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PORTO VELHO – RO - BRASIL

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@SEU_CONTADOR_

MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ANALISTA FISCAL

COM FOCO EM EMPRESAS DO SIMPLES NACIONAL

Autor.: André Luiz Alves de Carvalho


Contador e Consultor empresarial
CRC-RO 008518

I. OBJETIVO

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A André Carvalho Consultor Empresarial, preparou o presente manual para formar e instruir
profissionais que queiram trabalhar na área fiscal, com o objetivo de:

● Auxiliá-los nós padrões utilizados no escritório contábil ou contabilidade interna;


● Estabelecer alguns procedimentos básicos no trato da documentação fiscal processada;
● Descrever de forma simples sobre alguns assuntos de natureza fiscal;
● Alertar sobre alguns cuidados que os analistas fiscais devem tomar com relação a alguns
assuntos;
● Orientar os analistas fiscais sobre assuntos específicos;

Em nosso entendimento, este trabalho ajuda de forma significativa na racionalização dos


serviços que são prestados pelos escritórios terceirizado e também na contabilidade interna,
aumentam o grau de controle interno do escritório ou empresa que mantém contabilidade
interna, beneficiando o colaborador no aprendizado e na seqüência os serviços propostos.

Enfatizamos que os assuntos foram descritos de forma NÃO exaustiva e sempre que
necessário, os alunos devem questionar o Ministrante do curso sobre temas que não ficaram
entendidos, para aprofundar a abordagem ou mesmo discutir sobre temas eventualmente não
contemplados na versão atual desse manual.

Esperamos que este trabalho seja de bastante utilidade aos nossos Alunos e Colaboradores.
Comentários e sugestões serão bem aceitas para o aprimoramento deste manual.

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II. DEPARTAMENTO FISCAL E SUAS RESPONSABILIDADES

1. PERFIL DO ANALISTA FISCAL

O serviço contábil requer do profissional muita dedicação, ambiente de trabalho adequado para
desenvolvimento de sua atividade. Sua especialização na área fiscal e de tributos traça um
perfil desse profissional que precisa ter um feeling para prever e buscar muitas informações e
estar sempre atualizado com a legislação.

O analista fiscal precisa ser:

● Responsável;
● Comprometido;
● Concentrado;
● Bom em argumentações;
● Estudioso;
● Leitor;

O analista fiscal precisa evitar:

● Distrações no ambiente de trabalho (Redes sociais, conversas com colegas que


deixem de lado suas obrigações);
● Perder prazos (As multas por perdas de prazos são severas, e que custeia isso e o
escritório);

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● Tempo excessivo de trabalho sem pausa para descanso (o descanso e essencial
para um bom aproveitamento no ambiente de trabalho, o corpo relaxado e a mente
descansada fazem com que possamos produzir mais);
● Discussão com clientes (Sempre buscar diálogo sem retrucar, pois, você e o
técnico e o cliente e o leigo, e o leigo sempre tende a querer saber de mais, nossa
função e explicar e contornar a situação e não deixar o fato pior);

2. O QUE É DEPARTAMENTO FISCAL

O departamento fiscal envolve uma das áreas mais delicadas de uma empresa, pois envolve
toda a tributação a qual a empresa está sujeita e pode acarretar em fiscalização e autos de
infração.

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Para evitar problemas presentes e futuros para nossos clientes, trabalhamos incessantemente
em prol de deixar toda essa área em ordem para nossos clientes. Por isso temos que estar em
constante atualização profissional através de cursos e estudo semanal aprofundado de
alterações na legislação, nosso ano tem que ser marcado por profissionalismo e compromisso
para com nossos clientes, e isso quer dizer que temos que fazer treinamento e cursos que
agregaram valor na nossa prestação de serviços, encararmos isso como investimento e não
custo.

3. SERVIÇOS DO DEPARTAMENTO FISCAL

Enquadramento da Empresa no Regime Tributário Adequado

Hoje a legislação federal tributária nós da a condição de 3 regimes de tributação são eles,
SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL, no momento da constituição
da empresa, departamento de legalização e departamento fiscal devem trabalhar juntos para
que a empresa seja enquadrada corretamente, ex: Caso uma empresa queira optar pelo
SIMPLES NACIONAL, mais no momento da constituição e indicada no seu ato constitutivo
uma atividade impeditiva, isso implicara na não aprovação por esse regime.

Com isso percebemos o quanto e importante um enquadramento feito com um estudo tributário
bem embasado. Algumas atividades são obrigadas a tributar por certo tipo de regime tributário,
fora essa exigibilidade da Legislação Federal, a empresa tem livre árbitro para tributar pelo
regime que lhe e mais favorável, aquele em que a empresa pagará menos impostos no geral.

