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Índice

Introdução....................................................................................................................................2
Capítulo 1 Origens do comércio internacional.............................................................................3
1.2 Comércio internacional......................................................................................................3
Capítulo 2 Exportação..................................................................................................................3
2.1 Exportador..........................................................................................................................3
2.2 Contrato de câmbio............................................................................................................4
2.2.1 Exportações com cobertura cambial...........................................................................4
2.2.2 Exportações sem cobertura de cambial.......................................................................4
2.3 Vantagens...........................................................................................................................4
2.4 Desvantagens.....................................................................................................................4
Capítulo 3 Importação..................................................................................................................5
3.1 Importador.........................................................................................................................5
3.2 Vantagens...........................................................................................................................6
3.3 Desvantagens.....................................................................................................................6
Capítulo 4 Transporte do comércio internacional........................................................................6
4.1 Transporte marítimo..............................................................................................................6
4.1.1Armador.......................................................................................................................6
4.2 Transporte rodoviário........................................................................................................7
4.3 Transporte ferroviário........................................................................................................7
4.4 Transporte aéreo................................................................................................................7
Capítulo 5 Regime aduaneiro.......................................................................................................8
5.1 Território aduaneiro...........................................................................................................8
5.2 Terminais aduaneiros.........................................................................................................8
5.3 Incidência...........................................................................................................................9
5.4 Isenções..............................................................................................................................9
5.5 Taxa....................................................................................................................................9
Capítulo 6 Contratos internacionais compra e venda de mercadoria..........................................9
Capítulo 7 Importações e exportações fraudulentas..................................................................12
Capítulo 8 A exportação e a importação em Angola..................................................................13
Conclusão...................................................................................................................................14
Introdução
O presente trabalho iremos abordar sobre as importações e
exportações porque é tão importante no comércio internacional, trataremos
como as importações e exportações afetam a economia do país (Angola),
ao aborda esta temática descaremos também o contrato de compra e venda
internacional e as suas cláusulas, terminaremos por falar as importações e
exportações em Angola.
Capítulo 1 Origens do comércio internacional
O comércio de mercadorias é uma atividade milenar, cujos primeiros registros
encontram-se na civilização dos Fenícios, cerca do ano de 2000 a.C. Os antigos
mercadores das companhias de comércio apenas ampliaram o fenômeno do comércio
global, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento conjunto dos diferentes
países, cada qual segundo sua vocação principal.
Os benefícios do comércio internacional podem ser percebidos nas empresas
pela ampliação de mercados consumidores, possibilitando aos produtores: ganhos de
escala e aumento de produtividade; acesso a novos fornecedores de insumos e matérias-
primas, além da possibilidade de obtenção de novas tecnologias e novos padrões de
produção; criação de novas alternativas de produção, concentrando actividades em
determinados lugares, ou seja, fragmentando o processo de produção e aproveitando-se
de vantagens comparativas.
1.2 Comércio internacional
Comércio internacional define as operações de importação e exportação de
produtos e serviços entre as nações.
Atualmente, o comércio internacional é uma parte vital para as economias das
nações, pois o processo de globalização, que afetou em maior ou menor grau todos os
membros da comunidade econômica mundial, provoca uma interdependência jamais
vista.

