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COMÉRCIO

3. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO (OMC)

3.1. ORIGENS
“A Organização Mundial do Comércio (OMC) se ocupa das normas mundiais que regem o
comércio entre as nações. Sua principal função é possibilitar que o comércio se realize de
maneira mais fluida, previsível e livre possível.” (Organização Mundial do Comércio, 2014)

Depois da Segunda Guerra Mundial, surge a necessidade de estruturar um dispositivo de


cooperação econômica internacional que colabore para assegurar a paz na comunidade
internacional. Dessa maneira, é como se decide criar um organismo no seio das Nações
Unidas que administre todos os temas relacionados ao comércio internacional, e ainda outro
setor que se ocupe de gerenciar os temas referentes à redução de tarifas aduaneiras.

Assim surge a ideia de que se deve dar início a uma liberalização dos mercados de comércio
internacional que ajude ao crescimento econômico de todos os países através da
transparência, previsibilidade e estabilidade na ordem do comércio internacional.

ANOS 30: EXCESSIVO E DESCONTROLADO DAS MEDIDAS


DE PROTEÇÃO COMERCIAL PARA LIDAR COM A CRISE
ECONÔMICA MUNDIAL

+
ESTREITAMENTO DOS LAÇOS ECONÔMICOS

=
UNIÃO DAS NAÇÕES EM PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO COMUM

 Dupla tendência em comércio internacional


a. Consenso geral visando à conquista de uma maior riqueza econômica;
b. Os países foram introduzindo obstáculos para limitar a liberdade nos intercâmbios
comerciais que permitam se dirigir para esse objetivo comum da riqueza econômica.
Alguns motivos:
- Independência econômica;

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- Segurança nacional;
- Proteção à produção nacional menos competitiva;
- Arrecadação de impostos;
- Política inflacionista;
- Regulamentação do mercado de trabalho interno;

Devido a essa dupla tendência ambígua, surgem disputas nos interesses dos diferentes
países, de maneira que surge a grande necessidade de gerar mecanismos de regulação
internacional que sejam de caráter homogêneo, benéfico para todos.

 Carta de Havana (1948)


A Carta de Havana é a assinatura do fórum de discussões que se estendeu de Novembro de
1947 até Março de 1948, na qual consta a criação da OMC. Tal projeto era ambicioso, visto
que, além de estabelecer disciplinas para o comércio de bens, também contava com normas
relativas a emprego, práticas comerciais restritivas, investimentos estrangeiros e serviços.

Assim, começa-se a prever a elaboração de uma organização internacional do comércio


(OCI), ainda que não tenha entrado em vigor, visto que não se conseguia um acordo com os
Estados Unidos, país relutante por temer a perda da onipotência nas decisões sobre sua
política comercial exterior.

Não obstante, consegue-se, depois de larga negociação sobre a redução das tarifas
alfandegárias, o estabelecimento, em 1947, do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio ou
também chamado de Acordo Geral sobre Aduanas e Comércio (do termo em inglês, General
Agreement on Tariffs and Trade, GATT), que teve como objetivo consolidar e manter o
equilíbrio entre os mercados, através de políticas aduaneiras entre os Estados signatários.

De 1948 a 1994, o GATT estabeleceu as normas aplicáveis à grande parte do comércio


mundial. Durante este período, houve momentos nos quais se chegou a registrar algumas
das mais altas taxas de crescimento do comércio internacional. Sem embargo, apesar da sua
aparência solidez, o GATT, durante esses 47 anos de acordo, foi uma organização de
natureza provisória.

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Salientamos que os princípios fundamentais do GATT visavam ao equilíbrio e o mínimo de


equidade entre as nações. O objetivo aqui era que a troca entre os países pudesse manter a
projeção da economia mundial, criando políticas de transparência, igualdade, práticas de
concorrência justa, separando as práticas restritivas sem senso comum, além de gerar
oportunidades das nações em desenvolvimento atingirem novos mercados.

 Princípios do GATT

- 1. Princípio da não discriminação:


“Qualquer vantagem, favor, privilégio ou imunidade concedida por uma parte
contraente a um produto originário de outro país ou a ele destinado será imediata e
incondicionalmente extensiva a outros produtos similares originários dos territórios
de qualquer outra parte contraente ou a elas destinadas.”;

- 2. Princípio do tratamento nacional


As medidas alfandegárias e tarifárias que adotam os países para proteger sua
produção nacional devem reduzir-se e, se possível, ser eliminadas por meio de
negociações entre os países membros, para que essas tarifas reduzidas sejam
consolidadas;

- 3. Princípio do tratamento nacional:


Quando os produtos importados tiverem sido aceitos no mercado interno, devem
receber o mesmo tratamento a produto equivalente de origem nacional, ou seja, a
não discriminação interna. De tal modo, podemos entender que o princípio da Não
Discriminação visa a não só impedir o desfavorecimento entre os países, como
também entre os produtos comercializados e proporcionar a equivalência e o
equilíbrio no comércio exterior;

- 4. Princípio da proibição de restrições quantitativas:


É proibido o uso de qualquer tipo de restrição quantitativa, seja de quotas,
contingentes ou licenças de importação ou exportação. Vale ressaltar, no entanto,

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que as quotas tarifárias só poderão ser utilizadas caso previstas nas listas de
compromissos dos países, já que se trata de uma situação especial. Sendo assim, o
único meio de proteção admitido é a tarifa, já que é o meio mais transparente.

 Rodadas de negociação de GATT


Durante o tempo de existência de GATT3, ocorreu uma série de rodadas de negociações
comerciais que tinham como objetivo a negociação sobre a diminuição das tarifas de
importação e a abertura dos mercados. Ao total, foram 8, como detalharemos a seguir:

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Geral_de_Tarifas_e_Com%C3%A9rcio

3 Ressaltemos que o GATT foi um órgão criado com a finalidade de harmonizar a política aduaneira entre países, porém,
inicialmente não tinha a missão de fiscalizar, julgar ou punir os países infratores. Em uma reunião da OMC, em 2003, com
liderança do Brasil, África do Sul e Índia, criou-se o G20 e, a partir de tal momento, o GATT teve o poder de fiscalizar, julgar
e punir os infratores.

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Nesse ponto, surge a criação da OMC, oficialmente em 1º de Janeiro de 1995, através do


acordo de Marraquexe, em substituição ao GATT. Criada com o objetivo de fornecer uma
estrutura para negociação e formalização de acordos comerciais e um processo de resolução
de conflitos que visa a reforçar a adesão dos participantes aos acordos da OMC.

A Organização Mundial de Comércio


A OMC (em inglês, World Trade Organization) é um mecanismo internacional criado
especialmente a partir da Rodada do Uruguai, em 1995, que tem como objetivo principal a
promoção da liberalização do comércio mundial, enfraquecendo ou mesmo extinguindo as
barreiras comerciais e alfandegárias, a fim de facilitar as trocas econômicas na esfera
internacional.

