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Técnico em Administração

Logística – Conceito, princípios e


fundamentos da cadeia logística e sua
função dentro da organização
A gestão da logística é primordial na condução do processo produtivo de
qualquer organização, pois atua desde a aquisição dos materiais até a entrega ao
cliente final com total qualidade.

Conhecer os conceitos, os fluxos e as ferramentas abordados neste tópico é


importante para as funções do técnico em administração, pois, no desempenho de
suas atividades, fará uso desses conhecimentos.

Conceitos
É importante abordarmos alguns conceitos de logística. Acompanhe a seguir a
definição de cada autor:

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Para Verlangieri (apud Freitas Jr., 2013), logística é um “sistema de administrar


qualquer tipo de negócio de forma integrada e estratégica, planejando e
coordenando todas as atividades, otimizando todos os recursos disponíveis, visando
ao ganho global no processo no sentido operacional e financeiro”.

Uma outra definição bastante abrangente é:

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Processo de planejar, implementar e controlar


eficientemente, ao custo correto, o fluxo e a armazenagem de
matérias-primas e estoque durante a produção e produtos
acabados, e as informações relativas a estas atividades,
desde o ponto de origem até o ponto de consumo, visando a
atender aos requisitos do cliente.

(Council of logistics management, Freitas Jr., 2013)

Já o American English Dictionary Collins Gem Webster’s (apud Freitas Jr.,


2013), define a logística como o “transporte; armazenamento e abastecimento de
tropas; organização de qualquer projeto; operação”.
Uma visão complementar nos é
dada por Ronald H. Ballou (apud Freitas Jr., 2013):

Todas as atividades de movimentação e armazenagem


que facilitem o fluxo de produtos, desde o ponto de aquisição
da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como
dos fluxos de informação que coletam os produtos em
movimento com o propósito de providenciar níveis de serviço
adequados aos clientes a um custo razoável.

Segundo Salgado (2014), a logística caminha rigorosamente através de


processos e atividades realizados sequencialmente pelas organizações, formando
uma cadeia que vai chegar até o cliente final. A logística perfeita é aquela que
acontece naturalmente, sem restrições, até o seu destino final. Em relação a outros
países, no Brasil, a logística ainda deixa muito a desejar, principalmente pela pouca
diversificação de modais, já que no país 67% das cargas são transportadas por
caminhões.

Princípios e fundamentos da cadeia logística


A logística, para Santana (2013), tem como princípios e fundamentos gerenciar
estrategicamente toda a organização, tornando possível a maximização dos lucros e
reduzindo os custos. Isso faz com que a logística, mais do que nunca, tenha um papel

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fundamental na condução dos negócios na empresa.

Cadeia logística

Atualmente, segundo Santana (2013), a cadeia logística busca a interação das


rotinas da organização e sua troca de informações, pois todas fazem parte de um
processo único, cujo objetivo final é atender o cliente final, em todos os sentidos. Por
isso, não existe razão para administrar os processos separadamente. Sempre se
deve buscar mais qualidade nos processos, manter o foco nos serviços prestados e
procurar reduzir os prazos, gerando, assim, uma melhoria na estrutura de custos.

Ainda para Santana (2013), a função da cadeia logística dentro da organização


é fornecer uma forma organizada de perceber e gerir todos os processos que
produzem valor para o cliente final, resultando em um produto ou serviço na
qualidade esperada. Mundialmente, os sistemas logísticos formam bases para o alto
padrão competitivo das organizações. Um sistema logístico eficiente permite a uma
determinada região explorar suas vantagens e exportar produtos para outros lugares.
Lembre-se de que a cadeia logística, conforme alguns autores, também pode ser
chamada de cadeia de suprimentos.