1. Apuração de Impostos

O cálculo dos impostos é feito de acordo com o faturamento e receitas auferidas durante o
mês. Cada tributo tem seu cálculo especifico, divergindo em base de cálculo e alíquota. Ao
receber o movimento fiscal de uma empresa o analista fiscal deverá verificar se a
documentação está todo de acordo, se está em ordem cronológica, caso não esteja de acordo
enviar uma notificação para o cliente, deixando ciente da situação irregular e solicitar
documentos faltantes. Após a finalização dos lançamentos fiscais, gerar os relatórios para
apuração dos impostos e envio das guias para os clientes, com antecedência, para que o
cliente possa se programar.
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2. Escrituração Fiscal

Como parte de obrigação estadual


estão os livros da empresa. Toda
empresa deve manter sua escrituração fiscal em dia e, ao final de cada exercício, manter a
guarda dos livros de forma eletrônica, para caso seja exigido pela fiscalização, posso imprimir e
entregar para o fisco, exceto quando a empresa não e do simples, pois não sendo já envia os
livros mensalmente para o fisco através do SPED FISCAL. E para tanto, o analista fiscal tem
que trabalhar para manter a obrigação em dia e, numa eventual fiscalização, a empresa terá
toda documentação em ordem, ou na pior das hipóteses a troca de escritório de contabilidade,
onde precisar passar todas as informações de forma atualizada.

2.1. Prática Fiscal

Os lançamentos fiscais e um serviço de muita responsabilidade e que requer muita atenção ao


analista fiscal, pois cada empresa tem sua particularidade de lançamentos. Mais por outro lado
empresas que tem o mesmo ramo de atividade e o mesmo regime de tributação terão muitos
lançamentos em comum e isso que vamos ver daqui para a frente.

2.2. Principais documentos fiscais

Os documentos fiscais são aqueles que a emissão precisa de prévia autorização do órgão
fiscalizador.
Ex: Nota Fiscal Série 01 – Modelo 65, venda ao consumidor final, precisa de prévia
autorização do fisco estadual para sua emissão pela empresa comercial.

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A nota fiscal de Consumidor eletrônica – Modelo 65 foi instituída Ajuste Sinief 19/2016,
substituído a ECF – Emissor de Cupom fiscal e também a NF Modelo D1, que eram feitas
em gráficas, e o preenchimento era manual.
.
Outro documento fiscal também existente no dia a dia de uma empresa do ramo comercial e a
Nota Fiscal Eletrônica modelo 55, acompanhada da DANFE - Documento Auxiliar da Nota
Fiscal Eletrônica.

Aí você pergunta, mais porque existe a DANFE?

Muitos confundem a DANFE com a nota fiscal eletrônica, a DANFE e apenas um documento
para acompanhar a mercadoria, pois a nota fiscal mesmo em forma de XML (é a sigla para
Extensible Markup Language, que significa em português Linguagem Extensível de Marcação Genérica), já foi
enviada ao fisco e também pode ser enviada ao cliente, seu envio e obrigatório para o
escritório de contabilidade para que o analista faça a importação para o sistema fiscal.

Anotações:__________________________________________________________________
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Prática:

O que é uma DANFE?

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O que é uma XML?

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DANFE - DOCUMENTO PARA ACOMPANHAR A MERCADORIA E PRODUTOS

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Vimos até agora dois dos principais documentos emitidos por uma empresa comercial para
garantir regularidade nas suas transações comerciais.

Para empresas industriais será usado apenas a NOTA FISCAL ELETRÔNICA, pois indústria
vende apenas em grande escala para distribuidores, sendo assim ela não emite nota fiscal
para consumidor final, no caso da NFC-e.

Temos também as empresas que são prestadoras de serviços, para essas empresas existe
documento fiscal especifico que precisa de prévia autorização da prefeitura municipal de onde
a empresa está instalada, no nosso caso vamos falar da prefeitura municipal de Porto Velho -
RO.

Em Porto Velho, já existe a NFS-e, com acesso no portal da semfazonline.com, onde o cliente
vai acessar usando sua Inscrição Municipal, CPF e senha.

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O exemplo acima e uma nota fiscal real, tirada pelo meu escritório de Assessoria empresarial,
a Carvalho Assessoria!

A empresa para se credenciar a emitir nota fiscal de serviços eletrônica, precisa ter os
seguintes requisitos:
✔ Ter ao menos uma atividade de prestador de serviço em seu cartão de CNPJ;
✔ Ter cadastro na prefeitura, emitir sua inscrição municipal;
✔ Cadastrar login e senha no SIEL (sistema criado pela prefeitura)

Anotações:__________________________________________________________________
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Prática:

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Uma empresa industrial, deve emitir qual documento fiscal? Assinale a alternativa
correta.

( ) NF-e
( ) NFC-e
( ) NFS-e

Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-e – Modelo 57, O Ajuste SINIEF


9/2007, alterado pelos Ajustes SINIEF 10/2008, 04/2009 e 8/2012 instituiu o Conhecimento de
Transporte Eletrônico - CT-e, modelo 57, e o Documento Auxiliar do Conhecimento de
Transporte Eletrônico- DACTE.

