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Contextualização
Nessa perspectiva, Araújo e Mendes (2018) defendem que os usuários externos utilizam os
indicadores econômico-financeiros com a finalidade de avaliar a situação patrimonial dos
bancos, enquanto que os usuários internos, os utilizam como métrica para medir a eficiência da
gestão bancária.
Assaf Neto (2010) ressalta que a análise de indicadores não pode ser feita de maneira isolada,
pois se trata de uma análise comparativa e desta forma não traria informações suficientes para a
correta conclusão da posição econômica e financeira de uma empresa. Para o autor, é importante
que se tenha conhecimento do sector e características das operações, afim de complementar as
informações obtidas através dos indicadores.
Oliveira et al. (2010) defendem que a análise das demonstrações financeiras, através do uso de
indicadores, pode ser definida como a comparação dos grupos patrimoniais e de resultado, o que
possibilita a mensuração da saúde financeira da empresa. Em consonância a isso, Matarazzo
(2010) aborda que tais indicadores proporcionam informações que auxiliam no processo de
tomada de decisão, uma vez que demonstram a real situação econômico-financeira da entidade.
A análise de indicadores econômicos e financeiros no sector bancário foi realizada por diversos
autores em contextos diferentes. Cruz, Kich e Cunha (2018) demonstraram, por meio de uma
análise realizada no período de 2013 a 2015, que alguns bancos brasileiros obtiveram resultados
semelhantes no indicador de lucratividade do activo. Na mesma linha do referido estudo, Assato
(2021) observou que a mesma amostra analisada anteriormente, no período compreendido de
2009 a 2019, apresentava características semelhantes nos indicadores de solvência, liquidez e
rentabilidade.
Justificativa
Problema
2
Isenções de IVA e tarifárias na importação de alimentos, medicamentos e equipamento médico
sucesso, liderança e robustez financeira, evidenciando a sua contribuição activa para a solidez do
sistema financeiro (Faftine, 2020).
Segundo o comunicado em anexo (2020) num contexto macroeconómico adverso, influenciado
pela crise sanitária e económica despoletada pelo novo coronavírus, o Millennium BIM mantém
elevada sua capitalização bancária assegurando a sustentabilidade do balanço, com um rácio de
solvabilidade que ronda os 42%, nível acima do limiar exigido pela entidade reguladora. Nesta
dianteira, o Millennium BIM continua a ser um banco sólido, resiliente, estável e confiável e
com uma adequada posição de liquidez, capital e balanço, mantendo o compromisso de
promoção do financiamento à economia e contribuindo activamente para a dinamização da
banalização e inclusão financeira de Moçambique.
O mesmo salienta que face ao cenário desafiante, o Millennium BIM reforça o seu
posicionamento no mercado, afirmando-se como um player activo e inovador do sistema
financeiro nacional, disponibilizando soluções financeiras modernas para atender às necessidades
dos Clientes (Particulares e Empresas), e para apoiar a revitalização dos sectores económicos
afectados pela Covid-19 e continua empenhado no investimento da transformação digital e
segurança da informação e combate à fraude, agilizando a eficácia dos procedimentos e
transacções bancárias à distância, visando maior proximidade e interacção com o mercado e com
os Clientes. É nesse sentido que o Banco está a optimizar, progressivamente, as funcionalidades
das suas plataformas digitais visando flexibilizar pagamentos e transacções em ambiente mobile,
observando-se os mais altos padrões de segurança, transparência e rigor. Diante dessas visões
urge a seguinte questão: Qual foi o desempenho económico e financeiro do sector bancário
em Moçambique face a Pandemia do Covid -19 no Periodo de 2019 a 2022?
Questões de Pesquisa
Como era o sistema bancário em Moçambique durante a Covid-19?
Quais os instrumentos fiscais usados pelo sistema bancário em Moçambique durante a
Covid-19?
Como o Millennium BIM ultrapassou a Covid-19 em Moçambique?
Objectivo Geral
Avaliar o desempenho económico-finaneiro dos bancos privadis e estatais antes, durante e apois
a crise da COVID-19
Objectivo Específicos
Identificar os efeitos oriundos da crise da COVID-19 na liquidez, endividamento e
rentabilidade dos bancos
Descrever a medidas fiscais aplicadas no sistema bancário em Moçambique durante a
Covid-19.
