Comércio Exterior e Logística
Internacional.
Historia:
1808-1820: Corte Portuguesa se estabeleceu
no Brasil; Cata Régia de Abertura dos portos
brasileiros ás Nações Amigas (autonomia
sobre o próprio comércio exterior)
1821-1830: independência do país em 1822
(Brasil assinou o Tratado de comércio com a
Inglaterra)
1831-1840: Aumento da demanda mundial
pela borracha prozida na região amazônica. O
café começou a se destacar nas exportações.
1851-1860: Pela primeira vez o Brasil
conseguiu diversificar os destinos de suas
exportações.
1901-1910: nesta década, iniciou-se uma
longa fase de expansão do comércio exterior
brasileiro.
1931-1940: Os efeitos da quebra da bolsa de
Nova York e da crise do setor cafeeiro
comprometem o desempenho do comércio
exterior brasileiro.
1941-1950: Durante a Segunda Guerra
Mundial, o intercâmbio comercial brasileiro
era feito principalmente com os Estados
Unidos.
1961-1970: Os anos JK foram bastante
proveitosos para a indústria nacional, com
sucessivos aumentos da produtividade, mas
não houve avanços do comércio exterior
brasileiro.
1991-2000: No início da década de 90, o
Brasil implementou a abertura comercial com
redução de tarifas de importação e
reformulação dos incentivos às exportações.
Os fluxos comerciais se intensificaram e foi
criado o Mercosul.
2001-2010: a partir de 2000, o comércio
exterior brasileiro aumentou num ritmo mais
vigoroso. O crescimento econômico mundial,
o aumento dos preços internacionais de
produtos básicos, a diversificação dos
mercados importadores e a maior
produtividade da indústria nacional são
fatores que favoreceram o dinamismo das
exportações brasileiras, que passou a atingir
sucessivos recordes". Porém a crise de 2008,
iniciada nos Estados Unidos afetou a
economia mundial.
2011- atualmente: as características da
Globalização (vantagens e desvantagens)
estão sempre presentes no comércio brasileiro
e as ações governamentais (impostos,
parcerias/relações internacionais, imagem do
Brasil pelo mundo), interferem na vida
econômica de todos os brasileiros.
Globalização
Aumento das relações entre países a partir da
diminuição da distâncias. – ecoômicas,
sociais, culturais e políticas.
Período mercantilista (século XV) – As
nações europeias passaram a realizar viagens
de navio atrás de novas terras e riquezas;
surgimento de novas colônias de exploração
na África e na Ásia.
1ª fase (séculos XV – XVIII): Grandes
Navegações e Descobertas Marítimas –
Revolução Industrial.
2ª fase (séculos XVIII a XX): Revolução
Industrial – 2ª Guerra Mundial: expansão
do capitalismo.
3ª fase (final do século XX): 2ª Guerra
Mundial – queda do Muro de Berlim, fim da
União Soviética e do regime
socialista, Guerra Fria.
4ª fase (século XXI): Nova Ordem Mundial:
domínio do capitalismo no mundo.
A partir de 1990, com o neoliberalismo sendo
instalado no Brasil, houve o crescimento da
Indústria, privatização de estatais e o
surgimento das empresas multinacionais.
Logística Internacional
Matriz Modal de transporte internacional
do Brasil
Marítimo: 57,4%
Aéreo: 23,2%
Rodoviário: 18,7%
Fluvial: 0,6%
Principais portos da América Latina:
1. Porto de Colón, Panamá
2. Porto de El Callao, Peru
3. Porto de Santos, Brasil
4. Porto de Cristobal, Panamá
Maiores Aeroportos do Brasil 2022:
 Guarulhos
 Viracopos
 Manaus
 Galeão
 Brasília
Cenário Mundial do Comércio:
ONU – Organização das Nações Unidas.
Criada no período pós – Segunda Guerra
Mundial, em 1945, na Conferência Bretton
Woods.
Possuí 193 países-membros.
Membros fundadores – 51 países, entre eles o
Brasil.
