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Aula 1

RELATÓRIO DE RECEITAS Imprimir

Prezado estudante, dando continuidade ao conteúdo do nosso curso, esta unidade de


aprendizagem visa prepará-lo para um dos momentos mais importantes da condução de
documentação de assembleias: a prestação de contas.
25 minutos

INTRODUÇÃO
Prezado estudante, dando continuidade ao conteúdo do nosso curso, esta unidade de aprendizagem visa
prepará-lo para um dos momentos mais importantes da condução de documentação de assembleias: a
prestação de contas.

Cuidar das receitas e despesas condominiais é uma grande responsabilidade e, por isso, a prestação de contas
deve ser feita com o maior cuidado possível. Nesta aula, vamos trabalhar alguns conceitos referentes ao
relatório de receitas, ou seja, ao conjunto de recebimentos do condomínio, englobando as suas diversas
modalidades, como veremos a seguir.

O principal objetivo é compreender alguns aspectos iniciais para a preparação de toda a documentação
relativa à prestação de contas. Dominar tais concepções facilita o trabalho na assembleia. Portanto, é essencial
ter atenção neste momento da aula.

Boa leitura e lembre-se de que você é capaz de alcançar bons resultados!

COMPREENDENDO CONCEITOS INICIAIS SOBRE O RELATÓRIO DE RECEITAS


Para compreender o que são as receitas do condomínio, alguns conceitos iniciais tornam-se necessários.

Primeiramente, precisamos conhecer uma figura importante na atuação dos síndicos e administradoras de
condomínio: o Conselho Fiscal. Previsto no Código Civil Brasileiro, em seu art. 1.356, que dispõe acerca da
possibilidade de existir tal Conselho, possui como principal função dar o parecer sobre as contas do síndico
(BRASIL, 2002). Isso significa que cabe ao Conselho Fiscal a avaliação de toda a movimentação financeira do
condomínio, que é administrada pelo síndico, a fim de apurar sua regularidade. Logo, as receitas condominiais
também são objeto de análise do Conselho. O Conselho Fiscal é eleito pela assembleia, sendo composto por
três membros, por prazo não superior a dois anos, nos termos da lei (BRASIL, 2002).

Assim, o Conselho Fiscal analisa as diversas receitas e despesas do condomínio, dentre as quais estão
presentes as denominadas contas ordinárias e extraordinárias. As ordinárias são referentes à manutenção do
condomínio em si, que fazem parte do cotidiano, tais como salários dos empregados, água e luz das áreas
comuns, limpeza, conservação, entre outros aspectos referentes ao dia a dia do condomínio. As despesas
extraordinárias, por sua vez, são esparsas e não fazem parte da rotina mensal do condomínio, incluindo, por
exemplo, instalações de segurança, decoração, indenização em processos judiciais, entre outras (VIANA, 2009).

Por isso, sempre é importante, para o condomínio, a manutenção de um orçamento para cada gasto realizado,
especialmente o extraordinário, uma vez que tem impacto no bolso dos condôminos. A eficiência, nesse caso,
é essencial. Um relatório de despesas orçadas e realizadas consiste em fazer um levantamento, no mercado,
do custo provável de qualquer tipo de despesa que o condomínio poderá custear, como uma reforma.

Lembre-se de que, atualmente, uma nova tendência no mercado imobiliário é a renda advinda de espaços
compartilhados: estes podem surgir por meio de lavanderias compartilhadas, áreas gourmet, bem como
espaços denominados de coworking – ou escritórios compartilhados –, em que se paga para utilizar o espaço
de forma coletiva, gerando resultados positivos em questões de sustentabilidade. A seguir, veja um exemplo
de escritório compartilhado:

Figura 1 | Espaço compartilhado


Fonte: Pixabay.

Tais rendimentos podem ser encaixados nas receitas de condomínios, gerando efeitos no trabalho de
prestação de contas.

Além disso, as multas são importantes ferramentas de coação àqueles que descumprem as normas do
condomínio, como também são grandes aliadas na obtenção de receitas. Nesse sentido, o Código Civil
prescreve, em seu art. 1.337, que o condômino que não cumpre seus deveres poderá, por decisão dos
condôminos (em assembleia, geralmente), ser constrangido a pagar até cinco vezes o valor do condomínio
como forma de multa (BRASIL, 2002).

Mas, lembre-se: o Código usa a palavra constranger em um sentido de obrigação, e não de humilhação ou
exposição, até porque todos os condôminos também estão protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados,
cujo objetivo é preservar a liberdade e privacidade individual de cada um. Mais à frente, no vídeo, falaremos
mais sobre esse assunto.

O RELATÓRIO DE RECEITAS: DICAS DE ORGANIZAÇÃO


Elaborar o relatório de receitas não é uma tarefa complexa, desde que seja executada com muito cuidado e
atenção. Para tanto, uma dica importante é criar os relatórios em uma planilha simples, de Excel ou no próprio
Word, com o objetivo de manter os dados compilados.

Além disso, uma ideia fundamental é ter uma pasta organizada com essa documentação. O exemplo a seguir
pode ser um bom guia de como produzir tal conteúdo:

Figura 2 | Exemplo de planilha

Fonte: elaborada pelo autor.


No bloco anterior, falamos sobre receitas de modo geral. Todas essas entradas precisam ser documentadas,
pois servem de elemento comprobatório para o relatório de receitas produzido. Acabamos de ver que o
Conselho Fiscal tem a prerrogativa de analisar as contas do condomínio e, para isso, estas devem ser o mais
detalhadas possível. Mas como fazer isso?

É preciso ter claro que o Conselho avalia todas as entradas e saídas do condomínio. Para Arnaldo Rizzardo
(2021, p. 269), é competência do Conselho:

[...] fiscalizar não apenas os atos de utilização, pelo síndico, dos recursos arrecadados,
mas também as contas em geral, as cobranças, as receitas, os gastos e pagamentos de
conformidade com o planejamento orçamentário, mormente quando da apresentação
dos balancetes, que passarão para o exame e visto do conselho fiscal, o qual proporá
à assembleia geral a sua aprovação ou rejeição, sempre expondo as razões.

Primeiramente: guarde todas as notas fiscais que você possuir enquanto responsável pelas receitas do
condomínio – recebimentos de taxas condominiais, extratos bancários que comprovem toda e qualquer
receita advinda de juros, por exemplo. Isso é fácil de resolver, basta imprimir um extrato no próprio banco ao
qual a conta do condomínio está vinculada.

