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INTRODUÇÃO

O presente trabalho traz como requisito de pesquisa, “Angola Económica” dizer que a
situação económica de Angola tem estado ligada à procura mundial de petróleo, o que
provocou um crescimento volátil e deixou o país com elevados níveis de pobreza e
desigualdade. Até 2023, as reformas melhoraram a gestão macroeconómica e a governação
do sector público. A estabilidade macroeconómica foi reforçada através de um regime de
taxas de câmbio mais flexível, da autonomia do banco central, de uma política monetária
sólida e da consolidação orçamental. Foram introduzidas leis que permitem uma maior
participação do sector privado na economia, aumentando a estabilidade do sector financeiro.

Objecivos

Em função do que se abordou a cima achamos conveniente levantar alguns objetivos


para nos servirem de guia durante a realização e apresentação deste trabalho.

Geral

 Conhecer a economia de Angola nos últimos 5 anos.

Específicos

 Identificar e descrever quais as razões do fraco crescimento da economia de Angola.


 Sugerir medidas para o melhoramento do fraco aproveitamento económico em
Angola.
ENQUADRAMENTO TEÓRICO

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA ANGOLANA

Época de 1998/2016

O choque do preço do petróleo que se iniciou em meados de 2014 reduziu consideravelmente


as receitas fiscais e as exportações.

Estimou-se que o crescimento tenha estagnado em 2016 com a contração do sector não
petrolífero em 0,5%, pressionado pelos sectores industrial, da construção e dos serviços.

A produção industrial, apesar do potencial de substituição das importações, foi limitada pela
escassez de matérias-primas e factores de produção importados devido à disponibilidade
limitada de divisas.

Previu-se que inflação anual chegasse aos 45% no final do 2016 a maior taxa em mais de
uma década –refletindo preços internos mais elevados dos combustíveis.

Estatísticas do FMI do Banco Mundial face a situação económica de Angola

O crescimento econômico acelerou em 2022 para 3% (de 1,2% em 2021) graças à


expansão nos sectores não petrolíferos e a uma pequena recuperação na produção de
petróleo. O aumento dos preços do petróleo permitiu a expansão orçamental, especialmente
nos investimentos públicos, e a apreciação da moeda nacional, sustentando o reforço da
procura interna e gerando um crescimento de 7% no consumo privado.

O sector petrolífero contribuiu para esta recuperação com um crescimento de 0,5%, a


primeira expansão desde 2015. A produção não petrolífera acelerou, com a agricultura e as
pescas a crescerem quase 4% e o sector dos serviços a recuperar para os níveis anteriores à
COVID-19.

Reformas bem-sucedidas, aliadas a preços de petróleo estáveis, apoiaram a


recuperação económica de Angola em 2020-2021, no entanto, entre 2021 e 2022, o declínio
da produção de petróleo levou a desafios significativos para a economia, diz o FMI (Fundo
Monetário Internacional), destacando que no final de 2022 e no primeiro semestre de 2023,
o setor petrolífero enfraqueceu devido à extensão das operações de manutenção temporária.

Com as descidas dos preços do petróleo e da produção no primeiro semestre de 2023,


as exportações e receitas petrolíferas diminuíram, resultando numa debilidade maior nos
setores fiscal e externo e numa depreciação significativa da taxa de câmbio nominal em
junho de 2023, continua a nota do FMI.

Segundo o Banco Mundial, entre meados de maio e o final de junho de 2023, o kwanza
desvalorizou-se cerca de 40 % em relação ao dólar norte-americano, devido à menor oferta
de moeda estrangeira por parte do governo, resultante de receitas petrolíferas mais baixas e
de um maior serviço da dívida externa, à medida que os acordos de alívio da dívida
expiraram.

Neste quadro, após a forte depreciação da taxa de câmbio nominal e a parcial remoção
dos subsídios aos combustíveis, “a inflação aumentou em Junho, para 11,3 por cento (de
10,6 por cento)”, tendo o Banco Nacional de Angola restringido então as condições de
liquidez.

O recuo do setor petrolífero é justificado com as operações de manutenção temporária


que se prolongaram entre finais de 2022 e o primeiro semestre deste ano.

