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A operação portuária A operação portuária se resume em dizer que é o conjunto de

operações realizadas desde o transporte marítimo até o transporte terrestre, ou


seja,desde atracar o navio no porto até a saída das cargas do porto por
rodovias,ferrovias, dutovias, ou até mesmo por outra embarcação, pode tambem ser
definida como o conjunto de todas as operações para realizar a passagem da mercadoria
desde o transporte marítimo até o transporte terrestre e vice-versa.
O objetivo da operação portuária é sempre de buscar a maior eficiência e eficácia. Em
outras palavras, isso quer dizer minimzar os custos de transporte e armazenagem, e
aumentar o fluxo (movimentação de contentores/carga) dado um determinado período.
Os Ciclos da Operação Portuária
A operação portuária desdobra-se em diversas atividades distintas. Não há um consenso
na literatura sobre como categorizar essas atividades. Figueiredo (2001), por exemplo,
afirma que ela pode ser dividida em dois tipos principais de operação, a saber:
 Operação principal: Atividades relacionadas ao movimento propriamente dito da
mercadoria, como carga, descarga, armazenagem e liberação.
 Operações complementares: Aquelas que, embora não se refiram à movimentação das
mercadorias em si, permitem que ela ocorra, tais como a identificação da mercadoria, os
despachos aduaneiros, o reconhecimento de avarias, e os sistemas de informação.
Por outro lado, Silva (2010) sugere que as operações portuárias sejam subdivididas em
dois ciclos operacionais:
 Ciclo da carga: Entendido como todo o processo que vai desde a transferência da
carga do navio para o terminal até o processo de despacho para o transporte terrestre.
Consiste de três etapas:
 Transferências: A transferência vertical, que consiste das operações de
manuseio de carga entre o navio e o cais, incluindo as operações de bordo, a
estiva/desestiva e o transbordo (carga/descarga); e a transferência horizontal,
que refere-se às operações de movimentação da carga na faixa do cais e ao
transporte entre a faixa do cais e a área de estocagem/armazenagem.
 Armazenagem: Absorve as diferenças entre as capacidades de carga dos modos
de transportes utilizados na operação portuária, compensando as diferenças de
capacidade, e permitindo assim que a transferência da carga se processe de
maneira contínua e uniforme, desde que bem planejada.
 Recepção/expedição do transporte interno: Consiste das operações de
carga/descarga dos modos de transporte interno ao porto.
 Ciclo do veículo: Este ciclo acontece basicamente dentro do navio. Ele tem início no
momento da solicitação de transferência da carga do navio para o transporte terrestre ou
da recepção da carga do transporte terrestre para o navio, e termina no momento em que
o veículo recebe a autorização para sair da área do porto.
Pode-se dividir a operação portuária em duas grandes operações:
1. Operação Principal
O movimento próprio da mercadoria
- Carga
- Descarga
- Armazenagem
- Entrega

2. Operações Complementares
- Identificação da mercadoria
- Despachos aduaneiros
- Reconhecimento de avarias
- Sistemas de informação

Tipos de Operações Portuárias


Operações Portuárias Diretas:
 1º Operação Navio – Rodovia: Quando a carga ao ser retirada do navio passa
diretamente para uma carreta ou camião, e segue a sua distribuição.
2º Operação Navio – Ferrovia: Quando a carga ao ser retirada do navio passa
diretamente para os vagões de comboio.
3º Operação Navio – Dutos ou Correias Transportadoras: A carga ao ser retirada do
navio vai direto para tubulações ou correias até seu local de destino.
4º Operação Transbordo: Quando um navio atraca ao lado do outro, e passa a carga para
este que seguira viagem.
Operações Portuárias Semi-Diretas:
 1º Semi-Direta Terra: A embarcação atraca, descarrega a carga (sem colocá-la em
armazéns ou locais próprios para a carga), pois logo após está carga é passada para
carretas ou camiões.
2º Semi-Direta Água: A embarcação atraca, descarrega e em seguidaa carga será posta
em outra embarcação para seguir viagem.