O rol de documentos fiscalizados pelo Conselho é extenso, então é necessário ter organização para que,
quando for solicitado ao síndico/administradora, este apresente as notas comprobatórias que eventualmente
gerarem dúvidas acerca da prestação de contas.

É preciso lembrar-se, ainda, da necessidade de criação de um relatório das despesas orçadas em comparação
às despesas efetivamente realizadas em obras, por exemplo. Com esse documento, o síndico possui
elementos suficientes para escolher, dentre as opções, a que for mais viável para o condomínio, o que
implicará as despesas realizadas, resultantes da efetiva compra de materiais, pagamento de mão de obra, etc.
Isso serve, ainda, para manter a transparência na prestação de contas, que é algo fundamental ao
administrador do condomínio. Uma tabela organizada auxilia neste momento. Vejamos o modelo a seguir:

Tabela 1 | Orçamento de despesas

Fonte: elaborada pelo autor.

Conforme se apreende da tabela anterior, a facilidade em justificar os gastos de acordo com o valor de
mercado, baseado em diferentes empresas, se torna muito maior quando se tem um documento elaborado
cuidadosamente. Uma dica é solicitar à empresa que encaminhe o orçamento via e-mail ou qualquer outro
tipo de rede social, para que contenha a respectiva logomarca, a fim de dar mais autenticidade à sua planilha.
Com a planilha em mãos, fica mais fácil trabalhar com as despesas realizadas de fato.

O exemplo anterior trata de uma reforma no salão de festas. Essa é uma despesa que não faz parte do
cotidiano do condomínio, portanto podemos encaixá-la como uma conta extraordinária, conforme o conceito
exposto previamente. Lembre-se: o Conselho Fiscal também analisa esse tipo de gasto. Logo, quanto mais
organizado o relatório, mais fácil a aprovação. 

Vamos trabalhar isso na prática?

O RELATÓRIO DE RECEITAS NA PRÁTICA: ANALISANDO SITUAÇÕES


HIPOTÉTICAS
Agora é a hora de aprender os conceitos em uma situação prática. Assim, fica ainda mais fácil entender como
funciona o relatório de receitas. Vamos lá?

Imagine que você, estudante, trabalhe em uma administradora de condomínios e tenha ficado responsável
pelo relatório de receitas. Todo o material deve ser elaborado cuidadosamente para a prestação de contas do
condomínio que ocorrerá em breve. Como proceder nesse sentido?

Vamos ao passo a passo: 

Em primeiro lugar, verifique qual é o período de prestação de contas para confeccionar o seu relatório de
receitas. Nesse ínterim, pegue a pasta com todos os documentos separados, conforme orientado
anteriormente – essa pasta pode ser física ou virtual (a dica é que se mantenham as duas, por segurança).

Com as pastas em mãos, é hora de elaborar o nosso relatório. Vamos começar separando quais são os tipos
de contas existentes: ordinária, extraordinária, receitas advindas de multas ou espaços compartilhados.

Para cada uma dessas modalidades, elabore uma planilha de acordo com os modelos apresentados no tópico
anterior. Desse modo, é importante que você separe cada uma das modalidades para facilitar a prestação de
contas. Vejamos alguns exemplos a seguir, como a hipótese de extrato bancário:

Figura 3 | Planilha de extrato bancário

Fonte: elaborada pelo autor.

Agora, vamos supor que, nos últimos três meses, o condomínio multou alguns moradores com infrações
previstas no próprio regimento interno, seguindo todos os procedimentos legais. Nesse caso, é importante
deixar claro qual é o tipo de multa aplicada e para qual unidade tal multa foi imposta. Vejamos o exemplo a
seguir, que trata de uma hipótese de inadimplência:

Figura 4 | Inadimplência
Fonte: elaborada pelo autor.

Cabe ressaltar, nesse contexto, que esses dados são imprescindíveis para o relatório de receitas. Entretanto,
não se pode constranger o condômino, observando aquilo que predispõe a legislação em geral. Assim, diante
da situação-problema de multas decorrentes de inadimplência, informe a unidade devedora e qual a multa
aplicada, pois isso demonstra ética e compromisso com a legislação vigente, bem como mostra que há uma
finalidade maior a ser atingida: a prestação de contas. O cuidado com os dados pessoais do condômino é
fundamental, não devendo ser prestadas informações particulares aos demais moradores. Recomenda-se
apenas utilizar a prestação de contas como meio informativo na hora de demonstrar as receitas e despesas do
condomínio.

Todas as informações compiladas em planilhas/relatórios, com as devidas notas fiscais, são essenciais para
uma boa prestação de contas, evitando, assim, questionamentos por parte dos condôminos. Sua função é de
extrema importância. Lembre-se, também, de que tudo isso passa pela aprovação do Conselho Fiscal, que
deve emitir um parecer, conforme o modelo a seguir:

Figura 5 | Parecer do Conselho Fiscal

Fonte: elaborada pelo autor.


Em resumo: toda organização é necessária para a transparência e adequação na prestação de contas. Quanto
mais cuidado, maior o profissionalismo e a excelência no resultado do trabalho. Use as dicas dadas e, então,
você alcançará bons resultados!

VIDEOAULA:
Caro estudante, que tal revisar o conteúdo estudado até aqui de forma prática e objetiva? Chegou a hora do
nosso resumo de aula. E mais, vamos falar um pouco sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e sua
aplicação nos condomínios. Acompanhe!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Você sabia que o procedimento previsto em lei para a escolha do Conselho Fiscal pode ser questionado
perante o Poder Judiciário? Assim entendeu o Tribunal de Justiça de São Paulo, que negou um pedido de
anulação do Conselho Fiscal por não haver elementos de prova suficientes que comprovem vício na
eleição. 

Para saber mais detalhes, acesse o link a seguir: https://bit.ly/36XLa9q.

Aula 2

BALANCETE
Prezado estudante, dando continuidade ao conteúdo do nosso curso, esta unidade de
aprendizagem visa prepará-lo para um dos momentos mais importantes da condução de
documentação de assembleias: a prestação de contas.
24 minutos

INTRODUÇÃO
Prezado estudante, dando continuidade ao conteúdo do nosso curso, esta unidade de aprendizagem visa
prepará-lo para um dos momentos mais importantes da condução de documentação de assembleias: a
prestação de contas.

Cuidar das receitas e despesas condominiais é uma grande responsabilidade e, por isso, a prestação de contas
deve ser feita com o maior cuidado possível. Nesta aula, vamos trabalhar alguns conceitos relacionados ao
balancete, tratando, especificamente, da receita condominial, do saldo inicial e final, bem como das
modalidades de utilização desse documento específico.