Com sede em Genebra, conta atualmente com mais de 160 países membros. Entre diversas
funções desempenhadas, destacamos o papel administrativo e regulador de acordos
internacionais, a fiscalização e julgamento de denúncias referentes às condutas dos países
no âmbito comercial e a promoção da ampliação de negociações.

De acordo com Gambarro e Fiorati (2012), as principais funções e atividades seriam:


administrar os acordos comerciais que formam o corpo normativo da instituição, servir de
fórum de debates e negociações na área comercial, promover cooperações com outras
organizações internacionais, fiscalizar as políticas comerciais dos Estados Membros, resolver
disputas e litígios ligados ao comércio, prestar assistência técnica e treinamento para países
em desenvolvimento.

Roberto Carvalho Azevêdo (1957 - ) foi indicado pelo Brasil, em Dezembro de 2012, para
concorrer à direção-geral da OMC no período de 2013-2017. Sua eleição em 2013 foi
considerada uma grande vitória dos países subdesenvolvidos dentro do órgão, ao ser o
primeiro latino-americano a ocupar o cargo para um mandato completo.

Seu segundo mandato teve início em 1º de Setembro de 2017 e terá a duração de 4 anos.
Azevêdo era candidato único, o que, na visão do governo brasileiro, revelou o
reconhecimento alcançado em sua primeira gestão dos demais países membros.

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 Os princípios fundamentais da OMC


“Os princípios fundamentais e diretivos da OMC seguem sendo a abertura das fronteiras, a
garantia do princípio da nação mais favorecida e do trato não discriminativo entre os
Membros, assim como o compromisso de conquistar a transparência em suas atividades. A
abertura dos mercados nacionais ao comércio internacional, com exceções justificáveis ou
com a flexibilidade adequada, incentivará e favorecerá o desenvolvimento sustentável,
melhorará o bem-estar, reduzirá a pobreza e promoverá a paz e a estabilidade. Ao mesmo
tempo, essa abertura dos mercados deve vir acompanhada de políticas nacionais e
internacionais que contribuam para o crescimento econômico e para o desenvolvimento, em
sintonia com as necessidades e aspirações de cada um dos Membros.”

Traduzido do site: http://www.wto.org/spanish/thewto_s/whatis_s/wto_dg_stat_s.htm

 Resumo dos objetivos da OMC

Marco Criar um marco jurídico que esteja unificado, o qual supervisione a aplicação dos
1
jurídico acordos obtidos na Rodada do Uruguai.
Capacidade de adaptação para atuar de acordo com as novas frentes neo-
2 Adaptação econômicas, nas quais os países emergentes e menos desenvolvidos devem
exercer um papel mais ativo.
Permitir que o objetivo fundamental, que é o crescimento da riqueza através da
3 Ecologia
expansão do comércio internacional seja compatível às preocupações ecológicas.
Normas Estruturar regulamentos homogêneos entre países nos temas que fazem
4
sociais referência ao direito de trabalho, direitos humanos, etc.
Combinar estratégias que permitam uma liberalização do comércio exterior
Acesso ao
5 internacional, evitando políticas comerciais que favoreçam a discriminação e a
mercado
desvantagem competitiva.

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3.2. ESTRUTURA GERAL

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Estrutura_OMC.jpg

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3.2.1. CONFERÊNCIA MINISTERIAL


A conferência ministerial é um órgão decisivo dentro do organograma da OMC e está
constituída por representantes de todos os países membros, além de ter a obrigação e o
dever de se reunir uma vez a cada dois anos, no mínimo. Tal entidade está preparada para
tomar decisões em todas e cada uma das questões relacionadas com os acordos de
comércio multilateral.

3.2.2. CONSELHO GERAL


O conselho geral é um órgão decisivo de mais alto nível da OMC em Genebra. Nos períodos
entre a Conferência Ministerial, as funções são professadas através dele. Composto por
representantes, geralmente embaixadores ou funcionários de equivalente posição, de todos
os países membros, esse órgão também tem a capacidade de atuar na representação da
Conferência Ministerial. O presidente atual é o Sr. Jonathan Fried (Canadá).

O Conselho Geral reúne dois mandatos:


a. Órgão de Solução de Controvérsias;
b. Órgão de Exame das Políticas Comerciais.

Ao mesmo tempo contém três órgãos que administram e gerenciam diferentes aspectos
do comércio internacional:
 Conselho de Comércio de Mercadorias;
 Conselho de Comércios de Serviços;
 Conselho dos Aspectos de Direito de Propriedade Intelectual.

3.2.3. JURISDIÇÃO INTERNACIONAL


Esse é o órgão encarregado da resolução das disputas, isso é, responsável por controlar o
sistema de solução de controvérsias da OMC.

Sua formação foi um grande passo no surgimento da OMC, uma vez que é um organismo
especializado na resolução das diversas disputas que surgem entre os Estados Membros. É
por isso que se pode dizer que é um órgão judicial de direito internacional e que possui
autoridade para impor sanções econômicas aos países membros da organização. De tal
maneira, converte-se no único órgão de Direito Internacional contemporâneo.

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Processo de Resolução de Disputas


As partes implicadas no conflito iniciam as consultas pertinentes
Período de consulta
1 sobre o tema em questão. É dado o prazo de 60 dias para se chegar
entre as partes
a um acordo.
Fracassada a negociação, as partes interessadas se colocarão de
acordo sobre os três membros escolhidos pela OMC, para resolver a
disputa.
2 Comitê As partes devem apresentar alegações ao Comitê Resolutivo que,
por sua vez, expedirá as conclusões finais que adotarão todos os
membros da OMC pertencentes ao Conselho de Resolução de
Diferenças.
É quase impossível não aceitar as conclusões, visto que, para ocorrer tal fato, seria necessário um
acordo entre todos os Estados Membros.

3.2.4. PAÍSES MEMBROS


Desde 2016, a OMC está composta por mais de 160 países membros, ao mesmo tempo em
que 20 mantêm a condição de observadores.

No caso dos países da União Europeia, decidiu-se delegar à Comissão Europeia o poder de
negociação no âmbito da OMC.

