Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Louejoy
s c r a v i d á ºn a _ : -
Ae
> Africa:ia de suas
Uma histór
transformagóe5
TRADUCÁO DE
Regina A. R. F. Blaering e
Luiz Guilherme B. Chaves
CIVILIZAGÁO BRASILEIKA
Río de Janeiro
2002
1/12
2/12
A ESCRAVIDÁO COMO MODO DE PRODUCAO
Nós tentamos trazer ¿¡ luz a existéncia de: uma formag_áo social abren:com um '
modo de produgáo baseado na escravidáo, que organiza uma parte considerável : --' '
do trabalho em trés setores esse_nciais da economia; agricultura, mineragáo_de _ _. … v
ouro e transporte [portage]. Mas deve—se imediatamente salienta__r que esse modo
de produgáo contém características específicas relativas vá reprodugáo das___rela- . …
góes sociais que a constituem. Nós já aludimos a essas peculiaridades, que podem
ser resumidas da seguinte forma: nao há reprodugao natural ou biologica da "
populaeao cativa.6
Esse último ponto é crucial para o modelo de Terray. A incapagidade_d_a for__r__na- '
950 social—de manter—se a si própria sem a aquisigáo de noves escravos ilustra .
uma das características ess'enciais do modo. de produgáo escrav_ista, a necessida-
2/12 .395- .
¡::A “E'-s'C'RAVIÚÁ'0 NA" ÁFR|CAE"UMA Hl$Tók|A-DE 'SUAS TRANSF'OR'MA(;055:
396
3/12
A ESCRAV|DÁO N A E C O N O M I A POLÍT!CA D A ÁFR¡CA
397
3/12
A E S C R A V ! D Á O N A Á F R ! C A : U M A H I S T O R I A DE S U A S T R A N S F O R M A C Ó E S
398
4/12
A ESCRAVIDÁO N A ECONOMIA POLÍTICA D A ÁFRICA
4/12
399
A E S C R A V I D Á O N A Á F R I C A : U M A H F S T Ó R I A DE S U A S T R A N S F O R M A C Ó E S
;áo nativa era uma relacáo dialética. Ambos mudaram com o tempo, e as influen—
:ias dessas mudangas fluíam para os dois lados, constantemente produzindo uma
nova situagáo nas duas esferas. Os efeítos a longo prazo podiam ser realmente
significativos, como revela uma comparagáo entre a África Centro—Ocidental e a
;avana islámica. Onde as mulheres e criangas podiam ser absorvidas facilmente,
:omo nas sociedades da África Centro—Ocidental, a escravidáo continuou asso—
:iada a um modo de produgáo baseado no parentesco. Os homens eram exporta-
dos em quantidades desproporcionais, e as mulheres e criangas eram colocadas
em posigóes subordinadas dentro de uma linhagem. Os meios de producáo nao
estavam especificamente associados & escravidáo, pois de qualquer forma a
maior parte do trabalho agrícola era de responsabilidade de mulheres e criancas.
Na savana setentrional, ao contrário, 0 mercado externo era para mulheres e
criangas, apesar de uma preferéncia interna exatamente por esses mesmos escra-
vos. Diferentemente da África Centro—Ocidental, 0 mercado interno e 0 mercado
externo competiam pelos mesmos escravos, e o valor dos cativos do sexo mascu-
lino era, conseqííentemente, depreciado. Era possível, nesse contexto, empregar
os escravos do sexo masculino em atividades produtívas, mudando assim a orga-
nizacáo da produgáo. Outta importante diferenga diretamente relacionada com
o comércio externo era o volume das exportagóes, geralmente de um nivel regu—
lar e relativamente modesto na savana setentrional, mas de um volume mais
substancial na África Centro—Ocidental, principalmente no século XVIII e inicio
do século XIX. Essa variagao sugere que o padráo de escravidáo encontrado na
África Centro—Ocidental era reforgado e estendido mais para o interior, de modo
que a utilizacáo de escravos em funcóes produtivas que requeriam uma mudañca
fundamental na formagáo social nio ocorria. Durante esse mesmo período, a
savana setentrional estava relativamente estável; a forma<;áo social existente con—
tinuava a funcionar como vinha funcionando há séculos.
