Você está na página 1de 41

RELATÓRIO E CONTAS DA

EMPRESA AJEI, S.A.

EXERCICIO ECONÓMICO 2020


Índice

#INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------Pág. 03
# RELATÓRIO DE GESTÃO -----------------------------------------------------------------------Pág. 04

1- Enquadramento macroeconómico
2- Enquadramento no sector de equipamentos informáticos
3 - Acontecimentos Relevantes
4- Análise Económico-Financeira
5- Proposta de Aplicação de Resultados
6- Perspectivas Futuras
7- Considerações Finais

# BALANÇO------------------------------------------------------------------------------------------Pág. 17

# DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ---------------------------------------------------------Pág. 18

# DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA ---------------------------------------------------Pág. 19

# NOTAS ÀS CONTAS -----------------------------------------------------------------------------Pág. 20

1- Actividade da empresa
2- Políticas contabilísticas e base de valorimetria nas demonstrações financeiras

2.1- Base de apresentação das Demonstrações financeiras


2.2- Base de valorimetria adoptadas na preparação das Demonstrações
Financeiras
2.2.1 Critérios de reconhecimento e bases de valorimetria específicas

a) Imobilizações corpóreas
b) Imobilizações incorpóreas
c) Existências
d) Contas a receber
e) Disponibilidades
f) Outros passivos correntes
g) Contas a pagar
h) Vendas
i) Juros
j) Impostos sobre lucros

1
NOTAS AO BALANÇO -----------------------------------------------------------------------------Pág. 24

4- Imobilizações Corpóreas
5 - Imobilizações Incorpóreas
7- Outros Activos Financeiros
8- Existências
9- Outros activos não correntes e contas a receber
10- Disponibilidades
11- Outros activos correntes
12- Capital Próprio
13- Reservas
14- Resultados transitados
15- Empréstimos correntes e não correntes
19- Outros passivos não correntes

NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ---------------------------------------------Pág. 25

22- Vendas
23- Prestação de serviços
24- Outros proveitos operacionais
27- Custos das existências vendidas e das matérias-primas consumidas
28- Custos com o pessoal
29- Amortizações
30- Outros custos e perdas operacionais
31- Resultados financeiros
33- Resultados Não Operacionais
35- Imposto sobre o rendimento
38- Acontecimentos ocorridos após a data do balanço
39- Auxílio do governo e outras entidades

ANEXOS

Balancetes
Mapa de Amortizações
Acta de aprovação de contas
Modelo 1

2
Introdução
A título introdutório, o presente relatório e contas da Empresa AJEI - Equipamentos
Informáticos, S.A., ilustrará os principais documentos elaborados do exercício económico
de 2020 tais como Relatório de Gestão, o Balanço e as Demonstração de Resultados.

Temos como objectivo apresentar aos utentes da informação financeira a actual situação
da empresa no contexto financeiro, económico e patrimonial assim como orienta a Lei,
Lei Nº1/04 de 13 de Fevereiro sendo a lei das Sociedades Comerciais. Tivemos como
principal motor o plano geral de contabilidade angolano.

3
1- Enquadramento Macroeconómico
1.1. PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

No primeiro trimestre de 2020, o ambiente internacional foi dominado pela propagação


mundial do coronavírus, denominada COVID-19, que surgiu na cidade de Wuhan, China,
no mês de Dezembro de 2019, cuja velocidade de contaminação surpreendeu o mundo,
tornando-se numa pandemia num curto espaço de tempo. Com esta pandemia, observou-
se a implementação de medidas de contenção em vários países, que resultaram na
cessação temporária de alguns direitos fundamentais dos cidadãos, com destaque para as
restrições na mobilidade de pessoas e bens, levando à queda das actividades dos vários
sectores das economias, a que o FMI chamou de o “Grande Bloqueio”.

À luz disso, existe uma incerteza muito acentuada em torno dos desenvolvimentos
económicos no curto prazo e, obviamente, predominam os riscos de agravamento da
situação pandémica ao longo do ano de 2020. A aceleração económica depende de
factores difíceis de prever, tais como a trajectória do contágio da pandemia, a intensidade
e eficácia dos esforços de contenção, a extensão das quedas do comércio mundial, as
repercussões do drástico aperto nas condições mundiais do mercado financeiro, as
mudanças nos padrões de gastos dos consumidores e os preços baixos das commodities.
Muitos países enfrentam “multi-crises” que abrangem o colapso dos seus sistemas de
Saúde, queda abrupta das exportações devido à redução da procura externa, inversão de
fluxos de capital, elevado risco de default e consequentemente economias em recessão.

O FMI no seu relatório realça que para se contornar a situação económica, deve-se
recorrer às políticas mais eficazes por forma a reduzir o contágio, aumentando as despesas
no sector da Saúde para o dotar de meios capazes de combater a pandemia. Espera-se que
logo que esta pandemia se desvaneça, as medidas fiscais e monetárias implementadas
para apoiar as famílias e empresas afectadas comecem a surtir efeitos em países tais como
a França, a Alemanha, o Japão, a Espanha, o Reino Unido e os EUA. A maior parte dos
bancos centrais tem optado pelo relaxamento da política monetária, reduzindo as taxas de
juro e injectando liquidez na economia pelo uso de uma política monetária não
convencional (Quantitative Easing), contribuindo assim para o aumento da confiança dos
investidores e para o incentivo à concessão de crédito por parte dos bancos comerciais.

Assim sendo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) no seu relatório World Economic
Outlook de Abril de 2020 prevê uma contracção da economia mundial em 3,00% para
2020, menos 6,30 p.p. em relação à previsão feita em Janeiro de 2020. No entanto, para
o ano de 2021 as estimativas são mais optimistas, com uma taxa de crescimento de 5,80%,
mais 2,4 p.p. em relação à projecção anterior.

Para as economias avançadas projecta-se uma contracção de 6,10%, destacando-se os


EUA com -5,90%; o Japão, -5,20%; o Reino Unido, -6,50% e; a Alemanha, -7,00%. Nas
economias emergentes, sujeitas a “multi-crises”, espera-se uma queda da actividade
económica de -2,20%, excluindo a China que deverá crescer 1,20% em 2020, pelo facto
4
deste país apresentar a maior probabilidade de retoma do crescimento, tendo em conta e
o impacto dos apoios fiscais.

Para as economias avançadas projecta-se uma contracção de 6,10%, destacando-se os


EUA com -5,90%; o Japão, -5,20%; o Reino Unido, -6,50% e; a Alemanha, -7,00%. Nas
economias emergentes, sujeitas a “multi-crises”, espera-se uma queda da actividade
económica de -2,20%, excluindo a China que deverá crescer 1,20% em 2020, pelo facto
deste país apresentar a maior probabilidade de retoma do crescimento, tendo em conta e
o impacto dos apoios fiscais.

1.2 - INFLAÇÃO NA SADC

No primeiro trimestre de 2020, na região da Comunidade para o Desenvolvimento da


África Austral (SADC), observou-se uma tendência de desaceleração dos preços de bens
e serviços na maioria das economias, excepto em Angola, África do Sul, Zâmbia e
Zimbabwe, quando comparado com o período anterior. A inflação média da região nos
últimos doze meses, situou-se em 26,23%, nível fora do intervalo de convergência da
SADC (3% – 7%), pondo em risco o crescimento económico da região, desincentivando
o investimento estrangeiro directo e assim reduzir a competitividade da região face ao
resto do mundo. De notar que o Zimbabwe, Angola e Zâmbia continuam a ser os países
que apresentam níveis de inflação acima de um dígito.

5
1.3 - MERCADO DAS COMMODITIES

Os preços das commodities energéticas e alimentares nos mercados internacionais têm


um impacto significativo na economia angolana face à excessiva dependência do País das
exportações petrolíferas e das importações de bens alimentares. O seu acompanhamento
permite, por um lado, identificar oportunamente os possíveis efeitos das suas variações
sobre os grandes objectivos da política económica, nomeadamente o crescimento
económico, emprego, estabilidade de preços e equilíbrio das contas externas e, por outro
lado, preparar as medidas de política para a sua mitigação.

1.3.1 - Mercado das Commodities

No primeiro trimestre de 2020, o mercado foi marcado por uma forte volatilidade dos
preços do crude depois da Arábia Saudita ter tomado a decisão de aumentar a sua
produção para mais de 10 milhões de barris por dia e oferecer descontos de até 20% na
venda do seu petróleo bruto, iniciando uma guerra de preços fatídica para a indústria com
a Rússia. Esta situação veio simplesmente agravar as débeis condições do mercado que
já enfrentava um forte desequilíbrio (oferta muito acima da procura) motivado pela
redução da procura, devido à queda significativa do consumo resultante dos efeitos da
COVID-19 sobre as economias maiores consumidoras desta commodity.

