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ECONOMIA

Unidade 8 - Economia brasileira

GINEAD
Fávero, Márcia Huppe; Cabral, Raquel
SST Unidade 8 - Economia brasileira /
Márcia Huppe Fávero; Raquel Cabral
Ano: 2020
nº de p.: 16

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Unidade 8 - Economia brasileira

Objetivos específicos
• Compreender aspectos a respeito da economia brasileira ao longo da sua
história até os dias atuais.
• Conhecer os principais planos econômicos.

Apresentando a Unidade
Nesta unidade, vamos aprofundar os nossos conhecimentos sobre a economia no
Brasil, desde a sua origem até os dias atuais. O Brasil é um país de muitas riquezas
naturais e isso contribui para o fortalecimento da economia, que é bastante
diversificada.

Embora o país tenha sofrido com as questões políticas, que geram impacto direto
na economia, o Brasil vem apresentando nos últimos anos um avanço econômico.
Assim, vamos estudar os principais planos econômicos e as medidas tomadas ao
longo dos anos para resolver os problemas no Brasil.

Agora que você já sabe o que vamos estudar, bons estudos!

Introdução à economia brasileira


Na década de 1930, com o governo de Getúlio Vargas, iniciou-se o processo de
industrialização por meio das estatais (empresas do Estado), que era a proposta
de Vargas. Com a grande depressão de 1929, que se estendeu até 1933, o café,
considerado até então o principal produto agrícola, começou a entrar em crise, pois
as exportações começaram a cair.

A economia brasileira, como a do restante do mundo, passou a se desenvolver após


o período pós-guerra em meados da década de 1940, pois os países que estavam
envolvidos na guerra começaram a se reconstruir e as relações internacionais se
intensificaram.

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Segundo Vasconcellos e Pinho (2011), o período pós-guerra foi marcado
pelo desenvolvimento econômico. Na década de 1950, os países emergentes
começaram a idealizar os seus planos de desenvolvimento econômico, inicialmente
marcados pelo processo de industrialização que começou a se intensificar.

Figura 8.1: Economia brasileira

Fonte: Plataforma Deduca (2018).

Na década de 1950, a maioria das pessoas ainda se concentrava na zona rural, pois
viviam basicamente da agricultura. E nas cidades ainda havia pouca concentração
populacional, porque o processo de industrialização ainda estava começando.

Curiosidade
Em 1953 foi autorizada a criação da Petrobrás S/A, concedendo o
monopólio do petróleo e a comercialização de seus derivados no
país. A Petrobrás foi criada como uma empresa estatal devido ao
movimento popular “O petróleo é nosso”, no segundo governo de
Getúlio Vargas.

O governo desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek (1956-1961) tinha


como plano de metas fazer o Brasil crescer 50 anos de progresso em 5 anos de
realizações. O governo JK, como era chamado, foi voltado para a ampliação da
produção e infraestrutura econômica do país.

Porém, para realizar o seu grande plano de desenvolvimento econômico, segundo


Giambagi et al. (2011), o governo de JK gerou um aumento na dívida externa do

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país, com a inflação alta, o déficit público elevado e a deterioração das contas
externas. Esse período foi marcado pela redução das exportações e aumento das
importações e desenvolvimento do mercado interno.

Juscelino Kubitschek durante o seu governo presidencial construiu a cidade de


Brasília, de forma planejada e modernizada, que seria a nova capital federal do
Brasil. Além disso, buscou fortalecer a indústria de base e outros setores, tais como
energia, transporte, siderurgia e refino de petróleo.

Na década de 1960, o Brasil se desenvolveu bastante economicamente, as pessoas


se deslocavam do campo para a cidade com a industrialização, em busca de
emprego e melhores condições de vida.

Mas foi nessa década também que ocorreu a ditadura militar que durou de 1964 a
1985, marcada pela censura e repressão aos meios de comunicação, aos artistas,
violência e pela falta de democracia.

A principal causa da inflação no período de 1964-1973, segundo Vasconcelos


e Garcia (2012), foi o desequilíbrio das contas públicas, pois se utilizava a linha
ortodoxa (neoliberal), que era associada ao excesso da demanda. Mas o principal
objetivo de combate à inflação nessa época era a redução da demanda agregada,
por meio da redução dos gastos do governo.