Quem está obrigado a emissão? Toda empresa que preste serviço de transporte de carga,
seja ele intermunicipal ou interestadual.

Ex: Transporte de carga de Porto Velho – RO para Vilhena – RO (intermunicipal)


Transporte de carga de PortoVelho – RO para Belém-PA (interestadual)

Quando o transporte foi intramunicipal, a nota fiscal tem que ser de serviço, pagando assim o
ISS.
Ex: Transporte de Carga dentro do Município de Porto Velho.

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Modelo de DACTE – Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Elêtronico.

2.3. - Lançamento Fiscal empresa Optante do Simples Nacional

Vamos agora mostrar um simples passo a passo para lançamento dos seguintes documentos
fiscais que vimos agora a pouco. Sabemos que as empresas comerciais precisam compra
produtos para revender, isso e uma prática normal, então logo sabemos que além das notas
fiscais de venda vamos lançar também as notas fiscais de compra, sempre orientando ao
cliente que evite um valor excessivo de compra, sendo que ele saberá que não alcançara uma
venda muito alta evitando assim inflar demais o estoque da empresa, evitando fiscalização
através do VAF - Valor Adicionado Fiscal.

Nota: quando falamos em orientar o cliente, para a quantidade mercadoria adquirida para
revenda, e que o aceitável e que nós primeiros 3 á 6 meses de vida da empresa, em alguns
meses tenha sua compra > maior que sua > venda! Isso se dá pelo fato de empresa está
compondo seu estoque, depois disse a normal o natural e que as vendas sejam sempre mais
altas do que as compras!

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Dica: Sempre indique seu cliente a emitir nota fiscal de tudo, principalmente das vendas
passadas no cartão de crédito ou débito, pois as operadoras de cartão são obrigadas a
informar para o fisco (receita federal e Sefaz) os valores passados. Logo, se o cliente emitir
por exemplo R$ 1.000,00 reais de nota fiscal e passou R$ 2.000,00 reais em cartão, ele
vai cair na malha fina dos cartões, pois o fisco entende que seu faturamento foi R$ 2.000
e não R$ 1.000,00, e ele e obrigado a retificar sua apuração.

2.3.1. - Lançando a nota fiscal Modelo 65 Série 01 – NFC-e.

A nota NFC-e e muito simples para ser lançada, ainda mais por empresa optante do simples
nacional, primeiro por não ser obrigatório lançar para quem foi emitido tal documento, pois a
preenchimento do CPF e opcional pelo cliente final, só temos que observar se a sequência
cronológica está sendo obedecida.

Os principais aspectos a serem observados são:

⮚ CFOP - Código fiscal de operação;

O mais usado por empresas do simples são:

⮚ 5.102 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros (venda dentro do


estado);
⮚ 6.102 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros (venda fora do estado);
⮚ 5.403 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros (Produtos com
Substituição Tributária de ICMS sendo que a empresa que emitiu e o substituto do
ICMS);
⮚ 5.405 – Venda de mercadoria adquirida ou recebido de terceiros (Produtos com ST de
ICMS sendo que a empresa que está vendando e a substituída, ou seja, está vendo um
produto que já sofreu retenção de ICMS nas operações anteriores, então quando ele
revender não precisa mais destacar o imposto).

⮚ CSOSN - Código de Situação da operação do Simples Nacional;

O mais usado por empresas do simples são:


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⮚ 101 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito (Classificam-se neste
código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS devido no Simples Nacional
e o valor do crédito correspondente.);

⮚ 102 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito- Classificam-se neste
código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples
Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203,
300, 400, 500 e 900.

⮚ 201 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS
por substituição tributária (Classificam-se neste código as operações que não permitem a
indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não
estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900, e com cobrança
do ICMS por substituição tributária.)

⮚ 202 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS
por substituição tributária (Classificam-se neste código as operações que não permitem a
indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não
estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900, e com cobrança
do ICMS por substituição tributária.)

⮚ 500 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por


antecipação (Classificam-se neste código as operações sujeitas exclusivamente ao regime de
substituição tributária na condição de substituído tributário ou no caso de antecipações.)

⮚ 900 – Outros (Classificam-se neste código as demais operações que não se enquadrem nos
códigos 101, 102, 103, 201, 202, 203, 300, 400 e 500.)

⮚ Atentar-se também a data de emissão do NFC-e, se realmente e uma data que está
dentro do mês do lançamento

NCM – Nomenclatura Comercial do Mercosul - é um sistema ordenado que permite,


pela aplicação de regras e procedimentos próprios, determinar um único código
numérico para uma dada mercadoria. Esse código, uma vez conhecido, passa a
representar a própria mercadoria.

