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Doutor-Professor de História Econômica/CAA/UFPE- glaudionorbarbosa@gmail.com
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Historiadora-Professora de História/CSE/PE- camila_nadedja@hotmail.com
IV CONGRESSO SERGIPANO DE HISTÓRIA &
IV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA DA ANPUH/SE
O CINQUENTENÁRIO DO GOLPE DE 64
1. Introdução
A descrença gerada com a crise do final dos anos 1990, foi mais que superada
por crescimentos e padrões de desenvolvimento, ao mesmo tempo próprios e
semelhantes aos adotados pelas grandes nações desenvolvidas quando das suas etapas
de desenvolvimento. O investimento feito em frotas navais foi de fundamental
importância para que a Coréia do Sul pudesse ultrapassar essa fase e “sair do outro
lado”, graças a uma avançada tecnologia de construção naval e à alta produtividade e
eficiência de seus estaleiros, além do fato de altos investimentos em tecnologia da
informação, sendo um dos maiores usuários e produtores mundiais. Em 2002 os
Ministros das Finanças do ASEAN + 3 em reunião anual avaliaram que os
acontecimentos de 11 de setembro nos Estados Unidos afetaram a demanda mundial e
que para reduzir tal impacto era necessária uma política monetária acomodatícia
combinada com política fiscal expansionista. Argumentaram que aquelas políticas
estavam no mesmo sentido do inicio de uma recuperação global puxada pela economia
norte-americana. O crescimento da mesma foi bastante variável na década de 2000, o
que levou a grandes preocupações, em especial a de não utilização de recursos do FMI.
O principal problema da economia sul-coreana estava sendo a diminuição no volume da
acumulação de capital, com o investimento como proporção do PIB apresentando queda
de 2% desde 2000. Também ocorre uma redução da produtividade agregada, apesar do
aumento da produtividade do setor industrial, ocorreram problemas de desempenho do
setor de serviços. Há uma transparente visão de que o FMI não é suficiente para os
países asiáticos, por quatro motivos: (a) os países da região são sub-representados; (b) a
influência dos Estados Unidos e dos parceiros europeus é muito grande e
desequilibradora; (c) as prescrições do fundo tem se mostrado muitas vezes
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2. Questões preliminares
A crise de 1997 foi sem dúvida devastadora provocando uma queda no PIB de
1998 de 6,9%. Contudo, em 1999 a economia sul-coreana já crescia a uma taxa de
9,6%, de modo que no período de 1999 a 2002, registra-se um crescimento médio anual
de 7,3%. (Banco Mundial). A realidade é que os mecanismos econômicos, políticos,
sociais e culturais que caracterizaram a Coréia do Sul desde os anos cinquenta,
incluindo a “grande estratégia” de colocar o Estado a serviço do desenvolvimento
capitalista, foram colocados em xeque, corroídas, mas não aniquiladas, como pareceu
ser a intenção do núcleo orgânico.
Mais uma vez, a situação da Coréia do Sul desautoriza análises simplistas que só
consegue enxergar aquela economia como uma plataforma de exportações. A bem da
verdade é preciso que se diga que aquele país sempre combinou elementos de modelos
de industrialização aparentemente excludentes:
Outro aspecto importante da crise financeira da Ásia, no final dos noventa, é que
ela provocou forte abalo nos níveis de confiança daqueles países em relação tanto a
estabilidade de suas economias quanto ao comportamento esperado do capitalismo do
núcleo orgânico. Ou seja, os governos e demais agentes dos países asiáticos mais
afetados pela crise ressentiram-se pela falta de apoio das grandes economias
industrializadas do capitalismo ocidental naquele período, o que fez os governos
pensarem em um regionalismo no Leste Asiático como solução para o fortalecimento
das suas economias. Daí a busca de uma área preferencial de comércio para uma área
de livre comércio.1
1
Numa área de livre comércio, as tarifas e as restrições quantitativas entre os países participantes são
eliminadas, mas, entretanto, cada país mantém ainda suas próprias tarifas contra os não membros. O
estabelecimento de uma união tarifária envolve, além da supressão da discriminação no movimento de
produtos dentro da união, a equalização das tarifas comerciais com os países não membros, ou seja, uma
tarifa externa comum. Uma forma maior de integração econômica é o mercado comum, onde não somente
são abolidas as restrições de comércio, mas também as restrições quanto ao movimento de fatores, tais
como de mão de obra e de capital. Já uma união econômica combina a supressão das restrições do
mercado comum com políticas coordenadas em relação aos fatores de produção, com o intuito de remover
a discriminação que era devida a diferenças nessas políticas. A integração econômica total pressupõe as
unificações monetárias, fiscais, sociais e de políticas dos países membros e requer o estabelecimento de
um poder supranacional em que as decisões são realizadas para os estados membros (BALASSA, 1962,
pp. 2-3).