Capítulo 2 Exportação
Exportação é o meio de um país aumentar a sua economia vendendo bens e
serviços nos mercados internacionais.
Para atingir esse objetivo as empresas nacionais devem desenvolver uma
estratégia que possibilite fornecer o produto adequado, no local certo, no momento
exato da necessidade do comprador, com preço correto, em troca, o pagamento
combinado.
Podemos afirmar que os princípios aplicados às vendas internacionais são os
mesmos aplicados nas vendas nacionais, porém a distância entre fornecedor e
consumidor final as torna mais complexas. Isso amplia a probabilidade de ocorrerem
erros que podem levar ao fracasso da operação e à consequente frustração da empresa
exportadora.
2.1 Exportador
O exportador é qualquer pessoa física ou jurídica, fabricante ou não, que
promova a saída de bens nacionais.
As exportações podem ser realizadas de:
 Forma direto – Esta se caracterizam pelo facto de a empresa fabricante enviar
seus produtos sem a intervenção sem seu mercado interno de nenhuma outra
empresa, ou seja, a empresa fabrica e exporta;
 Forma indireta – As empresas fabricantes não exportam os seus produtos que
produzem, ou seja, os produtos são vendidos no mercado interno a outras
empresas, que podem ser comerciais exportadoras, mais conhecidas com trading
companies.
A operações de exportação de bens que podem ser divididas em dois grandes
grupos: normais e atípicas.
 As exportações normais – o exportador, em troca da mercadoria enviada ou a
enviar no exterior, recebe o pagamento, seja ele antecipado, à vista ou a prazo.
 As exportações atípicas – O exportador envia a mercadoria ao exterior,
informando na ato do desembaraço de exportação, ou seja, na saída dos bens do
país que existe a possibilidade de retornarem. Esta operações são conhecidas
como exportações temporárias ou não definitivas.
2.2 Contrato de câmbio
É um instrumento firmado para troca de moedas entre o exportador (vendedor de
divisas) e um banco autorizado pelo Banco Central do Brasil a operar com câmbio.
2.2.1 Exportações com cobertura cambial
Nessas operações haverá o pagamento das mercadorias enviadas ao exterior
podendo ser em forma antecipada, contra a apresentação de documentos ou a prazo.
Para fins cambiais, o exportador terá de fechar o contrato de câmbio, ou seja, vender as
divisas estrangeiras recebidas do exterior a um banco autorizado pelo Banco central
para atuar em operações de comora e venda de moeda estrangeira.
2.2.2 Exportações sem cobertura de cambial
São operações nas quais não há expectativa de recebimento nem fechamento de
câmbio, e as mercadorias poderão ou não permanecer no exterior.
2.3 Vantagens
Destacamos como vantagens das exportações as seguintes:
1. Possibilidade de aumento da produtividade do país que exporta;

2. Possibilidade de diminuição da carga tributária da empresa exportadora,


em virtude da compensação do recolhimento de impostos nacionais;

3. Normalmente, as empresas impulsionadas pelas tendências de mercado


tendem a melhorar seus serviços;

4. Empresas que exportam acabam por se fortalecer quando há sucesso nas


negociações, tornando-se, então, referência para empresas que desejam
ser inseridas no mercado externo.

2.4 Desvantagens
Destacamos como desvantagens das exportações as seguintes:

1. É possível que o tempo de retorno financeiro seja maior;


2. A localização faz com que haja diferenças climáticas e culturais entre os
países, fazendo com que seja necessário, em alguns casos, um cuidado
maior com as mercadorias que irão ser exportadas, evitando prejuízos;

3. Se a empresa que pretende exportar não apresentar qualificação para o


mercado, é possível que o comércio exterior torne-se um problema,
vistos as questões burocráticas e legislativas que essas atividades
implicam;