Desta feita, o Brent foi transaccionado ao preço médio de 50,96 USD/barril, contra 62,51
USD/barril apurado no quarto trimestre de 2019 e 63,90 USD/barril no primeiro trimestre
de 2019, o que corresponde a uma queda de cerca de 18,48% e 20,25%, respectivamente.
As estimativas mais recentes apresentadas no relatório da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP) mostram que a procura mundial se situou em 92,92
milhões de barris no primeiro trimestre do ano corrente, uma diminuição de 6,74 milhões
de barris em relação ao valor do trimestre anterior e 5,83 milhões de barris em relação a
igual período do ano transacto. De salientar que o nível da procura observada ficou abaixo
do valor previsto, 97,58 milhões de barris. Quanto à previsão para o ano de 2020, é

6
esperada uma média de 92,82 milhões de barris, um valor inferior aos dos últimos quatro
anos, destacando-se, comparativamente ao ano de 2019, a redução da procura da China e
dos EUA.

Relativamente às ramas angolanas, estas foram negociadas ao preço médio de 50,47


USD/barril no ano de 2020, abaixo dos 64,26 USD/barril observados no quarto trimestre
de 2019, tendo o preço médio mais baixo do trimestre sido registado em 2020 (30,69
USD/Barril) e o mais alto no mês de Janeiro (64,26 USD/Barril). Em termos homólogos,
a médio mais baixo do ano sido registado em 2020 (30,69 USD/Barril) e o mais alto no
mês de Janeiro (64,26 USD/Barril). Em termos homólogos, a média do preço das ramas
angolanas no primeiro trimestre de 2020 ficou abaixo da média verificada no primeiro
trimestre de 2019 (63,27 USD/barril).

1.4- ECONOMIA NACIONAL

1.4.1- INDICADOR DE CLIMA ECONÓMICO

Os dados mais recentes do Indicador de Clima Económico (ICE)5 disponibilizados pelo


Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma conjuntura económica menos
desfavorável no quarto trimestre de 2019, ao ficar em -4 face aos -7 e -12 registados no
trimestre passado e em igual período do ano anterior, sustentada, essencialmente, pela
performance favorável dos sectores da comunicação e da indústria extractiva.

7
Fonte: INE

O comportamento positivo do sector da comunicação deriva da boa evolução da


actividade actual e o optimismo em relação à perspectiva da produção e procura de
serviço para o primeiro trimestre. O sector da indústria extractiva foi impulsionado pelo
aumento da produção actual e as perspectivas de produção e de exportação. Todavia,
importa ressalvar, que as boas perspectivas não tomaram em conta os efeitos negativos
da COVID-19 sobre a economia nacional e mundial registados no primeiro trimestre de
2020, visto que não se esperava esta velocidade de propagação da doença no tempo e
espaço.

1.5 - PIB

Segundo dados actualizados e divulgação das Contas Nacionais por parte do INE, o
produto interno bruto (PIB) referente ao quarto trimestre de 2019, recuou em 0,8% em
termos reais, quando comparado com os -1,2% apurados no trimestre anterior e 2,5%
observados no período equivalente de 2018.

8
1.6 - INFLAÇÃO

Nesta secção, faz-se uma análise do comportamento da variação do Índice de Preços no


Consumidor a nível nacional (IPCN), assim como da província de Luanda (IPC), com
intuito de apurar pormenorizadamente o desempenho dos preços no primeiro trimestre de
2020, tendo em conta a performance de algumas variáveis económicas tidas como
determinantes.

1.6.1-. ÍNDICE DE PREÇOS NO CONSUMIDOR NACIONAL

Os dados sobre o IPCN divulgados pelo INE, referente a 2020, mostram um aumento na
taxa de variação no primeiro trimestre de 5,73% (2,05% em Janeiro, 1,72% em Fevereiro
e 1,85% em Março).

A contribuir para este aumento da variação do IPCN esteve o incremento das


contribuições de seis classes das doze que compõem a estrutura do seu cabaz. A classe
01. “Alimentação e Bebidas não Alcoólicas” continua a ser a mais destacada
representando 53,94% da variação observada. De notar, que o aumento de preços dos
produtos desta classe, particularmente nas duas últimas semanas de Março, pode estar
associado à maior procura de bens essenciais por parte dos agentes económicos devido à
expectativa de queda da oferta desses produtos, em decorrência do Estado de Emergência.

No trimestre em referência, a taxa de variação homóloga do IPCN alcançou os 19,62%,


superior em 2,72 p.p. e 2,06 p.p. quando comparado com o período anterior (16,90%) e
igual período de 2019 (17,56%), essencialmente influenciada pela província de Luanda
com 11,81 p.p. (60,17% da inflação nacional).

9
1.7. Contas Públicas

O Fundo Monetário Internacional reviu a previsão de evolução de dívida pública em


Angola, estimando um rácio de 111% face ao PIB, que deverá descer para cerca de 70%
até final do programa de ajustamento, em 2024.

Estimou-se o rácio de dívida face ao PIB para o final de 2019 a 111%, reflectindo
principalmente a rápida depreciação da moeda no último trimestre do ano. A dívida
angolana continua altamente vulnerável a choques macroeconómicos e orçamentais, com
os principais riscos para a sustentabilidade da divida a virem de uma depreciação da taxa
de câmbio mais rápida que o previsto, mais declínios nos preços ou na produção
petrolífera, uma possível deterioração no acesso aos mercados financeiros, e à
materialização de riscos vários, incluindo de dívida garantida pelo Estado. O FMI afirmou
ainda que existem múltiplos esforços em curso para lidar com os riscos da
sustentabilidade da dívida.

O cenário base do Fundo aponta para um declínio da dívida para 70% do PIB em 2025,
cinco pontos percentuais acima do objectivo de médio prazo, e é sustentado pelas grandes
receitas petrolíferas – dois terços do total das receitas - o que permite limitar a dinâmica
da dívida às flutuações cambiais.

Mercado de títulos públicos De acordo com o relatório do I semestre da Comissão do


Mercados de Capitais (CMC), no período em análise a Unidade de Gestão da Dívida
emitiu títulos de tesouro no valor de 503,01 mil milhões de kwanzas. Deste valor 364,58
mil milhões de kwanzas correspondem a bilhetes do tesouro (BT) e 138,42 mil milhões a
obrigações de tesouro (OT). Relativamente ao mercado secundário, sob gestão da Bolsa
de Valores da Dívida de Angola (Bodiva), registou-se uma diminuição no volume de
transacções de cerca de 1,82%, fixando-se no final do período em análise em 427,07 mil
milhões de kwanzas. Em Agosto último, foram pagos 211 mil milhões de kwanzas, dos
quais 84 mil milhões em cash, 23 mil milhões por títulos de tesouro e 8 mil milhões por
compensação fiscal. Segundo o governo angolano a dívida pública representa um total de
22 mil milhões de kwanzas e deste montante, 79,7% corresponde à dívida governamental
e o restante à divida empresarial, essencialmente dívida externa de duas empresas,
nomeadamente a TAAG e a Sonangol, e emissões de garantia.

1.7.1-Mercado Cambial

Em Outubro de 2019 o Banco Nacional de Angola decidiu consolidar o regime cambial


flutuante, removendo a margem de 2% sobre a taxa de câmbio de referência, praticada
pelos bancos comerciais na comercialização de moeda estrangeira no mercado
interbancário, caracterizado por uma procura superior à oferta, bem como junto dos seus
clientes. A medida decorre das decisões saídas de uma reunião extraordinária da
Comissão de Política Monetária, que decidiu manter inalterada a taxa básica de juro, Taxa

10
BNA, em 15,5%, estabelecer a taxa de juro de 10% para a facilidade permanente de
absorção de liquidez, com maturidade de 7 dias, manter a taxa de juro de 0% para a
facilidade permanente de absorção de liquidez, com maturidade a um dia (“overnight”) e
ajustar de 17% para 22% o coeficiente de reservas obrigatórias para a moeda nacional.
Decidiu ainda, flexibilizar os limites aplicáveis aos diversos instrumentos de pagamento
para importação de mercadorias, nomeadamente aumentar o limite máximo para
pagamentos antecipados de 25 mil EUR para 50 mil USD por operação, sem quaisquer
limites máximos anuais, o limite máximo para pagamentos na forma de remessas
documentárias de 50 mil EUR para 200 mil USD por operação, sem quaisquer limites
máximos anuais e eliminar os limites em vigor para pagamentos na forma de cobranças
documentárias e crédito documentário de importação.

Foi também estabelecido em 120 mil USD o valor máximo anual para as operações
cambiais particulares, exceptuando-se as relacionadas com despesas com saúde e
educação que não estão sujeitas a quaisquer limites, sempre que sejam pagas directamente
às instituições. No mercado primário, os câmbios do USD e do EUR fecharam o ano de
2019 em 482,227 USD/AOA e 540,817 EUR/AOA respectivamente, o que reflecte a
elevada depreciação da moeda nacional.