Banco Mundial - empréstimos a países em
desenvolvimento no mundo. OBJ: erradicar a
pobreza extrema.
BIRD – Banco Internacional para
Reconstrução e Desenvolvimento.
OMC – Organização Mundial do
Comércio: Supervisionar e viabilizar o
comércio internacional. A organização lida
com a regulamentação do comércio entre os
seus países-membros; fornece uma estrutura
para negociação e formalização de acordos
comerciais e um processo de resolução de
conflitos que visa reforçar a adesão dos
participantes aos acordos da OMC.
Câmara de Comércio
Internacional/International Chamber of
Commerce (ICC):
Atua como a voz das empresas nas Nações
Unidas, na OMC e no G20, e influência no
desenvolvimento de políticas nacionais em
questões de importância vital para os
negócios internacionais;
Cria regras globais e padrões universalmente
utilizados nas transações do comércio
internacional, como os Incoterms® e os
Modelos de Contratos;
Estabelece a Corte Internacional de
Arbitragem, a instituição líder mundial em
resolução de disputas para negócios.
AUTOMATIZAÇÃO DO COMEX
SISCOMEX - O Sistema Integrado de
Comércio Exterior, instituído pelo Decreto nº
660, de 25 de setembro de 1992, é um sistema
informatizado responsável por integrar as
atividades de registro, acompanhamento e
controle das operações de comércio exterior,
através de um fluxo único e automatizado de
informações.
Radar - O Radar (Sistema Ambiente de
Registro e Rastreamento da Atuação dos
Intervenientes Aduaneiros), é o sistema que
possibilita empresas e pessoas físicas
habilitadas a realizar importações e
exportações
DESPACHANTE ADUANEIRO - É um
intermediário que lida com os procedimentos
burocráticos da exportação ou importação de
mercadorias no país. Também acompanha os
processos de fiscalização e despacho
aduaneiro dos bens. Diário Oficial da União
(DOU).
Exportação - é a operação de remessa de
bens e serviços, nacionais ou nacionalizados
para outro território aduaneiro, após cumprida
as exigências legais e comerciais, gerando a
entrada de divisas.
A legislação e os acordos internacionais:
Ainda na fase de planejamento, é preciso
consultar as barreiras tarifárias e não-
tarifárias, além de conhecer
a legislação sobre exportação, não somente a
brasileira, mas também a do país para onde
vão os produtos. Muitas normas de
exportação no Brasil estão consolidadas na
Portaria SECEX nº 23, de 14/07/2011.
As Licenças, Permissões, Certificados e
Outros Documentos Necessários à
Exportação (LPCO) podem ser solicitadas
pelo Portal Siscomex e serão necessárias para
realizar a Declaração Única de Exportação
(DU-E). Para registrar a DU-E também é
preciso emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-
e) de exportação.
Barreiras Comerciais
Protecionistas: Tarifárias e Não-tarifárias
(Técnicas)
Aceitáveis (legais)
Não-aceitáveis (ilegais)
SUBSÍDIOS: interferência do governo,
investindo capital em alguma empresa para
torná-la mais forte do que seus concorrentes.
BARREIRAS
ALFANDEGÁRIAS/TARIFÁRIAS:
aumento de imposto de importação ou maior
exigência de documentação, tornando a
importação menos competitiva do que o
produto do mercado nacional.
LICENÇAS DE IMPORTAÇÃO: o
governo exige que, antes de realizar a
importação de um determinado produto, a
empresa solicite autorização do governo.
QUOTAS DE IMPORTAÇÃO: o governo
limita a quantidade a ser importada de um
determinado produto.
EXIGÊNCIAS TÉCNICAS: maiores
documentações e certificações para a
importação de um produto.
BARREIRAS ECOLÓGICAS: exigências
que visam reduzir a agressão à natureza
(evitar poluição etc).
BARREIRA SANITÁRIA: por motivo de
doença ou praga, um produto pode ficar por
tempo determinado, proibido de ser
importado.
MONOPÓLIOS: uma empresa ou um único
país é “dono” do mercado, não havendo
concorrência.
