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Teoria
Os países periféricos ou pobres são os que apresentam baixo desenvolvimento econômico e baixo índice de
qualidade de vida. Enquanto os países centrais ou ricos são aqueles que possuem grande desenvolvimento
econômico e qualidade de vida. Por fim, existem os países semiperiféricos ou emergentes, isto é, são países
que apresentam grande crescimento econômico nos últimos anos ao mesmo tempo que esses elevados
indicadores contrastam com valores baixos e medianos do seu IDH.
Mercados emergentes
O termo “mercados emergentes” foi criado em 1981, por Antoine Van Agtmael, economista que queria
incentivar as sociedades financeiras a investir no mercado asiático, com forte crescimento nessa época. O
sucesso desse primeiro investimento em mercados emergentes foi enorme e se confirmou durante toda a
década de 80. Esses mercados eram mais rentáveis tanto a curto quanto a longo prazo.
Esse sucesso atraiu a curiosidade dos economistas que se interessaram por dados e parâmetros reais da
economia (como produção industrial, consumo interno, PIB, políticas econômicas) para estudar esses países
e o porquê do sucesso vigoroso. No fim dos anos 90, a expressão “economia emergente” ganha o cunho,
portanto, não somente por seus aspectos financeiros, mas principalmente em suas dinâmicas e perspectivas
de crescimento. As principais organizações financeiras internacionais (Banco Mundial e FMI) se utilizaram
desse vocábulo, usando-o para países a torto e direito. Mas, a academia acabou por definir e precisar quais
seriam as características necessárias para um país ter uma economia chamada emergente.
• Potencial de crescimento: Tendo em vista o pequeno abismo que separa, ainda, o nível de vida dos países
desenvolvidos dos países emergentes, a economia destes se beneficia de um potencial enorme de
crescimento (principalmente pelo aumento da capacidade de consumo). Essa capacidade de produção
e consumo, pouco a pouco, vai superando a dos países mais desenvolvidos. No final da década de 90
aconteceram várias crises econômicas que afetaram México, Rússia e até o Japão. Houve uma crise
muito importante em 1999 nos EUA que alterou as referências de investimento a nível global, fazendo
com que os mercados emergentes fossem vistos como um potencial significativo de crescimento e
referência em investimento.
As relações dos países emergentes com os países já industrializados são intensas. O mundo globalizado
implica no conceito de multipolaridade: o surgimento de outras potências. Houve um crescimento dos blocos
de poder mundial de países emergentes que inclui a criação do G20, que são os países ricos junto com os
emergentes, consolidando a multipolaridade do mundo atual.
Ao mesmo tempo em que há uma interdependência bastante forte, grande parte pelo capital financeiro
internacional e a globalização, há também uma desigualdade no que diz respeito aos armamentos e acesso
à tecnologia. Os velhos centros industriais ainda concentram certos tipos de atividades, principalmente as de
pesquisa tecnológica para patentes. Mesmo assim, vê-se crescer nos países emergentes, principalmente na
Índia e na China, grandes investimentos na capacitação profissional e na construção de tecnopólos, buscando
reverter esse quadro. Ao mesmo tempo, Índia, Rússia e China possuem armamento nuclear, e suspeita-se que
a África do Sul também, o que faz pender um pouco a balança.
Os desafios principais desses países emergentes consistem em reverter esses ganhos políticos e
econômicos para a população. Em praticamente todos esses países, os indicadores econômicos são
excelentes, mas os sociais não. A qualidade de vida e o padrão de consumo dos países emergentes são bem
inferiores aos dos países já industrializados. Isso leva, alguns especialistas acreditam, a uma crescente
insatisfação popular e luta por direitos, que pode ser observada em todos esses países. Como os governos
respondem a essa demanda interna fica em questão.
