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Comércio – Atividade de compra e venda que permite pôr à disposição do consumidor os bens
e os serviços que ele deseja consumir
Resto do Mundo – Agente económico constituído pelo conjunto das economias com as quais
um país tem relações de troca de mercadorias, serviços e capitais.
Nem sempre é possível encontrar no mercado o bem que procuramos Made In Portugal,
porque:
- O comercio entre os povos tem por base a necessidade de consumir outros bens que não são
produzidos internamente.
- As trocas entre os países são de natureza diversa, abrangendo mercadorias, serviços e
capitais.
- São varias as razoes justificativas para o comercio entre os povos e hoje, em plena era da
globalização, não é imaginável um país sobreviver ou desenvolver-se em isolamento
(economia fechada)
10.1) O registo das Relações Económicas com o Resto do Mundo – A balança de pagamentos
A necessidade de troca de bens serviços e capitais com o Resto do Mundo obriga ao registo
oficial dessas operações como formas de as controlar e avaliar. Surge assim, um documento
estatístico e contabilístico anual, elaborado pelo Banco Central de cada país, onde se registam
todos os fluxos monetários e financeiros decorrentes das relações económicas entre um país e
o Resto do Mundo.
- Balança de Pagamentos – Os valores dos fluxos são representados num quadro onde se
registam, de um lado, todos os pagamentos (débitos), do outro, todos os recebimentos
(créditos), e por fim o saldo final que resulta da subtração dos débitos aos créditos.
Balança de Capital
Balança Financeira
Erros e Omissões
Balança de Capital – Inclui os fluxos não correntes de capitais entre um país e o resto do
Mundo (recebimentos de capital da UE ou fluxos associados à cooperação entre os estados)
A Balança Corrente
É uma das mais importantes rubricas da Balança de Pagamentos, onde se registam todos os
fluxos monetários correspondentes à balança de mercadorias, à de serviços, à de rendimentos
e à de transferências correntes. Todos estes fluxos correspondem às trocas efetuadas entre o
País e o Resto do Mundo. O seu saldo resulta da soma dos saldos das balanças que a
compõem.
Balança de mercadorias
Taxa de cobertura
É necessário que o país tenha conhecimento da capacidade que tem de pagar as importações a
partir das receitas provenientes das exportações.
A taxa de cobertura representa então em percentagem, o valor das importações que podemos
considerar pago com o valor das exportações efetuadas para o exterior.
A situação é aquela em que o valor ultrapassa os 100% e assim cobre as importações e ainda
sobram divisas.
Operações de câmbio
- Divisas – Moedas nacionais usadas, no âmbito das trocas internacionais, como moeda
internacional devido a uma elevada aceitação.
Todo este comércio entre os diversos países exige o respetivo pagamento, e se a unidade
monetária varia de país para país, nem sempre podemos pagar em euros os bens que
compramos ao exterior. É necessário trocarmos a nossa moeda pela moeda aceite num
determinado país.
Câmbio / Taxa de Cambio – Relação de troca entre uma moeda e todas as outras, permitindo o
estabelecimento e desenvolvimento do comércio entre os países. (Quantidade de moeda que
é necessário entregar para comprar uma unidade de outra moeda.)
Balança onde se registam os valores dos fluxos monetários correspondentes à compra e venda
de serviços com o exterior. Nesta balança, o valor do turismo, assume uma grande importância
para Portugal.
Balança de Rendimentos
Balança que regista as entradas e saídas de fluxos relativos aos rendimentos do trabalho e
investimento (empresa portuguesa situada no estrangeiro, envia o seu rendimento para a
empresa mãe).
Balança que regista os fluxos monetários que não resultam de qualquer pagamento ou
recebimento.
A Balança de Capital
Balança que regista os valores dos fluxos correspondentes a transferências de capitais que não
sejam correntes, como o caso dos fundos estruturais europeus.
A Balança Financeira
Na balança Financeira inscrevem-se os movimentos de fluxos financeiros entre um país e o
resto do Mundo, entre os quais se incluem os fluxos relacionados com o investimento,
nomeadamente o Investimento directo Estrangeiro (IDE).
