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ESCOLA SECUNDARIA

SOMARÁ DA COSTA PRIMO

CRISTINA BRITO
ECONOMIA
M6 - A INTERDEPENDÊNCIA DAS
ECONOMIAS ATUAIS
1- O COMÉRCIO INTERNACIONAL
1.1 - NECESSIDADE DE TROC AS INTERNACIONAIS

Em Economias abertas, podemos falar de comércio a dois níveis:

* Comércio interno : Quando as transações são efetuadas entre


agentes económicos residentes no mesmo país.

* Comércio externo : Quando as transações são efetuadas entre


agentes económicos residentes em países diferentes.
1- O COMÉRCIO INTERNACIONAL
1.1 - NECESSIDADE DE TROC AS INTERNACIONAIS

• Os países não são autosuficientes, isto é, não produzem tudo o


que necessitam ou produzem em quantidades insuficientes,
tendo, por isso, de realizar trocas com outros países.

• Assim, temos o comércio externo e o comércio internacional.

Comércio Externo: É o comércio Comércio Internacional: É o


entre um país específico e comércio entre os
os restantes países. diversos países.
1- O COMÉRCIO INTERNACIONAL
1.1 - NECESSIDADE DE TROC AS INTERNACIONAIS

• Na base do comercio internacional está a especialização


internacional, também designada por Divisão Internacional do
Trabalho (DIT).

• É a especialização que leva a produção em excesso.

• Razões que levam os países a especializarem-se:

Diferentes características geográficas : Frutas tropicais

Diferentes distribuição mundial dos recursos naturais : Petróleo

Diferentes dotações do fator trabalho : Qualificação e formação dos recursos humanos


1- O COMÉRCIO INTERNACIONAL
1.2 - DIVERSIDADE DAS TROC AS INTERNACIONAIS NA
ATUALIDADE

• O Comercio externo não se resume apenas à transação de bens materiais,


mas também à transação de serviços e de capitais.

Comércio Externo

Mercadorias Serviços Capitais

• Consequências:

A. Desenvolvimento dos meios de transporte

B. Desenvolvimento das tecnologias

C. Aumento exponencial das deslocações de pessoas


1- O COMÉRCIO INTERNACIONAL
1.3 - VANTAGENS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
1- O COMÉRCIO INTERNACIONAL
1.3 - VANTAGENS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

• VANTAGENS ABSOLUTAS (Adam Smith):

HORAS DESPENDIDAS NA PRODUÇÃO


DE UMA UNIDADE DO BEM

TOTAL DE
TELEMÓVEIS BICICLETAS
HORAS

PAÍS A 20 40 60

PAÍS B 40 20 60

País A País B
telem: 20/40=0,5 telem: 40/20=2
bike: 40/20 = 2 bike: 20/40 = 0,5
1- O COMÉRCIO INTERNACIONAL
1.3 - VANTAGENS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

• VANTAGENS COMPARATIVA (David Ricardo):

HORAS DESPENDIDAS NA PRODUÇÃO


DE UMA UNIDADE DO BEM

TOTAL DE
TELEMÓVEIS BICICLETAS
HORAS

PAÍS A 20 30 50

PAÍS B 60 40 100

Cada um dos países deverá especializar-se na produção do bem para o qual


depende menor numero de horas.
1- O COMÉRCIO INTERNACIONAL
1.3 - VANTAGENS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Lei das Vantagens Comparativas (David Ricardo, 1817): “ Cada país


beneficiará com a especialização na produção e exportação dos bens
que pode produzir com um custo relativamente menor; inversamente,
cada país beneficiará se importar os bens que, internamente, produz
com um custo relativamente superior.”
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
O registo de todas as operações que se efetuam entre um país e o resto
do mundo é efetuado na Balança de pagamentos.

A Balança de pagamentos é um documento contabilístico onde se


registam os valores das transações económicas entre agentes residentes
e não residentes ocorridas durante um determinado período de tempo,
geralmente um ano.

Corrente

Sub- Balanças da BP Capital

Financeira

Crédito : quando se verifica uma entrada de divisas (+)

Débito: quando se verifica uma saída de divisas (-)


2- BALANÇA DE PAGAMENTOS

Saldos de cada balança da BP

Saldo = Crédito - Débito

Crédito < Débito = Défice ou saldo negativo

Crédito > Débito = Superavit ou saldo positivo

Crédito = Débito = Saldo nulo

A BP segue o principio contabilístico das partidas dobradas, segundo o qual a um crédito


(débito) corresponde sempre um débito (crédito), o que significa que o saldo global da BP tem
necessariamente de ser nulo, pois o somatório dos créditos será igual ao somatório dos
débitos.
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE

Balança de bens -
Regista as importações e as exportações de bens.

Balança de serviços -
Regista os fluxos relativos a recebimentos e
pagamentos de serviços,
como os de transporte ou os de viagens e
turismo..

Balança de rendimentos -
Regista os fluxos de entradas e saídas do país de
divisas correspondentes aos rendimentos do
trabalho e aos rendimentos de investimento.

Balança de transferências correntes -


Regista os fluxos relativos a transferências sem
contrapartida, como o caso das remessas dos
emigrantes/imigrantes ou das transferências com
a UE.
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE- BAL ANÇ A DE BENS

Balança de bens -
Regista as importações e as exportações de bens.

Na Balança de bens , registam-se os fluxos montarias correspondentes às


importações e às exportações, realizadas por um país com o resto mundo,
relativas a matérias-primas , bens de consumo final, bens de consumo intermédio,
bens de equipamento e combustíveis.

