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ECONOMIA

PROFESSOR: ANDRÉ DIZ


OBJETIVO DA AULA: discutir o PAEG e as condições que possibilitaram o rápido crescimento econômico entre 1968 a
1973.
PONTOS DO EDITAL: 4.5, 4.6.

AULA 06
Reformas do Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG). A Importância das reformas do PAEG para a
retomada do crescimento em 1968
➢ CONTEXTUALIZAÇÃO:
→ Início dos anos 1960: dificuldades e instabilidades do período, marcada pelo crescimento e
consolidação da indústria no Brasil, tratado na literatura como “Consolidação do Plano de
Substituição das Importações”, que é o Plano de Metas.
→ Planos de Metas: funciona bem, exceto por um mal desenho dos financiamentos, que geram para o
Brasil dois problemas macroeconômicos grandes:
▪ Alta Inflação, superior a 30% nos anos finais.
▪ Manutenção dos problemas de pressão sobre o balanço de pagamentos.
→ Jânio Quadro: Em 1961, tenta colocar plano ortodoxo de combate à inflação que dura apenas 8
meses.
→ Jango: convida Celso Furtado, e eles desenham o Plano Trienal, com objetivo de manter as taxas de
crescimento e conter a inflação. Rapidamente o plano é alterado com a piora da questão política do
Brasil. Jango reforça a ideia de desenvolvimentos mais efetivo pelo Estado, aumentando salário
mínimo e salário se servidores, para se fortalecer via apoio popular.
→ Golpe de 31 de março de 1964.

➢ A CRISE DOS ANOS 60: PRIMEIRA CRISE DA ECONOMIA INDUSTRIAL

→ Até 1961/62 o Brasil cresce bem em aspectos gerais, devido à inercia do forte crescimento
industrial pós Plano de Metas.
→ Em 1963, uma taxa de crescimento de 0,6% para os patamares da economia brasileira na época,
onde a população crescia 3% ao ano, significou queda de PIB per capita, com uma queda econômica
relevante.
→ 1953-1960 se mantém a inflação e se acelera após o Plano de Metas.
→ Crise se 1963-1967:
▪ Desaceleração do crescimento econômico (PIB - %)
▪ Elevação Inflação
▪ Desaceleração produção industrial
→ Explicações para a crise: 4 focos principais
▪ Econômico vs Político
▪ Estrutural vs Conjuntural

→ ASPECTOS POLÍTICOS:
✓ CRISE CONJUNTURAL POLÍTICA => INSTABILIDADE:
▪ Presidente Jânio Quadros e Vice João Goulart: eram de coligações rivais, o que gerava uma
polarização política.
▪ Renúncia, parlamentarismo , retomada do presidencialismo.
▪ Ambiente de dificuldades para governar, com clima polarizado e trocas constantes de
ministros.
▪ Essa instabilidade dificultou a manutenção de uma política econômica coerente por parte
do governo e a tomada de decisão sobre investimentos privados no país

✓ CRISE ESTRUTURAL POLÍTICA => CRISE DO POPULISMO:


▪ Dificuldade em manter massas urbanas como base de apoio político com concessões que
fossem contra o interesse do setor patronal.
▪ Não estender tais concessões ao setor da agricultura.
▪ Essa dificuldade de manutenção de apoio político (povo) e econômico (setor empresarial)
foi chamada de crise do populismo e teria uma origem estrutural do sistema política.

→ ASPECTOS ECONÔMICOS
✓ CRISE CONJUNTURAL ECONÔMICA => POLÍTICA ECONÔMICA RECESSIVA (combate à inflação):
▪ JK e Plano de Metas => aceleração da inflação (ao menos até 1967), com inércia
inflacionária e do crescimento.
▪ Necessidade de controlar gastos públicos, redução crédito e excessos política monetária.
▪ Seca: problemas climáticos que afetaram setor agrícola e de geração de energia elétrica.
▪ Dificuldade de combater a inflação se eleva pelo período de instabilidade política e poucos
recursos (política monetária) para controle efetivo.
✓ CRISE ESTRUTURAL ECONÔMICA => ESTAGNAÇÃO/ CRISE CÍCLICA ENDÓGENA/ INADEQUAÇÃO
INSTITUCIONAL
✓ Estagnação => redução das taxas de crescimento refém do esgotamento do dinamismo do PSI
(substituição das importações).
o Capacidade limitada de crescimento após grande processo de substituição.
o Redução dos retornos dos investimentos no processo industrial.
o PSI é um processo concentrador de renda, passando a limitar o processo de expansão do
mercado consumidor. Modificação muito rápida da economia faz com que não haja o
mesmo efeito de expansão após novos estimulos de crescimento.
o Falta de escala para renovação dos setores Bens de Capital e Bens intermediários:
 Mercado consumidor => demanda primária => demanda derivada.
 Demanda doméstica eleva demanda por bens manufaturados que eleva demanda por
bens de capital. Oferta crescendo mais do que a capacidade de absorção, faz com que
os investimentos baseados na espectativa de crescimento diminua.
 Processo concentrador de renda limita demanda primária e a demanda derivada
precisa de escala pra se viabilizar => processo de redução do dinamismo.

