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Economia Internacional
VA = VP – CI
Modelo de fatores específicos: Preços, salários e alocação de trabalho
entre os setores
Para o cálculo do produto agregado, portanto, basta o valor final da produção ou,
alternativamente, a soma do valor adicionado em cada etapa de produção. Não devem
ser incluídos os insumos utilizados no processo produtivo, para que não sejam contados
em dobro.
Valor
Valor Bruto do
Insumos ($) Adicionado
Produto Produto ($)
(2) ($)
(1)
(3) = (1) − (2)
A produção de uma economia pode ser avaliada por três óticas: produto agregado, renda
agregada e demanda (ou despesa) agregada. Nessas óticas, o valor da produção ou da
renda deve ser sempre o mesmo.
As formas de mensuração do produto e da renda podem ser observadas na figura seguinte.
O produto agregado representa o valor Setor primário
da Produção final de todos os bens Produto Agregado (agropecuária e extração)
(Valor da produção final) Indústria
e serviços (VA) nos diversos segmentos Serviços
da economia, por exemplo: o setor
primário; a indústria de transformação Consumo das famílias
Despesa Agregada Investimentos
e os serviços. (Dispêndio com o produto) Gastos do governo
Exportações líquidas
Salários
Renda Agregada Aluguéis
(Remuneração dos fatores) Lucros
Juros
A renda agregada (Y) é a soma dos rendimentos dos fatores de produção na economia.
Sendo eles: os salários, juros, aluguéis e lucros.
A demanda (ou despesa) agregada (DA) representa o conjunto dos componentes de gastos
(dispêndio) dos agentes econômicos com os produtos finais.
Compreende o consumo das famílias, investimento das empresas, gastos ou consumo do
governo e exportações líquidas (exportações menos importações).
Com base nesse fluxo de produção e recebimentos, podemos estabelecer a identidade básica
da macroeconomia:
Produto Agregado = Demanda Agregada = Renda Agregada
PA DA RA
Numa economia aberta, o país tem relações econômicas com o resto do mundo, também
denominados de não residentes, que transacionam com os residentes do país.
A produção interna na economia aberta é igual à soma dos gastos de todos os agentes
econômicos, domésticos e estrangeiros, em bens produzidos domesticamente:
As importações devem ser acrescentadas ao produto agregado para formar a oferta agregada
global que deve se igualar à demanda agregada global:
A produção nacional bruta, além de igualar a renda agregada (Y), deve igualar a produção
interna bruta (PIB) acrescida das receitas líquidas de fatores recebidas do resto do mundo
(RLE):
Y = PIB + RLE
O PIB pode ser desdobrado nos componentes absorção (𝐴) e saldo de transações em conta-
corrente (CA):
A conta-corrente exibe todos os fluxos que afetam diretamente a renda nacional presente do
país. São componentes do Balanço de Transações Correntes (CA):
Balança Comercial: inclui basicamente as exportações e importações de mercadorias na
categoria FOB.
Balança de Serviços: inclui os serviços associados às transações relacionadas na balança
comercial (fretes e seguros) e outras transações de serviços.
Balança de Rendas: inclui os pagamentos de fatores tais como rendas, juros, lucros e
dividendos de investimentos diretos, de portfólio e outras modalidades.
Balanço de Transferências Unilaterais: inclui os pagamentos sem contrapartida.
A Conta Capital e Financeira
A Conta Capital e Financeira (CK) registra os fluxos de todos os ativos internacionais que
irão afetar a renda nacional futura.
Conta Capital: envolve as transferências líquidas de patrimônio (propriedade)
de migrantes internacionais.
CK = B1 + B2
Erros e Omissões e Transações Compensatórias
Com a finalidade de corrigir os diversos erros estatísticos nos lançamentos das operações do
país com o exterior, são contabilizados acertos na conta Erros e Omissões.
Por definição, o saldo do balanço de pagamentos é igual a zero, uma vez que as transações
internacionais possuem duas entradas que se compensam.
Desta forma, é possível traçar uma linha divisória arbitrária separando as transações em conta-
corrente (CA) das transações da conta de capital e financeira (CK):
Para que as transações internacionais sejam viáveis, os preços das mercadorias e/ou ativos
praticados nos diferentes países devem ser comparáveis. A melhor forma de comparação é
a conversão da moeda de um país na moeda do outro. Dessa forma, a partir da existência de
transações internacionais e da possibilidade de existência de diversas moedas é que surge a
taxa de câmbio.
A taxa de câmbio nominal é expressa como o preço de uma unidade da moeda estrangeira
(me) em termos da moeda doméstica (md).
Os regimes cambiais que um país pode adotar variam entre extremos caracterizados pela
irrestrita flutuação e completa rigidez cambial.