OLIGOPÓLIO: o mercado consumidor fica
nas mãos de um grupo de empresas.
CARTEL: empresas “concordam” o preço de
um produto para, não havendo livre
concorrência
DUMPING: vender ao exterior por um preço
abaixo do custo de produção dos concorrentes
do mercado nacional.
Blocos Econômicos
São definidos quatro estágios ou tipos de
blocos:
 Zona de Preferência Tarifária
 Área de Livre Comércio.
 União Aduaneira.
 Mercado Comum.
 União Econômica e Monetária.
MERCOSUL: O Mercado Comum do Sul
(Mercosul) foi criado em 26/03/1991 com a
assinatura do Tratado de Assunção no
Paraguai. Os membros deste importante bloco
econômico da América do Sul são os
seguintes países: Argentina, Brasil, Uruguai e
Paraguai.
Estados Associados: Chile (desde 1996),
Peru (desde 2003), Colômbia, Equador (desde
2004), Guiana e Suriname (ambos desde
2013).
O Tratado de Assunção: Instrumento
fundacional do MERCOSUL, estabeleceu um
modelo de integração profunda, com os
objetivos centrais de conformação de um
mercado comum - com livre circulação
interna de bens, serviços e fatores produtivos
- o estabelecimento de uma Tarifa Externa
Comum (TEC) no comércio com terceiros
países e a adoção de uma política comercial
comum.
O Protocolo de Ouro Preto: Assinado em
1994, estabeleceu a estrutura institucional
básica do MERCOSUL e conferiu ao Bloco
personalidade jurídica de direito
internacional. O Protocolo consagrou,
também, a regra do consenso no processo
decisório, listou as fontes jurídicas do
MERCOSUL e instituiu o princípio da
vigência simultânea das normas adotadas
pelos três órgãos decisórios do Bloco:
Conselho do Mercado Comum (CMC):
órgão superior ao qual incumbe a condução
política do processo de integração;
Grupo Mercado Comum (GMC): órgão
executivo do Bloco;
Comissão de Comércio do MERCOSUL
(CCM): órgão técnico que vela pela
aplicação dos instrumentos da política
comercial comum.
ALADI (ASSOCIAÇÃO LATINO-
AMERICANA DE INTEGRAÇÃO):
Criada em 12 de agosto de 1980 pelo
Tratado de Montevidéu, a ALADI objetivou
criar um mercado comum latino-americano, a
longo prazo e de maneira gradual, mediante a
concessão de preferências tarifárias e acordos
regionais e de alcance parcial.
São Países-Membros da ALADI: Argentina,
Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba,
Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e
Venezuela
ALCA (Área de Livre Comércio das
Américas): Foi projeto de bloco econômico
que reúne países da América, tanto do sul,
central e do norte. – não foi pra frente.
NAFTA (North American Free Trade
Agreement ou Tratado Norte-Americano
de Livre Comércio): É um bloco econômico
formado por Estados Unidos, Canadá e
México. Foi ratificado em 1993, entrando em
funcionamento no dia 1º de janeiro de 1994.
Vantagens: Empresas dos Estados Unidos e
Canadá conseguem reduzir os custos de
produção, ao instalarem filiais no México,
aproveitando a mão-de-obra barata.
O México exporta petróleo para os Estados
Unidos, aumento a quantidade desta
importante fonte de energia na maior
economia do mundo.
A produção industrial mexicana, assim como
as exportações, tem aumentado
significativamente na última década.
USMCA: Estados Unidos – México –
Canadá, que substitui o Tratado Norte-
Americano de Livre Comércio, o Nafta, que
movimenta trilhão de dólares a cada ano.
Esse acordo comercial é também conhecido
como “Nafta 2.0” e foi assinado em 2018,
depois de uma negociação iniciada em 2017
pelo presidente Donald Trump durante o G20.
União Européia: bloco formado por 27
países. Ele surgiu pela necessidade dos países
de se unirem após a destruição causada pela
2ª Guerra Mundial. Moeda comum: euro.