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Acesso entenda-se no sentido de acessibilidade (principalmente a domiciliar) e não necessariamente de
quantidade de uso.
3
Top 30 países em acesso à banda larga. Disponível em: http://macmagazine.com.br/2007/09/01/top-30-
paises-em-acesso-a-banda-larga/
4
Coréia do Sul é país mais avançado em tecnologias de informação, diz ONU. Disponível em:
http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=8210
5
O foco nos aspectos de infraestrutura (insumos, acesso físico e interconectividade entre máquinas) tem
sido complementado com ênfase crescente pelas dimensões de avaliação de impactos, com destaque para
as inovações organizacionais e para a percepção da importância crescente de ativos intangíveis e
imateriais (conteúdos, cultura de uso e “conectibilidade”). As metáforas utilizadas para descrever o
processo mudam com rapidez. [...] Mais que à informação, é ao processo de produção de conhecimento e
conteúdo que remetem cada vez mais as estruturas tecnológicas digitais e interativas. Ganham
importância estratégica redes de comunicação e sistemas de informação que não podem ser tratados
apenas no âmbito tecnológico stricto sensu, pois sua operação é indissociável de dimensões qualitativas.
(Indicadores FAPESP, 2005)
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Nesse contexto, destaca-se que a capacidade de identificar e aproveitar oportunidades de mercado é
perpassada pela capacidade de colaborar, seja com o objetivo de obter recursos, seja com o objetivo de
identificar ou obter mecanismos legais que permitam a acessibilidade a diferentes mercados ou formas de
promoção da inovação proposta. Do ponto de vista da firma, quanto maior for sua apropriabilidade sobre
os ganhos financeiros e tácitos provenientes de uma inovação, mais essa lhe será interessante. Dessa
forma, quanto maior for o envolvimento da empresa com os atores envolvidos na cadeia de valor da
inovação, potencialmente maiores serão suas possibilidades de apropriar-se dos resultados das inovações
geradas pela cadeia. (VACCARO, 2011)
7
A tendência econômica mais claramente associadaao desenvolvimento das TICs, mediadas por redes
digitais, é a expansão do setor de serviços, que, no ano 2000, respondia por 70% do PIB agregado dos
países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O próprio
setor manufatureiro, ao terceirizar processos, gera demanda por serviços, com impacto positivo sobre as
empresas do setor de tecnologias de informação e comunicação. O investimento em conhecimento,
somados os gastos com pesquisa e desenvolvimento, software (inclusive o componente de software em
P&D) e em todos os níveis educacionais, chegou a 10% do PIB nos países da OCDE (OECD, 2002a). As
TICs e as redes digitais que as tornam social e economicamente úteis são o espaço a partir do qual o
investimento em conhecimento é direcionado para a produção de renda, emprego e valor. (Indicadores
FAPESP, 2005)
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Declaração Ministerial Conjunta dos Ministros das Finanças do ASEAN + 3 (2002). Disponível em:
http://www.aseansec.org/5473.htm
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Declaração Ministerial Conjunta dos Ministros das Finanças do ASEAN + 3 (2003). Disponível em:
http://www.aseansec.org/15032.htm
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31,5 bilhões de dólares. Neste encontro foi criado um Fundo de Cooperação para o
Financiamento administrado pelo secretariado da ASEAN que visava facilitar o
desenvolvimento regional. Também, foi acordada a intensificação de esforços para o
desenvolvimento do mercado regional de títulos, utilizando-se melhor a poupança
regional agregada e minimizando-se riscos.
