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REVISÃO DE COMÉRCIO EXTERIOR

1 – Conceito amplo de comércio exterior:

 O Comércio Exterior atualmente é um dos fatores que mais dinamizam o


processo de desenvolvimento de uma nação;

 O motivo principal da existência do Comércio Internacional se dá através da


impossibilidade de uma região ou país produzir vantajosamente todos os bens e
serviços de que tenham necessidades seus habitantes;

Então:

 Do relacionamento existente da compra e venda de bens e serviços, originando


os movimentos de capitais entre as nações é que definem de uma forma ampla e
genérica o comércio exterior.

 Onde as partes Envolvidas são importador e exportador

2 – Interesse do país e das empresas para o comércio internacional:

Interesse do país:

 Desenvolver ou importar tecnologias para a modernização de se parque fabril.


 Diversificar mercado
 Aquisição de moedas fortes para fazer frente a seus compromissos;
 Equilíbrio da balança de pagto

Interesse das empresas

 Diversificação de mercado;
 Favorecimento para o governo de incentivos para quem atua no com ext,
drawback e linhas de crédito
 Melhoramento das qualidades de seus produtos
 Suprir a capacidade de produção

3 – Protecionismo x livre cambismo

 Livre cambismo: nega admitir fronteira para o com, e propicia a especialização


internacional, defendem a livre concorrência.

 Protecionismo: resguarda o comércio dentro dos limites determinados pelos


interesses nacionais

4 – Barreiras ao livre comércio

Tarifária:

 Alterações da alíquota de Imposto de importação

Não tarifárias:

 Proibições as importações;
 Cotas de importação
 Exigências especiais
 Regulamentação fito sanitária
 Exigências de embalagens especiais.

5 – Controle das operações do comércio exterior:

O controle das operações de comercio exterior se dá através de dois sistemas


informatizados. Sendo o SISCOMEX que controla a entrada e saída dos bens. Onde na
entrada através da declaração de importação e na saída através do registro de
exportação. O SISBACEN que controla a entrada e saída de moeda estrangeira através
do contrato de câmbio.
6 – Parametrização do Sistema siscomex:

Parametrização:

Etapa na qual o Siscomex processa a seleção paramétrica nas Declarações de


Importação, selecionando-as em um dos canais:

 Canal verde: processo passa livre sem necessidade de conferencia


 Canal amarelo: avalia a doc / confere
 Canal vermelho: Inspeção documental e física
 Canal cinza: inspeção documental, física e o valor da mercadoria.

7 – COMERCIAL INVOICE

 Fatura Comercial, commercial invoice - Emitida pelo


exportador, a fatura comercial é o documento que serve de base para o
desembaraço aduaneiro da mercadoria no país de destino, assumindo a
função de nota fiscal para o mercado internacional. No Brasil, a Nota
Fiscal serve para acompanhar a mercadoria até o local de embarque no
exterior. A fatura deve ser emitida no idioma do país a que se destina a
mercadoria ou em inglês. Deve conter todas as informações sobre a
mercadoria e sobre a operação, conforme estabelecido no contrato
internacional de compra/venda. PLATAFORMA INVOICE

8. Incoterms

(International Commercial Terms) Termos Internacionais de Comércio


Um padronizador das relações do comércio Internacional. As siglas são sempre
formadas do termo em inglês e devem ser seguidas pelo local ou porto de entrega, a fim
de viabilizar seu rápido entendimento em todo o mundo.

9. Incoterms
EXW: é utilizado em qqr modal de transporte, o exportador entrega as mercadorias
quando ele as coloca a disposição do comprador em sua propriedade ou local nomeado.
Representa obrigação mínima para o vendedor.
FOB: é usado para o transporte marítimo.Mercadoria dentro do navio.
CFR: Valor da mercadoria + frete principal, entrega no porto de destino.

10. Incoterms

CIF: valor da mercadoria + seguro internacional ( de porto a porto) + frete principal.


DAF: Utilizado para transporte terrestre, entrega direta na fronteira.
DDP: entregar mercadorias no destino com custos e riscos por conta do exportador.m
Todas as obrigações são por conta do exportador.

11. Tipos de formação de bloco econômico:

Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico


aumenta e gera crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são
formados por países vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é
a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos
cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado
do mundo comercial.
Veremos abaixo uma relação dos principais blocos econômicos da atualidade e
suas características.

UNIÃO EUROPÉIA: A União Européia ( UE ) foi oficializada no ano de 1992, através


do Tratado de Maastricht. Este bloco é formado pelos seguintes países: Alemanha,
França, Reino Unido, Irlanda, Holanda (Países Baixos), Bélgica, Dinamarca, Itália,
Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia. Este bloco possui
uma moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário comum. Os
cidadãos dos países membros são também cidadãos da União Européia e, portanto,
podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Européia. A
União Européia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e
de imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos: Comissão Européia,
Parlamento Europeu e Conselho de Ministros.