O principal objetivo é compreender alguns conceitos iniciais para a preparação de toda a documentação
relativa à prestação de contas. Dominar tais concepções facilita o trabalho na assembleia. Portanto, é essencial
ter atenção neste momento da aula.

Boa leitura e lembre-se de que você é capaz de alcançar bons resultados!

O BALANCETE DO CONDOMÍNIO E SEUS DIVERSOS ASPECTOS


Para compreender o balancete, precisamos, inicialmente, abordar alguns conceitos tangenciais, que integram
a discussão. Na aula anterior, falamos sobre o relatório de receitas, que compreende a produção de um
documento com as receitas e despesas do condomínio em seus variados aspectos. O balancete, por sua vez,
pode ser classificado de diversas formas, tratando-se de um conceito “guarda-chuva” – em contabilidade,
temos alguns conceitos decorrentes do balancete, como o patrimonial, de verificação, entre outros. Vamos
analisar o balancete sob uma perspectiva mais ampla?
Dada a amplitude de documentos que estão presentes em empresas – e em condomínios –, faz-se necessária
a criação de um mecanismo de relatório para reuni-los, contemplando as receitas e despesas, por exemplo.
Para Padoveze (2016, p. 103), “O Balancete nada mais é do que a simples listagem das contas, contendo o
nome delas e o seu saldo, colocando os saldos devedores numa coluna e os saldos credores em outra”.

Veja, a seguir, um exemplo de balancete mensal, ou seja, realizado mês a mês:

Figura 1 | Balancete mensal

Fonte: Ribeiro (2017, p. 137).

Por meio do balancete, é possível extrair o que se denomina como receita condominial. Trata-se, em resumo,
de toda a arrecadação do condomínio, que pode englobar diversas formas de recolhimentos deduzidos pela
administração condominial – taxa de mudança, rendimentos bancários, fundo de reserva, entre outras
possibilidades previstas em regimentos internos dos condomínios. 

O Código Civil brasileiro, em seu art. 1.348, inciso VI, dispõe acerca da necessidade de que o síndico elabore o
orçamento da despesa do condomínio, relativo a cada ano (BRASIL, 2002). Ou seja, a determinação de que a
receita condominial integre a prestação de contas, tema desta unidade, se faz presente na própria legislação
brasileira. Isso ocorre para que haja mais transparência em relação ao condomínio e ao uso de verbas
advindas dos pagamentos dos condôminos.

Dessa receita, surgem dois conceitos essenciais do balancete: o saldo inicial e o saldo final. Partindo da noção
semântica, saldo significa “quantia que representa o excedente do total de créditos e do total de débitos de
uma conta” (MICHAELIS, 2021). Dessa forma, deduzimos o saldo inicial e final de um condomínio, levando em
consideração o período em que o relatório é produzido. O Código Civil determina a prestação de contas
anualmente, portanto o saldo inicial diz respeito ao valor existente no início da prestação de contas, e o saldo
final condiz com o resultado obtido ao final da prestação de contas: ou seja, trata-se do total de créditos e do
total de débitos de condomínio, que desembocam em um saldo – podendo este ser positivo ou negativo.

Toda essa produção de documentos que integram a prestação de contas tem um fim destinado. A principal
forma de se utilizar o balancete, com o respectivo saldo e as receitas, é na assembleia geral do condomínio ou
em qualquer situação que os condôminos desejarem, ampliando a possibilidade de apresentação dessa forma
de prestação de contas. Veremos, a seguir, como isso pode ser realizado.

O BALANCETE E SUAS NUANCES INTERPRETATIVAS: ANALISANDO AS ESPÉCIES


DE RECEITAS INTEGRANTES DO BALANCETE
Chegou a hora de explorarmos alguns dos conceitos vistos até aqui, para obter uma melhor compreensão do
que envolve o balancete.

A receita condominial, compreendida como a arrecadação total do condomínio, deve ser demonstrada em
assembleia, na forma do art. 1.348 do Código Civil (BRASIL, 2002). Entretanto, tal previsão legal passa por uma
mudança, conforme aponta Schwartz (2018), no sentido de que o Código de Processo Civil de 2015 exige “[...]
em função da necessidade de se comprovar, em uma ação de cobrança pelo atraso no pagamento da taxa
condominial, a aprovação dos valores aprovados, inclusive deve-se mencionar na ata o valor de rateio
determinado para cada tipo de fração” (SCHWARTZ, 2018, p. 140).

Além disso, o Código Civil inovou em relação à Lei nº 4.591/1964 – conhecida como Lei do Condomínio – que,
em seu art. 24, dispunha da necessidade de convocar Assembleia Geral anualmente para demonstrar as
contas condominiais. A inovação reside no fato de que o Código Civil aponta que a apresentação das receitas
deverá ocorrer anualmente ou quando necessário. Isso significa que, a qualquer momento, a receita
condominial (bem como as despesas) devem ser demonstradas pelo síndico/administrador.
Vimos que a principal receita integrante do condomínio é o que se intitula como taxa de condomínio. Nesse
sentido, trata-se da receita que é arrecadada do pagamento dos condôminos, servindo como base para o
custeamento das despesas do condomínio (sejam elas comuns ou extraordinárias, como estudado na aula
anterior). Logo, é um valor fundamental para integrar a receita condominial, uma vez que dela depende para
pagar as contas rotineiras. Além dessa espécie de receita condominial, existem receitas advindas da taxa de
mudança – prevista em regimento interno dos condomínios –, utilizada para cobrir eventuais danos causados
pela mudança, pelos gastos com uso de elevador, entre outros aspectos que fundamentam esse tipo de taxa.

Vale destacar, ainda, o fundo de reserva: é uma espécie de caixa adicional, utilizada em emergências e, como
regra geral, tem destinação aprovada por assembleia condominial. Nesse sentido, o fundo de reserva tem por
objetivo destinar a receita do condomínio para obras aprovadas pelos condôminos ou para custear despesas
decorrentes de inadimplência. Trata-se de um mecanismo muito comum em condomínios com o qual você,
estudante, se deparará constantemente.

Tomando por base a figura do tópico anterior, de balancete mensal, vamos, agora, conhecer um exemplo de
balancete anual, que tem como referência todos os balancetes realizados mensalmente. O balancete mensal é
apropriado e facilita de duas formas: primeiramente, porque mantém os relatórios em dia e auxilia na
prestação de contas; em segundo lugar, porque descomplica a produção do balancete anual – imagine que,
você, como síndico ou administrador, tivesse que fazer o balancete anual sem nenhuma referência produzida
mês a mês? O trabalho seria muito maior.