Qual é a utilidade da NCM?

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A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é fundamental para determinar os
tributos envolvidos nas operações de comércio exterior e de saída de produtos
industrializados.
Além disso, a NCM é base para o estabelecimento de direitos de defesa comercial,
sendo também utilizada no âmbito do ICMS, na valoração aduaneira, em dados
estatísticos de importação e exportação, na identificação de mercadorias para efeitos de
regimes aduaneiros especiais, de tratamentos administrativos, de licença de importação,
etc.

O que é o código NCM de uma mercadoria?


A NCM contém pouco mais de 10.000 códigos, sendo que seus códigos de 8 dígitos são
chamados comumente de "Códigos NCM", pois são os que definem as alíquotas de
impostos no comércio exterior e de diversos tributos internos nas operações com
mercadorias, entre outras utilizações.

VEJA ABAIXO EXEMPLO!

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Ajude seu cliente: uma classificação do produto que o empresário vende e de suma
importância para que ele não acabe pagando impostos que não são devidos, e isso serve ao
contrário também, deixar de pagar impostos que são devidos, mais que por uma classificação
incorreta, acabou deixando passar, gerando assim possibilidade do fisco submeter a empresa a
auto de infração, e pagamento retroativo de impostos.
E nossa função como contador / analista fiscal, participar desse momento de construção dessa
classificação junto ao seu cliente, pois ele não tem expertise no assunto, você sim e o
profissional da área.

Imagina a seguinte situação hipotética: 🡪

A empresa EXEMPLO LTDA, e uma empresa comercial que compra produtos


–REFRIGERANTES - sujeitos a ICMS-ST, onde o ICMS e recolhido na indústria até o
consumidor final, sendo assim ela não precisa mais pagar o ICMS desse produto quando fizer

a venda para seu cliente consumidor final, mais por um erro de cadastro do produto conforme
parametrização abaixo:
CFOP: 5.102 – venda tributada integralmente – sendo que o correto seria 5.405 (Venda
tributada, com ICMS-ST paga anteriormente)
CSOSN - 102 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito, onde o correto seria 500 -
ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por antecipação

Considerando uma
compra de R$ 1.000,00 (um mil reais) e uma
venda desse produto por R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) sendo tributado a uma
alíquota de 4% o valor pago de impostos pelo simples nacional e igual R$ 60,00

considerando que o percentual do ICMS e de 1,36% a empresa teria que pagar somente a diferença já
que o ICMS foi recolhido pela indústria. Sendo assim ficaria dessa forma:

4% - 1,25% = 2,64% - pagando assim um valor de imposto efetivo de R$ 39,60

Cliente teria uma economia de R$ 20,40

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No exemplo que fizemos e mais para elucidar o seu entendimento, agora imagina isso com um
volume maior de compra e venda, quanto no final de cada ano calendário o seu cliente vai
pagar a mais de imposto sem necessidade, tudo isso por falta de uma orientação simples, e o
pior de falta de atenção no momento do registro fiscal feito por você ou sua equipe.

Nota: Lembre-se que o lançamento independente do sistema contábil que seu escritório usa,
vai ser solicitado os mesmos dados! Outra coisa importante e que hoje praticamente 99% dos
escritórios importam o XML (lembra?) Direto para o sistema, fazendo com o analista do setor
fiscal, tenha apenas que conferir se os dados estão corretos (como se fosse uma
miniauditoria), então por isso e importante saber sobre o que estamos falando, pois a
tecnologia substitui o trabalho manual, mais não o conhecimento empírico.

Anotações:__________________________________________________________________
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2.3.3. - Lançando a nota fiscal Modelo 55 NF-e Série 01

A nota fiscal eletrônica tem duas formas de efetuar seu lançamento, a primeira e com o DANFE
em mãos de forma manual (praticamente extinta), e a segunda e com o XML enviando pelo
cliente (como disse na nota acima, praticamente 99% dos escritórios fazem isso, se não
fazem precisam se atualizar rápido), fazendo a importação para o sistema fiscal, deixando
claro que a importação não extingue a conferencia feita pelo analista fiscal, pois no
momento da importação pode vim algum dado errado ou algum dado importante que não foi
importado.

Nota: caso encontre algum dado que foi importado errado, pelo fato de ter sido preenchido
errado pelo cliente, anote e instrua o cliente a fazer o correto da próxima vez, e corrija o
lançamento dentro do sistema! Um dado incorreto pode acarretar grandes prejuízos.

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Já neste tipo de documento e obrigatório o cadastro do cliente, que podemos chamar também
de destinatário, sem essa informação a sefaz não irá autorizar a emissão da nota fiscal
eletrônica.

Os principais aspectos a serem observados são:

⮚ Dados do destinatário:

Os dados do destinatário pode ser tanto PF (CPF) e PJ (CNPJ), onde também constara seu
endereço, onde terá que ser cadastrado no sistema fiscal.