Evidencia a actuação do sector bancario durante a Covid-19 em Moçambique.
Hipótese
Será que o Sistema Bancário em Moçambique sofreu com a Covid-19
Até que ponto as medidas fiscais do sistema bancário em Moçambique surtiram efeitos
Poderá o sistema bancário em Moçambique influencia os bancoS comercias a terem
ganhos como o Millennium BIM
Metodologia
Entende-se por metodologia, como a forma de pesquisa pelo qual a investigação do problema
proposto é realizada, a fim de que os objectivos traçados sejam atingidos. Portanto, a
metodologia é um meio e não tem fim em si, o que não isenta o pesquisador de dar especial
atenção a ela. Afinal, estratégias metodológicas inconsistentes podem comprometer o rigor que
deve haver em um trabalho científico e colocando sob suspeita as condições da pesquisa. É nesse
cenário que o pesquisador deve eleger a metodologia mais adequada (Bertucci, 2008).
Para elaboração deste trabalho, foram tidas como base as seguintes ferramentas e técnicas de
investigação e recolha de dados:
Pesquisa bibliográfica;
Pesquisa documental;
Estudo de caso; e
Pesquisa de campo (entrevistas e observação directa).
a) Pesquisa bibliográfica
Foi feito um levantamento bibliográfico sobre a matéria em análise, com vista a encontrar uma
base de apoio e sustentação. Com o uso das referências foi esclarecido o significado dos
conceitos chaves presentes neste trabalho, tais como auditoria, técnicas de auditoria informática,
perfil do auditor informático, entre outros. Em especial, a consulta de documentos oficiais das
instituições de crédito e sistema bancários, tais como, leis que regem a instituição o
funcionamento de empresas na área em epígrafe, estatutos dos directores, direcções.
b) Pesquisa documental
Esta é uma técnica que consiste na análise e revisão de manuais de procedimentos, regulamentos,
normas, como também outros relatórios de pesquisa, documentos internos disponibilizados por
órgãos públicos, fotos, gravações, revistas, boletins, entre outros. Nesta metodologia, foram
recolhidos manuais de normas internas e procedimentos para uma revisão documental e
aquisição de conhecimento sobre o funcionamento da instituição, especialmente a documentação
relacionada com o nível de formação dos funcionários do Millennium BIM bem como as
politicas que nele regem.
c) Estudo de caso
Foi seleccionada a metodologia estudo de caso, pois este método permite analisar em
profundidade o objectivo de estudo no que diz respeito aos procedimentos e suas razões. Assim,
a recolha dos dados foi realizada a partir dos seguintes instrumentos:
Entrevista aos técnicos do sistema: ao corpo directivo e alguns técnicos e observação de
algumas actividades para obter um quadro real de processo de funcionamento do sistema.
Revisão da bibliografia: com o objectivo de comparar os modelos de auditoria
existentes.
d) Pesquisa de campo
Procede a observação de factos e fenómenos exactamente como ocorrem no real, a colecta de
dados referentes aos mesmos e, finalmente, a análise e interpretação desses dados, com base
numa fundamentação teórica consistente, objectivando compreender e explicar o problema
pesquisando (Martins E Lintz, 2007: 52).
Feita a pesquisa bibliográfica, escolhida a técnica de pesquisa e definidos os instrumentos para a
recolha de dados, passou-se então a procura da informação inerente ao estudo do Millennium
BIM, de modo a confrontar a informação obtida durante a revisão da literatura e a realidade do
terreno. Este método foi possível mediante o uso de entrevistas e observações onde a população
foi de 10 funcionários do Millennium BIM - Maputo - Sede e a amostra foi de 2 responsáveis e
especialistas em sistemas bancários e mercado financeiro.
CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO
A teoria é bússola da pesquisa, ela ajuda a explicar fenómenos e prever cenários, face a
pressupostos empiricamente testados e avaliados. Neste capítulo, fazemos a descrição da teoria,
o contexto do seu surgimento, os precursores bem como os princípios a luz do paradigma
Estruturalismo Económico Global (Globalismo) com vista a facilitar o seu enquadramento
teórico.