 Alguns Países Membros


África do Sul: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 13 de Junho de 1948)
Afeganistão: 29 de Julho de 2016
Albânia: 8 de Setembro de 2000
Alemanha: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 1° de Outubro de 1951)
Angola: 23 de Novembro de 1996 (GATT: 8 de Abril de 1994)
Antiga e Barbuda: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 30 de Março de 1987)
Arábia Saudita: 11 de Dezembro de 2005
Argentina: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 11 de Outubro de 1967)
Armênia: 5 de Fevereiro de 2003
Austrália: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 1° de Janeiro de 1948)
Áustria: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 19 de Outubro de 1951)
Bahrein: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 13 de Dezembro de 1993)

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Bangladesh: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 16 de Dezembro de 1972)


Barbados: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 15 de Fevereiro de 1967)
Bélgica: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 1° de Janeiro de 1948)
Belize: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 7 de Outubro de 1983)
Benim: 22 de Fevereiro de 1996 (GATT: 12 de Setembro de 1963)
Bolívia: 12 de Setembro de 1995 (GATT: 8 de Setembro de 1990)
Botsuana: 31 de Maio de 1995 (GATT: 28 de Agosto de 1987)
Brasil: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 30 de Julho de 1948)
Brunei: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 9 de Dezembro de 1993)
Bulgária: 1° de Dezembro de 1996
Burquina Faso: 3 de Junho de 1995 (GATT: 3 de Maio de 1963)
Burúndi: 23 de Julho de 1995 (GATT: 13 de Março de 1965)
Cabo Verde: 23 de Julho de 2008
Camarões: 13 de Dezembro de 1995 (GATT: 3 de Maio de 1963)
Camboja: 13 de Outubro de 2004
Canadá: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 1° de Janeiro de 1948)
Cazaquistão: 30 de Novembro de 2015
Chade: 19 de Outubro de 1996 (GATT: 12 de Julho de 1963)
Chile: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 16 de Março de 1949)
China: 11 de Dezembro de 2001
Chipre: 30 de Julho de 1995 (GATT: 15 de Julho de 1963)
Colômbia: 30 de Abril de 1995 (GATT: 3 de Outubro de 1981)
Congo-Brazzaville: 27 de Março de 1997 (GATT: 3 de Maio de 1963)
República da Coreia: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 14 de Abril de 1967)
Costa Rica: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 24 de Novembro de 1990)
Côte d'Ivoire: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 31 de Dezembro de 1963)
Croácia: 30 de Novembro de 2000
Cuba: 20 de Abril de 1995 (GATT: 1° de Janeiro de 1948)
Dinamarca: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 28 de Maio de 1950)
Djibouti: 31 de Maio de 1995 (GATT: 16 de Dezembro de 1994)
Dominica: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 20 de Abril de 1993)
Equador: 21 de Janeiro de 1996

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Egito: 30 de Junho de 1995 (GATT: 9 de Maio de 1970)


El Salvador: 7 de Maio de 1995 (GATT: 22 de Maio de 1991)
Emirados Árabes: 10 de Abril de 1996 (GATT: 8 de Março de 1994)
Eslovênia: 30 de Julho de 1995 (GATT: 30 de Outubro de 1994)
Espanha: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 29 de Agosto de 1963)
Estados Unidos: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 1° de Janeiro de 1948)
Estônia: 13 de Novembro de 1999
República Macedônia: 4 de Abril de 2003
Federação Russa: 22 de Agosto de 2012
Fiji: 14 de Janeiro de 1996 (GATT: 16 de Novembro de 1993)
Filipinas: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 27 de Dezembro de 1979)
Finlândia: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 25 de Maio de 1950)
França: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 1° de Janeiro de 1948)
Gabão: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 3 de Maio de 1963)
Gâmbia: 23 de Outubro de 1996 (GATT: 22 de Fevereiro de 1965)
Gana: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 17 de Outubro de 1957)
Geórgia: 14 de Junho de 2000
Granada: 22 de Fevereiro de 1996 (GATT: 9 de Fevereiro de 1994)
Grécia: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 1° de Março de 1950)
Guatemala: 21 de Julho de 1995 (GATT: 10 de Outubro de 1991)
Guiné: 25 de Outubro de 1995 (GATT: 8 de Dezembro de 1994)
Guiné-Bissau: 31 de Maio de 1995 (GATT: 17 de Março de 1994)
Guiana: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 5 de Julho de 1966)
Haiti: 30 de Janeiro de 1996 (GATT: 1° de Janeiro de 1950)
Honduras: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 10 de Abril de 1994)
Hong Kong: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 23 de Abril de 1986)
Hungria: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 9 de Setembro de 1973)
Iêmen: 26 de Junho de 2014
Índia: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 8 de Julho de 1948)
Indonésia: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 24 de Fevereiro de 1950)
Irlanda: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 22 de Dezembro de 1967)
Islândia: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 21 de Abril de 1968)

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Ilha Salomão: 26 de Julho de 1996 (GATT: 28 de Dezembro de 1994)


Israel: 21 de Abril de 1995 (GATT: 5 de Julho de 1962)
Itália: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 30 de Maio de 1950)
Jamaica: 9 de Março de 1995 (GATT: 31 de Dezembro de 1963)
Japão: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 10 de Setembro de 1955)
Jordânia: 11 de Abril de 2000
Kuwait: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 3 de Maio de 1963)
Lesoto: 31 de Maio de 1995 (GATT: 8 de Janeiro de 1988)
Letônia: 10 de Fevereiro de 1999
Liechtenstein: 1° de Setembro de 1995 (GATT: 29 de Março de 1994)
Libéria: 14 de Julho de 2016
Lituânia: 31 de Maio de 2001
Luxemburgo: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 1°de Janeiro de 1948)
Macau: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 11 de Janeiro de 1991)
Madagascar: 17 de Novembro de 1995 (GATT: 30 de Setembro de 1963)
Malásia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 24 de Outubro de 1957)
Malawi 31 de Maio de 1995 (GATT: 28 de Agosto de 1964)
Maldivas: 31 de Maio de 1995 (GATT: 19 de Abri de 1983)
Mali: 31 de Maio de 1995 (GATT: 11 de Janeiro de 1993)
Malta: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 17 de Novembro de 1964)
Marrocos: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 17 de Junho de 1987)
Ilhas Maurícias: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 2 de Setembro de 1970)
Mauritânia: 31 de Maio de 1995 (GATT: 30 de Setembro de 1963)
México: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 24 de Agosto de 1986)
Moldávia: 26 de Julho de 2001
Mongólia: 29 de Janeiro de 1997
Montenegro: 29 de Abril de 2012
Moçambique: 26 de Agosto de 1995 (GATT: 27 de Julho de 1992)
Mianmar: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 29 de Julho de 1948)
Namíbia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 15 de Setembro de 1992)
Nepal: 23 de Abril de 2004
Nicarágua: 3 de Setembro de 1995 (GATT: 28 de Maio de 1950)

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Nigéria: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 18 de Novembro de 1960)


