra também acordos comerciais não preferenciais integrados em
acordos mais amplos, como os acordos de parceria e cooperação (APC).
Regimes de Trocas Comerciais
A UE dispõe de regimes comerciais especiais para apoiar os países em
desenvolvimento.
 Sistema de preferências generalizadas (SPG): Países de rendimento baixo e
médio-baixo. O regime permite a eliminação parcial ou total dos direitos aduaneiros da
UE para um grande número de produtos que entram no mercado da UE.
 Sistema de Preferências Generalizadas + (SPG +): Regime especial de incentivo ao
desenvolvimento sustentável e à boa governação. Reduz os direitos aduaneiros de
importação da UE para 0 % para os países vulneráveis de rendimento baixo e médio-
baixo que aplicam 27 convenções internacionais relacionadas com os direitos
humanos, os direitos laborais, a proteção do ambiente e a boa governação.
 Tudo Menos Armas (TMA): Regime especial para os países menos desenvolvidos,
que concede acesso totalmente isento de direitos aduaneiros e de contingentes ao
mercado único da UE para todos os produtos, exceto armas e armamento.
 Acordos de Parcerias Económicas (APE): Acordos comerciais e de
desenvolvimento entre a UE e os países de África, das Caraíbas e do Pacífico (ACP),
concebidos para facilitar a integração destes na economia mundial através da
liberalização gradual do comércio e de uma melhora cooperação em matéria de
comércio.
Regimes de Trocas Comerciais

 Regulamento relativo ao acesso ao mercado (RAM): Prevê o acesso


isento de direitos e contingentes ao mercado da UE para os produtos
originários dos países ACP que não beneficiam de um regime TMA e que
celebraram APE que aguardam a ratificação.

 Espaço Económico Europeu (EEE): Reúne os 27 Estados-Membros da


EU e três países da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) –
Islândia, Liestenstaine e Noruega – no mercado único da UE, garantindo a
livre circulação de mercadorias, serviços, pessoais e capitais, bem como,
políticas unificadas neste domínio (concorrência, transportes, energia,
cooperação económica e monetária).
Regimes Comerciais Unilaterais

 Os acordos comerciais unilaterais são preferências comerciais unilaterais e


não recíprocas concedidas pelos países desenvolvidos a países em
desenvolvimento, com o objetivo de os ajudar a aumentar as exportações e
a promover o desenvolvimento económico.
 Destinam-se a:
-> promover as exportações e o desenvolvimento económico nos países
beneficiários
-> apoiar os seus esforços para reduzir a pobreza, promover a boa
governação e apoiar o desenvolvimento sustentável
-> incentivar o cumprimento das normas internacionais nos domínios dos
direitos humanos, dos direitos laborais e da proteção do ambiente
Regimes Comerciais Unilaterais

Concretamente, que significa isto?


 Ao abrigo de regimes preferenciais, pode exportar/importar de um país em
desenvolvimento para um país desenvolvido, mediante o pagamento de
direitos mais pequenos ou nulos.

 Os seus produtos devem ser considerados originários do país beneficiário,


de acordo com as regras de origem estabelecidas pelo regime de
preferências específicas.

 A cobertura dos produtos, a cobertura por país e as regras específicas


variam consideravelmente de um acordo/regime para outro.
Regimes Comerciais Unilaterais

 Os fornecedores de acordos comerciais preferenciais incluem: UE,


Arménia, Austrália, Canadá, Chile, China, Islândia, Índia, Japão,
Cazaquistão, Coreia do Sul, República Quirguiz, Montenegro, Marrocos,
Nova Zelândia, Noruega, Rússia, Suíça, Taiwan, Tajiquistão, Tailândia,
Turquia e EUA.

