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PEST

A análise PEST permite avaliar mudanças político-legais, económicas, socioculturais,


tecnológicas e ecológicas no contexto empresarial. A análise PEST indica o impacto que o
ambiente externo pode ter na empresa

Política

Em termos políticos, Portugal vive em democracia desde 1975. De momento encontra-se em


eleições legislativas para posterior constituição governativa. Assim que o primeiro ministro for
indigitado e constituir o governo, Portugal volte num clima de estabilidade política que
permita continuar com o crescimento do país.

Desde 2020, Portugal tem tido um conjunto de políticas governativas dirigidas ao contexto
pandémico e suas consequências em termos nacionais. O impacto em vários domínios tais
como económico, social e tecnológico. Esta situação não é unicamente sentida em Portugal
mas sim a nível mundial.

Com o objetivo de ajudar, o Eurosistema, entidade constituída pelo Banco Central Europeu e
pelos bancos centrais nacionais dos Estados-Membros que adotaram o euro, decidiram
flexibilizar os critérios e medidas de risco aplicadas aos ativos de garantia de modo a ajudar e
apoiar as instituições de crédito a assegurar a participação nas operações de cedência de
liquidez. Introduziu também outras alterações no quadro de política monetária e decidiu
aceitar uma maior diversidade de fontes de avaliação de crédito para aceitação de direitos de
crédito adicionais. Em paralelo, os Bancos Centrais Nacionais tiveram a oportunidade de
estender os seus enquadramentos de direitos de crédito adicionais.

A 10 de dezembro de 2020 o Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu estender, de


setembro de 2021 para junho de 2022, a permanência das medidas.

A disponibilização de fundos da União Eurpeia e a promoção do Plano de Recuperação e


Resiliência (PRR) têm vindo como medidas de suporte para o crescimento económico, sendo
que a sua execução eficiente constitui um fator crítico de sucesso para que, associado a
implementação das reformas necessárias, potenciem o ritmo desse crescimento.

Portugal apresenta um histórico de privatizações desde de 1997 de empresas tais como EDP,
CTT, REN, TAP, ANA e GALP, continuando atualmente algumas situações ainda em análise,
como por exemplo a TAP.

Tesis Leon alterado joão.pdf (uc.pt)

Relativamente a ação tributária, a Legislação atualizada e consolidada dos códigos tributários


encontra-se disponível no portal das finanças, Códigos Tributários (portaldasfinancas.gov.pt).
Além disso, considerando os acordo para troca de informações em Matéria Fiscal, estes podem
ser consultados através do link.: Acordos para Troca de Informações em Matéria Fiscal (ATI)
(portaldasfinancas.gov.pt) ou respetivo documento Acordos sobre Troca de Informações em
matéria fiscal (ATI’s) (portaldasfinancas.gov.pt)
Económico

Em 2019, existia cerca de 470 mil empresas não financeiras em atividade com sede em
Portugal, mais 3,5% do que em 2018 e mais 20% do que em 2010. Relativamente a sua
categorização por dimensão, 89% das empresas eram microempresas e foram responsáveis
por 16% do volume de negócios; as grandes empresas que perfazem um total de 0,3% das
empresas, geraram 42% do volume de negócios, valor bastante próximo gerado pelas
pequenas e médias empresas que representam 11% do total das empresas (Estudo da central
de Balanços; Análise Setorial das Sociedade não Financeiras em Portugal | 2019, Março 2021,
tendo por base a informação da Central de Balanços do Banco de Portugal).

Em 2019, Portugal apresentava os seuinte dados:

 Desemprego: 340 mil pessoas nessa condição, sendo que 271 mil tinham idade
≥ 25 anos;
 Emprego: 4913 mil pessoas em que 4608 mil tinham idade superior ou igual a
25 anos
 Taxa de Atividade: 51,2% do total da população;
 Taxa de Emprego: 55,4% da população ativa;
 Taxa de desemprego: 6,5% da população ativa, sendo que 5,6% são da
população ativa com idade ≥ 25 anos

Apresenta-se a tabela XXX publicada pelo Gabinete de Estratégia e Estudo a 30/12/2020,


disponível no anexo XX0 ou através do seguinte link: Principais Indicadores Economicos de
Portugal_sem macros_2015_ver78_exp.xlsx (gee.gov.pt)

