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Comércio Internacional

• Importação x Exportação
Elaine Rodrigues

• Bacharel em Turismo

• Pós Graduação em MBA em Gestão


Empresarial

• Pós Graduação em Gestão Portuária


• 7 anos trabalhando no setor de turismo
• GAC do Brasil. –3 anos
• Wilhelmsen Ship Service - 3 anos
• Gem Shipping - 2 nos
SURGIMENTO
• Necessidade de troca de
mercadoria ( Escambo);
• Surgimento da moeda metálica
com seus respectivos valores
(ouro, prata, bronze e cobre);
• Com isso tivemos a expansão da
economia onde conseguiu-se
englobar outras regiões. O que
favoreceu amplamente as
relações comerciais entre varias
nações.
• O movimento da globalização.
• É a pratica comercial entre agentes que estão em nações
diferentes, assim , o comércio entre duas regiões de uma
mesma nação é comércio, mas quando cruza as
fronteiras torna-se internacional.
• Com isso surgiu os conceitos de Exportação e
Importação.
• Exportação: é a saída de bens e serviços de uma nação
DEFINIÇÃO com destino a outras nações, que implica recebimento
monetário por isso, ou seja, ocorre a entrada de divisa.
• Importação: é a entrada em nossa nação de bens e
serviços oriundos de outras nações, decorrente da saída
de divisas.
INTRODUÇÃO
Com a abertura das fronteiras entre os países e com a intensificação da comercialização de mercadorias entre as
diversas nações do mundo, um novo movimento de ordem mundial tem se consolidado nos últimos tempos. A
este movimento de intensificação de trocas além das fronteiras dos países convencionou-se chamar de
globalização.
Alguns fatores passaram a ter um destaque especial nas relações de trocas de mercadorias. São eles:
• a) Domínio de informações estratégicas sobre negócios.
• b) Atratividade do país para absorver capitais privados e autônomos para investimentos em estruturas
produtivas.
• c) Custos competitivos.
• d) Domínio de tecnologias avançadas de produção e de gerenciamento.
• e) Cadeias de suprimentos competitivas.
• f) Posturas competitivas em megamercados (mercados mundiais para o comércio de bens).
• g) Macroparcerias internacionais (parcerias entre grandes conglomerados).
• O transporte entre países pode ser feito por meio
aeroviário, aquaviário, dutoviário, ferroviário e
rodoviário.
• No Brasil, o transporte além das fronteiras é
realizado com a maior parte dos países através do
transporte marítimo ou do transporte aéreo. O
ZONAS DE ATIVIDADES transporte rodoviário também tem participação
importante na movimentação de cargas
LOGÍSTICAS PARA O internacionais, principalmente, com os países do
COMÉRCIO Mercosul e com os outros países da América do
INTERNACIONAL Sul.
• A diferença de tratamento logístico entre as
trocas de mercadorias ocorridas no interior do
país e a comercialização realizada entre o Brasil e
outros países é acentuada, principalmente, pelos
trâmites aduaneiros necessários aos processos de
importação e de exportação de mercadorias.
ZONAS DE ATIVIDADES LOGÍSTICAS
PARA O COMÉRCIO INTERNACIONAL
Uma Zona de Atividades
Logísticas destinada ao
Normalmente, os comércio exterior
Há todo um conjunto de
procedimentos necessita dispor de locais
procedimentos e de
aduaneiros são onde os procedimentos e
obtenção de documentos
desenvolvidos em Zonas os regimes aduaneiros
(licenças, seguros,
de Atividades Logísticas possam ser aplicados, tais
acordos, contratos, entre
mais conhecidas como como recintos
outros) que necessitam
portos marítimos, alfandegados de uso
ser observados para o
aeroportos, portos secos privativo e de uso público
caso da comercialização
e entrepostos e armazéns onde possam
de produtos entre países.
aduaneiros. ser guardadas
mercadorias esperando
despacho.
A zona primária é formada pela
área ocupada pelos portos,
aeroportos e pontos de fronteira.

Zona
Primária. Nas zonas primárias estão
localizadas as unidades aduaneiras
que têm jurisdição sobre um ponto
de entrada ou saída de veículos.
a) Entreposto aduaneiro – são áreas totalmente

Zona administradas e operadas e controladas pelo poder público


(Receita Federal). Nelas é realizada a liberação das
mercadorias de importação e exportação sob controle fiscal.