Ainda que a Grécia, Espanha e outros países
tenham passado por sérias dificuldades, o fato
de estarem inclusos na União Europeia os deu
proteção e inclusive apoio financeiro quando
foi preciso.
Países membros: Alemanha, Áustria,
Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia,
Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha,
Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda,
Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia,
Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal,
República Tcheca, Romênia, Suécia.
BREXIT (bretanha e saída): A expressão é
usada para caracterizar o processo de
desligamento do Reino Unido (primeiro país
a sair – votação decidida pelo povo) da União
Europeia iniciado com o referendo de 23 de
junho de 2016. Nesta data, os britânicos
escolheram deixar o bloco econômico e
político europeu.
APEC: A Cooperação Econômica Ásia-
Pacífico é um fórum de 21 países-membros
localizado no Círculo do Pacífico, que visa
promover o livre-comércio e a cooperação
econômica em toda a região da Ásia-Pacífico.
Fundação em novembro de 1993, Austrália.
Organismo intergovernamental para consulta
e cooperação econômica
Países membros: Austrália, Brunei,
Canadá, Chile, China, Cingapura, Coreia do
Sul, Estados Unidos, Rússia, Filipinas,
Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova
Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Tailândia,
Taiwan e Vietnã.
ASEAN (Associação de Nações do Sudeste
Asiático): criada em 8 de agosto de 1967, é
um bloco econômico regional formado por
países asiáticos. A sigla do bloco foi definida
pela língua inglesa: Association of Southeast
Asian Nations. Embora tenha sido
implementado em meados da década de 60,
foi em 1976 com o “Tratado de Amizade e
Cooperação” que foi definida as diretrizes
para sua atuação. O Bloco possui um PIB de
725,3 bilhões de dólares sendo um dos blocos
econômicos mais ricos do mundo. Ele possui
um acordo de cooperação com a União
Europeia e ainda com países como o Japão,
China, Coreia do Sul, Estados Unidos,
Austrália, Índia, Paquistão, dentre outros.
BRICS: É uma organização de países de
mercado emergente em relação ao seu
desenvolvimento econômico. Fundada em 16
de junho de 2009 com sede emXangai –
China, tipo de organização
intergovernamental. Grupo de países de
economias emergentes formado por Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul. Criação
de um banco de reservas emergenciais para
eventuais socorros econômicos. Os PIB's do
BRICS, somados, equivalem a 22% do PIB
mundial. Já a população corresponde por 42%
dos habitantes do planeta.
Etapas do Processo de Exportação
1) Identificar possíveis compradores no
exterior;
2) Enquadrar sua exportação às normas
nacionais e internacionais (embalagens,
certificações etc);
3) Habilitar a sua empresa como exportadora
junto à Receita Federal – RADAR;
4) Contatar o possível comprador e apresentar
a empresa e o produto;
5) Preparar o preço de exportação;
6) Definir seu preço, forma de pagamento,
entrega, embalagem, etc;
7) Emitir e enviar uma fatura Proforma para o
importador analisar e confirmar o negócio;
8) Aguardar a confirmação do negócio
podendo ser através de pedido de compra
(Purchase Order) por parte do comprador;
9) Verificar a necessidade de Licença de
Exportação para seu produto ou processo;
10) Registrar a Exportação no Portal
SISCOMEX, registrando a DU-E;
11) Produção da mercadoria para entregar no
prazo estabelecido;
12) Contratar empresa para o transporte
internacional, podendo ser através um
armador ou agente de carga;
13) Realizar ou contratar despachante
aduaneiro para cumprir os trâmites de
despacho;
14) Emitir documentos: Fatura Comercial e
Packing List (a nota fiscal eletrônica deve ser
emitida pelo setor fiscal da empresa);
15) Fechar o câmbio de exportação com o
banco autorizador (Banco Negociador);
16) Acompanhar a chegada da mercadoria no
destino; e
17) Receber o pagamento através do Banco
Negociador num determinado país.