Na sequência do contexto pandémico, o Conselho do BCE anunciou, a 30 abril de 2020,


uma série operações adicionais de refinanciamento de prazo alargado associadas à pandemia
(em inglês, PELTRO, Pandemic Emergency Longer-Term Refinancing Operations). O público-
alvo das mesmas eram empresas e famílias e tinham o propósito de garantir a manutenção de
condições favoráveis na concessão de crédito. Nesse contexto, o Eurosistema estendeu o
âmbito das suas operações de disponibilização de liquidez ao sistema financeiro; reviu os
critérios de aceitação dos ativos de forma a torna-los mais flexíveis para os bancos os
apresentar como garantia e; criou um novo programa de compra de dívida do setor público e
do setor privado.

Vários estudos têm vindo a ser realizados de modo a monitorizar o impacto da


pandemia no setor económico. Os relatórios com análise de projeções são múltiplos e a
incerteza da evolução da economia justificada por um novo(s) agravamento(s) da situação
pandémica que determinam a aplicação de medidas mais restritivas, impactantes na confiança
dos agentes económicos e na atividade. Apresenta-se essencialmente as projeções económicas
para Portugal apresentadas no relatório Boletim Económico, Dezembro 2021; Inquérito à
Situação Financeira das Famílias, publicado a 15/12/2021 e Previsões Macroeconómicas,
Gabinete de estratégia e estudos, publicado a 17/12/2021.

Relativamente às projeções para a economia portuguesa: 2021-24 (Boletim Económico, Banco


de Portugal, 2021), destaca-se a projeção do crescimento da economia portuguesa de 4,8% em
2021 e de 5,8% em 2022. A velocidade desse crescimento será mais moderado em 2023 e
2024, 3,1% e 2,0%, respetivamente (Tabela anexo XX1). A evolução da atividade que inclui o
ritmo de recuperação económica estão condicionados: 1) Pelas vagas a curto ou médio prazo
da pandemia na Europa e; 2) Pelos problemas nas cadeias de fornecimento globais dada à
escassez de matérias-primas e outros bens, aumento dos seus custos e limitações no
transporte de mercadorias devido ao aumento dos custos que lhe estão associados. De acordo
com o Boletim Analítico publico em dezembro de 2019: “ De acordo com os Inquéritos de
Opinião da Comissão Europeia, existe uma percentagem crescente e historicamente elevada de
empresas industriais e de construção da área do euro que refere a falta de materiais ou
equipamento como uma limitação à atividade.”

Salienta-se que uma implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com


resultados muito mais positivos do que os esperados/estimados poderá contribuir na
mitigação da diferença entre o PIB estimado para 2022 e respetivo valor no período pré-
pandémico. De

Considerando os benefícios dos progressos na vacinação e do aumento da confiança


que permitiram uma recuperação da atividade, desta espera-se um aumento do emprego e
uma redução da taxa de desemprego para níveis inferiores anteriores à pandemia. A inflação
aumenta em 2021 e 2022, para 0,9% e 1,8%, perspetivando-se a sua fixação em 1,1% e 1,3%
em 2023 e 2024, respetivamente. Reforça-se que estes valores apresentem um perfil muito
influenciado pela evolução dos preços dos bens energéticos e pelos aumentos dos preços das
matérias-primas e dos bens intermédios aos preços no consumidor.

Após o aumento ligeiro em 2020, a taxa de desemprego reduz-se no período de


projeção, na perspetiva de alcançar um valor de 5,6% em 2024, beneficiando por sua vez a
recuperação esperada para a atividade económica no setor dos serviços.

O consumo público tem perspetivas de crescimento num valor de 4,8% em 2021, mais
do que 0,4% do que no ano 2020. Esta evolução deve-se ao aumento do número de horas
trabalhadas nas administrações públicas. Prevê-se nos próximos anos um aumento a nível de
emprego, embora a um ritmo que diminuirá progressivamente explicada pela oferta de
trabalho que será mais limitada.

Considerando as projeções publicadas, verifica-se que: 1) Os salários crescem mas de forma


ligeiramente abaixo ao observado nos anos pré-pandemia; 2) O salário mínimo aumenta 6%
em 2022, após um aumento de 4,7% em 2021.