Secundária. b) Terminal retroportuário alfandegado – são áreas


administradas e operadas por instituições privadas,
permissionárias de serviços aduaneiros e controladas pela
Receita Federal. Estão localizadas em áreas particulares,
próximas dos portos e requerem a existência de uma zona
primária interligada.16

c) Estação aduaneira de interior (EADI) – áreas também


conhecidas como portos secos, administradas e operadas por
instituições privadas, permissionárias de serviços aduaneiros
e controladas pela Receita Federal. Localizam-se,
• A zona secundária é formada pelo restante do território normalmente, em áreas concentradoras de cargas, distantes
nacional, incluindo-se as águas territoriais e o espaço dos portos marítimos e funcionam com verdadeiros portos
aéreo. Nas zonas secundárias estão localizadas as secos.
unidades aduaneiras interiores que permitem a
armazenagem das cargas a médio prazo, o despacho, a d) Estação aduaneira de interior frigorífica – são áreas
nacionalização e a transferência de modal de destinadas exclusivamente a cargas frigorificadas localizadas
transporte para as mercadorias que estão sob o regime em zonas concentradoras de cargas distantes das zonas
aduaneiro (importação e exportação de mercadorias). portuárias.
Cabe destacar aqui alguns exemplos de unidades
aduaneiras secundárias:
ORIGEM DO REGULAMENTO ADUANEIRO

O controle aduaneiro tem uma história antiga, sempre relacionada, em maior ou menor
medida, com a tributação do comércio internacional. No período de consolidação do poder
político dos Estados soberanos na Europa que o controle aduaneiro adquiriu maior
relevância. Nessa época, inclusive, passou a ser identificada pelos economistas a
importância dos tributos aduaneiros, como instrumento de desenvolvimento nacional.
Conceito de Controle Aduaneiro

• São processos de controle da entrada e da saída de veículos e de mercadorias em um


território aduaneiro (entrada e saída dos veículos e das mercadorias nos portos
marítimos, aeroportos internacionais e postos de fronteira entre dois países). Os
controles visam verificar a conformidade dos veículos e das mercadorias com as normas
de aduana do país importador.
• Assim, pode-se dizer que os processos aduaneiros regulam a entrada e a saída dos
veículos que transportam cargas, o trânsito das cargas até os pontos de desembaraço (as
unidades aduaneiras da zona secundária) e a atividade de desembaraço.
Fases do controle aduaneiro

Assim, todos os veículos e


2) Na segunda fase, mercadorias de
1) Na primeira fase, quando o veículo importação ou de
quando o veículo entra estaciona em ponto exportação permanecem
ou sai, pela determinado pelas sobre o controle da
aduana até que cruzem
comunicação que todo autoridades
novamente as fronteiras
veículo deve prestar ao aduaneiras, pelas com destino ao país de
cruzar as fronteiras de informações sobre as onde veio ou a um
determinado país. características da carga terceiro país ou até que as
que transporta. mercadorias sejam
despachadas.
• a) Entrada do veículo: Para que um veículo possa entrar em um
país é necessário que ele esteja regularmente autorizado,
transportando ou não cargas. As regras existentes para todos os
países determinam que um veículo ao entrar num país deve
comunicar o fato às autoridades competentes e se submeter

Fase do
imediatamente às regras de inspeção: fiscais, sanitárias, de
imigração, de proteção ao meio ambiente, de segurança etc.
• b) Declaração de carga: A declaração de carga está contida no
processo Manifesto de Carga, que é um documento em que estão
discriminados todos os Conhecimentos de Carga que se destinam
a cada ponto de desembarque. Na declaração de carga o
aduaneiro responsável pelo veículo declara qual a carga que está
transportando, qual a carga que é destinada a outros países e qual
é a carga destinada ao país em que está entrando.
• c) Desembarque da mercadoria : O desembarque da
mercadoria é feito pelos operadores portuários, se aquaviário,
contratados pelo transportador ou pelo responsável pelo veículo,
com a devida autorização das autoridades do país, usualmente
autoridades aduaneiras e da vigilância sanitária.
d) Armazenamento no ponto de desembarque
• Vale assinalar que a carga tanto pode ser removida imediatamente do ponto de desembarque ou ser
armazenada nesse ponto. Lembre-se que a armazenagem é um custo logístico importante.
• Geralmente nos pontos de desembarque existem áreas demarcadas e distintas para a operação de
mercadorias destinadas a trânsito imediato e para aquelas que serão destinadas a armazenamento no
local.
• É importante dizer que a remoção imediata da mercadoria dependerá de autorização prévia das
autoridades aduaneiras e da vigilância sanitária.46
e) Trânsito
• Se a carga desloca-se do local de desembarque para qualquer outro local autorizado diz-se que houve
uma operação de trânsito.
• Uma operação de trânsito somente poderá ser realizada com autorização da aduana.
• Deve ser dito que os veículos que estiverem atravessando o território nacional ou até o primeiro ponto
de desembarque são considerados em trânsito aduaneiro.
f) Armazenamento
• Diz-se que a guarda da mercadoria por algum operador
• Grosso modo, denomina-se desembaraço da mercadoria a autorização da aduana para que ela seja
entregue ao seu proprietário ou ao consignatário.
NO BRASIL