Documentos:
Fatura/Proforma Invoice: ou Fatura
Proforma, é um documento que registra e
formaliza uma intenção de compra e venda. O
documento é utilizado como caráter
informativo, como se fosse um orçamento ou
uma proposta de negociação. A fatura
proforma não é um documento exigido pelas
autoridades aduaneiras em nenhuma das suas
fases. Mas para àquelas operações em que há
licença de importação ou abertura de carta
de crédito, a fatura proforma é a base para os
lançamentos necessários nestes documentos.
Comercial Invoice: ou apenas Invoice, como
é mais conhecida, é o termo em inglês
equivalente a uma Nota Fiscal. Muita gente
tem essa dúvida sobre o que é Invoice. Isso
nada mais do que uma fatura de pagamento. É
um documento que serve para representar
uma operação comercial internacional.
O documento deve conter as seguintes
informações:
Nome e endereço do exportador e do
importador; Tipo de transporte; Locais de
embarque e de desembarque; Descrição
completa da mercadoria; Quantidade, peso
bruto e líquido; Moeda, preço unitário, valor
total; NCM; Termos ou condições de venda
(INCOTERMS); Assinatura do exportador;
Modalidade de pagamento; Data de emissão.
Packing List: (ou lista de embarque) é o
documento de embarque que discrimina todas
as mercadorias embarcadas ou todos os
componentes de uma carga em quantas partes
estiver fracionada. O objetivo é facilitar a
identificação e localização de qualquer
produto dentro de um lote, além de facilitar a
conferência da mercadoria por parte da
fiscalização, tanto no embarque como no
desembarque.
O que deve conter no Packing List:
• quantidade total de volumes
(embalagem);
• marcação dos volumes;
• identificação dos volumes por ordem
numérica; e
• espécie de embalagens (caixa, pallet
etc) contendo peso líquido, peso
bruto, dimensões unitárias e o
volume total da carga.
Nota fiscal: é um documento com validade
jurídica que serve para registrar uma venda de
produto ou prestação de serviço. Sua emissão
é obrigatória em qualquer transação, porque é
a partir dela que o Fisco recolhe os devidos
tributos sobre as operações das empresas —
do contrário, a empresa responsável pode
sofrer penalidades por praticar sonegação de
impostos.
Contrato de Câmbio: Entende-se por
contrato de câmbio um documento para
efetuar a venda de uma moeda nacional para
a compra de outra utilizada em um país
estrangeiro. Por meio desse contrato, é
possível obter moedas para fazer diferentes
negociações, e de acordo com a necessidade
do viajante.
DU-E (Declaração Única de Exportação): é
um documento eletrônico que contém
informações de natureza aduaneira,
administrativa, comercial, financeira,
tributária, fiscal e logística, que caracterizam
a operação de exportação dos bens por ela
amparados e definem o enquadramento dessa
operação; e serve de base para o despacho
aduaneiro de exportação. A DU-E faz parte
do Novo Processo de Exportação (2017) o
qual visa simplificar os processos atuais. A
elaboração ocorre no Portal Siscomex. A
Declaração Única de Exportação
efetivamente substitui o RE (Registro de
Exportação), a DE (Declaração de
Exportação) e a DSE (Declaração
Simplificada de Exportação) e contém todas
as informações pertinentes a uma
determinada operação de exportação.
Os três canais de conferência aduaneira de
exportação são:
Verde: desembaraço automático;
Laranja: exame da documentação
Vermelho: Exame documental e verificação
física da carga.
Agente internacional:
Incoterm; Dimensões; Peso; Cubagem;
Descrição da mercadoria; NCM; Melhor data
para embarque; Valor da mercadoria.
Reserva de praça: booking (reserva de praça)
Instrução de Embarque na Importação
(IE): O Brasil tem um controle rígido na
importação, principalmente em questões
documentais. Aqui, somos obrigados a
apresentar via original, assinada de próprio
punho. Além disso, temos que colocar o
número do CNPJ em um dos documentos, e a
falta disto pode ensejar em uma multa de
5.000 reais. Assim, a IE consiste na
preparação correta dos documentos de
embarque (faturas comerciais, romaneios,
certificados de origem, certificados de
inspeção, conhecimentos marítimos, aéreos,
ferroviários e rodoviários) e o envio destes,
dentro do prazo, para o destino correto
Fechamento de Câmbio: Uma forma
bastante comum no pagamento das
importações é: um sinal antes da produção,
normalmente em 30%, e o restante quando a
carga estiver pronta, normalmente 70%.