O exemplo a seguir refere-se a um balancete anual:

Figura 2 | Balancete anual

Fonte: elaborada pelo autor.

O balancete apresenta apenas os valores mensais, baseados nos balancetes mensais produzidos
anteriormente, facilitando a elaboração desse documento. Veremos, a seguir, situações práticas envolvendo o
balancete e suas variações.

ELABORANDO O BALANCETE: SITUAÇÃO PRÁTICA


É hora de aprender mais sobre os conceitos estudados a partir de uma situação prática. Assim fica ainda mais
fácil entender como funciona o balancete. Vamos lá?
Suponha que você trabalhe em uma administradora de condomínios e tenha ficado responsável pelo
balancete mensal. Todo o material deve ser elaborado cuidadosamente para a prestação de contas do
condomínio, o que ocorrerá em breve. Como proceder nesse sentido?

Vamos ao passo a passo: 

Em primeiro lugar, elabore uma planilha de acordo com os modelos apresentados no tópico anterior. Para
facilitar a compreensão, veja o modelo a seguir de balancete mensal, que elenca todas as receitas e despesas
do mês no condomínio de um modo mais detalhado. Lembre-se de que as receitas podem ser variadas – taxa
de mudança, fundo de reserva, juros e multas, entre outras, também abordadas na aula anterior.

Figura 3 | Modelo de balancete mensal

Fonte: elaborada pelo autor.

Com base na imagem anterior, é possível depreender o conceito de saldo inicial e saldo final – no modelo, o
exemplo é aplicado mês a mês, não impedindo a noção do saldo inicial e final de um período maior, que, em
regra, é anual, conforme abordado anteriormente. Nesse sentido, o saldo inicial mensal compreende o
montante positivo do condomínio no início do mês (valor de R$ 101.119,98) e o saldo final mensal abrange o
montante ao final do mês, em seu último dia. Isso é calculado pelo saldo inicial, subtraindo-se as despesas
mensais, resultando no saldo final. Para facilitar a compreensão, podemos sintetizar a fórmula da seguinte
maneira:

Saldo Mensal = Saldo inicial - (Entradas - Saídas)

Com essa fórmula, é possível calcular o saldo do condomínio, verificando se é positivo ou negativo. Pense que
você, enquanto administrador, tem uma missão importante, uma vez que o balancete também faz parte da
prestação de contas e da transparência que todo condomínio deve ter.

A dica para fazer tudo com primazia é a organização: siga o mesmo caminho da aula anterior, guardando
todos os documentos necessários para comprovar as receitas e despesas do condomínio. Lembre-se de que
as receitas são variadas, conforme vimos nesta aula, e que as despesas assim também podem ser, conforme
abordado na Aula 9. Portanto, todo cuidado é pouco para deixar o balancete em conformidade com a previsão
legal.
Depois que tudo estiver pronto com o balancete mensal, o caminho mais apropriado é de praxe é anexar a
planilha ao boleto de condomínio, enviado a cada condômino, assegurando a transparência necessária na
administração do condomínio. O balancete anual, por sua vez, deve ser encaminhado para a assembleia
ordinária – que tem por característica a aprovação da prestação de contas por parte dos condôminos. O
balancete deve ser detalhado – a dica é usar o modelo apresentado anteriormente de balancete anual, mas
com as respectivas notas e demais balancetes mensais, para tornar a prestação mais confiável.

Agora, ainda ocupando o papel de síndico ou administrador do condomínio, imagine que um dos condôminos
solicitou a você o balancete para que ele pudesse analisá-lo em sua casa/escritório. Qual é o procedimento
mais adequado nesse caso? Vejamos.

Você, administrador, tem o dever de prezar pela transparência, e o balancete também faz parte dessa
incumbência. Portanto, o caminho mais adequado seria entregar uma cópia (e não os originais) para esse
condômino. Assim ele poderá conferir as contas e, sobretudo, terá tempo razoável para isso, sem prejudicar
qualquer utilização dos documentos originais que você, como administrador, tenha que fazer. Lembre-se de
que é direito do condômino o acesso ao balancete e às contas de modo geral, mas isso deve ser feito de modo
que o interesse do condomínio seja primordial.

Dessa forma, o seu caminho profissional será de sucesso e você alcançará bons resultados.

VIDEOAULA:
Caro estudante, que tal revisar o conteúdo estudado até aqui de forma prática e objetiva? Chegou a hora do
nosso resumo de aula. Vamos falar um pouco sobre a importância do balancete para eventuais processos
judiciais e de que forma esse documento pode ser utilizado em possíveis cobranças, inclusive em relação à
administração do condomínio? Acompanhe!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Você sabia que um erro no balancete pode gerar responsabilidades para o síndico? Aprenda mais sobre o
assunto acessando o link a seguir: https://bit.ly/3Lwob4a.

Aula 3

INADIMPLÊNCIA
Prezado estudante, até agora, falamos sobre a prestação de contas de um modo geral,
perpassando por documentos fundamentais para a compreensão de como tal instituto ocorre
nos condomínios.
26 minutos

INTRODUÇÃO
Prezado estudante, até agora, falamos sobre a prestação de contas de um modo geral, perpassando por
documentos fundamentais para a compreensão de como tal instituto ocorre nos condomínios. Neste
momento, trataremos sobre a inadimplência, um fenômeno recorrente entre os condomínios e que merece
atenção, uma vez que exige do síndico e da administradora certa cautela na hora de agir. 

O objetivo desta aula é compreender o que é a inadimplência e de que modo ela ocorre, como se projeta uma
planilha demonstrando esse saldo devedor e quais os mecanismos adequados para conscientizar os
condôminos sobre a importância da inadimplência, além da forma mais adequada de cobrar as pendências
judicialmente. Leia com bastante cuidado e aprenda como lidar com essa situação no seu cotidiano laboral.

Bons estudos e lembre-se de que você é capaz de alcançar bons resultados!


A INADIMPLÊNCIA COMO FENÔMENO RECORRENTE DOS CONDOMÍNIOS:
COMPREENDENDO CONCEITOS
A inadimplência é um fenômeno inerente aos condomínios, que, inclusive, preveem mecanismos de proteção
a essa ocorrência. Antes de analisar a lei, precisamos compreender o que é, afinal, a inadimplência. De acordo
com o dicionário Dicio, a inadimplência é, em sua concepção básica, o “Descumprimento de uma obrigação
previamente acordada, especialmente relacionada com a falta de pagamento de uma dívida” (DICIO, 2021, [s.
p.]). Nesse sentido, a inadimplência dos condôminos nada mais é do que uma responsabilidade pecuniária
não cumprida por parte de quem a devia, estabelecida contratualmente ou mediante lei.