O ano de 1968 foi considerado o processo de maior abertura econômica do


Brasil diante do resto do mundo. Nessa época, a economia brasileira implantou
um sistema de minidesvalorizações para não gerar um impacto na economia
e consistia em conter as inflações curto prazo e incentivar o aumento das
exportações.

O milagre econômico brasileiro ocorreu entre 1968 e 1973. Segundo Lacerda et


al. (2010), o milagre econômico era assim chamado porque a economia brasileira
cresceu mundialmente e os fluxos financeiros internacionais aumentavam a sua
capacidade de comercializar internacionalmente.

Essa fase foi marcada pela predominância dos setores produtores de bens duráveis
e de bens de capital, implantados ainda no Plano de Metas de JK, que fortalecia os
setores de indústria de base.

Embora o milagre econômico tivesse alavancado o país, ele criou uma dependência
internacional do país ao capital do Estados Unidos que tinha interesses políticos em
ajudar o desenvolvimento do país.

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Em 1973 houve a crise de petróleo nos Estados Unidos, em que o país entrou em
recessão econômica, mas o Brasil não sofreu forte impacto pois estava crescendo
nesse segmento, mas com a segunda crise do petróleo em 1979, o Brasil sofreu
impacto, o aumento da inflação devido aos altos preços do petróleo, o que levou a
sua queda na economia.

Figura 8.2: Petróleo

Fonte: Plataforma Deduca (2018).

O Brasil vivenciara uma inflação sem precedentes na década de 1980, conhecida


também como a década perdida, ao qual iniciara a partir de 1974, pois nessa época
houve uma forte retração econômica.

Mas o que seria essa retração econômica? É considerada um declínio do


crescimento da economia. Esse declínio surgiu com a ditadura militar e a crise do
petróleo em 1979, que aumentou os seus preços e, consequentemente, gerou a
inflação.

Segundo Rossetti (2002), esse período foi marcado por uma mistura de inflação
crônica e crescente com uma aguda estagnação.

Reflita
Você acha que o período da ditadura militar contribuiu de que
forma para o declínio da economia?

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Com a morte do Presidente Tancredo Neves, que faleceu antes mesmo de tomar
posse, o seu vice José Sarney assumiu a presidência da república em 1985. Nessa
fase, a economia do país se encontrava em recessão, e ocorreu o fim da ditadura
militar.

De acordo com Vasconcellos e Pinho (2011), o Brasil enfrentou a maior recessão


econômica de sua história na década de 1980. E essa recessão estava relacionada
ao aumento das contas externas do país, pois a dívida externa brasileira crescia
cada vez mais desde o milagre econômico que resultou em uma dependência maior
do capital internacional.

Já a partir da década de 1990, intensificou-se a abertura da economia brasileira.


Segundo Lacerda et al. (2010), as importações e a desregulamentação dos
mercados internacionais foram fatores decisivos para a restruturação da economia
brasileira. Essa restruturação econômica foi influenciada pela redução das tarifas
de importação e a eliminação de barreiras não tarifárias.

Com a globalização, que consiste em um processo de transformação social que


busca a integração econômica, social e política internacional, o desenvolvimento da
economia brasileira passou a se intensificar.

Neste tópico abordamos sobre as fases importantes e decisivas da economia


brasileira. No tópico a seguir, iremos estudar sobre os principais planos econômicos
brasileiros adotados.

Os principais planos econômicos


Com o período de recessão econômica na década de 1980, começaram as
tentativas de controlar a instabilidade econômica do país por meio da criação de
planos econômicos.

Segundo Lacerda et al. (2010), o primeiro plano econômico foi o Plano Cruzado I,
criado pelo presidente José Sarney, que entrou em vigor em 28 de fevereiro de 1986.
Ele tinha como objetivo promover uma reforma das bases que regiam a economia
nacional.

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Figura 8.3: José Sarney

Plataforma Deduca (2018).

As principais medidas adotadas por esse plano, segundo Lacerda et al. (2010),
foram:

• substituição do cruzeiro pelo cruzado (Cz$): 1 cruzado equivalia a 1.000 cru-


zeiros;
• conversão geral dos preços finais dos produtos com a mudança da moeda;
• conversão dos salários baseada no poder de compra das famílias;
• conversão dos aluguéis e hipotecas;
• introdução da escala móvel de salários (gatilho), que estabelecia a garantia
um reajuste salarial automático a cada vez que os produtos aumentassem
20%;
• proibição da indexação em contratos que continham prazo inferior a um ano;
• conversão dos contratos previamente estabelecidos em cruzeiros para cru-
zados.