A Evolução do Sistema Aduaneiro brasileiro mostra diversas leis e normas dispersas


utilizadas no controle aduaneiro ao longo da história. Um “Regulamento
Aduaneiro” nacional propriamente dito, com essa definição, nasceu somente em
1985 com a publicação do Decreto nº 91.030/85. Esse primeiro Regulamento
Aduaneiro, com seus 567 artigos, ‘sobreviveu’ a entrada em vigor do Siscomex e
durou pouco mais de 17 anos.
ATUALIZAÇÕES

O Regulamento Aduaneiro do final de 2002 atualizou diversas normas e acrescentou


outras, resultando em 732 artigos, 30% maior que seu antecessor, de 1985. Contudo,
pouco antes do Carnaval de 2009, foi publicado o atual Regulamento Aduaneiro
através do Decreto nº 6.759/09, de 05 de fevereiro de 2009, com 820 artigos.

Além de atualizar e consolidar as normas aduaneiras em função de diversos atos


legais que foram sancionados nesse período, o Regulamento Aduaneiro de 2009,
assim como o seu antecessor, incorpora as normas relativas à organização dos
serviços aduaneiros, aos tributos federais vinculados (II, IPI, PISImportação e Cofins-
Importação); aos Regimes Aduaneiros Especiais, aos procedimentos do despacho
aduaneiro (importação e exportação), e às multas e outras penalidades e demais
matérias correlatas.
O Despachante Aduaneiro no Regulamento
Aduaneiro

Uma das importantes atualizações trazidas pelo Regulamento Aduaneiro de 2009 foi a
destinação de toda uma subseção para tratar do exercício da profissão de Despachante
Aduaneiro. Do mesmo modo, instituiu a aprovação em exame de qualificação técnica como
um dos requisitos para o Ajudante se tornar Despachante Aduaneiro.
SISTEMA RADAR
Foi disponibilizado em 21 de agosto de 2002 , para todas
as Unidades Aduaneiras da SRF, o acesso ao sistema
Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos
Intervenientes Aduaneiros (RADAR) .
OBJETIVO

Disponibilizar, em tempo real, informações de natureza aduaneira, contábil e fiscal


que permitam à fiscalização identificar o comportamento e inferir o perfil de risco
dos diversos agentes relacionados ao comércio exterior, tornando-se uma
ferramenta fundamental no combate às fraudes .
MODELIDADES

• I - Expressa, no caso de: a) pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade anônima
de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão, e
suas subsidiárias integrais; ou b) empresa pública ou sociedade de economia mista;
• II - Limitada, no caso de declarante de mercadorias não enquadrado na modalidade
Expressa cuja capacidade financeira seja estimada em valor igual ou inferior ao limite
máximo estabelecido no inciso II do caput do art. 17; ou
• III - Ilimitada, no caso de declarante de mercadorias não enquadrado na modalidade
Expressa cuja capacidade financeira seja estimada em valor acima do limite máximo
estabelecido no inciso II do caput do art. 17.
LIMITES
Art. 17. O declarante de mercadorias habilitado na modalidade Limitada de que trata o
inciso II do caput do art. 16 poderá realizar operações de importação, em cada período
consecutivo de seis meses, até o limite de:
• I - US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América), ou o
equivalente em outra moeda, caso sua capacidade financeira estimada seja igual ou
inferior a tal valor; ou
• II - US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América), ou o
equivalente em outra moeda, caso sua capacidade financeira estimada seja superior ao
valor referido no inciso I e igual ou inferior ao fixado neste inciso II. § 1º Para fins de
apuração dos limites estabelecidos neste artigo, as operações de importação serão
consideradas pelo valor aduaneiro das mercadorias
CLASSIFICAÇÃO FISCAL
• O que é Classificação Fiscal de Mercadorias?
Classificação Fiscal é o ato de atribuir o código NCM
à mercadoria, que permita identifica de forma
clara, com os objetivos: tributários, administrativos
e estatísticos. Este processo abrange as seguintes
áreas: importação, exportação e mercado interno.