O art. 1.336 do Código Civil brasileiro dispõe acerca da responsabilidade dos condôminos em relação ao
pagamento de taxas condominiais. Vejamos: “Art. 1.336: São deveres do condômino: I - contribuir para as
despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção”
(BRASIL, 2002, [s. p.]).

Como estudamos em aulas anteriores, o pagamento dos valores condominiais serve para arcar com as
despesas ordinárias e extraordinárias. Nesse caso, tal pagamento compete aos próprios condôminos, que o
rateiam em sua devida proporção. Assim, aquele que mantém tais pagamentos em dia é denominado
adimplente. Logo, o inadimplente é o condômino que não está quite com suas obrigações em relação às taxas
condominiais.

Mas de que forma o pagamento é efetuado e como o condômino sabe qual é a sua cota-parte? A resposta
também é dada pelo Código Civil, em seu art. 1.334, inciso I, que predispõe o dever de constar na Convenção
“a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas
ordinárias e extraordinárias do condomínio” (BRASIL, 2002, [s. p.]). Assim, a Convenção Condominial, aquela
estabelecida pelos condôminos e votada por assembleia, determina quais são as despesas que devem ser
custeadas pelos próprios condôminos, sendo a referência para compreender como isso ocorre na prática.

A inadimplência gera impactos distintos ao condomínio, uma vez que transfere o ônus dos pagamentos aos
demais condôminos que estão com seu pagamento em dia. Esse é um problema recorrente nos condomínios,
que dispõem de mecanismos previstos em lei para cobrar os valores pendentes: são medidas judiciais ou
extrajudiciais (também chamadas de administrativas ou “acordos”), as quais exploraremos com mais
profundidade no próximo tópico.

Por isso, o papel do síndico/administrador é fundamental, uma vez que a conscientização é um dos
mecanismos utilizados para reduzir a inadimplência condominial. Isso porque o síndico auxilia nas medidas
administrativas para tentar chegar a um acordo de como ajustar a inadimplência, na intenção de que o
condômino possa ficar quite com suas obrigações estabelecidas na lei e na Convenção. Um mecanismo
importante é deixar claro que a inadimplência produz efeitos negativos ao condomínio, que pode, inclusive,
não conseguir cumprir com suas obrigações, como o pagamento de funcionários (portaria, manutenção,
limpeza, etc.), acumulando uma dívida grandiosa. Um bom síndico/administrador gera uma boa receita
condominial, com taxa de inadimplência baixa.

Como saber quem está inadimplente e, principalmente, quando isso se torna um risco para o condomínio?
Para tanto, é necessário calcular o percentual de inadimplência. Vejamos, a seguir, como fazer isso.

CALCULANDO A INADIMPLÊNCIA E RESPONSABILIZANDO O DEVEDOR


Chegou o momento de analisar de que forma podemos calcular os índices de inadimplência no condomínio.
Desde o início desta unidade, abordamos a necessidade de manter os documentos organizados, pois, dessa
forma, fica mais fácil de se trabalhar. Para calcular a inadimplência, não é diferente. 

Nos dias de hoje, os condomínios utilizam boleto bancário para cobrar as taxas condominiais, dispondo de
um relatório mensal de quem está ou não em quite com os pagamentos. Dessa forma, o próprio banco calcula
os juros e multas cabíveis, conforme os índices predispostos em lei. De acordo com o art. 1.336, parágrafo
primeiro, do Código Civil brasileiro, “O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros
moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento
sobre o débito” (BRASIL, 2002, [s. p.]).
Essa é uma alteração em relação ao Código Civil anterior, que previa uma multa maior do que 2% sobre o
débito existente, ficando a critério da Convenção. No entanto, é necessário tomar cuidado para não criar
abusos. Nesse sentido,

Operando a mora, sujeita o condômino faltoso ao pagamento dos juros de mora,


segundo previsão do estatuto condominial, que deve estar dentro do patamar previsto
no art. 406 do Código Civil, ou, no silêncio, de um por cento ao mês, e multa de 2%. A
adoção de multa igual à que se pratica nas relações de consumo é estímulo para
abusos, que a vida tem evidenciado todos os dias.
— (VIANA, 2009, p. 60).

Portanto, a lei estabeleceu um limite, evitando, assim, que abusos pudessem ser cometidos por síndicos ou
administradores, ainda que previstos na Convenção. Porém, mesmo diante do que é disposto em lei, na
prática existe certa dificuldade em calcular como se aplicam os juros, os quais acabam se tornando um
dilema. Vamos entender um pouco mais sobre isso? Vejamos, a seguir, como calcular esse percentual, que é
ferramenta básica para a prestação de contas.

Para calcular o índice de inadimplência mensal, basta dividir o número total de inadimplentes pelo número de
unidades existentes no condomínio, tendo seu resultado multiplicado por cem. Tal operação pode ser
representada na seguinte fórmula:
ú
n mero de unidades devedoras
Índice de inadimplência =
í
total de unidades do condom nio
= ×100

Entretanto, é preciso deixar claro que o juro mensal deve ser dividido por todos os dias do mês. Ou seja, se os
juros forem de 1% ao mês, estes devem ser divididos pelo número de dias que o condômino está em débito.
Nesse sentido, se houver 15 dias de atraso no pagamento, os juros recaem apenas sobre esses 15 dias, e não
sobre o mês completo. Mas não se preocupe, o banco que efetua a cobrança via boleto bancário fará esse
cálculo automaticamente. Porém, caso você não trabalhe com um banco diretamente, o cálculo deve ser feito
de forma manual, o que é um pouco mais trabalhoso, mas nada impossível.

O problema recorrente nos condomínios é: e se o condômino não quita tais valores, ainda que incidam multas
e juros? O primeiro caminho de praxe nos condomínios é um acordo, realizado entre o síndico/administradora
e o condômino em mora (quando não se cumpre uma obrigação no lugar, tempo e modo convencionado), no
qual este se compromete a pagar a dívida por meio de um reparcelamento dos valores devidos. Em regra, esse
caminho é bem-sucedido e pode ser uma boa saída para resolver os problemas. Mas lembre-se: tudo deve ser
documentado para evitar transtornos. Trata-se de uma solução extrajudicial, uma vez que ocorre na via
administrativa.