Com a adoção dessas medidas, ocorreu um processo de sobrevalorização do


cruzado, devido ao aumento da demanda interna e de uma inflação pequena, além
do desequilíbrio da balança comercial. Isso porque com a sobrevalorização da
moeda, muitos contratos de exportação que deveriam ser reajustados com o valor
da nova moeda adiaram o fechamento na espera por melhores preços.

O gatilho foi uma das medidas que mais provocou contestações sobre esse plano,
pois estipulava o limite de 20% ao ano para atingir a inflação e o congelamento de
preços – o que começou a gerar uma pressão pelo fim do plano.

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Curiosidade
Antes do cruzado, a moeda do Brasil era o cruzeiro, adotada
pelo presidente Castelo Branco em 1942, e foi utilizada em três
períodos, de 1942 a 1967 (cruzeiro), de 1970 a 1986 (cruzeiro novo)
e de 1990 a 1993 (cruzeiro real). Embora o cruzeiro tenha sido a
primeira moeda brasileira, o cruzado foi considerado o primeiro
plano econômico brasileiro.

Com isso, Sarney foi pressionado a implementar um novo pacote de medidas


econômicas, chamado de Plano Cruzado II, em 24 de julho de 1986. As medidas
tomadas nesse novo plano foram:

• reajuste de preços de diversos bens de consumo, tais como automóveis,


combustíveis, leites e seus derivado etc.;
• aumento da tributação para aliviar as contas públicas;
• incentivos fiscais para poupadores;
• restituição das minivalorizações cambiais.

O Plano Cruzado entrou em declínio, pois o Ministro da Fazenda, Dílson Funaro,


não conseguia conter a hiperinflação. Em janeiro de 1987 a inflação registrou um
aumento de 16,2% e, de 14,4% em fevereiro. Os juros subiam ininterruptamente
e muitas empresas declaram falências. Nesse contexto, Dilson Funaro deixou o
Ministério da Fazenda.

Luis Carlos Bresser Pereira, ao assumir como Ministro da Fazenda, em 1987, criou o
plano econômico chamado de Plano Bresser, que tinha como objetivo controlar os
índices para evitar a hiperinflação. Bresser manteve as taxas de juros elevadas para
inibir o consumo dos bens duráveis.

Tanto o Plano Cruzado quanto o Plano Bresser admitiam que a inflação era pura e
inercial. E por isso fracassaram, pois a inflação não era apenas inercial.

Devido ao fracasso dos dois planos anteriores, ainda no governo Sarney, foi adotado
outro plano econômico em 15 de janeiro de 1989, o Plano Verão. Com esse novo
plano, foi criada uma nova moeda, o cruzado novo (NCz$), que era equivalente a
1.000 cruzados.

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O Plano Verão, a curto prazo, tinha como objetivo contrair a demanda agregada
e, no médio prazo, promover a queda das taxas de inflação. Os preços foram
congelados, porque com a troca da moeda isso poderia provocar uma defasagem
nas vendas dos produtos devido ao aumento dos preços, mas os salários foram
convertidos.

Com o Plano Verão, houve uma queda mínima da inflação, que contribuiu para o
descongelamento dos preços, porém as taxas de juros se elevaram. E mais uma
vez outro plano econômico não deu muito certo. As taxas de inflação voltaram a
aumentar.

As novas eleições que elegeram Fernando Collor de Mello para a presidência em


1990 foram decisivas para afundar a economia do país.

O governo Collor lançou o Plano Collor. Segundo Lacerda et al. (2010), esse plano
econômico abrangeu também o Plano Collor I, em março de 1990. Seus principais
objetivos eram:

• adoção do sistema de câmbio flutuante;


• o Banco Central poder atuar no mercado comprando ou vendendo moeda
estrangeira;
• adoção da política de comércio exterior com a tarifa aduaneira e a taxa cam-
bial.
• confiscar os depósitos à vista e aplicações financeiras com prefixação da
correção dos preços e salários;
• reforma administrativa, que implicou o fechamento de diversos órgãos públi-
cos e a demissão de grande parte dos funcionários.

