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31 de Dezembro de 2006

Altri, S.G.P.S., S.A.


(Sociedade Aberta) ALTRI, S.G.P.S., S.A.
(SOCIEDADE ABERTA)

Relatório do
Conselho de Administração

Contas Consolidadas

Rua General Norton de Matos, 68


4050-424 Porto
Capital Social: 25.641.459 €
ÍNDICE

INTRODUÇÃO 2
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 4
EVOLUÇÃO BOLSISTA 4
ACTIVIDADE DO GRUPO 10
ANÁLISE FINANCEIRA 17
PROPOSTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO
RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL 20
PERSPECTIVAS PARA O EXERCÍCIO DE 2007 21
GOVERNO DA SOCIEDADE 22
DISPOSIÇÕES LEGAIS 37
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE 38
CONSIDERAÇÕES FINAIS 39

Relatório e contas ’06 1


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Senhores accionistas

Dando cumprimento ao disposto na Lei, vem o Conselho de Administração da


Altri, S.G.P.S., S.A. (Sociedade Aberta) apresentar o Relatório de Gestão relativo ao
exercício de 2006.

INTRODUÇÃO

Constituída em Março de 2005, a Altri, S.G.P.S., S.A. posiciona-se actualmente como um


dos grupos preponderantes no panorama nacional, com interesses no mercado da pasta
de papel, aços industriais e especiais e sistemas de armazenagem.

Após a aquisição de uma participação de 95% do capital da Celtejo – Empresa de Celulose


do Tejo, S.A. efectuada em 2005, o ano de 2006 caracterizou-se igualmente por
investimentos relevantes por parte do grupo nesta área de negócio:

- em Agosto de 2006 o Grupo Altri adquiriu 100% dos direitos de voto da Celbi – Celulose
da Beira Industrial, S.A. à Stora Enso, num investimento que ascendeu a
aproximadamente 430 milhões de euros. Sendo a Celbi um dos principais produtores de
pasta de papel a nível nacional, com um cash-flow operacional no exercício de 2005 de
aproximadamente 41 milhões de euros e receitas operacionais de, aproximadamente, 141
milhões de euros, este investimento reveste-se de uma importância estratégica no
posicionamento do Grupo no mercado, potenciado pelas sinergias geradas com os
restantes activos de pasta já detidos. O activo líquido desta empresa em 2005 ascendia a
cerca de 216 milhões de euros, tendo gerado um resultado líquido de 20 milhões de euros
(dados calculados de acordo com os Princípios Contabilísticos Geralmente aceites em
Portugal);

- em Janeiro de 2006 o Grupo adquiriu uma participação de 50% do capital da EDP


Bioeléctrica, um investimento considerado estratégico e com elevadas potencialidades,
num negócio que ascendeu a aproximadamente 7,5 milhões de euros;

Relatório e contas ‘06 2


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

- durante o primeiro semestre de 2006 o Grupo adquiriu uma participação adicional de


4,45% do capital da Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A., passando dessa forma a
deter praticamente a totalidade do capital dessa empresa – 99,45%.

No sector dos Aços (Grupo F. Ramada), o exercício de 2006 foi caracterizado por um
processo de reorganização do relacionamento entre as várias empresas que compõem o
Grupo, bem como pelo reforço da intervenção comercial no mercado Benelux, com a
criação de uma empresa comercial nessa região, e aumento da sua posição no mercado
Espanhol.

Tendo em consideração as mais recentes alterações, a estrutura das principais


participações em 31 de Dezembro de 2006 é como segue:

Relatório e contas ‘06 3


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

Enquadramento Internacional

Durante o ano 2006 a economia mundial exibiu um crescimento acima da média histórica
pelo terceiro ano consecutivo, apesar das condições mais exigentes da envolvente
macroeconómica, consubstanciadas no agravamento dos custos de financiamento global e
da subida generalizada dos preços das matérias-primas, com destaque para o petróleo. A
continuidade do ciclo expansionista foi garantida por uma rotação dos principais motores
do crescimento global, em que o menor dinamismo dos EUA foi substituído por uma
surpreendente recuperação da economia europeia. As economias europeias parecem
assim estar a atravessar um ciclo virtuoso de crescimento sustentado e sectorialmente
diversificado e de inflação controlada, onde não pontuam desequilíbrios significativos, com
excepção dos níveis de endividamento das famílias, com particular expressão no Reino
Unido.

Já nas economias dos EUA e do Japão, a situação não é tão favorável. Nos EUA, a
expansão da actividade está a ser altamente condicionada pela recessão dos sectores
imobiliário e automóvel, sendo o risco da fraqueza desses sectores se contagiar ao resto
da economia real. Por outro lado, o facto de subsistirem riscos inflacionistas importantes
implica uma margem de manobra limitada por parte da Reserva Federal no suporte à re-
aceleração da economia. No Japão, o sólido crescimento que se tem verificado ao longo
do ano advém exclusivamente do estímulo externo, o qual tem fomentado as exportações
e o investimento. A debilidade do consumo constitui o principal obstáculo à
sustentabilidade deste crescimento.
Os desequilíbrios macroeconómicos que caracterizavam a economia mundial à entrada do
ano, que se podem resumir a um excesso de poupança na Ásia e nos países exportadores
de petróleo por contrapartida de um défice externo nos EUA, persistem. A possibilidade de
uma resolução abrupta destes desequilíbrios, com repercussão numa maior instabilidade
dos mercados financeiros, e uma contracção do crescimento económico nos EUA são os
principais factores de risco para a evolução da economia mundial nos tempos que se
avizinham.

Pelo sétimo ano consecutivo, a inflação na Zona Euro manteve-se acima de 2%. O factor
que mais influenciou a evolução da inflação em 2006, e que de facto determinou que a
inflação terminasse o ano acima de 2%, foram as flutuações dos preços da energia, cujo
contributo para a inflação total rondou 1 ponto percentual até ao mês de Agosto.

No que concerne à política monetária europeia, o ano de 2006 constituiu um ano de


viragem, no sentido em que foi desencadeado um processo sustentado de normalização
dos níveis das taxas de juro directoras, após um período de três anos em que a política
monetária se manteve praticamente inalterada. Desde Dezembro de 2005, o Banco
Central Europeu (‘BCE’) subiu as suas taxas directoras em seis ocasiões, todas elas por 25
pontos base.

A taxa de câmbio efectiva do euro apreciou-se cerca de 3% desde o início do ano, como
resultado, sobretudo, dos ganhos registados contra o dólar (cerca de 10%), contra o iene
(cerca de 8,5%), apesar da depreciação face à libra (cerca de 1%). O bom desempenho
do euro reflectiu, essencialmente, a evolução favorável dos diferenciais de taxas de juro
face às principais divisas e a expectativa de que essa evolução se prolongue em 2007,
fruto do dinamismo que a economia da Zona Euro tem exibido.

Ao nível bolsista, os principais índices accionistas europeus (CAC 40, DAX e IBEX 35)
verificaram valorizações significativas sendo o IBEX 35 o que registou valorizações mais
elevadas. Também no Japão, o principal índice, Nikkei, valorizou face ao exercício de
2006. Nos Estados Unidos verificou-se um desempenho menos positivo dos mercados

Relatório e contas ‘06 4


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

accionistas, com o índice Nasdaq a subir cerca de 1,7% enquanto que o Dow Jones subiu
apenas cerca de 0,8%.

Enquadramento Nacional

A ligeira recuperação da actividade económica em 2006 reflectiu-se numa melhoria da


situação do mercado de trabalho, traduzida na retoma do crescimento do emprego e
numa travagem da subida da taxa de desemprego, que vinha a aumentar desde o ano de
2001. Ainda assim, a taxa de desemprego ficou ligeiramente acima das expectativas
iniciais, encerrando o ano de 2006 nos 7,7%.

Durante o primeiro semestre de 2006, a variação homóloga do Índice de Preços no


Consumidor (“IPC”) aumentou, reflectindo nomeadamente o impacto das alterações fiscais
introduzidas em Janeiro e a continuação da evolução desfavorável do preço do petróleo e
do impacto do aumento da taxa normal de IVA ocorrido em Julho de 2005. No entanto, no
início da segunda metade do ano, a tendência inverteu-se, com a inflação a apresentar
um perfil descendente, em parte devido à dissipação dos efeitos do aumento da taxa
normal de IVA e ao enfraquecimento na subida dos preços dos bens energéticos. O
abrandamento da inflação homóloga em Julho e Agosto de 2006 possibilitou mesmo que
Portugal voltasse a apresentar, a exemplo do ano transacto, um diferencial negativo face
à média da área do euro, encerrando o ano com uma variação homóloga do IPC de 2,5%
face a Dezembro de 2005.

Os objectivos de consolidação orçamental no âmbito do Pacto de Estabilidade e


Crescimento obrigaram a nova subida da carga fiscal, bem como à adopção de cortes
relativamente severos em categorias específicas da despesa pública.

Perspectivas futuras

Fora da Zona Euro

Apesar de ainda não estarem disponíveis dados definitivos, espera-se que a conjuntura
externa da área do euro permaneça favorável ao longo dos dois próximos anos. Embora a
expectativa seja que o crescimento real do PIB nos Estados Unidos e no Japão registe
alguma moderação, espera-se que nos mercados emergentes da Ásia o crescimento
permaneça elevado, fortemente apoiado pela procura interna. Na maioria das outras
grandes economias, também se projecta que o crescimento permaneça dinâmico.

Em geral, estima-se que o crescimento real anual do PIB mundial fora da área do euro se
situe em cerca de 4,8% em 2007 e 2008.

Zona Euro

Na Zona Euro estima-se que o crescimento real médio anual do PIB se situe entre 1,7% e
2,7%, em 2007, e entre 1,8% e 2,8%, em 2008. Além disso, espera-se que os países que
aderiram à União Europeia em 1 de Maio de 2004 continuem a registar taxas de
crescimento robustas.

Entre as componentes de despesa interna do PIB, estima-se que o crescimento médio


anual do consumo privado se situe entre 1,3% e 2,3% em 2007 e entre 1.2% e 2,8% em
2008. Prevê-se que os aumentos esperados nos impostos indirectos em 2007 provoquem
uma moderação do crescimento do consumo no ano respectivo, ao passo que se espera
que os efeitos de antecipação resultem num crescimento do consumo ligeiramente mais
elevado antes do final do ano. Ao longo dos dois próximos anos, o rendimento disponível

Relatório e contas ‘06 5


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

das famílias deverá ser apoiado por melhorias no mercado de trabalho e, em certa
medida, também por aumentos no crescimento dos rendimentos não relacionados com o
trabalho no contexto de taxas de rendibilidade empresarial elevadas.

Espera-se que o rácio de poupança se mantenha, em geral, estável ao longo dos dois
próximos anos. A taxa de crescimento média anual do investimento fixo total deverá
situar-se entre 2,5% e 5,5% em 2007 e entre 1,8% e 5% em 2008. O investimento
empresarial deverá continuar a beneficiar da forte procura externa, das condições de
financiamento favoráveis e dos lucros robustos das empresas.

Após a evolução favorável em 2006, projecta-se que o emprego total continue a crescer
de forma constante. Simultaneamente, estima-se que a oferta de trabalho aumente,
devido à melhoria das perspectivas de emprego e às reformas estruturais do mercado de
trabalho em vários países da área do euro.

Portugal

O crescimento previsto da actividade económica possibilitará uma ligeira redução da taxa


de desemprego, a qual se deverá situar a um nível médio de 7,5%.

As exportações deverão permanecer a componente mais dinâmica da procura global,


desacelerando apenas ligeiramente face a 2006 em virtude do abrandamento previsto no
crescimento dos mercados externos. Perspectiva-se que a procura interna, por seu turno,
se caracterize por uma expansão moderada, sendo a recuperação face a 2006 sobretudo
sensível na formação bruta de capital fixo. Tal expansão moderada é compatível com a
continuação de uma trajectória de redução gradual dos desequilíbrios macroeconómicos
da economia portuguesa, em especial nas vertentes orçamental e externa.

Para 2007, prevê-se ainda uma descida da taxa de inflação, medida pela variação média
anual do IPC, para a qual se antevê um valor de 2,1%, correspondendo a um diferencial
nulo face à área do euro.

Para 2008, as previsões vão no sentido da continuação da recuperação económica. O


ritmo de crescimento deverá reflectir o desempenho das exportações, devido ao forte
crescimento do comércio mundial. Dada a necessidade de uma política fiscal restritiva,
que deverá afectar a confiança em muitos sectores, a procura interna recuperará apenas
gradualmente. Embora se espere que um incremento mais forte do emprego dê um
impulso para um modesto aumento do consumo privado, o ritmo dessa recuperação será
constrangido por acréscimos nos impostos e pelo elevado endividamento das famílias.
Espera-se que o ciclo do investimento venha a retornar para uma fase positiva, depois de
um período de contracção, pois a melhoria do envolvimento externo deverá impulsionar a
confiança das empresas.

Relatório e contas ‘06 6


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

EVOLUÇÃO BOLSISTA

(Nota: Consideramos o PSI 20 como um índice com valor inicial idêntico ao do título em
análise, de forma a possibilitar uma melhor comparação das variações das cotações.)

Genericamente, a actividade no mercado de capitais nacional durante o exercício de 2006


foi marcada por um forte dinamismo, tendo o principal índice bolsista (PSI-20) valorizado
cerca de 30% face à abertura do ano e cifrando-se nos 11.198 pontos.

Por seu turno, as acções da Altri mantiveram em 2006 o crescimento exponencial que já
tinham demonstrado no ano anterior, comprovando a confiança depositada no Grupo
pelos investidores, e premiando a dinâmica das suas actividades, com a aquisição das
participações no Grupo Celtejo no início do segundo semestre de 2005 e na Celulose Beira
Industrial (CELBI) em Agosto de 2006. Estas aquisições contribuíram para que, no
segundo semestre de 2006, a valorização dos títulos da Altri atingisse máximos históricos.

Na Assembleia Geral de 31 de Março de 2006 foi aprovada a renominalização do capital


social da Altri através da divisão de cada uma das acções representativas do capital social
com o valor nominal de 0,50 euros cada em duas novas acções com o valor nominal de
0,25 euros cada. Tal operação concretizou-se em 5 de Maio de 2006. Deste modo, o
gráfico abaixo encontra-se ajustado desde 1 de Janeiro de 2006 para o novo número total
de acções (102.565.836 acções de valor nominal de 0,25 euros).

Evolução bolsista

4,5
4,0
3,5
3,0
2,5 PSI 20
2,0 Altri
1,5
1,0
0,5
0,0
N 6
6

De 6
M 6

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6

06

06
6
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Ab
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M

A cotação das acções da Altri sofreu um incremento de cerca de 165% durante o exercício
de 2006, encerrando com um valor unitário de 4,06 euros e uma capitalização bolsista de
cerca de 416,4 milhões de euros.

Foram transaccionadas durante o exercício cerca de 284,3 milhões de títulos da Empresa,


volume extremamente relevante se tivermos em consideração que o seu capital é
composto por cerca de 103 milhões de acções.

Relatório e contas ‘06 7


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Os principais eventos que marcaram a evolução dos títulos da Empresa durante o


exercício de 2006 podem ser descritos cronologicamente do seguinte modo:

Evolução bolsista

4,5
4,0
3,5
3,0 25 Out 2 Nov 26 Dez

2,5 6 Set
Altri
2,0
1,5 5 Mai
8 Jun
26 Abr
1,0
5 Jan 8 Mar 6 Abr
0,5
0,0 06

06

06
06

6
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6

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Ju

No

De
Fe
Ja

Ag
M

O
M

™ Em 5 de Janeiro de 2006 a Altri comunicou ao mercado e à CMVM a redução da


sua participação no capital social da Vista Alegre Atlantis – VAA para 5.393.544
euros, correspondentes a 9,99% do capital social e dos direitos de voto. Nesta
data o valor das acções mantinha-se inalterado nos 1,52 euros por acção.

™ Em 7 de Março de 2006 a Altri comunicou que o Finibanco adquiriu 200.000


acções passando a deter 2,13% do seu capital. Nesta data as acções da Altri,
S.G.P.S., S.A. fecharam a 1,6 euros.

™ Através de comunicado efectuado em 8 de Março de 2006, o Grupo anunciou a


sua performance relativamente ao exercício de 2005, cifrando-se o resultado
líquido em cerca de 10,5 milhões de euros (correspondentes a apenas 10 meses
de actividade, dado a Empresa ter sido constituída com efeitos reportados a 1 de
Março de 2005). Os proveitos operacionais, que ascenderam a 152 milhões de
euros, foram positivamente influenciados pelo crescimento das vendas do
segmento de pasta e papel, com o contributo dado pelo Grupo Celtejo (que
contribuiu para o Grupo com cinco meses de actividade). As acções da Altri
fecharam a 1,58 euros por acção.

™ Foi efectuada em 6 de Abril a comunicação à Comissão do Mercado de Valores


Mobiliários (CMVM) de que, conforme aprovado em Assembleia Geral realizada
em 31 de Março de 2006, a Altri iria pagar um dividendo unitário de 0,05 euros,
relativo ao exercício de 2005, a partir do dia 28 do mesmo mês. Nesta data as
acções valorizaram 8% para os 1,95 euros.

™ Em 26 de Abril de 2006 foram comunicados ao mercado os resultados da Altri


relativos ao primeiro trimestre de 2006, cujas contas consolidadas apresentaram
um volume de proveitos operacionais superior a 56 milhões de euros (aumento
de 9% face ao período homólogo comparável) e um aumento de 30% ao nível
dos resultados operacionais. Nesta data a cotação da Altri, S.G.P.S., S.A.
encerrou nos 1,97 euros por acção.

Relatório e contas ‘06 8


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

™ Em 5 de Maio de 2006, no seguimento da deliberação tomada na Assembleia


Geral realizada em 31 de Março, a Empresa procedeu à renominalização do seu
capital social, através da divisão de cada uma das acções, com o valor nominal
de 0,5 euros, em duas novas acções com o valor nominal de 0,25 euros.

™ Em 8 de Junho de 2006 a Altri, S.G.P.S., S.A. comunicou ao mercado ter


celebrado com a sociedade STORA ENSO PULP A.B. um contrato promessa de
compra e venda de 15.493.288 acções ordinárias representativas de 99,96% do
capital social e 100% dos direitos de voto da Celulose Beira Industrial, S.A.
(CELBI) por um montante global de aproximadamente 430.000.000 euros. No
dia seguinte ao da realização do comunicado as acções da Altri, SGPS, S.A.
atingiram o máximo do primeiro semestre, ao encerrar a sessão nos 2,42 euros
por acção.

™ Em 6 de Setembro de 2006 o Grupo apresentou as contas consolidadas do


primeiro semestre de 2006, atingindo no período um resultado líquido de 8,7
milhões de euros, e um cash-flow operacional de 23 milhões de euros. Os
proveitos operacionais ascenderam a 122 milhões de euros e os resultados
operacionais a 14,5 milhões de euros.