Terminologias comuns

Para unificarmos a compreensão dos termos empregados no contexto da


logística, veremos algumas siglas e expressões comumente utilizadas durante os
processos diários, conforme estabelecidas por Freitas Jr. (2013):

ACF – Espaço cúbico permitido

Acuracidade – Grau de precisão em qualquer processo que busca padrão e


conformidade

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ADR – Transporte de artigos perigosos

Agente de carga – Companhia envolvida na coleta, na consolidação, no envio e


na distribuição de mercadorias vindas de outros países

AGVS – Sistema de veículo guiado automaticamente

AWB – Conhecimento de transporte aéreo

Bar code – Código de barras

Batch pick – Separação em lote

Bitola – Largura entre as faces interiores dos trilhos em uma via férrea

Bulk cargo – Carga a granel

Cabotagem – Navegação em águas territoriais de determinado país

Calado – Designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais


baixo da quilha de uma embarcação

Classificação ABC – Classificação de produtos que utiliza critérios de


demanda e valor

CFR – Custo e frete

Contêiner – Caixa metálica lacrada e reutilizável usada para o transporte de


mercadorias por via marítima ou ferroviária

CRM – Gerenciamento do relacionamento com o cliente

Cubagem – Volume cúbico disponível para estocar ou transportar

Custo logístico – Somatório do transporte, da armazenagem e da manutenção


do estoque

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DSE – Declaração simplificada de exportação

ECR – Resposta eficiente ao consumidor

EDI – Intercâmbio eletrônico de dados

Embalagem – Invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento,


destinado a conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter o produto

EPI – Equipamento de Proteção Individual

Entreposto – Armazém utilizado para estocar mercadorias que aguardam


liberação, autorizado pela alfândega

FCL – Contêiner completo

FCR – Certificado de recebimento do agente de transporte

Flow shop – Tipo de unidade fabril com foco no produto, em que grandes lotes
de produtos padronizados são produzidos no mesmo sistema de produção

Forecasting – Previsões de tempo

Fullfilment – Indica o atendimento no prazo acordado entre fornecedor e


cliente/usuário

Giro de estoque – Demanda anual dividida pelo estoque médio mensal

Inbound – Operação de recebimento

Layday – Estadia do navio no porto

Lead time – Prazo de fornecimento de um produto ou serviço

Lote econômico – Quantidade suficiente para compensar a produção de um


item

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Merge in transit – Estrutura logística sem depósitos para distribuição de


entregas consolidadas de artigos para clientes com mais de um fabricante

Milk run – Operação em que o comprador retira a mercadoria no fornecedor


dentro de uma programação previa

MPT – Manutenção produtiva total

OTM – Operador de transporte multimodal

PCP – Planejamento e controle da produção

Pallet – Unidade semelhante a um estrado, em geral de madeira, utilizado para


unitização de cargas

Pert – Técnica de avaliação e revisão de projetos

Pick and pack – Separar, etiquetar e embalar materiais

Popa – Parte traseira do navio

Proa – Parte dianteira do navio

QR – Resposta rápida

Rodotrem – Trata-se de um acordo de dois semirreboques unidos por meio de


um dolly de dois eixos

Rush order – Pedido crítico, que deve ser processado com um lead time
inferior ao utilizado normalmente

SCM – Gerenciamento da cadeia de abastecimento

Ship broker – Agente marítimo

Shipping area – Área de expedição

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Sider – Carroceria de um veículo que tem lonas retráteis em suas laterais

Sourcing – Compra de produtos ou serviços de fornecedores externos

SKU – Unidade de manutenção de estoque

Supply chain management – Gerenciamento da cadeia de abastecimento

Tara – Peso de um veículo sem carga

TEU – Contêiner intermodal de 20 pés

TKU – Toneladas transportadas por quilometro útil

Toco – Caminhão que tem um único eixo na carroceria

TQC – Controle da qualidade total

TQM – Gestão da qualidade total

Transbordo – Transferência de mercadorias

Trade-off – Compensação de custos

Trapiche – Armazém de produtos localizado junto ao cais

Truck – Veículo que possui o eixo duplo na carroceria

Turnover – Rotatividade de pessoal

Unitização – Vários volumes pequenos, em um recipiente maior, com o intuito


de melhorar a sua movimentação

UPC – Código universal de produto

VCL – Veículo leve de carga

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VWI – Estoque gerenciado pelo fornecedor

VUC – Veículo urbano de carga

WMS – Sistemas de gerenciamento de armazém

Internacionalização

A internacionalização das relações comerciais está diretamente ligada à


globalização. O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação,
associado ao desenvolvimento dos transportes e à internacionalização da economia,
torna cada vez mais comuns as trocas comerciais entre países. Isso afeta
diretamente a logística, que também trata das atividades logísticas internacionais,
sendo chamada de logística internacional.