Ao mesmo tempo, elevar o consumo da população residente ao mesmo patamar da população americana,
por exemplo, vai exaurir os recursos naturais. Muitos ambientalistas se preocupam com essa emergência
econômica, porque ela vem acompanhada de poluição, de uso de recursos etc. Então fica outra questão no
ar: quem tem mais direito a “usar” esses recursos? Os países emergentes, na iminência de desastres
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ambientais, teriam de frear seu crescimento? O clima, a natureza, os recursos e os desastres são novos
debates e assuntos na geopolítica mundial, acompanhados pela ascensão dos emergentes.
Brics
O termo “BRIC” foi criado em 2001, por Jim O’Neil, destacando possíveis economias emergentes, como o
Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2009, os chefes de Estado desses quatro países decidiram criar a “Cúpula
do BRIC”, se reunindo a cada ano para debater assuntos econômicos e geopolíticos de interesse comum. A
partir de 2011, a África do Sul foi incorporada ao grupo, que passou a ser denominado BRICS.
As razões para o grande crescimento desses países no início do século XXI são: enorme mercado
consumidor, cujo tamanho representa 40% da população mundial, possuem grandes riquezas minerais e
apresentam um crescimento industrial formidável.
Entre 2008 e 2013, essas economias representaram até 50% do crescimento econômico mundial, formando
uma forte polarização ao G7, grupo de países economicamente mais poderosos do mundo, reafirmando o
caráter multipolar da Nova Ordem Mundial. É importante destacar que esse crescimento foi puxado,
principalmente, pela China que forçou uma política de crescimento em meio à Crise de 2008, causando uma
alta das commodities. Como Brasil, Rússia e África do Sul são grandes exportadores de commodities e suas
economias foram beneficiadas com a alta desses produtos primários.
Território controlado pela República Popular da China (em roxo) e pela República da China (em laranja). O tamanho das ilhas foi
exagerado para facilitar a identificação. Fonte: https://pt.wikipedia.org/
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Após a vitória dos comunistas chineses, foi realizado um tratado de amizade e cooperação com a antiga
União Soviética. Com a morte de Stalin, em 1953, a relação entre os dois países foi abalada e eles começaram
a se distanciar. Mesmo assim, o PCC continuou com a adoção de políticas econômicas com o objetivo de
planificação da economia, seguindo basicamente uma cartilha soviética.
Esse plano não se desenvolveu conforme o esperado e o país enfrentou algumas dificuldades. Em 1958, no
auge da crise sino-soviética, foi elaborado um segundo plano econômico, de 3 anos, para tentar transformar
definitivamente a China em uma grande potência.
Após a morte do líder da Revolução Chinesa, os partidários mais antigos foram afastados do poder e novos
dirigentes começaram a construir um novo plano de crescimento para a China. Entre esses, Deng Xiaoping,
que chegou à conclusão de que nem o modelo comunista nem o capitalista atenderiam às necessidades da
China. Era necessário continuar com o projeto de modernizar a agricultura, a indústria, a defesa do país e o
setor de ciência e tecnologia, porém, essa modernização deveria usar métodos capitalistas. Assim, ele criou
o que alguns especialistas denominam socialismo de mercado, uma combinação entre controle estatal dos
meios de produção e adoção de mecanismos de mercado.
Do ponto de vista econômico, o plano foi um sucesso e a grande potência econômica que a China se tornou
é de responsabilidade desse plano. Mas isso não significou uma evolução social. A China não se tornou mais
democrática, pelo contrário, continua a prevalecer uma política unipartidária sob o governo do Partido
Comunista, que reprime brutalmente manifestações populares e a livre expressão. Atualmente, existem
alguns sinais de maior liberdade pessoal.
Com as reformas econômicas propostas por Deng Xiaoping, revertendo, inclusive, as reformas iniciadas por
Mao Tsé-tung, observou-se uma maior liberalização da economia chinesa, adotando-se, inclusive, o modelo
de desenvolvimento industrial japonês e dos Tigres Asiáticos. Esse modelo, denominado plataforma de
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exportação, é caracterizado pela produção industrial de bens de consumo duráveis. Sua produção busca
atender à exportação, e não às necessidades do mercado interno, aproveitando-se da oferta de mão de obra
barata dos chineses. Todavia, tal concepção foi implantada em determinadas partes do território chinês, em
zonas específicas.
