Você está na página 1de 21

DÉCADA DE 60

Economia
RESUMO
 A década de 60 marcou o fim dos anos dourados do capitalismo, menos o
Japão que apresentou crescimento. 
 No Brasil, o processo de industrialização aprofundou-se ainda mais,
especialmente após a construção de Brasília no Planalto Central. Houve a
integração da capital com as demais regiões.
 São Paulo se torna um polo industrial e parecia estar se desenvolvendo
exponencialmente na economia 
ECONOMIA
BRASILEIRA
GOVERNO JOÃO GOULART

 A adoção de diretrizes de política econômica no governo Goulart foi dificultada pelos


impasses relacionados à sua posse e à solução parlamentarista.
 A economia no governo Goulart passou a ser marcada por um evidente descontrole dos gastos
públicos, com consequente elevação da taxa inflacionária a patamares próximos ao dobro dos
mensurados no governo Quadros. Contribuía para este cenário o crescente déficit operacional
de empresas públicas, que havia levado o presidente a abandonar as premissas de rigor fiscal e
a autorizar a emissão de moeda
 
Já sob a liderança do primeiro-ministro Brochado da Rocha, apresentaria novas propostas de
controle dos gastos públicos na tentativa de estabilizar a inflação no patamar de 60% ao ano.
Em setembro de 1962, o presidente montou um novo - e provisório - Conselho de Ministros
que, pela primeira vez, afastava-se do modelo conciliatório com as lideranças conservadoras
presente nos gabinetes parlamentaristas anteriores. No lugar de Moreira Salles, assumiu
Miguel Calmon, cuja política se caracterizou pela adoção de um regime menos rigoroso de
controle fiscal e orçamentário.
Durante os poucos meses de sua gestão a expansão do meio circulante saltou de 4% ao mês
(ao final do período Moreira Salles) para a média mensal de 13%. Tais índices podem ser
compreendidos pela pressão exercida pela concessão do 13º salário aos trabalhadores urbanos
e seu resultado mais evidente foi o brutal crescimento da pressão inflacionária, que oscilou em
torno de uma taxa de 7% ao mês durante a passagem de Calmon pela Fazenda.
GOVERNO DE JÂNIO
QUADROS
 Sem um projeto eficiente para resolver os principais problemas econômicos do país, Jânio viu
sua popularidade cair em função do aumento da crise econômica,  caracterizada pelo
crescimento da dívida externa e da inflação (heranças do governo JK).
 Com uma crise financeira marcada pela inflação, déficit da balança comercial e crescimento da
dívida externa, o governo adotou medidas drásticas, restringindo o crédito, congelando os
salários e incentivando as exportações.
 

Jânio realizou uma reforma cambial que favoreceu ao setor exportador e aos
credores internacionais. Apesar de adotar uma política econômica
conservadora e alinhada aos propósitos estadunidenses, propôs a retomada de
relações diplomáticas e comerciais com países do bloco socialista (China e
União Soviética), ocasionando muitas críticas dos setores que o apoiaram ao
governo dele. 
Os movimentos sindicais e camponês também estavam
engajados na proposta das Reformas de Base que surgiram com o
aprofundamento dos conflitos sociais, o governo estabeleceu relações dúbias
com esses movimentos.
Foram implantadas ações de austeridade com o objetivo de conter o aumento
da inflação e o endividamento estatal. Para isso, tomou medidas extremamente
impopulares: desvalorizou a moeda nacional em 100% e cortou subsídios do
trigo e do petróleo, o que causou o aumento drástico dos preços dos produtos
relacionados a esses itens.
 
Em janeiro de 1961, foi realizada a Conferência de Punta del Este em que se
discutiu a relação dos países americanos com o Estados Unidos da América.
Após essa conferência, Ernesto Che Guevara, ministro da Economia de Cuba,
visitou o Brasil e Argentina para agradecer o posicionamento dos governos
desses países favorável à Cuba. Che Guevara recebeu de Jânio Quadros a
condecoração da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, inquietando setores
conservadores militares e civis.
DITADURA
MILITAR
 Houve a retomada dos investimentos públicos em infraestrutura pelo regime
militar, juntamente da restrição do crescimento do salário, especialmente o
mínimo, fora um contingenciamento do crescimento da base econômica que
favoreceu principalmente a formação de preços sem pressão do custo do salário.
 A economia continuava não democrática. Os mais pobres sofriam com a falta de
um aumento salarial acima dos índices de inflação, sendo considerado para eles
um período de retrocesso devido à ausência de políticas distributivas para auxiliar
os menos favorecidos economicamente
MILAGRE
ECONÔMICO
 O milagre econômico
iniciou-se em 68, foi
caracterizado pelo
crescente PIB, alta
industrialização e baixa
inflação 
 
