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INTRODUÇÃO À ECONOMIA – PROVA 2

 Capítulos 11 a 21, Rossetti

11 – Conceito e Cálculo dos Agregados Macroeconômicos

 Agregados macroeconômicos: resultados da mensuração


da atividade econômica considerada como um todo; soma de
todas as transações, realizadas por todos os agentes, na
totalidade dos mercados
- agrupamentos de recursos, agentes, atividades produtivas,
transações, variáveis-fluxo e variáveis-estoque
- homogeneização
 Contabilidade Social: metodologia sistematizada de
levantamento e contabilização do todo; contabiliza todas
transações de uma nação ou entre nações
- década de 40 / séc XVII
- processos sistematizados para cálculo dos grandes
agregados do produto, da renda e do dispêndio nacionais:
interdependentes e simultâneos
 Renda Nacional: Petty, King
 Fortuna Nacional: Quesney
- 1930: políticas antidepressão, desenvolvimento
socioeconômico, promoção bélica, entidades multilaterais
- relações de dependência entre os principais fluxos
agregados: visão integrativa da realidade econômica
- diferenciação micro e macroeconomia (contabilidade social,
Keynes)
 Os Sistemas Padronizados de Contas Nacionais
- patrocinados por governos e instituições multilaterais;
Nações Unidas (System of National Accounts)
- Kuznetz; Stone
- Centro de Contas Nacionais (CCN): adequação do modelo
padronizado UM
 Valor Adicionado, Renda e Dispêndio
- agentes econômicos: famílias, empresas e governo
- interdependência dos fluxos de produção, geração de renda
e dispêndio
 VALOR ADICIONADO
- diferenciação entre fluxos de produção e produto
- produção nacional em unidades monetárias
- múltipla contagem de bens intermediários
- valor adicionado ≠ valor de produção
- produção = fluxo de suprimentos-processamento-saídas
- valor adicionado pela empresa = valor das saídas – valor
dos suprimentos; diferença positiva
- Produto Nacional: soma dos produtos ou valores
adicionados de todas empresas
- valor adicionado e produto equivalentes
 RENDA NACIONAL
- soma das remunerações pagas aos fatores de produção
mobilizados pelas empresas para unidades familiares
- produto e custo dos fatores equivalentes
- suprimentos: transações intermediárias entre empresas,
matérias-primas
- processamento: trabalho, capital, empresariedade;
totalizam valor agregado
- saídas: produção vendida (consumo, acumulação,
insumo)
Ex: produto das montadoras = mobilização dos fatores de
produção interno (salários, aluguéis, arrendamentos, juros
e lucros) = renda gerada pela atividade de montagem
- Produto Nacional e Renda Nacional equivalentes em
termos líquidos
 DISPÊNDIO NACIONAL
- destinação da renda
- bens e serviços produzidos destinam-se a consumo e
acumulação = dispêndio final
- consumo = destruição da riqueza; aquisição de bens e
serviços
- acumulação = formação de capital, investimento,
acréscimos líquidos na capacidade nacional de produção
Ex: edificações, máquinas, equipamentos
- poupança = consumo diferido (adiado)
- produto nacional e renda nacional monetariamente iguais
- dispêndio = produto nacional quando poupança =
investimento
 Fluxos do Produto
- economia fechada sem governo: aproximação simplificada,
empresas e unidades familiares

- valor da produção (950) não é o valor do Produto Nacional,


inclui transações intra e inter-atividades, contagem múltipla
- Produto Nacional = valor total das saídas – valor dos
fornecimentos intermediários

- agregado do Produto Nacional = 300


- transações intermediárias excluídas
- custos de suprimentos
 Fluxos da Renda
- Produto Nacional pela abertura do valor adicionado segundo
custos dos fatores
- salários (remuneração fator trabalho), aluguéis,
arrendamentos, juros e depreciações (remuneração fator
capital) e lucros (remuneração empreendimento)
- fator capital = aluguéis, arrendamentos e juros
- depreciações: ressarcimento dos investimentos em bens de
capital feito pelas empresas, único que não se refere a
unidades familiares; reposição do capital depreciado,
acumulação; são reduções de riqueza acumulada; deduzidas
dos investimentos brutos e do Produto Nacional
 Fluxos do Dispêndio
- consumo e acumulação (bens e serviços finais)
- todo produto nacional é adquirido por usuários finais
- acumulação: poupança unidades familiares + depreciação