Assim, foram criadas as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs). Geralmente, estão localizadas em cidades
litorâneas cujo regime econômico foi adaptado para a abertura de mercado ao capital estrangeiro. A produção
industrial voltada para a exportação é isenta de impostos e essas cidades são destinos de grandes
investimentos nas áreas portuárias e urbanas, buscando-se facilitar a circulação de mercadorias e capital.
Visto o sucesso dessa política, ela também foi ampliada e adaptada para outras áreas, como a criação das
cidades abertas, cuja circulação de capital e investimentos também é facilitada.
Em um primeiro momento, essas ZEEs se caracterizavam pela formação de joint ventures: uma empresa
estrangeira se aliava a uma empresa chinesa, controlada pelo Estado, para produzir. Corresponde ao famoso
período “Made in China”, caracterizado por produtos baratos e de baixa qualidade. Com os investimentos em
desenvolvimento tecnológico e educação, essas zonas passaram a sofrer uma transformação, iniciando-se
um segundo momento. A China, hoje, consegue produzir novas tecnologias e inovar o processo produtivo a
partir de uma mão de obra qualificada, cada vez menos barata.
Assim, as cidades se tornam mais tecnológicas e o país consegue se introduzir de forma mais competitiva
na economia. Recentemente, observa-se uma mudança na direção de sua economia, que, antes, era voltada
para atender às demandas externas e, hoje, busca atender ao mercado interno, criado com o desenvolvimento
econômico e tecnológico.
Muitos países também criaram essas zonas especiais para atrair empresas. No Brasil, essas zonas são
denominadas Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) e contam com isenção de impostos e maior
facilidade para trocas cambiais, desde que a produção seja voltada para a exportação.
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Fonte: https://www.opeu.org.br/
O 5G e a Huawei
Com esse pacote, os Estados Unidos começaram um plano para boicotar a Huawei, uma grande empresa de
tecnologia chinesa. Essa empresa conseguiu desenvolver de forma mais eficiente e barata a tecnologia de
quinta geração das redes de telecomunicações, conhecida como 5G. Isso gerou preocupações sobre
possíveis ações de espionagem chinesa, bem como do crescimento econômico e tecnológico que o país
alcançou. Para impedir esse crescimento, os Estados Unidos proibiram as empresas americanas de
negociarem com a Huawei, que passou a desenvolver suas próprias tecnologias para concorrer com o Google
e a Apple.
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Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/03/1596528-china-ambiciona-poder-global-com-nova-rota-da-seda.shtml
Veja bem, não é um plano definido em detalhes, com cada centímetro de rodovia, ferrovia e fibra óptica
pensado. É um ambicioso projeto geopolítico do governo chinês que começa a sair do papel, então, é muito
comum encontrar divergência dos países que irão fazer parte ou não. Por isso, sempre fique atento às aulas
de atualidades.
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Exercícios de vestibulares
2. (FGV, 2020) O governo chinês, com a Iniciativa do Cinturão e da Rota (Belt and Road Initiative – BRI),
prevê uma mega conexão de portos, ferrovias, estradas e aeroportos para alavancar os negócios da
China com a Ásia, Europa, Oriente Médio e África. A iniciativa tem duas partes principais: o Cinturão
(Belt), formado por uma série de corredores terrestres que ligam a China à Europa, via Ásia Central e
Oriente Médio, e a “Rota da Seda do Século XXI” (Road), o corredor marítimo que liga a costa sul da
China ao leste da África e ao Mediterrâneo. Sobre a Iniciativa do Cinturão e da Rota, analise o mapa a
seguir.
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I. O BRI deve consolidar o protagonismo chinês nas relações internacionais e alterar as dinâmicas
geopolíticas, incrementando seu soft power nos espaços euro-afro-asiáticos.