2 Enquadramento no Sector de Equipamentos Informáticos

Este sector é um dos que mais cresce visto que está ligado as tecnologias e equipamentos
de informação, constitui bens essencial para o funcionamento das organizações qualquer
que seja, nesta mesma vertente depende-se muito da importação para aquisição do
mesmo.

Na Economia Nacional este sector contribui significativamente para este mercado mais
não dá total suporte de sustentabilidade, em Angola este sector no ano de 2019 constituiu-
se como décimo segundo do quadro de produtos importados com mais de 12.889 mil
milhões de kwanzas ao passo que em 2018 foi de 923 milhões de kwanzas o que
pressupõe uma variação de 500%.

11
Tabela nº 1, as principais empresas do sector informáticos

Nº Designação Área de actuação


1 NCR Comercialização de a retalho de equipamentos informáticos
2 Infornet Comercialização de a retalho de equipamentos informáticos
3 Sistec Comercialização de a retalho de equipamentos informáticos
4 Wamo Comercialização de a retalho de equipamentos informáticos
5 Medtech Comercialização de a retalho de equipamentos informáticos

2.1- Apresentação da AJEI - Equipamentos Informáticos, S.A.

A AJEI - Equipamentos Informáticos, S.A. é uma sociedade por Anonima de direito


angolano, criada aos 01/09/2019, com número de Contribuinte: 5417000011, registada ao
Regime Geral conforme a lei 7/19 que aprova o código de Imposto sobre valor
acrescentado, a sociedade esta vocacionada no ramo comercial, na venda de
equipamentos informáticos. O seu capital social de AKZ 5.000.000,00 (cinco milhões de
kwanzas), a sede da sociedade está localizado em Luanda, município de Viana, avenida
Deolinda Rodriguês, bairro Vila de Viana, casa nº 4.

3- Acontecimentos em 2020

A actividade que caracteriza a empresa é a comercialização de equipamentos informáticos


e em 2019 os activos da empresa cifraram-se em valores desejáveis.

Nas rubricas do Passivo não circulante destacamos a recepção dos valores que estavam
em falta referente ao empréstimo médio prazo obtido ao Banco Angolano de Investimento
(BAI) aquisição de uma viatura pesada cujo valor ascendeu aos AOA 8 920 000,00.

Os custos com pessoal foram moderados e regulares bem como a procissão de retenção
de valores para as obrigações fiscais fazendo com que a empresa contribua para as receitas
estatais de modos aqui estas venha fazer suas projecções desejadas.

O resultado do exercício sendo positivo permitirá nos exercícios seguintes a empresa


proceder novos investimento com a finalidade de aumentar o seu capital e de a cordo esta
rubrica no balanço os resultados dos exercícios cifram-se em 11 392 061,69 (Onze
milhões, trezentos e noventa e dois mil e sessenta e um kwanzas e sessenta e nove
cêntimos).

12
4- Analise económica e financeira da empresa em 2020

Indicadores primários

A empresa aumentou o seu investimento em activos em cerca de 50% com o aumento de


imobilizados contando com o apoio de subsídios de investimento do Ministério das
Finanças e Indústria. Em termos de financiamento houve um aumento de 50% em função
de, maioritariamente, aumento de capital social e do registo dos resultados transitados do
primeiro ano de actividade. Sobre o volume de negócios, embora tenha havido o registo
das primeiras prestações de serviços, houve redução das vendas numa proporção que
afectou negativamente o volume de negócios em aproximadamente 25% e como
consequência de todos os pontos inerentes ao resultado, o seu resultado líquido diminuiu
em cerca 60%, conforme verificamos no quadro abaixo, os indicadores primários.

Desc riç ão Fórmula 2020 2019 Variaç ão


Investimento Total de activos 236.491.246,00 116.262.150,16 51%
Financiamento Capital permanente 38.359.921,19 19.170.505,61 50%
Volume de negócios Volume de negócios 76.024.045,82 93.128.777,00 -22%
Resultado Líquido Resultado líquido 11.392.061,69 18.170.505,61 -60%
Tabela 1. Indicadores primários

Indicadores de liquidez

Estes rácios indicam que o activo circulante da empresa têm capacidade para liquidar as
suas obrigações de curto prazo nas percentagens conforme o quadro abaixo. Neste
exercício de 2020, houve uma variação negativa, isto é, a empresa tem menos capacidade
para liquidar as suas obrigações.

Indic ador Fórmula 2020 2019 Variaç ão


Liq. Geral Activo Corrente / Passivo Corrente 1,15 1,12 2%
Liq. Reduzida (Act. Corr. - Existências)/ Passivo Corrente 0,84 0,91 -8%
Liq. Imediata Disponibilidades /Passivo corrente 0,34 0,47 -40%
Tabela 2. Indicadores de liquidez

13
Indicadores de estrutura financeira

A empresa dispõe de pouca autonomia financeira em 16% e em termos de solvabilidade,


o capital próprio não é suficiente para cobrir o valor do passivo tal como no exercício
anterior e ainda houve uma redução e, 2%. Tal situação leva-nos a concluir a existência
de um risco elevado para os credores, uma vez que o capital aplicado na actividade pelos
sócios accionistas não é suficiente para cobrir as responsabilidades da empresa perante
seus credores. Adicionalmente, o endividamento geral ilustra que durante o exercício
económico de 2020, a empresa teve um elevado nível de dividas (curto e médio prazo) na
ordem dos 84% aproximadamente ao mesmo nível que no ano anterior. A composição do
endividamento, a divida adquirida à terceiros é maioritariamente de curto prazo e está na
ordem dos 97% o que significa uma situação má para empresa pelo facto de serem
obrigações a liquidar num curto período de tempo. O resumo pode ser consultado no
quadro abaixo.

Indic ador Fórmula 2020 2019 Variaç ão


Autonomia Financeira Capital próprio /Activo total 0,16 0,16 -2%
Solvabilidade Capital próprio /Passivo total 0,19 0,20 -2%
Endividamento Geral Passivo Geral/(CP + Passivo Geral)*100 83,78% 83,51% 0%
Composição de Endividamento Passivo corrente / Passivo total*100 96,88% 99,03% -2%
Tabela 3. Indicadores de estrutura financeira

Indicadores de rendibilidade

Para os utentes da informação financeira, estes rácios mostram a capacidade dos recursos
aplicados pela empresa e os capitais investidos pelos seus accionistas e também os
resultados líquidos que a empresa adquiriu depois do pagamento das suas obrigações
fiscais que a título comparativo tiveram uma redução muito significativa.

Indic ador Fórmula 2020 2019 Variaç ão


Rendiblidade dos CP - ROE Resultado Líquido /Capitais Próprios*100 30% 95% -219%
Rendibilidade do activo Resultado operacional / Activo*100 7% 23% -240%
Rendibilidade das vendas Resultado Líquido /Vendas*100 15% 20% -28%
Tabela 4. Indicadores de rendibilidade

14
Indicadores de actividade

Em relação às caracterizas específicas da actividade operacional da empresa, a empresa


recebe dos seus clientes, em média, em 15 meses e paga as dividas aos fornecedores, em
média, em 24 meses. As mercadorias ficam no armazém, em média, por 13 meses e têm
uma rotatividade média de 11 meses; em resumo, os prazos médios de recebimento e de
pagamentos aumentaram em mais de 50%, assim como a duração média de stock. Os seus
activos têm uma rotação de activo na ordem dos 32% que é inferior ao ano transacto.

Indic ador Fórmula 2020 2019 Variaç ão


Prazo Médio de recebimentos (Clientes/Vendas)*12 15 5 65%
Prazo Médio de pagamentos (Fornecedores/Compras)*12 24 11 52%
Duração média de stocks Existências/CMVMC*12 13 4 69%
Rotação de stocks CMVMC/Existências*12 11 0 100%
Rotação do activo Vendas/Activo 32% 80% -154%
Tabela 5. Indicadores de actividade

Indicadores de fundo de maneio

Tais indicadores servem para ilustram as entradas e saídas de fundo de maneio cuja sua
base líquida ilustra a tesoura líquida que se encontra saudável.

Indic ador Fórmula 2020 2019 Variaç ão


Fundo de maneio Activo circulante /passivo circulante 1,15 1,12 0%
Fundo de maneio Capitais permanentes - Activo fixo 22.575.754,27 12.833.627,87 43%
Necessidade Fundo de maneio (Existências + clientes) - (Fornecedores + Estado) -30.844.288,84 -25.610.213,36 17%
Tesouraria Líquida FM - NFM 53.420.043,11 38.443.841,23 28%
Tabela 6. Indicadores de fundo de maneio

5- Proposta de aplicação de resultados para o exercício de 2020


No exercício 2020, mas concretamente no 1º trimestre que compreende o período entre 1
de Janeiro de 2020 e 31 de Dezembro de 2020, a empresa AJEI – Equipamentos
Informáticos, S.A. obteve um resultado positivo no valor de AOA 11 392 061,69.

