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1) PAEG, reformas estruturais, o que é o milagre, condicionantes do milagre,

subperíodos, problemas.

Quando o governo assumiu em 64, o foco dele era de cresc. econômico e combater a inflação
por meio do fim da distorção dos preços públicos, como os preços eram defasados, havia um
grande rombo nas contas públicas.

Preços do estado com distorções de preços, o gov. não reajustava por conta da já grande
inflação. Primeira ação do governo foi esse reajuste de preços.

Para combater a inflação tentou usar o PAEG e as reformas estruturais, precisava de uma
modernização do mercado de K e o I privado deveria ir para as áreas certas

Fez isso por meio da op 63 e da lei 4191 (tbm pela lei de mercados de capitais de 1965)

Lei de Mercado de Capitais: objetivo: dar maior robustez ao mercado de capitais, queria
fortalecer o mercado de ações do brasil por meio do estabelecimento dos bancos de
investimento e das financeiras.

Políticas comerciais: até 60 BR X D1, D2 e D3, o governo tinha a noção de que a indústria
brasileira já estava formada, então já estava pronta para se internalizar e internacionalizar (já
estava diversificada o suficiente para X e criar divisas para o país

64-69: políticas de minidesvalorizações cambiais para incentivar X. Periodicidade não regular e


surpreendendo os agentes, pois até nessa época ainda era possível prever o que o governo
faria. Junto a isso incentivos fiscais e subsídios

Distribuição de renda: com o cresc. De D1 houve I em MOQ, houve então um aumento do


diferencial de renda entre classes sociais, se tornando mais evidente a partir de 60.

Durante o milagre os setores de Constr. Civil e BCD puxaram a economia pelo seu efeito
encadeador (em 50 quem puxava eram a indústria pesada)

Ao assumir em 64 a economia brasileira não estava em recessão (apesar de taxas pequenas), o


problema é que havia taxas de cresc. Moderadas com inflação alta. O governo entrou com o
objetivo de melhorar a economia, reduzir inflação, melhorar o MK, diminuir a distorção de
preços e realizar políticas estratégicas para beneficiar o consumidor, pois percebeu que
poderia recuperar a economia por C em vez de I

Fez isso por 2 vias: PAEG e reformas estruturais.

1. Reforma Trabalhista
a. Fim da estabilidade após 10 anos na empresa e substituição pelo FGTS
2. Reforma Tributária (64)
a. Anteriormente havia muita tributação somente em X e M
b. Centralização dos impostos na federação, reduziu a capacidade das menores
divisões de arrecadar impostos, com perfil de tributação altamente regressivo
e de alta incidência sobre C
3. Reforma Financeira
a. Lei 4131
b. Operação 63
c. Lei de ações (1965)
d. Dizia respeito ao financiamento das empresas, dando maior flexibilidade à
captação de recursos externos.

O que é o milagre econômico?

Período caracterizado por cresc. Relativamente alto com taxa de inflação controlada e com BP
controlada, foi caracterizado pelos seguintes pontos

 Alta capacidade ociosa: em JK I em produção em massa, criou ociosidade planejada,


favoreceu a retomada do crescimento da economia.
 Financiamento do setor público: aumento significante da arrecadação. A correção dos
preços do governo reduziu o déficit da união, mas o governo nunca fez corte de gastos,
sempre aumentou T para financiar os gastos. O governo retomou os G públicos
 Crédito ao consumidor: principalmente para BCD e a Linha Branca. A classe média em
ascensão foi beneficiada pela criação das financeiras, criou-se então a expansão de
crédito
 Criação do SFH e BNH (habitação): criadas no mesmo momento em que foi notado a
disparidade salarial. Com a expansão da classe média, foi necessário a criação de
oferta habitacional/crédito habitacional
o Criação do Sistema Habitacional Brasileiro, surgimento das industrias de
construção civil
 Setor externo: governo busca dar incentivos a X e a criar divisas para o país. “crescer
para fora”
o Começou a ter uma maior diversidade na pauta de X e aumento da
participação de produtos industrializados
 Política salarial: Política salarial restritiva, com reajustes pela inflação corrente e
esperada. (esperavam uma inflação mais baixa, forçava o desvio do curso da inflação
observada). Achatamento salarial, aumento da desigualdade de renda.
o O governo acabou beneficiando indiretamente a classe média. Teoria do bolo.
o A política salarial não estimula cresc. Econ., só desestimulava a aceleração
inflacionária.

Subperíodos:

67-70:

Não teve investimento em expansão da capacidade produtiva no BR na década de 60.

Economia cresceu com baixa taxa de inflação por meio da UCI

Setores líderes: BCD e Constr. Civil, que encadeavam a demanda por BCÑD

70-73:

Aumento de investimentos em capacidade produtiva

Mesmos setores líderes, mas começa a estimular os BK, que puxavam BCÑD e M, começou a
prejudicar a BC posteriormente

Choque do petróleo
Problemas

Choque do petróleo e aumento de M acarretaram em problemas na BC, começou a queima de


reservas. Aumento também dos preços agrícolas (setores mais voltados para X do que C
interno)

Rompimento do acordo de Bretton Woods (1973)

Aceleração da inflação, ocorrendo por questões econômicas internacionais e por questões


políticas.