Hoje em dia, o amplo uso da internet acelerou e barateou as comunicações de


uma forma nunca antes imaginada. Além disso, o uso cada vez mais frequente de
contêineres, que por sua vez torna mais barato o transporte e o manuseio de cargas
volumosas, também contribui em muito para a internacionalização da logística.

Muitas vezes, fica mais em conta para uma indústria encomendar peças de
outro país para serem inseridas em seu produto final do que comprá-las
nacionalmente. Mesmo as exportações e importações de produtos acabados, com
frequências vantajosas economicamente, implicam a utilização da logística em nível
internacional.

Influência do ambiente externo na logística internacional

Há vários fatores externos que podem influenciar diretamente a logística


internacional, passaremos a abordar os mais relevantes deles agora, conforme
classificação feita por Caxito (2014).

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Transporte internacional

É um dos fatores que determinam o sucesso de uma operação logística


internacional. Aqui, é importante ter em mente o transit time, que é o prazo de
tempo que decorre desde o embarque da carga para o frete internacional até
seu desembarque no destino final. A operação pode até ser inviabilizada caso o
transit time seja longo.

Movimentação em terminais

A movimentação em terminais portuários, aeroportuários ou pontos de fronteira


pode implicar grandes custos e prazos demorados. Assim, é imprescindível que
se faça um estudo prévio de preços e prazos antes de se escolher quais serão
utilizados.

Procedimentos aduaneiros

Estes procedimentos, também chamados de procedimentos alfandegários,


variam de acordo com o tipo de produto que está sendo importado ou
exportado. É muito importante saber os procedimentos aduaneiros de cada país
ou bloco de países a fim de realizar uma ótima gestão de logística internacional.

No tocante a este último item, convém fazer a distinção entre os diversos tipos
de regimes aduaneiros atípicos que, ainda segundo Caxito (2014), "são regras ou
procedimentos que visam regular situações especiais no comércio de importação e
exportação de um país". A importância desses regimes está nas vantagens de
operação e financeiras que podem trazer às organizações.

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Regimes aduaneiros atípicos

A seguir, passaremos a uma classificação feita por Caxito (2014).

Drawback

É a desoneração de impostos na importação vinculada a um compromisso de


exportação, ou seja, é possível importar insumos, sem incidência de impostos,
contanto que sejam utilizados em bens que serão exportados.

Admissão ou franquia temporária

Com suspensão total do pagamento de tributos, segundo o artigo 2.º da


Instrução Normativa RFB n.º 1600, de 14 de dezembro de 2015, "é o que
permite a importação de bens que devam permanecer no país durante prazo
fixado, com suspensão total do pagamento dos (...) tributos incidentes na
importação".

Exportação temporária

Segundo o artigo 90 da Instrução Normativa RFB nº 1600, de 14 de dezembro


de 2015, "é o que permite a saída do país, com suspensão do pagamento do
imposto de exportação, de bem nacional ou nacionalizado, condicionado à
reimportação em prazo determinado, no mesmo estado em que foi exportado".

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Trânsito aduaneiro

É a permissão do transporte de mercadorias entre um ponto e outro do território


aduaneiro, com suspensão de tributos.

Entreposto aduaneiro

Conforme o estabelecido do art. 2.º ao 4.º da Instrução Normativa SRF nº 241,


de 6 de novembro de 2002:

Art. 2º O regime de entreposto aduaneiro aplica-se à importação

e à exportação.

Art. 3º O regime de entreposto aduaneiro na importação permite a

armazenagem de mercadoria em local alfandegado com

suspensão do pagamento dos impostos incidentes.