Balança de bens
Exportações = X = Registado a Crédito
Importações = M = Registado a Débito
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE - INDIC ADORES

1- Taxa de Cobertura -
A TC das M pelas X de bens é um dos indicadores económicos utilizados na análise da
situação do comércio externo de bens.

Este indicador dá-nos a conhecer a % das M que é coberta pelas X de bens.

Taxa de cobertura = Valor das Exportações X 100


Valor das Importações

Taxa de Cobertura
Superior a 100% = X > M = X consegue pagar as M = Acumulação de divisas
Inferior a 100% = X < M = X não consegue pagar as M = Empréstimos /
Divisas existentes
Igual a 100% = X = M = O país não utilizou nem acumulou divisas
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE - INDIC ADORES

2- Estrutura das exportações e Importações


Permite conhecer o grau de competitividade das X de um dado país, bem
como o seu grau de especialização..

Este indicador pode assumir duas formas:


1- Estrutura sectorial das X e das M
2- Estrutura geográfica das X e das M

Estrutura sectorial = Indicador que mede a importância relativa dos fluxos


comerciais (X e M) de cada sector no total dos fluxos comerciais de todos os
setores.
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE - INDIC ADORES

Estrutura sectorial das X = 100 X Exportações do setor


Exportações de todos os setores

Estrutura sectorial das M = 100 X Importações do setor


Importações de todos os setores

Este indicador pode ser calculado a partir de dados expressos


em valor ou em quantidade, como é possível tirar conclusões quanto
ao grau de desenvolvimento de um país.

Assim, nos países desenvolvidos, as exportações respeitam a produtos


de elevado valor acrescentado e as importações a produtos de reduzido
valor acrescentado.
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE - INDIC ADORES

Estrutura geográfica = Indicador que mede a importância relativas de cada país


no total das trocas mundiais.

Estrutura geográfica das X = 100 X Exportações para um país


Exportações para todo o mundo

Estrutura geográfica das M = 100 X Importações para um país


Importações de todo o mundo

Este indicador pode ser calculado a partir de dados expressos


em valor ou em quantidade.
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE- BAL ANÇ A DE SERVIÇOS

Balança de serviços -
Regista os fluxos financeiros relacionados com a prestação de serviços entre,
sendo um dos mais importantes serviços, em especial no caso português, as receitas
com a atividade turística. .

- transportes
- serviços de comunicação
- serviços de construção
- seguros
- serviços financeiros
- serviços de informação e informática
- direitos de utilização (patentes, direitos de autor,…)
- outros serviços fornecidos por empresas
- serviços de natureza pessoal, cultural e recreativas
- operações governamentais
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE- BAL ANÇ A DE BENS E SERVIÇOS

Balança de serviços -
+
Balança de bens
=
Balança de bens e serviços
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE- BAL ANÇ A DE RENDIMENTOS

BALANÇA DE RENDIMENTOS = São registados os movimentos de capitais


relacionados com os pagamentos e recebimentos de juros resultantes de
empréstimos concedidos e obtidos e de lucros (dividendos) resultantes de capitais
investidos.

Rendimentos de trabalho

Rendimentos de investimento
Rendimentos de investimento direto

De ações e outras participações


De empréstimos e títulos de dívida

Rendimentos de investimento de carteira


De ações e outras participações
De títulos de dívida
Rendimentos de outro investimento
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE- BAL ANÇ A TRANSFERÊNCIAS
CORRENTES

BALANÇA TRANSFERÊNCIAS CORRENTES = São registadas as entradas e saídas de


valores sem contrapartidas reais associadas, tais como:
- os subsídios comunitários recebidos
- as doações obtidas e concedidas
- as remessas dos emigrantes e dos imigrantes

As transferências podem ser: Públicas ( Participação do Estado português) e privadas


(podem ser provenientes de um Estado ou organização estatal estrangeira).

Balança de serviços
+
Balança de bens
+
Balança de Rendimentos

=
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.1- BAL ANÇ A CORRENTE- BAL ANÇ A TRANSFERÊNCIAS
CORRENTES

Balança de serviços
+
Balança de bens
+
Balança de Rendimentos
+
Balança de Transf. Correntes
=
Balança Corrente
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.2- BAL ANÇ A C APITAL

BALANÇA DE CAPITAL = São registados os fluxos de capital realizados entre


unidades residentes e unidades não residentes num país, isto é, as transferências sem
contrapartida. Estas transferirias, ao contrário das transferirias correntes, não se
esgotam no próprio ano.

* Transferências de capitais

* Aquisição/cedência de ativos não produzidos não financeiros

A Balança de capital portuguesa tem registado nos últimos anos, saldos positivos
devido aos fluxos de capitais provenientes da União Europeia.
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.2- BAL ANÇ A C APITAL

Balança Corrente
+
Balança de Capital
=
Indica se uma economia está numa situação credora ou devedora
face ao resto Mundo

Saldo > 0 Saldo < 0


Capacidade líquida Necessidade líquida
de financiamento de financiamento
2- BALANÇA DE PAGAMENTOS
2.3- BAL ANÇ A FINANCEIRA

BALANÇA FINANCEIRA = São registadas as transações que envolvem mudança


de titularidade entre unidades residentes e unidades não residentes de ativos ou
passivos financeiros, bem como a criação/extinção de ativos e passivos
financeiros sobre o Resto Mundo

* Investimento Directo = Investidor não residente que adquire uma empresa residente

* Investimento de Carteira = Um residente português que adquire obrigações de


tesouro francês.

*Outro Investimento = Constituição de um depósito num banco residente por parte


de um não residente

* Derivados financeiros = Fluxos que representam a compra de derivados por não


residentes na bolsa de derivados

* Ativos de reserva = Aquisição, pelo Banco de Portugal, de títulos em dólares


americanos e emitidos fora da área do euro.

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