A NCM foi adotada em janeiro de 1995 pela


Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e tem como
base o SH (Sistema Harmonizado de Designação e
Codificação de Mercadorias). Por esse motivo existe a
sigla NCM/SH.
SISTEMA HARMONIZADO (SH)
• Método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de
códigos e respectivas descrições. Foi criado para promover o desenvolvimento do
comércio internacional, assim como aprimorar a coleta, a comparação e a análise das
estatísticas. Facilita as negociações comerciais.

• A composição: Formado por seis dígitos, permite que sejam atendidas as especificidades
dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e aplicação, em um ordenamento
numérico lógico, crescente e de acordo com o nível de sofisticação das mercadorias.
ÓRGÃOS ANUENTES NA IMPORTAÇÃO
• 1. Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
• 2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
• 3. Agência Nacional do Cinema – ANCINE
• 4. Comando do Exército – COMEXE
• 5. Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX
• 6. Departamento de Polícia Federal – DPF
• 7. Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM
• 8. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA
INCOTERMS
INCOTERMS

Os Incoterms ou Os Incoterms, Termos


Internacionais de Nos Incoterms são
Termos Internacionais Comércio, constituem-se definidos, entre outros
de Comércio são num conjunto de normas elementos, as
cláusulas contratuais internacionais que condições de entrega
aplicadas na transações definem os direitos e
da mercadoria, a
de compra e venda obrigações recíprocos do
importador e do responsabilidade pelo
internacional. Definem
exportador. São utilizados transporte e pelo
responsabilidade
nos contratos de compra e seguro, a
sobre: deveres e
venda internacional para responsabilidade pelos
obrigações do
determinar regras e danos e extravios da
exportador e práticas de comércio carga.
importador. neutras.
INCOTERMS

• 1. EXW — Ex Works — Na Origem (local de entrega nomeado);


• 2. FCA — Free Carrier — Livre No Transportador (local de entrega nomeado);
• 3. FAS — Free Alongside Ship — Livre Ao Lado Do Navio (porto de embarque nomeado);
• 4. FOB — Free On Board — Livre A Bordo (porto de embarque nomeado);
• 5. CPT — Carriage Paid To — Transporte Pago Até (local de destino nomeado);
• 6. CIP — Carriage And Insurance Paid To — Transporte E Seguro Pagos Até (local de destino nomeado);
• 7. CFR — Cost And Freight — Custo E Frete (porto de destino nomeado);
• 8. CIF — Cost Insurance And Freight — Custo, Seguro E Frete (porto de destino nomeado);
• 9. DAP — Delivered At Place — Entregue No Local (local de destino nomeado);
• 10. DPU — Delivered At Place Unloaded — Entregue No Local Desembarcado (Local de destino nomeado);
• 11. DDP — Delivered Duty Paid — Entregue Com Direitos Pagos (local de destino nomeado).
1. EXW — Ex Works — Na
Origem (local de entrega
nomeado);

• O vendedor (exportador) cumpre sua obrigação


de entrega das mercadorias, quando as coloca
disponíveis, ao comprador (importador), em
sua propriedade ou outro local nomeado
(indústria, fábrica, armazém etc.). todas as
despesas e riscos desde a retirada no local
designado até o destino final cabem ao
importador.
• Este termo representa a mínima obrigação para
o vendedor, não devendo ser aplicado quando
o importador não tiver condições de atender,
direta ou indiretamente, as formalidades da
exportação.
2. FCA — Free Carrier — Livre No
Transportador (local de entrega
nomeado);

• Significa que o vendedor entrega as


mercadorias, desembaraçadas para a
exportação, ao transportador designado
pelo comprador, no local nomeado. Se a
entrega ocorrer na propriedade do
vendedor (exportador), ele é o responsável
pelo embarque. Se a entrega ocorrer em
qualquer outro lugar, o vendedor não é
responsável pelo embarque.
• Este termo é utilizado principalmente na
modalidade de transporte aéreo.
3. FAS — Free Alongside Ship — Livre
Ao Lado Do Navio (porto de embarque
nomeado);

• Corresponde à situação em que o vendedor realiza a


entrega quando a mercadoria estiver no navio no porto
designado para o embarque. Neste caso, o comprador
arca com todos os custos e riscos de perda ou avaria da
mercadoria, a partir do ponto e momento do embarque.
• Assim, o vendedor precisa neste contexto realizar o
desembaraço da carga na alfândega para a exportação.
• É um termo utilizado para o transporte marítimo, fluvial
ou lacustre.
4. FOB — Free On Board
— Livre A Bordo (porto
de embarque nomeado);

• O exportador deve, sob sua conta e


risco, colocar a mercadoria a bordo
do navio indicado pelo importador,
no porto de embarque designado, e
a partir deste momento o
importador assume todos os custos
e responsabilidades.
• Este termo é utilizado
principalmente na modalidade de
transporte marítimo.
5. CPT — Carriage Paid To — Transporte Pago
Até (local de destino nomeado);
• Este incoterm determina que o vendedor realize a entrega
da carga para um transportador escolhido por ele. Porém,
ele é responsável pelo pagamento do frete necessário para
levar a mercadoria até o porto de destino (local da entrega).
Depois da entrega é o comprador que arca com todos os
custos e riscos associados à movimentação da mercadoria
até suas instalações.