⮚ CFOP - Código fiscal de operação;

O mais usado por empresas do simples são:

⮚ 5.102 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros (venda dentro do


estado);
⮚ 6.102 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros (venda fora do estado);
⮚ 5.403 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros (Produtos com
Substituição Tributária de ICMS);
⮚ 5.405 – Venda de mercadoria adquirida ou recebido de terceiros (Produtos com ST de
ICMS sendo que a empresa que está vendando e a substituída, ou seja, está vendo um
produto que já sofreu retenção de ICMS nas operações anteriores, então quando ele
revender não precisa mais destacar o imposto)
⮚ 5.152 - Transferência de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros (Matriz e filial
dentro do estado);
⮚ 6.152 - Transferência de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros (Matriz e filial de
estados diferentes);

⮚ CSOSN - Código de Situação da operação do Simples Nacional;

O mais usado por empresas do simples são:

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⮚ 101 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito (Classificam-se neste
código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS devido no Simples Nacional
e o valor do crédito correspondente.);

⮚ 102 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito- Classificam-se neste
código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples
Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203,
300, 400, 500 e 900.

⮚ Não esqueça também de verificar a classificação correta da NCM

⮚ Atentar-se também a data de emissão do NF-e, se realmente e uma data que está
dentro do mês do lançamento

Ex: Empresa constituída recentemente onde faturamento ainda não ultrapassou R$


180.000,00, sua alíquota inicial no SIMPLES NACIONAL E 4%, sendo 1,36% e de ICMS, ela
faz uma venda de R$ 100.000,00 para uma empresa que não é optante do simples, e que pode
se creditar de ICMS, então no campo informações adicionar a empresa do simples colocara os
seguintes dizeres.

Esse crédito poderá ser usado pela empresa adquirente no momento da apuração dos seus
impostos, em 2006 quando se iniciou efetivamente o simples nacional as empresas do simples
não geravam crédito de ICMS, com a perca de mercado devido a essa incompatibilidade, pois
nenhuma empresa de grande porte do regime normal, queria comprar do simples nacional, pois
não obtinha nada de crédito na compra, o governo percebendo isso deu essa margem para
que o crédito seja gerado proporcional ao pagamento do ICMS no simples nacional.

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2.3.4. - Lançando a nota fiscal de Serviço Eletrônica;

A nota fiscal de serviço também tem suas particularidades, ele obrigatoriamente terá que ter o
cadastro do tomador do serviço, seja ele pessoa física ou jurídica, a não ser que a empresa
prestadora, tem alguma particularidade na sua atividade, Exemplo:

- Uma escola de ensinos dificilmente os clientes, irão pedir nota fiscal de serviço, então
nesse sentido a prefeitura autoriza através de um cadastro de regime especial que a
empresa faça nota fiscal com CLIENTE DIVERSOS, e CPF: 000.000.000-00, emitindo
apenas 1 nota fiscal por mês, ficando regular com seu faturamento fiscal.
Os principais aspectos a serem observados são:

⮚ Dados do destinatário:

Os dados do destinatário pode ser tanto PF (CPF) e PJ (CNPJ), onde também constara seu
endereço, onde terá que ser cadastrado no sistema fiscal, hoje ficara mais simples conseguir
esses dados pois com o advento da tecnologia e da NFS-e, a empresa precisam cadastras os
dados corretamente, coisa que não acontecia antigamente, onde vinham notas com dados
faltantes, dificultando assim o trabalho do analista fiscal.

Hoje com o advento da NFS-e, também consegue-se fazer a importação do arquivo XML,
verifique se seu sistema contábil faz essa importação, e muito importante ter isso lançado no
seu sistema fiscal, para gerar o livro de ISS, mesmo sua empresa sendo do simples. O legal e
que tudo lançando no fiscal, pode ser importado para o sistema de contabilidade, onde o
analista do setor contábil, irá apenas conciliar as informações, essa integração entre fiscal e
contábil e extremamente importante.

Nota: Esteja sempre em harmoniza com o setor contábil, vocês precisam um do outro para
terem informações tempestivas e fidedignas das empresas na qual estão fazendo os relatórios
mensais.

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Nesse caso a função do analista fiscal, vai ser verificar a ordem de emissão dessas notas,
verificar se o tipo de serviço executado se encontra da relação de atividades que está no CNPJ
da empresa, se as retenções estão de acordo com a legislação, para juntar esse faturamento
com o de comércio para cálculo do simples, caso a empresa pratique venda de produtos como
prestação de serviços.