 Os acordos comerciais unilaterais são condicionados pela evolução nos


domínios dos direitos humanos, do desenvolvimento sustentável e da boa
governação nos países beneficiários. Se existirem violações graves e
sistemáticas, o país fornecedor pode retirar este benefício até que a
situação melhore suficientemente.
Uniões Aduaneiras
Nas Uniões Aduaneiras, os direitos sobre as
mercadorias provenientes do exterior da união
aduaneira são pagos uma vez aquando da primeira
entrada das mercadorias. Depois disso, não há nada
mais a pagar e as mercadorias circulam livremente no
interior da união aduaneira.
• Comunidade Andina (CAN)
• Comunidade das Caraíbas (CARICOM)
• Mercado Comum da América Central (CACM)
• Comunidade da África Oriental (EAC)
• Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC)
• União Aduaneira Eurasiática (EACU)
• União Aduaneira da União Europeia (EUCU)
• União Aduaneira UE-Andorra
• União Aduaneira UE-São Marinho
• União aduaneira UE-Turquia
• Conselho de Cooperação do Golfo (CCG)
• Autoridade Palestiniana
• Mercado Comum do Sul (MERCOSUL)
• União Aduaneira da África Austral (SACU)
• Suíça — Listenstaine (CH-FL)
• União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMAO/WAEMU)
Japão 2019; Singapura 2019;
Vietnam – acordo de negociação
2019

México – 2019 - uma vez


ratificado, o novo acordo
substituirá o atual Acordo Global
UE-México (2000)

MERCOSUL - 2019 as negociações


de um acordo comercial, integrado
no acordo de associação;
Chile – 2017; Austrália e Nova
Zelândia - 2018
Acordos Comerciais UE
 Em geral, os acordos comerciais são muito complexos por serem
textos jurídicos que abrangem um vasto leque de atividades, da
agricultura à propriedade intelectual.

 No entanto, partilham uma série de princípios fundamentais:

1. Não discriminação
Este princípio comercial da OMC abrange dois aspetos:
• a nação mais favorecida – por norma, os países não podem fazer
discriminações entre os seus parceiros comerciais.
• o tratamento nacional – as mercadorias importadas e as produzidas
localmente deverão ser tratadas da mesma forma.
Acordos Comerciais UE
2. Previsibilidade
Não criar barreiras comerciais pode ser tão importante como reduzi-las,
pois oferece previsibilidade às empresas. Desta forma, fomenta-se o
investimento, criam-se empregos e os consumidores podem beneficiar
plenamente das vantagens da concorrência – maior escolha e preços
mais baixos.

3. Concorrência leal
Embora geralmente considerada como organização de "comércio livre", a
OMC permite, por vezes, direitos pautais e, em casos específicos, outras
formas de proteção. Mais concretamente, promove um sistema de regras
que zela pela concorrência aberta e leal.
Acordos Comerciais UE
4. Tribunal Multilateral de Investimento
A UE é o maior exportador e importador mundial de investimento direto
estrangeiro, o que se traduz na criação de emprego e em crescimento
económico. Por esta razão, é crucial incentivar e reter os
investimentos.

A fim de atingir este objetivo estratégico, a UE está a analisar a criação


de um órgão permanente de resolução de litígios em matéria de
investimento – um Tribunal Multilateral de Investimento (TMI), que
substituiria os sistemas bilaterais de tribunais de investimento envolvidos
nos acordos comerciais e de investimento da UE.
Acordos Comerciais UE
• Abertura de novos mercados para os bens e • Direitos pautais – direitos aduaneiros sobre as
serviços da UE importações que conferem aos produtos locais uma
• Aumento das oportunidades de investimento e vantagem em termos de preço relativamente a
da proteção dos investimentos produtos similares importados
• Comércio mais barato graças à eliminação de • Regulamentação técnica – diferente regulamentação
direitos aduaneiros e à redução da burocracia aplicável a produtos e serviços
• Comércio mais rápido ao facilitar o trânsito • Barreiras não pautais – restrições onerosas
alfandegário e definir normas comuns. resultantes de proibições, condições ou requisitos de
mercado específicos.