• Este termo é utilizado principalmente na modalidade de


transporte aéreo.
6. CIP — Carriage And Insurance Paid To —
Transporte E Seguro Pagos Até (local de
destino nomeado);

• Neste caso, o vendedor entrega a mercadoria a um


transportador escolhido por ele e tem a obrigação de
pagar o frete até o local designado (porto ou aeroporto
de entrega). Além disso, o vendedor é responsável pela
contratação do seguro durante a movimentação,
inclusive na etapa de transporte do local designado para
a entrega até as instalações do comprador.
7. CFR — Cost And Freight — Custo E Frete
(porto de destino nomeado);
• Este termo indica que o vendedor deve pagar os custos
e o frete para movimentar as mercadorias até o porto
de destino designado. Depois das mercadorias terem
sido entregues a bordo do navio, os custos adicionais e
os eventuais danos ocorridos com a carga são
transferidos para o comprador.
• O vendedor é o responsável pelo desembaraço das
mercadorias para a exportação.
8. CIF — Cost Insurance And Freight — Custo, Seguro E
Frete (porto de destino nomeado);
• Todas as despesas, inclusive seguro marítimo e frete, até
a chegada da mercadoria no porto de destino
designado correm por conta do vendedor, todos os
riscos, desde o momento que transpõe a amurada
navio, no porto de embarque, são de responsabilidade
do comprador.
• Este termo somente pode ser utilizado para modalidade
de transporte marítimo, devendo ser utilizado termo
CIP para transporte aéreo.
9. DAP — Delivered At Place
— Entregue No Local (local
de destino nomeado);

• O vendedor entrega a carga


colocando-a à disposição do
comprador, no local de destino
designado, no meio de transporte,
pronta para ser desembarcada
• Simboliza que o Vendedor deve arcar
com praticamente todas as
responsabilidades. Ficando a cargo do
Comprador somente a descarga da
mercadoria no país de destino, assim
como autorização e pagamento da
importação
10. DPU — Delivered • O vendedor entrega a carga colocando-a à disposição do
At Place Unloaded — comprador, no local de destino nomeado, descarregada do
meio de transporte.
Entregue No Local
Desembarcado (Local • significa que o exportador entrega as mercadorias,
de destino descarregadas do meio de transporte, e
colocadas à disposição do comprador em um terminal pelo
nomeado); ou DAT - importador nomeado, ou no porto ou local de destino
(Delivery at Terminal) indicado.
11. DDP — Delivered
Duty Paid — Entregue
Com Direitos Pagos (local
de destino nomeado).

• O termo DDP supõe que o vendedor realiza a


entrega da mercadoria ao comprador,
desembaraçada para a importação, e sem ter sido
descarregada, no porto de destino designado. É o
vendedor que deve arcar com todos os custos e
riscos envolvidos com a movimentação da
mercadoria até o destino, incluindo, os direitos
aduaneiros para a importação no país de destino.

• simboliza que o Vendedor deve arcar com


praticamente todas as responsabilidades. Ficando
a cargo do Comprador somente a descarga da
mercadoria no país de destino, assim como
autorização e pagamento da importação.
PROCESSOS DE COMPRA E VENDA INTERNACIONAL

