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Angola pode ser um típico exemplo de que um país rico em recursos não é
automaticamente, traduzido em prosperidade para a maioria do seu povo.
Com essas acções o estado tornou-se no único dono dos recursos petrolíferos do País e
transformou a SONANGOL, na concessionária única e exclusiva para a pesquisa e exploração do
petróleo, permitindo à empresa associar-se a parceiros estrangeiros com vistas a obter os recursos
necessários para pesquisa, desenvolvimento e produção. Tais acções elevaram a Sonangol,
chegando a crescer em capacidade e prestígios, para responder às necessidades das empresas
petrolíferas. Tornando-se na maior fonte de geração de receitas do então governo angolano
recentemente independente. Hoje existem mais de 30 empresas multinacionais a investirem e a
actuarem neste sector.
O sector petrolífero tornou-se uma indústria de enclave em relação ao resto do país, uma
vez que mais de 97% do petróleo de Angola é explorado em Offshore. Razão que explica a sua
não afectação durante todo período de guerra civil. A demarcada interacção entre os operadores
petrolíferos, as comunidades locais e outros sectores económicos, serviram para criar duas
realidades distintas uma de:
2ª) Estagnação e limitado ou nenhum investimento para o resto dos sectores produtivos.
Estando no auge de sua exploração e comercialização, as recitas geradas por este sector,
cobriram despesas do estado em áreas como: Os custos militares, a administração pública,
importação dos alimentos básicos etc, está dependência deixou e continua a deixar o país
vulnerável às quedas dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
Entre 1995 e 2001 as receitas dos impostos do petróleo correspondiam de 70% à 90% das
receitas do estado e mais de 60% do PIB. Vamos verificar isso na tabela abaixo.
ANOS 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
% PIB 67,61 65,65 73,14 60,33 47,96 73,75 77,67 65,12 66,81
% Export 96,19 94,60 93,82 92,47 87,08 87,08 89,89 88,80 91,77
%Rec. 87,20 62,18 89,68 84,05 70,23 87,77 86,62 81,20 78,44
Fis
• O Crescimento real do PIB de Angola variou de 3,3% em 2003 para 23,4 em 2007;
• O PIB do sector não petrolífero também cresceu de 10,3% em 2003 para 22,3% em
2007;
• O preço do petróleo de variou de 28,2 USD para 61,4 em 2006 e atingiu mais de 130
usd em 2008;
• As taxas de inflação variaram de mais de 100% antes de 2003 para menos de 12% em
2007 e;
• O crescimento do sector não petrolífero foi calculado em aproximadamente 17% ano.
Com este crescimento acima dos 15% de output anual, no período acima mencionando
Angola foi então logo considerado como uma das economias com mais rápido crescimento no
mundo, com considerável excedente em moedas estrangeiras, isto repercutiu para se considerar
Angola um país com rendimento médio para país que estava a ressurgir do pós-conflito,
demonstrando uma oportunidade única de crescimento da economia angolana em toda sua história
após a independência.
Frase da Semana: “O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflecte... O teu comportamento te
identificará” (Aristóteles)