Propomos proceder a constituição de reserva legal no montante de 5% do valor do


resultado líquido e o remanescente a constituição de reservas livres, em conformidade
com o estipulado na lei das sociedades comerciais no seu artigo 327º.

15
6- Perspectivas
Para o próximo exercício económico perspectivamos o seguinte:

 Proceder um aumento dos capitais próprios, para que a empresa tenha um grau
elevado de autonomia.

 Melhorar a qualidade dos nossos serviços, começando com a criação de um


website para a divulgação dos nossos produtos, onde os clientes poderão fazer
encomendas dos nossos produtos.

 Assim que tivermos liquidez suficiente, reduzir as dívidas com os fornecedores e


negociar melhores prazos de pagamento.

7- Considerações Finais
O actual contexto económico representa um desafio que exige actuações de acordo com
as vantagens competitivas que nos caracterizam. É nesta perspectiva que a AJEI pretende
melhorar a oferta de produtos e serviços o mais ajustadamente possível às necessidades e
especificidades dos seus clientes, potencias e actuais. O objectivo máximo é o de difundir
uma cultura de excelência e de orientação para a plena satisfação das necessidades dos
stakeholders e eficiente gestão financeira.

Somos uma empresa jovem, dinâmica, que aposta no crescimento e na valorização, tanto
no serviço prestado como na formação dos seus colaboradores. Estamos conscientes que
nos próximos tempos, teremos factores adversos por enfrentar, e mais ainda pelo inimigo
comum e invisível – Pandemia Covid 19 e por isso precisamos com foco enfrentar o
futuro. Queremos acima de tudo que os nossos clientes nos reconheçam como parceiro
determinante na hora do acolhimento. Pretendemos que a estabilização da actividade da
empresa seja uma realidade, medido naturalmente por um acréscimo significativo do
volume de vendas.

Expressamos os nossos agradecimentos a todos os que manifestaram confiança e


preferência, em particular aos Clientes e Fornecedores, porque a eles se deve muito do
crescimento e desenvolvimento das nossas actividades, bem como a razão de ser do nosso
negócio. Aos nossos Colaboradores deixamos uma mensagem de apreço pelo seu
profissionalismo e empenho, os quais foram e continuarão a sê-lo no futuro elementos
fundamentais para a sustentabilidade da AJEI – Equipamentos Informáticos S.A..

Luanda, 31 de Dezembro de 2020

16
BALANÇO – EXERCÍCIO 2020

Empresa: AJEI - Equipamentos Informáticos, S.A.


Balanço em 31 de Dezembro de 2020 Valores expressos em Kwanzas

Exercícios
Designação Notas
2 020 2 019
ACTIVO
Activos não correntes:
Imobilizações corpóreas …………………………………..….… 4 7 547 024,87 7 606 377,60
Imobilizações incorpóreas………………………………………. 5 2 059 455,38 600 500,14
Investimentos em subsidiárias e associadas .. 6
Outros activos financeiros ……………………………….….… 7 6 177 686,67
Outros activos não correntes ………………………….….…. 9
15 784 166,92 8 206 877,74
Activos correntes:
Existências ……………………………………………………..………. 8 59 314 100,00 21 022 900,00
Contas a receber …………………………………………...……….. 9 95 249 053,85 41 441 056,50
Disponibilidades……………………………………………..….…. 10 64 606 674,59 45 150 109,60
Outros activos correntes…………….…………………………. 11 1 537 250,64 441 206,32
220 707 079,08 108 055 272,42
Total do activo ……… 236 491 246,00 116 262 150,16

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO


Capital próprio:
Capital……………………………………………………………….….…. 12 5 000 000,00 1 000 000,00
Reservas……………………………………………………….……….…. 13
Resultados transitados………………………….…………….…. 14 18 170 505,61
Resultados do exercício…………………………...………….…. 15 189 415,58 18 170 505,61
38 359 921,19 19 170 505,61
Passivo não corrente:
Empréstimos de médio e longo prazos……………….…. 15 5 575 000,00 940 790,00
Impostos diferidos……………………………………….…….…. 16
Provisões para pensões………………………...………….…. 17
Provisões para outros riscos e encargos………….…. 18 609 000,00
Outros passivos não correntes……………………..….…. 19
6 184 000,00 940 790,00
Passivo corrente:
Contas a pagar……………………………………………….….…. 19 186 672 487,32 95 146 644,55
Empréstimos de curto prazo………………..…………….…. 20
Parte cor. Dos emp. A médio e longo prazos…….…. 15 3 345 000,00 979 210,00
Outros passivos correntes…………………………….….…. 21 1 929 837,49 25 000,00
191 947 324,81 96 150 854,55

Total do capital próprio e passivo ….. 236 491 246,00 116 262 150,16

O Contabilista O Administrador

Isaías Manuel Sebastião Adilson Zola Garcia


Nº OCPCA 20191088

17
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – EXERCÍCIO 2020

Empresa: AJEI - Equipamentos Informáticos, S.A.


Balanço em 31 de Dezembro de 2020 Valores expressos em Kuanzas

Exercícios
Designação Notas
2 020 2 019

Vendas ……………………………………………………………………………………………..………….… 22 74 540 000,00 93 128 777,00


Prestações de serviços ………………………………………………………………………………….. 23 1 458 333,33
Outros proveitos operacionais ……………………………………………………………………… 24 25 712,49
76 024 045,82 93 128 777,00
Variações nos produtos acabados e produtos em vias de fabrico ……………….. 25
Trabalhos para a própria empresa 26
Custo das mercadorias vendidas e das matérias-primas e subsidiárias consumidas 27 54 487 000,00 63 081 000,00
Custos com o pessoal ………………………………………………………………………………..….. 28 2 074 395,98 1 247 389,00
Amortizações ………………………………………………………………………………………………... 29 456 451,75 78 772,26
Outros custos e perdas operacionais …………………………………………………………… 30 2 719 003,97 1 486 221,93

Resultados operacionais …………………….………… 16 287 194,12 27 235 393,81

Resultados financeiros ………………………………………………………………………………….. 31 (302 832,80) (837 528,65)


Resultados de filiais e associadas …………………………………………………………………. 32
Resultados não operacionais ………………………………………………………………………… 33 (794 945,74) (440 000,00)
Resultados antes de impostos ………………..……… 15 189 415,58 25 957 865,16
Imposto sobre o rendimento ………………………………………………………………………… 35 3 379 603,90 7 787 359,55
Resultados líquidos das actividades correntes .. 11 809 811,68 18 170 505,61
Resultados extraordinários …………………………………………………….……………………… 34
Imposto sobre o rendimento ………………………………………………………………………… 35

Resultados líquidos do exercício ………….………… 11 809 811,68 18 170 505,61

O Contabilista O Administrador

Isaías Manuel Sebastião Adilson Zola Garcia

Nº OCPCA 20191088

18
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
Empresa: AJEI - Equipamentos Informáticos, S.A.
Balanço em 31 de Dezembro de 2020

Valores expressos em Kwanzas

Demonstraç ão de Fluxos de Caixa


(Método direto)

Rubricas dez/20
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de Clientes 34 748 497,80
Pagamentos a fornecedores 6 960 191,97
Pagamentos ao pessoal 1 129 473,06
Fluxo gerado pelas operações 26 658 832,77
Pagamento / Recebimento de Imposto sobre o Rendimento -121 758,29
Outros pagamentos/ recebimentos relacionados c/ atv.operacionais -8 223 739,49
FLUX O S DAS ATIVIDADES O P ERACIO NAIS 1 8 3 1 3 3 3 4 ,9 9

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Imobilizações Corpóreas
Imobilizações Incorpóreas
Investimentos Financeiros 2 434 000,00
Subsídios ao Investimento 514 250,00
Juros e Proveitos Similares
Dividendos ou Lucros obtidos 1 800 000,00
Sub total 4 748 250,00

Pagamentos respeitantes a:
Imobilizações Corpóreas 7 000 000,00
Imobilizações Incorpóreas
Investimentos Financeiros 6 917 520,00
Sub total 13 917 520,00
FLUX O S DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO -9 1 6 9 2 7 0 ,0 0

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Aumentos de capital 3 312 500,00
Cobertura de Prejuízos
Empréstimos obtidos 7 000 000,00
Subsídios à exploração e doações
Sub total 10 312 500,00
Pagamentos respeitantes de:
Reduções de capital
Dividendos ou Lucros Pagos
Empréstimos obtidos
Juros e custos similares
Sub total 0,00
FLUX O S DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO 1 0 3 1 2 5 0 0 ,0 0

Variaç ão de c aixa e seus equivalentes (1 )+(2 )+(3 )


efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no inicio do período (A) 45 150 109,60
Caixa e seus equivalentes no fim do período (B) 64 606 674,59

Variaç ão de c aixa e seus equivalentes (B) - (A) 1 9 4 5 6 5 6 4 ,9 9

O Contabilista O Administrador

Isaías Manuel Sebastião Adilson Zola


Nº OCPCA 20191088

19
NOTAS ÀS CONTAS 2020

Empresa AJEI - Equipamentos informáticos, S.A.

