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O Orçamento Geral do Estado (OGE) é o principal instrumento de programação

anual, da política económica e financeira do Estado.


O OGE é elaborado e aprovado nos termos do artigo 104.º da Constituição da
República de Angola e da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, Lei do Orçamento
Geral do Estado. Obedecendo a legislação em vigor, o OGE respeita os
princípios da unidade e da universalidade orçamental
OGE 2019
 projeto de OGE para 2019, revisto, foi entregue em 07 deste mês na
Assembleia Nacional, e tem receitas e despesas estimadas em 10,3 milhões de
milhões de kwanzas (30,64 mil milhões de euros), representando uma
diminuição de quase 9%, tendo sido necessário revê-lo face à flutuação do
preço do petróleo nos mercados internacionais.

O OGE inicial foi aprovado em 14 de dezembro tinha previsto receitas e


despesas globais de mais de 11,3 mil milhões de kwanzas, tendo sido
elaborado com o preço médio do barril de petróleo exportado em 68 dólares.

No OGE revisto, o valor de referência do crude baixa para 55 dólares o barril


de petróleo (necessário para prever o encaixe de receitas petrolíferas), descida
que fora já prevista ainda em dezembro do ano passado, com o Governo a
afirmar, então, que apresentaria, se fosse necessário, uma revisão do
documento no final do primeiro trimestre deste ano.

No relatório de fundamentação é apontado para um crescimento de 0,3% do


PIB, face aos 2,8% no OGE de dezembro e aos 0,4% projetados pelo Findo
Monetário Internacional (FMI) e pelo Governo em abril passado.

No documento é indicado que o saldo fiscal é estimado em nulo (0%) face ao


"superavit" de 1,8% no OGE anterior, revendo, em alta, as receitas fiscais, com
a introdução do IVA (a 01 de julho próximo), para 60% (249.200 milhões de
kwanzas - 677,1 milhões de euros).

A produção também é revista em baixa (24,3%), devido á perspetiva de


redução da produção petrolífera face ao OGE inicial, baixando de 1.570 mil
barris/dia para os 1.434 mil barris/dia.

O relatório refere que, ao longo de 2018, registou-se uma "aceleração" da taxa


de crescimento da dívida e lembra que, em dezembro do ano passado, o
"stock" da dívida governamental estava avaliado 79,7% do Produto Interno
Bruto (PIB), enquanto o da dívida pública atingiu os 84,8% do PIB.

Por outro lado, o grande beneficiado da revisão é o setor da Educação, que vê


subir a dotação orçamental em 67% (73.000 milhões de kwanzas - 198,3
milhões de euros), sendo, a par dos ministérios angolanos da Economia e
Planeamento (+22%) e da Administração Pública e Segurança Social (+0,7%),
os únicos departamentos governamentais que terão mais verbas do que no
OGE anterior.

Em sentido inverso, os restantes 25 ministérios veem diminuídos os seus


orçamentos entre os 3% (Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação) e
os 71% (dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria).

Por ordem decrescente, perdem os ministérios da Indústria (53%), Transportes


(45%), Justiça e Direitos Humanos (39%), Ordenamento do Território e
Habitação (38%), Construção e Obras Públicas (37%), Comunicação Social
(também 37%), Pescas e Mar (36%) e Administração do Território e Reforma
do Estado (35%).

Acima ainda de perdas orçamentais de 20% estão também os departamentais


do Ambiente (34%), Energia e Águas (33%), Telecomunicações e Tecnologias
da Informação (30%), Comércio (28%), Recursos Minerais e Petróleos (26%),
Juventude e Desportos (24%) e Finanças (21%).

Os ministérios das Finanças e do Turismo também veem reduzidos os


respetivos orçamentos (ambos em 19%), bem como os da Cultura (17%),
Agricultura e Florestas (14%), Ação Social, Família e Promoção da Mulher
(10%), Saúde (8%), Defesa (5,1%), Interior (34%) e Ensino Superior, Ciência,
Tecnologia e Inovação (3%).

Também foram diminuídos os orçamentos para a Presidência da República,


com o do chefe de Estado a baixar 11,5% (para 21.065 milhões de kwanzas -
57,2 milhões de euros) e o do vice-Presidente a perder 35% (para 1.594
milhões de kwanzas - 4,3 milhões de euros).