 Fluxos de Receita do Governo


- economia fechada
- governo como agente econômico
- arrecada tributos e gasta as receitas tributárias
- receitas tributárias do governo: exação fiscal
 Tributos diretos:
Incide sobre ativos e rendas das unidades familiares e das
empresas; reduz poder de dispêndio de agentes
econômicos privados
 Tributos indiretos
Transações intermediárias e finais; incorporados aos
preços de bens e serviços
- receitas não-tributárias do governo: taxas por prestação de
serviços, arrendamento de propriedades e participação
acionária em empresas
 Fluxos do Dispêndio do Governo
- Consumo (custeio): manutenção da estrutura do setor
público, pessoal civil e militar
- Investimento (capital): adições ao estoque de capital da
economia; acumulação; obras públicas, infraestrutura;
formação bruta de capital fixo
- Transferências: pagamentos unilaterais feitos pelo governo;
prev. social, auxílios
- Subsídios: pagamentos do governo para empresas, tributo
indireto com sinal negativo; fomenta bens e serviços
específicos
 Impactos da Introdução do Governo
- aumento dos valores adicionados pelos tributos indiretos
- diminuição do valor adicionado por subsídios
- produto a preços de mercado (governo) =
Produto a custo de fatores + depreciações + tributos indiretos
líquidos (tributos indiretos – subsídios)
- sob a renda agregada:
Tributação direta sob remuneração dos fatores e
transferências do governo para ativos e inativos
 renda pessoal disponível = custo dos fatores – tributos
diretos + transferências
- dispêndio nacional bruto = produto nacional bruto (sem
vazamentos

 Economia Aberta
- sistemas nacionais com transações econômicas com outras
nações
- abertura na entrada de insumos, processamento e saída de
produtos
- Exportações de mercadorias e serviços:
venda de mercadorias, receitas cambiais com serviços
prestados a estrangeiros, dispêndios das representações
diplomáticas de outros países
- Importações de mercadorias e serviços
- Resultado líquido dos pagamentos e recebimentos por
fatores de produção:
salários, juros, arrendamentos e aluguéis, patentes e direitos
autorais e lucros
- Saldo do balanço internacional de pagamentos em
transações correntes: resíduo final dos 3 fluxos acima
+ = fornece mais do que recebe, desacumulação externa
- = entradas, processo + de acumulação interna

- Oferta Agregada= ao PIB a preços de mercado somam-se as


importações de mercadorias e serviços
- Procura Agregada = dispêndios internos em consumo +
exportações de mercadorias e serviços
- oferta interna (PIB) e externa (importações)
- procura interna (dispêndio interno bruto) e externa
(exportações)
- renda interna disponível = fatores internamente mobilizados
(nacionais ou não)
- renda pessoal disponível = exclui remessas para o exterior e
soma os recebimentos
 Conceitos Agregados Convencionais
- Interno = localização territorial dos agentes econômicos, não
nacionalidade
- Nacional = nacionalidade
 Desagregação dos Fluxos Macroeconômicos
- Matrizes tipo Leontief: desagrega por ramos de atividade
produtiva
- desagregação: análises das condições estruturais e
resultados abertos
 transações intermediárias
 apresentadas por relações matriciais

