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O Grupo Mota-Engil resultou da fusão entre a Mota & Companhia e a Engil, Sociedade
de Engenharia Civil Lda.
A primeira, Mota & Companhia, foi fundada a 29 de Junho de 1946 por Manuel António
da Mota em Amarante. Em simultâneo criou uma sucursal em Angola onde imediatamente
iniciou e desenvolveu até ao ano de 1974 as suas actividades - primeiro na área de exploração e
transformação de madeiras e, a partir de 1948, na área de Construção e Obras Públicas.
A Engil, Sociedade de Engenharia Civil Lda., foi fundada a 3 de Setembro de 1952 pelo
Engº Fernando José Saraiva e pelo Sr. António Lopes de Almeida. Nos anos que se seguiram
desenvolveu as suas actividades na área de Construção e Obras Públicas, tanto no panorama
nacional como no internacional.
A 23 de Julho de 1999, empresas do universo da família Mota lançam uma Oferta Pública
de Aquisição sobre a totalidade do capital da Engil SGPS de que resultou, já no decorrer de
2000, a formação do Grupo Mota-Engil.
Presente no panorama empresarial há mais de 60 anos, o Grupo Mota-Engil é líder de
mercado em Portugal no sector da construção civil e obras públicas.
O Grupo engloba três grandes Áreas de Negócio – Engenharia e Construção, Ambiente e
Serviços e Concessões de Transportes - marcando presença em 19 países através das suas
sucursais e empresas participadas espalhadas pelo mundo.
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A Mota-Engil SGPS, sociedade holding do Grupo, está cotada no PSI-20, principal índice
da Euronext Lisbon.
Estrutura accionista
Sector
Enquadramento macroeconómico
Devido a uma crise sem precedentes nos mercados financeiros internacionais, verificou-
se um claro abrandamento da actividade económica à escala global; o ano de 2008 ficou marcado
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por uma inversão na tendência de crescimento económico global que vinha a ser registado até
meados do ano de 2007.
As principais economias desenvolvidas entraram em recessão durante o ano de 2008,
com especial destaque para os EUA e para a Europa, sendo que a actividade económica nestas
regiões já se vinha a deteriorar desde o final de 2006. Como principal razão para essa recessão
temos a “crise do subprime” nos EUA, com origem no mercado imobiliário, que se estendeu ao
sistema financeiro e à actividade económica a nível global provocando uma crise de confiança
generalizada.
O dinamismo que estava a ser fornecido à economia mundial nos últimos anos por alguns
países emergentes asiáticos e africanos abrandou durante o ano de 2008. Particularmente no caso
de Angola, o principal mercado externo de intervenção directa do Grupo Mota-Engil (embora
também se tenha verificado um abrandamento no seu crescimento), este país continuou a revelar
um grande dinamismo da actividade económica, contrariamente a outros mercados como a
Europa e EUA, com taxas de crescimento (estimadas) do PIB de 16% em 2008 e de 13% para
2009 (contra 21% em 2007).
Por seu lado, o Brasil tal como os países da Europa Central e de Leste – mercados onde o
Grupo Mota-Engil também actua – embora tenham verificado taxas de crescimento positivas até
meados de 2008, a partir desta altura começaram também a ser afectados pela crise financeira,
registando um decréscimo significativo nas suas actividades económicas.
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investimento em equipamento, em consonância com a deterioração do clima de confiança das
empresas e com as condições de financiamento mais restritivas.
No contexto das medidas concertadas definidas pelo Conselho Europeu para combate à
crise, Portugal anunciou o reforço do investimento público como medida para relançamento da
economia, representando um estímulo para a economia portuguesa com impacto, em 2009, de
cerca de 2.180 milhões de euros. Entre elas, e com impacto directo para a actividade do Grupo
Mota-Engil, temos o caso do Programa de Modernização do Parque Escolar - Ensino Secundário.
Outra das medidas excepcionais tomadas foi a de tornar mais ágeis e céleres os procedimentos de
contratação pública, designadamente de empreitadas e de concessão de obras públicas, nos
domínios da modernização do parque escolar, da promoção das energias renováveis, da
eficiência energética e das redes de transporte de energia, da modernização da infra-estrutura
tecnológica e da reabilitação urbana.
Características
Segundo estudos da Deloitte, verifica-se que a internacionalização vai continuar a ser a
grande aposta das grandes empresas construção nos próximos dois anos (2009/2010). Ela é
crucial para gerar receitas e aumentar o volume de negócios, assim como para ultrapassar os
constrangimentos da dimensão do mercado nacional, agravada com a actual crise económica.
O continente africano está no topo das preferências como mercado destino da
internacionalização das maiores empresas de construção (representa cerca de 60% do volume de
negócios gerado no exterior), com especial destaque para os PALOP, pela proximidade ao nível
da língua, do direito, da cultura e das relações estabelecidas. Além destes, as maiores empresas
portuguesas de construção consideram como mercados atractivos e de aposta nos próximos dois
anos, o Norte de África e o Leste Europeu.
As construtoras transformaram-se em empresas multi-actividade, com apostas claras nas
concessões e no imobiliário, mas igualmente na indústria e no ambiente. Esta diversificação está
focada na integração de actividades ao longo do ciclo de vida do produto, desde os materiais de
construção até à exploração dos activos edificados. As empresas consideram que esta estratégia
será reforçada no futuro, em particular derivada do modelo de Parcerias Público Privadas (PPP’s)
proposto pelo Estado, onde as empresas de construção são responsáveis desde o financiamento
até à exploração das infra-estruturas.
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Produtos e/ou serviços: características e importância na facturação
O Grupo está organizado em três áreas de negócio principais – Engenharia & Construção,
Ambiente & Serviços e Concessões de transportes –, as quais são coordenadas e apoiadas pela
Mota-Engil SGPS e pela MESP. O segmento “Engenharia & Construção” inclui as actividades
de construção, obras públicas e promoção imobiliária sendo a área de com maior expressão da
empresa. O segmento “Ambiente & Serviços” engloba as empresas de recolha e tratamento de
resíduos sólidos urbanos, as empresas de água e saneamento básico e de operação portuária. O
segmento “Concessões de transportes” inclui as empresas que detêm as concessões de auto-
estradas.
Os valores relativos à Mota-Engil SGPS, à MESP e às sociedades do Grupo da área do
Turismo estão incluídos na linha “Outros, eliminações e intragrupo”, a qual inclui também os
montantes relativos aos fluxos e saldos entre os segmentos de negócio.
As vendas e prestações de serviços, e os resultados operacionais por segmentos primários
podem ser analisados como segue:
* As vendas e prestações de serviços efectuadas entre segmentos de negócio estão incluídas na linha “Outros, eliminações e intragrupo” e são
imateriais, refere-se ainda que foram efectuadas a preços semelhantes às praticadas para as vendas a clientes externos.
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A importância de cada sector na facturação do Grupo Mota-Engil pode ser representada
pelos seguintes gráficos:
2008 2007
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Concorrentes e quotas de mercado
Ao longo dos três anos em análise, verifica-se um incremento contínuo no que concerne
investimentos em imobilizações, demonstrando saúde empresarial do Grupo. As imobilizações
corpóreas estão repartidas entre terrenos, edifícios e máquinas, que representam a maior fatia dos
investimentos. Por seu turno, as imobilizações incorpóreas são constituídas por licenças de
exploração de concessões e por software adquirido.
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Evolução do número de empregados
2008
17.766
17.766
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Estratégia
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