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OMC - HISTÓRICO E IMPORTÂNCIA PARA O

COMÉRCIO MUNDIAL.

1
Sumário

Definição da OMC ...............................................................................................2

História da OMC ..................................................................................................2

Funções da OMC .................................................................................................3

Princípios.,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,3

Origem...................................................................................................................4

Rodadas da Organização Mundial do Comércio ..................................................5

Estrutura ...............................................................................................................6

Bibliografia ...........................................................................................................7

2
Organização Mundial do Comércio
Sediada em Genebra, na Suíça, a Organização Mundial do Comércio (OMC)
é uma organização internacional que trata das regras sobre o comércio entre as nações.
Os membros da OMC negociam e assinam acordos que depois são ratificados pelo
parlamento de cada nação e passam a regular o comércio internacional. 1 Em inglês é
denominada World Trade Organization” (WTO) e possui 153 membros.2

A partir do crescimento de transações comercias em nível mundial e do intenso


processo de globalização de capitais, mercadorias e da própria produção, que são itens
ligados diretamente à dependência dos países, sobretudo, dos pobres em relação aos
ricos, surge a necessidade da criação de organismos internacionais e órgãos financeiros
que possam regular as disparidades econômicas e comerciais existentes no mundo.

História da OMC
O surgimento da OMC foi um importante marco na ordem internacional que
começara a ser delineada no fim da Segunda Guerra Mundial. Ela surge a partir dos
preceitos estabelecidos pela Organização Internacional do Comércio, consolidados na
Carta de Havana, e, uma vez que esta não foi levada adiante pela não aceitação do
Congresso dos E.U.A., principal economia do planeta, com um PIB maior do que o das
outras potências todas somadas, imputou-os no GATT de 1947, um acordo temporário
que acabou vigorando até a criação efetiva da OMC após as negociações da Rodada
Uruguai em 1995.

A OMC entrou em funcionamento em 1 de Janeiro de 1995. Portugal aderiu em


15 de Abril de 1994 e, em 23 de Julho de 2008, Cabo Verde se tornou o seu mais novo
membro.3

As maiores dificuldades que a Organização Mundial do Comércio encontra estão


relacionadas ao protecionismo, como as que ocorrem na França, que taxou todos os
produtos agropecuários, a inserção de tributos impede a entrada de mercadorias dessa
natureza, oriundos de outros lugares, com essa atitude o governo visa proteger os seus
produtores.

Na verdade, a intenção dos países desenvolvidos é que as barreiras alfandegárias


sejam retiradas, no entanto, somente para entrada de seus produtos em outros territórios,
já no processo contrário querem estabelecer medidas protecionistas.

1
Definição do site oficial da OMC (WTO na língua inglesa) “World Trade Organization”
(WTO) is the only global international organization dealing with the rules of trade between
nations. At its heart are the WTO agreements, negotiated and signed by the bulk of the world’s
trading nations and ratified in their parliaments. The goal is to help producers of goods and
services, exporters, and importers conduct their business”.
2
http://www.wto.org/english/thewto_e/whatis_e/whatis_e.htm acessado em 12/06/2008 às
19:01
3
Cape Verde to join WTO on 23 July 2008

3
Funções da OMC
Suas funções são:

• gerenciar os acordos que compõem o sistema multilateral de comércio;4

• servir de fórum para comércio internacional (firmar acordos internacionais);


• supervisionar a adoção dos acordos e implementação destes acordos pelos
membros da organização(verificar as políticas comerciais nacionais).

Outra função muito importante na OMC é o Sistema de resolução de


Controvérsias da OMC5, o que a destaca entre outras instituições internacionais. Este
mecanismo foi criado para solucionar os conflitos gerados pela aplicação dos acordos
sobre o comércio internacional entre os membros da OMC. As negociações na OMC
são feitas em Rodadas, hoje, ocorre a Rodada de Doha (Agenda de Desenvolvimento de
Doha - Doha Development Agenda) iniciada em 2001.

Além disso, a OMC realiza Conferências Ministeriais a cada dois anos. Existe
um Conselho Geral que implementa as decisões alcançadas na Conferência e é
responsável pela administração diária. A Conferência Ministerial escolhe um diretor
geral com o mandato de quatro anos.

Princípios
A atuação da OMC pauta-se por alguns princípios na busca do livre comércio e
também da igualdade entre os países.6

1. Princípio da Não-Discriminação: este princípio envolve duas considerações. O


Art. I do GATT 1994, na parte referente a bens, estabelece o princípio da nação
mais favorecida. Isto significa que se um país conceder a outro país um
benefício terá obrigatoriamente que estender aos demais membros da OMC a
mesma vantagem ou privilégio. O Art. III do GATT 1994, na parte referente a
bens, estabelece o princípio do tratamento nacional. Este impede o tratamento
diferenciado aos produtos internacionais para evitar desfavorecê-los na
competição com os produtos nacionais.
2. Princípio da Previsibilidade: para impedir a restrição ao comércio internacional
este princípio garante a previsibilidade sobre as regras e sobre o acesso ao
comércio internacional por meio da consolidação dos compromissos tarifários
4
ELBA CRISTINA LIMA RÊGO, Economista do Departamento Econômico do
BNDES.
5
Thorstensen, Vera e Jank, Marcos. O Brasil e os Grandes Temas do Comércio Internacional.
Ed.Aduaneiras. São Paulo,2005.p:21
6
O site oficial da OMC estipula os princípios da organização, texto em inglês: www.wto.org
Em português pode-se encontrar a referência em sites do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior do governo brasileiro
(http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=368 e na parte
referente ao instituto nacional de propriedade industrial (www.inpi.gov.br/menu-
esquerdo/patente/pasta_acordos/omc_html)