Notas às contas em referência ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2020.


Valores expressos em Kwanzas (AOA).

INTRODUÇÃO

1. Actividade

A empresa AJEI - Equipamentos Informáticos, SA com o nº de identificação


5417000011, com o capital social de AOA 5 000 000,00 com sede na província de
Luanda, município de Viana, avenida Deolinda Rodrigues, bairro Vila de Viana, casa nº
4. A sociedade tem como objecto social o transporte, prestação de serviços, comércio
geral a grosso e a retalho, panificação, restaurante, hotelaria, turismo, pastelaria, rent-a-
car, representações comerciais e industriais, indústria, construção civil e obras públicas,
salão de cabeleireiro e boutique, importação e exportação, podendo ainda dedicar-se a
outras actividades comerciais e industriais, sempre que os sócios acordem e a Lei o
permita.

2. Políticas contabilísticas adoptadas na preparação das Demonstrações


financeiras:

2.1. Bases de apresentação das demonstrações financeiras e derrogações:

As demonstrações financeiras aqui apresentadas nomeadamente, o Balanço e a


Demostração de Resultados por Natureza, encontram-se preparadas de acordo com o
Plano Geral de Contabilidade Angolano (PGC) em vigor, aprovado pelo Decreto-Lei nº
82/01, de 16 de Novembro, e respeitam as características de relevância e fiabilidade;
foram preparadas na base da continuidade e do acréscimo; foram de igual modo
preparadas em obediência aos princípios contabilísticos da consistência, materialidade,
não compensação de saldos e comparabilidade.

Não foram derrogadas quaisquer disposições constantes do plano geral e contabilidade


em vigor.

2.2.Bases de valorimetria adoptadas na preparação das Demonstrações


financeiras:

O conjunto das demonstrações financeiras estão expressas em Kwanzas Angolano


(AOA/Kz), sendo que os registos contabilísticos das suas operações têm por base a
valorimetria do custo histórico globalmente, sendo que cada rubrica indicará
especificamente a valorimetria usada.

20
As taxas de câmbio usadas para a valorimetria de activos e passivos cujo valor esteja
dependente das flutuações da moeda estrangeira foi a taxa de cambio de referência à data
do relato do banco comercial usado pela empresa (Banco Angolano de Investimentos)
sendo para os activos a taxa de compra e para os passivos a taxa de venda ambas as taxas
sob o ponto de vista do banco.

2.2.1. Critérios de reconhecimento e bases de valorimetria específicas:

Os principais critérios contabilísticos usados na preparação das demonstrações


financeiras foram as seguintes:

a) Imobilizações corpóreas:
Esta rubrica íntegra os imobilizados corpóreos, móveis e imóveis, que se destinam
exclusivamente à utilização para a actividade operacional e não à comercialização, com
carácter de permanência superior a um ano.

Base de medição usada para determinar a quantia bruta registada. O imobilizado corpóreo
encontra-se ao apresentado ao custo, líquido das respectivas amortizações.

A base de medição usada para determinar a quantia bruta registada é o custo de aquisição
que inclui todos os dispêndios directamente atribuíveis à aquisição para que o bem seja
colocado no local e forma pretendida para laborar.

Critérios de reconhecimento:
As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, o qual inclui
todos os custos necessários para colocar o bem em funcionamento, nomeadamente, as
despesas de transporte e desalfandegamento, entre outras.

Os imobilizados corpóreos são reconhecimento de acordo com os critérios de


reconhecimento consignados no PGC e são capitalizados em função do benefício
esperado independentemente do seu valor.

As amortizações do imobilizado são calculadas através do método das quotas constantes,


por duodécimos, considerando as taxas máximas fiscalmente aceites como custo de
acordo com o disposto no Código do Imposto Industrial, vigente a data dos factos, Lei nº
19/14 de 22 de Outubro.

b) Imobilizações incorpóreas:
A Base de medição usada para determinar a quantia bruta registada é o custo de aquisição
que inclui todos os dispêndios directamente atribuíveis à aquisição para que o bem seja
colocado no local e forma pretendida para laborar.

Critérios de reconhecimento:
Os imobilizados incorpóreos são reconhecimento de acordo com os critérios de
reconhecimento consignados no PGC e são capitalizados em função do benefício
esperado independentemente do seu valor.

21
Métodos de amortização usados:
Vidas úteis, por categoria e taxas de depreciação usadas - as amortizações do imobilizado
são calculadas através do método das quotas constantes considerando as taxas máximas
fiscalmente aceites como custo de acordo com o disposto no Código do Imposto
Industrial, vigente a data dos factos.

c) Existências:
As políticas contabilísticas adoptadas na medição dos inventários (existências) são as
consignadas no PGC sendo as existências adquiridas valorizadas ao custo ou ao valor
realizável líquido dos dois o mais baixo, sendo que o custo a considerar é o custo de
aquisição que engloba o preço líquido de compra, direitos de importação e impostos não
dedutíveis, custos de transporte, manuseamento e outros custos directamente atribuíveis
à compra do bem.

A valorização do custo das existências vendidas é efectuada através da utilização do


método do custo médio ponderado das existências, sendo que é utilizado o sistema de
inventário permanente.

d) Contas a receber:
As contas a receber são relevadas ao seu valor líquido de realização, o qual é determinado
tendo em consideração os ajustamentos necessários para as cobranças duvidosa,
constituídas com base na avaliação das perdas estimadas à data do balanço.

e) Disponibilidades:
As disponibilidades compreendem os saldos nas contas de caixa e de banco facilmente
convertíveis em dinheiro. As disponibilidades em moeda estrangeira, quando haja, são
actualizadas ao câmbio da data de relato.

f) Outros passivos correntes:


Foram reconhecidos como passivo aqueles que da sua liquidação resultou um exfluxo de
recursos incorporando benefícios económicos e que foram quantificados com fiabilidade.

g) Contas a pagar:
Os saldos de fornecedores, Estado, pessoal são registados pelo valor nominal, mensurados
de acordo com o critério do custo.

Especialização de exercícios

A empresa regista ainda os seus proveitos e custos de acordo com o princípio da


especialização de exercícios e princípio do Acréscimo pelo qual os mesmos são
reconhecidos à medida que são geradas, independentemente do momento em que são
recebidos ou pagos. A diferença entre os montantes recebidos ou pagos e os
correspondentes proveitos e custos gerados são registados nas rubricas de outros activos
e passivos correntes.

22
h) Vendas:
Os réditos provenientes das vendas (mercadorias), são reconhecidos aquando os riscos e
benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante
dos ganhos possam ser razoavelmente quantificados e que tenham um grau suficiente de
certeza de que geraram benefícios económicos.

i) Juros:
Os juros recebidos são reconhecidos respeitando a base do acréscimo (especialização do
exercício), com referência à data de Balanço. São calculados tendo em consideração o
montante em dívida e a taxa de juro durante o período até a sua maturidade.

j) Impostos sobre os lucros:


A empresa encontra-se sujeita à tributação em sede de Imposto Industrial –Grupo A.

O imposto é calculado com base no lucro tributável (resultado contabilístico corrigido


para efeitos fiscais) utilizando uma taxa nominal de 25%. O imposto apurado refere-se
em exclusivo ao imposto corrente não sendo calculados nem registados quaisquer
impostos diferidos, quer activos, quer passivos.

3. Alterações nas políticas contabilísticas:

No presente exercício não se verificou qualquer alteração nas políticas contabilísticas


adaptadas.

23
NOTAS AO BALANÇO

4 – Imobilização Corpórea:
4.1 – Composição:
Amortizações
Rubricas Valor bruto Valor Líquido
Acumuladas
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte 5 407 800,00 60 445,42 5 347 354,58
Equipamento administrativo 1 610 000,00 133 206,25 1 476 793,75
Taras e vasilhame
Outras imobilizações corpóreas 770 150,00 47 273,46 722 876,54
Imobilizado em curso
Adiant. por conta de imobil. Corp.
7 787 950,00 240 925,13 7 547 024,87

Os bens contabilizados nesta rubrica referem-se as aquisições efectuadas que satisfazem


os critérios de reconhecimento de imobilizados corpóreos e necessárias para o exercício
da sua actividade.

Depois de deduzidas as amortizações dos bens, a rubrica de imobilização corpórea


apresenta AOA 7 547 024,87 de valor líquido.