4. Possíveis greves fiscais ou problemas no transporte podem atrasar e


dificultar as exportações

Capítulo 3 Importação
Importação define as compras internacionais realizadas por um país, sejam
efetuadas pelas pessoas jurídicas de direito publico, privado ou pessoas físicas.
Podemos supor que que existem semelhanças entre os aspetos comerciais de
uma importação e uma exportação, porém não se pode realizar a mesma afirmação para
o processo de operacional da importação, pois nessas operações a quantidade de normas
que o importador deve atender é superior ao número de normas a serem atendidas pelo
exportador.
Ao importar produtos, uma empresa ou uma pessoa física atenderá basicamente
a dois objetivos: Consumo próprio e revenda.
No caso do consumo próprio, os produtos estrangeiros serão destinados ao uso
exclusivo da empresa importadora, ao seu processo produtivo, podendo ser matérias-
primas, partes e peças a serem incorporadas a bens nacionais e equipamentos
necessários à produção nacional. Também as pessoas físicas podem importar, nesse
caso, será exclusivamente para o uso próprio e em quantidades que não revelam prática
de comércio.
No caso de revenda, o objetivo principal é o lucro divido do bem importado e, na
realidade, nos últimos anos é o segmento no qual se verifica o maior aumento das
importações.
O aumento das importações deveu a fatores como:
 A desburocratização
 Redução dos tributos
 Consolidação do mercado comum do sul
 A demanda reprimida no mercado externo
3.1 Importador
Importador é qualquer pessoa física ou jurídica que promove a entrada de bens
estrangeiros no território nacional.
As operações de importação, assim como as exportações, poder ser subdivididas
em normais e atípicas.
Importações com cobertura cambial
Nessas operações há o pagamento das mercadorias recebidas do exterior, que
pode ser antecipado, contra apresentação de documentos ou a prazo. Para fins cambiais,
o importador terá de fechar o contrato de câmbio, ou seja, comprar divisas estrangeiras
de banco autorizado pelo Banco Central para atuar em operações de compra e venda de
moeda estrangeira para que sejam remetidas ao exterior.
Importações sem cobertura cambial
São operações nas quais não haverá um pagamento nem fechamento de câmbio a
título de compra definitiva do bem e as mercadorias poderão ou não permanecer no
país.
3.2 Vantagens
Destacamos como vantagens das importações as seguintes:
1. Quando uma moeda de um determinado país for mais valorizada em
relação a outro, há vantagem cambial;

2. O Governo oferece estímulos a empresas que desejam importar;

3. Se comparado ao tempo de produção de uma mercadoria, o tempo que


utilizado no processo de importação é menor do que levaria para o
produto ser produzido.

3.3 Desvantagens
Destacamos como desvantagens das importações as seguintes:
1. Há possibilidade de atrasos na entrega dos produtos que foram
importados;

2. A falta de planeamento pode trazer falhas, como prejuízos financeiros em


relação, por exemplo, à quantidade necessária de produtos a serem
importados;

3. A falta de confiança e credibilidade entre as empresas pode provocar


possíveis conflitos entre elas ao longo do processo.

Capítulo 4 Transporte do comércio internacional


A logística internacional é um dos factores determinantes da competitividade
nas operações de exportação e importação de uma nação.
A preocupação por parte das empresas que atuam em comércio internacional
pela escolha do melhor meio de transporte aliado ao menor custo possível, bem como o
menor tempo de trânsito, é um facto permanente.
Os meios de transporte utilizados nas operações de comércio internacional são:
 Marítimo;
 Aéreo;
 Terrestre;
4.1 Transporte marítimo
O transporte marítimo, de acordo com a sua finalidade, é dividido em dois
grandes segmentos:
 Longo curso ou navegação internacional;
 Cabotagem ou navegação nacional;
O controle do transporte marítimo é realizado na área internacional pela
organização marítima internacional;
4.1.1Armador
Armador é a pessoa jurídica que oferece os serviços de transporte internacional
e, eventualmente podemos encontrar fiscais como armadores.
Assim que as mercadorias são embarcadas, os armadores são responsáveis pelos
danos e avarias que vierem eventualmente a acontecer. Sendo uma das principais
obrigações emitir e entregar o conhecimento embarque, que na via marítima é
conhecido com bill of lading.