NAFTA: Fazem parte do Nafta ( Acordo de Livre Comércio do Norte ) os seguintes


países: Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e
oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países. Estabeleceu
o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e
padrões e leis financeiras. Não é uma zona livre de comércio, porém reduziu tarifas de
aproximadamente 20 mil produtos.

MERCOSUL: O MERCOSUL ( Mercado Comum do Sul ) foi oficialmente


estabelecido em março de 1991. É formado pelos seguintes países da América do Sul:
Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Futuramente, estuda-se a entrada de novos
membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo principal do MERCOSUL é eliminar as
barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles. Outro objetivo é
estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo, uma moeda única.

PACTO ANDINO: Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia,
Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Foi criado no ano de 1969 para integrar
economicamente os países membros. As relações comerciais entre os países membros
chegam a valores importantes, embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro
econômico do bloco.

APEC: A APEC ( Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico ) foi criada em 1993 na


Conferência de Seattle ( Estados Unidos ). Integram este bloco econômico os seguintes
países: EUA, Japão, China, Formosa (Taiwan), Coréia do Sul, Hong Kong, Cingapura,
Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova
Guiné, Canadá, México e Chile. Somadas a produção industrial de todos os países,
chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento,
será o maior bloco econômico do mundo.

12. Modalidades de pagamento

Pagamento antecipado: Nesta modalidade, o importador paga ao exportador


antes do envio da mercadoria. Trata-se da opção mais interessante para o exportador,
que recebe antecipadamente o pagamento.
O risco é assumido pelo importador, que pode não receber a mercadoria ou
recebê-la em condições não acordadas anteriormente com o exportador. Embora o
Pagamento Antecipado não seja procedimento muito adotado, pode ocorrer quando
houver relação de confiança entre as empresas envolvidas. Pode ainda ser utilizado
entre matrizes e filiais, e também pela empresa importadora que procura garantir-se
quanto a possíveis oscilações futuras de preço.
Tão logo a mercadoria seja embarcada, o exportador deverá encaminhar ao
importador os documentos originais de exportação, para que este possa desembaraçá-la
no ponto de destino, bem como fornecer cópias desses documentos ao banco
responsável pela contratação do câmbio.

13. Remessa direta de documentos

Pagamento Antecipado: É realizado antes do embarque da mercadoria e é


caracterizado como uma garantia contra o cancelamento do pedido. Geralmente é
parcial, ou seja, um percentual sobre o valor total da transação.

Remessa Direta ou Remessa sem Saque: O exportador embarca a mercadoria e envia


diretamente ao importador todos os documentos da operação. O importador, ao receber
os documentos, promove o desembaraço da mercadoria na alfândega e posteriormente,
providencia a remessa das divisas para o pagamento da operação.

14. Cobrança Documentária

O exportador, após o embarque da mercadoria, emite uma Letra de Câmbio,


também denominada “saque” ou “cambial”, que será enviada a um banco no país do
importador, juntamente com os documentos de embarque. O pagamento poderá ser à
vista ou a prazo, conforme acordado entre as partes. No caso da cobrança a prazo, o
importador só poderá retirar os documentos do banco para desembaraço da mercadoria
se aceitar (assinar, manifestando concordância) a cambial, que lhe será apresentada para
pagamento no prazo oportuno.
Obs.: A Câmara de Comércio Internacional (CCI) estabeleceu regras e usos uniformes
para a cobrança documentária, chamada Publicação nº 522, que define as
responsabilidades das partes nesse processo. A publicação é adotada pela maioria dos
bancos que prestam esse serviço.

15. Carta de Crédito

A carta de crédito, também conhecida por “crédito documentário”, é a


modalidade de pagamento mais praticada pelos comerciantes internacionais, porque
oferece maiores garantias tanto ao exportador quanto ao importador.
Podemos definí-la como uma ordem de pagamento condicional, emitida por um
banco, a pedido de seu cliente importador, em favor de um exportador, que somente faz
jus ao recebimento se cumprir todas as exigências por ela estipulada. O exportador tem
garantia de pagamento de dois ou mais bancos, e o importador, a certeza de que só
haverá pagamento se suas exigências forem cumpridas.
A carta de crédito pode ser emitida para pagamento à vista ou a prazo e por se
constituir em uma garantia bancária, acarreta custos adicionais para o importador, que
paga taxas e comissões para a abertura do crédito, além de contra-garantias exigidas
pelo banco emissor.
A carta de crédito pode sofrer alterações, chamadas de “emendas”, que somente
terão validade se forem aceitas por todas as partes intervenientes no crédito, a saber:
banco emissor, banco confirmador, tomador do crédito e beneficiário.
Obs.: A Câmara de Comércio Internacional (CCI) estabeleceu normas para a emissão e
utilização de créditos documentários, amparados pela publicação nº 500 – “Regras e
Usos Uniformes para Créditos Documentários”, aceitas internacionalmente.

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