4.2 - Composição por critérios de valorimetria adoptados:


Valor líquido
Rubricas Custo Valor de
Total
Histórico Reavaliação
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte 5 347 354,58 5 347 354,58
Equipamento administrativo 1 476 793,75 1 476 793,75
Taras e vasilhame
Outras imobilizações corpóreas 722 876,54 722 876,54
Imobilizado em curso
Adiant. por conta de imobil. Corp.
7 547 024,87 7 547 024,87

Como já mencionado acima, a base de medição usada para determinar a quantia bruta
registada é o custo de aquisição que inclui todos os dispêndios directamente atribuíveis à
aquisição para que o bem seja colocado no local e forma pretendida para laborar.

24
4.3 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, no valor bruto:
Rubricas Saldo Inicial Reavaliações Aumentos Alienações Abates/transf. Saldo Final
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte 5 407 800,00 5 407 800,00
Equipamento administrativo 910 000,00 935 000,00 235 000,00 1 610 000,00
Outras imobilizações corpóreas 82 650,00 687 500,00 770 150,00
Taras e vasilhame
Imobilizado em curso 6 666 000,00 6 666 000,00
Adiant. por conta de imobil. corp
7 658 650,00 7 030 300,00 6 901 000,00 7 787 950,00

4.4 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas amortizações acumuladas:


Rubricas Saldo Inicial Reavaliações Reforço Alienações Abates/transf. Saldo Final
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte 60 445,42 60 445,42
Equipamento administrativo 50 550,52 95 709,99 13 054,26 133 206,25
Outras imobilizações corpóreas 1 721,88 45 551,58 47 273,46
Taras e vasilhame
Imobilizado em curso
Adiant. por conta de imobil. corp
52 272,40 201 706,99 13 054,26 240 925,13

4.7 - Compromissos assumidos para aquisição de imobilizações corpóreas:


No exercício anterior, em 2019, para aquisição de uma viatura pesada de transporte de
mercadorias com reboque, precisámos recorrer a um financiamento do banco BAI com um
prazo de amortização de 24 meses a uma taxa anual de 15% para fazer um adiantamento
no valor de AOA 1 920 000,00 equivalentes a EUR 6 000,00.

5 – Imobilizado Incorpóreo:
5.1 – Composição:
Amortizações
Rubricas Valor bruto Valor Líquido
Acumuladas
Trespasses
Despesas de desenvolvimento (a)
Propriedade insdustrial e outros direitos e contratos 150 000,00 7 500,00 142 500,00
Despesas de constituição (b) 90 700,00 23 744,62 66 955,38
Formação HST 1 500 000,00 187 500,00 1 312 500,00
Outras imobilizações corpóreas 600 000,00 62 500,00 537 500,00
2 340 700,00 281 244,62 2 059 455,38
b) As despesas de constituição referem-se a despesas de abertura da empresa, despesas
de averbamento do novo objecto social e a despesas de alteração de tipologia (Lda para
Sociedade anónima).

25
Os bens contabilizados nesta rubrica referem-se as aquisições efectuadas que satisfazem
os critérios de reconhecimento de imobilizados corpóreos e necessárias para o exercício
da sua actividade.

Depois de deduzidas as amortizações dos bens, a rubrica de imobilizado incorpóreo


apresenta AOA 2 059 455,38 de valor líquido.

5.2 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, no valor bruto:


Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Trespasses
Despesas de desenvolvimento (a)
Propriedade industrial e outros direitos e contratos 150 000,00 150 000,00
Despesas de constituição 27 000,00 63 700,00 90 700,00
Formação HST 1 500 000,00 1 500 000,00
Outras imobilizações corpóreas 600 000,00 600 000,00
627 000,00 1 713 700,00 2 340 700,00

Em 2020, registamos um aumento no imobilizado incorpóreo resultante,


maioritariamente, da formação com adenda ao contrato de trabalho em Higiene e
Segurança no Trabalho feita por um dos colaboradores.

5.3 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas amortizações acumuladas:


Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Trespasses
Despesas de desenvolvimento (a)
Propriedade insdustrial e outros direitos e contratos 7 500,00 7 500,00
Despesas de constituição 1 499,86 22 244,76 23 744,62
Formação HST 187 500,00 187 500,00
Outras imobilizações incorpóreas 25 000,00 37 500,00 62 500,00
26 499,86 254 744,76 281 244,62

6 – Investimentos em subsidiárias e associadas:


Não se aplica (não há qualquer investimento em subsidiárias e associadas).

7 – Outros activos financeiros:


7.1 – Composição:
Amortizações
Rubricas Valor bruto Provisões Valor líquido
acumuladas
Investimentos em outras empresas
Investimentos em imóveis 6 188 000,00 10 313,33 6 177 686,67
Fundos
Outros investimentos financeiros
6 188 000,00 10 313,33 6 177 686,67

O valor registado nessa rubrica refere-se a um terreno adquirido e que se encontra arrendado.

26
7.2 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nos investimentos em imóveis:
Aumentos Reduções
Rubricas Saldo inicial Total
Aquisições Reavaliações Alienações Reavaliações
Valor bruto 6 188 000,00 6 188 000,00
Amortizações acumuladas 10 313,00 10 313,00
6 177 687,00 6 177 687,00

8 – Existências:
8.1 – Composição:
Provisões
Rubricas Valor bruto Valor Líquido
Acumuladas
Matérias-primas, subsidiarias e de consumo 1 842 100,00 1 842 100,00
Produtos e trabalhos em curso
Produtos acabados e intermédios
Sub-produtos, desperdicios, residuos e refugos
Mercadorias 57 472 000,00 57 472 000,00
Matérias-primas, mercadorias e materiais em trânsito
59 314 100,00 59 314 100,00

O saldo de AOA 57 472 000,00 corresponde ao valor das mercadorias em armazém,


valorizadas de acordo com as políticas contabilísticas já mencionadas acima, sendo as
existências adquiridas valorizadas ao custo ou ao valor realizável líquido dos dois o mais
baixo, sendo que o custo a considerar é o custo de aquisição que engloba o preço líquido
de compra, direitos de importação e impostos não dedutíveis, custos de transporte,
manuseamento e outros custos directamente atribuíveis à compra do bem.

A valorização do custo das existências vendidas é efectuada através da utilização do


método do custo médio ponderado por se tratar produtos perecíveis, sendo utilizado o
sistema de inventário permanente.

8.4 Informações relativas a contratos plurianuais em curso:


Não se aplica (não há qualquer contrato plurienal em curso.

27
9 - Outros activos não correntes e contas a receber:
9.1 - Composição:
Não corrente
Vencível a
Rubricas Corrente Vencível até
mais de 5 Total
5 anos
anos
Valor Bruto
Clientes-correntes 92 822 502,85
Clientes – títulos a receber
Clientes de cobrança duvidosa
Fornecedores – saldos devedores
Estado 2 158 051,00
Participantes e participadas
Pessoal
Devedores – vendas de imobilizado
Outros devedores 171 000,00
95 151 553,85
Provisões para cobrança duvidosa
95 151 553,85

Encontra-se contabilizado nesta rubrica o valor de AOA 92 822 5022,85 referente a


valores a receber dos Clientes, apresentados de forma detalhada no balancete geral
analítico. De igual modo a rubrica Estado que está composta pelo valor devedor de Iva a
recuperar de apuramentos.

9.2 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas provisões:


Não se aplica (não há qualquer provisão).

10 - Disponibilidades:
10.1 - Composição:
Rubricas 2020 2019

Títulos negociáveis 330 000,00


Saldos em bancos 64 240 820,79 45 114 255,80
Caixa 35 853,80 35 853,80
64 606 674,59 45 150 109,60
Provisões
64 606 674,59 45 150 109,60

A rubrica disponibilidade englobas os títulos negociáveis, os depósitos em Bancos e o


saldo contabilístico em caixa representado por numerários e equivalente de caixa em
poder da empresa.

10.2 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas provisões:


Não se aplica não há qualquer provisão para disponibilidades.

10.3 - Restrições existentes:


Não se verifica qualquer restrição em relação às disponibilidades.

28
11 - Outros activos correntes:
11.1 - Composição:
Rubricas 2020 2019
Proveitos a facturar: 950 000,00
Rappel 950 000,00

Encargos a repartir por exercícios futuros 587 250,64 441 206,32
Rendas 222 000,00 367 000,00
Estacionamento 74 206,32
Encargos a Repartir - seguro viatura 46 396,27
Encargos a Repartir - seguro reboque 46 521,37
Diferimento Imposto Predial Uige 144 000,00
Encargos a Repatir- Armazenamento virtual 128 333,00
1 537 250,64 441 206,32

12 - Capital:
12.1 - Composição e movimento no período:
Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Capital 1 000 000 4 000 000 5 000 000


Acções/quotas próprias
Prémios de emissão
Prestações suplementares
1 000 000 4 000 000 5 000 000

12.2 – Capital:
Rubricas Saldo inicial Aumentos (a) (b) Diminuições Saldo final (c )

Sócios empresa 1 000 000,00 1 000 000,00


Sócio 1 - Adilson Garcia 250 000,00 687 500,00 937 500,00
Sócio 2 - José Quicaba 250 000,00 687 500,00 937 500,00
Sócio 3 - Erivaldo da Costa 250 000,00 687 500,00 937 500,00
Sócio 4 - Isaías Sebastião 250 000,00 687 500,00 937 500,00
Outros sócios/accionistas 250 000,00 250 000,00
1 000 000,00 4 000 000,00 5 000 000,00

a) O aumento de capital foi de AOA 4 000 000,00, sendo AOA 687 500,00
realizado por via dum gerador XPTO e o restante por transferência bancária.

b) Não existe capital que tenha sido subscrito, mas não realizado. O capital social
está integralmente realizado pelos sócios.