Essas generalizaeóes ajudam a confirmar o importante papel do comércio
exterior, incluindo o significado do volume de exportagóes, o vínculo com as ins-
tituigóes da escravizagáo e de tráfico e as associagóes positivas e negativas de
comércio com a fragmentagáo política da África. 0 volume ajuda a estabelecer a
escala da escravidáo no setor interno, bem como o número de pessoas efetiva-
mente levadas da África —— tanto a populacáo doméstica quanto a pópulacáo de
exportacáo resultavam dos mesmos mecanismos de oferta de escravos. Essa cor—
relacáo era característica do modo de producáo escravo ao longo da costa da
Guiné e de outras áreas que abasteciam () comércio transatlántico no século
XVIII e primeira metade do século XIX, mas a existéncia do mercado de expor—
400
5/12
A ESCRAV1DÁO NA ECONOMíA POLíT¡CA DA ÁFRICA
tag50 náo era necessária para um funcionamento continuo de um modo cie pro—
dugáo escravista, mesmo que o aumento das exportagóes de escravos tenha con—
tribuido para a transforma;áo da escravidáo.
A TRANSFORMACÁO DA ESCRAV!DÁO
401
5/12
A ESCRAV!DÁO NA ÁFR¡CA: UMA H!STÓRIA DE SUAS TRANSFORMACÓES
402 6/12
A ESCRAVIDÁO N A ECONOMIA POLÍTICA D A ÁFR!CA
6/12 403
A E S C R A V I D Á O N A Á F R I C A : U M A H I S T O R I A DE S U A S T R A N S F O R M A C Ó E S
404
7/12
A ESCRAVIDÁO N A ECONOMIA POLÍTICA DA ÁFRICA
dade sobre os seus escravos, e os novos regimes coloniais náo podiam impedir
individuos e pequenos grupos de partir.
Esse processo de utilizacáo intensificada dos escravos e o colapso da escravi—
dáo revelam um fenómeno mais amplo —— a articulagáo do modo de produgáo
escravista com o capitalismo. Essa articulacáo comecou com a incorporacáo da
costa da Guiné ao sistema do Atlántico sul de fornecimento de escravos para as
Américas. A África estava invariavelmente ligada ás Américas até que essa fun-
gáo de abastecimento terminasse no”século XIX; dessa maneita, os desdobra—
mentos da escravidáo ao longo da costa :la Guiné estavam subordinados ao sur—
gimento da escravidáo produtiva nas Américas. Os vínculos comerciaís com a
Europa e ¿ Índia demonstram a extensáo desse envolvimento, mas a natureza da
troca/ em si servia como uma barreira a transferéncia do capitalismo para a Áfri—
ca: No auge do tráfico de escravos no século XVIII, a Europa, as Américas e a
África formavam tr€s setores distintos Ida economia mundial; o capitalismo sur—
gía triunfante somente na Etrto_pa, enquanto as Américas e a África continuavam
' —sendo sócios subordinados;
_ _Essa subordinacáo modelóu a escravidáo nas Américas … o que muitos eStu—
díosos reconheceram —-'— más também modelou a escravidáo na África, pelo
menos naquelas regióes que abasteciam o comércio exportador.15 Nesse caso; a
escravidáo se desenvolveu dentro do contexto da oferta de escravos: a retengá0
de grandes quantidades de mulheres e críangas, a utilizagao de escravos no exer-
cito e () emprego de escravos na produgáo se relacionavam com a manutengio de
uma classe de comerciantes e chefes militares que eran; essenciais para o funcio—
namento de um sistema internacional de escravidáo nos séculos XVII e XVÍH.
Essa interacáo continuou no século XIX, só que a cruzada abolicionista tolhia
cada vez mais a capacidade de fornecer escravos.