™ Em 25 de Outubro de 2006 o Grupo procedeu à apresentação das contas


consolidadas do terceiro trimestre de 2006, com proveitos operacionais de 197
milhões de euros, resultados líquidos de 12 milhões de euros e um cash-flow
operacional de 40,6 milhões de euros. Nesta data as acções da Altri encerraram
a sessão a 3,85 euros.

™ Em 2 de Novembro de 2006 a Empresa comunicou que se encontrava em


conversações com a Agência Portuguesa para o Investimento (“API”)
relativamente a um projecto de investimento num valor global de cerca de 300
milhões de euros, visando o aumento da capacidade produtiva da fábrica de 300
mil para 550 mil toneladas anuais. Àquela data não existia ainda uma decisão
definitiva de realização do investimento, a qual estaria também dependente das
negociações a decorrer com a API ao abrigo da legislação aplicável.

™ Em 28 de Dezembro de 2006 a Altri informou que tinham sido aprovadas em


Conselho de Ministros as minutas dos contratos a celebrar pela ALTRI e pela
CELBI – Celulose Beira Industrial, S.A., por um lado, o Estado Português e a
Agência Portuguesa para o Investimento por outro, relativas a um projecto de
investimento global de 320.083.000 euros, visando o aumento da capacidade
produtiva da fábrica da CELBI de 300.000 toneladas para 550.000 toneladas
anuais. A ALTRI estima que o conjunto dos incentivos, financeiros e fiscais,
ascenderá a cerca de 20% do montante do investimento estando, todavia, a sua
atribuição e montante sujeitos à verificação dos objectivos contratuais.

Relatório e contas ‘06 9


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ACTIVIDADE DO GRUPO

Tendo a sua génese sido o resultado de um processo de reestruturação do Grupo Cofina


com o objectivo de agregar numa holding distinta as áreas de actividade industrial, a Altri
é actualmente detentora, de interesses nos sectores de Pasta e Papel, bem como nos
Aços e Sistemas de armazenagem.

Relatório e contas ‘06 10


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

A. Pasta e Papel

A participação neste sector é efectuada através da Celulose do Caima SGPS, a qual por
sua vez detém directa e indirectamente, entre outras:

- Caima – Indústria de Celulose (Constância), produção e comercialização de pasta


de papel;

- Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. (Figueira da Foz), produção e


comercialização de pasta de papel;

- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (Vila Velha de Ródão), produção e


comercialização de pasta de papel;

- CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. (Vila Velha de Ródão),


produção e comercialização de papel kraftsack;

- Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A. (Constância), unidade detentora e


gestora de recursos florestais do grupo;
- Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. (Constância) e
Ródão Power, S.A. (Vila Velha de Ródão), respondem às necessidades de energia
eléctrica e térmica para as empresas associadas localizadas nestes pólos.

Adicionalmente, com o objectivo de apoiar as suas necessidades energéticas e expandir a


sua actividade para um sector considerado interessante do ponto de vista estratégico, o
Grupo adquiriu no início do primeiro semestre de 2006 uma participação de 50% no
capital da EDP Bioeléctrica, num investimento de cerca de 7,5 milhões de euros.

Relatório e contas ‘06 11


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Apesar de inicialmente encarado com pessimismo moderado, o ano de 2006 acabou por
se revelar positivo para o mercado da pasta de papel, com a procura a posicionar-se
ligeiramente acima da oferta, possibilitando deste modo um crescimento sustentado dos
preços ao longo do ano. Tendo sofrido as pressões resultantes do fraco crescimento da
economia europeia, do aparecimento de novas capacidades no Chile, e da continuação de
uma situação cambial caracterizada pela apreciação do euro face ao dólar americano,
nomeadamente a partir do segundo trimestre, os encerramentos definitivos de instalações
produtivas na América do Norte permitiram equilibrar o mercado.

A procura global do mercado ultrapassou as 50 milhões de toneladas, um crescimento de


1,5 milhões de toneladas face ao ano anterior, centrado essencialmente na China e na
Europa ocidental.

De igual modo, a evolução dos preços da pasta também contribuiu para a boa
performance do mercado em geral: os preços das pastas branqueadas de eucalipto
(BEKP), quando expressas em euros, sofreram um acréscimo médio de 10,2% face ao
valor de 2005 – 463 euros para 510 euros. As pastas de fibra longa (NBSK), expressas em
dólares americanos, sofreram também um acréscimo médio de 12,1% face ao valor de
2005 – 604 USD para 677 USD. No papel Krafsaco o preço teve uma evolução situada em
média, cerca de 6,6% acima do período homólogo.

Evolução do Preço da Pasta de Papel nos Mercados Internacionais


Valores em euros/tonelada

540

520

500

480
BHKP PIX
460

440

420

400
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Ja

De um modo geral, o Grupo registou recordes de produção em todas as suas unidades


industriais (Celbi, Celtejo, Caima e CPK), ultrapassando uma produção consolidada de 609
mil toneladas, um incremento de 5% relativamente ao ano de 2005. De realçar neste
cenário o crescimento verificado nas unidades da ex-Portucel Tejo (Celtejo e CPK),
adquiridas ao Estado em 2005, com um incremento 9,5% e 12,4%, respectivamente,
reflectindo a capacidade da actual gestão na racionalização e optimização dos recursos
disponíveis.

Relatório e contas ‘06 12


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

GRUPO CELBI

A Celbi, unidade adquirida durante o mês de Agosto de 2006, atingiu durante o exercício
corrente vendas de 312,8 mil toneladas de pasta de papel, representando um crescimento
de 6,6% face ao ano anterior.

A produção de pasta de papel ascendeu a 304,2 mil toneladas, 2,6% acima da produção
de 2005.

GRUPO CAIMA

O volume de vendas em 2006 foi 110,5 mil toneladas de pasta, 2,4% inferior ao
alcançado em 2005, sobretudo devido ao baixo stock de pasta com que se iniciou o ano
de 2006. No entanto, o volume de negócios associado à venda de pasta teve um
acréscimo de 5,1% face a 2005.

O mercado Português representou cerca de 11,2% do volume de vendas de pasta, tendo


os restantes 88,8% sido colocados em mercados de primeira linha nomeadamente a
Espanha, Alemanha, Suécia, Suiça e França.

Em Março de 2006 a Caima recebeu o Certificado da Cadeia de Responsabilidade, o qual


permitiu iniciar as vendas de pasta FSC e consequentemente penetrar em novos
mercados.

No ano de 2006 produziram-se 109,6 mil toneladas de pasta, volume que se situou 1,3%
acima da produção do exercício anterior e que configura uma exploração optimizada da
capacidade produtiva da fábrica.

O saldo líquido resultante da venda de energia eléctrica e compra de energia eléctrica à


EDP – Distribuição de Energia, S.A. foi de 28,5 Gwh.

GRUPO CELTEJO

O volume de vendas foi de 141,6 mil toneladas de pastas Kraft cruas e de 59,3 mil
toneladas de papel Kraftsaco, representando um aumento de respectivamente, 21,5% e
10,1% face ao ano 2005.

A produção de pastas Kraft cruas atingiu as 137,5 mil toneladas, 9,5% superior à
produção do ano anterior, reflexo da utilização plena da capacidade instalada da máquina,
após as grandes modificações efectuadas na empresa em finais de 2004.

No papel Kraftsaco a produção foi de 57,9 mil toneladas, 12,6% acima da ocorrida em
igual período do ano anterior, constituindo esta quantidade um recorde de produção.

Para o futuro próximo o Grupo prevê aumentar a capacidade de produção das unidades
produtivas da Celbi e Celtejo, prevendo atingir, respectivamente, 550.000 e 195.000
toneladas nestas unidades. O investimento estimado para a unidade da Celbi ascenderá a
cerca de 320 milhões de euros, o qual será alvo de um contrato de incentivos com a
Agência Portuguesa para o Investimento e com o Estado Português.

Relatório e contas ‘06 13


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

B. Aços e Sistemas de Armazenagem

A Altri detém a totalidade dos direitos de voto do Grupo F. Ramada através do qual
intervém no mercado dos Aços e Sistemas de Armazenagem.

F. Ramada

100% 100%
F.Ramada
Universal Afir
Estruturas

10%

100% 90% F.Ramada II


BPS
Imobiliária

100% 98% F.Ramada Serviços


Storax UK 2%
Gestão

100% Storax Benelux

Para além destas duas principais áreas de negócio, a F. Ramada tem ainda interesses no
mercado de aços especiais para moldes, serras e ferramentas.

O Grupo Ramada é actualmente composto por 8 empresas, das quais 3 são sedeadas em
países da União Europeia (Reino Unido, França e Bélgica), reflectindo os seus objectivos
de consolidação da rede de distribuição europeia, mantendo a posição de relevo no
mercado ibérico que já detém através de parcerias com entidades espanholas.

Após um primeiro semestre de estagnação, a economia nacional recuperou ligeiramente


durante a segunda metade do ano a reboque da melhoria verificada na economia
europeia. Acompanhando esta evolução da economia, a Indústria Metalomecânica e de
Moldes nacional, sector relevante para a actividade do Grupo, após um início do ano em
recessão face ao ano anterior, recuperou razoavelmente durante o segundo semestre.

Os preços do Aço no mercado internacional, após alguma estabilização no primeiro


trimestre do ano, iniciaram uma subida no segundo semestre, atingindo níveis relevantes,
sobretudo nos aços com níquel.

Relatório e contas ‘06 14


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Evolução do Preço do Aço no Mercado Europeu


Preços Constantes de 1997

200
190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
3

6
03

04

05

06
04

05

06
4

6
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Ab

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Ab
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Ja

Ja
Hot Rolled Coil
Evolução do Preço do Aço (por tipo) no Mercado Europeu
Preços Constantes de 1997
Hot Rolled
Plate
260
240 Cold Rolled Coil
220
200 HD Galv. Coil
180
160 Wire Rod (mesh)
140
120 Struc tural
Sec tions &
100
Beams
Rebar
3

6
03

04

05

06
04

05

06
4

6
-0

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l
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Ju

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Ju
Ou

Ou

Ou

Ou
Ab

Ab

Ab
Ja

Ja

Ja

O baixo nível de actividade no mercado dificultou a repercussão do crescimento dos


custos de aquisição sobre os preços de venda aos clientes finais, do que resultou uma
redução das margens comerciais. Não obstante, a intensa actividade comercial
desenvolvida pelo Grupo no sentido de corrigir esta tendência permitiu alguma
recuperação, verificada já no quarto trimestre de 2006.

O ano de 2006 foi igualmente caracterizado pelo desenvolvimento de projectos destinados


à melhoria da produtividade e da qualidade nas diversas actividades, como forma de
aumentar a capacidade competitiva e melhor servir os clientes.

Relatório e contas ‘06 15


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Ao nível dos Sistemas de Armazenagem, a performance do Grupo durante o exercício de


2006 esteve em contra-ciclo com o sector. O volume de negócios neste sector atingiu os
52,7 milhões de euros, um crescimento de 25,5% face ao período homólogo. Para esta
performance contribuiu de forma notável o aumento das vendas verificado nos mercados
internacionais, particularmente em Espanha, Holanda e Bélgica. A variação verificada
nestes dois países foi potenciada essencialmente pela nova empresa comercial (Storax
Benelux) constituída no final de 2005 para reforçar os esforços comerciais nesta região.

Os resultados do exercício de 2006 neste segmento ficaram acima do orçamento como


resultado de aumentos de produtividade e uma maior racionalização de custos,
beneficiando igualmente de economias de escala conseguidas com o aumento da
dimensão das unidades deste sector no Grupo.

O ano de 2006 ficou ainda marcado pela definição de soluções inovadoras no mercado
dos sistemas de armazenagem de alta densidade, no qual o Grupo é cada vez mais uma
referência no sector, gerando maior valor acrescentado para os clientes finais e
permitindo a entrada em novos nichos de mercado.

Relatório e contas ‘06 16


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANÁLISE FINANCEIRA

Altri, SGPS, S.A.

A informação financeira consolidada da Altri, preparada de acordo com os princípios de


reconhecimento e mensuração das Normas Internacionais de Relato Financeiro
(“International Financial Reporting Standards – IFRS”), reflecte a actividade do exercício
de 2006 do Grupo Ramada e do Grupo Celbi/Caima/Celtejo.

Tendo em consideração as alterações ocorridas no perímetro de consolidação do Grupo


durante os exercícios de 2005 e 2006, a comparabilidade dos dados consolidados
apresentados é afectada pelos seguintes factos:
- a Altri, S.G.P.S., S.A. foi constituída em 1 de Março de 2005 como resultado do
processo de cisão dos activos industriais anteriormente detidos pelo Grupo
Cofina. Deste modo as demonstrações financeiras consolidadas do exercício 2005
reflectem apenas 10 meses de actividade;
- adquirido durante o mês de Julho de 2005, o Grupo Celtejo apenas integrou as
contas consolidadas do Grupo Altri a partir de 1 de Agosto de 2005, contribuindo
assim contribuiu com as suas operações para o perímetro de consolidação
durante um período de 5 meses;
- a performance do ano 2006 engloba 4 meses de actividade da Celbi, uma vez
que a sua aquisição ocorreu apenas em Agosto de 2006.

Assim, os principais dados e indicadores da actividade consolidada do Grupo podem ser


resumidos como segue:

(valores em milhares de euros) IFRS IFRS ∆%


Dez-06 Dez-05
Balanço
Activo Líquido 773.924 290.125 166,8% n.a.
Capitais Próprios 85.999 72.523 18,6% n.a.
Dívida Remunerada Bruta (nominal) 580.092 156.053 271,7% n.a.
Caixa e equivalentes de caixa (b) 25.481 13.318 91,3% n.a.
Dívida Remunerada Líquida (nominal) 554.611 142.735 288,6% n.a.
Demonstração de Resultados Dez-06 (c) Dez-05 (d) Dez-06 (e)
Proveitos Operacionais 295.535 151.534 95,0% 399.111
Resultados Operacionais (EBIT) 43.662 18.027 142,2% 63.740
Resultados Financeiros (17.001) (3.233) 425,9% n.a.
Resultado Líquido atribuível aos accionistas da Empresa-mãe 20.844 10.415 100,1% n.a.
Interesses minoritários 265 152 74,3% n.a.
Resultado Líquido 21.109 10.567 99,8% n.a.
Indicadores Dez-06 (c) Dez-05 (d) Dez-06 (e)
RL / Prov. Operacionais 7,1% 6,9% n.a.
EBITDA (a) 63.160 28.417 122,3% 90.955
Capitais Próprios / Activo 11,1% 25,0% n.a.
Return on Equity 24,2% 14,4% n.a.

( a ) EBITDA = Resultados Operacionais + Amortizações


( b ) incluindo o valor dos investimentos detidos para negociação
( c ) incluindo unicamente 4 meses de actividade da Celbi, dada a data da sua aquisição
( d ) incluindo unicamente 10 meses de actividade dos Grupos F. Ramada e Caima, em virtude
de a empresa ter sido constituída em 1 de Março de 2005
( e ) considerando 12 meses de actividade da Celbi

No ano de 2006 o Grupo Altri atingiu proveitos operacionais consolidados de 296 milhões
de euros e um resultado líquido consolidado de 21 milhões de euros, cifrando-se o cash-
flow operacional (resultados operacionais + amortizações) em 63 milhões de euros. O
resultado líquido consolidado atribuível aos accionistas da empresa-mãe no exercício de
2006 ascendeu a 20,8 milhões de euros.

Relatório e contas ‘06 17


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

De realçar ainda a cifra atingida ao nível da rentabilidade dos capitais próprios (ROE), que
se situou nos 24%, um crescimento de cerca de 10 pontos percentuais.

No 4º trimestre de 2006 o Grupo atingiu proveitos operacionais de 98,5 milhões de euros,


um resultado operacional de 16,7 milhões de euros e um EBITDA de 22,5 milhões de
euros, apesar de estes valores terem sido negativamente afectados pelas paragens
previamente programadas nas instalações da Celbi e da Caima.

Caso o Grupo Altri tivesse apropriado a actividade da Celbi durante todo o exercício de
2006, os proveitos operacionais ascenderiam a 399 milhões de euros, com o cash-flow
operacional a cifrar-se nos 91 milhões de euros e os resultados operacionais nos 64
milhões de euros.

O endividamento nominal bruto do Grupo Altri em 31 de Dezembro de 2006 ascendia a


580 milhões de euros, ao qual corresponde um endividamento nominal líquido de 555
milhões de euros (incluindo os investimentos detidos para negociação). A variação
verificada face a Dezembro de 2005 resulta da necessidade de fundos para a
concretização da aquisição da Celbi.

Com o objectivo de proporcionar informação ao mercado e aos accionistas para uma


melhor análise da performance das actividades realizadas no sector da pasta e papel e no
sector dos aços durante o exercício de 2006, apresenta-se seguidamente informação
financeira e operacional sobre estes grupos. É importante realçar mais uma vez que
apenas foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas da Altri as operações
destes Grupos a partir de 1 de Março de 2005.

Grupo Celbi/Caima/Celtejo

(valores em milhares de euros) IFRS IFRS ∆%


Dez-06 Dez-05
Balanço
Activo Líquido 668.183 202.597 230% n.a.
Capitais Próprios 80.184 65.962 22% n.a.
Dívida Remunerada Bruta (nominal) 504.645 100.284 403% n.a.
Caixa e equivalentes de caixa (b) 15.785 8.785 80% n.a.
Dívida Remunerada Líquida (nominal) 488.860 91.499 434% n.a.
Demonstração de Resultados Dez-06 (c) Dez-05 ∆% Dez-06 (d)
Proveitos Operacionais 196.274 84.391 133% 299.850
Vendas e prestações de serviços 187.690 79.984 135% 291.040
Resultados Operacionais (EBIT) 33.804 10.419 224% 53.882
Resultado Líquido atribuível aos accionistas da empresa-mãe 19.317 7.357 163% n.a.
Indicadores Dez-06 (c) Dez-05 Dez-06 (d)
RL / Prov. Operacionais 9,8% 8,7% 13% n.a.
EBITDA (a) 51.053 19.963 156% 78.848
Margem EBITDA 27,2% 25,0% n.a. n.a.
Capitais Próprios / Activo 12,0% 32,6% -63% n.a.
Return on Equity 24,1% 11,2% 116% n.a.

(a) EBITDA = Resultados Operacionais + Amortizações


(b) incluindo o valor dos investimentos detidos para negociação
( c ) incluindo unicamente 4 meses de actividade da Celbi, dada a data da sua aquisição
( d ) considerando 12 meses de actividade da Celbi

Relatório e contas ‘06 18


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Conforme mencionado anteriormente, a performance deste segmento patente no quadro


acima não é directamente comparável entre períodos, em virtude da aquisição de 95% do
capital da Celtejo no início do segundo semestre de 2005 e da aquisição da Celbi no
terceiro trimestre de 2006.