13 - Reservas:
Não se aplica (não há qualquer movimento nem saldo em reservas).

29
14 - Resultados transitados:
14.1 – Composição:
Saldo
Rubricas Aumentos Diminuições Saldo final
inicial
Saldo inicial:
Movimentos no período
Transf. dos result. do exerc. Ante. 18 170 505,61 18 170 505,61
Aplicação de resultados (a)
Erros fundamentais (b)
Alterações de polít.dos
Efeito de impostos contab.
erros(b)
fundamentais e das alterações
Outros movimentos
18 170 505,61

15 - Empréstimos correntes e não correntes:


15.1 – Composição:
Não corrente
Vencível a
Rubricas Corrente Vencível até
mais de 5 Total
5 anos
anos
Empréstimos bancários 3 345 000,00 5 575 000,00 8 920 000,00
Empréstimos por obrigações
Empr. por título de participação
Outros empréstimos
3 345 000,00 5 575 000,00 8 920 000,00

15.2 - Movimentos ocorridos durante o exercício:


Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Empréstimos bancários 1 920 000,00 7 000 000,00 8 920 000,00


Empréstimos por obrigações
Empr. por título de participação
Outros empréstimos
1 920 000,00 7 000 000,00 8 920 000,00

15.3 - Condições de financiamento:


Moeda Valor na
Rubricas Taxa de juro
estrangeira moeda local
Empréstimos bancários 15% 20 000,00 8 920 000,00
Empréstimos por obrigações
Empr. por título de participação
Outros empréstimos
20 000,00 8 920 000,00

16 - Impostos diferidos:
Não se aplica por estar suspensa a obrigatoriedade de elaborar a presente nota.
30
17 - Provisões para pensões:
Não se aplica (não há qualquer provisão para pensões)

18 - Provisões para outros riscos e encargos:


18.1 - Movimentos ocorridos durante o exercício, nestas provisões
Saldo
Rubricas Aumentos Diminuições Saldo final
inicial
Provisões para processos judiciais em curso
Provisões para acidentes de trabalho 609 000,00 609 000,00
Provisões para garantias dadas a clientes
Provisões para outros riscos e encargos

609 000,00 609 000,00

19 - Outros passivos não correntes e contas a pagar:


19.1 - Composição:
Não corrente
Vencível a
Rubricas Corrente Vencível até
mais de 5 Total
5 anos
anos
Fornecedores – correntes 182 854 800,00
Fornecedores – títulos a pagar
Clientes – saldos credores
Adiantamentos de clientes
Outros
Estado (a) 3 426 195,59
Participantes e participadas
Pessoal
Credores - Compras de imobilizado 778 221,00
Outros credores 2 913 375,00
189 972 591,59

Esta rubrica engloba os saldos que a empresa tem a pagar aos seus Fornecedores correntes
(AOA 182 854 800,00), ao Estado (AOA 3 426 195,59), aos credores referente à compra
de imobilizado (AOA 778 221,00) e aos outros credores (AOA 2 913 375,00) referentes
a bens e serviços necessários para o exercício da actividade da empresa.

31
(a) Esta rubrica tem a seguinte composição:
Rubricas 2020 2019

Inpostos sobre os lucros 3 397 603,90 7 787 359,55


Adiantamentos
Retenções na fonte 97 500,00 7 150,00
Encargo do ano
Imposto de produção e consumo
Imposto de rendimento de trabalho 79 572,69 46 812,73
Imposto de circulação
Outros impostos 46 519,00 71 647,58
3 426 195,59 7 898 669,86

O mapa acima apresenta de forma detalhada a dívida ao Estado, por tipologia de imposto.

19.2 - Activos afectos a garantia destes passivos:


Não se aplica (não há qualquer activo afecto à garantia destes passivos).

20. Empréstimos de curto prazo:


Não se aplica (não há qualquer empréstimo de curto prazo).

21 - Outros passivos correntes:


21.1 – Composição:
Rubricas 2020 2019
Encargos a pagar 439 633,31 25 000,00
Remunerações 198 633,31 25 000,00
Juros 241 000,00
Proveitos a repartir p. exercícios futuros 1 490 204,18
Subsídios para investimento 488 537,51
Diferimento - Renda - Uíge 960 000,00
Diferimento Prestação de Serviços 41 666,67
Factur. obras - caracter plurienal (Nt 8.4)
…..
Diferenças de câmbio favoráveis diferidas
1 929 837,49 25 000,00

32
NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

22 - Vendas:
22.1 - Composição das vendas por mercados
Rubricas 2020 2019
Mercado interno 74 540 000,00 93 128 777,00
Vendas 74 540 000,00 93 128 777,00
Subsídio a preços
Mercado externo
74 540 000,00 93 128 777,00

22.2 - Composição das vendas por actividades


Rubricas 2020 2019
Comércio Geral
Vendas de mercadorias
74 540 000,00 93 128 777,00
Subsídios de venda
74 540 000,00 93 128 777,00

23 – Prestação de serviços:
23.1 - Composição das prestações de serviço por mercados
Rubricas 2020 2019

Mercado interno 1 458 333,33


Mercado externo
1 458 333,33

23.2 - Composição das prestações de serviço por actividade


Rubricas 2020 2019

Serviços principais 1 458 333,33



Serviços secundários

1 458 333,33

Em 2020, tivemos uma extensão da nossa razão social pela incorporação da componente
“Prestação de Serviços” e que totalizou AOA 1 458 333,33.

33
24 - Outros proveitos operacionais:
24.1– Composição
Rubricas 2020 2019

Serviços suplementares
Royalties
Subsídios à exploração (a)
Subsídios a investimentos (b) 25 712,49
Outros proveitos e ganhos operacionais
25 712,49

(b) Subsídios a investimentos:

O subsídio em causa nos foi concedido em Janeiro de 2020, pelo Ministério da Indústria
de acordo com o Plano de Desenvolvimento Nº EAC2021, em resposta ao nosso pedido
de financiamento ao projecto Nº EAC 33224, especificamente para aquisição de 1 (um)
Servidor HP7987 TS-Fox + Cabos de rede + UPS CTGGFT. O valor global do subsídio
é de AOA 514 250,00, corresponde a 55% do valor de aquisição de equipamento e foi
integralmente pago por meio de cheque. Não existem quaisquer contingências decorrentes
de condições não satisfeitas.

25 - Variações nos produtos acabados e em vias de fabrico:


Não se aplica (não há existências de produtos acabados nem em vias de fabrico).

26 - Trabalhos para a própria empresa:


Não se aplica (não houve qualquer trabalho para a própria empresa).

27 - Custos das existências vendidas e das matérias-primas e subsidiárias


consumidas
27.1 – Movimentos ocorridos durante o exercício
Ofertas e
Existências Existências
Rubricas Compras perdas ou Custo do ano
iniciais finais
ganhos
Mat.-primas, subsidiárias e de consumo 508 900,00 1 333 200,00 1 842 100,00
Mercadorias 20 514 000,00 91 559 000,00 114 000,00 57 472 000,00 54 487 000,00
21 022 900,00 92 892 200,00 114 000,00 59 314 100,00 54 487 000,00

34
28 - Custos com o pessoal
28.1 - Composição
Rubricas 2020 2019

Remunerações dos corpos sociais


Remunerações da gerência 973 500,00
Remunerações dos trabalhadores 1 466 199,96 183 341,67
Pensões
Prémios para pensões
Encargos sobre remunerações 108 196,02 90 547,33
Formação 500 000,00
2 074 395,98 1 247 389,00
Nº de empregados ao serviço da empresa 2 2

O valor de AOA 2 074 395,98 representa as remunerações pagas aos empregados ao


serviço da empresa, aos encargos sobre remunerações bem como formação.

29 – Amortizações:
29.1- Composição:
Rubricas 2020 2019
Imobilizações corpóreas (Nota 4) 201 706,99 52 272,40
Imobilizações incorpóreas (Nota 5) 254 744,76 26 499,86
456 451,75 78 772,26

As amortizações dos imobilizados foram calculadas por duodécimos pelo método de


quotas constantes em função da vida útil de cada tipo de activo imobilizado e foram
contabilizadas de acordo com o prescrito na lei.