• COMMERCIAL INVOICE - FATURA COMERCIAL


• PACKING LIST
• AIRWAY BILL AWB
• BILL OF LADING BL
• CONHECIMENTO DE EMBARQUE
COMMERCIAL INVOICE
- FATURA COMERCIAL
• Exigência da Receita Federal A fatura deve conter as seguintes indicações (art. 557
do Decreto Nº 6.759/2009 - Regulamento Aduaneiro):
• Nome e endereço completo do exportador;
• Nome e endereço completo do importador;
• Especificação da Mercadoria em Português ou em idioma oficial: Inglês, Francês,
Espanhol;
• Marca, numeração e referência dos volumes;
• Quantidade e espécie dos volumes;
• Peso Líquido e Bruto dos volumes; (Decreto 10.550/2020)
• País de Origem, País de Aquisição e País de Procedência;
• Preço Unitário e Preço Total;
• Condições e Moeda de Pagamento;
• Termo da Condição de Venda:
PACKING LIST
• Não existe um modelo padrão para este documento. Contém comumente os seguintes
elementos:
• Quantidade Total dos Volumes;
• Marcação dos Volumes;
• Identificação dos Volumes;
• Espécie de Embalagens: Caixa, Pallet, outros;
• Peso Bruto;
• Peso Líquido;
• Dimensões Unitárias;
• Volume Total da Carga;
Exemplos de situações onde não é prática a emissão do romaneio de carga: granéis e cargas não
embaladas que por si só se identificam como automóveis (nº do chassi) ou máquinas e
equipamentos de grande porte (nº de série). ** A não-apresentação do romaneio de carga
(packing-list) na instrução do despacho aduaneiro (em situações em que seja prática corrente
sua emissão) enseja a aplicação da multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) prevista na alínea “e”,
inciso VIII do art. 728 do Regulamento Aduaneiro.
AIRWAY BILL AWB
É composto de 3 vias originais, não
negociáveis: a primeira, assinada pelo
expedidor, fica com o transportador, a
segunda assinada por ambos,
acompanha a mercadoria; e a terceira
assinada pelo transportador, fica com o
expedidor.
BILL OF LADING BL
• Válido tanto para o transporte fluvial quanto para o marítimo, o B/L pode ser composto de várias vias, sendo mais
comum a emissão em 6 vias: 3 não negociáveis e 3 negociáveis. Estas são entregues ao exportador/ embarcador para
que ele as apresente ao banco e receba o valor estipulado no crédito documentário. A seguir, os documentos serão
remetidos, via banco, ao importador para que este possa retirar as mercadorias. As cópias não negociáveis servem de
informação a todos os agentes envolvidos e não são válidas para retirada da mercadoria nem para receber o valor
estipulado no crédito documentário.
• Cada companhia de navegação pode ter seu modelo de conhecimento de embarque, a ser preenchido com os dados
necessários, tais como:
• Nome do exportador; nome e endereço da companhia de navegação; nome do importador; porto de embarque;
porto de destino; nome de quem vai ser notificado quando da chegada da mercadoria; total de volumes; nome da
mercadoria; peso bruto e volume cúbico; forma de pagamento do frete (“prepaid” ou “collect”); nome do agente da
companhia transportadora no porto de embarque, com o carimbo e a assinatura do responsável; e carimbo do local
de estiva da mercadoria.
• O conhecimento de embarque pode ser emitido à ordem (no próprio nome do embarcador, a sua ordem ou à
ordem de seu agente no porto de destino) ou nominal (em nome do consignatário). Pode ser direto (onde a
mercadoria segue direto até o porto de destino final) ou indireto (onde, por ocorrer transferência (transbordo) para
outro navio, deve constar o nome das duas embarcações e o valor de cada frete).
CONHECIMENTO DE EMBARQUE
• CONHECIMENTO DE EMBARQUE É O DOCUMENTO MAIS IMPORTANTE DO TRANSPORTE INTERNACIONAL DE
MERCADORIAS
• conhecimento de carga, também conhecido como conhecimento de transporte emitido pelo transportador,
define a contratação da operação de transporte internacional, comprova o recebimento da mercadoria na
origem e a obrigação de entregá-la no lugar de destino, constitui prova de posse ou propriedade da
mercadoria e é um documento que ampara a mercadoria e descreve a operação de transporte.
• É o instrumento do contrato de transporte firmado entre embarcador e transportador, como partes
contratantes, orientando as relações decorrentes do respectivo contrato e valendo, desta forma, como um
título de crédito, em relação a terceiros, regulando, em última análise, a relação entre o transportador e o
seu portador.
• Na eventual necessidade de correção do Bill of Lading, essa se dará através de Carta de Correção. Esse
documento deverá ser efetuado pelo emitente do B/L e dirigido à autoridade aduaneira do local de
descarga. A Carta de Correção deverá estar acompanhada do BL objeto da correção e ser apresentada antes
do início do despacho aduaneiro. A Carta de Correção apresentada após o registro da Declaração de
Importação, mas antes do desembaraço da mercadoria, poderá ainda ser apreciada, a critério da autoridade
aduaneira, e não implica denúncia espontânea Portanto, caso seja aceita pela fiscalização aduaneira, a Carta
de Correção implicará também na correção do manifesto da carga.
SISTEMA MERCANTE - Como surgiu?
O CE Mercante, CE – Conhecimento Eletrônico, foi criado através da portaria nº 328/2001
do Ministério de Transportes é um número gerado pelo Sistema Eletrônico de Controle da
AFRMM – Arrecadação do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante. Abaixo
conceito do Mercante de acordo com o decreto 5.543/05 art. 2º: VII – Mercante: sistema
eletrônico de controle da arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha
Mercante – AFRMM
• Quem inclui os dados no Mercante? Como representantes das empresas de navegação, as
agências de navegação, são responsáveis pela inclusão das escalas do navio, manifesto, e
por serem detentoras das informações contidas nos conhecimentos de embarque Máster.
Assim, transmitem eletronicamente, por meio do Sistema “Mercante”, os dados contidos
em cada processo, gerando um número de CE Máster. Os agentes de carga, por sua vez,
efetuam a desconsolidação eletrônica de seus conhecimentos Máster informando os
respectivos houses no Mercante.
O que é o O Certificado de Origem é o documento (em papel
ou digital) que assegura a origem da mercadoria,
Certificado ou seja, ele certifica que a mercadoria foi elaborada
utilizando os critérios de produção previamente
de Origem? estabelecidos, respeitando as regras de origem
contidas no regime de origem. No comércio
exterior, é utilizado basicamente para concessão de
preferência tarifária resultante de um acordo
comercial. O responsável pela emissão do
Certificado de Origem sempre é o exportador, o
qual deve enviar o documento ao importador para
que este realize a operação de nacionalização da
mercadoria.
Quem pode Em geral, Federações de Comércio, Indústria
emitir o e Agricultura e algumas Associações