4.2 Transporte rodoviário


É o modelo mais utilizado como forma de transporte de carga em território
nacional podendo assim criar rotas mais flexíveis (www.fazcomex.com.br)
As vantagens fundamentais são: Simplicidade, praticidade e periocidade das
cargas. Pois, a carga é embarcada na porta do fornecedor e entregue no local
determinado pelo importador.
4.3 Transporte ferroviário
Este modelo menos utilizado devido à falta de unificação. As tarifas
correspondentes e ao local de embarque poderão ser obtidas junto à diretoria de
transporte internacional das concessionárias das diversas empresas de transporte
ferroviários.
Os veículos utilizados nesse modal são denominados vagões e serão específicos
em função a carga transportada.
4.4 Transporte aéreo
É o meio mais moderno de transporte, e a sua utilização é cada vez mais
difundida.
De modo gera, a via aérea é a mis pratica para o transporte de mercadorias de
elevado valor unitário, ou seja, quando a relação preço/peso é elevado, porém isso não
pode ser tomado como regra universal.
A principal vantagem é a sua rapidez para efetuar a entrega. A velocidade na
entrega faz com que o um importador receba a mercadoria rapidamente e com isso
ganhará tempo de revender ou na incorporação do produto no processo produtivo.
Podemos mencionar também que que transporte aéreo permite manter um inventário
menor de matérias-primas ou de produtos acabados, principalmente nos sectores
competitivos.
Também são poupados custos em função dos custos menores como
consequência da maior segurança no transporte, menor quantidade de mercadorias em
transito e fretes mais baixos por redução do peso bruto.
Transporte multimodal
É denominado dessa maneira, pois o transporte de mercadoria até o sue destino
final engloba a utilização de dois ou mais modais de transporte, podendo ser utilizados
no território do país exportador ou fora dele.
A responsabilidade pelo transporte de carga será de um único transportador ou
operador de transporte multimodal, que assume a responsabilidade da entrega da
mercadoria em determinado ponto, e o trajecto completo será coberto por um único
documento de transporte.

Capítulo 5 Regime aduaneiro


(Código Aduaneiro: Decreto-Lei n.º 5/06, de 4 de Outubro e Pauta Aduaneira:
Decreto Legislativo Presidencial n.º 03/18, de 09 de Maio).
5.1 Território aduaneiro
É definido como o espaço geográfico, compreendido ou englobando o território
nacional, incluindo as águas territoriais e o corresponde espaço aéreo, sendo nele
aplicadas as normas de direito tributário e os artigos do regulamento aduaneiro
complementadas pelas normas administrativas de exportação e tratamentos
administrativos das importações.
Ao analisarmos com maior profundidade o conceito de território aduaneiro, surgem
os termos:
 Zona primária – Compreende a área terrestre ou aquática, continua ou não,
ocupadas por portos, aeroportos alfandegados e as áreas adjacente aos pontos de
fronteira alfandegada.
 Zona secundária – É o restante do território nacional onde são constituídos
recintos fechados para a fiscalização dos estabelecimentos importadores e
exportadores.
5.2 Terminais aduaneiros
Conhecidas como áreas alfandegadas, cobertas ou descobertas, neles poderá ser
efetuado o descarregamento de mercadoria a exportar ou a importar, para proceder ao
despacho aduaneiro.
A entrada e saída das mercadorias se processam por meio do regime de transito
aduaneiro que permite a transferência, no caso da exportação, de bens já
desembaraçados entre as zonas primárias alfandegadas e entre recintos alfandegados
localizadas na zona secundária.
No caso de importação, o regime de trânsito aduaneiro permite a transferência de
mercadorias não desembaraçadas entre as zonas primárias alfandegadas e entre zonas
primárias e recintos alfandegados localizados na zona secundária.

Os terminais aduaneiros podem ser divididos por:


 Portos secos – São área administrativas pela iniciativa privada, localizadas na
zona secundária, onde exportadores e importadores podem realizar actividades
de desembaraço aduaneiro.
 Terminais retro-portuários - são áreas contiguas ao porto alfandegado ou em
uma área que oferece condições apropriadas de operação e segurança fiscal e
sempre contando com a disponibilidade de recursos humanos para realizar as
tarefas relacionadas aos serviços aduaneiros.