Frete pré-pago (freight prepaid) ou Frete a
pagar (freight collect).
Conhecimento Internacional de
Transporte:
Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill
of Lading - BOL)
Conhecimento de Embarque Aéreo (Airway
Bill - AWB)
Conhecimento de Transporte Rodoviário
(CRT/CTE)
Conhecimento de Transporte Ferroviário
(TIF/DTA)
CERTIFICADOS:
Certificados de Origem: Trata-se de um
documento emitido com a finalidade de
atestar a origem e a procedência da
mercadoria objeto de exportação.
Certificado Fitossanitário: Certifica as
condições sanitárias e de salubridade dos
produtos.
Certificado de Qualidade: Atesta a
qualidade do produto exportado.
Certificado de Inspeção: Certifica que foi
realizada a inspeção da mercadoria antes do
embarque e as boas condições desta.
Sistema Harmonizado (SH):
é um método internacional de classificação de
mercadorias, baseado em uma estrutura de
códigos e respectivas descrições. Este
Sistema foi criado para promover o
desenvolvimento do comércio internacional,
assim como aprimorar a coleta, a comparação
e a análise das estatísticas, particularmente as
do comércio exterior.
A composição dos códigos do SH, formado
por seis dígitos, permite que sejam atendidas
as especificidades dos produtos, tais como
origem, matéria constitutiva e aplicação, em
um ordenamento numérico lógico, crescente e
de acordo com o nível de sofisticação das
mercadorias.
NCM (Nomenclatura Comum do
Mercosul): Foram procedidas as adaptações
necessárias, inclusive a introdução de
subdivisões em nível de itens, acrescentadas e
codificadas após o código numérico de seis
dígitos do Sistema Harmonizado, de sorte a
obter melhor detalhamento das mercadorias e
respectivas classificações, satisfazendo os
interesses de todos os Estados-Partes. Dentro
desse critério, dos oito dígitos que compõem
a NCM, os seis primeiros são formados pelo
Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e
oitavo dígitos correspondem a
desdobramentos específicos atribuídos no
âmbito do Mercosul.
Entendendo-se que no Sistema Harmonizado
as mercadorias estão ordenadas de acordo
com o seu grau de elaboração, ou seja, o
sistema inicia com animais vivos, passando
por produtos semi-elaborados e terminando
com obras de arte, a sistemática de
classificação dos códigos na Nomenclatura
Comum do Mercosul (NCM) obedece à
seguinte estrutura: 0000.00.00
2 primeiros dígitos do SH – Capítulo:
características de cada produto.
4 primeiros dígitos do SH – Posição:
desdobramento da característica de uma
mercadoria identificada no Capítulo.
6 primeiros dígitos do SH – Subposição:
desdobramento da característica de uma
mercadoria identificada no Capítulo.
7º dígito da NCM – Item: classificação do
produto.
8º dígito da NCM – Subitem: classificação e
descrição mais completa de uma mercadoria.
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
II (Imposto de Importação)
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS).
Importações definitivas: Ocorre quando a
mercadoria importada é nacionalizada,
independêntimente da existência de cobertura
cambial, ou seja, mesmo nos casos que não
haja relação de compra e venda (transação
comercial). Por meio da Declaração de
Importação (DI) e da Licença de Importação
(LI).
Importações não definitivas: são aquelas em
que definitivas, contratiamente ás
importações definitivas, não ocorre
nacionalização. São os casos, por exemplo, de
mercadorias importadas sob o regime
aduaneiro especial de admissão temporária
que, após a sua permanência no país, pelo
período previamente estabelecido, são
reexportada.
Importação com cobertura cambial:
As importações de mercadorias com prazo de
pagamento superior a 360 dias sujeitam-se a
registro no banco central.