Durante o exercício de 2006 as Vendas e Prestações de Serviços ascenderam a 188


milhões de euros, com os Proveitos Operacionais a atingir 196 milhões de euros (com o
contributo das vendas de energia eléctrica efectuadas pelas empresas do grupo à EDP –
Distribuição de Energia, S.A.). Os resultados operacionais atingiram quase 34 milhões de
euros e o cash-flow operacional (resultados operacionais + amortizações) gerado durante
o ano foi de 51 milhões de euros. A rentabilidade do Grupo evoluiu positivamente, com a
Margem EBITDA (EBITDA / Vendas e Prestações de Serviços) a crescer 2,2 pontos
percentuais para os 27,2%.

O crescimento do activo líquido consolidado do Grupo resulta da aquisição do Grupo Celbi,


justificando igualmente este evento o incremento do endividamento.

Grupo F. Ramada

(valores em milhares de euros) IFRS IFRS ∆%


Dez-06 Dez-05
Balanço
Activo Líquido 97.988 76.222 29%
Capitais Próprios 34.287 30.593 12%
Dívida Remunerada Bruta (nominal) 33.597 20.798 62%
Caixa e equivalentes de caixa (b) 6.515 4.257 53%
Dívida Remunerada Líquida (nominal) 27.082 16.541 64%
Demonstração de Resultados Dez-06 Dez-05
Proveitos Operacionais 103.971 93.585 11%
Resultados Operacionais (EBIT) 11.157 11.530 -3%
Resultado Líquido 7.639 7.700 -1%
Indicadores Dez-06 Dez-05
RL / Prov. Operacionais 7,3% 8,2% -11%
EBITDA (a) 13.103 13.462 -3%
Capitais Próprios / Activo 35,0% 40,1% -13%
Return on Equity 22,3% 25,2% -11%

(a) EBITDA = Resultados Operacionais + Amortizações


(b) incluindo o valor dos investimentos detidos para negociação

Os proveitos operacionais consolidados deste segmento ascenderam a 104 milhões de


euros, um incremento de 11% face ao ano de 2005, apesar de, conforme mencionado, a
Empresa ter enfrentado factores adversos, e consequentemente, ter reduzido o seu
resultado operacional em 3%, para 11,2 milhões de euros. A mesma variação verificou-se
no cash-flow operacional, que ascendeu a 13,1 milhões de euros durante o ano.

O Grupo definiu uma estratégia para fazer face à redução das margens no sector dos
Aços, em particular dos moldes, através da prossecução do seu objectivo de atingir uma
maior quota de mercado ao nível dos Sistemas de Armazenagem.

O resultado líquido variou menos de 100 mil euros face ao exercício anterior, resultado de
uma melhoria na performance financeira.

Relatório e contas ‘06 19


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PROPOSTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO


RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL

A Altri, S.G.P.S., S.A. na qualidade de holding do Grupo, registou nas suas contas
individuais preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em
Portugal um resultado líquido de 26.899.264,69 euros, para o qual, nos termos legais e
estatutários, o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a seguinte
aplicação:

Reserva Legal 1.344.963,23


Reservas Livres 20.426.009,66
Distribuição de dividendos 5.128.291,80
------------------
26.899.264,69
=========

Esta aplicação corresponde a uma distribuição de dividendos de 0,05 euros por acção
(num total de 102.565.836 acções).

Relatório e contas ‘06 20


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PERSPECTIVAS PARA O EXERCÍCIO DE 2007

Tendo em consideração o crescimento exponencial verificado desde a data da sua


constituição, em Março de 2005, o Grupo perspectiva o ano de 2007 de um modo
bastante positivo.

Ao nível da Pasta e Papel, espera-se que a manutenção da pressão da procura mantenha


os preços em alta, apesar de eventuais efeitos adversos resultantes da evolução do rácio
Euro vs. Dólar e do elevado preço da energia. Adicionalmente, deverão igualmente
contribuir de forma positiva para a performance do Grupo, ainda que não
necessariamente já no exercício de 2007, os investimentos a realizar nas instalações
industriais da Celbi e Celtejo, que possibilitarão permitir atingir uma capacidade de
produção de 745 mil toneladas nestas duas unidades.

No sector dos Aços as perspectivas são de melhoria da actividade em resultado da


recuperação moderada da economia europeia. Prevê-se que os preços do aço continuarão
a crescer pelo menos durante o primeiro semestre de 2007. É previsível que a
recuperação do mercado ocorrida na parte final de 2006 prossiga em 2007 beneficiando o
desempenho do Grupo.

Ao nível dos Sistemas de Armazenagem, a política de investimentos contínua em novas


soluções e o esforço comercial nos mercados alvo internacionais deverão permitir ao
Grupo continuar a crescer do modo esperado no ano de 2007.

Relatório e contas ‘06 21


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

GOVERNO DA SOCIEDADE

No cumprimento das orientações constantes do Regulamento da CMVM n.º 07/2001, com


as alterações introduzidas pelos Regulamentos nº 11/2003, nº 10/2005 e nº 3/2006, este
ponto pretende ser o resumo dos aspectos fundamentais da gestão da Sociedade no que
respeita ao Conselho de Administração, tendo em conta a necessidade de transparência
relativamente a esta matéria e a necessidade de informação por parte dos investidores e
dos destinatários da informação.

Este capítulo encontra-se organizado segundo as instruções definidas pelo Anexo ao


regulamento supracitado, sendo entendimento do Conselho de Administração de que
foram cumpridas, na sua maioria, as disposições constantes das Recomendações da
CMVM sobre o Governo das Sociedade Cotadas.

0. Declaração de cumprimento

A Altri, S.G.P.S., S.A. cumpre com a maioria das recomendações da CMVM relativas ao
Governo das Sociedades, à excepção das seguintes (conforme numeração do Anexo ao
Regulamento):

ƒ Recomendação I-2: Muito embora não existam comissões de controlo interno


formais com a atribuição de competências na avaliação da estrutura e governo
societários, o Conselho de Administração entende que tais funções podem ser
garantidas pelo próprio Conselho de Administração ao nível individual da
Sociedade e que as mesmas funções são exercidas pelos departamentos de
controlo de gestão das suas subsidiárias.

Ao nível das competências na avaliação de questões éticas e da estrutura e


governo societário, tais funções são exercidas directamente pelo Conselho de
Administração, que mantém um debate constante sobre esta problemática.

ƒ Recomendação II: Os estatutos da sociedade definem algumas limitações ao


exercício do direito de voto, nomeadamente (i) por impor um prazo de
antecedência do depósito das acções para a participação em Assembleia Geral
superior a 15 dias úteis, (ii) por não definir a antecedência exigida para o
bloqueio das acções para a participação na Assembleia Geral, (iii) por restringir o
voto por correspondência apenas a situações em que tal seja expressamente
permitido por lei e (iv) por não existir um modelo para o exercício do direito de
voto por correspondência.

A sociedade entende que estas situações não limitam o exercício activo do direito
de voto por parte dos accionistas. No entanto, da convocatória para a Assembleia
Geral de aprovação de contas consta uma proposta de alteração de estatutos no
sentido de alterar as mesmas.

ƒ Recomendação III-2: A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui uma unidade orgânica
dedicada especificamente à auditoria interna. Esta tarefa é desempenhada pelo
departamento de controlo de gestão, sob a supervisão da Direcção Financeira, o
qual elabora relatórios mensais para análise de cada um dos Conselhos de
Administração das várias sociedades participadas.

Relatório e contas ‘06 22


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ƒ Recomendação IV: O Conselho de Administração eleito em Assembleia Geral não


inclui qualquer membro que nos termos do Regulamento 11/2003 possa ser
considerado independente.

ƒ Recomendação IV-5: A Altri, S.G.P.S., S.A. divulga no presente capítulo


informação relativa à remuneração fixa e variável dos seus administradores,
entendendo que a divulgação da remuneração individual de cada administrador
não traz informação relevante para os accionistas.

I. Divulgação de Informação

1. Órgãos e definições de competências

Órgãos Sociais

Os corpos sociais da Altri, S.G.P.S., S.A. são:

™ Assembleia Geral, composta por todos os accionistas com direito de voto, a


quem compete deliberar sobre alterações estatutárias, proceder à apreciação
geral da administração e fiscalização da Sociedade, deliberar sobre o relatório de
gestão e contas do exercício, proceder à eleição dos corpos sociais de sua
competência e, de uma forma geral, deliberar sobre todos os termos que lhe
forem submetidos pelo Conselho de Administração;

™ Conselho de Administração, eleito pela assembleia geral, é composto


actualmente por 5 membros, a quem compete praticar todos os actos de gestão
na concretização de operações inerentes ao seu objecto social, tendo por fim o
interesse da Sociedade, accionistas e trabalhadores;

™ Fiscal Único, a quem compete a fiscalização da administração, a verificação da


regularidade das contas da Sociedade, registos contabilísticos e documentos de
suporte e verificar a observância da lei e do contrato da Sociedade.

Conforme convocatória para a Assembleia Geral de Accionistas de aprovação de


contas do exercício de 2006, será proposto a este órgão uma alteração dos órgãos
sociais da Sociedade, no seguimento das alterações efectuadas ao Código das
Sociedades Comerciais. De acordo com as alterações propostas pelo Conselho de
Administração, os órgãos sociais da Sociedade passarão a ser compostos por:

™ Assembleia Geral, composta por todos os accionistas com direito de voto;

™ Conselho de Administração, constituído por 3 a 9 membros, accionistas ou não;

™ Conselho Fiscal, designado pela Assembleia Geral, composto por três membros e
um ou dois suplementes, competindo-lhe a fiscalização da sociedade, bem como
a designação de um Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais
de Contas;

™ Revisor Oficial de Contas (ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas) a quem


compete proceder ao exame das contas da sociedade.

Relatório e contas ‘06 23


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Principais áreas de responsabilidade dos membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração, eleito em Assembleia Geral, funciona de forma colegial


com as funções de gestão e coordenação das diferentes empresas do Grupo e é
constituído actualmente por um presidente e quatro vogais, exercendo todos os
membros funções executivas.

A distribuição de pelouros entre os diversos membros do Conselho de Administração


pode ser efectuada do seguinte modo:

Domingos Matos
João Borges Oliveira Paulo Fernandes Pedro Pinto Mendonça
Chief Financial Officer Chairman Carlos Borges Oliveira
Vogais do C.A.

De um modo geral, os administradores da Altri SGPS, actuando na condição de tal,


centram a sua actividade essencialmente na gestão das participações do Grupo e na
definição das linhas de desenvolvimento estratégico. A gestão diária das empresas
operacionais é realizada pela administração de cada uma das sociedades, a qual
integra igualmente alguns dos administradores da Altri SGPS, mas igualmente outros
administradores com competências e pelouros especificamente definidos.

Deste modo, e tendo em consideração o desenvolvimento da actividade dos membros


do Conselho de Administração quer na Altri SGPS quer nas diversas empresas que
integram o grupo, o organigrama funcional pode ser apresentado do seguinte modo:

Apesar de se envolver directamente em todas as decisões estratégicas tomadas, os


directores gerais e restantes grupos de trabalho especializados criados são
responsáveis pela gestão diária das operações em cada uma das unidades industriais.

Relatório e contas ‘06 24


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

2. Comissões existentes na Sociedade

De acordo com os estatutos da Sociedade, os membros dos órgãos sociais terão as


remunerações que forem fixadas por uma comissão de três accionistas, um dos
quais será o presidente e terá voto de qualidade, todos eleitos por deliberação dos
accionistas. A remuneração dos administradores poderá ser certa ou consistir
parcialmente numa percentagem que nunca poderá exceder cinco por cento dos
lucros do exercício. No entanto, a Comissão de Remunerações não se encontra
actualmente nomeada, não sendo os membros dos órgãos sociais actualmente
remunerados pela Sociedade.

Não existem quaisquer outras Comissões formalmente constituídas em


funcionamento na Sociedade.

3. Descrição do sistema de controlo de riscos implementado na sociedade

O Conselho de Administração considera que o Grupo se encontra exposto aos riscos


normais decorrentes da sua actividade, nomeadamente ao nível das unidades
operacionais. Assim, os principais riscos a que o Grupo considera estar sujeito são:
Risco de Crédito, Risco de Taxa de Juro, Risco de Taxa de Câmbio e Risco de
variabilidade nos preços de commodities.

Risco de Crédito

À semelhança de qualquer actividade que envolva uma componente comercial, o


Risco de Crédito é um factor primordial tido em consideração pela Administração nas
unidades operacionais. Numa primeira abordagem o risco de crédito é gerido através
de uma análise continuada do rating de crédito de cada um dos clientes,
antecipadamente à sua aceitação, e subsidiariamente, através da adequação dos
prazos concedidos para pagamento. A avaliação do risco de crédito é efectuada
numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura
económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo
adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente.

Risco de Taxa de Juro

Tendo em consideração o endividamento a que se encontra exposto o Grupo,


eventuais variações sobre a taxa de juro poderão ter um impacto indesejado sobre
os resultados. Neste sentido, a adequada gestão do risco de taxa de juro leva a que
o Grupo tente optimizar o balanceamento entre o custo da dívida e a exposição à
variabilidade das taxas. Assim, quando se considera ultrapassado o limite desejado
de exposição ao risco de taxa de juro, são contratados swaps de taxa de juro que
cubram a exposição da Empresa ao risco e que atenuem a volatilidade dos seus
resultados.

Risco de Taxa de Câmbio

Efectuando um elevado volume de transacções com entidades não residentes e


fixados em moeda diferente de Euro, a variação de taxa de câmbio poderá ter um
impacto relevante sobre a performance do Grupo. Deste modo, sempre que
considerado necessário para reduzir a volatilidade dos seus resultados, o Grupo
procura efectuar uma cobertura da sua exposição à variabilidade da taxa de câmbio
através da contratação de instrumentos financeiros derivados.

Relatório e contas ‘06 25


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Risco de variabilidade nos preços de commodities

Desenvolvendo a sua actividade em dois sectores que transaccionam commodities


(pasta de papel e aço), o Grupo encontra-se particularmente exposto a variações de
preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, a inserção
nestes sectores permite-lhe a celebração de contractos de cobertura de variação de
preços, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas,
atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.

4. Evolução da cotação das acções da Altri na Euronext Lisboa

Em complemento à análise efectuada anteriormente sobre a evolução da cotação


dos títulos da Altri, apresenta-se em seguida uma análise detalhada das variações
mais significativas tendo em consideração factores relevantes como o anúncio de
resultados, pagamento de dividendos ou a emissão de acções ou outros valores
mobiliários ocorridos ao longo do exercício.

Na Assembleia Geral de 31 de Março de 2006 foi aprovada a renominalização do


capital social da Altri através da divisão de cada uma das acções representativas do
capital social com o valor nominal de 0,50 euros cada em duas novas acções com o
valor nominal de 0,25 euros cada. Tal operação concretizou-se em 5 de Maio de
2006. Deste modo, o gráfico abaixo encontra-se ajustado desde 1 de Janeiro de
2006 para o novo número total de acções (102.565.836 acções de valor nominal de
0,25 euros).

Evolução bolsista

4,5
4,0
3,5
3,0 25 Out

2,5 6 Set
Altri
2,0
1,5 5 Mai
8 Jun
8 Mar 26 Abr
1,0 31 Mar
0,5
6 Abr
0,0
06

6
06

6
06

6
06

06
6

6
6

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ai
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Ju

Se
Ab

Ju

De
Fe
Ja

Ag
M

O
M

• 8 de Março de 2006 - o Grupo anunciou a sua performance relativamente ao


exercício de 2005, cifrando-se o resultado líquido em aproximadamente 10,5
milhões de euros (correspondentes a apenas 10 meses de actividade, dado a
Empresa ter sido constituída com efeitos reportados a 1 de Março de 2005). Os
proveitos operacionais, que ascenderam a 152 milhões de euros, foram
positivamente influenciados pelo crescimento das vendas do segmento de pasta
e papel, com o contributo dado pelo Grupo Celtejo (que contribuiu para o Grupo
com cinco meses de actividade). As acções da Altri fecharam a 1,58 euros por
acção.

Relatório e contas ‘06 26


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

• 31 de Março – realização da Assembleia Geral de aprovação de contas do


exercício de 2005, com votação positiva da Assembleia relativamente à
distribuição de um dividendo de 0,05 euros por acção.

• 6 de Abril - comunicação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)


de que, conforme aprovado em Assembleia Geral realizada em 31 de Março de
2006, a Altri iria pagar um dividendo unitário de 0,05 euros, relativo ao exercício
de 2005, a partir do dia 28 do mesmo mês. Nesta data as acções valorizaram 8%
para os 1,95 euros.

• 26 de Abril - foram comunicados ao mercado os resultados da Altri relativos ao


primeiro trimestre de 2006, cujas contas consolidadas apresentaram um volume
de proveitos operacionais superior a 56 milhões de euros (aumento de 9% face
ao período homólogo comparável) e um aumento de 30% ao nível dos resultados
operacionais. Nesta data a cotação da Altri, S.G.P.S., S.A. encerrou nos 1,97
euros por acção.

• 28 de Abril – a empresa iniciou o pagamento dos dividendos relativos ao


exercício de 2005.

• 5 de Maio – no seguimento da deliberação tomada na Assembleia Geral realizada


em 31 de Março, a Empresa procedeu à renominalização do seu capital social,
através da divisão de cada uma das acções, com o valor nominal de 0,5 euros,
em duas novas acções com o valor nominal de 0,25 euros.

• 8 de Junho – a Altri, S.G.P.S., S.A. comunicou ao mercado ter celebrado com a


sociedade STORA ENSO PULP A.B. um contrato promessa de compra e venda de
15.493.288 acções ordinárias representativas de 99,96% do capital social e
100% dos direitos de voto da Celulose Beira Industrial, S.A. (CELBI). No dia
seguinte ao da realização do comunicado as acções da Altri, SGPS, S.A. atingiram
o máximo do primeiro semestre, ao encerrar a sessão nos 2,42 euros por acção.

• 6 de Setembro – apresentação das contas consolidadas do primeiro semestre de


2006. O Grupo atingiu no período um resultado líquido de 8,7 milhões de euros,
e um cash-flow operacional de 23 milhões de euros. Os proveitos operacionais
ascenderam a 122 milhões de euros e os resultados operacionais a 14,5 milhões
de euros.

• 25 de Outubro – apresentação das contas consolidadas do terceiro trimestre de


2006, com proveitos operacionais de 197 milhões de euros, resultados líquidos
de 12 milhões de euros e um cash-flow operacional de 40,6 milhões de euros.
Nesta data as acções da Altri encerram a sessão a 3,85 euros.

5. Política de dividendos

Tendo sido constituída no decurso do exercício de 2005, a Altri não tem ainda um
historial de distribuição de dividendos perfeitamente definido. No entanto, de acordo
com a política definida pelo Conselho de Administração, são propostos montantes
relativos a distribuição de dividendos que tenham como objectivo proporcionar uma
adequada remuneração aos accionistas do capital investido, sem nunca perder de
vista as necessidades de expansão/investimento do Grupo.