10
O ciclo de Kondratiev ou as ondas longas da curva de desenvolvimento capitalista, dura
aproximadamente cinquenta anos. A trajetória da curva de Kondratiev e sua duração são determinadas
não pelas contradições internas das forças capitalistas, mas pelas condições externas, por cujos canais o
desenvolvimento capitalista flui. A aquisição pelo capitalismo de novos países e continentes e a
descoberta de novos recursos naturais, em cujo esteio verificam-se os fatos maiores de ordem
"superestrutural" tais como guerras e revoluções, determinam o caráter e a sucessão de épocas
ascendentes, estagnadas e declinantes do desenvolvimento capitalista. Segundo a teoria marxista dos
ciclos industriais, sua periodicidade é determinada pela vida útil do capital fixo, portanto um fator
estritamente endógeno à esfera da produção. Na época de Marx essa periodicidade era de 10 anos, com
prognóstico de encurtamento devido à abreviação gradativa da vida útil do capital fixo, tanto pela maior
intensidade dos processos produtivos como pela obsolescência tecnológica precoce. Parece evidente a
reduçãodas ondas curtas do desenvolvimento capitalista. A periodicidade dos ciclos atuais está em torno
de quatro a sete anos. As crises ocorrem em 1981, 1987, 1991, 1995, 2001 e 2007. Observe-se que na
década de noventa ocorreram crises regionais importantes, como a Crise Mexicana em 1994 e a Crise
asiática em 1997-98, que provocaram abalos não desprezíveis no conjunto do sistema-mundo. Fontes:
TROTSKY (1923); MANDEL (1982).
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Declaração Ministerial Conjunta dos Ministros das Finanças do ASEAN + 3 (2006). Disponível em:
http://www.aseansec.org/18711.htm
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Declaração Ministerial Conjunta dos Ministros das Finanças do ASEAN + 3 (2007). Disponível em:
http://www.aseansec.org/20868.htm
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A crise no pós Segunda Guerra Mundial teve como principal causa a desmobilização de milhões de
trabalhadores (as) que haviam sido empregados, direta ou indiretamente, naquela carnificina, produzindo
bens de consumo de guerra ou bens de consumo de paz (canhões ou manteiga). Os soldados também
foram desempregados. Quando acaba uma guerra o nível de desocupação entra em uma exponencial
explosiva. Foi para evitar uma nova Depressão que os EUA elaboraram o Plano Marshall (1948) e
“inventaram” a guerra fria, além de entrarem na Guerra da Coréia, em 1949. Os recursos financeiros
destinados à Europa Ocidental, através do Plano Marshall, foram por determinação dos Estados Unidos
parcialmente utilizadospelos europeus na aquisição de bens norte-americanos (produtos industrializados,
alimentos, e outros). Com isso, criou-se um novo mercado consumidor para os EUA, onde os seus
produtos podiam ser comercializados livremente, o que ajudou a reconstruir a economia européia, mas
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Há uma inversão no perigo de contágioe uma nova consciência, pois a crise vem do andar superior. São
os Estados semiperiféricos defendendo-se das políticas econômicas do núcleo orgânico.
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Chiang Mai é a maior e mais importante cidade do norte da Tailândia. O Chiang Mai Initiative (CMI) é
um arranjo multilateral entre os membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) mais
a República Popular da China, o Japão e a Coréia do Sul. É constituído por um fundo em reservas
estrangeiras no valor de 120 bilhões de dólares, lançado em março de 2010.
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Manila Standard.Associated Press.Asians will defend their Money, 08 de maio de 2000, pp. 1-2
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The Korea Times. Cooperação Multilateral tem como Objetivo repelir Crise Regional. 29 de dezembro
de 2009
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direito de trocar a sua moeda local, com o dólar dos EUA por um valor até a sua
contribuição multiplicada pelo seu respectivo multiplicador de compra. A China e o
Japão contribuíram com 38,4 bilhões de dólares cada um para o acordo uma cota igual a
de 32% (cada) do valor total. As cotas iguais e em um total de 64% gera um poder
solidário e bipartido entre os países e sinaliza que as duas potências econômicas
asiáticas devem abster-se de uma corrida pela hegemonia regional. A Coreia do Sul se
comprometeu a fornecer US $ 19,2 bilhões, representando 16% do total. Os 20%
restantes serão distribuídos entre os 10 membros da ASEAN.
