Os orçamentos de estados, são hoje em dia, os principais instrumentos de contra-ciclo
económico, não importa que economia, nem o seu estádio de desenvolvimento (lógico em economias de mercado). Pós, é neste lugar que se confrontam os mais importantes instrumentos de política económica, na medida em que todos eles têm uma expressão e dimensão sobre as finanças do estado. A despesa não pode crescer de modo descontrolado, mas fazer a despesa certa em investimentos que permitam um benefício económico.
Entretanto, conforme o gráfico acima, podemos observar a dificuldade da economia
angolana em gerar superavits orçamentário. No período em análise a economia angolana apenas teve dois superavits orçamentário em 2016 e 2021 respectivamente, é importante referir que a partir 2016 a economia angolana teve inicio a um período de recessão económica que durou 5 anos. Não obstante, nos outros anos a economia angolana teve mais despesas do que receitais o que originou défices orçamentário em 2014, 2015, 2017, 2018, 2019, e 2020 respectivamnte. Esses défices orçamentários podem ser explicados por um lado, pela fraca capacidade da economia angolana em resistir a choques externos, uma vez que, o orçamento angolano é elaborado tendo como referencia o preço do barril de petróleo no mercado internacional assim, quando o preço do barril de petróleo cai a economia angolana arrecada menos receitas, por outro, e particularmente em 2020, o défice orçamental pode ser explicado pelo esforço que o executivo angolano teve que fazer para conter a contaminação da pandemia Covid-19. Em suma, é importante que as economias tenham capacidade de gerar superavits orçamentário de modo que consigam suprir as dificuldades ou problemas económicos conjunturas e estruturas que podem vir a ocorrer.