✓ Crise cíclica endógena => característica intrínseca ao capitalismo.


o Anos 30 e 40 => industrialização restringida (deslocamento centro dinâmico em transição).
Deixa de ser a exportação de produtos agricolas, e passa a ser o consumos e produção de
bens industriais.
o Anos 50 => dinâmica de expansão da produção é fruto do mercado doméstico
(Investimentos)
o Assim, crise anos 60 seria reflexo da desaceleração desses Investimentos, resposta à
redução de investimento, e ao excesso de capacidade produtiva fruto do Plano de Metas.

✓ Reformas institucionais => tornar quadro favorável à retomada dos investimentos.


o Falta de Mecanismos de financiamento ao setor produtivo
o Falta de Estrutura de crédito ao consumidor.
o Falta de Estrutura fundiária.
o Falta de sistema de educacional estruturado.

✓ Governo militar como resposta à desorganização política e possibilidade de encaminhamento


econômico. As relações políticas teriam sido resolvidas, já que não haveria a rotatividade do poder,
permanecendo as questões econômicas.
✓ Entre 1964 – 1973 há 2 períodos distintos
• 1964-67 => ajuste conjuntural estrutural => PAEG + Reformas Institucionais. Brasil cresce muito
pouco.
• 1968-1973 => Milagre Econômico => fase expansionista da economia. Forte crescimento.

✓ Cenário econômico de 1964-1967 => cenário de estagflação, ou seja, a inflação acelerando com o
crescimento econômico desacelerando.
✓ Necessidade de um Plano Econômico que atacasse ambas as frentes:
o Reduzir Inflação
o Elevar taxa de crescimento econômico
Objetivos aparentemente contraditórios.

➢ Plano de Ação Econômica do Governo => PAEG


o Ajustes econômicos
o Reformas Institucionais
✓ Necessidade de ajuste econômico e institucional para justificação do golpe de 1964, e de necessidade
conjuntural da economia.

→ Governo Castello Branco


▪ Roberto Campos (Ministério do Planejamento)
▪ Octávio Gouvêa Bulhões (Ministério da Fazenda)
✓ Indexação de preços e salários, para carregar/postergar a inflação para períodos seguintes, e aumentar
o crescimento atual.

→ Objetivos:
▪ Acelerar ritmo crescimento econômico;
▪ Conter processo inflacionário
▪ Atenuar desequilíbrios setoriais (e regionais);
▪ Aumentar nível de Investimentos
▪ Corrigir desequilíbrio externo

→ Principais medidas do PAEG:


▪ Programa de ajustes fiscal (aumento de receitas + contenção gastos): o problema balança de
pagamentos do governo incluia muitos gastos e pouca arrecadação.
▪ Orçamento monetário com taxas decrescentes de expansão dos meios de pagamento. O objetivo
era menor emissão de moeda com aumento do total de crédito da economia.
▪ Política de controle do crédito privado: Banco do Brasil era banco comercial que concedia créditos,
e possuia também a responsabilidade de ajudar a controlar a inflação pela SUMOC, que funcionava
dentro do BB. Assim, controlar o crédito privado era importante.
▪ Mecanismo correção salarial (inflação + produtividade).