12- A Mensuração Agregativa

 Economia Subterrânea Não Aferida


- hiato entre atividades efetivamente exercidas e as que são
aferidas; resulta das convenções sobre o que deve ser
incluído e da não legalização de algumas atividades
- serviços de donas de casa, produção de subsistência não
são contabilizados
- economia subterrânea: parcela irreconhecida e não-
legalizável
 Ilegalidade
 Usos e costumes
 Preferência pela informalidade
 Convenção estabelecida
- PIB inclui apenas uma fração dos processos submersos
 Comparações Intertemporais
- Variações Nominais e Reais
 Variação do valor da unidade de conta empregada –
moeda corrente do país
o representatividade dos valores expressos em moeda
tem a ver com o valor da própria moeda, o qual
dificilmente permanece constante
o fluxos são calculados a preços de mercado; movimentos
inflacionários/deflacionários
 Variações nominais (correntes): mudanças nas
quantidades transacionadas e nos preços de mercado
praticados; não expressam o que a economia
efetivamente produziu
 Variações reais (constantes): quantidades efetivamente
transacionadas, a preços constantes
 Deflatores do Cálculo Agregativo
- passagem dos valores de preços correntes para preços
constantes
- calcular diretamente o volume físico das transações para
sucessivos períodos considerados aos preços de um
determinado ano-base
- calcular a variação média ponderada de preços ao longo de
determinado tempo
- números índices de variação de preços ou de quantidades
como deflatores do PIB nominal
- índices de preços por bases móveis (Laspeyres)
quantidades de ano anterior ponderando ano em curso
- PIB real = PIB nominal / deflator
 Comparações Internacionais
- conversão para uma denominação monetária comum
 Dólar (taxa de câmbio)
- metodologia de cálculo: padronização das Nações Unidas
 Ajustamentos pela paridade do poder de compra
- taxas oficiais de câmbio não refletem o poder aquisitivo
interno das moedas nacionais
- valores de mercado desiguais
- taxas oficiais de câmbio ≠ paridade de poder aquisitivo
- Programa de Comparações Internacionais (U.N.)
 Limitações e Significados dos Macroagregados
- fins nacionais e internacionais
- não inclusão de atividades subterrâneas
- sujeição interna à variação do valor da moeda nacional
- assimetrias estruturais de custos externas
- imperfeita correlação entre fluxos agregados per capita e
padrões efetivos de bem-estar
 Diferenças entre países quanto aos padrões de
produtividade
 Dispêndios específicos de país
- desconsideração de externalidades
 Depreciações (PNL) ; depreciação ambiental
- não-distinção de fins
 Armamentos, reparações, espionagem, educação; não
diferem

13- As Contas Nacionais do Brasil

 Seguem a estrutura das Nações Unidas (SNA-93)


 Conceitos Agregados
- Produto Interno Bruto:
atividades econômicas de produção realizadas dentro do
território do país (não inclui trans. Interm.), independente de
serem propriedade ou não da nação
- Produto Nacional Bruto (a preço de mercado):
PIB – pagamentos líquidos por fatores de produção
pertencentes a outras nações
- Produto Nacional Bruto (ao custo dos fatores):
PNB (mercado) – tributos indiretos + subsídios +
transferências de assistência e previdência + juros da dívida
pública interna pagos – tributos diretos
 Tributos Indiretos:
IPI (imposto sobre produtos industrializados)
ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e
serviços)
ISS (imposto sobre serviços)
- Renda Disponível do Setor Privado:
Juros recebidos do governo
- Renda Disponível do Setor Público:
 Juros + previdência > tributos diretos + receitas
correntes
o Fluxos antisociais (concentram renda disponível)
o Tributação direta negativa
o Comprimida, negativa
 3 Ângulos do PIB: PRODUÇÃO, RENDA, DISPÊNDIO
- PIB = DIB (dispêndio interno bruto)
- Produção
 Totalização dos custos de processamento das empresas
 Valor bruto da produção – valor de insumos adquiridos
de outras empresas
 Contribuição ao esforço social de produção (valor
adicionado)
 Avaliados por atividades produtivas (primárias,
secundárias e terciárias)
 Deduzidos valores do produto gerados em outros
setores transferidos para os intermediários financeiros
(juros passivos)
- Renda
 remunerações internas brutas pagas aos fatores de
produção (PIB) + impostos indiretos – subsídios
 trabalho (salários, encargos), excedente operacional
bruto
 valor da depreciação (consumo de capital fixo) incluso
no valor agregado bruto de cada setor
- Dispêndio
 consumo + acumulação + formação bruta de capital fixo
(investimentos brutos) + dispêndio externo líquido
(exportações – importações) a preços de embarque
 Sistematização das Contas Nacionais do Brasil
- fluxos anuais
- partidas dobradas; entradas a crédito, saídas a débito; duas
contas
- Conta do PIB (nuclear): custos totais de geração, dispêndio
total corrente (procura agregada), valor residual da variação
de estoques (oferta – procura)
 saídas: pagamentos dos recursos mobilizados no
processo de produção
- Conta da Renda Nacional Disponível Bruta (nuclear):
utilização/apropriação dos fluxos de renda
 difere do PIB: nacional; resto do mundo (todos os
demais países)
 principais fluxos de consumo final (utilização): famílias e
adm públicas
 consumo agregado – renda bruta = poupança bruta
 apropriação: remunerações dos fatores empregados no
processo de produção
 incluem-se rendimentos e transferências recebidos do
resto do mundo líquidos, tributos indiretos líquidos
 saída: PIB e acumulação de capital
- Conta de Capital (nuclear): acumulação interna bruta;
formação bruta de capital
 investimentos em ativos fixos (construções e aquisições
de bens de capital) e variação de estoques (níveis dos
estoques de produtos em todos os estágios de
produção)
 recursos para acumulação:
poupança bruta (receitas – dispêndios ; estimativa de
depreciação do capital fixo; vem da renda nacional b.)
+ saldo das transações correntes com o resto do mundo
(positivo, desacumulação externa líquida)
- Conta das Transações Correntes com o Resto do Mundo
(nuclear): síntese das transações com mercadorias e serviços
entre a economia interna e outras nações
 total dos recebimentos correntes: exportação +
transferências unilaterais + remuneração de
empregados
 pagamentos ao exterior (-): importações, transferências
unilaterais e rendimentos remetidos
 utilização dos recebimentos correntes
 relacionado a todas as contas
- Conta Corrente das Administrações Públicas (conta satélite):
não integrada às nucleares; fluxos de recebimentos correntes
do governo e sua utilização
 consumo final é o principal fluxo de dispêndio das
administrações públicas = salários, encargos, aquisições
de bens e serviços
 o que resta é destinado a subsídios às empresas,
transferências de assistência e previdência social e
pagamento de juros às famílias
 receita corrente: estrutura tributária
tributos indiretos > diretos
outras receitas correntes negativas
 poupança em conta corrente negativa (dispêndios >
receitas)
 lançamentos a crédito em uma conta e a débito em outra
14- O Sistema de Intermediação Financeira