Contudo, é possível que, mesmo assim, o condômino não quitou suas pendências, trazendo prejuízos ao
condomínio. Então, torna-se viável uma resolução judicial, por meio da Ação de Execução, na qual o
condomínio cobra judicialmente os valores devidos (inclusive, juros e multas existentes). Isso porque tais
dívidas constituem título executivo extrajudicial, permitindo nesse tipo de ação, inclusive, a penhora de bens,
caso o devedor não pague no prazo estabelecido na decisão judicial.

Vejamos, na prática, como funciona o inadimplemento e a cobrança.

VERIFICANDO A INADIMPLÊNCIA: SITUAÇÃO PRÁTICA


Vamos analisar como funciona a inadimplência e seus desdobramentos em uma situação hipotética? 

Suponha que o condomínio tenha 150 (cento e cinquenta) unidades que devem pagar a taxa condominial e, em
determinado mês, haja a pendência de 10 (dez) unidades – ou seja, dez das unidades não pagaram a taxa de
condomínio prevista na Convenção Condominial, o que as torna inadimplentes nos termos propostos pelo
conceito visto nesta aula. Para compreender o índice de inadimplência do mês em questão, é preciso utilizar a
fórmula que acabamos de estudar. Basta pegar o número de unidades devedoras, dividir pelo número total de
unidades no condomínio e multiplicar o resultado por cem, conforme a demonstração a seguir:

Índice de inadimplência =
10

150
× 100 = 6, 6%
Assim, no nosso exemplo, o índice de inadimplência mensal é de 6,6%, com base nos dados que possuímos.
Lembre-se de que o índice de inadimplência deve ser seu aliado na hora de demonstrar aos condôminos, em
assembleia, a importância de manter os pagamentos em dia e, sobretudo, de pagar as despesas ordinárias e
extraordinárias, previstas em lei. A conscientização é um bom caminho para reduzir a inadimplência e
demonstrar os impactos negativos que esta pode causar.

Agora, suponha que um desses moradores queira quitar suas dívidas e vá até você, que atua como
administrador, para tentar resolver as pendências. Como citado anteriormente, o primeiro passo é buscar
compreender de que forma o condômino inadimplente pretende pagar suas taxas em atraso. Essa é uma
medida administrativa/extrajudicial e depende de prudência e razoabilidade. O próximo passo é estabelecer
um diálogo com o condômino e chegar a um consenso quanto aos valores.

É preciso fazer o adendo, nesse contexto, de que o valor referente à multa não é passível de alteração, haja
vista que este é estabelecido pela Convenção ou, na ausência de cláusula específica, pelo Código Civil.
Portanto, o que se discute administrativamente não é a cobrança da dívida em si (visto que cabe ao
condômino realizá-la judicialmente), mas sim as possibilidades de fazer um acordo para quitar tais débitos.

Com o consenso, deve ser realizado o cálculo nos termos dos valores de juros e multa previstos na Convenção
ou no Código Civil. De posse desses valores, é possível realizar o parcelamento, conforme modelo a seguir:

Figura 1 | Parcelamento de juros e multas

Fonte: elaborada pelo autor.

Como podemos observar na planilha apresentada, às pendências dizem respeito às parcelas já vencidas (por
isso, denominadas “ref.”, já que se referem a meses anteriores ao atual, no qual a planilha foi criada) e às
parcelas que ainda vencerão, portanto não incidindo multa e juros (estes passarão a incidir posteriormente,
quando vencer a data de pagamento). O nome “acordo” implica uma convenção entre devedor e condomínio
para as taxas condominiais atrasadas.

Agora, suponha que, mesmo com o parcelamento, o condômino inadimplente não tenha quitado suas
obrigações, devendo um valor ainda maior – considerando que sobre o valor devido incidem multa e juros de
mora. Nesse caso, você deve seguir para o próximo passo: a cobrança judicial. A ação cabível, conforme citado
anteriormente, é a ação de execução, valendo-se da falta de pagamento como título executivo extrajudicial.
Isto é, cabe ao condomínio demonstrar os valores devidos pelo condômino, para que possa efetivamente
cobrá-los perante o Poder Judiciário.

Trata-se de uma medida mais drástica, a qual deve ser tomada quando, preferencialmente, o acordo
extrajudicial – medida administrativa – restou infrutífero. Dessa forma, será necessária a presença de um
advogado para que a ação de execução ocorra, reduzindo a atuação do síndico/administrador depois que a
fase processual for iniciada. Lembre-se de que a penhora é cabível como meio alternativo para quitar as
dívidas condominiais. Cabe ao condomínio, posteriormente e preferencialmente em assembleia, decidir o que
fazer com os bens penhorados.

Portanto, é responsabilidade do condomínio atuar ativamente em relação à inadimplência e, por isso, deve-se
zelar pelo cuidado e profissionalismo. Fazendo isso, o seu caminho profissional será de sucesso e você
alcançará bons resultados.
VIDEOAULA:
Caro estudante, que tal revisar o conteúdo estudado até aqui de forma prática e objetiva? Chegou a hora do
nosso resumo de aula. Vamos dar destaque ao papel das garantidoras, na atualidade, em relação à cobrança
de taxas condominiais como meio de reduzir a inadimplência. Quer aprender um pouco mais? Acompanhe!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
De acordo com o Enunciado 505 da V Jornada de Direito Civil, a multa acima de 2% prevista no Código
Civil não confere uma suposta pontualidade ao pagador que paga em dia, mas configura fraude à lei.

Aprenda mais sobre o assunto acessando o link a seguir: https://bit.ly/3NxOTvn.

Aula 4

PLANILHA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS


Prezado estudante, até o momento, falamos sobre a prestação de contas de um modo geral,
perpassando por documentos fundamentais para a compreensão de como tal instituto ocorre
nos condomínios.
26 minutos

INTRODUÇÃO
Prezado estudante, até o momento, falamos sobre a prestação de contas de um modo geral, perpassando por
documentos fundamentais para a compreensão de como tal instituto ocorre nos condomínios. Para tanto,
aprendemos sobre diversos conceitos que, a partir de agora, servirão como base para elaborar uma planilha
profissional de prestação de contas. Tudo o que você estudou até aqui deverá ser utilizado, nesta aula, para
encerrar o nosso bloco de aprendizagem. 

O objetivo desta aula é compreender e elaborar uma planilha de prestação de contas, a fim de utilizá-la no
momento adequado durante a assembleia. Também veremos como usar esse documento em diversas
hipóteses existentes. Leia com bastante cuidado e aprenda como lidar com essa situação no seu cotidiano
laboral.