Operações Portuárias Indiretas:


1º Indireta Terrestre: A embarcação após atracar é descarregada, a carga é levada para
armazéns ou locais próprios para cada tipo de carga, seguidamente a carga é posta em
camioes para a distribuição.
2º Indireta de Granéis Líquidos: A embarcação atraca, a carga(liquida) é transportada
por dutos ou mangueiras, para um tanque de armazenamento, e depois transportada por
dutovias até o seu destino.Outra coisa que varia na operação portuária são os
equipamentos a serem usados dependendo do tipo de carga transportada.

Operação Portuária
As operações portuárias variam
de Porto para Porto.
As configuações e os sistemas
operacionais dos portos
modernos são desenhados para
servir um determinado tipo de
navios, embora a maior parte dos portos mundiais sejam preparados para propósitos
multiplos.
Não se pode confundir Porto com Terminais, estes últimos são especializados e algumas
vezes de propósitos múltiplos, portanto unidades que operam dentro do porto.
A escolha dum layout ou configuração apropriado dum porto numa perspectiva
estrategica de longo prazo são tomadas logo no início no estágio de concepção e
desenho.
Os factores principais que podem influenciar o layout e configuração dum Porto e
Terminais são:
 Tipo, Tamanho e Característica dos navios (Comprimento, draft, capacidade,
tipos de guindastes ou pau-de-carga.);
 Tipo de tráfego (bulk, break-bulk, carga geral, unitizada, passageiros, etc)
 Porpocionalidade (importação/exportação, direct-call, transbordo, etc);
 Aspecto Físico Geográfico (oceanografia, hidrografia, topografia, clima, etc)
 Aspectos de Engenharia (Construção, dragagem, pavimentação, etc)
 Tipo (standard, especial, carga perigosa, carga refrigerada, etc)
 Peso e tipo de empacotamento (full-load, half-load, contentorização, paletização,
etc)
 Área ou espaço de terra para uso;
 Factores de produção tais como equipamento, mão de obra, etc.
 Localização e configuração do sistema de frete e a componente de logistica, etc.

Pode-se estabelecer 4 tipos de operações como:


- Operações de Carga Geral;
- Cargas Unitizadas;
- Granéis Solidos;
- Granéis Líquidos.

Operações de Carga Geral


As operações com cargas gerais (não unitizadas), tipicamente realizadas em cais gerais,
com equipamentos universais, podem ser divididas em três etapas:
 Operação a bordo: Inclui a estiva e desestiva (colocação e remoção da mercadoria no
porão do navio) e a transferência direta da mercadoria de um navio para outro.
 Operação de carga: Refere-se à carga (terra/navio) e descarga (navio/ terra) das
mercadorias.
 Operação em terra: Compreende a liberação e o recebimento da carga, sua
armazenagem e transporte. Nas operações de carga e descarga, a transferência da
mercadoria do porão do navio para o cais geralmente realiza-se por elevação. Os
equipamentos utilizados são guindastes de cais, guindastes sobre pneus, paus de carga e
guindastes de bordo.
Operações de cargas unitizadas
Por elevação (lift/on – lift/off)
Por rolamento (roll on – roll off)
Por flutuação
As cargas unitizadas, caracterizadas por estarem embaladas em estruturas individuais,
como caixas, pacotes, tambores e outros, e agrupadas em unidades, como paletes e
contêineres, são movimentadas de duas maneiras:
 Por elevação (lo-lo ou lift on – lift off): Apropriada para contentores (que podem ser
comuns, ventilados ou refrigerados).
 Por rolamento (ro-ro ou roll on – roll off): Apropriada para cargas que podem ter
acesso ao navio horizontalmente, como automóveis e contentores.
 Por flutuação: Caracterizada pelo uso de barcaças especiais como Seebee ou Lash.