Benefícios
Barreias Comerciais
Comerciais
Modos de pagamento internacional
Modo de pagamento internacional (FMI – Distribuição dos
meios de pagamento)
P1 - Pagamento antecipado 19% a 20%
P2 - Pagamentos open account – pagamentos 38% a 45%
após a receção das mercadorias/contra
documentos
P3 - Pagamentos através de produtos de trade 35% a 40%
finance
Modos de pagamento internacional
Entre as diversas modalidades de pagamento, direto ou indireto, cada um dos
instrumentos das finanças internacionais associados a pagamentos no comércio
internacional apresenta características próprias:

P1 – Advanced Payment – Pagamento total ou parcial do valor da mercadoria/serviço,


constitui-se como um adiantamento ao fornecedor/exportador; o importador paga o valor
da mercadoria, acordado antes do seu envio.

Este poderá ser um termo de pagamento, na perspetiva do importador, que poderá não
garantir o recebimento da mercadoria conforme acordado = risco máximo do importador;
Já do ponto de vista do exportador, poderá ser o método de pagamento mais seguro de
contar com o valor monetário da mercadoria.
• Fatura pró-forma e/ou definitiva;
• Packing list;
• Certificado de origem e de circulação (se
necessário);
• Certificados diversos;
• Conforme INCOTERMS – certificado ou
Recebimento Envio da documentação apólice de seguro e documento de
do pagamento comercial da mercadoria transporte
Modos de pagamento internacional
P2 – Pagamentos Open Account – pagamento direto como método de
liquidação do valor da mercadoria sem intermediação bancária relevante
(cheque ou letra de pagamento internacional) emitida pelo exportador e aceite
pelo importador. O pagamento ocorre – cash against documents, documents
against payment collection (documentos contra documento) a contado ou à
cobrança à vista.

Com esta cláusula, o banco/transportador, em cumprimento de compromisso


com o exportador, somente entregará documentos ao importador, em
particular o de transporte, contra ou mediante o respetivo pagamento ou
comprovativo do mesmo.
Modos de pagamento internacional
Ex1: Numa relação consolidada exportador/importador –> envio da
documentação ao importador em conjunto ou não com a documentação
financeira -> pagamento ao exportador na data de vencimento = Cobrança
Simples/Clean Collection

Ex2: Porém, se não o for - envio direto da documentação comercial ao


importador, contra promessa combinada que, depois, por cobrança simples
aceitará a documentação financeira (Letra de câmbio) = negócio prejudicial.

Importador -> pode já ter a documentação comercial ou até mesmo a


mercadoria na sua posse e não proceder ao pagamento – Aceite da Letra
(incumprimento da obrigação de pagamento – Default)

Exportador -> em posição de risco máximo, não receberá qualquer


pagamento e não terá qualquer base para acionar judicialmente o importador
Modos de pagamento internacional
P3 – Pagamentos através de produtos Trade Finance – através de
intermediação bancária por negociação prévia, tem-se as operações
bancárias designadas por remessas ou cobranças documentárias e
créditos documentários.

- Cobrança documentária: ocorrerá mediante a remessa de documentos


(envio) relativos à mercadoria (fatura, documento de transporte, título de
propriedade ou apenas os documentos financeiros (Clean Collection –
letra de câmbio, notas promissórias) a entregar por parte do exportador ao
seu banco. Este estabelece uma carta-cobrança, em que as despesas de
cobrança, custos e comissões bancárias, são a seu cargo.
MODALIDADE NEGOCIAL COM BASE NA CONFIANÇA
IMPORTADOR/EXPORTADOR.
Modos de pagamento internacional
- Crédito Documentário: Quem inicia o ciclo de pagamento é
importador. A carta de crédito (CC) trata-se de um
compromisso/responsabilidade escrito quanto a um dado montante de
pagamento assumido pelo banco do importador, em que a banca
intermediária somente interfere nesse circuito e respetiva documentação,
sem importar o aspeto comercial.