Como a situação econômica do país só piorou com as medidas adotadas com esse
plano, o presidente criou outro plano de estabilização econômica em janeiro de
1991, o Plano Collor II.

As medidas tomadas nesse plano foram ainda mais drásticas:

• congelamento de preços e salários;


• unificação das datas base de reajustes salariais;
• adoção de novas medidas de contração monetária e fiscal.

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Saiba mais
O governo Collor agravou a instabilidade econômica do Brasil.
E como resultado disso, o povo foi às ruas protestar e pedir
pelo impeachment de Collor. Esse foi o primeiro impeachment
realizado no Brasil. Para saber mais, leia em <http://www.scielo.
br/scielo.php?pid=S010264452011000100008&script=sci_
abstract&tlng=pt>.

As medidas tomadas no governo Collor nos seus dois planos não foram suficientes
para conter a inflação do país. Em vez disso, fez declinar cada vez mais a situação
econômica brasileira.

A população brasileira se revoltou ainda mais com as acusações de corrupção de


Collor e foram às ruas pedir o seu impeachment (afastamento definitivo). O seu vice,
Itamar Franco, assumiu a presidência. Nessa época o Ministro da Fazenda passou
a ser Fernando Henrique Cardoso (FHC), e juntos buscaram a reestruturação da
economia brasileira.

Nessa época a moeda nacional era o cruzeiro real, que foi substituída pela criação
de uma nova moeda, a Unidade Real de Valor (URV). O plano econômico adotado até
os dias atuais é o Plano Real, sendo considerado o de maior duração na economia
brasileira.

Figura 8.4: Real

Fonte: Plataforma Deduca (2018).

A adoção do Plano Real proporcionou aos agentes econômicos a estabilidade


de preços e a contenção da inflação. Em 1994, FHC ganhou as eleições para a
presidência do Brasil. As principais medidas do Plano Real foram:

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• equilíbrio das contas do governo;
• criação de um padrão estável de valor, a URV;
• emissão de uma nova moeda nacional.

O Plano Real, diferente dos outros planos econômicos anteriores, não utilizou como
medida o congelamento de preços e salários. E conseguiu baixar a inflação do país.

O governo de FHC embora melhorasse a economia do país, foi marcado pela


privatização das estatais brasileiras, tais como: a Companhia do Vale Rio Doce, a
Telebrás, Eletrobrás, entre outras.

O Plano Econômico Real ainda continuou no governo de Luis Inácio Lula da


Silva (Lula). O governo Lula, segundo Lacerda et al. (2010), foi baseado em uma
combinação do regime de metas de inflação com o câmbio flutuante e a política de
geração de superávit fiscal primário.

O governo Lula foi marcado pela adoção de estratégias de exportações; adoção


de uma política cambial; adoção de novas competências em produtos e serviços;
adoção de novos canais de distribuição; acesso aos mercados externos;
ampliação dos canais de negociação e influência nas estratégias das empresas
transnacionais.

Neste tópico, abordamos sobre os principais planos econômicos do Brasil, e


as suas principais consequências para a economia do país. No tópico a seguir,
abordaremos sobre a concentração econômica do Brasil.

Concentração econômica do Brasil


O modelo industrial do Brasil, segundo Vasconcellos e Pinho (2011), foi o
responsável pela concentração econômica do país. Por ser centrado na
substituição de importações no início da industrialização brasileira, também
possuía características concentradoras, tais como a produção de bens de consumo
duráveis, o capital na produção intensificado, entre outros.

O eixo concentrador industrial se efetivou inicialmente no Sudeste, mais


precisamente na região de São Paulo e Rio de Janeiro, devido à forte influência
dos cafeicultores e às construções das estradas de ferro pelo Barão de Mauá, que
facilitavam os transportes de cargas de café, e depois de outros produtos agrícolas
(como açúcar, algodão, entre outros). Segundo Lacerda et al. (2010), o Barão

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de Piracicaba construiu uma fábrica têxtil na cidade de São Paulo em 1872, e a
partir disso foram sendo criadas outras empresas, como as indústrias Matarazzo,
construídas a partir de 1881 em São Paulo, e o comércio de porcos, toucinho, têxtil,
entre outros.

A partir de 1900 surgiram muitas indústrias no Brasil que contribuíram para o


rápido crescimento do país, concentrando-se em outras regiões além do Sudeste,
como o Sul, o Nordeste e o Centro-Oeste do país, e com isso a população do país foi
aumentando. Porém, a crise financeira de 1929 e as guerras mundiais impactaram
por um longo período no atraso no desenvolvimento do país e do mundo.