Nota:
Empresas optantes
pelo simples, podem
sofrer retenção de ISS

2.3.5 – Lançando o CT-e Modelo 57


A nota fiscal eletrônica tem duas formas de efetuar seu lançamento, a primeira e com o DANFE
em mãos de forma manual (praticamente extinta), e a segunda e com o XML enviando pelo
cliente (como disse na nota acima, praticamente 99% dos escritórios fazem isso, se não
fazem precisam se atualizar rápido), fazendo a importação para o sistema fiscal, deixando
claro que a importação não extingue a conferencia feita pelo analista fiscal, pois no
momento da importação pode vim algum dado errado ou algum dado importante que não foi
importado.

Nota: caso encontre algum dado que foi importado errado, pelo fato de ter sido preenchido
errado pelo cliente, anote e instrua o cliente a fazer o correto da próxima vez, e corrija o
lançamento dentro do sistema! Um dado incorreto pode acarretar grandes prejuízos.

Já neste tipo de documento e obrigatório o cadastro do destinatário e do remetente, que


podemos chamar também de destinatário, sem essa informação a sefaz não irá autorizar a
emissão da nota fiscal eletrônica.

Os principais aspectos a serem observados são:

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@SEU_CONTADOR_
⮚ Dados do destinatário:

Os dados do destinatário pode ser tanto PF (CPF) e PJ (CNPJ), onde também constara seu
endereço, onde terá que ser cadastrado no sistema fiscal.

⮚ Dados do remetente:

Os dados do destinatário pode ser tanto PF (CPF) e PJ (CNPJ), onde também constara seu
endereço, onde terá que ser cadastrado no sistema fiscal.

⮚ CFOP - Código fiscal de operação;

O mais usado por empresas do simples são:

⮚ 5.351 – Prestação de transporte dentro do estado;


⮚ 6351 – Prestação de transporte fora do estado;
⮚ 5352 – Prestação de serviço de transporte a estabelecimento industrial;
⮚ 6352 – Prestação de serviço de transporte a estabelecimento industrial fora do estado;

⮚ CST;

Nota: Quanto for emissão de Conhecimento de Transporte Eletrônico será informado


CST

O mais usado por empresas do simples e:

⮚ 90 – Simples nacional (Classificam-se neste código as operações onde a transportado paga o


ICMS dentro do simples nacional.);

Atentar-se também a data de emissão do CT-e, se realmente e uma data que está dentro
do mês do lançamento.

2.3.5 - Lançando Notas Fiscais de entrada (Compras diversas, para revenda, matéria
prima, uso ou consumo, utilização na prestação de serviços, ativo imobilizado);

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Neste momento encontraremos vários tipos de aquisição de mercadorias, e como analista


fiscais deveremos saber diferenciar cada tipo para um lançamento adequado.

Para conseguirmos diferenciar precisaremos além de tudo saber qual ramo de atividade da
empresa que está comprando a mercadoria exerce, e também verificar o CFOP constante na
nota fiscal. Outro ponto importante e a quantidade que está sendo adquirida no documento
fiscal.

Exemplo: Uma empresa comercial que tem sua atividade principal de mercado e mercearia,
compra 100 unidades de vassouras, podemos entender que a mesma ira comercializar tais
vassouras, as mesmas entrarão no seu estoque. Então logo lançaremos como compra para
revenda.

Continuando no mesmo exemplo, sabendo que a empresa e uma prestadora de serviços


no ramo de conservação e limpeza, podemos entender que foi uma compra de material para
utilizar na prestação de serviços, logo lançaremos apenas em compra para utilização na
prestação de serviço, caracterizando mais como uma despesa ou um custo e não entrara no
estoque para revenda.

2.3.6 - Entradas empresa Comercial:

Nas empresas comerciais as compras mais comuns são compras para revenda, isso vai
depender do ramo de atividade exercido pela empresa, uma empresa de confecções por
exemplo que comprou um lote de 400 peças de calça jeans o lançamento ficara da seguinte
forma:

⮚ Cadastro de fornecedor: Esse cadastro e importante pois e nele que você vai alimentar
o sistema e dizer se essa compra foi dentro do estado onde seu cliente está instalado ou
fora do estado. Normalmente o sistema fiscal requer dados básicos, como, Razão social,
CNPJ, Inscrição Estadual, Endereço Completo, Situação do documento e modelo do
documento.

⮚ CFOP: Código fiscal de operação novamente, e esse código que também vai identificar
a transação comercial.
24
@SEU_CONTADOR_
1.102 - Compra para revenda dentro do estado;
2.102 - Compra para revenda fora do estado;
1.403 - Compra para revenda dentro do estado, produto sujeito a substituição tributária
de ICMS;
2.403 - Compra para revenda fora do estado, produto sujeito a substituição tributária de
ICMS;

Nota: Essa classificação do CFOP e muito importante então atenção, pois com um produto bem
classificado, você vai calcular o imposto do cliente corretamente, pois produtos cujo ICMS já foi
pago por substituição e essa venda for efetuada para consumidor final, não se paga novamente
o ICMS apenas informa isso no campo especifico no momento do calculo, independentemente
do regime de tributação.