Encontra-se anexado ao presente relatório, um mapa no qual se detalha:

 O ano e os valores de aquisição;


 As taxas aplicadas no exercício;
 As amortizações (dos exercícios a
 nteriores, do exercício actual e acumuladas);
 Os valores líquidos actuais do Imobilizado.

35
30 - Outros custos e perdas operacionais:
Rubricas 2020 2019

Sub-contractos
Fornecimento e serviço de terceiros 2 423 963,97 1 399 621,93
Electricidade 18 500,00 17 000,00
Combustíveis 26 400,00 17 600,00
Conservação e reparação 35 000,00
Ferram. de Utens. e desg. rápido 60 000,00
Material de escritório 81 765,00 24 930,00
Outros fornecimentos 81 000,00
Comunicação 248 509,11 110 175,44
Rendas e alugueres 885 206,32 734 000,00
Seguros 18 583,54
Despesas de representação 11 622,81
Conservação e reparação 170 000,00 25 000,00
Limpeza, Higiene e conforto 45 000,00
Publicidade e propaganda 37 500,00
Honorários e avenças 930 000,00 210 000,00
Outros serviços 35 793,68
Impostos 295 040,00 61 600,00
Ofertas e amostras de existências 25 000,00
2 719 003,97 1 486 221,93

Esta rubrica engloba os fornecimentos e serviços de terceiros no valor de AOA


2 423 963,97, os custos com impostos no valor de AOA 295 040,00. O Balancete Geral
Analítico, anexo no final do presente relatório, apresenta o detalhe dos Fornecimentos e
Serviços de Terceiros.

36
31 - Resultados financeiros:
Rubricas 2020 2019

Proveitos e ganhos financeiros 2 480 000,00


Juros
Investimentos financeiros
Outros
Rendimentos de investimentos em imóveis
Investimentos financeiros
Outros 480 000,00
Rendimentos de participações de capital
Investimentos financeiros
Outros 2 000 000,00
Ganhos na alienação de particip. Financ.
Investimentos financeiros
Outros
Reposição de provisões (a)
Investiment. em filiais e assoc. (Nota 6)
Outros activos financeiros (Nota 7)
Disponibilidades (Nota 10)
Diferenças e câmbio favoráveis
Realizadas
Não realizadas
Descontos de pronto pagamento obtidos
Outros
Custos e perdas financeiros 2 782 832,80 837 528,65
Juros 241 000,00
Amortizações de investiment. em imóveis 10 313,33
Provisões para aplicações financeiras
Investiment. em filiais e assoc.. (Nota 6)
Outros activos financeiros (Nota 7)
Disponibilidades (Nota 10)
Perdas na alienação de aplic. financ.
Investimentos financeiros
Outros 40 000,00
Diferenças e câmbio desfavoráveis
Realizadas 2 310 000,00 216 000,00
Não realizadas
Descontos de pronto pgt. concedidos 163 519,47 620 028,65
Outros 18 000,00 1 500,00
(302 832,80) (837 528,65)

Os proveitos financeiros registados nesta rubrica referem-se a rendimentos com


investimentos em imóveis e a rendimentos de participação de capital em outras empresas.
Os custos financeiros registados nesta rubrica referem-se a despesas com serviços
bancários incorridas pela empresa nas suas transacções bancárias, amortizações de

37
investimentos de imóveis, perdas na alienação de títulos neociáveis e diferenças de
câmbios desfavoráveis.

32 - Resultados de filiais e associadas:


Não se aplica (a empresa não tem filiais e associadas)

33 - Resultados não operacionais:


Rubricas 2020 2019

Proveitos e ganhos não operacionais


Reposição de provisões
Existências (Nota 8)
Cobranças duvidosas (Nota 9)
Outros riscos e encargos (Nota18)
Anulação de amort. extraordinárias
Ganhos em imobilizações
Ganhos em existências
Recuperação de dívidas
Benefícios de penalidades contratuais
Descontinuidade de operações
Alterações de políticas contabilísticas
Correcções relativas a exercíc. anter.
Outros prove. e ganhos não operac.
Custos e perdas não operacionais 794 945,74 440 000,00
Provisões
Existências (Nota 8)
Cobranças duvidosas (Nota 9)
Outros riscos e encargos 609 000,00
Amortizações extraordinária
Perdas em imobilizações 71 945,74
Perdas em existências
Dívidas incobráveis
Multas e penalidades contratuais
Descontinuidade de operações
Alteraçõees de políticas contabilísticas
Correcções relativas a exercíc. Anteriores
Outros custos e perdas não operacionais 114 000,00 440 000,00
(794 945,74) (440 000,00)

Os custos e perdas não operacionais são referentes a provisões para outros riscos e
encargos, venda de imobilizado corpóreo e donativos de 2 (dois) Smartphone, um de
marca Wiko (Cavai 1GB) e outro de marca CAT (S25).

34 - Resultados extraordinários:
Não se aplica (a empresa não tem qualquer resultado extraordinário)

38
35 - Imposto sobre o rendimento:
Rubricas 2020 2019
Resultado contabilístico 15 189 415,59 25 957 865,16
Correcções para efeitos fiscais:
A somar: Variações patrimoniais positivas
Provisões não aceites 609 000,00
Imposto industrial
Imposto Predial
IAC 200 000,00
Soma a acrescer 809 000,00

A deduzir: Variações patrimoniais negativas


Proveitos sujeitos a IAC 2 000 000,00
Proveitos sujeitos a IP 480 000,00
Soma a deduzir 2 480 000,00

Lucro tributável 13 518 415,59 25 957 865,16


Taxa nominal de imposto 25% 30%
Imposto sobre os lucros (a) 3 379 603,90 7 787 359,55

Taxa efectiva do imposto 22% 30%

(a) Estes impostos decompõem-se da seguinte forma:


Rubricas e sobre as
Imposto sobre erros fundamentais 2020 2019
alterações das políticas contabilísticas reconhecido
Imposto sobre os resultados correntes 3 397 603,90 7 787 359,55
Imposto sobre os resultados extraordinários
3 397 603,90 7 787 359,55

OUTRAS NOTAS RELACIONADAS COM A POSIÇÃO FINANCEIRA E OS


RESULTADOS DAS OPERAÇÕES

36 - Responsabilidades assumidas e não reflectidas no balanço:


Não se aplica (não há qualquer responsabilidade assumida e não reflectida no balanço).

37 - Contingências:
Não se aplica (a empresa não tem quaisquer contingências).

38 - Acontecimentos ocorridos após a data de balanço:


Não se verificou qualquer acontecimento ocorrido após a data do balanço susceptível de
alteração, reconhecimento ou divulgação nas demonstrações financeiras.

39 - Auxílio do Governo e outras entidades:


Não se aplica (a empresa não tem qualquer “auxilio do governo e outras entidades”).

40 - Transacções com entidades relacionadas:


Não se aplica (a empresa não tem “entidades relacionadas”).

39
41 - Informações exigidas por diplomas legais:
Não se aplica (a empresa não tem qualquer informação exigida por diploma legal).

42 - Outras informações:
Não se aplica (a empresa não tem qualquer informação consideradas necessárias para
cumprir com as características qualitativas de relevância e fiabilidade que a informação
financeira deve ter).

NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

43 – Políticas adoptadas:
A política adoptada para a valorização dos fluxos de caixa foi a do custo histórico à data
da transacção.

44 – Alterações nas políticas:


Não aplicável (não foram alteradas quaisquer políticas).

45 – Alienação de filiais e associadas:


Não aplicável (a empresa não alienou filial nem associada alguma).

46 – Aquisição de filiais e associadas:


Não aplicável (a empresa não adquiriu filial nem associada alguma).

47 - Caixa e equivalentes de Caixa:


Rubricas 2020 2019

Caixa
Numerário 35 853,80 35 853,80
Saldos em bancos, imediatamente, mobilizáveis 64 240 820,79 45 114 255,80
Equivalentes de caixa
Caixa e equival. de caixa (excluindo dif. de câmbio)
Diferenças de Câmbio de caixa e equival. de caixa
Caixa e equival. de caixa (actualizados cambialmente)
Outras disponibilidades
Disponibilidades constantes do Balanço
64 276 674,59 45 150 109,60
As disponibilidades existentes no exercício referem-se aos saldos existentes nos depósitos
bancários e caixa.

48 - Operações não efectuadas por caixa e seus equivalentes:


Não aplicável (não se comprou empresa alguma nem forma convertidas dívidas em
capital).

49 - Outras informações necessárias à compreensão da demonstração dos fluxos de


caixa:
Não aplicável (não houve créditos bancários concedidos que não tenham sido utilizados
pela entidade).

40

Você também pode gostar