Boa leitura e lembre-se de que você é capaz de alcançar bons resultados!

INFORMAÇÕES RELEVANTES
Primeiramente, é preciso demonstrar, na própria legislação, o dever de prestar contas e a quem compete essa
tarefa. O Código Civil brasileiro, em seu art. 1.348, inciso VIII, determina que compete ao síndico “prestar
contas à assembleia, anualmente e quando exigidas” (BRASIL, 2002, [s. p.]). Desse modo, a legislação incumbe
ao síndico o dever de prestar as contas do condomínio, visto que é ele quem tem a responsabilidade de
administrar esse espaço.

Na atualidade, também é comum que administradoras deem assistência ao síndico nessa função. É nesse
ponto que a atuação profissional de qualidade é relevante, uma vez que contribui para as atividades do
cotidiano dos condomínios. Lembre-se, ainda, de que a prestação de contas perpassa pela aprovação do
Conselho Fiscal, conforme visto em aulas anteriores. Logo, a prestação de contas é um esforço conjunto de
diversos membros que compõem toda a estrutura dos condomínios e, por isso, depende da boa atuação de
cada um deles.

A legislação determina que a prestação de contas ocorre não somente uma vez ao ano, em assembleia, mas
também nos momentos em que for exigido. Por isso, é muito importante que a organização seja uma aliada
na criação da planilha, visto que ela contribui para um trabalho bem feito. Portanto, mantenha sempre as
pastas em dia e com os seus respectivos comprovantes. Tal pasta pode ser física ou digital, de modo que esse
documento possa ser compartilhado on-line com todos os condôminos – sem que seja possível fazer
alterações, é claro, pois isso pode gerar alguma mudança desnecessária no arquivo. Lembre-se que esse é um
direito do condômino, que pode solicitar a prestação de contas físicas a qualquer momento – a praxe é de que
o pedido seja realizado com antecedência. Além disso, as pastas físicas devem ser conferidas no local onde
ficam armazenadas e com a presença do síndico.

Em regra geral, a planilha de prestação de contas contém os arquivos que estudamos até agora. Desse modo,
elencamos, a seguir, os itens que obrigatoriamente devem constar nesse documento: 

• Relatório de receitas (contendo todos os recebimentos e rendas advindas do condomínio em duas espécies,
tais como uso de espaço comum, multas, etc.).

•  Relatório de despesas (contendo os gastos em geral do condomínio, sejam ordinários ou extraordinários).

•  Relatório de inadimplência (contendo todos os condôminos que estão em débito com o condomínio, bem
como os juros e multas aplicáveis em virtude do atraso).

•  Balancete (contendo o saldo inicial e final mensal e anual, para fins de verificar as alterações de caixa no
condomínio).

Esses são considerados os itens básicos da planilha de prestação de contas, mas a elaboração desse
documento pode variar dependendo do condomínio e da prestação de contas existentes. A lei não contempla
quais são os dados necessários à planilha, mas essas informações são válidas para que a prestação de contas
ocorra de forma correta. Vejamos, em seguida, como construir essa planilha.

PLANILHA PROFISSIONAL
De posse das informações básicas acerca do que deve constar em uma planilha de condomínio, chega o
momento de relembrar como construir a planilha de prestação de contas. Para tanto, vamos retomar alguns
dos pontos das aulas anteriores sobre os itens básicos que compõem esse documento. Diante disso,
dividiremos a planilha em diversas partes e, ao final, apresentaremos um desenho geral dela, juntando todos
os seus componentes. Assim será possível apresentar a planilha de forma didática, permitindo que você tenha
uma fácil visualização. 

Em primeiro lugar, a planilha de prestação de contas deve conter sua descrição básica, ou seja, o nome do
condomínio, quem é o responsável (nesse campo, pode-se inserir o nome do síndico ou da administradora), e-
mail e telefone para contato. Além disso, deve constar, inicialmente, o saldo total do caixa – como se fosse
uma espécie de adiantamento do total de verba que o caixa possui, depreendido de todas as contas existentes
na planilha; por isso, deve ser preenchido ao final. Vejamos o exemplo:

Quadro 1 | Descrição básica de planilha de prestação de contas

Planilha Financeira do Condomínio: CONDOMÍNIO PEDAÇO DO CÉU

Responsável:

E-mail: Telefone:

Mês: Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

Saldo Total (Caixa) Aqui aparece resumido o saldo do caixa do condomínio

Fonte: elaborada pelo autor.

Em seguida, a planilha deve conter as receitas condominiais. Desse modo, é importante, nessa etapa, elencar
todas as receitas advindas do condomínio, como multas, aluguéis de espaços, contas atrasadas que foram
pagas no mês, entre outras informações que variam de condomínio para condomínio. Esses dados devem
estar bem detalhados para que todos os condôminos possam acessá-los. Vejamos o exemplo a seguir:

Quadro 2 | Receitas condominiais na planilha de prestação de contas


RECEITAS

Cotas atrasadas Coloque aqui as receitas do condomínio no mês. Caso você preencha a aba "Taxa de
pagas neste mês Condomínio" com os valores das cotas condominiais, a linha "Cotas Condominiais"
será preenchida automaticamente aqui.
Cotas condominiais

Cotas antecipadas

Aluguéis de espaços

Multas arrecadadas

Outros

Fonte: elaborada pelo autor.

Podemos, ainda, inserir outra aba na planilha de prestação de contas, denominada “outras receitas” ou “outras
contas”, trazendo os saldos existentes advindos de contas, fundo de reserva, etc. É possível que tudo isso
esteja englobado no campo anterior, a critério de cada condomínio na sua elaboração.

Após as receitas, a planilha deve conter as despesas, ou seja, tudo aquilo que o condomínio gastou ao longo
do tempo em que consta a prestação de contas. Essas despesas podem ser fixas (abrangendo todas as
despesas que não mudam ao longo do ano, como salário dos porteiros e impostos) e despesas variáveis (que
mudam mensalmente, pois são contas que se modificam conforme o consumo, como água, gás, telefone,
etc.). Além disso, é de praxe inserir na planilha despesas extras, que são aquelas denominadas extraordinárias,
vistas nas aulas anteriores, as quais ocorrem esporadicamente e não fazem parte da rotina do condomínio,
como obras e reparos. Vejamos o modelo a seguir:

Quadro 3 | Despesas na planilha de prestação de contas

DESPESAS FIXAS

Folha de Pagamento

Impostos

Contratos fixos

Honorários
São as despesas que ocorrem todos os meses com o mesmo valor
Seguros

Administrativo

Diversos

Outras

automaticamente.