II. O Cinturão, por um lado, deve impulsionar o desenvolvimento das províncias do oeste chinês e, por
outro, pode tornar dependente os países que receberam investimentos em infraestrutura física e
digital.
III. A Rota deve estabelecer novas interconectividades entre a China e os países banhados pelo Índico,
cujos recursos naturais são estratégicos para manter o crescimento econômico chinês.
3. (UPE 2022) Desde a década de 1990, alguns países passaram a ter destaque no ritmo de crescimento,
em seu desempenho como exportadores, na sua elevada competitivdade nos principais mercados para
produtos com algum graud e elaboração industrial, sobretudo nas notáveis taxas de crescimento do
seu produto agregado, o que alterou sua participação no produto global. Destacam-se do grupo maior
das economias não industriais por apresentarem, em geral, grandes dimensões geográficas e
demográficas, elevado ritmo de crescimento do produto nacional, expressivo grau de industrialização
e melhoria acentuada nos indicadores de desenvolvimento econômico e social.
(Texto extraído e adaptado da revista Radar | 45 | jun. 2016. Autor: Renato Baumann).
a) as maiores empresas de conexão virtual da atualidade estão em competição pelo controle do Vale
do Silício, na Califórnia.
b) o grande poder global das empresas chinesas desqualifica a presença das corporações norte-
americanas nesse mercado.
c) a guerra comercial entre os EUA e a China pelo controle do setor de comunicação virtual pode ser
entedida como parte da nova Guerra Fria no século XXI.
d) a China e os EUA desenvolvem uam falsa competição internacional pela comunicação virtual, pois
os chineses controlam as empresas norte-americanas e dominam o mercado atualmente.
5. (Enem 2014)
Na imagem, é ressaltado, em tom mais escuro, um grupo de países que na atualidade possuem
características político-econômicas comuns, no sentido de
a) adotarem o liberalismo político na dinâmica dos seus setores públicos.
b) constituírem modelos de ações decisórias vinculadas à socialdemocracia.
c) instituírem fóruns de discussão sobre intercâmbio multilateral de economias emergentes.
d) promoverem a integração representativa dos diversos povos integrantes de seus territórios.
e) apresentarem uma frente de desalinha mento político aos polos dominantes do sistema-mundo.
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6. (Uerj, 2020)
Nomeie o país mais relevante para o deslocamento do centro de gravidade econômica mundial entre
1913 e 1950. Nomeie, também, o país em cuja direção está se movendo esse centro, a partir de 1990.
Em seguida, apresente uma justificativa econômica para esse movimento mais recente.
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7. (Uerj 2019)
Mudança no comércio de bens dos Estados Unidos: importações por países
Adaptado de piie.com.
O processo de globalização das últimas décadas vem redefinindo os fluxos de bens entre os países. A
partir do gráfico, a mudança dos locais de origem dos bens pode ser explicada pela seguinte
característica do processo de globalização:
a) difusão espacial das fontes de matéria-prima
b) integração nacional dos centros de tecnologia
c) redistribuição territorial das atividades industriais
d) concentração regional dos mercados consumidores
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8. (UFU, 2021)
O gráfico acima apresenta o crescimento do PIB (em %) no período de 2000 a 2015. Conforme se
observa, o país tem apreesntado grandes oscilações no seu crescimento econômico.
Considerando-se esse processo, analise as afirmativas.
I. O rápido crescimento econômico nos anos 2000 contribuiu para o aumento do fluxo de
investimentos estrangeiros e transformou o país no mais importante do grupo dos BRICS.
II. Os capitais estrangeiros têm sido atraídos pelo crescimento do mercado interno e pela
possibilidade de exploração dos recursos naturais, especialmente no setor energético.
III. Mesmo com a crise mundial de 2009, os investimentos externos continuaram crescendo, o que
possibilitou a recuperação da economia russa, tornando-a uma das mais sólidas do mundo e a
mais importante do grupo dos BRICS.