Operação de Transporte e Armazenamento nas Operações de Carga Unitizada


Terminal de Contentores
Para alcançar a eficiência desejada, o planejamento e a concepção de um terminal de
contentores tornou-se uma tarefa complexa. Os aspectos políticos do terminal são
primordiais, tanto em relação às influências entre o terminal e a região na qual está
localizado o mesmo, como também no tipo de terminal a ser construído.
O terminal de contentores poderá ser:
- Um terminal multi-uso ou servir a poucas linhas de navios,
- Ser especializado a um tipo de contêiner ( caso de terminais frigoríficos),
- Ser operado por uma Autoridade Portuária ou por um Operador Privado.

Operação com Granéis sólidos


O conceito de granel sólido engloba todos aqueles produtos que são transportados de
forma homogênea como material solto e podendo ser manipulado de forma contínua.
Os tipos de granéis podem ser classificados em dois grandes grupos:
- Ordinário (Bulk) – Cereais, fertilizantes, sal, etc;
- Minérios (Ore) – Aspecto granular de alta densidade
 Densidade do material:
- Condiciona os volumes de transporte e manipulação

 Ângulo do talude natural


- Condiciona as alturas dos depósitos

 Alterabilidade
- Necessidade de proteção no transporte e armazenamento
- Materiais pulverulentos perante a ação do vento
- Germinação de grãos perante umidade e chuva
 Poluição
As operações com minérios, em particular, concentram-se em terminais portuários
especializados. A superfície do terminal necessária à sua movimentação é dimensionada
a partir do ritmo de chegada e descarga dos navios. Utilização ao máximo da gravidade
em todas as operações em busca de um aumento no rendimento e economia.
A correia transportadora é o elemento básico da grande maioria dos sistemas de
operação de granéis sólidos. Sua alimentação pode ser realizada por meio de silos de
armazenamento ou de meios mecânicos. A descarga pode ser realizada por meio de
sugadores, que proporcionam alimentação contínua, não produzem pó e são compostos
por elementos flexíveis. É importante mencionar também o uso de elevadores
mecânicos, embora eles não sejam tão flexíveis e ocupem maior área no cais.

Operação de Granéis Líquidos


Os granéis líquidos podem ser classificados em quatro grupos:
 Ordinários: Produtos líquidos não combustíveis e não tóxicos, como água, vinho e
azeite.
 Petrolíferos: Óleo bruto e seus derivados, como gasolina, diesel, ligante asfáltico. 28
28  Gases liquefeitos: Gás natural e outros provenientes da destilação do petróleo,
como butano e propano.
 Produtos químicos: Etanol, metanol, ácidos e bases, entre outros.
Terminais de produtos petrolíferos:
Os atraques de petroleiros estão condicionados por uma série de variáveis que requerem
um tratamento especial das instalações.
- Dimensões dos navios
- Condições de manobra
- Condições meteorológicas e oceanográficas
- Risco de poluição e acidentes

Os terminais petrolíferos podem agrupar-se em duas categorias:


 Terminais em grandes portos comerciais
 Terminais em mar aberto
Para operações com granéis líquidos em terminais em mar aberto, são necessárias as
seguintes instalações de carga e descarga: Braços de carga-descarga, bombas e
tubulações. Além disso, são necessárias instalações de armazenamento e instalações
auxiliares com a função de deslastre, limpeza de tanques e de poluição da superfície da
água (barreiras físicas, barreiras químicas, precipitação do óleo, bombeamento da
mancha e combustão da mancha).

Para se ter operação portuária eficiente, deve-se considerar as seguintes questões:


 Que tipo de carga se trata?
 A carga será importada ou exportada?
 Para um só exportador ou para vários?
 Para um só porto ou mais de um?
 Que tipo de navio será operado?
 Quando chega o navio?
 Com que meios de entrada e escoamento terrestre serão disponíveis?
Essas são perguntas cruciais que um gestor deve-se perguntar antes de começar
qualquer operação portuária de sucesso.