A CC confere maior segurança de recebimento do montante relativo à


mercadoria, quanto pelo lado do importador, do recebimento da mercadoria.
Poderá ser envolvido um terceiro agente bancário – banco confirmador – que
pode intervir no processamento de uma carta de crédito (motivos relativos ao
banco emissor, menor confiança por parte do exportador, emergência de
riscos políticos ou cambiais).

MODALIDADE DE PAGAMENTO MAIS PROCURADA POR


EXPORTADORES
Processo de cobrança por remessa/crédito documental
ou cobrança documentária
5.3 INCOTERMS
5.3 INCOTERMS
 As regras Incoterms são 'termos comerciais' padrão usados ​
em contratos de venda internacionais e domésticos para
alocar certos custos e riscos entre o vendedor e o comprador.

Parte essencial da linguagem


diária do comércio

https://icc.academy/certifications/incoterms-2020-certificate/
Introdução do modo aéreo
5.3 INCOTERMS
● A Câmara de Comércio Internacional (ICC) revisa e atualiza as regras
dos Incoterms a cada dez anos, por forma a garantir que os termos
continuam a responder às necessidades e alterações do mercado e que estão
adequados para o comércio doméstico e internacional.
5.3 INCOTERMS
 Porque foram criados?
Uniformizar os termos comerciais a nível internacional, para facilitar e
simplificar os trâmites comerciais.

 As regras do Incoterms 2020 são itens de contrato e costumes


comerciais, não legislação. Foram desenvolvidos pela Câmara de
Comércio Internacional (ICC) e não são exigidos por lei nem
obrigatórios. Se duas partes desejarem não aplicar ou excluir as
regras do Incoterms 2020, ou desejarem redigir os seus próprios
termos de entrega e risco, poderão fazê-lo.
5.3 INCOTERMS

As regras do Incoterms ® 2020 explicam um conjunto de onze dos


termos comerciais padrão de três letras mais usados ​(começando
com uma das quatro letras E, F, C ou D) refletindo a prática business-
to-business em contratos de venda e compra de mercadorias.

Obrigações Riscos Custos


Quem faz o quê? Onde e quando o Qual parte é
(Vendedor- Comprador) vendedor “entrega” responsável e por
as mercadorias quais custos
5.3 INCOTERMS
 O que acontece aos contratos das versões anteriores?

Cada contrato é regido pela versão das regras dos Incoterms


que foi referida nesse contrato. Se o contrato se referir apenas
às regras dos Incoterms, mas não a um ano específico, a
versão das regras do Incoterms em vigor no momento da
contratação será a aplicada.
5.3 INCOTERMS
● As regras dos Incoterms abrangem as áreas de negociação organizadas em
10 artigos. Os artigos "A" representam as obrigações do vendedor e os
artigos "B" representam as obrigações do comprador. Todas as regras do
Incoterms 2020 abrangerão os seguintes tópicos:

A1/B1 - Obrigações gerais


A2/B2 - Entrega/Recebimento de entrega
A3/B3 - Transferência de riscos
A4/B4 - Transporte
A5/B5 - Seguro
A6/B6 - Entrega/documento de transporte
A7/B7 - Exportação/despacho de importação
A8/B8 - Verificação/embalagem/marcação
A9/ B9 - Alocação de custos
Avisos A10/B10
• requisitos de segurança;
• clareza na alocação de
custos
• preocupações de seguro

Ver vários artigos dentro de cada regra Todos os custos alocados por cada termo
para ver quem suportava os custos estão agora listados para o vendedor –
A9; para o comprador – B9

CIP e CIF – obtenção de cobertura de seguro Cobertura mínima permanece em vigor para
em benefício do comprador a um nível mínimo o CIF; requisito de seguro – CIP - cobertura
(riscos mínimos normalizados( mais abrangente (todos os riscos)

Nota de orientação – DAT – Terminal -> DAT -> DPU (Delivered at place unloaded) o lugar
qualquer lugar, coberto ou não passa a ser qualquer um e não apenas o terminal
5.3 INCOTERMS
Explicação das principais alterações:

 Alocação dos custos


Nas versões anteriores das regras, o utilizador tinha que olhar vários artigos
dentro de cada regra para ver quem arcava com quais custos. Assim, por
exemplo, os custos relativos à obtenção de um documento de entrega
em FOB 2010 foram mencionados em A8 - “Documento de Entrega”.