Relativamente ao exercício de 2005, foi efectuada uma distribuição de dividendos no


montante de 2.564.146 euros, correspondendo a um dividendo de 0,05 euros por
acção para um total de 51.282.918.

Relatório e contas ‘06 27


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Relativamente ao exercício de 2006, o Conselho de Administração propõe um


dividendo de 0,050 euros por acção para um total de 102.565.836 acções,
correspondendo assim a um valor global de dividendos de 5.128.292 euros.

6. Planos de atribuição de acções e de opção de aquisição de acções

A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de


opções de aquisição de acções aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus
trabalhadores.

7. Negócios realizados entre a Sociedade e membros dos órgãos sociais

Durante o exercício de 2006, não foram realizados quaisquer negócios entre a


Sociedade e os membros dos seus órgãos sociais (de administração e de
fiscalização), titulares de participações qualificadas ou sociedades em relação de
domínio ou grupo, que não tenham sido realizados em condições normais de
mercado para operações do mesmo género, e sempre inseridas na actividade normal
da sociedade, de gestão das suas participações financeiras.

8. Gabinete de Apoio ao Investidor

Na sociedade existe um representante para as relações com o mercado – Dr. Alfredo


Luís Portocarrero Pinto Teixeira, secretário da Sociedade.
Os contactos com vista à obtenção de informações por parte de investidores poderão
ser efectuados pelas seguintes vias:

Rua do General Norton de Matos, 68 – r/c


4050-424 Porto
Porto
Telefone: 22 8346502
Fax: 22 8346503
E-mail: aportocarrero@altri.pt

Sempre que necessário, este representante assegura ao mercado a prestação de


toda a informação relevante no tocante a acontecimentos marcantes, factos
enquadráveis como factos relevantes, divulgação trimestral de resultados e resposta
a eventuais pedidos de esclarecimento por parte dos investidores ou público em
geral sobre informação financeira de carácter público.

Adicionalmente, através da sua página oficial na Internet (www.altri.pt), a Altri


disponibiliza informação financeira relativamente à sua actividade individual e
consolidada, bem como das suas empresas participadas. Este site é igualmente
utilizado pela empresa para divulgação de comunicados efectuados à imprensa com
indicação sobre quaisquer factos relevantes para a vida societária. Nesta página
encontram-se igualmente disponíveis os documentos de prestação de contas da
Empresa.

9. Comissão de remunerações

Conforme mencionado anteriormente, não se encontra em funções a comissão de


remunerações prevista nos estatutos da Sociedade, em virtude de os membros do
Conselho de Administração e restantes órgãos sociais não serem remunerados
directamente pela Altri, S.G.P.S., S.A. mas directamente pelas empresas subsidiárias
onde desempenham funções.

Relatório e contas ‘06 28


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

10. Remunerações pagas aos auditores

As remunerações pagas aos nossos auditores e a outras pessoas colectivas


pertencentes à mesma rede, pelas empresas em relação de domínio ou de grupo,
ascendem a cerca de 542 mil euros, distribuídas da seguinte forma:

- Serviços de revisão legal das contas 39,8%


- Outros serviços de garantia de fiabilidade 26,4%
- Serviços de consultoria fiscal 23,4%
- Outros serviços 10,4%

O Conselho de Administração, na solicitação dos projectos atribuídos aos auditores


das empresas do grupo, assegura, antes da sua adjudicação, que a estes e sua
respectiva rede não são contratados serviços que, nos termos da Recomendação da
Comissão Europeia nº C (2002) 1873 de 16 de Maio de 2002 possam pôr em causa a
sua independência. Adicionalmente, a independência é salvaguardada pelo facto de
os outros serviços serem prestados por profissionais diferentes dos que executam os
trabalhos de auditoria financeira.

Adicionalmente, conforme anteriormente mencionado, será proposto em Assembleia


Geral de Accionistas uma alteração dos órgãos sociais da Sociedade, no seguimento
das alterações efectuadas ao código das sociedades comerciais. Caso a proposta
apresentada venha a ser aprovada em Assembleia Geral, será nomeado um
Conselho Fiscal, composto por três membros, e que incluirá nas suas funções a
verificação da actividade e independência do Revisor Oficial de Contas.

II. Exercício de direitos de voto e representação de accionistas

A Altri, previamente a cada Assembleia Geral, e respeitando os prazos legais,


procede a ampla publicitação das datas em que as mesmas ocorrerão, sendo
complementado no site institucional da Altri (www.altri.pt) o aviso da convocatória.

A Assembleia Geral é constituída por todos os accionistas com direito a voto,


correspondendo um voto a cada mil acções.

Tem direito a voto o accionista titular de, pelo menos, mil acções registadas ou
depositadas em seu nome em sistema centralizado de valores mobiliários. Os
registos e depósitos anteriormente referidos deverão mostrar-se efectuados com a
antecedência mínima de quinze dias relativamente à data para que a reunião da
Assembleia Geral foi convocada.

Os actuais estatutos da Sociedade não definem especificamente qual a antecedência


exigida para o bloqueio das acções para a participação na Assembleia Geral. A
convocatória para a Assembleia Geral de aprovação de contas do exercício de 2006
inclui uma proposta de alteração de estatutos de modo a contemplar esta situação.
De acordo com a actual proposta, “o registo ou depósito (…) e o bloqueio da acção
ou acções até á data da reunião da Assembleia Geral deverão mostrar-se efectuados
e ser comprovados perante a sociedade com a antecedência mínima de 5 dias úteis
relativamente à data” da Assembleia Geral.

Relatório e contas ‘06 29


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

No seu artigo 10º, ponto 8, os actuais estatutos da Empresa definem que “os
accionistas não poderão votar por correspondência, salvo nos casos em que
disposição legal autorizar imperativamente essa forma de voto”.
Da convocatória para a Assembleia Geral de aprovação de contas do exercício de
2006 consta uma proposta de alteração ao mencionado artigo 10º. Caso a
Assembleia Geral venha a aprovar a referida proposta, passará a ser permitido o
voto por correspondência, sendo observado o seguinte:
- “o voto por correspondência deverá ser exercido por declaração escrita, com a
assinatura devidamente reconhecida (por notário, advogado ou solicitador),
acompanhada de documento comprovativo da inscrição de acções em nome do
accionista e respectiva imobilização até ao termo do dia da realização da assembleia
geral”;
- “a declaração de se pretender exercer o voto por correspondência e o documento
comprovativo da qualidade de accionista devem ser entregues na sede social, até às
dezassete horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a reunião, com
identificação do remetente, dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral”;
- “deverá haver uma declaração de voto para cada ponto da Ordem do Dia para o
qual seja admitido o voto por correspondência e cada declaração de voto deverá ser
enviada em envelope fechado e lacrado, dentro da referida carta, e só poderá ser
aberta pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral no momento da contagem dos
votos, pelo que cada envelope deverá indicar no seu exterior o ponto da Ordem do
Dia a que o voto respeitar”;
- “os votos emitidos por correspondência valerão como votos negativos em relação a
propostas de deliberação apresentadas ulteriormente à emissão do voto”;
- “a presença na Assembleia Geral do accionista ou de representante deste será
entendida como revogação do seu voto por correspondência”.

Não existe um modelo especificamente determinado para o exercício do direito de


voto por correspondência.

Não se encontra para já prevista a possibilidade do exercício de direito de voto por


meios electrónicos.

Os accionistas individuais com direito de voto poderão fazer-se representar por outro
accionista, por cônjuge, ascendente ou descendente, ou por qualquer membro do
Conselho de Administração. As pessoas colectivas que sejam accionistas da
Sociedade serão representadas por quem designarem para o efeito. As
representações mencionadas devem ser comunicadas ao Presidente da Mesa da
Assembleia Geral, por carta entregue na sede social, até às dezassete horas do
quinto dia anterior ao dia designado para a reunião da Assembleia Geral.

Os accionistas que não forem titulares de um número de acções necessário para que
tenham direito de voto, poderão agrupar-se de forma a perfazer esse número,
devendo designar um só deles que a todos represente na Assembleia Geral.

Relatório e contas ‘06 30


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

III. Regras Societárias

Código de Conduta e Regulamentos Internos

Pelo facto da Altri ter a qualidade de Sociedade Aberta, existe por parte da
Administração e seus colaboradores uma grande atenção no cumprimento dos
deveres de confidencialidade nas relações com terceiros, salvaguardando a posição
da Altri em situações de conflito de interesse.

Foi aprovado pelo Conselho de Administração da Altri um regulamento interno que


define que os membros da Administração estão impedidos de transaccionar acções
representativas do capital da Altri, S.G.P.S., S.A., bem como títulos nelas convertíveis
ou que a elas confiram direitos:
a) no período compreendido entre o 15º dia anterior ao termo de cada
trimestre ou de cada exercício e a divulgação pública, qualquer que seja o
meio utilizado, dos correspondentes resultados;
b) no período compreendido entre a decisão dos órgãos competentes da Altri,
S.G.P.S., S.A. de propor uma emissão de acções representativas do seu
capital social ou de títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direito
e a respectiva divulgação pública, qualquer que seja o meio utilizado para o
efeito.

Sempre que esteja em curso uma operação sobre o capital da Altri, S.G.P.S., S.A.
que tenha dado lugar à publicação de prospecto, não se aplicam as disposições
anteriormente apresentadas desde a data da publicação do prospecto até ao termo
do período de subscrição ou aquisição dos valores abrangidos pela operação objecto
desse prospecto.

No que se refere ao seu controlo interno, as empresas operacionais do Grupo Altri


possuem órgãos de controlo de gestão que exercem a sua actividade a todos os
níveis das empresas participadas, elaborando relatórios com periodicidade mensal
para cada Conselho de Administração, isto para além da actividade desenvolvida
pelo Revisor Oficial de Contas e dos auditores externos, que nos termos da lei
exercem funções nas diversas sociedades.

Não existem quaisquer condições específicas que limitem o exercício de direitos de


voto pelos accionistas da Sociedade ou outras matérias susceptíveis de interferir no
êxito de Ofertas Públicas de Aquisição; não existem igualmente quaisquer acordos
para-sociais que sejam do conhecimento da Sociedade.

Relatório e contas ‘06 31


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

IV. Órgão de administração

1. Caracterização do Conselho de Administração

De acordo com os actuais estatutos da Altri, o Conselho de Administração é


constituído por três, cinco, sete ou nove membros, accionistas ou não, eleitos em
Assembleia Geral por períodos de 3 anos.

O actual Conselho de Administração é constituído por 5 elementos, sendo os seus


cargos distribuídos como segue:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes Presidente


João Manuel Matos Borges de Oliveira Vogal
Pedro Macedo Pinto de Mendonça Vogal
Domingos José Vieira de Matos Vogal
Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira Vogal

Todos os actuais membros do Conselho de Administração da Altri desempenham


funções executivas. Os membros do Conselho de Administração da Altri não podem
ser considerados independentes, na medida em que todos eles fazem parte do
Conselho de Administração da Cofihold, S.G.P.S., S.A., empresa detentora de cerca
de 20% do capital da Altri, e que sobre ela exerce uma influência dominante.

Os actuais membros do Conselho de Administração foram nomeados para o triénio


2005/2007 através da escritura de cisão que deu lugar à criação da Altri, realizada
no dia 14 de Fevereiro de 2005, tendo sido esta a primeira nomeação dos membros.

Em 31 de Dezembro de 2006 os membros do Conselho de Administração eram


titulares das seguintes acções da Altri:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes 3.085.746


João Manuel Matos Borges de Oliveira 2.290.000
Pedro Macedo Pinto de Mendonça 852.500
Domingos José Vieira de Matos 3.469.716
Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira 2.290.000

A qualificação profissional dos actuais membros do Conselho de Administração,


actividade profissional desenvolvida e a indicação de outras empresas onde
desempenha funções de administração, é como segue:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

Foi um dos fundadores da Cofina (sociedade que deu origem à Altri, por cisão),
tendo estado directamente envolvido na gestão do Grupo desde a sua criação. É
licenciado em Engenharia Electrónica pela Universidade do Porto, tendo
posteriormente concluído um MBA na Universidade de Lisboa. Desempenha funções
nas áreas de media e indústria, bem como na definição estratégica do Grupo.

Relatório e contas ‘06 32


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

As outras empresas onde desempenha funções de administração são:


- Cofina, S.G.P.S., S.A. (a)
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Canal de Negócios – Edição de Publicações, Lda. (a)
- Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A.
- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
- Cofina.com II, S.G.P.S., S.A. (a)
- Cofinagest.com, Consultoria, S.A. (a)
- CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A.
- Edisport – Soc. de Publicações Desportivas, S.A. (a)
- F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A.
- F. Ramada II Imobiliária, S.A.
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda.
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A.
- IMC – Investimentos, Média e Conteúdos, S.G.P.S., S.A. (a)
- Invescaima, S.G.P.S., S.A.
- Investec II, S.G.P.S., S.A. (a)
- Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a)
- Mediafin – S.G.P.S., S.A. (a)
- Presselivre – Imprensa Livre, S.A. (a)
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Rodão Power, S.A.
- Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a)

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2006, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, SGPS, S.A.

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Sendo igualmente um dos fundadores da Cofina (sociedade que deu origem à Altri,
por cisão), é licenciado em Engenharia Química pela Universidade do Porto, tendo
frequentado uma pós graduação na Universidade Católica de Lisboa e concluído o
MBA do Insead. Desempenha funções nas áreas de media e indústria, bem como na
definição estratégica do Grupo.

As outras empresas onde desempenha funções de administração são:


- Cofina, S.G.P.S., S.A. (a)
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A.
- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
- Cofina.com II, S.G.P.S., S.A. (a)
- Edisport – Soc. de Publicações Desportivas, S.A. (a)
- F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A.
- F. Ramada II Imobiliária, S.A.
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda.
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A.

Relatório e contas ‘06 33


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

- IMC – Investimento, Media e Conteúdos, S.G.P.S., S.A. (a)


- Invescaima, S.G.P.S., S.A.
- Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a)
- Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a)
- Presselivre – Imprensa Livre, S.A. (a)
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Universal Afir - Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A.

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2006, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, SGPS, S.A.

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Frequentou a Faculdade de Medicina do Porto durante dois anos, detendo a


licenciatura em Mecânica pela Ecole Superiore de L’Etat em Bruxelas.

As outras empresas onde desempenha funções de administração são:


- Cofina, S.G.P.S., S.A. (a)
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A.
- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A.
- F. Ramada II Imobiliária, S.A.
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda.
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A.
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2006, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, SGPS, S.A.

Domingos José Vieira de Matos

É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto,


tendo iniciado actividades de gestão em 1978.

As outras empresas onde desempenha funções de administração são:


- Cofina, S.G.P.S., S.A. (a)
- Caima – Indústria de Celulose, S.A.
- Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A.
- Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A.
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A.
- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A. (a)
- F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a)
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. (a)
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a)
- Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a)
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A.

Relatório e contas ‘06 34


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

- Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A.

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2006, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, SGPS, S.A.

Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira

É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, e


iniciou a sua carreira em 1988 como director comercial.

As outras empresas onde desempenha funções de administração são:


- Cofina, S.G.P.S., S.A. (a)
- Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A. (a)
- F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de
Armazenagem, S.A.
- F. Ramada II Imobiliária, S.A.
- F. Ramada Serviços de Gestão, Lda.
- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A.
- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)
- Silvicaima – Sociedade Silvícola Caima, S.A.
- Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A.

(a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2006, não podem ser consideradas


como fazendo parte do grupo Altri, SGPS, S.A.

2. Comissão Executiva

Não existe qualquer Comissão Executiva com competências em matéria de gestão.


As decisões de gestão são tomadas directamente pelo Conselho de Administração,
no desenrolar normal das suas funções, pelo que se considera ser a constituição de
uma comissão deste tipo desnecessária ao bom funcionamento da sociedade e à
protecção dos interesses dos investidores.

3. Controlo exercido pelo Conselho de Administração

Competem ao Conselho de Administração os mais amplos poderes de gestão e


representação da sociedade e a realização de todas as operações relativas à
execução do objecto social, nomeadamente:

- Adquirir, alienar e onerar quaisquer bens móveis, designadamente veículos


automóveis e, observados os limites legais, imóveis;
- Adquirir participações sociais noutras sociedades;
- Alienar participações sociais noutras sociedades;
- Tomar e dar de locação quaisquer bens móveis e imóveis;
- Constituir mandatários ou procuradores para a prática de determinados actos
ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos;
- Representar a sociedade em juízo e fora dele activa e passivamente, propor e
fazer seguir acções judiciais, confessá-las e nelas desistir da instância ou do
pedido e transigir, bem como, comprometer-se em árbitros.

Não existe limitação quanto ao número máximo de cargos acumuláveis pelos


administradores em órgãos de administração de outras sociedades, tentando os
membros do Conselho de Administração da Altri fazer parte das administrações das

Relatório e contas ‘06 35


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

empresas participadas mais relevantes do grupo, de forma a permitir um mais


próximo acompanhamento das suas actividades.

O Conselho de Administração reúne regularmente, sendo as suas deliberações


válidas apenas quando esteja presente a maioria dos seus membros. Durante o ano
de 2006 o Conselho de Administração da Sociedade reuniu 12 vezes, estando as
correspondentes actas registadas no livro de actas do Conselho de Administração.
Relativamente às reuniões dos Conselhos de Administração das sociedades
participadas dos quais os administradores da Altri também fazem parte, estas
ocorrem com a periodicidade necessária ao adequado acompanhamento das suas
operações.

4. Politica de remunerações

Os membros do Conselho de Administração não auferem qualquer remuneração pela


Sociedade sendo remunerados directamente pelas restantes sociedades do Grupo
Altri onde exercem funções de administração. A remuneração dos membros do
Conselho de Administração não está directamente dependente da evolução da
cotação das acções da Sociedade.

Não se encontra definida nenhuma política de compensações a atribuir aos membros


do Conselho de Administração em caso de destituição ou cessação antecipada de
contrato.

5. Remuneração dos membros do Conselho de Administração

As remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração da Altri


durante o exercício de 2006, no exercício das suas funções em empresas do grupo
foram como segue:

Remuneração fixa 828.000


Remuneração variável 907.400
-------------
1.735.400
======

A remuneração variável atribuída resulta do desempenho das sociedades que


compõem o Grupo, sendo os critérios da sua atribuição antecipadamente definidos.

Não existem:
- planos ou sistemas de incentivos relacionados com a atribuição de acções
aos membros do Conselho de Administração;
- indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores relativamente à
cessão de funções durante o exercício;
- regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os
administradores;
- benefícios não pecuniários considerados como remuneração.