Certificado de Comerciais. As entidades autorizadas pela


Secex a emitir Certificados de Origem para
Origem? os exportadores nacionais, no âmbito dos
Acordos Comerciais dos quais o Brasil é
parte, estão listadas no no Anexo XXII da
Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011
(texto consolidado). A última atualização da
listagem está na Portaria SECEX nº 39, de 9
de outubro de 2019
• 1º DOCUMENTO: FATURA COMERCIAL – COMMERCIAL INVOICE (VENDEDOR)
• 2º DOC: ROMANEIO DE CARGA – PACKING LIST (VENDEDOR)
• 3º DOC: CONHECIMENTO DE EMBARQUE/CARGA/CARREGAMENTO –
AWB/BL(TRANSPORTADOR)
• 4º DOC: CERTIFICADO DE ORIGEM (SE NECESSÁRIO)
• 5º DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO – DI / DECLARAÇÃO ÚNICA DE EXPORTAÇÃO – DUE
IMPORTAÇÃO X EXPORTAÇÃO
A Modalidade de Transporte até o país
que você exportará: Marítimo, aéreo ou
terrestre. Cada opção pode implicar em
LOGÍSTICA valores, custos, formas,
regulamentações, exigências e
estratégias diferenciadas. Defina a
melhor forma de envio.
MODAIS DE
TRANSPORTE
• Transporte marítimo;
• Transporte ferroviário;
• Transporte aéreo;
• Transporte dutoviário;
• Transporte rodoviário.
IMPORTAÇÃO
A importação compreende à entrada
temporária ou definitiva em território
nacional de bens ou serviços originários
ou procedentes de outros países, a título
oneroso ou gratuito.
SUA IMPORTÂNCIA
• As importações desempenham um papel importante na vida econômica dos países, por
mais rico que seja. Nenhum país é totalmente autossuficiente.
• Há uma forte correlação entre desenvolvimento e industrialização e ampliação do
relacionamento com os demais países.
• Durante muitos anos, o Brasil manteve uma economia fechada para o comércio
internacional, estimulando bastante as exportações.
• Atualmente, o país mudou esta postura. O Brasil pratica uma política de abertura
econômica e de integração ao contexto internacional, participando do processo de
globalização.
• Uma prova desta mudança foi a implantação, em janeiro de 1997, do SISCOMEX (Sistema
Integrado de Comércio Exterior).
SISTEMA INTEGRADO
DE COMÉRCIO
EXTERIOR

• O SISCOMEX é o instrumento
administrativo que integra as
atividades de registro,
acompanhamento e controle
das operações de comércio
exterior, mediante fluxo único,
computadorizado, de
informações.
CANAIS DE
PARAMETRIZAÇÃO
CANAL VERDE
O sistema registra o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame
documental e a verificação física da mercadoria. A DI selecionada para canal verde, no
Siscomex, poderá ser objeto de conferência física ou documental, quando forem
identificados elementos indiciários de irregularidade na importação, pelo AFRFB
responsável por essa atividade
CANAL AMARELO
Deve ser realizado o exame documental e, não sendo constatada irregularidade, efetuado
o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação física da mercadoria. Na hipótese de
descrição incompleta da mercadoria na DI, que exija verificação física para sua perfeita
identificação com vistas a confirmar a correção da classificação fiscal ou da origem
declarada, o AFRFB pode condicionar a conclusão do exame documental à verificação física
da mercadoria.
CANAL VERMELHO
A mercadoria somente é desembaraçada e entregue ao importador após a
realização do exame documental, da verificação física da mercadoria, dispensada
da análise preliminar do valor aduaneiro.
CANAL CINZA
Deve ser realizado o exame documental, a verificação física da mercadoria e a aplicação de
procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar indícios de fraude, inclusive no
que se refere ao preço declarado da mercadoria.