Antes, não havia um balcão único onde o utilizador pudesse procurar obter
uma visão geral dos custos, isso agora está corrigido: todos os custos
alocados por cada Incoterms estão listados, para o vendedor em A9 e
para o comprador em B9.
5.3 INCOTERMS
Explicação das principais alterações:

 DAT e DAP
Originalmente, a única diferença entre DAT e DAP nas regras do Incoterms 2010 era que no
DAT: vendedor entregava a mercadoria uma vez descarregada do meio de transporte de
chegada num “terminal”; enquanto no DAP: o vendedor entregava a mercadoria quando a
mercadoria era colocada à disposição do comprador no meio de transporte de chegada
para descarga.
Incoterms 2010 - “terminal” significa “qualquer lugar, coberto ou não…”.

Incoterms 2020:
A ordem em que as duas regras são apresentadas foi invertida, o DAP, onde a entrega
acontece antes do descarregamento, agora aparece antes do DAT.
DAT -> DPU (Delivered at Place Unloaded), enfatizando a realidade de que o local de
destino pode ser qualquer local e não apenas um “terminal”. Se não for um terminal, o
vendedor deve certificar-se de que o local onde pretende entregar a mercadoria é um
local onde possa descarregar a mercadoria.
5.3 INCOTERMS
Explicação das principais alterações:

 FCA
As mercadorias são vendidas em FCA e a parte principal do transporte será por
navio, no entanto, o ponto de entrega será nesse ponto interior, e não a partir
de um porto, apesar de parte do transporte ser em navio. Nos Inconterms 2010,
não era necessário haver a emissão de um documento de conhecimento do
embarque.

De acordo com o FCA A6/B6 das regras do Incoterms 2020 agora o comprador e o
vendedor podem acordar que o comprador instruirá seu transportador a emitir
um conhecimento de embarque a bordo ao vendedor após o carregamento
das mercadorias, sendo o vendedor obrigado a apresentar esse
conhecimento de embarque ao comprador, normalmente por meio de os
bancos.
5.3 INCOTERMS
Explicação das principais alterações:

 CIF e CIP
Nas regras do Incoterms ® 2010, A3 tanto do CIF quanto do CIP impunha ao
vendedor a obrigação de “obter, por conta própria, um seguro de carga que
satisfizesse pelo menos a cobertura mínima prevista nas Cláusulas (C) do Institute
Cargo Clauses.

Nos Incoterms 2020, estudou-se a hipótese de passar de Institute Cargo


Clauses (C) para Institute Cargo Clauses (A), aumentando assim a cobertura
obtida pelo vendedor em benefício do comprador.
CIF - o status quo foi mantido, com o Institute Cargo Clauses (C) como a posição
padrão, embora seja, aberto às partes para acordar para cobertura mais alta.
CIP - o vendedor deve agora obter uma cobertura de seguro que cumpra as
Cláusulas Institute Cargo (A) ou qualquer cláusula similar adequada ao meio de
transporte utilizado.
Bibliografia
 https://icc.academy/incoterms-2020-vs-2010-whats-changed/
 https://www.consilium.europa.eu/pt/policies/trade-policy/
 https://www.consilium.europa.eu/en/eu-free-trade/
 https://www.dgae.gov.pt/servicos/comercio-internacional-e-relacoes-internacionais/politica-co
mercial-externa.aspx
 https://www.youtube.com/watch?v=AINVe9NxkJw&list=PLbDIrPEfgw5yOwlsZdFaJuwMiET
r1DiYl&index=13
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