Fica evidente como o poder regional está sendo estruturado, também fica claro
que a Coreia do Sul deve desempenhar um papel de relevo no bom funcionamento da
aliança monetária. A nação deve atuar como um mediador entre a China e o Japão, bem
como entre os poderes regionais e os Estados da ASEAN.19 A Coreia do Sul é
responsável por 8% do PIB dos 13 países asiáticos. Suas reservas cambiais representam
6,4 por cento do total dos signatários. Ao contribuir com 16% das contribuições, o
Estado sul-coreano habilita-se a exercer uma considerável influência regional. As
nações participantes ainda têm um longo caminho a percorrer para realizar o sonho de
um Fundo Monetário Asiático semelhante ao FMI. Por enquanto, eles devem fazer o seu
melhor para ajudar a afastar a especulação monetária, os problemas de liquidez e a
turbulência financeira na região.
19 Desse modo a Coréia do Sul teria papel fundamental no Balance of Power Policy na região. O Balanço
de Poder é uma configuração que tenta evitar que qualquer Estado tenha demasiados poderes no contexto
do sistema da política internacional. Ou seja, no caso o objetivo é evitar o poder monopólico (Japão ou
China), o Poder duopólico (Japão mais China) e assegurar um poder Oligopólico (Japão, China e Coréia
do Sul) que, assim, controlam 80% dos recursos do fundo, enquanto os outros dez países controlam
apenas 20%.
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Como se insiste neste trabalho a periodicidade das crises capitalistas está sendo
encurtada, principalmente pela depreciação (real ou tecnológica) da parte fixa do capital
constante. Assim, em 2007 a recessão voltou vigorosamente. Nos três anos seguintes, a
economia da Coréia do Sul não enfrentou nenhum ano de taxa negativa, o menor valor
registrado foi em 2009 (0,3%). A economia da Coréia do Sul está passando por um
período de recuperação após a queda ocorrida a partir do final de 2007 e, em especial,
no início de 2009, em razão da crise financeira internacional. A retomada do
crescimento, ainda apresenta oscilação instáveisnas taxas de crescimento trimestral do
PIB. Desde o primeiro trimestre de 2005, o país vinha apresentando elevação em seu
produto interno bruto, com variações em função da conjuntura econômica internacional,
em particular com o nervosismo da economia norte-americana. Essa dinâmica persistiu
até o quarto trimestre de 2007, quando os efeitos adversos que atingiam as principais
economias desenvolvidas se fizeram sentir no país asiático. A economia coreana caiu no
primeiro trimestre de 2008, sofrendo nova queda no primeiro trimestre de 2009. A
recuperação teve início no segundo trimestre do mesmo ano e, ao final deste, foi
suplantado o pico atingido em 2007.
Se em 1997 a crise sul-coreana foi apenas parte da crise asiática e teve como
causas principais as políticas hegemônicas dos Estados Unidos, aproximadamente uma
década depois a crise foi resultado da crise global deste sistema. Pode-se dizer que a
Coréia do Sul caiu em 2008 em uma crise que é muito mais do andar superior (núcleo
orgânico) do que dos andares inferiores (periferia e semiperiferia)20. Novamente a queda
20
Enquanto a média de crescimento para a economia mundial no triênio 2008-2010 foi 2,5%. Os Estados
Unidos registrou um crescimento de 0,1%; a Alemanha (-0,2%); França (-0,4%), o Japão (-1,2%); o
Reino Unido (-1,2%); a América Latina (2,9%); a Coréia do Sul (2,9%); o Oriente Médio e o Norte da
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da sua moeda relativamente ao dólar foi mais de 30% em 2008. Estas turbulências são
resultados de alguns problemas internos, também, mas é consequência principalmente
de uma abertura financeira que lhe deu maior fragilidade nos últimos 15 anos.
África (3,6%); a Índia (7,8%) e a China (9,7%). A Trombose já não ataca, apenas, as extremidades do
sistema, mas órgãos internos, é possível que se mantendo os mesmos hábitos, o próprio coração seja
lesionado.