Níger: 13 de Dezembro de 1996 (GATT: 31 de Dezembro de 1963)
Noruega: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 10 de Julho de 1948)
Nova Zelândia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 30 de Julho de 1948)
Omã: 9 de Novembro de 2000
Países Baixos: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 1°de Janeiro de 1948)
Paquistão: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 30 de Julho de 1948)
Panamá: 6 de Setembro de 1997
Papua Nova Guiné: 9 de Junho de 1996 (GATT: 16 de Dezembro de 1994)
Paraguai: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 6 de Janeiro de 1994)
Peru: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 7 de Outubro de 1951)
Polônia: 1°de Julho de 1995 (GATT: 18 de Outubro de 1967)
Portugal: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 6 de Maio de 1962)
Qatar: 13 de Janeiro de 1996 (GATT: 7 de Abril de 1994)
Quênia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 5 de Fevereiro de 1964)
Reino Unido: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 1° de Janeiro de 1948)
República Centro-Africana: 31 de Maio de 1995 (GATT: 3 de Maio de 1963)
República Democrática do Congo: 1°de Janeiro de 1997
República Democrática Popular Lao: 2 de Fevereiro de 2013
República Tcheca: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 15 de Abril de 1993)
República Dominicana: 9 de Março de 1995 (GATT:19 de Maio de 1950)
República Eslovaca: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 15 de Abril de 1993)
República Quirquiz: 20 de Dezembro de 1998
Romênia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 14 de Novembro de 1971)
Ruanda: 22 de Maio de 1996 (GATT: 1° de Janeiro de 1966)
Rússia4: 21 de Julho de 2012
São Cristóvão e Neves: 21 de Fevereiro de 1996 (GATT: 24 de Março de 1994)
São Vicente e Granadinas: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 18 de Maio de 1993)
Santa Lúcia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 13 de Abril de 1993)

4Tornou-se o membro de número 156, enfrentando uma difícil campanha que já durava 18 anos, devido à crise econômica
que atingiu o país nos anos pós Guerra Fria, além dos impasses envolvendo a aceitação de acordos bilaterais.

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Samoa: 10 de Maio de 2012


Senegal: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 27 de Setembro de 1963)
Seicheles: 26 de Abril de 2015
Serra Leoa: 23 de Julho de 1995 (GATT: 19 de Maio de 1961)
Singapura: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 20 de Agosto de 1973)
Sri Lanca: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 29 de Julho de 1948)
Suécia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 30 de Abril de 1950)
Suíça: 1°de Julho de 1995 (GATT: 1° de Agosto de 1966)
Suriname: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 22 de Março de 1978)
Suazilândia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 8 de Fevereiro de 1993)
Tailândia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 20 de Novembro de 1982)
Taiwan: 1°de Janeiro de 2002
Tanzânia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 9 de Dezembro de 1961)
Tajiquistão: 2 de Março de 2013
Togo: 31 de Maio de 1995 (GATT: 20 de Março de 1964)
Tonga: 27 de Julho de 2007
Trindade e Tobago: 1° de Março de 1995 (GATT: 23 de Outubro de 1962)
Tunísia: 29 de Março de 1995 (GATT: 29 de Agosto de 1990)
Turquia: 26 de Março de 1995 (GATT: 17 de Outubro de 1951)
Ucrânia: 16 de Maio de 2008
Uganda: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 23 de Outubro de 1962)
União Europeia (antes, Comunidades Europeias): 1° de Janeiro de 1995
Uruguai: 1° de Janeiro de 1995 (GATT: 6 de Dezembro de 1953)
Vanuatu: 24 de Agosto de 2012
Venezuela: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 31 de Agosto de 1990)
Vietnã: 11 de Janeiro de 2007
Zâmbia: 1°de Janeiro de 1995 (GATT: 10 de Fevereiro de 1982)
Zimbábue: 5 de Março de 1995 (GATT: 11 de Julho de 1948)

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COMÉRCIO

Governos com a condição de observador:

Andorra Irã
Argélia Iraque
Azerbaijão Líbia
Bahamas República Árabe da Síria
República da Belarus República do Líbano
Butão Santa Sede
Bósnia e Herzegovina São Tomé e Príncipe
Comores Sérvia
Etiópia Sudão
Guiné Equatorial Uzbequistão

Nota: Com exceção da Santa Sede, os observadores devem iniciar as negociações de adesão
em um prazo de 5 anos após obter a condição de observador.

Existe um conjunto de organizações internacionais que se identificam como observadores


internacionais:

 Organização das Nações Unidas (ONU);


 Banco Mundial (BM);
 Organização Mundial de propriedade intelectual (OMPI);
 Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO);
 Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE);
 Conferência das Nações Unidas sobre comércio e desenvolvimento (UNCTAD);
 Fundo Monetário Internacional (FMI).

Página 55
COMÉRCIO

3.3. SETORES DE NEGOCIAÇÃO: POSICIONAMENTO

3.3.1. A AGRICULTURA
 Estados Unidos
Membro da OMC desde 1º de Janeiro de 1995 e do GATT desde 1º de Janeiro de 1948, os
Estados Unidos são o primeiro país que exporta a nível internacional produtos agrícolas.

Sua política externa está dirigida a aumentar sua quota no mercado mundial em
determinado setor devido a:
1. Necessidade de reduzir seu déficit comercial;
2. Existência de organizações multinacionais, líderes no setor, que indagam a abertura
de novos mercados, seja para seus próprios produtos, seja para a expansão
produtiva.

Estados Unidos é um país que tem o privilégio de desfrutar de grandes vantagens naturais
(sobretudo no território meio oeste). Tais vantagens permitem ao país níveis produtivos
semelhantes do grupo Cairns5. Conseguiram, além disso, combinar essa vantagem com uma
política agrícola interna que apoia o setor agrícola, para poder manter os rendimentos dos
agricultores e a forma de produção rural, de maneira que se leva a cabo a produção de
certos produtos com base em uma política de preços (como o leite e o açúcar), ou também
por meio das ajudas diretas ao setor produtivo (como é o caso dos cereais, setor de carne
bovina e suína).

A dupla característica desse setor agrícola americano, a produção e as subversões


contribuem para que se perceba como um elemento agressivo dentro das negociações
agrícolas internacionais, visto que, por um lado, influencia os países menos desenvolvidos
com uma maior produtividade (e os países mais desenvolvidos) com uma estrutura agrícola
mais subsidiada.

5Organização composta por países produtores e exportadores de produtos agrícola que se reúnem na cidade de mesmo
nome (Austrália). Seu campo de manifestação concentrou-se basicamente na crítica ao sistema PAC (Política Agrícola
Comum), conjunto de medidas que consistia basicamente em adotar medidas protecionistas e de incentivo ao pequeno
produtor rural.

Página 56
COMÉRCIO

Por outro lado, os EUA enfrentam outros países no que se refere à propagação de cultivos
geneticamente modificados, que são muito mais produtivos e podem ter uma vantagem
competitiva em relação aos países menos desenvolvidos. Vale lembrar que se desconhecem
as consequências do uso de tais alimentos, apesar de se levar a cabo uma intervenção mais
flexível em relação aos preços dos controles sanitários, fato que reduz o preço final, além de
ser uma concorrência desleal ao maior rigor das normativas agrícola da União Europeia.

 União Europeia (UE)


A União Europeia é o maior bloco econômico do mundo, conhecido pela livre circulação de
bens, pessoas e mercadorias e pela adoção de uma moeda única: o euro. Sua origem data,
oficialmente, o dia 7 de fevereiro de 1992, porém sua criação está intimamente ligada a
processos anteriores.