6. Política de comunicação de irregularidades ocorridas na Sociedade

Tendo em consideração a proximidade dos membros do Conselho de Administração


relativamente às actividades correntes das diversas empresas do Grupo, os
colaboradores do grupo, não existe formalmente um modelo de comunicação de
irregularidades internas, sendo que esta proximidade permite que sempre que são

Relatório e contas ‘06 36


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

detectadas irregularidades, são prontamente comunicadas aos administradores que


asseguram a implementação de procedimento que visam lidar de modo eficaz e justo
com as eventuais irregularidades relatadas.

DISPOSIÇÕES LEGAIS

Acções próprias

Nos termos e para os efeitos do disposto no art. 66º do Código das Sociedades
Comerciais, informa-se que em 31 de Dezembro de 2006 a Altri não detinha acções
próprias não tendo adquirido ou alienado acções próprias durante o exercício.

Acções detidas pelos órgãos sociais da Altri

Nos termos e para os efeitos do disposto no art. 447º do Código das Sociedades
Comerciais, informa-se que, em 31 de Dezembro de 2006 os administradores da
Sociedade detinham as seguintes acções:

Nome Nº de acções detidas


Paulo Jorge dos Santos Fernandes 3.085.746
João Manuel Matos Borges de Oliveira 2.290.000
Pedro Macedo Pinto de Mendonça 852.500
Domingos José Vieira de Matos 3.469.716
Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira 2.290.000

Durante o exercício de 2006, o administrador Paulo Jorge dos Santos Fernandes procedeu
à alienação de 100.000 acções da Altri, em 8 de Maio de 2006, tendo recebido a
contrapartida de 232.467 euros.

Em 31 de Dezembro de 2006, o Fiscal Único e os membros da Mesa da Assembleia Geral


não possuíam acções representativas do capital social da Altri, com excepção da primeira
secretária, Ana Rebelo Mendonça Fernandes, que possuía 6.369.340 acções da sociedade.

Participação no Capital da Sociedade

Nos termos e para os efeitos do disposto nos Artigos 16º e 20º do Código de Valores
Mobiliários e no Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que as
sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que
ultrapasse os 2%, 5%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as
notificações recebidas até à data na sede da Sociedade são como segue:

Nº de acções % directa de
Superior a 2% dos direitos de voto
detidas direitos de voto
Domingos José Vieira de Matos 3.469.716 3,38%
Paulo Jorge dos Santos Fernandes 3.085.746 3,01%
João Manuel Matos Borges de Oliveira 2.290.000 2,23%
Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira 2.290.000 2,23%
Millennium bcp – Gestão de Fundos de Investimentos, S.A. 2.202.153 2,15%
J.P. Morgan Chase & Co. 2.094.052 2,04%

Relatório e contas ‘06 37


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Nº de acções % directa de
Superior a 5% dos direitos de voto
detidas direitos de voto
UBS AG – ZURIQUE 10.348.392 10,09%
Ana Rebelo Mendonça Fernandes 6.369.340 6,21%

Nº de acções % directa de
Superior a 20% dos direitos de voto
detidas direitos de voto
Cofihold, S.G.P.S., S.A.
a) directamente 21.000.000 20,47%

b) indirectamente, através dos seus administradores


Paulo Jorge dos Santos Fernandes 3,01%
João Manuel Matos Borges de Oliveira 2,23%
Pedro Macedo Pinto de Mendonça 0,83%
Domingos José Vieira de Matos 3,38%
Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira 2,23%

A Altri não foi notificada de qualquer participação acima de 33% dos direitos de voto.

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Os membros do Conselho de Administração da Altri, S.G.P.S., S.A. declaram assumir a


responsabilidade pela presente informação e asseguram que os elementos nela inscritos
são verídicos e que não existem omissões que sejam do seu conhecimento.

Nos termos do art. 21º do Decreto-Lei 411/91, de 17 de Outubro informamos que não
existem dívidas em mora perante o Estado, nomeadamente perante a Segurança Social.

Relatório e contas ‘06 38


RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não queremos concluir sem expressar o nosso agradecimento, reconhecendo a dedicação


e empenho dos Colaboradores do Grupo Altri. Finalmente, gostaríamos de expressar a
nossa gratidão pela colaboração prestada pelos restantes Órgãos Sociais, a qual é
extensiva às Instituições Bancárias que connosco se relacionaram.

Porto, 12 de Março de 2007

O Conselho de Administração

Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Domingos José Vieira de Matos

Carlos Manuel Matos Borges de Oliveira

Relatório e contas ‘06 39


ALTRI, SGPS, S.A.

BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO Notas 31.12.2006 31.12.2005


ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Activos biológicos 9 55.324.771 21.673.658
Imobilizações corpóreas 6 245.092.772 124.744.084
Diferenças de consolidação 7 266.875.965 14.339.391
Imobilizações incorpóreas 8 667.898 482.183
Investimentos em empresas associadas 4 7.750.614 -
Instrumentos financeiros detidos até à maturidade 15.000 -
Investimentos disponíveis para venda 4 1.190.072 2.855.017
Outros activos não correntes 345.463 117.767
Activos por impostos diferidos 10 8.992.788 5.931.984
Total de activos não correntes 586.255.343 170.144.084

ACTIVOS CORRENTES:
Existências 9 55.408.732 42.814.930
Clientes 11 81.381.318 54.137.161
Outras dívidas de terceiros 12 21.189.534 9.041.543
Outros activos correntes 13 4.207.931 668.639
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados 4 2.829.120 7.905.963
Caixa e equivalentes de caixa 14 22.652.129 5.412.270
Total de activos correntes 187.668.764 119.980.506

Total do activo 773.924.107 290.124.590

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.2006 31.12.2005

CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social 15 25.641.459 25.641.459
Reserva legal 182.597 -
Outras reservas 39.041.091 34.688.170
Resultado líquido consolidado do exercício 20.843.789 10.415.229
Total do capital próprio atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe 85.708.936 70.744.858

Interesses minoritários 290.356 1.778.485

Total do capital próprio 85.999.292 72.523.343

PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos bancários 16 426.886.102 57.307.614
Outros empréstimos 16 35.349.336 12.130.487
Outros credores não correntes 18 25.298.862 26.074.979
Outros passivos não correntes 19 1.624.859 2.358.877
Passivos por impostos diferidos 10 1.167.417 1.009.067
Provisões 17 4.270.534 150.637
Total de passivos não correntes 494.597.110 99.031.661

PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos bancários 16 31.426.012 13.429.544
Outros empréstimos - parcela de curto prazo 16 57.364.786 47.004.219
Fornecedores 37.058.311 31.398.153
Outras dívidas a terceiros 20 35.330.550 14.090.940
Outros passivos correntes 21 26.817.538 12.646.730
Instrumentos derivados 26 5.330.508 -
Total de passivos correntes 193.327.705 118.569.586

Total do passivo e capital próprio 773.924.107 290.124.590

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração
ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS


PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E PARA O PERÍODO COMPREENDIDO
ENTRE 1 DE MARÇO DE 2005 (DATA DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA) E 31 DE DEZEMBRO DE 2005

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2006 31.12.2005

Proveitos operacionais
Vendas 28 278.605.285 142.875.744
Prestações de serviços 28 7.086.030 5.429.739
Outros proveitos operacionais 9.844.107 3.228.399
Total de proveitos operacionais 295.535.422 151.533.882
Custos operacionais
Custo das vendas 9 108.431.532 59.778.513
Fornecimento de serviços externos 74.788.295 39.163.764
Custos com o pessoal 40.845.703 21.266.616
Amortizações e depreciações 6e8 19.497.642 10.390.493
Provisões e perdas por imparidade 17 3.587.346 935.797
Outros custos operacionais 4.722.442 1.972.151
Total de custos operacionais 251.872.960 133.507.334
Resultados operacionais 28 43.662.462 18.026.548

Resultados relativos a empresas associadas 22 284.368 -


Resultados relativos a outros investimentos 22 (2.765.452) 922.037
Custos financeiros 22 (16.692.411) (4.420.688)
Proveitos financeiros 22 2.172.361 265.846
Resultado antes de impostos 26.661.328 14.793.743

Impostos sobre o rendimento 10 (5.552.515) (4.226.483)


Resultado depois de impostos 21.108.813 10.567.260

Atribuível a:
Detentores de capital próprio da empresa-mãe 27 20.843.789 10.415.229
Interesses minoritários 265.024 152.031

Resultados por acção:


Básico 27 0,24 0,12
Diluído 27 0,24 0,12

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados.

O Conselho de Administração
ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO


PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E PARA O PERÍODO COMPREENDIDO
ENTRE 1 DE MARÇO DE 2005 (DATA DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA) E 31 DE DEZEMBRO DE 2005

(Montantes expressos em Euros)

Atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe


Reserva Resultado Interesses Total do capital
Capital social legal Outras reservas líquido Total minoritários próprio
Reserva de Reserva de
Notas cobertura conversão Outras

Constituição da Empresa (1 de Março de 2005) 25.641.459 - 792.463 (225.189) 34.869.504 - 61.078.237 1.040.788 62.119.025
Variação nas reservas:
Reservas de conversão - - - 45.736 - - 45.736 - 45.736
Reservas de cobertura - - (792.463) - - - (792.463) - (792.463)
Outras variações - - - - (1.881) - (1.881) - (1.881)
Aquisição de participação na Celulose do Caima, SGPS, S.A. - - - - - - - (1.040.788) (1.040.788)
Aquisição de participação na Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - - - - - - - 1.626.454 1.626.454
Resultado consolidado líquido do
exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 - - - - - 10.415.229 10.415.229 152.031 10.567.260
Saldo em 31 de Dezembro de 2005 25.641.459 - - (179.453) 34.867.623 10.415.229 70.744.858 1.778.485 72.523.343

Saldo em 1 de Janeiro de 2006 25.641.459 - - (179.453) 34.867.623 10.415.229 70.744.858 1.778.485 72.523.343
Aplicação do resultado consolidado de 2005:
Transferência para reserva legal e resultados transitados - 182.597 - - 7.668.486 (7.851.083) - - -
Dividendos distribuídos 30 - - - - (2.564.146) (2.564.146) - (2.564.146)
Variação nas reservas:
Reservas de conversão - - - 38.204 - - 38.204 - 38.204
Reservas de cobertura (3.377.780) - (3.377.780) (3.377.780)
Outras variações - - (18.515) - 42.526 - 24.011 24.935 48.946
Aquisição de participação adicional na Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 4e5 - - - - - - - (1.778.088) (1.778.088)
Resultado líquido consolidado do
exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 - - - - - 20.843.789 20.843.789 265.024 21.108.813
Saldo em 31 de Dezembro de 2006 25.641.459 182.597 (3.396.295) (141.249) 42.578.635 20.843.789 85.708.936 290.356 85.999.292

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração
ALTRI , SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O PERÍODO


PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1 DE MARÇO DE 2005 (DATA DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA)
E 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2006 2005

Actividades operacionais:
Recebimentos de clientes 283.196.549 130.464.669
Pagamentos a fornecedores (188.364.216) (82.486.693)
Pagamentos ao pessoal (39.637.122) (17.443.405)
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (15.616.955) (11.056.134)
Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas 3.402.671 42.980.927 (1.159.705) 18.318.732
Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) 42.980.927 18.318.732

Actividades de investimento:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 1 13.262.718 5.995.210
Imobilizações corpóreas 543.999 2.318.809
Subsidios ao investimento 52.980 907.049
Juros e proveitos similares 1.197.952 15.057.649 287.344 9.508.412
Pagamentos relativos a:
Investimentos financeiros 1 (442.344.938) (53.345.115)
Imobilizações incorpóreas (338.893) (305.442)
Imobilizações corpóreas (29.737.436) (14.434.213)
Empréstimos concedidos (3.500.000) -
Activos biológicos (3.413.694) (479.334.961) (2.440.591) (70.525.361)
Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) (464.277.312) (61.016.949)

Actividades de financiamento:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 563.639.805 563.639.805 203.121.018 203.121.018
Pagamentos respeitantes a:
Amortização de contratos de locação financeira (1.003.306) (673.159)
Juros e custos similares (11.168.931) (3.101.326)
Dividendos distribuídos (2.564.146) -
Empréstimos obtidos (123.067.675) (137.804.058) (116.049.008) (119.823.493)
Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) 425.835.747 83.297.525

Caixa e seus equivalentes no início do exercício (a) 2 3.007.363 (39.567.682)


Efeito de variação de perímetro 1 6.384.554 1.975.737
Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) 4.539.362 40.599.308
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2 13.931.279 3.007.363

(a) Saldo inicial de 2005 transferido por cisão da Cofina, SGPS, S.A. (Nota Introdutória)

O Anexo faz parte integrante da demonstração consolidada de fluxos de caixa.

O Conselho de Administração
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO À DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO
FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

1. PAGAMENTOS E RECEBIMENTOS RELATIVOS A INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 os pagamentos e recebimentos relativos a


investimentos financeiros foram os seguintes:

Aquisições Valor da Valor


transacção pago/cobrado

Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. 430.564.591 430.564.591


EDP Bioeléctrica, S.A. 7.442.843 7.442.843
Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 1.778.088 1.778.088
Títulos detidos para negociação 2.534.420 2.534.420
Outros 24.996 24.996
----------------- -----------------
442.344.938 442.344.938
========== ==========
Alienações
Títulos detidos para negociação 7.776.168 7.776.168
Títulos disponíveis para venda 5.486.550 5.486.550
---------------- ---------------
13.262.718 13.262.718
========= =========

O valor de Caixa e seus equivalentes adquirido durante o exercício findo em 31 de Dezembro de


2006, através da aquisição da Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. ascendeu a 6.384.554 Euros.

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A discriminação de caixa e seus equivalentes constantes da demonstração dos fluxos de caixa para os
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 e a reconciliação entre esse valor e o montante de
“Caixa e seus equivalentes” constante do balanço nessa data é como segue:

31.12.2006 31.12.2005
Caixa 232.606 44.383
Depósitos à ordem 22.419.523 5.367.887
22.652.129 5.412.270

Descobertos bancários ( 8.720.850) ( 2.404.907)

13.931.279 3.007.363
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Altri, SGPS, S.A. (“Altri” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1 de Março de 2005, com
sede na Rua General Norton de Matos, 68, r/c no Porto e que tem como actividade principal a gestão de
participações sociais, sendo as suas acções cotadas na Euronext Lisbon.

A Altri foi constituída no âmbito do projecto de reestruturação da Cofina, SGPS, S.A. através da cisão
representativa de 97,23% da participação social detida por aquela sociedade na Celulose do Caima, SGPS,
S.A., na modalidade de cisão-simples prevista na alínea a) do n.º 1 do art. 118º do Código das Sociedades
Comerciais. A data relevante para produção de efeitos contabilísticos e jurídicos da referida cisão foi 1 de
Março de 2005.

As acções representativas do capital social da Altri, SGPS, S.A. foram atribuídas aos accionistas da Cofina,
SGPS, S.A. na relação de uma acção representativa do capital social da Altri, SGPS, S.A. por cada acção da
Cofina, SGPS, S.A. detida, tendo sido admitidas à negociação no mercado de cotações oficiais gerido pela
Euronext Lisbon no dia 1 de Março de 2005.

Actualmente a Altri dedica-se à gestão de participações sociais essencialmente na área industrial, sendo a
empresa-mãe do grupo de empresas indicado na Nota 4 e designado por Grupo Altri. As principais áreas de
actuação do Grupo são:
a) produção de pasta de papel e papel, através das unidades operacionais dos Grupos Celbi, Celtejo e Caima;
b) comercialização de aço e sistemas de armazenagem, através do Grupo F. Ramada.

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Altri são apresentadas em Euros, sendo esta a divisa
utilizada pelo Grupo nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional. As operações das
sociedades estrangeiras cuja moeda funcional não seja o Euro são incluídas nas demonstrações financeiras
consolidadas de acordo com a política estabelecida na Nota 2.2.d).

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas


são como segue:

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas a partir dos livros e registos
contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 4) ajustados de modo a reflectir os princípios de
mensuração e reconhecimento das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“International Financial
Reporting Standards – IFRS” – anteriormente designadas “Normas Internacionais de Contabilidade – IAS”)
emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) em vigor em 1 de Janeiro de 2006 tal como
adoptadas pela União Europeia no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo
histórico, excepto para alguns instrumentos financeiros que se encontram registados ao justo valor (Nota
2.3.k)).

As demonstrações financeiras intercalares são apresentadas trimestralmente de acordo com as normas e


formato impostos pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Em 31 de Dezembro de 2006 encontrava-se já emitida a IFRS 7 – “Instrumentos financeiros”, sendo a sua


aplicação obrigatória para os exercícios com início em ou após 1 de Janeiro de 2007. Esta não foi adoptada
antecipadamente pelo Grupo Altri, sendo que a sua aplicação apenas resultaria num acréscimo das
divulgações efectuadas.

-1-
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

2.2 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO

Os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações financeiras
consolidadas são os seguintes:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo Altri detenha, directa ou indirectamente, mais
de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas
políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), são incluídas nas
demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o
resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas são
apresentados separadamente no balanço consolidado e na demonstração dos resultados consolidada nas
rubricas “Interesses minoritários”. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras pelo método de
consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 4.

Quando os prejuízos atribuíveis aos accionistas minoritários excedem o interesse minoritário no capital
próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os
accionistas minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial
subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos
prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.

Nas concentrações empresariais, os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na
data de aquisição conforme estabelecido pelo IFRS 3 – “Concentrações de actividades empresariais”.
Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é
reconhecido como diferença de consolidação positiva. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o
justo valor de activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito
do exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são
apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de
resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda, respectivamente.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para
adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos
distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.

Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim
específico (“Special Purpose Entities” – SPE’s), ainda que não possua participações de capital directamente
ou indirectamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral.

b) Investimentos financeiros em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (entendendo o Grupo como tal as empresas onde
exerce uma influência significativa mas em que não detém o controlo ou o controlo conjunto das mesmas
através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos
representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência
patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, os investimentos financeiros em empresas


associadas são inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido do valor
correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da
primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. As participações financeiras são posteriormente
ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das associadas por
contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente, os dividendos destas empresas são
registados como uma diminuição do valor do investimento, e a parte proporcional nas variações dos capitais
próprios é registada como uma variação do capital próprio do Grupo.

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada
na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no valor
da rubrica “Investimentos em empresas associadas”. Se essas diferenças forem negativas, após

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

reconfirmação do justo valor atribuído, são registadas como proveito do exercício na rubrica “Resultados
relativos a empresas associadas”.

É efectuada uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo
possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem
existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são
objecto de reversão.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o
investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, excepto quando o Grupo
tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer
face a essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transacções com empresas associadas são eliminados proporcionalmente ao
interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas
não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que
o activo transferido esteja em situação de imparidade.

c) Diferenças de consolidação

Nas concentrações de actividades empresariais, as diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos
em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas
à data da sua aquisição, se positivas, são registadas na rubrica do activo “Diferenças de consolidação” ou
mantidas na rubrica “Investimentos em empresas associadas”, consoante se refiram a empresas do Grupo
ou a empresas associadas. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas
no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição,
encontram-se registadas na moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte do
Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa
conversão são registadas na rubrica de capitais próprios “Reserva de conversão”.