Os direitos aduaneiros e demais imposições aduaneiras aplicam-se por meio das


pautas, que são relações de mercadorias com a indicação das respectivas taxas de
tributação.
5.3 Incidência
Incidem sobre a importação de mercadorias (incluindo equipamento) e são
calculados sobre o valor aduaneiro, determinado nos termos do Código Aduaneiro e
demais legislações aplicáveis. Os aviões e outros meios de transporte ou quaisquer
outros equipamentos temporários importados para uso comercial, no âmbito de um
contrato de locação, estão também sujeitos a direitos aduaneiros, tendo em conta a renda
mensal e a duração do contrato.
5.4 Isenções
Estão isentas do pagamento de direitos aduaneiros:
 A importação de produtos petrolíferos, desde que sejam destinados ao mercado
subvencionado;
 A importação ou a exportação temporária de bens.
5.5 Taxa
As taxas na pauta aduaneira variam, sendo 2% a mais baixa e 70% a mais alta,
conforme a nomenclatura combinada.
Tipos de comerciantes no comércio em comercio internacional
Os principais tipos de comerciantes no comercio internacional são:
 Importador-distribuidor – é o comerciante no país de destino que se dedica ao
comércio de importação e distribuição de mercadoria.
 Subsidiária de vendas do produtor-exportador – empresa criada no país de
destino que se responsabiliza pela montagem e pela manutenção de rede de
distribuição própria naquele mercado;
 Rede de comerciantes atacadistas e varejistas – estabelecida no país de
destino, habitualmente mantém departamento próprio de importação e
providencia a distribuição do produto, inclusive por meio de subsidiárias.

Capítulo 6 Contratos internacionais compra e venda de


mercadoria
O comércio internacional tem-se revelado um meio extremamente criativo, razão
pela qual surgem, a cada dia, novas modalidades de negociação, canais de distribuição e
normas legais ou costumeiras que possam conduzir essas actividades. Muitas vezes,
quando se encontra uma referência ao comércio internacional, é possível identificar,
também, os elementos relacionados aos contratos internacionais e, em particular, à
compra e à venda internacional de mercadorias, popularmente conhecida como contrato
de importação ou de exportação.
A globalização da economia e o fortalecimento dos processos de integração
regional intensificaram definitivamente as relações comerciais internacionais, de forma
irreversível, criando verdadeiras zonas de livre comércio que transcendem os limites
geográficos nacionais. O sentido do processo de integração regional e sua
sistematização no quadro de esforços de ampliação da cooperação econômica
internacional necessitam, sem dúvida, de conjunto de normas materiais que possa
contribuir para a continuidade desse processo e para a remoção dos obstáculos jurídicos
ao comércio internacional. Comissão das Nações Unidas para o Direito do Comércio
Internacional, vêm-se ocupando da uniformização e da regulamentação de alguns
aspectos do comércio internacional, dentre os quais a uniformização da compra e da
venda internacional merece destaque, uma vez que os contratos internacionais de
compra e venda de mercadorias representam a base do comércio mundial e da economia
de muitos países.
Um contrato será sempre internacional quando um dos elementos formadores
desse contrato estiver sujeito ou conectado a outro ordenamento jurídico, isto é, à
presença desses “elementos”, também conhecidos como elementos estrangeiros ou de
“estraneidade”.
Nota-se, portanto, que um contrato internacional implica, necessariamente, mais
de um Estado, sendo, em tese, competente para aplicar seu direito interno a um mesmo
negócio jurídico.
A questão da escolha da lei de regência de um contrato internacional tem como
ponto de partida o princípio da autonomia da vontade das partes em contratar, que
consagra a liberdade das partes contratantes em estabelecer a lei e as condições que
regerão o ato jurídico em questão.
A ampla interpretação do princípio da autonomia da vontade das partes em
matéria de contratos internacionais e, em particular, no que diz respeito à livre escolha
da lei aplicável a tais contratos, também vem sendo adotada pelas principais convenções
internacionais sobre a matéria, caracterizando-se como nova tendência no âmbito do
Direito Internacional Privado. A importância da aceitação da autonomia da vontade das
partes na escolha da lei aplicável tornou-se muito importante para os agentes do
comércio internacional poderem exercer seu direito de escolha da lei mais adequada às
suas relações contratuais, ao celebrarem dezenas de contratos mensais com parceiros de
distintos países. Por outro lado, alguns ordenamentos jurídicos estabelecem limites à
autonomia da vontade das partes na hora de decidir a lei aplicável a um contrato
internacional.
Faz-se necessário destacar, entretanto, que, como o contrato internacional de
compra e venda de mercadorias, justamente pelo facto de estar potencialmente
conectado a mais de um ordenamento jurídico, é cercado de elevado grau de
insegurança jurídica, a melhor forma de garantir maior segurança à transação comercial
internacional e, por conseguinte, maior previsibilidade à relação contratual é negociar e
assinar um contrato escrito e detalhado pelas próprias partes, definindo, de forma
objetiva e inequívoca, todos os elementos fundamentais intrínsecos àquela relação
específica (levando-se em consideração as particularidades do produto ou os usos e os
costumes internacionais do sector econômico envolvido).
Verifique-se, porém, que, em todo caso, os seguintes aspectos jurídicos deverão ser
necessariamente observados para garantir maior segurança aos empresários envolvidos
na operação comercial:
 Identificação das partes contratantes - Todos os contratos, incluindo os
internacionais, devem começar com a qualificação das partes daquela relação
contratual específica, ou seja, trata-se de parte introdutória na qual ambas as
partes serão devidamente identificadas.
 Objeto - A cláusula do objeto é tão importante, que alguns autores se referem a
ela como o “coração” ou o “centro” do contrato. A finalidade dessa cláusula é a
de estabelecer qual será o resultado do contrato, por meio de definição precisa e
completa do bem que será objeto da compra e venda internacional. Por isso
mesmo, as partes devem se preocupar em detalhar com clareza as características
do produto, para evitar futuras controvérsias quanto à natureza da coisa vendida,
podendo, também, optar pela adoção do respectivo código tarifário do bem
objeto da contratação. Em geral, a descrição do produto varia conforme sua
natureza, mas incluirá informações essenciais, como tipo, qualidade e
quantidade do produto (peso líquido e bruto ou volume, conforme o caso), forma
de embalagem, eventuais acessórios etc.

