09/07/2020 Metodologias de codificação e classificação de equipamentos, materiais e produtos

Metodologias de codi cação e classi cação de

equipamentos, materiais e produtos
Você consegue imaginar uma loja sem produtos suficientes para comercializar aos seus clientes? Ou
uma indústria obrigada a parar a produção porque está sem matéria prima disponível? Imagine na prática
uma padaria com falta de farinha de trigo ou talvez uma empresa de contabilidade deixando de entregar
documentos aos seus clientes porque ficou sem tinta nas impressoras? Todas essas situações poderiam
ocorrer, mas teriam um impacto negativo nas atividades dessas empresas, além de demonstrar um sério
problema na organização de seus estoques.

Seja em uma indústria, seja em uma empresa prestadora

de serviços ou que comercialize bens, as atividades
desempenhadas cotidianamente estão diretamente
relacionadas aos seus materiais, produtos e equipamentos, por
isso a organização do estoque é fundamental para garantir o
bom funcionamento de um negócio.

Nesse contexto, é preciso conhecer a localização dos materiais e dos produtos existentes e também
controlar sua entrada e consumo de maneira eficiente. Utilizamos a classificação e a codificação de
equipamentos, materiais e produtos para identificá-los, facilitando assim sua localização e controle dentro
da empresa.

A categorização dos produtos possibilita armazenar e controlar fielmente os estoques. Os produtos em

estoque podem ser definidos em quatro categorias.

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Matérias-primas

Irão receber um processo de transformação.

Exemplo: uma chapa de aço que passará por uma linha de produção e se transformará em uma porta
de automóvel.

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Embalagens, peças ou componentes comprados

Itens já transformados que são comprados de fornecedores.

Exemplo: parafusos, acentos de carros, maçanetas.

Produtos em processos

Matérias-primas que já sofreram alguma transformação.

Exemplo: no caso da chapa de aço, é a porta que ainda sofrerá furos e dobras em uma estamparia.

Produtos acabados

Produtos finalizados e prontos a serem entregues ao cliente final.

É importante salientar que as considerações que seguem norteiam a

classificações dos produtos, mas são especificas para o ramo de
atuação de cada empresa ou indústria e cada uma irá utilizar-se da
classificação e de parâmetros que melhor se adequarem a sua rotina
logística, sua organização do estoque ou suas normativas fiscais,
administrativas e exigências ambientais (caso haja enquadramento).

Classi cação dos materiais

Na classificação dos materiais, a normatização descreve pesos, medidas, formatos, finalidades e
identificá-os, padronizando a terminologia pela qual é conhecido. Podemos agrupá-los por sua forma, peso,
tipo, uso etc.

São essas as principais (Trigueiro, 2006):

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Demanda

Quanto à demanda

Materiais de estoque: são materiais de uso repetitivo e contam com normas

predeterminadas para recompra automática.

Materiais não de estoque: são os materiais de uso eventual, portanto não necessitam de
parâmetros predefinidos de compra.

Aplicação

Quanto à aplicação

Materiais produtivos: são os materiais que participam diretamente da produção, como

matérias-primas e produtos semielaborados (exemplo: farinha de trigo citada
anteriormente na fabricação do pão da padaria).

Materiais auxiliares: aqueles utilizados indiretamente na produção, como produtos de

manutenção, lubrificantes etc.

Materiais de consumo: aqueles que são de uso geral da empresa, mas que não participam
diretamente da produção (produtos de limpeza e escritório etc.).

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Criticidade

Quanto à criticidade

Materiais que são necessários e classificados pela falta que fazem quanto a:

Dificuldade de obtenção: único fornecedor. Imagine que a sua empresa utiliza uma
matéria-prima que é fundamental para a fabricação do seu produto e é produzida por
apenas um fornecedor, este produto é crítico, e aconselhasse termos sobra em estoque,
em função da dependência de apenas um fornecedor, pois, se o fornecedor tiver um
problema de entrega, não será possível recorrer a outro fornecedor e não se pode correr o
risco de parar a produção.

Alto valor econômico: produto caro no mercado ou dificuldade de transporte. Entenda-se

neste caso produtos que impactam no caixa e no capital de giro da empresa ou no tempo
de espera do recebimento da mercadoria ou em ambos os casos, quando a empresa
precisa ter uma reserva de capital para reposição, seja pelo alto valor de reposição do
produto ou seja pelo alto valor que gerará o transporte do mesmo. Exemplo: uma
propriedade rural necessita contabilizar a depreciação de uma máquina colheitadeira e
deve prever o seu tempo de reposição, pois a ela é fundamental na época da colheita e
gera grande desembolso e tempo de logística de entrega. Isto também vale para grandes
máquinas de produção de qualquer indústria.

Previsão: produto que nunca pode faltar.