Por classes de dimensão, as exportações representavam, em 2019, 30% do volume de negócios


das grandes empresas, 18% nas pequenas e médias empresas e 8% nas microempresas. Estes
pesos eram, à semelhança do verificado para o total das empresas, similares aos registados em
2018. Com o contexto pandémico, e de acordo com o Boletim analítico publicado em
dezembro de 2019, perspetiva-se um crescimento de 9,6% em 2021, 12,7% em 2022 e 5,9%,
em média, em 2023-24. Existe um diferencial entre a exportação de bens e serviços (anexo
XX3), explicada pelas restrições impostas à mobilidade. As importações de bens crescem de
acordo com a procura global ponderada pelos conteúdos importados, com especial destaque
para os serviços, mais especificamente pelo turismo. Apesar de um crescimento de 10,3%
(2021), perspetiva-se crescimentos gradualmente mais moderados até 2024. É possível que o
preços dos bens importados venha a crescer pela subida dos preços das matérias-primas e de
outros bens intermédios e dos custos de transportes, essencialmente no primeiro semestre de
2022. Todavia, com a recuperação dos serviços relacionados com o turismo, é expectável que
recuperação dos preços seja uma realidade para valores próximos dos observados no período
pré-pandemia ao longo do horizonte (boletim analítico de dezembro de 2021).
Fica disponível no anexo XX2 as hipóteses de enquadramento divulgadas no Boletim
acima mencionado.

Sócio-cultural

Apresenta-se de forma sumária os respetivos dados que permitam esclarecer a situação


socioeconómica de Portugal.

De acordo com os Censos, Portugal em 2021 apresenta uma população total de 10.344.802,
sendo 1.331.396 de [0 – 14]; 6.589.284 dos [15 – 64] e 2.424122 população ≥ 65 anos. Fonte;
PORDATA – file:///C:/Users/u008958/Downloads/pordata.pdf

A taxa de crescimento no geral é de -0,208, sendo -0,251 do sexo masculino e -0,168 do sexo
feminino. Fonte: https://www.pordata.pt/DB/Portugal/Ambiente+de+Consulta/Tabela

Em 2020, num total de 8902 milhares de pessoas, cerca de 2123 milhares de pessoas têm um
nível de escolaridade correspondente ao secundário e pós-secundário, seguido de nível
superior (1885,2 milhares), básico 1º ciclo e 3º ciclo (1772 e 1761, respetivamente)
Fonte: file:///C:/Users/elsas/Documents/Univ.%20Aveiro%20Lic%20GQ/Introdu%C3%A7%C3%A3o
%20%C3%A0%20Gest%C3%A3o/Trabalho/Dados%20Portugal/pordata2.pdf

Da população identificada com o nível Básico 1º ciclo (1772,3 milhares de pessoas), cerca de
1186 milhares de pessoas têm uma idade superior a 65 anos; do 2º ciclo verifica-se que num
total de 882,6 milhares de pessoas, 756,2 milhares têm idades compreendias entre os 15 e 64
anos de idade. 1503,5 milhares de pessoas com idades entre os 15 e 64 anos têm uma
escolare3idade correspondente ao 3º ciclo num total de 1761 milhares de pessoas.

Relativamente ao ensino secundário, verifica-se que em 2020 apenas 132,2 e 209,2 milhares
de pessoas com idade acima de 65 anos têm um nível de escolaridade correspondente ao
ensino secundário/pós secundário e ensino superior, respetivamente
file:///C:/Users/elsas/Documents/Univ.%20Aveiro%20Lic%20GQ/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Gest
%C3%A3o/Trabalho/Dados%20Portugal/pordata1.pdf

Com contexto pandémico, a população portuguesa enfrentou um desafio a nível social.


Apresenta-se alguns resultados de um inquérito aplicado às famílias sobre a Situação
Financeira das Famílias (ISFF). Sendo representativo das famílias residentes em Portugal, a
edição de 2020 incluiu um conjunto de perguntas para avaliar o impacto da pandemia COVID-
19 nos seguintes domínios: 1) Emprego; 2) Rendimento e; 3) Outros aspetos da situação
financeira das famílias:

 69% das famílias portuguesas consideraram que, entre outubro de 2020 e fevereiro de
2021, a sua situação financeira era semelhante à anterior à pandemia, 28%
consideraram que piorou e 3% consideraram que melhorou;
 A redução parcial do rendimento de trabalho comparativamente a perda de emprego
ou perda total de rendimentos foi uma das situações mais frequentes, sendo as
famílias com níveis de rendimento ou escolaridade mais baixos , os mais atingidos.
 As situações de layoff ou de apoio a trabalhadores independentes foram mais
frequentes nas famílias de rendimento intermédio;
 A poupança aumentou durante os períodos de confinamento, refletindo motivos de
precaução e uma poupança involuntária decorrente das limitações ao consumo, sendo
que essa poupança acumulada está mais concentrada nas famílias com rendimento
elevado e que, em geral, têm uma propensão marginal a consumir mais reduzida;
 No segundo trimestre de 2021, a taxa de poupança registou uma redução, projetando-
se uma nova diminuição na segunda metade do ano;
Fonte: Inquérito à Situação Financeira das Famílias – Destaque – 15 de dezembro de 2021, INE e Banco de Portugal

Atendendo às políticas financeiras implementadas com o objetivo de proteger não só contexto


económico de Portugal, mas também zelar pelo contexto social, de acordo com o boletim
analítico de dezembro de 2021, as medidas adotadas permitiram além de apoiar e suportar o
rendimento agregado das famílias, favorecer de forma positiva uma retoma do consumo
privado (mais rápida).

Tecnológico

Relativamente ao domínio tecnológico, é percetível que a velocidade da mudança de setor é


relativa. Dependendo da área de negócio, esta poderá ser considerada mais lenta ou mais
rápida. É certo que tudo o que envolve tecnologia artificial gere mudança muito rápida nos
setores com pouca mais-valia no estabelecimento de stock.

Considerando o contexto pandémico, o impacte na velocidade da mudança do setor poderá


fazer-se sentir. A dificuldade de obtenção de matérias primas restringe o fluxo norma
económico e desenvolvimento tecnológico inerente.

A existência de vários incentivos governamentais, quer nacional quer europeus, reforçam o


avanço tecnológico essencialmente da transição digital, assim como os programas de
resiliência e transição climática.

A carência de técnicos especializados neste domínio condiciona a capacidade de empresas


evoluírem no seu processo de investigação, desenvolvimento e automação, além dos riscos
inerentes para empresas ao aderir à mudanças tecnológicas de grande alcance nas empresas.
O planeamento destas transições revela-se essencial e primordial para o sucesso mudança de
paradigma das empresas.

Relativamente a componente energética, este será determinante uma vez que na área do
euro, as projeções do Eurosistema apontam para uma subida da inflação de 0,3% em 2020
para 2,6% em 2021 e 3,2% em 2022, e uma redução para 1,8% em 2024. A inflação excluindo
bens energéticos aumenta para 1,5% em 2021 e para 2,1% em 2022, diminuindo para 1,9% em
2024.

Fonte: https://www.bportugal.pt/sites/default/files/anexos/pdf-boletim/be_dez2021_p.pdf

Relativamente a área científica “Ciência de Engenharia e Tecnologia”, as publicações


científicas têm vindo a aumentar, tendo em 2019 alcançado aproximadamente um total de
4500 publicações em co-autoria com instituições de outros países, sendo que 40,8% dos
investigadores (ETI) em atividades de investigação e desenvolvimento pertencem à área
científica de Ciências de Engenharia e Tecnologia (PORDATA).
A DECIDIR MAIS LOGO ONDE COLOCAR O PARÁGRAFO ABAIXO: NA DISCUSSÃO ? CONCLUSÃO?
OU parte final da PEST – económico?

e analisando o processo de decisão tomada em torno do setor económico perante a


pandemia e minimização do seu impacto a nível económico, político e social, cita-se a
perspetiva do Boletim analítico: “Na crise pandémica, o choque teve uma natureza temporária
e não sistémica e a resposta de política foi imediata, maciça e coordenada a nível nacional e
europeu. Destaque-se a importância da contenção do contágio da crise ao setor financeiro,
preservando a estabilidade financeira e as condições de financiamento de todos os agentes
económicos. Estes fatores, bem como a interligação entre eles, atenuaram os efeitos
multiplicadores do choque e preservaram a capacidade produtiva e o emprego.”
ANEXO:

Primeira tabela mencionada na PEST XX0

anexo XX1
Tabela XX1 – Projeções do Banco de Portugal: 2021-2024 | taxa de variação anual em
percentagem (exceto onde indicado)
Anexo XX2
Anexo XX3
Valor acrescentado Bruto

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