→ Diagnóstico, estratégia e ação:


▪ Combate gradualista à inflação => sem ameaçar atividade econômica, nem gerar choques. A ideia
era combater a inflação aos poucos, e ir aumentando o crescimento.
o Inflação corretiva => taxa de câmbio (preservar BP) e tarifas públicas (questão fiscal)
o Evitar grave crise => legitimar o regime (junto à população, mas também ao empresariado e
ao meio político internacional)
o Conciliação entre crescimento econômico e inflação => correção monetária (se tornaria vilã
nos anos 80 como forma de se perpetuar o mecanismo inflacionário).
 A ideia de correção monetária é conviver coma inflação, ao mesmos tempos que
protege as receitas do governo, que são atualizados com base de indices anteriores.
 O problema disso é que o reajuste acaba perpetuando a inflação passada, criando
um novo piso para a futura.

▪ Diagnóstico: excesso de demanda


o Altos déficits públicos (+ expansão monetária)
o Elevada propensão à consumir (política salarial “frouxa” => arroubos populistas >
produtividade)
o Falta controle sobre crédito

▪ Ação:
o Redução déficit público via amento arrecadação (reforma tributária) + controle dos gastos.
o Restrição ao crédito (aumento dos juros => aumento passivo das empresas => falências e
concordatas.
o Política salarial => criação política salarial para determinação dos reajustes dos salários.
Ideia de aumentar o poder de compra com o aumento da produção. Se o salário se descola
da produtividade, gera diminuição do poder de compra e aumento da inflação.

→ Reformas Institucionais => políticas estruturais para adequar a Brasil industrial


▪ Possibilitar incentivos econômicos num ambiente inflacionário
▪ Necessidade correção monetária num ambiente de inflação.
▪ Problemas:
o Inflação + Lei da Usura => dificuldade geração de Poupança Nacional
o Inflação + Lei do Inquilinato => desestímulo à aquisição imóveis com reflexos ao setor da
construção civil.
o Inflação + desordem tributária => estímulo ao atraso dos pagamentos com efeitos de baixa
tributação.

→ Reformas:
o Reforma Tributária => arrecadação e capacidade de financiamento do crescimento.
o Reforma Monetária e Financeira => organização e capacidade de geração de poupança.
Criação do Banco Central (1964).
o Reforma da Política Externa => atração do capital estrangeiro.

1) Reforma Tributária => aumento da arrecadação, organização e simplificação.


✓ Extinção:
▪ impostos sobre selo (federal), profissões e diversões públicas (municipais).
▪ Imposto estadual sobre vendas (incidia via faturamento).
✓ Criação (existem até hoje):
▪ ISS;
▪ ICMS (valor adicionado);
▪ FPEM (parte impostos federais para Estados e Municípios);
▪ IPI.
✓ Ampliação: base incidência IR, Alta elevação receitas tributárias (16% do PIB (1963) => 21% PIB (1967),
principalmente via impostos indiretos (regressivos). Forma de incentivo à poupança (ajuda o Estado a
financiar seu crescimento).
✓ Centralizador: estados e munícipios só poderiam legislar sobre ISS, IPTU, ICMS.
✓ Dificilmente uma reforma centralizadora e regressiva teria sido aceita pelo Congresso, não fosse o período
autoritário.
✓ FGTS => em substituição ao regime de estabilidade de empego (obtido após 10 anos no mesmo
empregador).
✓ PIS / PASEP => poupança compulsória.

2) Reforma Monetária e Financeira => organização e dinamismo ao setor financeiro


✓ Pré 1964: Sistema Financeiro:
▪ bancos privados e financeiras (capital de giro para empresas),
▪ caixas econômicas (crédito imobiliário) e
▪ bancos públicos (BB e BNDE - fontes para financiamentos prazos mais longos)
✓ Plano de Metas => deixou clara a necessidade de organizar sistema de crédito, evitando emissão de moeda
como forma principal de obtenção de recursos.
✓ Necessidade de ampliar sistema privado de crédito de longo prazo.
✓ Objetivo de sustentar processo de industrialização de forma não inflacionária.
✓ Objetivos explícitos:
▪ Condições para política monetária independente
▪ Canalizar poupança disponível
▪ Desenvolver mecanismos de financiamento de longo prazo

✓ 4 grupos de medidas:
▪ Instituição da correção monetária e criação da ORTN (Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional)
▪ Conselho Monetário Nacional e do Banco Central
▪ Criação do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e do Banco Nacional Habitação (BNH)
▪ Reforma do mercado de capitais