Se precisar adicionar uma nova despesa fixa, basta inserir uma nova linha que a
planilha será atualizada automaticamente.

DESPESAS VARIÁVEIS
Água

Luz

Gás São as despesas que ocorrem todos os meses, porém o valor é variável

Telefone

Manutenção

Se precisar adicionar uma nova despesa variável, basta inserir uma nova linha que
a planilha será atualizada automaticamente.

DESPESAS EXTRAS

Obras

Elevadores
São as despesas que ocorrem todos os meses, porém o valor é variável
Consertos

Outros

Se precisar adicionar uma nova despesa extra, basta inserir uma nova linha que a
planilha será atualizada automaticamente.

Fonte: elaborada pelo autor.

De posse dos dados anteriores, é possível inserir o balancete na planilha, tema estudado nas nossas aulas,
que traz o saldo inicial e final de acordo com as receitas e despesas. Vejamos:

Quadro 4 | Balancete na planilha de prestação de contas

SALDO DETALHADO - BALANCETE

Receitas Saldo por tipo de receita/despesa.

Outras contas

Despesas fixas

Despesas
variáveis

Despesas extras

Saldo do mês Saldo do mês atual, sem considerar o caixa dos meses anteriores.

SALDO ATUAL É o valor total que o condomínio possui, considerando o histórico dos meses
anteriores.

Fonte: elaborada pelo autor.

Por fim, a planilha deve conter o relatório de inadimplência, que apresenta todos os valores devidos pelos
condôminos em relação ao pagamento da taxa condominial. A sugestão, para esse campo, é não inserir as
negociações extrajudiciais ou administrativas feitas entre síndico e condômino. Recomenda-se que esse tipo
de ajuste seja relatado na etapa de “receitas”. Nessa fase, o importante é registrar a inadimplência por si só,
conforme o modelo a seguir:

5 | Relatório de inadimplência na planilha de prestação de contas


INADIMPLÊNCIA

Valor das cotas em atraso do


mês anterior

Valor das cotas em atraso pagas


este mês

Valor de todas as cotas emitidas Valor de TODAS AS COTAS de condomínio emitidas no mês.
este mês

Valor das cotas não pagas este


mês

Índice de inadimplência do mês

Valor total de inadimplência É a soma das cotas ainda em atraso dos meses anteriores + o valor das
cotas não pagas no mês atual.

Fonte: elaborada pelo autor.

Com isso, temos a nossa planilha profissional, contendo todas as informações necessárias para a prestação de
contas. Basta juntar todos esses modelos e formar a planilha final. Utilize a ferramenta do Excel, uma vez que
ela contribui para que a prestação de contas seja bem produzida.

POSSIBILIDADES DE ACESSOS
As contas, conforme dispõe a lei, devem ser prestadas anualmente ou quando solicitadas. O Código Civil
brasileiro determina que a prestação de contas pode ser requisitada a qualquer momento, ampliando as
hipóteses de acesso ao documento. A Lei nº 4.591 de 1964 – a Lei dos Condomínios –, em seu art. 22, parágrafo
primeiro, trata das competências do síndico, inserindo, em seu rol de responsabilidades, o dever de prestar
contas ao condomínio. A lei, portanto, deixou a questão aberta, cabendo ao Código Civil – legislação mais
recente – abordar as situações em que isso deve ocorrer.

O fato é que o Código Civil ampliou oportunidades ao determinar que o síndico deve prestar contas quando
solicitado. Partindo para a práxis, o cotidiano dos condomínios tem como conduta o compartilhamento de
pastas on-line. Isso facilita o acesso à planilha e permite que todos os moradores consigam visualizá-la sem
maiores dificuldades, facilitando a vida do condômino e do síndico. Nas administradoras de condomínios,
também é comum o acesso por meio de aplicativos (com login e senha), oferecendo aos condôminos uma
forma de verificar a planilha quando desejarem. O meio eletrônico é uma boa ferramenta para prestar contas
de forma ágil e adequada.

Contudo, é importante deixar claro que o fato de existir uma planilha on-line não isenta o síndico da obrigação
de manter os documentos físicos. É sempre importante que prevaleça a organização, tema do qual temos
falado desde o início desta unidade. Guardar pastas com suas respectivas finalidades e comprovantes é
fundamental para que o acesso se dê da maneira mais ágil possível.

Vale destacar, ainda, que a planilha de prestação de contas é uma ferramenta comum em ações judiciais,
dentre as quais podemos citar a ação de execução por falta de pagamento de taxa condominial – a
inadimplência do condômino. Cabe ao síndico/administradora demonstrar o débito e, para isso, a prestação
de contas se torna uma grande aliada. 

Além disso, ações que se voltam contra o condomínio também dependem de uma planilha de prestação de
contas organizada. Imagine uma situação hipotética em que o condômino questione as informações da
planilha, alegando fraude ou algum tipo de desvio de receitas? É primordial que toda a documentação esteja
adequada, já que o juiz pode solicitar os documentos a qualquer momento, submetendo-os, inclusive, à
perícia técnica para apurar eventuais irregularidades. 
Por fim, é importante salientar que a planilha de prestação de contas também é um mecanismo de
organização do condomínio para os próximos períodos – serve para verificar as receitas, despesas e em quais
aspectos o condomínio tem “errado” mais, gastado mais ou investido menos. É uma espécie de raio X do
condomínio edilício e, portanto, depende de uma boa estruturação. Por isso, mantenha a planilha atualizada e
instruída com todos os documentos possíveis, pois, assim, quando solicitada, ela estará disponível de maneira
apropriada.

VIDEOAULA:
Caro estudante, que tal revisar o conteúdo estudado até aqui de forma prática e objetiva? Chegou a hora do
nosso resumo de aula. Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre os condomínios e as múltiplas tarefas
envolvendo a prestação de contas. Quer aprender um pouco mais? Acompanhe!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
A planilha de prestação de contas deve ser detalhada e organizada, impedindo, assim, que o síndico seja
responsabilizado por irregularidades ou falta de informações. O uso abusivo de gastos no condomínio
pode gerar ação judicial que, inclusive, obrigue o síndico a ressarcir verbas mal utilizadas. Nesse sentido,
acompanhe, no material indicado, a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que condenou um
síndico a ressarcir o condomínio por utilizar as receitas condominiais de forma inadequada, baseando-se
na planilha de prestação de contas. 

Para saber mais, acesse o link a seguir: https://bit.ly/3iUFEHe.

REFERÊNCIAS
5  minutos

Aula 1
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Aula 2
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Aula 3
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