Desproporção dinâmica entre investimentos realizados e demanda (I > D), pois para a
expansão da indústria de BCD precisa incorporar novos consumidores, mas isso foi afetado
pela política salarial restritiva. Saturação do mercado de BCD dado a durabilidade dos
produtos, além disso, havia estabilidade tecnológica, logo não era necessário trocar os BCD
direto.

Houve ociosidade planejada e não planejada.

A partir de 1973 era possível ver que a crise internacional estava afetando o mercado interno.

2) O que é o II PND, políticas, implementação, períodos, resultados

O principal objetivo era investir no D1 da economia. Governo pretendia fazer que o D1 fosse a
principal estrutura dinamizadora da economia brasileira. Pretendia que a indústria crescesse
acima dos outros setores da economia. Concretizar a substituição de importações do D1,
internalizando a produção (internalizar a economia)

Governo ficaria responsável pelos investimentos em insumos básicos e energia (hidrelétrica,


nuclear, petróleo).

Objetivos estratégicos:

 Modificação da matriz industrial


o Ampliar os investimentos em D1 (concretizar a MISI, internalizar a economia)
 Fortalecer o K privado nacional
o Governo investia em D2, estimulando a demanda de D1, estimulando o capital
privado nacional a entrar nesses setores
 Melhorar os desequilíbrios regionais e melhorar a distribuição de renda
o Investimentos direcionados para as regiões mais atrasadas.
o Mudança na lei salarial (correção pela inflação corrente e prevista), acabou
não tendo muito efeito pois a inflação foi crescente
 Manter o ritmo de crescimento a taxas elevadas

Governo centralizou todo o planejamento, investimento e execução do II PND.

Política foi dividida entre os 3 períodos:


74-75/1: governo tentava encontrar o que estava dando errado, internalizar a economia
brasileira e preparar o terreno para a implementação do II PND. Ajuste recessivo muito rápido
para criar as condições para implementação das políticas de longo prazo do II PND

75/2-76: governo toma as iniciativas para implementação dos projetos do II PND, saindo na
frente na área de insumos básicos, que gerariam demanda de BK e o setor privado seria
estimulado a ocupar esses espaços pela diversificação de seus investimentos. Financiava esses
investimentos com divisas obtidas da internacionalização da economia. Aumento do
endividamento externo e interno da economia brasileira. Esses investimentos governamentais
impactaram a BC (por conta de incentivos à importação de máquinas e equipamentos), déficit
comercial muito forte. Diminuição da capacidade de obter crédito no exterior

76-77: Começa a ficar evidente os problemas oriundos da economia internacional e do período


anterior.

Dados os Investimentos ocorridos no topo do ciclo, as empresas trabalhavam com baixa UCI,
então os estímulos do governo não eram suficientes.

Empresas estatais atuaram como agentes anticíclicos. Ciclo econômico em descenso, governo
passa a sustentar o ciclo investindo em insumos básicos. Estatização da dívida externa e
alteração da composição da FBKF.

O objetivo de diminuir a distorção não foi completado, pois, mesmo com os investimentos em
D1, não houve alteração na estrutura da economia, mas sim melhoramento.

As 3 visões:

 Evasão ao ajustamento (Dias Carneiro)


o Visão mais ortodoxa, argumentava que os investimentos eram incompatíveis
com a conjuntura internacional, defendia que o governo parasse de investir no
II PND para não ser afetada pelas turbulências internacionais, pregava mais
racionalidade econômica para atender às condições internacionais
 Ajuste estrutural (Souza/Serra)
o O II PND teve uma importância significativa sobre a estrutura industrial e, a
despeito das dificuldades, o II PND conseguiu levar a frente os investimentos,
apesar de não ter conseguido que a indústria alterasse o suficiente. Não
conseguiu também retirar o subdesenvolvimento da economia brasileira.
 Fracasso do ajustamento (Ricardo Carneiro)
o A política foi ampla demais para conseguir obter os resultados esperados e o
período não ajudou a indústria brasileira a se desenvolver. O PND era um
plano de gabinete que não levou em consideração o momento em que estava
o setor privado.

3)
 Setor líder
o Plano de metas: D1
o Milagre: CC e BCD
o II PND: Energia, Insumos, CC e BCD
 Inflação
o Plano de metas: tendência de crescimento
o Milagre: tendência de equilíbrio
o II PND: tendência de crescimento
 Agricultura
o Perdeu espaço nos 3 períodos
 Setor externo
o Plano de metas: investimento direto estrangeiro
o Milagre: entrada de empréstimos
o II PND: entrada de empréstimos
 Endividamento externo
o Aumento do endividamento externo, poucas empresas conseguiram pegar
empréstimos no exterior (apenas grandes), estatização da dívida no II PND

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