I) Instituição da correção monetária e criação da ORTN => Estratégia de convívio com inflação.
Inflação deixa de ter um efeito deletério em relação aos contratos dos governos. Indexação.
▪ Correção monetária:
o Possibilitava a prática de taxas de juros reais (taxa juros nominal – inflação),
anulando Lei da Usura. Se tivesse uma inflação menor do que a indexação anterior,
havia a possibilidade de taxa de juros reais.
o Estímulo à poupança => ampliando capacidade de financiamento da economia.
▪ ORTNs: Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional
o instrumento de financiamento do déficit público (evitando emissão de moeda).
o Instrumento de operações de mercado aberto (controle base monetária).
o Possibilita retirr dinheiro do mecado para financiar o Estado, o que tem por
consuequência um mecamismo de controle de juros.
▪ Lei do Mercado de Capitais => emissão de títulos para correção de ativos privados.
▪ Isenções para empresas emissoras de ação, visando dinamizar a economia com
possibilidade de capitação pelo setor privado.

II) Conselho Monetário Nacional e do Banco Central => condução independente da Política
Monetária. As decisões são feitas pelo Consalho, e são executadas pelo Banco Central.
▪ CMN: Conselho Monetário Nacional que tem como braço operacional o Bacen.
▪ Substitui a SUMOC
▪ Definição de regras e objetivos de políticas monetária: Base monetária, regulação
sistema financeiro, valor da moeda, equilíbrio Balanço Pagamentos, zelar pela solvência
e liquidez do sistema financeiro, política monetária, creditícia, orçamentária e da dívida
pública.
▪ Membros / Participantes:
o Ministro da Economia (Presidente do Conselho)
o Presidente do Banco Central do Brasil
o Secretário Especial da Fazenda
o Alguns diretores do Bacen.
▪ Bacen:
o Substitui Carteira de Câmbio e Redesconto do BB e o Serviço de Meio Circulante
do Tesouro Nacional.
o Agente executor da política monetária. As diretrizes cabem ao CMN.
o Banco do Brasil (BB) com agente bancário do governo. Fornece crédito agrícola,
faz o pagamento de servidores pelo BB, etc.
o Atualmente é independente. Não é mais o Presidente da República que define o
Presidente do Bacen, que passou a ter mandato fixo.
o Funções:
 monopólio de emissão;
 banqueiro do governo;
 banco dos bancos;
 supervisor do sistema financeiro;
 executor da política monetária; e
 executor da política cambial e depositário das reservas internacionais.
 Garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema
financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar
econômico da sociedade.
▪ Problemas (desajustes):
o Subordinação do Bacen ao CMN (sem independência).
o Conta Movimento (linha de crédito entre BB e Bacen). No início, para transferir
recursos do BB para o Bacen para início da operação, mas acabou se tornando
linha de crédito do BB junto ao Bacen (possibilidade de expansão de crédito do
BB). Foi extinta posteriormente. No PAEG era uma fragilidade.
o Orçamento Monetário: Proagro, Proex, Funrural (Bacen com papel de banco de
fomento)
 Mistura entre conta fiscal e conta monetária, o que contamina os
indicadores.
 Orçamento fiscal poderia estar em equilíbrio por destinar o “rombo” à
conta monetária
 Esse “rombo” seria coberto com emissão de moeda..
 Mistura de política fiscal com política monetária.

III) Criação do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e do banco Nacional Habitação (BNH) => atacar déficit
habitacional com a urbanização do país nos anos 1960.
▪ SFH: Sistema que inclui BNH, Caixas Econômicas, Sociedades de Crédito Imobiliário
▪ BNH:
o Banco dos bancos no SFH.
o Regulamentar e fiscalizar agentes do SFH.
▪ Fontes dos recursos:
o Cadernetas de poupança
o FGTS: poupança compulsória que tem como finalizadade o finaciamento da construção
de habitações.
o Letras imobiliárias.