Importação sem combertura Cambial:
São operações onde inexiste a contratação de
câmbio, uma vez que haverá pagamento ao
exportador e não haverá a necessidade de
aquição de moeda estrangeira. Ex: doações,
materiais enviados como empréstimos, teste...
Licenças, Permissões, Certificados e outros
documentos (LPCO):
Ajudam a simplicar e agilizar o processo de
autorização para a importação de uma
mercadoria.
Declaração Única de Importação
(DUIMP): reúne todas as informações de
natureza aduaneira, administrativa, comercial,
financeira, tributária e fiscal pertinentes ao
controle das importações pelos orgãos
competentes da Administração Pública
Brasileira na execução de suas atribuições
legais.
A DUIMP do Portal Siscomex substituirá a
DI (declaração de Importação) no Siscomex
Web. A Receita Federal do Brasil, através dos
acordos de facilitação da Organização
Mundial das Aduanas (OMA), está
modernizando e desburocratizando o
comércio exterior brasileiro com a
implantação do Novo Processo de
Importação e num futuro próximo,
realizaremos as importações unicamente
pela DUIMP. Já disponível para empresas
com certificação OEA (Operador Econômico
Autorizado) Nível 2 e que fazem embarque
marítimo, com recolhimento integral dos
tributos, ou seja, não utilizam benefícios
fiscais ou licenças.
Catálago de produtos: Novo módulo
obrigatório do Portal Único onde as empresas
deverão preencher as informações pertinentes
e todas as características dos
insumos/produtos importados.
Cadastros de Atributos: Unificação de
dasos de NVE (Nomenclatura de valor
Aduaneiro e Estatística), Destque de Adição e
Campos dos Formulários dos Orgãos
Anuentes.
Extinção do Mantra e substituição pelo
Módulo CCT Aéreo: o Portal Único vai
trazer o Módulo CCT (Controle de Carga e
Trânsito) que controlará a localização da
carga, e sua movimentação, independente do
modal e Incoterms utilizados. Inicialmente, a
implementação do CCT será apenas no modal
aéreo.
Pagamento Centralizado do Comércio
Exterior (PCCE): O Módulo do Pagamento
Centralizado do Comércio Exterior (PCCE)
visa agilizar e otimizar os procedimentos
relacionados ao recolhimento de tributos,
taxas e tarifas do comércio exterior.
Desembaraço Aduaneiro: é a conclusão da
conferência aduaneira, sendo que após o
desembaraço a Receita Federal autoriza a
entrega da mercadoria ao importador.
Despacho de Importação: A receita Federal
verifica a exatidão dos dados declarados pelo
importador com a mercadoria, aos
documentos apresentados e á legislação
específica, com vista ao seu desembaraço
aduaneiro. Toda mercadória procedente do
exterior, importada a título definitivo ou não
sujeita ao pagamento de imposto de
importação, deverá ser submetida a despacho
de importação. Que será realizado com base
em declação apresentada á unidade aduaneira,
sob cujo controle estiver a mercadoria. O
despacho de importação poderá ser realizado
em zona primária (porto ou aeroporto – até 90
dias de descarga) ou em zona secundaria
(armazéns alfandegados – até 120 dias da
entrada de mercadoria).
Importação em três fases:
Toda merdoria procedente do exterior, deve
ser submetida a despacho aduaneiro de
importação.
administrativa: autorização para importação,
que deve ser obtida junto ao poder público.
cambial: pagamento ao fornecedor do
produto exportado (o pagamento é feito em
moeda estrangeira).
fiscal: retirada de produtos na alfândega.
Para consumo: Visa a nacionalização
de matérias-primas e produtos — é aplicado
quando o item é incorporado à cadeia
produtiva nacional ou destinado à
comercialização ou revenda.
Para admissão: Permite o ingresso em
caráter temporário de bens ou produtos que
devem permanecer em território nacional
somente por um prazo determinado.
Para internação: Destina-se a introduzir nas
demais regiões do país os bens provenientes
de áreas de livre comércio, como a Zona
Franca de Manaus.