 Preço e condições de venda - Trata-se de outra cláusula que merece especial


atenção das partes contratantes. Em primeiro lugar, essa cláusula deve fixar,
inclusive por extenso, o preço unitário e total do produto a ser comercializado.
Além disso, as partes devem definir, também, a moeda específica do preço
indicado, uma vez que algumas moedas, como o peso, a libra e o dólar, são
adotadas por diversos países e, por conseguinte, mantêm diferentes cotações no
mercado cambial; por isso mesmo, a fixação do preço deve incluir a origem da
moeda.

 Modalidade de pagamento - A modalidade de pagamento é outro dispositivo


contratual importante. A forma de pagamento a ser adotada em cada contrato
internacional de compra e venda de mercadorias depende diretamente do grau de
confiança existente entre as partes contratantes. As modalidades de pagamento
são múltiplas e representam diferentes níveis de segurança para o vendedor do
produto. As formas mais comun8s são a transferência bancária à vista ou após
determinado número de dias da data do embarque da mercadoria, modalidade
frequente nos contratos entre as partes que mantêm relação comercial estável há
algum tempo, ou por meio de crédito documentário em suas diversas formas de
cartas de crédito. Este último representa meio de pagamento eficaz, pelo qual o
banco que emite a carta de crédito se obriga a efetuar o pagamento, mediante a
apresentação de determinado conjunto de documentos, que inclui o
conhecimento de embarque da mercadoria (Bill of Lading).

 Obrigações das partes - Na relação de compra e venda internacional, as partes


assumem distintas obrigações. Cada uma das partes assumirá um conjunto de
obrigações, que vai depender diretamente do tipo de contrato e das
características específicas do produto objeto da contratação ou do sector da
economia no qual a mercadoria está inserida. As próprias partes redigirão essas
obrigações com base em suas respectivas experiências comerciais e no grau de
conhecimento mútuo entre elas.