IV. Após 2009, o crescente boicote imposto pelos Estados Unidos e pela União Europeia, em resposta
à anexação da Criméia e ao apóio aos separatistas ucranianos, promoveu a redução acentuada no
fluxo de investimentos e a consequente queda do PIB.
Gabaritos
1. B
É abordada a composição do agrupamento BRICS, que conta com os principais países emergentes no
início dos anos 2000.
2. A
A Nova Rota da Seda é um gigantesco investimento proposto pela China com o objetivo de aumentar o
comércio e a dependência econômica dos países da Eurásia e da África com a China. O financiamento
será feito pelo Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, controlado pela China. A iniciativa irá
proporcionar o aumento da influência geopolítica chinesa pela via da cooperação econômica e
comercial. Esse tipo de poder é denominado soft power, enquanto o poder militar é denominado hard
power.
3. D
As economias emergentes são países subdesenvolvidos cuja economia é relevante no contexto global.
4. C
A Charge mostra a disputa entre os gigantes da tecnologia, atualmente representados pelos países EUA
e China, na corrida por implementar a internet 5G. A alternativa A está incorreta porque o que está em
disputa é o mercado global, e não a região do Vale do Silício. Além disso, vale pontuar que mesmo
aumentando sua atuação, empresas chinesas não desqualificam as corporações norte-americanas. A
competição entre esses dois países é peça central no cenário geopolítico do século XXI.
5. C
Os países destacados correspondem ao BRICS que a partir de fóruns e acordos multilaterais buscam
uma aproximação comercial e uma maior força expressiva no cenário financeiro contemporâneo.
6. Pelo menos desde as Grandes Navegações, a riqueza mundial está muito mais concentrada no
Hemisfério Norte do que no Sul, o que explica a localização do centro de gravidade da economia mundial
nessa porção do planeta. Na primeira metade do século XX, o centro de gravidade da economia mundial
deslocou-se em direção aos Estados Unidos da América. A principal razão para esse fenômeno foi o
crescimento muito mais acentuado do PIB desse país diante dos PIBs dos países da Europa, continente
que, até então, era o grande polo econômico do planeta.
No período de 1950 a 1980, a acelerada recuperação europeia do pós-Guerra reverteu levemente essa
tendência da primeira metade do século XX e realocou o ponto médio da economia mundial novamente
para o norte da Europa.
A partir de 1990, contudo, é nítido e acelerado o deslocamento do eixo econômico do mundo em direção
à China. Entre as justificativas mais relevantes para essa tendência recente, estão: o acelerado processo
de industrialização do país, a partir da década de 1980; a ampliação expressiva do mercado consumidor
interno; o crescimento das exportações de bens; o ritmo de crescimento do PIB superior ao dos demais
países do mundo; os investimentos chineses diretos no exterior (empresas, compra de terra), revertidos
em remessas econômicas para o país investidor; e os volumosos investimentos em infraestruturas
(transportes, comunicações, moradia, saneamento, etc.) gerando milhões de empregos.
7. C
Conforme é possível observar no gráfico, houve um aumento dos produtos importados de países
emergentes, como México e China, e uma diminuição das importações de países desenvolvidos, como
Japão, Canadá e membros da União Europeia. Nesse sentido, a redistribuição territorial das atividades
industriais para esses países emergentes, possibilitada pela evolução dos transportes e comunicações,
é a característica do processo de globalização que melhor explica tais mudanças.
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8. A
Os investimentos estrangeiros são atraídos por um mercado consumidor ainda pouco explorado no país
em razão da transição da economia planificada para a de mercado e para o setor energético, que é muito
expressivo. Houve ainda boicote ocidetal a partir das investidas russas sobre as ex-repúblicas soviéticas
e a crise de 2008, reduzindo o preço do petróleo e empurrando a economia russa para resultados
pouquíssimo expressivos à sua economia. A China é o país mais importante do BRICS.