As forcas económicas mais poderosas do século XIX foram capitalistas —— a
expansáo dos mercados mundiais para mercaderias “legais”. O crescimento do
mercado de óleos, marfim, penas de avestruz e outras mercadorias —-» algumas
para o consumo de luxe associado & prosperidade européia e outras para a indús—
tria que caracterizava a ordem capitalista — proporcionava uma colocagáo ime—
diata para a máo—de—obra escrava. Os senhores transferiam seus escravos para a
' produgáo de mercaderias de exportagáo, embora a produgáo para consumo
doméstico e os mercados regionais continuassem como antes, assim como a con—
tínua utilizacáo de escravos em fungóes nao—económicas. Assim, a transformacáo
era mais relativa do que absoluta. Os escravos já eram utilizados em fung6es eco—
nómicas; agora mais escravos eram utilizados dessa forma. Amigas formas de
405
7/12
A E S C R A V ! D Á O N A Á F R I C A : U M A H I S T Ó R I A DE S U A S T R A N S F O R M A C Ó E S
406 8/12
A ESCRAVIDÁO N A ECONOMIA POLÍT!CA D A ÁFRICA
8/12
407
" "'A-EECR'AVIDÁO NA ÁFR¡¿A':=UMA-i—il5'fómA D/E'SVVUAS TRÁNS'FORMACÓES
408
9/12
—
A ESCRA'V(DÁO NA…ECONOMlA—POLÍTICA DA_ÁFRICA
_.
pais escravos cuja posigáo sei-Vil foi mantidañáo podiam$ústentar a estraVidáo
como um modo de ptodugáo. Os administradores europeus tinham condigóes de —
.
apaziguar os senhores de escravos no intere'sse da estabilidade social, porque &
. …
aboligáo da escravidao estava num curso irrever3'ívél.
A África permanecen perifériCa ao capitalismo, mesmóºquandoa esctavidáo
foi desmontada. As novas formas de organizagáo do ttabalho — migracio, pro-, —
:
dugáo camponesa, coer<;ao colonial através da taxagáo e dos projetos de corvéia,—* :
_'
e o alistamento militar Compulsóri0 —.estavam assóciadas a- dominagáo colo-
_
nial.23 Na época em que os antropólogos e' historiadores se ¿:oncentrarám nº“-"'
'
estudo da escravidáo, apel1as"o legado de um" fnodo de 'produgáo ainda existia.
_. A
__ _
__
o LEGADO DA ESCRAVIDÁO
; .
—
__ _
Considerando que a escrai/idao tfénha fsid6"úx_na inst' uiéáo central—na s“ociedadé“ "
ó".'seuº'legado ainda sobrévw com"ele'pf0blemasfcomºos qu'ais "a"-'Áffíca'_
_<
.
.défiórita.* Relat0s de ”críanc'as sequeºstfádásj¿meninas " sendo "levadaspara1Mec
_+ _
' Como “peregrinas” mas queterminam eºm'º'haréns, e ainsisténcia de alguns velhd
x
¿de que ainda sáo escravos pºr causa da pósigao e dos beneficios que tal afirma
i caó ainda acarteta, atest'am o seulegado.24 Agora, entretanto,- nao existe a msn—"
/
.
. ,_,
tuigao da eScravídaó,- apesar de evidencias deic'a'sos isolados: Na--décadaºdeil930,f
.
a aboligáo estava certamente a camínho de se tornar um'fato consumado pratícá= f—'—
.
l
_
mente em todos os lugares. Mesmo quando os escra"vos'—náo eram—fo'tmalmenteº'
x< ' _
emancipados ou náo eram localmente reconhecidoscómó livres, o cenário social“
. .
e político mudara definitivamente".
… Dentro da África, o legado e muitas vezes claro, embora problemas do pas—' '
_.
l
sado sejam disfargados sob noves rótulos. Diferengas entre mugulma'nos e cris- ' —
…
.,
táOs podem facilmente ter relagáo com quem estava atacando quem ein busca de
esCravos, uma divisáo que me foi .revelada—em'méados da*década de 1970, quan-
do estudantes univer5itári05'comegaram a disentir entre si a respeitodo signifi-
cado histórico dessa diferenqa religiosa.“ Multas qúestóes sobre esse legado per—
manecem para serem examinadas em pesquisas futuras, principalmente a relagáo
da ascendéncía escrava com o trabalho migratório, o deslocamento de pessoas
.