⮚ CSOSN - Código de situação operação do simples nacional - muito importante


também, para efeito de emissão de documentos fiscais em geral, especialmente nota
fiscal modelo 1 ou 1-A e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55.
Nota: caso seu cliente que é optante do simples esteja comprando de um cliente que não e do
simples nacional (regime normal), você precisa ficar atento ao CST – Código de situação
tributária, que e o CSOSN das empresas que não são do simples nacional. (anexo I estou
colocando uma tabela para vocês)

Vale lembrar que existem muitos outros CFOP'S mais esses são os mais vistos
normalmente, mais nunca deixe de pesquisar muito e ler muito e procurar
classificar o produto corretamente.

As empresa comerciais também podem fazer outro tipo de compra, compras que não
sejam para revenda, e isso vale para todos os ramos de atividade, por exemplo ela pode
compra um carro para fazer as entregas, que se classifica como uma compra de ativo
imobilizado, que terá outro tipo de lançamento, ela pode compra também produtos para uso ou
consumo próprio da empresa, então existem muitas outras modalidade de compras e todas
elas tem que ser lançadas no sistema fiscal, sem esquecer ainda dos conhecimentos de
transporte que tem que ser lançados pois compõem o custo da mercadoria e
conseqüentemente o valor do estoque, além dos serviços tomados, que são as notas fiscais de
serviços eletrônicas.

Prática:

25
@SEU_CONTADOR_
Quando um transporte e feito dentro do próprio município, o imposto e devido e o ICMS ou o
ISS? Justifique a resposta!
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

III. DOCUMENTOS/INFORMAÇÕES ENVIADOS AO ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE OU


AO SETOR FISCAL

A documentação deverá ser enviada em tempo hábil e de acordo com o combinado entre
Escritório /Departamentos internos/Cliente, para atendimento dos prazos
convencionados.

● Todas as Notas Fiscais de entrada e saída de mercadorias, ativo imobilizado e serviços.


Estes documentos devem ser ordenados cronologicamente e as Notas Fiscais de saída
canceladas também deverão ser encaminhadas. A ordenação é importante para se evitar
falta de envio e de registro de documentos;
● Os comprovantes de recolhimento de impostos;

Nota: As notas fiscais de venda que forem canceladas devem também serem lançadas.

Como foi dito anteriormente temos prazos estipulados pelo fisco, para entregarmos as
obrigações referentes aos movimentos fiscais, isso depende do regime de tributação da
empresa pois hoje ainda a diferenças de uma empresa optante do simples para uma do lucro
presumido por exemplo.

IV. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

1. O que são obrigações acessórias?

Obrigações acessórias ou deveres instrumentais são as obrigações que as empresas


têm de cumprir por serem empresas, estão determinadas no Código Tributário Nacional – CTN
e não distingue o porte ou tipo da empresa. Ex.: EFD Fiscal - Escrituração Fiscal Digital.
Esses são alguns exemplos que vamos falar mais adiante.

26
@SEU_CONTADOR_
Vale ressaltar que o descumprimento de obrigação acessória sujeita o infrator à multa de
acordo com a legislação, essas multas são chamadas Multas Administrativas. Essas multas e o
grande terror dos escritórios de contabilidade ou dos contadores internos, pois como
entendimento os empresários pagam os honorários contábeis para o cumprimento dessas
obrigações acessórias, que na prática e de responsabilidade do contador, mais a controvérsias,
pois o contador como o empresários são co-autores de tal multa, pois para um bom
cumprimento das obrigações a documentação tem que se entregue pelo empresário em tempo
hábil e também bem organizada, lembrando que essas obrigações são de âmbito federal,
estadual e municipal.

O desgaste causado por essas obrigações acessórias e evidente, o investimento em


pessoal qualificado para trabalhar nesse setor e imprescindível, por isso peço que para leiam
muito e sempre procurem se atualizar.

O leitor que não esteja diretamente envolvido nessa loucura


tributária tente imaginar a dificuldade em administrar todo
esse maremoto de obrigações fiscais, estando sempre sob o
fio da navalha. (Artigo escrito por Mauricio Alvarez da Silva -
Site
http://www.portaltributario.com.br/artigos/desgaste-obriga
coes-acessorias.htm)

Voltando para o inicio do manual, percebemos o quanto e importante tudo que foi dito sobre
concentração, ambiente de trabalho, estudar muito sobre o que faz, perguntar muito, interagir
com outros colegas da área e esta sempre participando de cursos de qualificação profissional
da área.