As diferenças de consolidação transferidas por cisão (Nota Introdutória) originadas em aquisições


anteriores a 1 de Janeiro de 2004 foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os princípios
contabilísticos geralmente aceites em Portugal a essa data, e objecto de testes de imparidade, sendo os
impactos desses ajustamentos registados na rubrica “Outras reservas”, em conformidade com as
disposições constantes da IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das IFRS”. No caso de filiais estrangeiras,
as diferenças de consolidação foram reexpressas na moeda funcional de cada filial, retrospectivamente.

O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se
existem perdas por imparidade. As perdas por imparidade das diferenças de consolidação constatadas no
exercício são registadas na demonstração de resultados do exercício na rubrica “Provisões e perdas por
imparidade”. As perdas por imparidade relativas a diferenças de consolidação não são revertidas.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo
valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, se negativas, são
reconhecidas como proveito na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos
identificáveis.

O Grupo testa anualmente a existência de imparidade das diferenças de consolidação. Os valores


recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo dos
valores de uso. Estes cálculos exigem o uso de pressupostos que são efectuados com base em estimativas
de circunstâncias futuras cuja ocorrência poderá vir a ser diferente da estimada.

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d) Conversão de demonstrações financeiras de filiais expressas em moeda estrangeira

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras incluídas na consolidação


são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio à data do balanço e os custos e proveitos bem
como os fluxos de caixa são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no
exercício. A diferença cambial resultante é registada na rubrica de capitais próprios “Reservas de
conversão”.

O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades
estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para Euros de acordo com
a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na
demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação.

A cotação utilizada na conversão para Euros das contas das filiais e empresas associadas estrangeiras
incluídas nas demonstrações financeiras anexas foi a seguinte:

Libra esterlina
Câmbio final Câmbio médio
31.12.2006 1,48482 1,46686
31.12.2005 1,45922 1,46265

2.3 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações
financeiras consolidadas, são os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e


das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável
que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se
possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu
desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o
activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de
desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são
incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como


custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos
estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios
económicos futuros para o Grupo. Nestas situações os custos são capitalizados como activos incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes
em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) e
transferidas para o Grupo Altri por cisão (Nota Introdutória), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”,
o qual corresponde ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios
contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e
de perdas por imparidade.

As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido
das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

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As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes
em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos
Terrenos e recursos naturais 20 a 50
Edifícios e outras construções 10 a 50
Equipamento básico 2 a 15
Equipamento de transporte 2 a 10
Ferramentas e utensílios 4 a 14
Equipamento administrativo 2 a 10
Outras imobilizações corpóreas 3 a 10

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em
benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos das imobilizações corpóreas são registadas como
custo do exercício em que incorridas.

As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrando-se


registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estas imobilizações são
amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a
diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo
registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos operacionais” ou “Outros custos
operacionais”.

c) Locação financeira e aluguer de longa duração

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes
responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do
activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os
juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota 2.3.b),
são registados como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.

As rendas de aluguer de longa duração referentes a bens adquiridos neste regime são reconhecidas como
custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

A classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos
em causa e não da sua forma.

d) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são


registados na rubrica “Outros proveitos operacionais” da demonstração consolidada dos resultados do
exercício em que são obtidos, independentemente da data do seu recebimento.

Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de imobilizações corpóreas são registados no
balanço como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” relativamente às parcelas de
curto prazo e de médio e longo prazo respectivamente, e reconhecidos na demonstração dos resultados
proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas.

e) Imparidade dos activos, excepto Diferenças de consolidação

É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada balanço e sempre que seja
identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se
encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é
reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e
perdas por imparidade”.

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A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda
líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades
independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é
o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do
activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo,
individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo
pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui
que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das
perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos
operacionais”. Esta reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria
reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registada
em exercícios anteriores.

f) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros (juros) relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo na
demonstração dos resultados do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

g) Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de


aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior
ao respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são


valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e
gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em
posse do Grupo encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui os custos incorridos com o corte e
“rechega” da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados de
estabelecimento, manutenção e gastos administrativos com estes activos.

As empresas do Grupo procederam ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir,
quando aplicável, as existências ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.

h) Activos biológicos

As florestas, propriedade das empresas do Grupo encontram-se classificadas na rubrica “Activos


biológicos”. O custo das florestas adquiridas ou com as plantações efectuadas e os custos incorridos com o
seu desenvolvimento, conservação e manutenção são incluídos no valor destas. O custo da madeira é
transferido para custo de produção quando a madeira é cortada. Os cortes de madeira própria são
valorizados ao custo específico de cada mata atribuído a cada corte, o qual inclui ainda os custos incorridos
em cada mata desde o último corte. São reconhecidos como custo do exercício os custos acumulados de
plantação, manutenção e gastos administrativos, proporcionais à área cortada nesse exercício.

O Conselho de Administração optou por não registar os activos biológicos ao seu justo valor por entender
que, face à natureza dos activos em avaliação, a determinação daquele depende de pressupostos que
poderão não ser fiavelmente apurados, e consequentemente o eventual justo valor não seria mensurado
com fiabilidade. É, no entanto, convicção do Conselho de Administração, com base em alguns indicadores,
que a política seguida de registo dos activos biológicos ao custo de aquisição não resultam diferenças
materialmente relevantes face ao seu registo ao justo valor.

i) Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tenha uma obrigação presente (legal
ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra
uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são
revistas na data de cada balanço e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano
formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

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j) Complementos de reforma

Algumas empresas do Grupo assumiram compromissos de conceder aos seus empregados prestações
pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas
responsabilidades existem os correspondentes fundos de pensões autónomos, cujos encargos anuais,
determinados de acordo com cálculos actuariais são registados como custos ou proveitos do exercício, em
conformidade com a IAS 19 – “Benefícios dos empregados”.

As responsabilidades actuariais são calculadas de acordo com o “Projected Unit Credit Method” utilizando
os pressupostos actuariais e financeiros considerados adequados (Nota 24).

k) Instrumentos financeiros

i) Investimentos

Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue:

Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com
pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção
positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como
Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço.

Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados fazem parte de uma carteira de
instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros no curto prazo e são
classificados como Activos correntes.

Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que não
sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de
resultados, sendo classificados como Activos não correntes.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço
pago; no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda
são incluídas no valor do activo as despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os


investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu
valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que
possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não
sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são
mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos
detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro
efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para
venda são registados no capital próprio, na rubrica de “Reserva de cobertura” incluída na rubrica
“Outras Reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento
se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade,
momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos
respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.

ii) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de
eventuais perdas de imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido.

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iii) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de transacção
que sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são
calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração dos resultados do
período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar activos e passivos e o Conselho
de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o
passivo, os mesmos são compensados, e apresentados no balanço pelo seu montante líquido.

iv) Contas a pagar

As contas a pagar que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal.

v) Instrumentos derivados

A Altri utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a
cobertura desses riscos.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos
de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos
obtidos, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de
cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de
cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos
subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços
aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os
mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos
fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
- a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
- existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
- a transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são registados pelo seu justo valor. As alterações de
justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de
cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de
cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se


vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como
instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram
registadas em capital próprio na rubrica “Reserva de cobertura”, são transferidas para resultados do
período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura
deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da
demonstração dos resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os


mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não
estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas
registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de
cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação
como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de
resultados, na rubrica de resultados financeiros.

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vi) Passivos financeiros e Instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a


substância contratual da transacção. São considerados instrumentos de capital próprio os que
evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos, sendo registados
pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

vii) Acções próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital
próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica
“Outras reservas”.

viii) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”

Os saldos a receber de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber
cedidas em “factoring com recurso” à data de cada balanço são reconhecidas no balanço até ao
momento do recebimento das mesmas.

As contas a receber cedidas em “factoring sem recurso” são apresentadas no balanço pelo seu valor
líquido dos adiantamentos recebidos.

ix) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de


caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de
três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de
valor.

Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende
também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

l) Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como (i) obrigações possíveis que surjam de
acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou
mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da empresa ou (ii) obrigações
presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável
que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a
quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os
mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios
económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência
somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas
unicamente objecto de divulgação quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

m) Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas
incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas
incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor, considerando o resultado intercalar e a
taxa anual efectiva de imposto estimada.

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Algumas das empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo Altri pelo método integral são
tributadas segundo o regime especial de tributação de grupos de sociedades, de acordo com o art. 63º do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as
diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os
respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e
anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à
data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de
lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças
temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão.
No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos
sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores
registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na
mesma rubrica.

n) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i)
são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não
seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o
controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja
provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para o Grupo e (v) os custos
incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. As vendas
são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo
valor do montante recebido ou a receber.

As empresas do grupo F. Ramada seguem o procedimento de reconhecer os resultados das obras


relacionadas com a actividade de sistemas de armazenagem pelo método da obra acabada. Neste sentido
os custos de produção já incorridos nas obras em curso permanecem registados como custos diferidos na
rubrica “Outros activos correntes” e “Existências” e a facturação antecipada destas mesmas obras estão
registadas como proveitos diferidos na rubrica “Outros passivos correntes”.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é
decidida a sua atribuição.

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios
pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que
são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes
receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas
rubricas “Outros activos correntes”, “Outros passivos correntes”, “Outros activos não correntes” e “Outros
passivos não correntes”.

Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na melhor avaliação dos
Conselhos de Administração das Empresas do Grupo.

o) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as
taxas de câmbio oficiais vigentes à data de balanço. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis,
originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na
data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na
demonstração dos resultados do exercício.

p) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre
condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

financeiras do Grupo. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram
após a data do balanço (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às
demonstrações financeiras.

q) Informação por segmentos

Em cada exercício são identificados os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo mais adequados tendo
em consideração as actividades desenvolvidas.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 28.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas nem erros materiais relativos a
períodos anteriores.

4. INVESTIMENTOS

As empresas incluídas na consolidação pelo método integral, respectivas sedes, proporção do capital detido e
actividade desenvolvida em 31 de Dezembro de 2006 são as seguintes:

Percentagem
efectiva de
Denominação social Sede participação Actividade

Empresa mãe:
Altri, SGPS, S.A. Porto Sociedade gestora de participações sociais

Grupo Caima / Celtejo / Celbi


Lisboa Sociedade gestora de participações sociais
Celulose do Caima, SGPS, S.A. 100%
Constância Produção e comercialização de pasta de
Caima Indústria de Celulose, S.A. Sul 100% papel
Constância
Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A. Sul 100% Exploração silvícola
Caima Energia – Empresa de Gestão e Constância
Exploração de Energia, S.A. Sul 100% Produção de energia térmica e eléctrica
Invescaima – Investimentos e
Sociedade gestora de participações sociais
Participações, SGPS, S.A. Lisboa 100%
Inflora – Sociedade de Investimentos
Florestais, S.A. Lisboa 100% Exploração silvícola
Vila Velha de Produção e comercialização de pasta de
Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (a)
Ródão 99,45% papel
Vila Velha de
CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. (a) Ródão 99,45% Produção e comercialização de papel
Vila Velha de
Rodão Power, S.A. – Energia e Biomassa do Ródão (a)
Ródão 99,45% Produção de energia térmica e eléctrica
Sosapel – Sociedade Comercial de Sacos de Vila Velha de
Papel, Lda. Ródão 79,56% Comercialização de pasta de papel
Figueira da Produção e comercialização de pasta de
100%
Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. (b) Foz papel
Figueira da
Celbinave – Tráfego e Estiva Unipessoal, Lda. (b) Foz 100% Agenciação e fretamento de navios
Produção de plantas em viveiros e prestação
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. (b) Óbidos 100% de serviços agro-florestais e paisagísticos
Madrid,
Altri, S.L. (c) Espanha 100% Holding

Grupo Ramada
F. Ramada – Aços e Indústrias, S.A. Ovar 100% Comercialização de aço
F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Produção e comercialização de sistemas de
Metálicas de Armazenagem, S.A. Ovar 100% armazenagem
F. Ramada II, Imobiliária, S.A. Ovar 100% Imobiliária
F. Ramada, Serviços de Gestão, Lda. Ovar 100% Serviços de administração e gestão
Comercialização de sistemas de
BPS – Equipements, S.A. Paris, França 100% armazenagem
Bromsgrove, Comercialização de sistemas de
Storax Racking Systems, Ltd. Reino Unido 100% armazenagem
Comercialização de sistemas de
Storax Benelux Bélgica 100% armazenagem
(a) – em 2006, o Grupo adquiriu uma participação adicional de 4,45% no capital desta sociedade;
(b) – sociedade adquirida em Agosto de 2006, passando a ser consolidada pelo método de consolidação integral a partir de 1 de Setembro
de 2006;
(c) – sociedade constituída durante o segundo semestre de 2006.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

Estas filiais foram incluídas na consolidação do Grupo Altri pelo método de consolidação integral, conforme
indicado na Nota 2.2.a).

As empresas associadas, respectivas sedes, proporção do capital detido e actividade desenvolvida em 31 de


Dezembro de 2006 são como segue:

Percentagem
efectiva de
Denominação social participação Actividade

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. 50% Produção de energia eléctrica

Esta empresa associada foi incluída na consolidação do Grupo Altri pelo método de equivalência patrimonial,
conforme indicado na Nota 2.2.b).

O valor de balanço, os capitais próprios e o resultado líquido para o exercício findo em 31 de Dezembro de
2006 da empresa associada são como segue:

Valor de balanço
Denominação social (a) Capital próprio Resultado líquido

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. 7.750.614 8.052.894 615.541

(a) – inclui suprimentos concedidos

Os investimentos disponíveis para venda em 31 de Dezembro de 2006 e o seu valor de balanço nessa data,
podem ser detalhados como segue:

Denominação social Valor de balanço

Imóveis 929.715
Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. 215.047
Outros 156.192
1.300.954

Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 17) ( 110.882 )

Valor líquido 1.190.072

O montante incluído na rubrica “Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados” em 31 de


Dezembro de 2006 corresponde a investimentos em títulos cotados, os quais se encontram valorizados à
correspondente cotação bolsista nessa data.

5. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Em Agosto de 2006, na sequência do processo público de aquisição, a Altri, SGPS, S.A., através da sua
participada Altri – Participaciones y Trading, S.L., adquiriu 99,96% das acções representativas do capital social
e de 100% dos direitos de voto da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A., cuja actividade principal é a produção
e comercialização de pasta de papel.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

Dado que a aquisição se concretizou durante o mês de Agosto de 2006, a Celbi englobou o perímetro de
consolidação da Altri, SGPS, S.A. a partir de 1 de Setembro de 2006. O apuramento do justo valor dos activos
líquidos adquiridos bem como da diferença de consolidação gerada nesta aquisição são como segue:

Valor Ajustamentos Justo valor na


contabilístico de justo valor data de aquisição
Activos
Correntes 75.094.730 75.094.730
Não correntes 130.387.852 10.950.000 141.337.852
205.482.582 216.432.582
Passivos
Correntes 29.549.067 29.549.067
Não correntes 8.899.412 8.899.412
38.448.479 38.448.479

Activo líquido 167.034.103 177.984.103

Diferença de consolidação (Nota 7) 252.580.488

Custo global de aquisição 430.564.591

A aquisição do investimento foi já integralmente liquidada, podendo o fluxo de caixa líquido gerado na operação
ser detalhado como segue:

Custo global da aquisição 430.564.591


Caixa e equivalentes da filial adquirida (6.384.554)
424.180.037

O valor pago pela aquisição desta filial inclui:

• a expectativa de sinergias, crescimento da actividade e evolução expectável do mercado da pasta de


papel, não tendo estes benefícios sido reconhecidos separadamente da diferença de consolidação
dado que os benefícios económicos futuros a si associados não são passíveis de serem mensurados
de uma forma razoável; e

• um volume de operações e respectivas relações comerciais com clientes. No entanto, estes activos
não são passíveis de mensuração e reconhecidos separadamente das diferenças de consolidação
uma vez que não podem ser separados do Grupo, vendidos ou transferidos, quer individualmente,
quer em termos agregados.

O preço de aquisição da Celbi encontra-se ainda sujeito a uma correcção em função da determinação do
“working capital” na data da aquisição e em função do recebimento efectivo de um subsídio ao investimento em
curso, estimando-se que esse acerto seja no máximo de, aproximadamente, 3.000.000 Euros.

Caso esta aquisição tivesse sido reportada com efeitos a 1 de Janeiro de 2006, os proveitos operacionais
consolidados do Grupo Altri ascenderiam a, aproximadamente, 400.000.000 Euros e os resultados
operacionais ascenderiam a, aproximadamente 64.000.000 Euros. O Conselho de Administração entende que
esta informação financeira “pró-forma” representa um indicador da performance do Grupo numa base anual e
representa uma base válida de comparação para exercícios futuros.

Excepto quanto aos terrenos propriedade da Empresa, o Conselho de Administração entendeu não efectuar
nenhuma imputação de justo valor aos restantes activos fixos tangíveis pois é seu entendimento que, uma vez
que os mesmos são quase na sua totalidade afectos à produção, e dada a natureza específica dos bens em
causa, nomeadamente o equipamento básico, o cálculo do justo valor dos mesmos utilizando uma abordagem
do custo de reposição depreciado se assemelha ao valor líquido contabilístico na data de aquisição. Deste
modo, os ajustamentos de justo valor efectuados pelo Conselho de Administração na data de aquisição da filial
correspondem, basicamente à valorização dos terrenos, onde estão as plantações florestais, ao seu justo valor.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

Adicionalmente, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, o Grupo adquiriu uma percentagem
adicional de 4,45% do capital do Grupo Celtejo pelo montante de 1.778.088 Euros que foi integralmente
liquidado.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, o Grupo adquiriu uma percentagem de 95% do capital
do Grupo Celtejo, o qual integra as seguintes empresas:

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (anteriormente denominada Portucel Tejo – Empresa de
Celulose do Tejo, S.A.
CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A.
Rodão Power – Energia e Biomassa do Ródão, S.A.
Sosapel – Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda.

A participação foi adquirida com referência a Julho de 2005, tendo deste modo sido incluídos na demonstração
dos resultados cinco meses de actividade destas entidades.

Os fluxos de caixa líquidos decorrentes desta aquisição são como segue:

Custo global da aquisição 38.976.250


Caixa e equivalentes da filial adquirida (1.975.737)
37.000.513

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 a Altri adquiriu igualmente 2,77% do capital social da
Celulose do Caima, SGPS, S.A., passando assim a deter a totalidade do capital desta sociedade.

6. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 o movimento ocorrido no valor das
imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:
2005
Activo bruto
Terrenos e Edifícios e Outras Adiantamentos
recursos outras Equipamento Equipamento de Ferramentas e Equipamento imobilizações Imobilizações por conta de
naturais construções básico transporte utensílios administrativo corpóreas em curso imobilizações Total
Cisão (Nota Introdutória) 29.017.847 31.414.776 97.581.563 3.828.767 860.298 6.085.434 1.647.130 3.620.458 390.854 174.447.127
Variação de perimetro (Nota 5) 2.834.573 10.859.649 94.155.713 1.060.852 25.307 1.117.489 388.715 3.530.797 1.347 113.974.442
Aumentos 139.651 293.507 5.531.713 561.836 41.176 291.415 155.267 9.023.750 2.401 16.040.716
Alienações (363.918) - (230.530) (441.837) (4.870) (7.022) - - - (1.048.177)
Transferências e abates 280.460 1.810.260 7.110.831 80.984 (146) (4.388) 182.256 (8.907.025) (199) 553.033
Saldo final 31.908.613 44.378.192 204.149.290 5.090.602 921.765 7.482.928 2.373.368 7.267.980 394.403 303.967.141

Amortizações acumuladas
Edifícios e Outras
outras Equipamento Equipamento de Ferramentas e Equipamento imobilizações
construções básico transporte utensílios administrativo corpóreas Total
Cisão (Nota Introdutória) 19.866.860 77.108.257 3.671.234 829.982 4.991.582 1.288.762 107.756.677
Variação de perimetro (Nota 5) 6.772.701 53.350.246 605.204 22.526 945.003 348.002 62.043.682
Aumentos 1.242.561 7.981.185 241.194 19.771 573.356 178.314 10.236.381
Alienações - (158.978) (409.865) (4.870) (6.071) - (579.784)
Transferências e abates - (237.376) - (146) (2.407) 6.030 (233.899)
Saldo final 27.882.122 138.043.334 4.107.767 867.263 6.501.463 1.821.108 179.223.057
31.908.613 16.496.070 66.105.956 982.835 54.502 981.465 552.260 7.267.980 394.403 124.744.084

2006
Activo bruto
Terrenos e Edifícios e Outras Adiantamentos
recursos outras Equipamento Equipamento de Ferramentas e Equipamento imobilizações Imobilizações por conta de
naturais construções básico transporte utensílios administrativo corpóreas em curso imobilizações Total
Saldo inicial 31.908.613 44.378.192 204.149.290 5.090.602 921.765 7.482.928 2.373.368 7.267.980 394.403 303.967.141
Variação de perimetro (Nota 5) 52.841.570 66.082.361 358.308.653 1.927.561 3.243.162 5.722.800 7.411.548 13.328.871 396.172 509.262.698
Aumentos 100.833 391.041 6.426.592 421.196 80.621 789.162 1.461.877 27.814.341 1.647.413 39.133.076
Alienações (501.731) (209.211) (76.375) (886.648) (1.847) (51.908) (1.042.498) (3.544) - (2.773.762)
Transferências e abates - 198.165 22.753.902 19.260 - 3.792 50.863 (22.679.925) (355.413) (9.356)
Saldo final 84.349.285 110.840.548 591.562.062 6.571.971 4.243.701 13.946.774 10.255.158 25.727.723 2.082.575 849.579.797

Amortizações acumuladas
Terrenos e Edifícios e Outras
recursos outras Equipamento Equipamento de Ferramentas e Equipamento imobilizações
naturais construções básico transporte utensílios administrativo corpóreas Total
Saldo inicial - 27.882.122 138.043.334 4.107.767 867.263 6.501.463 1.821.108 179.223.057
Variação de perimetro (Nota 5) 5.038.956 55.114.499 331.268.674 1.926.969 3.117.261 5.157.892 6.923.566 408.547.817
Aumentos 203.598 2.509.126 13.857.395 360.998 93.898 1.096.097 1.038.093 19.159.205
Alienações (16.957) (108.421) (98.900) (876.241) (1.916) (67.968) (1.086.197) (2.256.600)
Transferências e abates - (39.927) (7.365) - - (123.949) (15.213) (186.454)
Saldo final 5.225.597 85.357.399 483.063.138 5.519.493 4.076.506 12.563.535 8.681.357 604.487.025
79.123.688 25.483.149 108.498.924 1.052.478 167.195 1.383.239 1.573.801 25.727.723 2.082.575 245.092.772

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

7. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os movimentos ocorridos nas diferenças de
consolidação e nas respectivas perdas de imparidade, foram os seguintes:

Saldo inicial transferido por cisão (Nota introdutória) 6.086.694


Aumentos 8.252.697
Valor líquido em 31.12.2005 14.339.391

Valor em 01.01.2006 14.339.391


Aumentos (Nota 5) 252.580.488
Diminuições (43.914)
Valor líquido em 31.12.2006 266.875.965

Os aumentos registados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 são relativos à aquisição da Celbi –
Celulose da Beira Industrial, S.A. (Nota 5).

Os aumentos registados no período findo em 31 de Dezembro de 2005 são relativos à aquisição de uma
participação de 95% no capital da Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A., no montante de 7.470.237
Euros, incluindo ainda 782.460 Euros relativos a aquisição de acções da Celulose do Caima, SGPS, S.A.

São efectuados testes de imparidade numa base anual e sempre que seja identificado um evento ou alteração
nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser
recuperado, sendo reconhecida uma perda de imparidade sempre que tal se verifique. A quantia recuperável é
a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso.

- 15 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

8. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o movimento ocorrido no valor das
imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

2005
Activo bruto
Despesas de Propriedade
Despesas de investigação e industrial e outros Imobilizado em
instalação desenvolvimento direitos Software curso Total
Cisão (Nota Introdutória) - - - 208.159 - 208.159
Variação de perimetro (Nota 5) 3.888 2.210.697 58.277 - 660.395 2.933.257
Aumentos - 84.369 5.414 57.503 - 147.286
Transferências e abates - (24.793) 25.182 - (636.245) (635.856)
Saldo final 3.888 2.270.273 88.873 265.662 24.150 2.652.846

Amortizações acumuladas
Despesas de Propriedade
Despesas de investigação e industrial e outros
instalação desenvolvimento direitos Software Total
Cisão (Nota Introdutória) - - - 145.234 145.234
Variação de perimetro (Nota 5) 3.888 1.828.304 39.125 - 1.871.317
Aumentos - 99.507 21.654 32.951 154.112
Saldo final 3.888 1.927.811 60.779 178.185 2.170.663
- 342.462 28.094 87.477 24.150 482.183

2006
Activo bruto
Despesas de Propriedade
Despesas de investigação e industrial e outros Imobilizado em
instalação desenvolvimento direitos Software curso Total
Saldo inicial 3.888 2.270.273 88.873 265.662 24.150 2.652.846
Variação de perimetro (Nota 5) 42.130 1.138.234 - - - 1.180.364
Aumentos 11.537 112.607 4.500 2.237 220.291 351.172
Alienações - - - (37.525) - (37.525)
Transferências e abates - - - - (13.650) (13.650)
Saldo final 57.555 3.521.114 93.373 230.374 230.791 4.133.207

Amortizações acumuladas
Despesas de Propriedade
Despesas de investigação e industrial e outros
instalação desenvolvimento direitos Software Total
Saldo inicial 3.888 1.927.811 60.779 178.185 2.170.663
Variação de perimetro (Nota 5) 363 999.893 - - 1.000.256
Aumentos 49.361 217.519 70.704 853 338.437
Transferências e abates (45.515) 60.335 (60.335) 1.468 (44.047)
Saldo final 8.097 3.205.558 71.148 180.506 3.465.309
49.458 315.556 22.225 49.868 230.791 667.898

9. EXISTÊNCIAS E ACTIVOS BIOLÓGICOS

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o montante registado na rubrica “Activos biológicos” corresponde às


plantações detidas pelo Grupo, podendo o seu valor ser detalhado como segue:

31.12.2006 31.12.2005
Valor bruto 55.895.935 21.962.003
Perdas de imparidade acumuladas em activos biológicos (Nota 17) (571.164) (288.345)
55.324.771 21.673.658

- 16 -
ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o montante registado na rubrica “Existências” pode ser detalhado como
segue:

31.12.2006 31.12.2005
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 23.048.898 13.865.583
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 56.799 52.691
Produtos e trabalhos em curso 7.634.884 5.238.282
Produtos acabados e intermédios 15.282.907 13.198.408
Mercadorias 13.255.297 11.951.691
59.278.785 44.306.655
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 17) (3.870.053) (1.491.725)
55.408.732 42.814.930

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2005 ascendeu a 59.778.513 Euros e foi apurado
como segue:

Matérias primas,
subsidiárias e de Produtos acabados e Produtos e trabalhos
Mercadorias consumo Subprodutos intermédios em curso Activos biológicos Total
Cisão (Nota Introdutória) 8.224.999 8.396.963 1.079 5.783.867 2.978.762 20.176.670 45.562.340
Variação de perímetro (Nota 5) - 5.103.458 55.487 8.739.082 560.692 1.107.747 15.566.466
Compras 24.852.972 39.677.711 - - - - 64.530.683
Regularização de existências (33.205) 170.668 - 52.895 236.403 (39.079) 387.682
Existências finais (11.951.691) (13.865.583) (52.691) (13.198.408) (5.238.282) (21.962.003) (66.268.658)
21.093.075 39.483.217 3.875 1.377.436 (1.462.425) (716.665) 59.778.513

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2006 ascendeu a 108.431.532 Euros e foi apurado
como segue:

Matérias primas,
subsidiárias e de Produtos acabados e Produtos e trabalhos
Mercadorias consumo Subprodutos intermédios em curso Activos biológicos Total

Saldo inicial 11.951.691 13.865.583 52.691 13.198.408 5.238.282 21.962.003 66.268.658


Variação de perímetro (Nota 5) 54.968 9.724.451 - 9.653.650 1.830.648 32.833.533 54.097.250
Compras 17.377.020 85.774.025 - - - - 103.151.045
Regularização de existências 146.909 (270.224) 1.079 (1.702) 209.884 3.353 89.299
Existências finais (13.255.297) (23.048.898) (56.799) (15.282.907) (7.634.884) (55.895.935) (115.174.720)

16.275.291 86.044.937 (3.029) 7.567.449 (356.070) (1.097.046) 108.431.532

10. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das
autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social até 2000 inclusive, e
cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos
benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que,
dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais
da generalidade das empresas do Grupo Altri dos anos de 2003 a 2006 poderão vir ainda a ser sujeitas a
revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de


revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito
significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2006 e 2005.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2006 e 2005 foi como segue:

Activos por impostos Passivos por impostos


diferidos diferidos

Efeito da cisão (Nota Introdutória) 4.040.504 1.097.773


Variação de perímetro 3.652.547 168.208
Efeitos na demonstração dos resultados (1.722.760) 81.982
Efeitos em capitais próprios (38.307) (338.896)
Saldo em 31.12.2005 5.931.984 1.009.067

Activos por impostos Passivos por impostos


diferidos diferidos

Saldo em 1.1.2006 5.931.984 1.009.067


Variação de perímetro (Nota 5) 3.876.142 317.397
Efeitos na demonstração dos resultados:
Aumento/(Utilização) de prejuízos fiscais reportáveis (666.611) -
Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais (1.924.057) -
Mais-valias reinvestidas - (70.206)
Harmonização de taxas de amortização 733.267 -
Diferenças temporárias entre o valor contabilístico e o valor fiscal 37.249 (79.232)
Outros efeitos 117.124 44.822
Impacto da alteração da taxa de derrama (336.824) (37.769)

Efeitos em capitais próprios:


Justo valor de instrumentos derivados (Nota 26) 1.243.029 -
Impacto da alteração da taxa de derrama (18.515) (16.662)
Saldo em 31.12.2006 8.992.788 1.167.417

O detalhe dos activos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, de acordo com as
diferenças temporárias que os geraram, é como segue:
31.12.2006 31.12.2005
Activos por impostos Passivos por impostos Activos por impostos Passivos por impostos
diferidos diferidos diferidos diferidos
Provisões e perdas por imparidade de activos não aceites fiscalmente 4.783.279 - 3.011.695 -
Prejuízos fiscais reportáveis 701.557 - 1.438.324 -
Justo valor dos instrumentos derivados 1.224.514 - - -
Amortizações não aceites como custo fiscal - 371.686 - 442.333
Reavaliação de activos imobiliários - 287.469 - -
Anulações de imobilizações corpóreas 352.949 - 443.587 -
Anulações de imobilizações incorpóreas 51.617 - 146.999 -
Fundos de pensões 863.934 - 834.584 -
Harmonização de políticas contabilísticas 706.603 - - -
Mais valias reinvestidas - 31.774 - 103.179
Anulação de outros acréscimos de custos - 85.026 - 110.846
Outros 308.335 391.462 56.795 352.709
8.992.788 1.167.417 5.931.984 1.009.067

Como resultado da alteração introduzida pela nova “Lei das Finanças Locais” sobre as normas de cálculo da
derrama, a vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2007, durante o exercício de 2006 o Grupo procedeu à alteração
da taxa de imposto sobre o rendimento para efeito de cálculo de activos e passivos por impostos diferidos de
27,5% para 26,5%, nos casos em existe derrama, excepto no que respeita a activos por impostos diferidos
resultantes de prejuízos fiscais reportáveis, situação em que é utilizada uma taxa de 25%.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2006 e 2005 podem ser detalhados como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Imposto corrente 3.655.048 2.421.741


Imposto diferido 1.897.467 1.804.742
5.552.515 4.226.483

11. CLIENTES

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2006 31.12.2005

Clientes, conta corrente 84.972.168 55.279.922


Clientes, títulos a receber 3.272.071 3.755.190
Clientes de cobrança duvidosa 8.421.976 7.554.283
96.666.215 66.589.395
Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 17) ( 15.284.897 ) ( 12.452.234 )
81.381.318 54.137.161

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade
operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas de
imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência e
com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende
que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor.

12. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2006 31.12.2005

Adiantamentos a fornecedores 216.846 68.105


Adiantamentos a fornecedores de imobilizado - 36.739
Estado e outros entes públicos:
Imposto sobre o Valor Acrescentado 11.430.425 5.620.945
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 5.065.302 1.056.489
Outros 103.298 38.349
Outros devedores 7.559.009 2.454.820
24.374.880 9.275.447
Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 17) ( 3.185.346 ) ( 233.904 )
21.189.534 9.041.543

Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica “Outros devedores” corresponde, principalmente, a contas a receber


pela alienação de imobilizado em exercícios anteriores e a contas a receber para as quais foram constituídas
perdas de imparidade.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

13. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Acréscimos de proveitos:
Valores a facturar 597.637
Outros 34.034
Custos diferidos:
Rendas e alugueres pagos antecipadamente 3.066.545
Custos de transporte pagos antecipadamente 235.566
Seguros pagos antecipadamente 65.565
Outros fornecimentos e serviços externos pagos antecipadamente 76.746
Outros 131.838
4.207.931

14. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Caixa 232.606 44.383


Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 22.419.523 5.367.887
22.652.129 5.412.270

15. CAPITAL SOCIAL

Em 5 de Maio de 2006, a Empresa procedeu à renominalização do seu capital social através da divisão de
cada acção com valor nominal unitário de 50 cêntimos de Euro em duas novas acções com valor nominal
unitário de 25 cêntimos de Euro cada, no seguimento da decisão tomada na Assembleia Geral de Accionistas
realizada em 31 de Março de 2006.

Em 31 de Dezembro de 2006, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era
composto por 102.565.836 acções com o valor nominal de 25 cêntimos de Euro cada acção. Nessa data, a
Altri, SGPS, S.A. e as suas filiais não detinham acções próprias.

Em 31 de Dezembro de 2006 as seguintes pessoas colectivas detinham uma participação no capital subscrito
de, pelo menos, 20%:

- Cofihold, SGPS, S.A.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

16. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2006, o detalhe das rubricas “Empréstimos bancários” e “Outros empréstimos” é como
segue:

Valor nominal Valor contabilístico


Corrente Não corrente Corrente Não corrente
Empréstimos bancários 22.705.162 430.333.333 22.705.162 426.886.102
Descobertos bancários 8.720.850 - 8.720.850 -
Empréstimos bancários 31.426.012 430.333.333 31.426.012 426.886.102

Papel comercial 53.000.000 - 52.849.208 -


Empréstimos obrigacionistas - 21.500.000 - 21.031.927
Factoring 3.562.694 - 3.562.695 -
Empréstimo reembolsável 952.883 14.317.409 952.883 14.317.409
Outros empréstimos 57.515.577 35.817.409 57.364.786 35.349.336

88.941.589 466.150.742 88.790.798 462.235.438

Em Agosto de 2006, a subsidiária Altri, S.L. celebrou um contrato de empréstimo junto de um sindicato
bancário no montante de 400.000.000 Euros destinado ao financiamento da aquisição das acções
representativas de 99,96% do capital social e de 100% dos direitos de voto da Celbi. Este empréstimo vence
juros semestrais e postecipados sendo reembolsável em 11 prestações semestrais, vencendo-se a primeira em
Fevereiro de 2009. Deste modo, em 31 de Dezembro de 2006, a totalidade do empréstimo encontra-se
registada no passivo não corrente.

Em Julho de 2005 a Invescaima, SGPS, S.A. celebrou um contrato de mútuo com a Caixa Geral de Depósitos
(CGD) e com a Caixa Banco de Investimento (CBI) no montante de 30.000.000 Euros, com juros semestrais
postecipados e com reembolso de capital em 10 prestações semestrais, iguais e sucessivas, com início em
Janeiro de 2007.

Em Agosto de 2005 a Celulose do Caima, SGPS, S.A. procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista
no montante de 21.500.000 Euros reembolsável no prazo de 6 anos, o qual tem associadas determinadas
imposições relativas a cumprimento de rácios financeiros.

Foi aprovado em Fevereiro de 2005 a candidatura da subsidiária Celtejo aos incentivos financeiros no âmbito
do Programa Operacional de Economia – POE, para aplicação na concretização do projecto de expansão e
modernização da unidade fabril da Empresa, tendo em vista o aumento da sua capacidade de produção e o
aprofundamento da diferenciação comercial das pastas cruas de Pinho e Eucalipto. O investimento em causa
tem um montante global estimado de, aproximadamente, 49.464.000 Euros. O valor total do incentivo
financeiro atribuído no âmbito do POE consubstancia-se em: (i) um incentivo reembolsável até ao montante de
14.919.000 Euros; (ii) um prémio de realização sob a forma de incentivo não reembolsável que poderá atingir o
valor máximo de 14.919.000 Euros, e que será deduzido ao valores a reembolsar do subsidio referido em (i); e,
(iii) um incentivo não reembolsável sobre as despesas elegíveis para formação profissional. O prémio de
realização será atribuído mediante o grau de cumprimento do contrato, apurado nas medições a efectuar no
final dos exercícios de 2007, 2009 e 2011, de acordo com metodologia especifica. O incentivo financeiro
reembolsável atribuído será liquidado pela empresa em 8 prestações semestrais, iguais e sucessivas de
capital, vencendo-se a primeira 30 meses a contar da data do primeiro pagamento (17 de Agosto de 2005).
Estes empréstimos encontram-se relevados na rubrica do passivo não corrente “Empréstimo reembolsável”.