1.1. Estruturalismo Economico Global (Globalismo): Contexto de surgimento
1.1.1. Precursores
Dentro dos pensadores deste paradigma, há dois grandes grupos. O primeiro é dos marxistas,
identificados como sendo os estruturalistas económicos e, o segundo, o não-marxistas,
defensores da ideia de que é necessário compreender o contexto global ou de classe do sistema
internacional implica um exame mais vasto do que a distribuição do poder entre os Estados
(realistas) ou representar o movimento de actores transaccionais e os processos internos dos
Estados (Pluralistas ou liberais). Ainda que sejam importantes, esses actores, processos e
relações, são parte de um mundo moldado por forcas globais sociais e económicas, cujo impacto
não é sempre evidente no dia-a-dia da competição política e económica mundial. Estas forcas
condicionam e predispõem os actores (Estados e não estatais) a agir de determinadas formas, eles
também contam para a geração destes actores em primeira instância. Por outras palavras,
enquanto os realistas tendem a ver os actores estatais e seus interesses como dados, os
estruturalistas económicos estão interessados em explicar como é que eles surgiram (Zeca,
2013).
1.1.2. Pressupostos
Segundo Viotti e Kauppi (1993: 399-400) os pressupostos que estruturam o globalismo são:
Embora os globalistas reconheçam a importância dos Estados, organizações
internacionais, grupos transnacionais como actores, o enfoque particular da sua análise é
sobre como é que estes e outros actores agem como mecanismos de dominação pelos
quais alguns Estados, classes ou elites gerem para se beneficiar no sistema capitalista às
expensas dos outros. Os globalistas estão preocupados com o desenvolvimento e
manutenção de relações de dependência entre os Estados ricos e os países pobres.
Os globalistas enfatizam a importância de factores económicos quando procuram explicar
a dinâmica do sistema internacional. Os globalistas partem da assunção de que a
economia é a chave para compreender a criação, evolução e funcionamento do sistema
mundial contemporâneo. Embora pareça que os pluralistas e globalistas partilham um
campo comum, por ambas darem importância a questões económicas e sociais, diferem
fundamentalmente na maneira como lidam com estes assuntos.
As análises sobre o Sistema Globalista se dividem em três vertentes principais, que são:
Teoria Radical
A teoria radical acredita que as corporações multinacionais e bancos internacionais, que
para os pluralistas são actores globalizantes, são na verdade por excelência agentes da burguesia
internacional responsável por manter os Estados em via de desenvolvidos na condição de
subordinação à economia global capitalista. A luz da pesquisa em causa observamos que essa
tese vem sido sustentada e implementada no Estado Moçambicano através das Instituições
Monetárias (FMI, BM,) contudo os mesmos afirmam serem parceiros económicos que
apresentam condicionalismos para oferecerem créditos “dívidas”.
Teoria da Dependência
Teóricos da dependência consideram não apenas factores externos, mas também as
limitações internas ao desenvolvimento, que parecem, na verdade, reforçar os instrumentos
externos de dominação. Quando olhamos para Moçambique percebemos das limitações internas
no sistema bancário ou seja apresenta alto grau de endividamento público, e a baixa renda que
caracterizam alguns países, como é o caso de Moçambique, as instituições multilaterais deviam
ter doado os recursos para a sua rápida recuperação, mantendo os níveis de exigência necessários
para execução transparente dos fundos, e prestação de contas ao público em geral.
Teoria Sistémica
Estudam-se as Sistemas Bancários entre um núcleo e uma periferia no contexto do
sistema capitalista mundial. O maior representante da teoria, Immanuel Wallerstein (Considerado
um arauto do movimento antiglobalização, à imagem de Noam Chomsky ou Pierre Bourdieu),
defende que para entender o desenvolvimento global dos processos económicos, políticos e
sociais é necessário acompanhar o desenvolvimento do sistema capitalista em si.
Muitos críticos acusam o paradigma globalista de ser insuficientemente empírico e de basear sua
análise em apenas algumas construções teóricas gerais tais como "dependência" e "sistema
capitalista mundial".
BIBLIOGRAFIA
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Zeca, Emílio Jovando (2013), Relações Internacionais: Natureza, Paradigmas e
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