A mercadoria somente é desembaraçada e entregue ao importador após a realização da análise


preliminar do valor aduaneiro e, se for o caso, o depósito de garantias.
EXPORTAÇÃO
A exportação é a saída de bens,
produtos e serviços do país de
origem para outro.
SUA IMPORTÂNCIA
• A internacionalização leva ao desenvolvimento da empresa, pois a obriga a modernizar-
se, seja para conquistar novos mercados, seja para preservar as suas posições no
mercado interno.

• No passado, a indústria nacional era protegida por barreiras que hoje já não existem. Isso
faz com que empresas estrangeiras possam vir concorrer com as empresas brasileiras
dentro do Brasil.

• Nesse sentido, o comércio exterior adquire cada vez mais importância para o
empreendedor que queira realmente crescer, assim como para a economia brasileira,
mediante o ingresso de divisas e geração de emprego e renda.
EXPORTAÇÃO
• CANAL VERDE – o sistema procederá ao desembaraço automático da
declaração, não sendo obrigatória a conferência aduaneira.

• CANAL LARANJA – procedimento obrigatório: exame documental efetuado


pela fiscalização aduaneira.

• CANAL VERMELHO – procedimentos obrigatórios: exame documental e


verificação da mercadoria efetuados pela fiscalização aduaneira.
ATIVIDADE
VAMOS ENVIAR UM CONTAINER COM RODAS
PARA ITÁLIA

CONSIDERANDO QUE CADA CONTAINER


ACONDICIONA 10 PALLETES COM 18 RODAS CADA.

CALCULE O VALOR UNITÁRIO DO PRODUTO POR


CADA INCOTERMS: FOB; CFR , CIF
Informações da Exportação
• Preço de EXW por roda é de R$ 200,00 por roda
• Frete Terrestre até o PORTO de Santos: R$ 1800,00 por container
• Seguro ate o PORTO de Santo: R$ 600,00 por container
• Desembaraço no PORTO de santos: R$ 700,00 por container
• Taxas Portuarias no PORTO de Santos: R$ 1500,00 por container
• Frete internacional marítimo: R$ 3000,00 por container
• Seguro internacional PORTO a PORTO: R$ 1200,00 por container
• Frete Terrestre para entregar para o cliente em Génova: R$ 1000,00 por container
• Seguro Terrestre PORTO de Génova ate o cliente: R$ 1000,00 por container
• Taxas Portuarias em Génova : R$ 1300,00 por container
• Desembaraço Aduaneiro em Génova R$: 1000,00
EXW –EX-WORK (NA ORIGEM)
• 1 container = 10 pallets x 18 rodas = 180 rodas
• Se 1 container cabem 180 rodas e o valor da Roda é de R$ 200,00, cada container tem o
valor de R$ 3600,00
• VALOR DO CONTAINER 3600,00
• VALOR RODA : 200,00
FOB – FREE ON BOARD (LIVRE A BORDO)
Toda a despesa até chegar no navio

• Frete Terrestre ate o Porto de Santos: R$ 1800,00 por container


• Seguro ate o Porto de Santo: R$ 600,00 por container
• Desembaraço no Porto de santos: R$ 700,00 por container
• Taxas Portuárias no Porto de Santos: R$ 1500,00 por container

• 36000 + 1800 + 600 + 700+ 1500 = 40600 por container /18 rodas = R$ 225,56 por roda
CFR — Cost And Freight — Custo E Frete
(porto de destino nomeado)
Adiciona o transporte de um país para o outro.

• Frete internacional maritímo: R$ 3000,00 por container

• 40.600,00 por container + 3000,00 = 43.600,00 por container

• 43.600,00/ 180 rodas = 242,22 por roda


CIF- COST, INSURANCE AND FREIGHT (CUSTO,
SEGURO E FRETE)
Além do transporte tem mais o seguro

• Seguro internacional Porto a Porto: R$ 1200,00 por container

• 43.600,00 + 1200,00 = 44.800,00 / 180 = R$ 248,88


MUITO OBRIGADA

ELAINE RODRIGUES
elainefurt@hotmail.com
98 98857-8091

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