4
para bens e das listas de ofertas em serviços. Regula também outras áreas da
OMC, como TRIPS, TRIMS Acordo Geral de Tarifas e Comércio, Barreiras
Técnicas e SPS.
3. Princípio da Concorrência Leal: este princípio visa garantir um comércio
internacional justo, sem práticas desleais, como os subsídios (alguns Estados dão
dinheiro aos agricultores de seus países, permitindo a produção de itens mais
baratos e mais competitivos perante os itens/produtos dos outros países).
Previsto nos Arts. VI e XVI. No entanto, só foram efetivados após os Acordos
Antidumping e de Subsídios, que, além de regularem estas práticas, também
previram medidas para combater os danos delas provenientes.
4. Princípio da Proibição de Restrições Quantitativas: estabelecido no Art. XI do
GATT 1994 impede que os países façam restrições quantitativas, ou seja,
imponham quotas ou proibições a certos produtos internacionais como forma de
proteger a produção nacional. A OMC aceita apenas o uso das tarifas como
forma de proteção, desde que a lista de compromissos dos países preveja o uso
de quotas tarifárias.
5. Princípio do Tratamento Especial e Diferenciado para Países em
Desenvolvimento: estabelecido no Art. XXVIII e na Parte IV do GATT 1994.
Por este princípio os países em desenvolvimento terão vantagens tarifárias, além
de medidas mais favoráveis que deverão ser realizadas pelos países
desenvolvidos.

Origem
A OMC surgiu do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) que foi criado
após a Segunda Guerra Mundial conjuntamente com outras instituições multilaterais
dedicadas à cooperação econômica internacional, como as instituições criadas com
Acordos de Bretton Woods: o Banco Mundial e o FMI (Fundo Monetário
Internacional).7

Em dezembro de 1945, os Estados Unidos convidaram seus aliados de guerra a


iniciar negociações a fim de criarem um acordo multilateral para a redução recíproca
das tarifas de comércio de bens. Para realizar este objetivo, tentou-se criar a
Organização Internacional do Comércio (ITO- International Trade Organization). Um
Comitê Preparatório teve início em fevereiro de 1946 e trabalhou até novembro de
1947. Em Março de 1948 as negociações quanto à Carta da OIT não foram completadas
com sucesso em Havana. Esta Carta tentava estabelecer efetivamente a OIT e designar
as principais regras para o comércio internacional e outros assuntos econômicos. Esta
Carta nunca entrou em vigor, foi submetida inúmeras vezes ao Congresso Norte
Americano que nunca a aprovou.

Em outubro de 1947 um acordo foi alcançado pelo GATT. Finalmente, em 30 de


outubro de 1947, 23 países assinaram o “Protocolo de Provisão de Aplicação do Acordo
Geral de Tarifas e Comércio” com o objetivo de evitar a onda protecionista que marcou
os anos 30. Nesta época os países tomaram uma série de medidas para proteger os
7
http://www.wto.org/english/thewto_e/whatis_e/tif_e/fact1_e.htm.

5
produtos nacionais e evitar a entrada de produtos de outros países, como por meio de
altos impostos para importação.

Na ausência de uma real organização internacional para o comércio, o GATT


supriu essa demanda, como uma instituição provisória.

O GATT foi o único instrumento multilateral a tratar do comércio internacional


de 1948 até o estabelecimento em 1995 da OMC. Apesar das tentativas de se criar
algum mecanismo institucionalizado para tratar do comércio internacional, o GATT
continuou operando por quase meio século como um mecanismo semi-
institucionalizado.

Após uma série de negociações frustradas, na Rodada do Uruguai foi criada a


OMC, de caráter permanente, substituindo o GATT.

Estrutura
• Estrutura da OMC
I. Conferência Ministerial - órgão máximo da organização, composta pelos
representantes dos Estados-membros, a cada dois anos;
II. Conselho Geral - composto por embaixadores das missões permanentes
junto à organização que deverá se reunir quando apropriado;
III. Secretariado - chefiado por um Diretor Geral designado pela Conferência
Ministerial, e vários vice-diretores assessorados por um corpo técnico, com
responsabilidades institucionais; Universitas - Relações Int., Brasília, v. 2, n.2, p. 109-
125, jul./dez. 2004
IV. Diversos órgãos - solução de controvérsias, revisão de política comercial;
V. Conselhos para bens, serviços e propriedade intelectual;
VI. Diversos comitês subordinados aos conselhos, cerca de 30.

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