 Garantia - A expectativa de todo importador é a de receber a mercadoria do


vendedor de acordo com as amostras apresentadas pelo exportador durante a
negociação do contrato e, também, em conformidade com a descrição do
produto contida no próprio contrato, na cláusula do objeto. Em outras palavras, a
mercadoria entregue deve respeitar a quantidade, a qualidade e o modelo do
produto que foram, efetivamente, negociados pelas partes.

Uma possibilidade de proteção contra o risco de desconformidade da mercadoria


é a introdução, no corpo do contrato internacional de compra e venda de
mercadorias, de uma cláusula de garantia. Essa cláusula deve estabelecer que, no
caso de diferença entre o produto entregue e o solicitado no contrato, a empresa
exportadora se compromete a, durante determinado período (tempo suficiente
para que o importador confira a mercadoria após os trâmites aduaneiros),
substituir as peças defeituosas ou desconformes

 Lei aplicável e jurisdição - Do ponto de vista jurídico, trata-se de um dos


pontos mais importantes do contrato. Esses dois elementos (a lei aplicável ao
contrato e o foro competente) podem vir reunidos em uma mesma cláusula ou
separados, mas, em geral, aparecem ao fim do contrato

A finalidade dessa cláusula é a de fixar, dentro dos limites da aplicação do


princípio da autonomia da vontade das partes, qual será a lei aplicável para
regular e interpretar as disposições contratuais, bem como definir o foro
competente (jurisdição), que representa o tribunal específico que será acionado
pelas partes em caso de necessidade de solucionar disputa judicial relativa ao
conteúdo do contrato.
 Rescisão - É a parte do contrato que estipula os critérios para a rescisão
contratual, isto é, a desconstituição do negócio jurídico e, por conseguinte, a
perda da eficácia do contrato.

 Idioma - Esta cláusula é muito útil nos casos de contratos internacionais de


compra e venda de mercadorias que são redigidos em dois ou em mais idiomas
simultaneamente.

Capítulo 7 Importações e exportações fraudulentas


Dando continuidade à série sobre termos comuns relacionados ao crime de
lavagem de dinheiro, chegou o momento de abordarmos as exportações e importações
fraudulentas. Talvez você já conheça esse termo, dado que muitas empresas de fachadas
e fictícias fazem uso desse mecanismo para lavarem recursos provenientes de atividades
ilegais.
Para saber mais sobre essa forma utilizada pelos criminosos e suas principais
características, continue a leitura.

Antes de partimos diretamente para as atividades fraudulentas, faz-se necessário


a clareza dos termos importação e exportação. De maneira simplificada, importação
trata-se da entrada de bens e serviços oriundos do exterior, enquanto a exportação
compreende a saída de produtos de um país.

Alguns setores da economia são mais propícios para a existência de empresas de


fachada e fictícias, como é o caso das empresas de importação e exportação. Os
criminosos fazem uso dessas instituições para o superfacturamento das transações, ou
seja, emitem notas de valor superior ao verdadeiro — semelhante ao que acontece no
uso de notas fiscais frias.

A diferença entre o valor real e valor superfacturado é, então, paga com recursos
de origem ilícita, possibilitando a lavagem do dinheiro. A importação fraudulenta
também é utilizada para o envio de recursos ilegais para o exterior, enquanto a
exportação fraudulenta é visada por criminosos que querem lavar dinheiro ou receber
dinheiro que já foi lavado.

Capítulo 8 A exportação e a importação em Angola


Sendo assim, antigamente Angola era a 65º economia mundial em termos de
PIB, era o número 63 nas exportações totais e o número 107 nas importações totais,
As principais exportações em Angola são o petróleo Bruto, diamante, gás de
petróleo, petróleo refinado, navios de passageiros e de carga onde são transportados
para a China, índia, Emirados Árabes Unidos, Portugal e Espanha.
As principais importações em Angola são: O petróleo refinado, navios de sucata,
carne de aves, arroz e óleo de palma, sendo importados principalmente na China,
Portugal, Nigéria, Bélgica e Estados Unidos, sendo estás as importações mais recentes
de Angola
Conclusão

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