A maioria dos países segue arranjos cambiais intermediários que se diferenciam não só pela
maior ou menor intervenção, mas também pelo respaldo institucional de que desfruta a
política cambial. Menos Mais
intervenção intervenção
Câmbio flexível: o Banco Central não intervém no mercado de câmbio, a taxa se ajusta de
modo a equilibrar a oferta e a demanda de moeda estrangeira.
depreciação da moeda doméstica (real) em relação à moeda
estrangeira (dólar);
Mercado de Câmbio:
No mercado de câmbio transacionam-se tanto moedas como
títulos representativos de ativos ou de crédito.
O mercado de câmbio também permite que se realize diversos
tipos de transações com títulos e moedas estrangeiras.
Mercado de Câmbio, mercado de moeda e taxa de juros
A demanda por ativos monetários estrangeiros é influenciada por diversas variáveis (renda,
risco, liquidez, por exemplo), sendo a principal o retorno desses títulos no futuro.
tx de equilíbrio do mercado cambial é chamada de condição de paridade de juros.
O valor futuro de um ativo depende, por sua vez, dos seguintes fatores:
Rt = taxa nominal de juros doméstica corrente (na data t).
R*t = taxa nominal de juros estrangeira corrente (na data t).
Et = taxa nominal de câmbio corrente (na data t).
Eet +1 = expectativa na data t da taxa nominal de câmbio futura
em t+1.
Ft+1 = taxa de câmbio a termo na data t para cotação em t+1.
Paridade descoberta de juros
E1
0
E0 R* + (Et-1 – Et)/Et
R1 R0 Rmd
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Paridade coberta de juros (PCJ)
Parte da hipótese em que condição de paridade de juros é sempre mantida, de tal sorte que
a taxa de câmbio futura (a prazo) se iguala à taxa de câmbio spot (à vista) que se espera
prevalecer num contrato de câmbio futuro.
Agora um investidor poderá efetuar um contrato de venda de dólares a termo a uma taxa de
câmbio no nível Ft+1.
Paridade coberta de juros:
Fonte: livro-texto.
Interatividade
A taxa de câmbio em um país sofre os efeitos de uma mudança nas taxas de juros internas e
externas. Qual alternativa expressa o movimento da taxa de câmbio quando ocorre um
aumento dos juros internos num regime de câmbio flexível?
A taxa de câmbio em um país sofre os efeitos de uma mudança nas taxas de juros internas e
externas. Qual alternativa expressa o movimento da taxa de câmbio quando ocorre um
aumento dos juros internos num regime de câmbio flexível?
Oferta nominal de moeda (Ms) é determinada exclusivamente pelo Banco Central. Logo, ela é
considerada uma variável exógena:
A demanda nominal (Md) depende da taxa nominal de juros, Rt; da renda real, Yt; e do nível
de preços corrente, Pt.
Md = Pt X L(Rt,Yt)
Ms
> L(Rt,Yt) → ↓R
P
R0 0
L0 (R0,Y0)
Ms
< L(Rt,Yt) → ↑R
P
s
M0 M
P P
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Interações entre os mercados: monetário e cambial
No curto prazo, a relação entre oferta de moeda e taxa de câmbio adota que os preços são
rígidos, ou seja, (Pt = P).
O mercado monetário define a taxa de juros nominal de equilíbrio em cada país.
Posteriormente, essas taxas de juros vão definir as respectivas taxas de câmbio nominais
correntes, por meio da PDJ.
No longo prazo, os preços são flexíveis e o equilíbrio ocorre após todos os preços ajustarem-
se aos níveis de equilíbrio de mercado.
Assim, a taxa de câmbio se deprecia em proporção ao choque monetário, para que a
movimentação da taxa de juros seja condizente com a condição de paridade.
Interações entre os mercados: monetário e cambial
Além disso, há uma alteração na expectativa da taxa de câmbio futura (↑ Eet+1); e uma
depreciação adicional da taxa nominal de câmbio corrente:
O mercado monetário de um país tem influência nos níveis da taxa de juros e da taxa de
câmbio. Qual das alternativas abaixo não apresenta uma explicação para o equilíbrio deste
mercado monetário no longo prazo?
a) A oferta de moeda na economia é exógena.
b) O nível de preços de uma economia é flexível.
c) Mudanças na quantidade de moeda afetam o nível de preços e depreciam a taxa de
câmbio.
d) A taxa de juros distancia-se de seu nível de equilíbrio.
e) Equilíbrio na demanda e oferta de moeda na economia.
Resposta
O mercado monetário de um país tem influência nos níveis da taxa de juros e da taxa de
câmbio. Qual das alternativas abaixo não apresenta uma explicação para o equilíbrio deste
mercado monetário no longo prazo?
a) A oferta de moeda na economia é exógena.
b) O nível de preços de uma economia é flexível.
c) Mudanças na quantidade de moeda afetam o nível de preços e depreciam a taxa de
câmbio.
d) A taxa de juros distancia-se de seu nível de equilíbrio.
e) Equilíbrio na demanda e oferta de moeda na economia.
ATÉ A PRÓXIMA!