OGE 2012
A presente lei aprova a estimativa da Receita e a fixação da Despesa do
Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2012, doravante
designado Orçamento Geral do Estado/2012, para vigorar a partir de 1 de
Janeiro de 2012.
2. O Orçamento Geral do Estado/2012 comporta receitas estimadas em Kz.
4.501.106.290.500,00 (Quatro triliões, quinhentos e um biliões, cento e seis
milhões, duzentos e noventa mil e quinhentos Kwanzas) e despesas fixadas
em igual montante para o mesmo período.
3. O Orçamento Geral do Estado/2012 é integrado pelos orçamentos dos
órgãos da Administração Central e Local do Estado, dos Institutos Públicos,
dos Serviços e Fundos Autónomos e pelos subsídios e transferências a realizar
para as Empresas Públicas e as Instituições de Utilidade Pública.
OGE 2016
1. A presente lei aprova a estimativa da receita e a fixação da despesa do
Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2016,
doravante designado abreviadamente por OGE /2016. 2. O OGE /2016
comporta receitas estimadas em KZ: 6.429.287.906.777,00 (seis triliões,
quatrocentos e vinte e nove biliões, duzentos e oitenta e sete milhões,
novecentos e seis mil, setecentos e setenta e sete Kwanzas) e despesas
fixadas em igual montante para o mesmo período.
2. O OGE/2016 integra os orçamentos dos órgãos da Administração
Central e Local do Estado, dos Institutos Públicos, dos Serviços e
Fundos Autónomos, da Segurança Social e dos subsídios e
transferências a realizar para as Empresas Públicas e as Instituições de
Utilidade Pública. 4. O Presidente da República enquanto Titular do
Poder Executivo, é autorizado a cobrar os impostos, as taxas e as
contribuições previstas nos códigos e demais legislação em vigor,
durante o exercício económico de 2016, devendo adoptar os
mecanismos necessários para a efectiva cobrança dos referidos tributos.
5. As receitas provenientes de doações em espécie e em bens e
serviços integram obrigatoriamente o OGE/ 2016.

A receita tributária petrolífera que venha a ser arrecadada em excesso


sobre o preço médio de exportação do barril de petróleo bruto de USD
45,00 (quarenta e cinco Dólares dos Estados Unidos da América), em
decorrência de um preço efectivo superior aquele, é contabilizada em
conta de Reserva do Tesouro Nacional. 2. O recurso aos fundos da
Reserva do Tesouro Nacional constituídos nos termos do número
anterior, para cobertura de despesas constantes do OGE 2016, fica
condicionado, por razões justificadas, à autorização expressa do
Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo.

OGE 2021
No presente OGE, o Executivo alocará uma percentagem ainda maior
de recursos ao sector social, que representará 40,1% do total da
despesa fiscal primária (excluindo dívida). Neste sector, em termos de
peso, destaca-se os sectores da Educação e da Saúde, com 14,6% e
12,2% do total da despesa fiscal primária respectivamente. 23. Entre os
pressupostos técnicos do quadro macroeconómico de referênica, o OGE
2021 prevê um preço médio do barril de petróleo de USD 39,0, uma taxa
de inflação acumulada de 18,7% e uma taxa de crescimento do produto
não petrolífero de 2,1%. 24. O Orçamento Geral do Estado 2021
contempla despesas fixadas no montante de kz 14 785 200 965 825,0
(catorze bilhões, setecentos e oitenta e cinco mil milhões, duzentos
milhões, novecentos e sessenta e cinco mil e oitocentos e vinte e cinco
kwanzas). 25. As projecções fiscais apontam para a criação em 2021 de
um saldo global deficitário de 2,3% do PIB e de um saldo primário
superavitário de 4,3% do PIB, o que revela a dimensão do impacto dos
juros sobre as Despesas Fiscais. 26. As necessidades brutas de
financiamento para o OGE 2021 estão estimadas em cerca de Kz 6
680,3 mil milhões, 15,9% do PIB, representando uma redução de 7,1
pontos percentuais (pp). Já as necessidades líquidas estão avaliadas
em Kz 1 685,3 mil milhões, representando 4,0% do PIB. Este montante
será obtido pela via

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