Dilemas da UE:
 Possuem um modelo agrícola bem menos produtivo ou eficiente que o dos Estados
Unidos ou o dos grupos Cairns;
 Delimitou seu projeto comunitário agrícola de maneira a garantir o abastecimento
agrícola, preços aceitáveis para os consumidores e produtores, além de definir um
projeto de desenvolvimento rural que preserve o meio ambiente e agrícola.

A UE tem disputas com todo o mundo devido à natureza subvencionadora e protetora na


administração do setor agrícola.

 Grupo Cairns

É uma organização composta por 20 países muito diferentes, que, por sua vez, têm
características muito semelhantes:

 A maioria se encontra no continente americano;


 Alguns são recém-criados;
 Possuem uma série de vantagens competitivas no setor agrícola.
Clima favorável: Chile, Nova Zelândia

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COMÉRCIO

Grandes espaços: Canadá, Austrália


Riqueza do solo: Argentina

Os países que fazem parte do Grupo Cairns são: África do Sul, Argentina, Austrália, Bolívia,
Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Filipinas, Guatemala, Indonésia, Malásia, Nova
Zelândia, Paquistão, Paraguai, Peru, Tailândia, Uruguai e Vietnã. Juntos, os países membros
são responsáveis por mais de 25% das exportações mundiais de produtos agrícolas.

Todos possuem uma vantagem competitiva no setor agrícola internacional e querem


conquistar um sistema mais livre em que possam concorrer em um mercado com condições
mais igualitárias nos grandes centros de consumo agrícola mundial (EUA e UE).

Os seguintes elementos fazem que esses países não estejam completamente liberados:
 Canadá: tem alguns setores muito subvencionados como, por exemplo, o do leite;
 Chile: elevadas tarifas em determinados setores;
 Austrália e Nova Zelândia: Agência

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COMÉRCIO

Na continuação, destacamos um quadro explicativo com os países membros do Cairns:

Fonte: http://cairnsgroup.org/Pages/Introduction.aspx

3.3.2. SETOR SERVIÇOS


Setor de maior crescimento da economia mundial, além de representar 2/3 da produção
mundial, 1/3 do emprego mundial e ao redor de 20% do comércio mundial.

A OMC tem como missão ampliar a liberalização dos intercâmbios de serviços internacionais,
visto que é o futuro da criação de riqueza.

Em 1994 foi criado o Acordo Geral sobre Comércio de Serviços – AGCS (do inglês, General
Agreement on Trade in Services, GATS), um acordo da OMC que visa à regulação do comércio
internacional de serviço. Criado de forma que possibilitasse a extensão do sistema
multilateral de comércio para os serviços da mesma maneira que o Acordo Geral de Tarifas e
Comércios fornece um sistema para o comércio de mercadorias.

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COMÉRCIO

O acordo geral sobre o comércio de serviços decreta que todos os países devem apresentar
uma lista de serviços que estão expostos à possível concorrência de investidores ou
empresas estrangeiras. Por outro lado, cada parte tem a função de reservar um determinado
setor protegido contra a concorrência estrangeira.

Devido à grande multiplicidade de interesses em elaborar um procedimento comum pela


situação da competitividade, surge um cenário complexo em tal setor.
a. A União Europeia segue mantendo princípios básicos que limitam a liberação
generalizada, com o objetivo de manter a diversidade cultural e o conceito de
serviços públicos;
b. Aqueles países menos desenvolvidos analisam com preocupação a liberação dos
serviços, visto que não possuem uma estrutura sólida desenvolvida nesse setor, o
que poderia levar ao desaparecimento das empresas nacionais dedicadas a tal setor;
c. Os países mais desenvolvidos estão a favor da abertura de grande parte do setor de
serviço, visto que dispõem de grandes grupos empresariais com alto nível de
competitividade internacional;
d. Os EUA promovem uma abertura e liberalização total do setor para poder, assim,
beneficiar suas multinacionais em tal setor, potencializando um processo de
liberalização de todos os setores.

3.3.3. A PROPRIEDADE INTELECTUAL


Os direitos de propriedade intelectual são aqueles atribuídos às pessoas sobre suas próprias
criações. Dão ao criador direitos exclusivos sobre a utilização da sua obra em um prazo
determinado, ou seja, a propriedade intelectual refere-se ao conhecimento que o criador
possui de como produzir a sua criação.

A negociação da propriedade intelectual se divide em dois amplos setores principais:


 Os direitos do Autor: autores de obras literárias ou artísticas (escritas ou musicais),
produtores e atores, entre outros;
 Direitos Conexos: marcas e criação de tecnologia.

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COMÉRCIO

Fonte: http://200.201.88.180/nit/index.php/propriedade-intelectual/o-que-e-propriedade-intelectual

 Acordo da OMC sobre os Aspectos dos Direitos da Propriedade Intelectual


relacionados com o Comércio (Acordo TRIPS, do inglês: Agreement on Trade-
Related Aspects of Intellectual Property Rights).

Para a proteção da propriedade intelectual, cria-se tal tratado internacional,


integrante de um conjunto de acordos assinados ainda em 1994, encerrando a
Rodada Uruguai. Constitui um intento de reduzir as diferenças, visando à proteção
dos direitos dos países.

As consequências foram uma série de limitações para poder ascender às inovações


tecnológicas por parte dos países em vias de desenvolvimento. Originar-se-á um
aumento dos investimentos de natureza tecnológica nos países menos

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COMÉRCIO

desenvolvidos, devido à proteção oferecida por essas novas regulamentações, de


origem jurídica, estabelecida nos países receptores da tecnologia. Tal efeito pode ser
explicado, levando-se em conta que a tecnologia é propulsor principal do
desenvolvimento do mundo contemporâneo, ao mesmo tempo em que é a causa de
grande desigualdade entre os países mais desenvolvidos e os outros, que se
convertem em simples compradores de tecnologia criada e produzida pelos países
desenvolvidos.

O acordo TRIPS se desenvolve através de uma série de fases que possibilitam aos
países subdesenvolvidos adaptar-se às novas demandas do comércio internacional:

Os países mais desenvolvidos começam a aplicar os acordos:


1. Países menos desenvolvidos: aumentar as trocas e apoiar os países menos
desenvolvidos nas atividades relacionadas ao setor.
2. Países desenvolvidos:
1 1996
 Tratamento nacional: estrangeiro ou nacional, será tratado de maneira
igualitária;
 Cláusula da nação mais favorecida;
 Proteção mínima para as patentes de produtos farmacêuticos e químicos.
Aplicação do tratado nos países em vias de desenvolvimento, não aplicado aos
2 2000
países menos desenvolvidos e aos países em via de transição.
3 2003 Estabelece-se uma emenda no setor farmacêutico.
4 2005 A Rodada de Doha se prorroga e perpetua uma emenda.
5 2006 Aplicação do tratado aos países menos desenvolvidos.