 Intermediação Financeira
- composta por intermediários financeiros
- setor financeiro: operações com ativos financeiros,
monetários e não-monetários
- monetários: meios de pagamento, liquidação de transações
- não-monetários: instrumentos de captação para
financiamento de operações de crédito
- ativos diferem dos ativos reais e do setor real: ativos de valor
intrínseco, de uso, satisfação direta de necessidades
- condições de existência da intermediação financeira:
 superação do escambo
 existência de agentes econômicos superavitários e de
agentes econômicos deficitários
 bases de operação de intermediários financeiros
 Sistemas Financeiros
- sistemas financeiros captam recursos dos superavitários
operacionais (excedentes de renda em relação ao dispêndio)
e repassam para deficitários
- operações passivas → captações; resultam de depósitos e
outras reservas de mutuários
operações ativas → aplicação dos recursos em
financiamentos; créditos tomados por mutuantes para giro
operacional, dispêndios de consumo e investimentos
- subdivisão do setor financeiro:
 mercado monetário: nível geral de liquidez da economia;
autoridades monetárias operando com instituições
financeiras
 mercado de crédito: suprimento de necessidades de
caixa para operações correntes e formação de capital;
recursos exigíveis
 mercado de capitais: transacionam-se recursos não-
exigíveis, quotas-partes do capital de empresas
 mercado cambial: compra e venda de moedas
estrangeiras
- sistema financeiro nacional:
 normativo: autoridades monetárias, responsáveis pela
disciplina operacional e pela liquidez do sistema
o Conselho Monetário Nacional, Banco Central do
Brasil e Comissão de Valores Mobiliários
 de intermediação
o instituições bancárias: operam com ativos
monetários; captam depósitos a vista
o instituições não-bancárias: operam com ativos
não-monetários; lastreiam operações ativas com
outras formas de captações
 diferenciação resultante da definição de moeda
moeda = moeda manual (papel-moeda e moeda metálica) +
moeda escritural (depósitos a vista nos bancos)
 moeda manual e escritural são ativos financeiros

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