O excedente da balança corrente diminuiu para 0,4% do PIB no segundo trimestre de


2023, devido à redução das receitas petrolíferas. As reservas internacionais permanecem
estáveis em cerca de 13 mil milhões de dólares, ou seja, cerca de sete meses de importações.
A inflação continuou a cair rapidamente de um pico de 27,7% em janeiro de 2022 para 10,6%
em abril de 2023. No entanto, a remoção parcial dos subsídios à gasolina e a desvalorização
do kwanza inverteram a tendência de descida da inflação. A reforma aumentou os preços da
gasolina de 160 para 300 kwanzas por litro em junho e as medidas de mitigação foram
insuficientes para proteger os consumidores mais pobres.
Razões da desaceleração do crescimento econômico

Por isso, diz o FMI (Fundo Monetário Internacional), “espera-se que o crescimento
desacelere para 0,9 por cento em 2023, devido a uma estimativa fraca da produção de
petróleo), antes de estabilizar em torno de 3,4 por cento no médio prazo, auxiliado pela
agenda de reforma estrutural e diversificação das autoridades”.

O alerta é dado para o aumento da inflação que deverá subir temporariamente em


2023/24 devido ao aumento dos preços da energia relacionados com a reforma dos subsídios
aos combustíveis.

Apesar das perspectivas fiscais de curto prazo terem piorado desde a anterior análise,
o FMI estima que as autoridades angolanas “devem alcançar as suas metas fiscais de médio
prazo abaixo da linha de base com uma implementação completa da reforma dos seus
subsídios”.

Entretanto, “os riscos descendentes para as perspectivas incluem uma descida maior
do que a esperada nos preços mundiais do petróleo, fraca produção de petróleo e falha na
implementação integral do plano de combustível planeado na reforma dos subsídios em
2024.

O Conselho Executivo do FMI conclui que “a recuperação económica de Angola no


curto prazo continua dependente do setor petrolífero e em grande parte da materialização
dos planos de diversificação no médio prazo”.

A instituição financeira recomenda o Governo a atuar rapidamente para reverter a


"grande derrapagem fiscal de 2022", implementando a reforma dos combustíveis e adotando
medidas de política fiscal para mobilizar receitas não petrolíferas, bem como aprofundando
a agenda fiscal estrutural.

Políticas económicas nos primeiros meses de 2024

O Aviário Kandiry, na província do Namibe prevê aumentar a produção de 20 mil ovos


por dia, que produz actualmente, para 54 mil ovos a partir do mês de Maio.
ACREP aprovada como Operador do Bloco KON19, a 3.ª Empresa angolana
operadora do Sector de Petróleo e Gás (ACREP), foi aprovada pela Agência Nacional de
Petróleo Gás e Biocombustives (ANPG) para operar o bloco KON19 com 45% dos interesses
participativos.

Angola exportou cerca de 103,1 milhões de barris de petróleo bruto, avaliados em


aproximadamente 8,63 mil milhões de dólares, informou, a 24/01/2024, o secretário de
Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso.

A Organização Mundial de Indústrias de Cooperação Turca convidou, terça-feira, em


Luanda, as micro, pequenas e médias empresas angolanas a participarem no 10º Fórum de
Negócios, entre Turquia e África, que acontece em Istambul, nos dias 26 e 27 de Fevereiro
deste ano.

Através da privatização de três lojas Poupa Lá rendem ao Estado 293 milhões. A


adjudicação das lojas Poupa lá de Camama I, Icolo e Bengo, em Luanda, e Ganda, em
Benguela, rendeu ao Estado angolano um encaixe de 293,4 milhões de kwanzas.

O Grupo Banco Mundial apoia os esforços de Angola destinados a reduzir a pobreza


e promover o crescimento económico, trabalhando em conjunto com o governo, parceiros
de desenvolvimento e sociedade civil.
CONCLUSÃO
Podemos concluir na linha de pensamento do FMI que o Governo Angolano deve
continuar a adotar medidas de políticas fiscais para mobilizar receitas internas não
petrolíferas, ampliar os bens para exportação, apostar na exploração de mais recursos
naturais e realizar mais progressos na agenda estrutural orçamental, incluindo a gestão das
finanças e do investimento público. Uma vez que a alta dependência das exportações de
petróleo e a excessiva importação de matérias-primas e produtos alimentares essenciais
como as principais causas para a desvalorização da moeda angolana. E, portanto, da
desestabilização económica do país.

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