O TRIPS obriga os países membros da OMC a adotar rigorosos padrões de proteção


patentária e, consequentemente, encarece o acesso às inovações tecnológicas, inclusive no
setor farmacêutico. Ao fazê-lo, o acordo termina por ameaçar as políticas de saúde pública,
especialmente em países em desenvolvimento.

A aplicação do TRIPS origina disputas entre os países desenvolvidos e os mais pobres, já que
existe uma grande incompatibilidade jurídica estabelecida pela OMC, além do afrontamento
da realidade cotidiana a qual estão submetidos os governos dos países mais pobres.

Página 62
COMÉRCIO

Setor farmacêutico: um dos setores que sofreu modificações pela OMC, visto que o direito à
saúde e às crises sanitárias está por cima dos direitos comerciais. Para isso, estabeleceu-se
uma emenda aos acordos sobre direitos de propriedade intelectual que consiste na
obrigação de suspender a patente de um determinado medicamento para a produção de
medicamentos genéricos em caso de emergência sanitária, além de autorizar esses países à
importação de tais medicamentos, caso não possam produzi-los.

3.3.4. ECOLOGIA
No atual contexto econômico internacional, um dos componentes mais importantes é a
proteção do meio ambiente. Nas últimas décadas, as grandes correntes de pensamento
contemporâneo expressaram a dificuldade de conseguir um equilíbrio entre o crescimento
econômico e a proteção do planeta. A OMC, em tal questão, incorporou em seu programa a
tentativa de equiparar o crescimento econômico e a proteção do meio ambiente. Tal
organização realiza uma série de medidas de proteção no domínio das trocas aduaneiras que
protegem 6 seções principais da vida humana: fauna e flora, vida vegetal, animal, humana,
meio ambiente e segurança geral do planeta.

O desenvolvimento sustentável, a proteção e preservação do meio ambiente são objetivos


essenciais da OMC. Incluídos no Acordo de Marraquexe, complementam o objetivo de
reduzir os obstáculos ao comércio e eliminar o tratamento discriminatório nas relações
comerciais internacionais. Apesar de não existir nenhum acordo específico que se ocupe do
meio ambiente, os membros podem adotar medidas relacionadas com o comércio que
cumpram uma série de medidas protetivas. No programa de Doha para o desenvolvimento,
incluem-se negociações específicas sobre o comércio e o meio ambiente e se estipulam
algumas tarefas do comitê de Comércio e Meio Ambiente.

As medidas de proteção da OMC no marco da proteção logística podem ser de diversas


naturezas:
 Limitações quantitativas: vagas;
 Medidas financeiras: depósito de garantia recuperável;
 Medidas impositivas: taxas alfandegárias;
 Medidas técnicas: inspeção, obrigação no cumprimento de um padrão ecológico;

Página 63
COMÉRCIO

 Licenças de importação;
 Proibições.

Características das medidas de proteção:


a. O objetivo principal deve ser a proteção do meio ambiente;
b. Deve estar sustentada em uma base científica que justifique a medida;
c. Não deve possuir natureza discriminatória, nem ser um protecionismo comercial
mascarado com um tipo diferente de interesse que não diga respeito à
responsabilidade ecológica;
d. É necessário realizar uma notificação geral da limitação comercial que será utilizada e
as razões que a acompanham.

3.3.5. NORMAS SOCIAIS


A OMC não se preocupa somente com os aspectos econômicos ou financeiros, senão
também a um aspecto social e de proteção dos trabalhadores.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT ou ILO, do inglês International Labour


Organization) é uma agência multitarefa da Organização das Nações Unidas, encarregada de
promover a justiça social e os direitos humanos e trabalhistas reconhecidos a nível
internacional, no que se refere ao cumprimento das normas (convenções e recomendações)
internacionais.

Missão da OIT
A OIT tem como missão desenvolver o trabalho no âmbito da pobreza e melhorar as
oportunidades para que homens e mulheres tenham acesso a trabalhos dignos e
produtivos.

1. Promover e cumprir as normas, os princípios e os direitos fundamentais do trabalho;


2. Criar maiores oportunidades de empregos e salários dignos;
3. Melhorar a cobertura e a eficácia de uma seguridade social para todos;
4. Fortalecer o tripartismo e o diálogo social.

Página 64
COMÉRCIO

Objetivo da OIT
1. Emprego: promover o emprego através da criação de um ambiente institucional e
econômico sustentável;
2. Proteção social: desenvolver e reforçar medidas de proteção social sustentáveis e
adaptadas às circunstâncias nacionais;
3. Diálogo social: promover o diálogo social e o tripartismo;
4. Direitos no trabalho: respeitar, promover e aplicar os princípios e direitos
fundamentais no trabalho que se apresentam de particular importância, não só como
direitos, mas também como condições necessárias à plena realização de todos os
objetivos estratégicos. Participam nas conferências todos os membros da OMC.

Fonte: https://prezi.com/j-1bntlt-q2s/as-funcoes-missao-objetivos-da-oit/

3.4. CONFERÊNCIA DA OMC


Participam das conferências todos os membros da OMC. A cada rodada, é lançada uma
agenda de temas a serem discutidos entre os membros com o objetivo de estabelecer
acordos comerciais.

3.4.1. A RODADA DO URUGUAI


Uma das negociações mais extensas, com duração de 7 anos e meio, ocorreu no seio do
GATT (1986 – 1994) e foi antecedente imediata da OMC. Chegou a ter 123 participantes e
abarcou quase toda a totalidade do comércio.

Suas discussões pretendiam estender o sistema comercial para novas áreas, principalmente
no setor de serviços, de propriedade intelectual, da agricultura e têxteis.

Em somente 2 anos, os participantes combinaram um conjunto de reduções dos direitos de


importação aplicados aos produtos tropicais. Também se revisaram as normas para a
solução de diferenças e algumas medidas foram aplicadas imediatamente. Além disso,
estabeleceram a apresentação de informes periódicos sobre as políticas comerciais dos
membros do GATT, o que foi de grande importância para conseguir que os regimes
comerciais fossem transparentes em todo o mundo.

Página 65
COMÉRCIO

Um dos pontos que acordaram foi a necessidade de conseguir maior liberalização nos
mercados do setor agrícola. Para tanto, estabeleceram-se como requisitos fundamentais no
avanço desse setor os seguintes pilares:

 Subsídio à exportação agrícola;


 Acesso aos mercados;
 Apoio interno à agricultura.

Pontos inovadores no que diz respeito ao setor agrícola:


a. Proibição de novas políticas de subversão à agricultura;
b. As medidas políticas de apoio ao setor foram classificadas em função da escala de
possível aceitação por parte do resto dos países;
c. Mais respeito aos acordos instaurados e clemência em relação às decisões de
retaliação entre os países;
d. Os direitos tarifários alfandegários são a forma mais importante de proteção ao setor
dos governos nacionais. Esse tipo de medida se refere à proibição de outras pautas
discriminatórias com respeito aos produtos externos que são mais difíceis de
controlar. Tal ponto supõe uma maior transparência na ordem internacional do setor
e o acesso a dados mais fiáveis na conquista de acordos internacionais;
e. Todas as realizações contribuíram para criar um marco de relações melhor
estruturado e ideal para as discussões futuras, ainda que não se tenha conseguido
alcançar um avanço parecido nos níveis de produção dos mercados de produção
agrícolas internacionais.