409
9/12
A E S C R A V I D Á O N A Á F R I C A : U M A H I S T Ó R I A DE S U A S T R A N S F O R M A C Ó E S
_410'
10/12
A ESCRAVIDÁO NA ECONOMIA POLÍTICA DA ÁFRICA
10/12
'º" A ESCRAVIDÁO NA ÁFRICA: UMA HISTORIA DE SUAS TRANSFORMACOES
38 Miers 1975, p. 155; MacDonald 1882, vol. II, 9. 29; e Hanna 1956, pp. 4-10, 34—7,
56—9, 196—7.
39 MacDonald 1882, vol. II, p. 32.
40 MacDonald 1882, vol. II, pp. 198—9.
41 Renault 1971 a, vol. I, pp. 184—98. Ver também M." Wright 1975.
42 Miers 1975, p. 300.
43 Jewsiewicki e Mumbanza 1981, pp. 88—96.
44 Cooper 1980.
45 Duffy 1967; e Clarence-Smith 1979 b.
45 Zuccarelli 1962, e Fáuré 1920
47 Para um resumo da política francesa, ver Roberts e Klein 1981, pp. 382-4; Guéye
_1966; Pasqu_ier_ 1967; Renault-1971 [>, M. Klein 19815 e Oloruntimehin 1971- 2, p. 52.
" > 43 Hanson 1971, pp. 224
49 Bouche 1968, pp. 5 8 64, 79-89, 146-53. 05 ingleses fundaram mais tarde aldeias simi-
lares; ver Olusanya 1966.
Sº EKersaint-Gilly 1924; Kanya—Forstner 1969, pp. 10, 272-3.
51 Commandant Kira para _Commandant Supérieur, 19 de janeiro de 1891, como citado
_ em M. Klein 1983. Ver tambéni"Bouche 1968, p." 80.
52 C0m0 citado em R; Roberts 1978, p.' 321.
53 Warburg 1981. Pp. 257—66. Ver também Baer 1969. Para uma análise proveitosa cio
papel da abolicáo na história do Sudáo nilótico, ver “Ali 1972.
54 Memorando para Mudirs, incluso em correspondencia de Cramer para Salisbury, 17
- de mareo (le-1899, F. 0. 78/5022, como citado 'en; Warburg 19.81, p. 258.
¡ 55 Minuta, 5 de abril (ie-1900, em Moor para Chamberlain, nº? 1 conf., 28 de janeiro de
Í1900, C. O'. 520/1, como citado em Miers1975', p. 294. Com rela;áo'ás origens desse senti-
¡;mento pró—escravidáo como um aspecto do imperialismo británico, ver Grace 1975, pp. 22,
l 40. Grace afirma que Mary Kingsley, C. L. Temple, Lugard e outros combinavam uma polí—
i tica económica positiva com uma política social conservadora, na qual a escravidáo era uma
i das muitas instituic6es “nativas” que deviam ter a permissáo de funcionar numa forma modi—
1i ficada.
' 55 Lugard 1906, p. 136 Ver também Lugard 1896, eulia 1975, pp. 173- 5.
> 57 Lovejoy 1981 5, pp. 233 6.
58 Roberts e Klein 1981, pp 385— 92.
59 Lugard 1906, p. 136. '
60 Roberts e Klein 1981, p. 386
- 61 Roberts e Klein 1981, p. 393. Ver também O Sullivan (1981, p 646), que relata que
_…8. 000-9.000 escravos fugiram da area de Odienne em 1907
' 52 M Klein 1981
's
63 Abubakar 1977, p. 151.
“ Lovejoy 1981 5, pp. 229-32; e Mason 1973, p. 464.
65 Com relagáo a alguns. aspectos da transigáo da escravidáo para outras formas de tra-
balho, ver Asiegbu 1970; Renault 1976; M. Klein-1981; e Weiskel 1979.
440
11/12
NOTAS .