IV) Reforma do mercado de capitais => segmentação dos agentes financeiros (captação vs empréstimo).
Importante esta segmentação para um não prejudicar o outro em seus objetivos. Organização promovida
no PAEG, que dá credibilidade até hoje.
▪ Bancos comerciais: Operações de médio/curto prazo. As operações de varejo, para pessoas
físicas ou jurídicas, são de captação via depósitos a vista.
▪ Financeiras: agentes de crédito ao consumidor. Créditos de médio/curto prazo.
▪ Bancos de investimento: captação de depósitos a prazo, operações de longo prazo (além
operações mercado capitais como ações, debêntures, etc.).
▪ Banco de desenvolvimento: operações de fomento via repasse de fundos fiscais que fiannciam
estruturas que não são atendidas por bancos de invertimentos, nem por bancos comerciais.
▪ Demais instituições
o Bolsa de Valores e CVM => sob guarda do Bacen. Incentivos fiscais para dinamizar esses
segmentos como utilizar IR para adquirir cotas de fundos. Decreto nº 157
o Sistema Nacional Crédito Rural => operado pelo Banco do Brasil via fundos fiscais
o Segmentação dos agentes financeiros (modelo EUA)
3) Reforma da Política Externa => melhorar comércio externo e atrair capital estrangeiro para reduzir déficits no
balanço de pagamentos da economia brasileira.
→ Comércio externo => incentivos e organização
✓ Estimular exportações via inventivos fiscais (isenções IPI, ICM, IR)
✓ Estimular exportações via modernização órgãos públicos (Cacex)
✓ Eliminar limites quantitativos das importações
✓ Focar atuação de controle via tarifas
✓ Simplificação sistema cambial (eliminar incertezas da condução): abole os câmbios multiplos.
✓ Pós 1968: sistema de mini desvalorizações (ajuste da taxa de câmbio via diferença da inflação doméstica
e internacional). Se há mais inflação doméstica, há maior valorização da moeda em relação à taxa de
câmbio, o que facilita as exportações.
→ Atração capital estrangeiro => reorganização
✓ Reaproximação com a política externa norte-americana (Aliança para o Progresso), após o afastamento
ocorrido no Governo João Goulart.
✓ Renegociação dívida externa.
✓ Acordo de Garantias para capital estrangeiro.
✓ Canal com sistema financeiro internacional:
▪ Lei 4.131 => acesso de empresas brasileiras ao sistema internacional
▪ Resolução 63 => organiza a captação no exterior por bancos comerciais e de investimento para
mercado doméstico (processo de internacionalização financeira)

➢ CONCLUSÕES - PAEG (1964 – 1967)


✓ Reformas:
▪ Alteração do quadro institucional da economia
▪ Adaptação às necessidades de uma economia industrial, cujo processo de crescimento
industrial foi muito rápido.
▪ Organização do sistema de financiamento brasileiro => fundamental para retomada
crescimento econômico
▪ Novos instrumentos de intervenção do Estado sobre a economia
✓ Resultados:
▪ Inflação: abaixo da meta.Desaceleração, pois parte esforço se perdeu pelos reajustes de
tarifas, mini desvalorizações câmbio, elevação de impostos e aumento das taxas de juros
(aperto monetário) e correção monetária
▪ Inflação efetiva vs desejada:
o 1964: 92% (70%)
o 1965: 34% (25%)
o 1966: 39% (10%)
▪ Crescimento econômico e Balança comercial. Baixo crescimento econômico + reajuste do
cambio favoreceu equilíbrio balança comercial (aumentam exportações, caem
importações), além aproximação EUA
▪ Situação Fiscal: próximo da meta. Possibilitou financiamento não monetário da divida
publica (legado muito positivo) => déficits financiados pela divida pública.
▪ Desigualdade de Renda: Lei de reajuste salarial pela inflação média dos últimos 24 meses
=> perda poder de compra.
▪ Desaceleração da Inflação
▪ Elevação das taxas de crescimento econômico
▪ Reformas Estruturais (tributária, financeira e comércio exterior).
▪ Redução relação dívida/PIB: 4,2% (1963) => 1,1% (1966)
PAEG consegue reduzir déficit de transações correntes jé em 1967, o que se acentua durante o milagre. Também
consegue deixar a inflação acima da meta, mas em patamares muito meores do que anteriomente ao Plano de Metas.

→ LEITURAS:
Leitura obrigatória: BAUMANN, R. (2016). Capítulo 4, item 4.8, 4.9; GREMAUD, A.P; VASCONCELLOS, M. A.S;
TONETO JUNIOR, R (2007), capítulo 15
Leitura complementar: GIAMBIAGI, F; BARROS DE CASTRO, L., VILLELA, A.A., HERMANN, J. (2016). Capítulo 3
Leitura avançada: ABREU, M.P (2014), capítulo 9, 10

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