O Grupo tem contratados programas de papel comercial, renováveis, com garantia de colocação subscritos
pelas diversas empresas, os quais têm vencimento no curto prazo.

Os empréstimos obtidos vencem juros a taxas de mercado.

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-
se estas a ser reconhecidas ao longo do período de vida do respectivo empréstimo.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

O valor nominal dos empréstimos bancários registados no passivo não corrente será reembolsado como
segue:

Ano de reembolso Montante


2008 13.818.399
2009 41.865.000
2010 39.721.893
2011 83.245.450
2012 45.000.000
2013 242.500.000
466.150.742

17. MOVIMENTO DAS PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE

O movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios findos em 31 de


Dezembro de 2006 e 2005 pode ser detalhado como segue:

2005
Perdas de imparidade imparidade em
em contas a receber existências e activos Perdas de imparidade
Provisões (a) biológicos em investimentos Total
Cisão (Nota Introdutória) 168.350 12.817.942 692.731 4.999.349 18.678.372
Variação de perímetro - 252.270 1.060.000 - 1.312.270
Aumentos 73.044 837.895 24.857 392.834 1.328.630
Reposições - (117.457) (777) - (118.234)
Utilizações (90.757) - - (2.467.380) (2.558.137)
Transferências - - 3.259 - 3.259
Saldo final 150.637 13.790.650 1.780.070 2.924.803 18.646.160

(a) - incluindo provisão para contas a receber registada no activo não corrente, no montante de 1.104.512 euros.

2006

Perdas de
Perdas de imparidade imparidade em Perdas de imparidade
em contas a receber existências e activos em investimentos
Provisões (a) (Notas 11 e 12) biológicos (Nota 9) (Nota 4) Total

Saldo inicial 150.637 13.790.650 1.780.070 2.924.803 18.646.160


Variação de perímetro (Nota 5) 5.174.409 3.032.923 2.822.819 - 11.030.151
Aumentos 315.916 3.271.430 - 24.996 3.612.342
Reposições (1.368.932) (353.705) (13.450) (107.961) (1.844.048)
Utilizações - (166.543) (148.222) (2.730.956) (3.045.721)
Transferências (1.496) - - - (1.496)

Saldo final 4.270.534 19.574.755 4.441.217 110.882 28.397.388

(a) - incluindo provisão para contas a receber registada no activo não corrente, no montante de 1.104.512 euros.

Exceptuando as perdas de imparidade em investimentos (Nota 22), os aumentos de perdas de imparidade


verificados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 foram registados por contrapartida da rubrica
“Provisões e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados.

O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de Dezembro de 2006 corresponde à melhor estimativa da


administração para fazer face a perdas a incorrer com processos actualmente em curso.

18. OUTROS CREDORES NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2006 31.12.2005

Parpública, SGPS, S.A. 25.000.000 25.000.000


Fornecedores de imobilizado 270.862 1.061.912
Outros credores 28.000 13.067
25.298.862 26.074.979

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

O saldo a pagar à Parpública, SGPS, S.A. surge na sequência da aquisição do Grupo Celtejo efectuada em
2005 e 2006 e não será liquidado até Janeiro de 2008 vencendo juros a taxas de mercado.

19. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2006 a rubrica “Outros passivos não correntes” refere-se às parcelas de médio e
longo prazo de subsídios ao investimento.

20. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Fornecedores de imobilizado 15.790.657 6.735.526


Adiantamentos por conta de vendas 1.513.725 1.247.148
Estado e outros entes públicos:
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 8.495.795 1.184.414
Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.444.353 1.754.532
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 976.095 846.834
Contribuições para a Segurança Social 934.113 515.124
Outros 142.541 46.087
Outros 6.033.271 1.761.275
35.330.550 14.090.940

Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica “Outros” diz respeito, principalmente, a adiantamentos recebidos por
conta da alienação de imobilizado e a contas a pagar a prestadores de serviços diversos.

21. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2006 31.12.2005
Acréscimos de custos:
Juros a liquidar 9.402.521 1.028.279
Remunerações a pagar ao pessoal 5.138.146 4.415.596
Fundos de pensões (Nota 24) 4.175.259 2.550.202
Custos relacionados com vendas 813.073 -
Outros 3.410.104 2.916.591
Proveitos diferidos:
Facturação antecipada (Nota 2.3.n) 2.053.302 451.653
Subsídios ao investimento 1.737.305 620.765
Outros 87.828 663.644
26.817.538 12.646.730

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

22. RESULTADOS FINANCEIROS

Os custos e proveitos financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 podem ser
detalhados como segue:

31.12.2006 31.12.2005
Resultados relativos a outros investimentos:
Ganhos na valorização dos títulos ao valor de mercado - 129.795
Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria 468.427 1.388.743
Ganhos em outros investimentos 294.700 46.610
Provisões para aplicações financeiras e investimentos financeiros (Nota 17) (24.996) (392.833)
Perdas em outros investimentos (3.503.583) (250.278)
(2.765.452) 922.037
Custos financeiros:
Juros suportados (14.278.217) (3.108.020)
Diferenças de câmbio desfavoráveis (363.433) (67.681)
Perdas em instrumentos derivados (Nota 26) (709.699) -
Outros custos e perdas financeiras (1.341.062) (1.244.987)
(16.692.411) (4.420.688)
Proveitos financeiros:
Juros obtidos 1.675.369 37.559
Diferenças de câmbio favoráveis 183.506 146.255
Descontos de pronto pagamento obtidos 73.786 15.484
Outros proveitos e ganhos financeiros 239.700 66.548
2.172.361 265.846

Os “Resultados relativos a empresas associadas” correspondem, essencialmente, à apropriação da quota-


parte do Grupo dos resultados nos investimentos em associadas.

23. ENTIDADES RELACIONADAS

Em 31 de Dezembro de 2006 não se verificam saldos materialmente relevantes com entidades relacionadas.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, não se verificaram transacções materialmente


relevantes com entidades relacionadas.

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

24. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUIDOS NO BALANÇO

a) Fundos de pensões

Algumas empresas do Grupo possuem compromissos relacionados com encargos com pensões de reforma
não incluídos no balanço consolidado.

O Fundo de Pensões Caima e Silvicaima, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987 e


administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se a garantir
aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma ou (ii) na cessação contratual do contrato de trabalho
com a Empresa, tenham pelo menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço contínuo, o direito a um
complemento de reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo valor tem por base a média dos
vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da empresa. Por decisão da Administração da
Caima, o Fundo de Pensões Caima e Silvicaima foi dividido em dois fundos autónomos, em Dezembro de
1998, após autorização do Instituto de Seguros de Portugal.

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da
Celtejo e CPK com mais de cinco anos de serviço, têm direito após a passagem à reforma ou numa
situação de invalidez a um complemento mensal de pensão de reforma ou invalidez. Este complemento
está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal líquida
actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço,
no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos.
Para cobrir estas responsabilidades existe um fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões
Tejo.

A Celbi atribui aos seus colaboradores, com contrato de trabalho subordinado sem prazo, que se reformem
ao seu serviço, um conjunto de benefícios definidos no Regulamento do Fundo de Pensões da Empresa,
publicado no Diário da República nº 221-III série, de 21 de Setembro de 1999.

De acordo com este regulamento a Empresa garante o seguinte regime de benefícios:

i) Reforma por velhice:


Os participantes que se reformarem na data normal de reforma terão direito a uma pensão de reforma
anual, que será o resultado do produto de 11,5% sobre o salário anual pensionável;

i) Reforma por invalidez:


Plano A – No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da
segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e da entidade gestora, o
Fundo garante o pagamento de uma pensão calculada de acordo com as seguintes fórmulas:

Pensão 1:
1. Com menos de dez anos de tempo de serviço pensionável – 50% do salário anual pensionável.
2. Com dez ou mais anos de tempo de serviço pensionável – 80% do salário anual pensionável.
Ao valor da pensão de reforma anual acima definido será deduzido o montante da pensão anual
dedutível.

Pensão 2:
Os participantes terão direito a um capital complementar igual a um quinto de mês do vencimento
mensal auferido à data da reforma por cada ano de tempo de serviço pensionável.

Pensão 3:
Caso a invalidez se verifique depois dos 55 anos de idade, o capital indicado na pensão 2 é
acrescido de um outro que é igual a 50% do salário anual pensionável.

Plano B – No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da
segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e da entidade gestora, o
Fundo garante o pagamento de uma pensão de reforma anual, que será o resultado do produto de
11,5% sobre o salário anual pensionável.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

Só poderão beneficiar do plano A os participantes já ao serviço do associado à data de entrada em


vigor da presente alteração. A estes participantes e relativamente aos planos A e B aplicar-se-á
aquele que lhes for mais favorável.

Aos participantes que vierem a ser admitidos no associado, a partir da data da entrada em vigor desta
alteração, e que vierem a reformar-se por invalidez ao serviço do associado será aplicado
exclusivamente o plano B.

O regime de benefícios definido no plano de pensões aplica-se à generalidade dos trabalhadores da Celbi.

De acordo com o último estudo actuarial realizado pelas sociedades gestoras dos fundos com referência a
31 de Dezembro de 2006, o valor actual das responsabilidades por serviços passados para os
colaboradores no activo e para os reformados, bem como a situação patrimonial dos fundos de pensões,
naquela data, eram como segue:

Caima Silvicaima Celtejo CPK CELBI


Responsabilidades actuais dos serviços passados 3.266.990 261.435 14.898.572 2.177.205 7.192.653
Situação patrimonial dos fundos de pensões 3.055.326 430.582 13.158.163 1.676.753 8.661.038

Encontra-se registado na rubrica “Outros passivos correntes – Acréscimos de custos” (Nota 21) o passivo
necessário para fazer face a diferenças entre o valor das responsabilidades actuais dos serviços passados
e a situação patrimonial dos fundos de pensões.

Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected Unit Credit”,
tendo-se utilizado as Tábuas de Mortalidade TV 73/77 e Invalidez EKV-80. Para além dos parâmetros
técnicos acima referidos foram assumidos, no caso da Caima e Silvicaima, como pressupostos uma
rentabilidade real de longo prazo de 3% quando comparada com o crescimento dos salários e de 4% face
ao crescimento das pensões.

No cálculo das responsabilidades da Celtejo e CPK foram assumidos os pressupostos de rentabilidade real
de longo prazo de 4,5% face ao crescimento dos salários e de 1,75% face ao crescimento das pensões.

Para a Celbi, aquelas responsabilidades foram determinadas com base no método de cálculo “Projected
Unit Credit”, tendo-se utilizado as tábuas de mortalidade GKF95 e de invalidez SR 2001. Para além dos
parâmetros técnicos acima referidos foram assumidos como pressupostos uma rentabilidade real de longo
prazo de 4% até à idade da reforma e de 3% depois da idade da reforma e uma taxa de crescimento dos
salários de 2,5%.

b) Terrenos arrendados

Em 31 de Dezembro de 2006, o Grupo tinha assumido responsabilidades com rendas de terrenos


arrendados para florestação no montante de, aproximadamente, 13.852.000 Euros.

c) Outros compromissos

Em 31 de Dezembro de 2006, os compromissos contratuais para aquisição de imobilizado assumidos pelas


empresas do Grupo são de, aproximadamente, 36.830.000 Euros.

Em 31 de Dezembro de 2006, a estimativa do valor dos compromissos assumidos na compra de matéria-


prima, valorizados ao preço médio de mercado, da madeira em pé, é de, aproximadamente, 7.300.000
Euros.

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(Montantes expressos em Euros)

25. RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2006, as empresas do Grupo tinham assumido responsabilidades por garantias


bancárias prestadas como segue:

API 6.291.290
DGCI – pedidos de reembolso de IVA 1.636.762
Outras 1.176.075

26. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 as empresas do Grupo Caima / Celtejo / Celbi tiveram
em vigor contratos relativos a instrumentos financeiros derivados associados a cobertura das variações do
preço de pasta de papel e taxa de juro, sendo esses instrumentos registados de acordo com o seu justo valor.

As empresas do Grupo Grupo Caima / Celtejo / Celbi apenas utilizam derivados de taxa de juro para cobertura
de fluxos de caixa associados a juros de empréstimos a pagar.

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante o exercício findo em 31 de
Dezembro de 2006 pode ser detalhado como segue:

Derivados de Derivados de
cobertura de taxa
preço da pasta de juro

Saldo inicial - -

Variação do justo valor dos derivados ( 3.327.260 ) ( 2.003.248 )

Saldo final ( 3.327.260 ) ( 2.003.248 )

Os ganhos e perdas do período associados à variação do justo valor, o qual foi calculado por instituições
financeiras, dos instrumentos de cobertura na parte não corrida (conforme denominados nos termos do IAS
39), no montante de 4.620.809 Euros, foram registados directamente em rubricas de capitais próprios líquidos
dos correspondentes passivos por impostos diferidos, no montante de 1.243.029 Euros (Nota 10), sendo que a
parte corrida, no montante de 709.699 Euros (Nota 22), foi registada directamente na demonstração de
resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006.

27. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 foram calculados em
função dos seguintes montantes:

31.12.2006 31.12.2005

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção liquido e diluído 20.843.789 10.415.229

Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico e diluído (a) 85.143.694 85.143.694

Resultado por acção


Básico 0,24 0,12
Diluído 0,24 0,12

(a) – o número médio ponderado de acções para efeito do cálculo do resultado líquido por acção básico tem em consideração o impacto da
renominalização do capital social (Nota 16) decidida em Assembleia Geral de Accionistas realizada em 31 de Março de 2006 mas que apenas
teve efeito em 5 de Maio de 2006. Em 1 de Janeiro de 2006 o capital social era representado por 51.282.918 acções de valor nominal de 0,50
Euros, passando a partir dessa data a estar representado por 102.565.836 acções de valor nominal de 0,25 euros.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

28. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

De acordo com a origem e natureza dos rendimentos gerados pelo Grupo, foram definidos como segmentos
principais os seguintes:
- Aço
- Pasta e Papel
- Holding

A repartição por segmentos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é como segue:


2005
Ajustamentos de
consolidação e
Aços Pasta e Papel Holding eliminações Consolidado

Proveitos operacionais líquidos 78.039.046 73.494.836 - - 151.533.882


Cash-flow operacional (EBITDA) (a) 11.036.331 17.490.569 (109.859) - 28.417.041
Resultados operacionais (EBIT) 9.440.754 8.997.749 (111.476) (300.479) 18.026.548

Activo imobilizado e financeiro (b) 10.070.082 121.323.361 96.475.266 (85.448.034) 142.420.675


Activos biológicos - 21.673.658 - - 21.673.658
Existências 24.568.739 18.246.191 - - 42.814.930
Outros activos 41.583.337 41.353.747 278.243 - 83.215.327
Total do activo 76.222.158 202.596.957 96.753.509 (85.448.034) 290.124.590

Dívidas a terceiros 42.205.299 124.173.351 35.057.287 - 201.435.937


Outros passivos 3.423.484 12.461.235 - 280.591 16.165.310
Total do passivo 45.628.783 136.634.586 35.057.287 280.591 217.601.247

2006
Ajustamentos de
consolidação e
Aços Pasta e Papel Holding eliminações Consolidado

Proveitos operacionais líquidos 103.970.609 196.273.762 - (4.708.949) 295.535.422


Cash-flow operacional (EBITDA) (a) 13.103.356 51.053.460 (240.338) (756.374) 63.160.104
Resultados operacionais (EBIT) 11.157.375 33.804.058 (242.118) (1.056.853) 43.662.462

Activo imobilizado e financeiro (b) 18.594.291 492.273.057 124.473.485 (113.748.512) 521.592.321


Activos biológicos - 51.401.145 - 3.923.626 55.324.771
Existências 32.082.279 28.006.453 - (4.680.000) 55.408.732
Outros activos 47.311.712 96.502.007 3.275.871 (5.491.307) 141.598.283
Total do activo 97.988.282 668.182.662 127.749.356 (119.996.193) 773.924.107

Dívidas a terceiros 59.200.883 553.499.013 41.705.810 (5.691.747) 648.713.959


Outros passivos 4.500.306 34.499.163 12.628 198.759 39.210.856
Total do passivo 63.701.189 587.998.176 41.718.438 (5.492.988) 687.924.815

Investimento em imobilizado corpóreo e incorpóreo 11.899.981 37.834.267 - (10.250.000) 39.484.248


Investimento em associadas (Nota 4) - 7.750.614 - - 7.750.614
Ganhos com associadas (Nota 22) - 284.368 - - 284.368

(a) - Resultados operacionais + amortizações


(b) - incluindo Diferenças de Consolidação

Relativamente ao segmento geográfico, a repartição das vendas e prestações de serviços do Grupo por
mercado é como segue:

Mercado interno 89.415.788


Mercado externo 196.275.527
-------------------
285.691.315
==========

29. NÚMERO DE PESSOAL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 o número médio de pessoal ao serviço das
empresas incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral foi de 1.251 e 1.020,
respectivamente.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Montantes expressos em Euros)

30. DIVIDENDOS

De acordo com a decisão deliberada na Assembleia Geral de Accionistas realizada em 31 de Março de 2006,
foram distribuídos 2.564.146 Euros relativos a dividendos. A totalidade dos dividendos distribuídos destinou-se
a acções ordinárias.

31. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão
em 12 de Março de 2007. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de
Accionistas.

32. INFORMAÇÃO RELATIVA A MATÉRIAS AMBIENTAIS

No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases de efeito
de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas
“Licenças de emissão de CO2”, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, a partir
de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de pasta e papel.

Pela publicação do Despacho conjunto nº 686-E/2005 de 13 de Setembro de 2005, foi efectuada a distribuição
pelo Governo Português das “Licenças de emissão de CO2” às diversas empresas portuguesas abrangidas,
estando prevista a atribuição, a título gratuito, de licenças para a emissão de 103.586 toneladas de CO2 às
empresas do Grupo para o ano de 2006. Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão de
CO2” atribuídas, o Grupo terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A entrega das “Licenças de
emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efectuada no início do ano
seguinte, estando os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efectuadas sujeitos a
certificação por uma entidade independente.

Considerando que estas licenças se referem ao triénio 2005-2007, com base nos dados de emissão de CO2
relativos ao exercício de 2005 e nos dados previsionais para os anos de 2006 e 2007, não se estimam
encargos significativos para o Grupo em consequência da entrada em vigor desta legislação para os exercícios
findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005.

Em 31 de Dezembro de 2006 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de
carácter ambiental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por ser convicção do Conselho de
Administração que não existem a essa data obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos
passados de que resultem encargos materialmente relevantes para o Grupo.

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