3.4.2. SINGAPURA (1996)


Singapura é a primeira conferência realizada sob a organização da OMC. Um dos objetivos
fundamentais foi colocar em prática os acordos estabelecidos na Rodada do Uruguai.

Ficou combinado a criação de 3 grupos de trabalho:


1. Comércio e concorrência;
2. Comércio e investidores;
3. Transparência nos mercados públicos

Página 66
COMÉRCIO

Em sua declaração ministral, encontramos os seguintes aspectos:


 Um atraso de alguns países na adoção das linhas de acordo que se havia estabelecido
pela OMC-GATT em épocas anteriores;
 No cenário cada vez mais liberal, os países em via de desenvolvimento têm
numerosos problemas para se beneficiarem das vantagens do comércio mundial, de
modo que se adotam medidas de apoio a tais países;
 Estabelece um bloqueio nos avanços das negociações sobre o acesso aos mercados
do setor serviços (financeiro, transporte marítimo, movimento de pessoas físicas,
telecomunicações).
 Para conseguir uma maior liberalização do comércio internacional, ressalta-se a
importância dos acordos regionais, assim como a necessidade de incentivar os
acordos de tipo multilateral.

3.4.3. GENEBRA (1998)


Nessa conferência se levanta a ata dos anteriores acordos, assinados em 1997, no campo
das telecomunicações, serviços financeiros e tecnologia da informação. Por outro lado,
chega-se a um acordo provisório no campo do comércio eletrônico.

3.4.4. SEATTLE (1999)

Essa conferência se pautou nos objetivos principais:


 Investimentos;
 Transparências dos mercados públicos;
 Meio ambiente;
 Normas sociais;
 Concorrência.

Os resultados são considerados como um verdadeiro fracasso, visto que não se conseguiu
um mínimo de consenso.

Página 67
COMÉRCIO

As causas do fracasso:
1. Falta de consenso, sobretudo no setor agrícola entre EUA e Europa;
2. O debate norte-sul entre os países em desenvolvimento e os mais desenvolvidos. Os
países menos desenvolvidos pediam um papel mais ativo e se negavam a aceitar as
imposições de acordos que não eram mais que repetições de conferências anteriores
e que, além disso, não respondiam a suas verdadeiras necessidades e inquietudes;
3. Estados Unidos limita seus objetivos e intervenções da conferência unicamente a
temas de índole agrícola e de serviços;
4. Os países menos desenvolvidos não aceitam a ideia de incluir novas normas sociais e
de meio ambiente, já que são interpretadas como mecanismos utilizados para obter
medidas protecionistas de seus próprios mercados;
5. Surge um movimento de opinião pública internacional que exige a OMC não se focar
somente em negociar a liberalização de fluxos comerciais, a não ser que, também,
destine os acordos aos grandes desafios da sociedade internacional como são os
direitos do homem, o direito ao trabalho, a ecologia, etc.

3.4.5. DOHA (2001)


Essa conferência surge com a necessidade de conseguir acordos mínimos que evitem outro
fracasso da OMC, o que abriria uma grande crise na organização, questionando sua
viabilidade.

Principais temas da conferência:

 Abolir os subsídios, especialmente os ligados à UE, sem data para lançar


a iniciativa;
 Melhorar o acesso aos mercados agrícola, sobretudo no caso dos países
1 Agricultura
menos desenvolvidos;
 Redução dos subsídios à produção agrícola;
 Redução de ajudas internas do setor.
 Inicia uma fase de demanda de abertura de mercados para os serviços
2 Serviços de outros países;
 Inicia outra fase de oferta de abertura dos serviços de cada país;

Página 68
COMÉRCIO

 Aumento dos países em via de desenvolvimento nos intercâmbios de


serviços.
Tem-se início um processo de negociação entre os países nos quais os
acordos não afetam aqueles que não tenham assinado acordos vinculados a
3 Meio Ambiente tal problemática (Kyoto), de forma que limita e anula as aplicações práticas
aos acordos realizados. Este resultado supõe um fracasso da posição que a
UE queria adotar em temas do meio ambiente.
Deriva-se o tema da Organização Internacional do Trabalho, ao não
4 Normas Sociais
conseguir nenhum acordo.
Os países menos desenvolvidos são autorizados a suspender uma
5 Medicamentos determinada patente e acessar a medicamentos genéricos em caso de
urgência sanitária.
Sugere-se analisar a situação dos países menos desenvolvidos para reforçar
6 Desenvolvimento
as políticas da intervenção especial.

3.4.6. CANCÚN (2003)


a. Algodão Africano: Benin, Burkina Faso, Máli, Chade apresentam uma iniciativa na
qual se pretende conseguir a eliminação dos subsídios da produção do algodão por
parte dos países mais desenvolvidos, concretamente os Estados Unidos, e um
subsídio pelas perdas sofridas em seus países. Esta proposta foi finalmente negada,
aparecendo uma oposição de todos os países menos desenvolvidos, incluindo os
países ACP6;
b. Agricultura: Estabelece-se a abertura das negociações sobre o investimento da
concorrência devido ao fracasso nos temas do setor agrícola. Nesse repúdio estão
incluídos os países menos desenvolvidos, especialmente os africanos;
c. Os países mais desenvolvidos, ainda que estejam abertos a oferecer concessões aos
menos desenvolvidos, não estão dispostos a receber o mesmo tratamento que
aqueles países que estão em vias de desenvolvimento, como poderia ser Índia, Brasil
e China. Essa sessão é um fracasso;

6Países ACP é uma associação de países da África, Caribe e Pacífico formada com a finalidade de coordenar as atividades da
Convenção de Lomé de 1975. Todos os Estados, à exceção de Cuba, são signatários do acordo de Cotonou, que veio
substituir as Convenções de Lomé.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_ACP

Página 69
COMÉRCIO

d. Índia, Brasil, China e o resto dos 29 países em vias de desenvolvimento pedem uma
política ambiciosa para a redução de subsídios agrícolas e a eliminação das ajudas à
exportação. Uma vez que esta questão não é alcançada, eles decidem não se
inscrever neste acordo;
e. O grupo Cairns e os Estados Unidos consideram insuficiente a proposta da União
Europeia referente à proposta da reforma da Política Agrícola.

3.4.7. HONG-KONG (2005)


a. Estados Unidos propõe uma diminuição dos subsídios agrícolas americanos em
50/60%, mas mantendo o período de transição de 5 anos;
b. Conclui-se que os subsídios de algodão devem concluir, a partir do ano de 2006,
ainda que, como salientado pelos produtores africanos, 90% das ajudas dos Estados
Unidos à sua produção possuem uma natureza interna;
c. A UE, por sua vez, propõe uma redução das ajudas internas à agricultura em
aproximadamente 46%. Os representantes franceses se opõem profundamente a tal
proposta.