Figura 8.5: Industrialização

Fonte: Plataforma Deduca (2018).

A industrialização foi crucial para a geração de renda e a concentração econômica


no Brasil. Para entender como se estabelece a concentração econômica, é possível
fazer um cálculo.

O cálculo da concentração econômica é uma medida muito comum, utilizada para


medir o grau de concentração econômica, ou seja, qual região do Brasil é mais
economicamente desenvolvida.

Essa medida funciona da seguinte forma: calcula-se a proporção do faturamento


das quatro maiores empresas de cada um dos ramos de atividade sobre o
faturamento total do mesmo ramo.

Essa fórmula pode ser representada assim:

Quanto mais próximo de 100% for o resultado da concentração econômica, maior é


o grau de concentração e menor é a concorrência; e quanto mais próximo de 0% for
o resultado, menor é a concentração e maior é a concorrência do setor.

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As regiões mais industrializadas do Brasil são as que detêm a maior concentração
econômica. Essas regiões estão no Sudeste e Sul do Brasil, pois as condições
climáticas e a localização foram primordiais para que a industrialização ali se
firmasse.

Reflita
Por que há regiões mais industrializadas do que as outras?

O modelo de industrialização brasileira por substituição de importações, segundo


Lacerda et al. (2010), foi delineado pela Comissão Econômica para a América Latina
(Cepal), organismo da ONU criado em 1948.

O período pós-guerra foi crucial para que a industrialização se impulsionasse no


país. E os governos de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek foram decisivos
para que a industrialização brasileira ganhasse impulso novamente.

O período entre 1950 e 1980 foi de maior crescimento da indústria no país, com
o surgimento de grandes empresas como a Petrobras, as indústrias de base,
entre outras que foram lançadas nessa época – as quais modificaram a estrutura
econômica do país sobre a produção e a força de trabalho, gerando um grande
deslocamento das pessoas da zona rural para as cidades.

Nas décadas de 1990 e 2000, a industrialização brasileira passou a ter uma


influência maior do comércio internacional, com uma abertura comercial devido aos
acordos de livre comércio.

A tecnologia impulsionou e tem impulsionado a economia brasileira, principalmente


para a desconcentração econômica. As regiões pouco industrializadas, por
exemplo, têm aumentado a sua capacidade econômica com as indústrias que
têm se deslocado das regiões industrializadas em busca de mais espaço e menos
concorrência.

Nesta unidade, podemos compreender aspectos da economia brasileira desde a


época cafeeira, que abriu o país para a industrialização, até os dias atuais.

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O governo tem grande influência sobre a economia de um país, pois nos momentos
em que os governantes atuaram de forma eficiente, a economia do país teve os
melhores desempenhos, contribuindo para o desenvolvimento do país.

Houve também muitos momentos em que o país enfrentou a recessão econômica,


e os governantes não conseguiram conter a inflação e as taxas de juros. E por
isso, alguns governantes brasileiros desenvolveram planos econômicos para
tomar medidas para tentar conter a instabilidade econômica. Atualmente, o plano
econômico vigente é o Real.

A concentração econômica do Brasil ocorreu em virtude dos processos de


industrialização que contribuíram para que as regiões Sudeste e Sul, por exemplo,
se destacassem das demais como as mais industrializadas.

Estudar economia é entender que nem sempre existem momentos perfeitos em uma
economia, e que não existe uma economia que seja totalmente perfeita.

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Referências
GIAMBAGI, F. et al. (Org.). Economia brasileira contemporânea: 1945-2010. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2011.

LACERDA, A. C. de L. et al. (org.). Economia brasileira. 4. ed. São Paulo: Saraiva,


2010.

ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

SALLUM JR., B.; CASAROES, G. S. P. e. O impeachment do presidente


Collor: a literatura e o processo. Rev. Lua Nova, São Paulo, n. 82, p. 163-
200, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S010264452011000100008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 24 jan.
2018.

VASCONCELLOS, M. A. S. de; PINHO, D. B. (Org.). Manual de economia: Equipe de


Professores da USP. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

VASCONCELOS, M. A. S. de; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 2. ed. São


Paulo: Saraiva, 2012.

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