Art. 4º O regime de entreposto aduaneiro na exportação permite a

armazenagem de mercadoria em local alfandegado:


I - com suspensão do pagamento dos impostos, na modalidade de

regime comum; e

II - com direito à utilização dos benefícios fiscais relativos à

exportação, antes do seu efetivo embarque para o exterior, na


modalidade de regime extraordinário.

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Entreposto industrial

Nele há a permissão de importar insumos com suspensão de tributos para


serem incorporados a produtos industrializados que serão direcionados ao
mercado externo. Caso os produtos industrializados sejam direcionados ao
mercado nacional, haverá recolhimento de tributos devidos.

Entreposto industrial sob controle informatizado (RECOF)

A Secretaria da Receita Federal nos dá a seguinte definição:

O Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob

Controle Aduaneiro Informatizado (RECOF) é o que permite à

empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado interno,

com suspensão do pagamento de tributos, mercadorias a serem

submetidas a operações de industrialização de produtos


destinados à exportação ou mercado interno. É também permitido

que Parte da mercadoria admitida no regime, no estado em que

foi importada ou depois de submetida a processo de

industrialização, seja despachada para consumo. A mercadoria,

no estado em que foi importada, poderá também ser exportada,

reexportada ou destruída.

Zonas francas

Visam à promoção do desenvolvimento econômico e social das regiões onde


estão localizadas. Nelas há a isenção de tributos. Ficam localizadas nas
proximidades de portos marítimos, fluviais ou aéreos.

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Lojas francas

Os free shops, como são mais conhecidas as lojas francas, ficam localizados
em portos e aeroportos internacionais. São habilitados pela Receita Federal e
vendem mercadorias com suspensão de impostos.

Logística reversa
Logística reversa, segundo Caxito (2014), “é a área da logística que trata dos
aspectos de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro
produtivo”. Esse já era um processo utilizado com o reaproveitamento de vasilhames
pelas indústrias de bebidas. Ao adquirir bebidas, o consumidor levava as garrafas
vazias ao fornecedor que, por sua vez, as devolvia ao fabricante. Esse processo caiu
em desuso com o advento das embalagens descartáveis.

Segundo a definição elaborada pelo Council of Logistics Management (apud


Caxito, 2014), logística reversa é:

(...) a parte do processo da cadeia de suprimento que planeja,


implementa e controla de modo eficiente e eficaz o fluxo direto
e reverso e o estoque de bens, serviços e informação entre o
ponto de origem e o ponto de consumo com o propósito de
atender os requisitos dos clientes.

O desenvolvimento da logística reversa nas empresas é de extrema


importância, pois, além de ser uma prática sustentável, que visa preservar o meio
ambiente, ela também pode reduzir bastante os custos de produção. Ela possui uma
lógica diversa da logística formal, pois visa ampliar a rede de coleta e ter
capilaridade.

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A logística reversa pode diminuir em grande parte o problema dos resíduos


sólidos no ambiente “por meio da reciclagem, da reutilização de matérias-primas e
do desenvolvimento de embalagens renováveis, cuidando (...) do fluxo reverso de
pós-consumo e de pós-venda” (CAXITO, 2014).

Explicando de outro modo, a logística reversa faz com que o produto, após a
destinação final, retorne ao ciclo de negócios ou seja depositado adequadamente.
Dessa forma, o processo de logística reversa liga a empresa ao consumidor final e a
seus fornecedores.

Muitas vezes, o fluxo dos produtos é priorizado apenas no sentido da empresa


para o cliente. Contudo, o fluxo reverso merece grande atenção. Esse fluxo reverso
pode ocorrer devido a recalls, ao vencimento do prazo de validade dos produtos, à
responsabilização, que pode estar prevista em lei, pelo descarte adequado de
produtos perigosos e de suas embalagens, etc.

Para Caxito (2014), é importante


“transformar o processo de retorno em vantagem
competitiva. Para isso, devem ser tratados com
a mesma seriedade (...) que a parte da
distribuição, pois envolvem os mesmos
elementos”. Em ambos, é necessário o
armazenamento, o transporte, o fluxo de
materiais etc.