3.4.8. GENEBRA (2009)


Essa conferência traz no seu programa a revisão das atividades da organização, assim como
o debate quanto ao papel da instituição na recuperação econômica.

 Centra-se na tomada de decisões dos aspectos fundamentais: casos de “não


violação” da propriedade intelectual e comércio eletrônico;
 Pactuam não impor tarifas às transmissões eletrônicas como descargas de livros
eletrônicos e software por internet;
 Tenta fortalecer o sistema multilateral do comércio mediante um documento para
examinar o funcionamento, a eficácia e a transparência da organização, apoiada por
muitos países, entre eles índia, China, Estados Unidos e Brasil. Apesar disso, essa
iniciativa é rejeitada pelo mau recebimento de alguns países como Cuba, Equador,
Venezuela, Nicarágua e Bolívia;
 Pretende-se reduzir em torno de 20% dos impostos às exportações entre os países
em vias de desenvolvimento. Através de tal iniciativa, cujo objetivo é impulsionar o

Página 70
COMÉRCIO

comércio sul-sul, cerca de 70% dos bens manufaturados e agrícolas serão


compreendidos em uma negociação que leva a cabo pelo Sistema de Preferências
Tarifárias.

3.4.9. GENEBRA (2011)

Os temas mais importantes debatidos nessa conferência foram:


a. Comércio e desenvolvimento;
b. Programa de Doha para o desenvolvimento;
c. Importância do sistema multilateral de comércio e da OMC.

 Entre os diferentes ministros assistentes, presenciou-se uma predisposição de


manter o equilíbrio entre os direitos e obrigações dos países desenvolvidos e as
economias emergentes;
 Destaca-se a dificuldade de elaborar acordos entre Estados Unidos e União Europeia
e também entre as principais economias em desenvolvimento: Brasil, China, Índia,
sobretudo aos temas relativos aos mercados agrícolas;
 Alguns organismos surgiram e propuseram, em suas negociações, os seguintes
desafios emergentes: mudança climática, segurança alimentar, comércio e tipos de
mudanças, energia;
 Foi tomada uma decisão sobre os países menos desenvolvidos (PMA) que consiste na
aplicação das normas da OMC sobre os direitos de propriedade intelectual. A
moratória para que os PMA que não observaram as regras do Acordo sobre os
aspectos de Direito de Propriedade Intelectual relacionados com o comércio (ADPIC –
o também conhecido acordo TRIPS) expirava em Julho de 2013; ainda assim,
permitiu-se solicitar ampliações justificadas e revisadas pelo conselho dos ADPIC;
 Os PMA solicitam um tratamento mais favorável em relação a serviços e provedores
dos países mais pobres. Para conseguir tal feito, foi preciso convencer aos Membros
que apliquem uma exceção a um dos princípios básicos do sistema multilateral de
comércio: a obrigação de tratar a todos os países da mesma forma. Esta ideia, no
entanto, foi recriminada por ter pouco valor.

Página 71
COMÉRCIO

3.4.10. BALI (2013)

As decisões tomadas nessa conferência se dividem em duas partes essenciais:


1. As que afetam as funções que realiza a OMC;
2. As relacionadas com a agenda de Desenvolvimento de Doha.

Os principais temas tratados foram:


 Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados com o Comércio;
 Aspectos relacionados com o comércio eletrônico: pactuou-se a manutenção da não
aplicação dos direitos tarifários às transmissões eletrônicas entre os países membros;
 Comércio e a transferência de tecnologia;
 Ajuda ao comércio;
 Programa de trabalho das pequenas economias.

 Melhora do comércio
Consegue-se um acordo para incentivar a redução e a agilidade dos trâmites alfandegários,
que beneficia uma redução dos custos que devem assumir as empresas em suas
exportações. Para tanto, estabelece-se uma figura: Operador Autorizado, para que as
empresas que possuam bom histórico de cumprimento das normas possam estar
beneficiadas da redução em tais trâmites. Além disso, estabelece-se uma regulamentação
nos trâmites alfandegários para evitar a discriminação entre os países. Por outro lado,
incorporam-se de maneira progressiva uma série de procedimentos eletrônicos para a
remessa de documentos e pagamentos de taxas, e assim poder agilizar exponencialmente os
trâmites.

 Agricultura

 Estabelecem-se acordos que incluem programas de Serviços Gerais para conseguir uma
reforma do território ou a segurança da população rural. Sobretudo se enfatiza que os
países em desenvolvimento consigam seus objetivos de crescimento no entorno rural e
reduzam a pobreza. Definiu-se uma lista de atividades consideradas como Programa de
Serviço Gerais;

Página 72
COMÉRCIO

 Cria-se um grupo de trabalho para que leve a cabo uma negociação de um acordo que
suponha a solução definitiva para o armazenamento de estoque, cumprindo os padrões
de segurança alimentar;
 Em relação à administração de quotas de tarifa-quantidade, estabelecem-se mecanismos
para que os operadores privados não tenham a opção de utilizar de maneira a obter
vantagem as quotas atribuídas;
 Estabelecem-se mecanismos de monitoramento a efeito de subsídios e medidas
equivalentes e se firma a realização de debates orientados à natureza anual do Comitê
de Agricultura.

 Algodão
Tratam-se assuntos relacionados com os subsídios da exportação e as medidas equivalentes,
o apoio nacional do algodão e as medidas implantadas às exportações nos países menos
desenvolvidos.

Para poder melhorar a transparência e o monitoramento dos aspectos relacionados com o


algodão, criam-se discussões bianuais no seio do Comitê da Agricultura.

 Países menos desenvolvidos


 Na conferência Ministerial de Hong-Kong (2008), implementou-se o emprego de
regras de origem com o propósito de facilitar o uso do mercado de países menos
desenvolvidos. De maneira que os países desenvolvidos e em vias de
desenvolvimento que sejam declarados em posição de cumprimento podem se
permitir ao luxo de implantar regras de origem para favorecer a importação de
produtos a esses países. Em tal conferência, chega-se a um acordo para fixar os
critérios que devem elaborar tais regras que, por sua vez, deverão ser transparentes,
simples e objetivas;
 Revisa-se e se modifica o acordo desenvolvido na conferência de Hong-Kong sobre o
estabelecimento de medidas a favor dos países menos desenvolvidos, sem tarifas
alfandegárias e sem limite de quota.

Página 73
COMÉRCIO

Os acordos conquistados nessa conferência, qualificada como histórica, permitem não só a


recuperação da OMC do seu papel preponderante na regulação do comércio internacional,
como também a êxito nos objetivos previstos: contribuir com a transparência e prever o
aumento do comércio internacional. Apesar disso, o trabalho deve continuar para que o
êxito da conferência abarque o cumprimento da Agenda de Doha.

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