CAPÍTULO12I
1 Um exame útil da antiga literatura pode ser encontrado em Seddon 1978, que contém
excertos do trabalho de Maurice Godelier, Claude Meillassoux, Georges Dupr_é, Pierre,“
Philippe Rey e outros. Ver também Suret-Canalé 1969, Hindess e Hirst 1975, pp,- 109 -
Coquery 1975; Terray 1974 e 1975 (7, pp. 85r134, e Klein e Lovejoy 1979, pp. 207 _9
2 Marx 1965; e Hindess e Hirst 1975. '
3 Ver especialmente Terray 1974, e 1975 (7, pp 85—134. Meillassoux tem sido o mais
importante estudioso entre aqueles que reconheceram a importáncia da escravidáo mas que
náo chegaram a aceitar o seu papel crucial, ver 1978 a, a introducao a 1975 a (p
pp 18—21),e
1978 b Para um exame desse debate, ver Klein e Lovejoy 1979, pp. 207—12; Cooper 1979, M. ;'
Klein 1978; e Harms 1978 Entre outros estudiosos que utilizam o conceito de “modo._de pro—;
dueño” para a escravidáo, ver M. Klein 1977 _b, 1978 b, e 1983; Kilkei_m_y 1981, Bloch1980,
e R. L Roberts 1980 a e 1981, pp. 171- 8. " ' .
4 Terray 1974, p. 340.
5Terray 1974, p. 341. Ver também Terray 1975 b, pp 85-134.
5 Terray 1975 a, p. 437.
7 Terray explorou vários aspectos dessa interacáo em um bom número de artigos que sio
uma antecipacao de um estudo muito mais longo e detalhado que está atualmen_te emManda-'
mento. Ver, por exemplo, 1983. -
3 Goody 1971, pp. 39-56.
9 Morton 1976, p. 398.
¡º Harms 1978, 1983.
” Meíllassoux, 1991.
12 Para várias interpretacóes desse impacto, ver Dantzig 1975; Davidson 1971, M.
Johnson 1976 a; Kilson 1971; Ronon 1971; Uzogwe 1973, Page 1969, Wrigley 1971; e
Rodney 1966.
13 Finley 1968. '
14 Terray 1975 a, pp. 437—48; Bazin 1975; 6 R. L. Roberts 1980 a.
15 Padgug (1976) examinou a posicáo subordinada das Américas na ascensáo do capita-
lismo, fazendo uma distingáo da escravidáo em trés contextos; a antigiiidade clássica, as socie— …
dades asiáticas e as Américas. Para Padgug, a escravitláo nas Américas era diferente de outros.
sistemas escravocratas por causa da articula;áo com o capitalismo, "mas ele náo consegue ver
' que a escravidáo na África representava um quarto sistema que também estava associado á
ascensáo de capitalismo. Minha abordagem é devedora ao avanco conceitual de Curtin ao
analisar a correlacáo entre a oferta africana de escravos e a escravidáo produtiva nas'
Américas como um “sistema do Atlántico sul”, embora Curtin nao vá táo longe na sua análi—
se quanto eu. No entanto, considero a identificagáo de um modo de produgáo eseravista na .
África como a extensño lógica da estrutura de Curtin; ver Curtin 1971 c, e 1977. "
15 Swindell 1980, p. 99.
17 Mc5heffrey 1983, Dumett 1981, p 214 (nota de rodapé), e Kaplow 1978, pp. 29-30.
13 Harries 1981, p 317. No Sudao nilótico, o trabalho migratório estava disponível
como um subproduto do tráfico de peregrinos para Meca, e os produtores agrícolas foram*
rápidos em descobrir a utilidade do trabalho de peregrinos como um substituto para o traba-
lho escravo; ver Warburg 1981, pp. 265—6 e 1978; McLoughlin 1962, 1966 e 1970.
19 Oroge 1985 c; e Ortoli 1939.
lº Numa tese interessante, Hillard Warren Pouncy examina até que ponto o código tra-
11/12 441
A ESCRAVIDÁO NA ÁFRICA: UMA HISTORIA DE SUA? TRANSFORMACÓES
balhista da Grá-Bretanha foi imposto na África 0cidental. As leis contra a vadiagem e outras
medidas muitas vezes refletíam lels metropolitanas obsoletas mas eram claramente concebidas
como a base legal para controlar o trabalho, embora as próprias leis raramente fossem exe-
qíííveis; ver Pouncy 1981.