21
O atual presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-bak é Administrador de Empresas formado pela
Universidade da Coréia (Korea University) uma instituição de referência. Em 1965, então com 24 anos
ingressou nos quadros da Hyundai Construction, foi nomeado executivo do Conglomerado Hyundai em
1977. Em 1988 foi nomeado presidente da Hyundai para demitir-se e ingressar na política em 1992,
quando se elegeu Deputado. Foi prefeito da cidade de Seul de 2002 a 2006, onde se caracterizou como
excelente administrador. É membro do Grande Partido Nacional. Apesar de suas simpatias pró-mercado,
Lee Myung-bak, propôs no começo de 2012 responsabilizar servidores públicos pelo controle dos
aumentos de preços dos principais produtos da economia do país, numa tentativa de fazer do combate à
inflação uma das prioridades do novo ano. Numa reunião do conselho de ministros, Lee Myung-bak
defendeu a nomeação de responsáveis governamentais para seguir a produção de bens agrícolas e
industriais e para monitorizar e controlar os preços destes bens. De acordo com a proposta presidencial, o
Estado fixa um intervalo alvo para o preço de cada produto, em especial bens alimentares, e depois é
obrigado a manter os preços dentro desse intervalo. Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lee_Myung-bak;
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=2218136&page=-1
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Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc
23
Fonte: http://www.imf.org/external/index.htm
24
Fonte: http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/eurostat/home/
25
Compõem este grupo os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, a França, a Itália e a Espanha (Zona do
Euro), Reino Unido; e os Tigres da Ásia (Coréia do Sul, Hong-Kong, Taiwan e Singapura).
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asiática com 2,3%; 0,3% e 6,2%; (c) numa classificação ampla intitulada de “economias
de mercados emergentes e em desenvolvimento”, doravante por comodidade “Resto do
Mundo”, o PIB oscilou de 6,1% em 2008; 2,7% em 2009 e 7,3% em 2010. Destaque-se
que a China cresceu respectivamente em 9,6%; 9,2% e 10,3%. A Índia teve o seguinte
crescimento: 6,2%; 6,8% e 10,4%.
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Fonte: http://data.worldbank.org/
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Fonte: http://www.imf.org/external/data.htm
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Os economistas do FMI parecem ter uma dificuldade “psicológica”, porque não dizer “atávica” de
compreender como realmente funciona o capitalismo realmente existente.
29
A taxa natural de desemprego é o nível decorrente do sistema walrasiano de equações gerais do
equilíbrio, desde que tenha as características estruturais reais de mercado de mão-de-obra e mercadorias,
incluindo as imperfeições do mercado, variabilidade estocástica da demanda e da oferta, custo de coleta
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de informações sobre vagas e disponibilidades de mão-de-obra, custos da mobilidade, e assim por diante.
(FRIEDMAN, 1968, p. 425)
30
Sabe-se que para os teóricos da economia neoclássica, o desemprego natural é a taxa para a qual uma
economia caminha no longo prazo, sendo compatível com o estado de equilíbrio de pleno emprego e com
a ausência de inflação. Nessa situação, há um número de trabalhadores sem emprego, mas a oferta e a
demanda por emprego estão em equilíbrio. Uma situação de produto normal supõe a noção de produto
natural, ou seja, exige o reconhecimento da Lei de Okun, onde existe uma relação inversa entre a taxa de
desemprego e a taxa de crescimento do PIB, de modo que o hiato do produto é proporcional à
diferençaentre a taxa observada de desemprego (TOD) e a taxa natural de desemprego (TND). Quando
TOD = TND, então não há hiato do produto e o produto potencial é igual ao produto efetivo. Saber o
percentual da população ativa que deve se manter desempregada para garantir a manutenção da
estabilidade é uma das ocupações mais importantes de alguns economistas. Para os Estados Unidos a taxa
natural de desemprego estaria em trono de 6,0% e para o Brasil em torno de 8,0%.
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Referências bibliográficas
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Fonte: http://www.wipo.int/patentscope/en/
32
Aqui se pede licença para cometer um pequeno anacronismo.
33
Trata-se, tão somente de um modelo teórico de reflexão, um método de abstração, pois não se pode
desprezar o papel dos Estados Unidos na economia-mundo.
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