 Programa de Ação Econômica do Governo (Paeg), instituído na gestão do
presidente Castelo Branco, primeiro governante do período da ditadura militar,
incentivava às exportações, a abertura ao capital exterior, bem como reforma
nas áreas fiscal, tributária e financeira da economia nacional. Na gestão de
Artur da    Costa e Silva havia sinais de esgotamento. Foi no governo do
presidente Emílio Médici, que o milagre econômico chegou ao ápice.
 O PIB alcançou 11,1% de crescimento anual.
  Foram criados o Banco Central e o SFH (Sistema Financeiro Habitacional),
formado pelo  BNH (Banco Nacional de Habitação) e pela CEF (Caixa
Econômica Federal).
 Criação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O novo imposto,
recolhido do trabalhador, foi usado para estimular a construção civil.
 A criação de bancos estimulava o capitalismo, como as ações e as indústrias
automobilística 
OBRAS FARAÔNICAS
 As mais importantes são a rodovia Transamazônica, a Perimetral Norte, a ponte Rio-
Niterói e a usina de Itaipu.
 Era utilizado recursos de empréstimos internacionais, que elevaram a dívida externa.
Os empréstimos também foram usados para alavancar projetos de mineração, entre
eles os das usinas de Carajás, Trombetas e Jari.
 Também receberam recursos internacionais da indústrias de bens de consumo
(máquinas e equipamentos), farmacêutica e agricultura. O setor agrícola voltou-se
para a monocultura, visando o mercado internacional.
 O governo federal também achatou os salários dos trabalhadores para incentivar o
empresariado, com a justificativa de ser melhor para o país 
 Na época o Brasil alcançou a oitava posição no ranking de melhor economia
 Pontos Positivos Pontos Negativos
• Aumento da pobreza
 Construção de obras importantes,
• Aumento da inflação
como a ponte Rio-Niterói e a
usina de Itaipu • Redução do poder aquisitivo do
trabalhador pobre
 Aceleração da industrialização • Investimento mínimo em saúde, educação
 Atração de grandes e previdência social
multinacionais • Desvalorização da moeda brasileira frente
 Definição de uma política ao dólar
econômica • Aumento da dívida externa
 Incentivo à indústria da
• Compra de empresas à beira da falência -
construção civil com a criação do estatização
Sistema Financeiro Habitacional • Dependência de empréstimos do exterior,
principalmente dos Estados Unidos
 Abertura de estradas
 Melhoria da urbanização
      ECONOMIA
 NORTE
AMERICANA
 Durante o mandato de John F Kennedy, de 1961 até o seu assassinato em 1963), o presidente
 

realizou uma campanha econômica baseada na redistribuição econômica, visando a acelerar a


economia ao aumentar os gastos governamentais, cortar impostos e implementar medidas
médicas aos idosos, ajudar cidades do interior e aumentar os gastos com educação. Dessa
maneira, John F Kennedy criou a Peace Corps em 1961 para ajudar países em desenvolvimento,
prestando serviços assistencialistas a quem necessitasse de ajuda.
 O assassinato de Kennedy em 1963 instigou o congresso a ratificar sua agenda econômica. Seu
sucessor, Lyndon Johnson(1963-1969) desejava construir uma "grande sociedade" ao espalhar
benefícios da economia americana a mais cidadãos. Com isso, os gastos federais aumentaram
conforme o governo fazia novos programas como Medicare, para ajudar idosos, Food Stamps,
para alimentar os pobres, e diversas medidas educacionais ao fornecer auxílio econômico a
estudantes assim como também fornecer bolsas de estudos para escolas e faculdades.
 Devido à guerra do Vietnã, os gastos no setor militar aumentaram consideravelmente. De uma
pequena invertenção sob o comando de Kennedy, tornou-se um grande pavil de pólvora durante
o governo de Johnson e, ironicamente, os gastos federais militares e assistencialistas
contribuiram com uma prosperidade a curto termo,mas no final da década, o fracasso
governamental em aumentar impostos para sustentar esses gastos fez com que tal prosperidade
econômica cessasse devido ao consequente aumento da inflação americana e, consequentemente,
do mercado ocidental capitalista.
ECONOMIA
MUNDIAL
 Nos anos posteriores à 2ª Grande Guerra, de 1948 a 1971, a produção mundial industrial
crescia a 5,6% por ano, melhorando os padrões de vida de muitas pessoas ao mesmo passo em
que a inflação continuava controlável. Uma das condições que permitiram tal produtividade
foram, dentre outras, a abundante disponibilidade de capital, energia barata e pelo grande
investimento público.  
 O Japão foi a nação que mais crescia em termos de rapidez de crescimento, chegando em
terceiro lugar em relação a todos os países, estando atrás dos EUA e da URSS, devido às suas
políticas industrialistas; além disso, a bolsa japonesa crescia três vezes mais que a dos EUA,
Alemanha e URSS. Semelhantemente, os países em desenvolvimento se beneficiaram durante
este período, crescendo em média os seus PIBs 3,6% ao ano conforme aumentavam seus
gastos estatais em serviços de educação, transporte e comunicação.
 Os países exportadores de petróleo do Oriente médio cresciam com a exportação de sua
commodity primária, o petróleo, gastando grande parte em armamentos. Já países asiáticos,
tenderam a políticas que visavam a substituir os seus bens de exportação, de commodities a
produtos manufaturados
ECONOMIA
LATINA
 América Latina seguia um modelo de crescimento baseado na substituição de bens de
consumo importados, de bens não duráveis para bens duráveis.
 A América Latina tentou repetir o processo industrial dos outros países, sob outras políticas e
condições históricas. Embora os resultados em termos de crescimento de produção foram
positivas, tiveram más experiências com oligopólios e monopólios, altos custos de produção e
distribuição de renda não igualitária.
  Suas políticas econômicas estavam limitadas a conjugação de fatores estruturais internos e
externos além de serem guiadas a políticas de curto prazo em vez de longo prazo, estando tal
região em más condições para competir com o mercado exterior por conta de suas estratégias
não o considerarem como prioridade.
FONTES
 https://www.todamateria.com.br/milagre-economico/
 https://www.todamateria.com.br/anos-60/
 https://slideplayer.com.br/slide/3252249/ tabela do PIB
 thoughtco.com/us-economy-in-the-1960s-and-1970s-1148142 Acesso em 8/3/2019
 agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-03/milagre-para-uns-crescimento-da-economia-
foi-retrocesso-para-maioria
acesso 8/3/2019
 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0185084914704207 acesso em 8/3/2019

Você também pode gostar