21 Vários autores sugeriram uma estreita ligaqáo entre o abolicionlsmo e a ideologia do
imperialismo; eu discuti essa questáo em outro lugar; ver 1981 c, pp. 26-7. Ver também Van
Zwanenberg 1976,'pp. 108—28; Temperley 1981; e Warburg 1981, pp. 257-66. Olorunti-
mehin (1971-2) aflrmou anteriormente que a retórica antiescravidáo era multas vezes simples
¡propaganda, enquanto “Ali (1972, pp. 3-129) analisou as afirmaeóes de diferentes observado—
res no Sudáo nilótico de modo a demonstrar a ambigúidade subjacente & política británica
__ 22 Para exemplos da vasta literatura sobre a aboliqáo, ver Buxton 1 839, Schoelcher 1880;1
”André 1899; Berlioux 1872 e 1870; e Lacour 1889. Ver também a discussáo em Miers 1975;
' S'_e Renault 1971 a
“ºjº .. —'__l3 Ver, por…exemplo, Echenberg 1975 e 1980. Gosraria de agradecer ao professor
'Eél1enb'eg pelas informag6es sobre a importáncia das origens escravas entre os conscritos.
24 Derrick 1975. _ _
_ 25 Com base na minha experiéncia'ha' Ahamadu Bello University, Zaria.
. .“ 16 Cooper 1980.
&!
442
12/12
Bibliografia. '
Anónimo, 1949. L arriue'e des Arabes dans kz région de Kasongo. Em tlletih militaire,
Léopolduille, 532-4.
1979 The African Slave Trade from the Fiftéenth to the Nineteerzth Century. Paris Abaka,
Edmund. 1998 Kola nut production rn Ghana, 1865—1920 Tese de doutorado nao public
cada, York University.
Abit, M. 1966. “Salt trade and politics m Ethiopia in the º_Zámaria Masafent” journal of
Ethiopian Studies, 4, 2: 1—10.
1968. Bthiopian: the Era of Princes Nova York.- » '
1970. “Southern Ethiopia”. Em Richard Gray e David Birmingham( orgs ). Pre—Colonial
African Trade: Essays on Trade in Central ir: Ea'stern Africa before .,1900 :.pp 119- 37.
Londres.
1980. Ethiopia ahd the Red Sea:- The Rise anti Decline of the Soloirtohic Dynasty and
Muslim European Rivalry'in the Region. Londres ,
1985. “The Ethiopían slave trade and its relation to the lslarnic world”. Em _).R. Willis
(org.), Slaves and Slavery … -Muslin Africa, voi. II,. pp. 123—36 -Lóndres.
Abitbol, Michel. 1979. Tombouátou et les Arma. De la Conquete marocaine du Soi1dan m'gé—
rien en 1591 a l'hége'monie de ¡”Empire Peulh du Macina en 1833 Paris.
Abraham, Arthur. 1975. “The institution of slavery m Sierra Leone”. Geneva—Afrique, 14, 2:
46—57.
Abubakar, Sa ad. 1977… The Larnihe of Fombina; A [Political History of Adamaíua, 1809-
1901 Zaria.
Adamu, Hahdi. 1978. The Hausa Factor 171 West African History. Zaria.
1979. “The delivery of slaves from the central Sudan to the Eight of Bénin'in the eigh-
teenth and nincteenth centuries” . E m H. A. __Gemery e]. S. Hogendorn (orgs. ), The
Uncommon Market: Essays in the Economic History of the Atlantic Slave Trade, ”pp. 163-
80. Nova York.
Adediran, “Biodun. 1994 The Frontier States of Western Yoruhaíartd.1600—1889.Ibadan.
Adeleye, R. A. 1971. ”Hausaland and Bomu”._Emj. F. Ade Ajayi e Michael Crowder (orgs.),
History of West Africa, pp. 484-530. Londres.
Adeleye, R. A. and Stewart, C. C. 1985. “The Sokoto Caliphate in the nineteerith century”. Em
]. F. A. Ajayi e M. Crowder' (orgs.), History of West Africa, ed. rev. Londres.
Afigbo, A. E. 19713. “The eclipse of the Aro slaving oligarchy of south-eastern Nigeria, 1901—
1927". Journal of the Historical Society of Nigeria, 6, 1: 3—24. _
1971b. “The Aro of southeastem Nigeriaz'a sºcio—historical analysis of legends of their
origíns”. African Notes, 6, 2: 31—46.
1973. “Trade and trade routes of nineteenth century Nsukka”. Journal of the Historica!
* Society of Nigeria, 8, 1: 77—90.
443
12/12