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As contas nacionais são utilizadas para determinar os recursos da UE, estando as regras
básicas consagradas numa decisão do Conselho. O total de recursos próprios
necessários para financiar o orçamento da UE é determinado pelo total das despesas
deduzido das outras receitas, e o valor máximo dos recursos próprios está relacionado
com o rendimento nacional bruto da UE.
Além de serem utilizados para determinar as contribuições orçamentais na UE, os
dados das contas nacionais servem também para determinar as contribuições para
outras organizações internacionais, como as Nações Unidas (ONU). As contribuições
para o orçamento da ONU assentam no rendimento nacional bruto, juntamente com
um conjunto de ajustamentos e limites.
As contas nacionais são amplamente utilizadas por analistas e investigadores para
avaliar a evolução e a situação económicas. Os parceiros sociais, como os
representantes empresariais (por exemplo, as associações comerciais) ou os
representantes dos trabalhadores (por exemplo, sindicatos) também têm interesse nas
contas nacionais para poderem analisar alterações que afetam as relações laborais.
Entre outras utilizações, os investigadores e os analistas utilizam as contas nacionais
para analisar o ciclo económico e os ciclos económicos a longo prazo, relacionando-os
com a evolução económica, política ou tecnológica.
https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?oldid=258989 (adaptado).
União Europeia, Regulamento n.º 549/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, 2013 (adaptado).
DOCUMENTO 3 | PIB
• Ótica da despesa: o PIB corresponde à soma das despesas de consumo final das
famílias residentes, das instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias (numa
terminologia mais simples, a soma destes dois agregados corresponde à designação
de consumo privado) e das administrações públicas (neste caso também
habitualmente chamado consumo público) com o investimento e as exportações
líquidas de importações;
Como se pode observar em Q2, em 2020, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) diminuiu
7,2% em termos reais. Após o crescimento em 2019 de 2,6%, o VAB registou uma
variação de -7,2% em volume. O VAB das atividades de alojamento e restauração
diminuiu 46,3%, e o dos transportes e armazenagem contraiu 19,5%, sendo as
atividades onde se fez sentir mais intensamente o impacto da pandemia da Covid-19,
refletindo os condicionamentos à mobilidade das pessoas no contexto da pandemia,
nomeadamente às deslocações turísticas e ao transporte aéreo.
Também o ramo dos outros serviços, onde se incluem nomeadamente as atividades
culturais, desportivas, recreativas e serviços pessoais, se contraiu expressivamente
(-15,2%).
Reduções mais moderadas do VAB ocorreram nas atividades financeiras e seguros
(-1,6%), imobiliárias (-1,2%) e de administração pública, saúde e educação (-1,4%).
Os ramos da construção e dos serviços de informação e comunicação, com
crescimentos de 3,0% e 4,1%, respetivamente, constituíram as exceções à contração
da atividade económica. Note-se ainda que a redução dos impostos líquidos de
subsídios sobre os produtos (variações de -15,9% e -10,6% em volume e valor,
respetivamente), sobretudo da receita do IVA, foi mais intensa do que a do VAB,
contribuindo assim para uma maior contração do PIB.
Q2 | PRODUTO INTERNO BRUTO E SUAS COMPONENTES (ÓTICA DA PRODUÇÃO)
O Rendimento Nacional Bruto (RNB) diminuiu 5,7% em 2020 (Q3), sendo esta
redução do RNB consequência direta da diminuição do PIB nominal, atenuada pela
melhoria do saldo dos rendimentos de propriedade com o exterior para -2,5% do PIB
em 2020 (-3,4% em 2019).
O Rendimento Disponível Bruto (RDB) diminuiu 5,5% em 2020 (+4,4% em 2019), o
que, conjugado com a redução de 4,0% da Despesa de Consumo Final, determinou
uma diminuição de 12,1% da poupança bruta da economia em 2020 (+4,9% no ano
anterior). O RDB nominal das Famílias atingiu 146,8 mil milhões de euros em 2020, o
que representa uma redução de 0,7% (+ 4,6% em 2019). A redução do RDB foi devida
à diminuição do EBE (Excedente Bruto de Exploração, de -4,8% em 2020),
parcialmente compensada pelo aumento das prestações sociais recebidas. O saldo
positivo dos rendimentos de propriedade registou uma redução de 2,8%, devida
principalmente à diminuição de 4,8% dos rendimentos recebidos.
Q3 | CONTRIBUTOS PARA A VARIAÇÃO PERCENTUAL DO RENDIMENTO
DISPONÍVEL DAS FAMÍLIAS