Operação Portuária
As operações portuárias variam de Porto para Porto.
As configuações e os sistemas operacionais dos portos modernos são desenhados para
servir um determinado tipo de navios, embora a maior parte dos portos mundiais sejam
preparados para propósitos multiplos.
Não se pode confundir Porto com Terminais, estes últimos são especializados e algumas
vezes de propósitos múltiplos, portanto unidades que operam dentro do porto.
A escolha dum layout ou configuração apropriado dum porto numa perspectiva
estrategica de longo prazo são tomadas logo no início no estágio de concepção e
desenho.
Os factores principais que podem influenciar o layout e configuração dum Porto e
Terminais são:
 Tipo, Tamanho e Característica dos navios (Comprimento, draft, capacidade,
tipos de guindastes ou pau-de-carga.);
 Tipo de tráfego (bulk, break-bulk, carga geral, unitizada, passageiros, etc)
 Porpocionalidade (importação/exportação, direct-call, transbordo, etc);
 Aspecto Físico Geográfico (oceanografia, hidrografia, topografia, clima, etc)
 Aspectos de Engenharia (Construção, dragagem, pavimentação, etc)
 Tipo (standard, especial, carga perigosa, carga refrigerada, etc)
 Peso e tipo de empacotamento (full-load, half-load, contentorização, paletização,
etc)
 Área ou espaço de terra para uso;
 Factores de produção tais como equipamento, mão de obra, etc.
 Localização e configuração do sistema de frete e a componente de logistica, etc.

Perspectivas de estudo de “ Operações Portuarias”


 Perspectiva Económica
 Perspectiva de Engenhearia/Operacional
 Perspectiva na cadeia de Logística e Distribuição
Perspectiva Económica
Seguintes elementos devem ser analisados:
 Teorias de desenvolvimento sobre o Comércio internacional
 Capacidade de Produção e Produtividade
 Estrutura Organizacional do mercado e da indústria
 Políticas e regulamentação da indústria marítima
 Regulamentação ambiental e de segurança
 Planeamento Operacional e estratégico da indústria
 Economia de escala
Perspectiva Microeconómica – Portos como entidades ou centros de produção de bens
e serviços privados cujo o nível de oferta e procura com relação aos preços, é
determinada pelo comportamento dos agentes, mecanismos do mercado e
regulamentação.
Perspectiva Macroeconómica – Portos como infrastruturas criticas que produzem bens
e serviços públicos que criam beneficios directos aos operadores portuarios e todos os
intervenientes do sistema da economia.
Perspectiva Operacional – Também designados de Engineering and Operational
approach, os portos são vistos como activos fixos e um sistema operacional associados
aos seguintes aspectos:
 Concepção e desenho do projecto;
 Construção;
 Modelo de gestão;
 Planeamento;
 Operação;
 Optimização e medidas de desempenho.
Perspectiva na cadeia de Logística e Distribuição – A base da gestão de logistica é
fazer a integração e optimização entre as diferentes funções/tarefas e os processos
desenvolvidas no porto com o propósito final de redução dos custos e a satisfação dos
clientes.
A função da logística, procura; – Entregar o produto ou serviço correcto, em
quantidades e condições correctas, ao preço correcto, no local correcto e ao cliente
correcto.
Na abordagem operacional, esta desagrega o sistema portuário em unidades ou
componentes individuais e procura optimizar a operacionalidade destas unidades de
forma individual e não como um sistema no seu todo.
A abordagem de logística procura integrar os dois campos de transporte e
manuseamento de carga com outras áreas de logistica como:
 Compras;
 Produção;
 Armazenagem e inventariação;
 Promoção e marketing.
Nesse conceito, os portos são definidos como centros de logistica e distribuição que
para além de optimizar o movimento de bens e serviços dentro de toda cadeia de
transporte e logistica mas que também dão um valor adicional ao cliente final e aos
utilizadores do porto.

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