Os processos se diferem no fato de a logística de distribuição ter início em um


único ponto, ou em poucos pontos, e se destinar para vários locais, ao passo que a
logística reversa parte desses vários locais com direção a um único destino, a
empresa produtora.

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Do ponto de vista logístico, a vida de um produto não acaba quando ele é


entregue ao cliente. Os produtos podem sofrer danos ou estragos, bem como
tornarem-se obsoletos, sem contar o caso de embalagens de produtos perigosos,
medicamentos etc. Sendo assim, eles são levados novamente ao fornecedor para
serem consertados ou descartados.

A logística reversa pode fazer uso de parte ou de todo o canal de logística da


empresa, ou possuir um canal exclusivo.

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Impactos da logística reversa

Passaremos a tratar de alguns fatores que influenciam o bom desempenho do


sistema de logística reversa, na visão de Caxito (2014).

Bom controle de entrada

Primeiramente, é preciso fazer a identificação de quais materiais retornarão à


organização e em que estado eles estarão. A equipe que trabalhará neste setor
deve estar capacitada para isso. Outra questão essencial é identificar quais
produtos podem ser revendidos, quais podem ser recondicionados e quais
devem ser reciclados.

Redução do tempo de ciclo

Tempo de ciclo é o período decorrido entre a identificação de que o material


deve ser reciclado, a disposição ou retorno desse material e seu
processamento. Quando esse tempo é longo, além de ocupar espaço, pode
atrasar o fluxo de caixa, no caso de venda de sucata. Para reduzir o tempo de
ciclo, é fundamental que se estabeleça um bom controle de entrada, que se
tenha uma boa estrutura para realização do fluxo reverso (equipe e
equipamentos) e que se estabeleçam procedimentos claros para lidar com as
exceções, que ocorrem com frequência.

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Padronização e mapeamento de processos

A logística reversa precisa ser tratada como um processo regular. Para tanto, os
processos devem ser corretamente mapeados e os procedimentos
formalizados devem ser estabelecidos a fim de se obter um bom desempenho.

Utilização de sistemas de informação

O desenvolvimento e a utilização de um sistema que facilite a gestão do fluxo


reverso são muito importantes. O sistema deve possibilitar o rastreamento dos
retornos, medir tempos de ciclo etc. a fim de agilizar o processo e diminuir os
custos.

Planejamento da rede logística

É necessário definir uma infraestrutura logística adequada para receber os


materiais usados. É essencial ter instalações de processamento e
armazenagem, bem como sistema de transporte que ligue os pontos de
fornecimento onde serão coletados os materiais a serem reciclados, e que os
leve até as instalações onde serão processados.

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Estabelecimento de relações de colaboração

Uma solução que vale a pena ser estudada ao se projetar a logística reversa é
estabelecer parcerias ou alianças com outras organizações que tenham
programas ambientais ou que trabalhem com logística reversa. A terceirização
pode ser um caminho mais em conta do que manter equipe na própria
organização.

Para o estabelecimento de relações de colaboração, ainda


conforme Caxito (2014), também é fundamental que seja dada

bastante atenção para:

Viabilidade – Análise de fatores referentes à competitividade,


possíveis linhas de crédito ligadas ao meio ambiente, identificação
de parceiros ou empresas terceirizadas.

Coleta – Rede consistente de coleta, otimização de fretes,


localização de postos de recepção, alternativas para recepção e
coleta, quantidade e volume de produtos que retornam etc.

Processamento – O tipo de material que retorna define o tipo de


processamento que receberá. Dessa forma, materiais perigosos,
que representem possibilidade de dano à saúde, terão que ser
manuseados com os devidos cuidados e equipamentos
necessários. A disposição final desses resíduos também terá que
ser diferenciada. As equipes que lidam com esses materiais
devem ser treinadas para que se evitem quaisquer riscos. Além
disso, a legislação ambiental precisa ser seguida.

Reutilização – Aqui deve ser considerado o destino final dado aos


materiais gerados após o reprocessamento. Também devem ser
identificados o mercado consumidor e os canais para
comercialização.

Referências bibliográficas

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