Perecibilidade

Quanto à perecibilidade

Produtos propensos a estragar rapidamente ou ter seu prazo de validade vencido.

Exemplo no ramo alimentício:

Alimentos perecíveis: carnes, pescados, leite e hortaliças.

Alimentos semiperecíveis: frutas.

Alimentos não perecíveis: farinhas, cereais, sal e açúcar.

Obs.: Muitos alimentos trazem o prazo de validade nas embalagens.

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Periculosidade

Quanto à periculosidade

Produtos que oferecem riscos à segurança quanto à armazenagem e ao manuseio. Produtos

químicos e gases. Exemplo: defensivos agrícolas, fármacos, combustíveis etc.

A classificação abaixo é muito importante tanto na armazenagem quanto na exigência ambiental e

na fiscalização para o transporte das cargas perigosas. Existem órgãos que autorizam e fiscalizam a
possibilidade de instalação de depósitos próprios para armazenagem de produtos perigosos, assim
como os que fiscalizam o transporte dos mesmos e as exigências legais de transportes de acordo com
as classes abaixo.

(objetos/materiais.jpg)

Fonte: <http://200.144.30.103/siipp/public/imprime_classificacao.aspx>. Acesso em: 9 dez. 2016.

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Fabricação

Quanto à decisão de fabricação, se própria ou terceirizada

Aqueles que tem a opção de decisão quanto à fabricação ou ao recondicionamento próprio ou por
empresas especializadas.

Fornecedor

Quanto ao mercado fornecedor

Acondicionar quanto à origem do fornecedor do material, se os produtos são nacionais ou

importados.

Movimentação

Quanto à movimentação

Ativos: produtos que são usados em um determinado período de tempo.

Inativos: produtos sem movimentação em um determinado período de tempo.

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Condição

Quanto à condição

Produto novo: que nunca foi usado anteriormente.

Produto reparado: produto que sofreu processo de recondicionamento.

Produto inservível: sem condições de uso ou de sofrer reparo. Irá para descarte.

Produto obsoleto: produto que ainda possui condição de uso, mas por exigência técnica
da empresa não se aplica mais para uso, pois poderá ocasionar em prejuízo de parada de
processos.

Produto de sucata: material com valor econômico no momento do descarte.

Produto imprestável: resíduo sem valor econômico no momento de descarte.

Como podemos observar, a classificação de materiais é vital no desempenho de uma organização

quando é adequadamente entendida e executada, impactando diretamente na redução ou no aumento de
custos e na gestão logística.

Vejamos agora como podemos codificar os materiais.

Codi cação
Um passo posterior e consequência direta da classificação é a codificação, que representa por meio
de letras ou números todas as informações necessárias de determinado produto. Neste processo cadastral,
o produto irá se tornar único e receberá um número de identificação. Deste modo, em um processo de
cadastramento bem feito, cada produto ou material terá um único código, evitando assim duplicidade e
agilizando o processo de identificação e movimentação do estoque.

Os Tipos mais comuns de codificação são:

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Alfabético: codificado por letras.

Alfanumérico: com a combinação de letras e números, geralmente divididos em grupos e

classes. Por exemplo: LR – 85251, grupo LR e classe 85251.

Numérico: chamado de decimal, é o mais utilizado pela forma simplificada e pela possibilidade
de englobar vários itens e informações. Um dos mais conhecidos é o Federal Supply
Clasification, que oferece a seguinte estrutura:

Exemplo: 07-03-000037-8

Chave A – XX – 07 – grupo do material. Exemplo: “carne”

Chave B – XX – 03 – subgrupos do material. Exemplo: “carne bovina”

Chave C – XXXXX – 000037 – descrição do material. Exemplo: “carne bovina – picanha”

Chave D – X – 8 – dígito verificador

Chave A: serve para reunir os itens em grupos mais

abrangentes, a partir de um determinado critério.

Chave B: determinam os subgrupos, que diferenciam materiais

ou produtos dentro de uma mesma chave.

Chave C: nesta chave, os produtos são identificados

individualmente.

Chave D: o número que vem após o traço é usado pelos

sistemas como forma de impedir que códigos sejam digitados
erradamente. Através de um cálculo algoritmo entre os
números componentes do código dos produtos, o sistema gera
um número resultante que acompanhará o respectivo código.
Se um dos dígitos do código for inserido erroneamente, na hora
em que o sistema fizer o cálculo, verá que o resultado não bate
com o digito verificador.

Como pudemos observar, a localização dos produtos em estoque através da sua identificação é de
fundamental relevância para a agilidade e a competitividade da organização em que a boa classificação e a
codificação irão garantir a agilidade no abastecimento de materiais, e deste modo estaremos neutralizando
os efeitos da demora ou do atraso na entrega das mercadorias.

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Vamos praticar?

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