Numa economia aberta, o IDE é fundamental para o seu crescimento e dinamismo económico.
Todavia, quando as condições oferecidas ao investidor estrangeiro, tornam o seu investimento
menos rentavel, este pode adoptar pela deslocalização, isto é, o investidor desloca o seu
investimento para países em que as condições de rentabilidade sejam mais atractivas.
- Estabilidade politica
As Politicas Comerciais
Um país pode adoptar várias formas de se relacionar comercialmente com outros. Essas
diferentes maneiras de relacionamento têm evoluido, podendo identificar dois modelos
tipicos: (livre comercio ou livre cambismo) e proteccionismo.
O proteccionismo
- é uma das politicas económicas relativas ao comércio entre os países em que se defende a
economia nacional, penalizando as outras economias com as quais se estabelecem relações
comerciais.
- Não é contra a abertura da economia nacional ao exterior
- Adopta medidas que levam a que esse comércio se processe de forma distorcida (viciando a
concorrencia), com o objectivo de favorecer a economia nacional.
Instrumentos do proteccionismo
Podem actuar dificultando as importações (+ frequente) mas podem tambem actuar do lado
das exportações, facilitando-as
Estas barreiras alfandegárias são entraves às importações, levantados nas fronteiras. Entre
estas barreiras, podemos distinguir as barreiras tarifárias e as não tarifárias.
- Direiros Aduaneiros – São impostos sobre os bens importados que são retidos nas
alfândegas. Podem ser fixados contratualmente ou em percentagem sobre os bens
importados. A integração em espaços comerciais livres de direitos, limita o uso destas medidas
apenas a terceiros.
- Contingentação – Uma forma mais radical de defender os produtos nacionais, impedindo que
se importe mais do que um certo volume ou quantidade de bens. Uma forma extrema de
contingentação é o embargo comercial (proíbe a entrada de um bem)
- Dumping – Consiste em vender os seus bens a preços inferiores aos que são praticados no
mercado interno. Permite eliminar concorrentes e conquistar novos mercados
Entende-se pela politica de comércio entre países que defende a liberdade de trocas.
- Teoria das vantagens absolutas – cada país deveria especializar-se, produzindo os bens para
os quais fosse mais dotado
- Teoria das vantagens relativas – Pode haver países que não tenham vocação especifica para
a produção de nenhum bem, em particular, mesmo assim é possivel e vantajosa a troca entre
os países com base na especialização do bem para o qual cada um dos países apresente
vantagem relativa – vantagem competitiva.
O êxito económico destes países deve-se principalmente à caracteristica de terem uma mão de
obra barata e abundante.
- Após se reconhecer que o comércio sem entraves poderia ser um factor de desenvolvimento,
foi assinado, um acordo por parte de vários países, após a 2a guerra mundial, que detinham
cerca de 80% do Comercio Mundial (GATT).
- Principio da Consolidação – Todas as vantagens negociadas não pode ser anuladas, devendo
progredir-se, no sentido de maior liberalização.
Em 1995 foi criada a OMC que substituiu a GATT. O seu objectivo resume- se em regular o
comércio entre os países-membros.
- Criar uma igualdade, de modo a nao existirem mais vantagens para uns que para outros.
Funções da OMC
Podemos reparar que o comércio mundial se desenvolveu imenso, mas este passo não
favoreceu de forma igual todos os intervenientes – as desigualdades entre os países mais ricos
e os mais pobres acentuaram- se.
Desvio de comércio – Deslocação dos fluxos de troca entre um país e outro, resultante da
abolição das tarifas aduaneiras.
O aumento do volume de comércio foi evidente, muito devido à sua integração na CEE.
Todavia, para Portugal, foi ao nivel do desvio de comércio que se notaram maiores diferenças
– Exportação elevada para a UE e menor para o Resto do Mundo.
Portugal terá de concentrar grande parte do seu esforço no sentido de exportar bens com
maior valor acrescentado, pois já não se pode competir com base nos baixos salários nacionais
mas na qualificação dos bens, que deverão apresentar maior valor acrescentado no recurso a
altas tecnologias, na diversificação dos bens e na sua excelente qualidade, nunca no seu baixo
preço.