2. Obrigações acessórias em âmbito Municipal.

No âmbito municipal a exigência com empresas quanto a obrigações acessórias e bem


menor, com advento novamente da tecnologia, o município de Porto Velho, abriu para seus
contribuintes pessoa jurídica que se cadastrasse na nota fiscal porto velhense, dando assim
mais margem para que os empresários possam emitir notas fiscais sem gasto excessivo de
papel, visando também o lado ambiental, pois a nota fiscal pode ser enviada por e-mail, sem

27
@SEU_CONTADOR_
necessidade de impressão. Com essa nova realidade os livros de escrituração de ISSQN, e o
famoso programa chamado GIM-ISSQN - Guia de Informação Mensal do Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza, foram extintos e assim se foi uma obrigação que o analista
fiscal tinha de lançar tudo manualmente e depois via sistema, agora e apenas uma conferência,
com falamos mais acima.

Nosso trabalho como analista fiscal e de cadastras novas empresas que surgirão na
área de serviços, e ter a senha de acesso do portal da nota fiscal porto velhense, verificar as
notas que foram emitidas no mês, caso tenha guia para pagamento apenas emitir a guia e
enviar para o cliente efetuar o pagamento, pois o lançamento em livro eletrônico não e mais
necessário, mais isso não desobriga a empresa de efetuar lançamento nos livros de entrada,
caso mantenha compra de produtos para aplicação na prestação de serviços.

3. Obrigações acessórias em âmbito estadual:

No âmbito estadual as obrigações já são maiores, principalmente com empresas


comerciais, podem haver casos que uma mesma empresa opere tanto no comércio, serviços e
até mesmo indústria, isso e a coisa mais simples de ser ver no meio fiscal. Exemplo: Empresa
que vende certo produto e o instala, ela fez a venda caracterizando comércio e posteriormente
fez a instalação caracterizando o serviço, e caso ela produzir esse produto caracteriza
indústria, então essa empresa terá que se atentar para as particularidades tanto das empresas
industriais, comerciais e também de serviços.

Voltando para obrigações estaduais, vamos enumerar abaixo as principais:

⮚ EFD - Escrituração Fiscal Digital, mais conhecido como SPED FISCAL, através do
decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007 foi instituído o SPED - Sistema Público de
Escrituração Digital que vem com a promessa de unificar todas obrigações acessórias,
promessa essa que aos poucos vem se cumprindo. E o convênio ICMS 143/06 Institui a
Escrituração Fiscal Digital - EFD, conforme reza sua cláusula primeira:

Fica instituída a Escrituração Fiscal Digital - EFD, em arquivo


digital, que se constitui em um conjunto de escrituração de
documentos fiscais e de outras informações de interesse dos
fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita
Federal bem como no registro de apuração de impostos
referentes às operações e prestações praticadas pelo
contribuinte.( https://www1.fazenda.gov.br/confaz/default.htm).

O que é o Sped Fiscal?


28
@SEU_CONTADOR_
A Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital, que se constitui de um conjunto
de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos
das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de
registros de apuração de impostos referentes operações realizadas pelo contribuinte.
Esses documentos terão que ser assinados por certificado digital em âmbito Sped.

Agora a fiscalização começa a ficar mais apertada ainda, fazendo com que nossa
atenção redobre, pois além de tudo o Sped e uma realidade, que já vem sendo
vivenciada a algum tempo, então quem se qualificar largara na frente de seus
concorrentes. A escrituração fiscal digital vem para substituir principalmente o
SINTEGRA, pois e um arquivo analítico também, levando até o fisco todas as
informações inerentes as transações da empresa. Sabe aquele provérbio que diz o
seguinte:

"Se Maomé não vai a montanha, a montanha vem até Maomé"

Virou realidade, suponha que Maomé e o Fisco (Auditor Fiscal) e a montanha e a


Empresa (Contribuinte), o governo percebeu que se gasta muito mandando auditores de
porta em porta para fiscalizar uma empresa, além do tempo e também do capital
humano, então porque não receber todas essas informações mês a mês no colo só para
apontar se está certo ou errado? Foi isso que o fisco fez e está fazendo, e nós? E isso
mesmo que está pensando, trabalhamos para eles meu amigo!

Para baixar o programa do EFD - Fiscal basta acessar o link


http://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/sped-si
stema-publico-de-escrituracao-digital/escrituracao-fiscal-digital-efd/programa-sped-fiscal-
para-windows

Nota: falamos do Sped aqui neste ponto, por mais que o foco sejam empresas do
simples nacional, quando a empresa do simples ultrapassa o sublimite estadual, ela está
obrigada ao Sped fiscal também, então e sempre bom estudar sobre o SPED, hoje todo
analista fiscal tem obrigação de saber sobre o Sped;

Dica: leia o manual do Sped fiscal, que se encontra no site: http://sped.rfb.gov.br/

29
@SEU_CONTADOR_
4. Principais Obrigações Acessórias em Âmbito Federal - Mensais:

No âmbito federal segue a ordem crescente sobre as obrigações acessórias, se no


município são menores, no estado médio no federal são bem maiores. Requer muito
mesmo entendimento do que diz a lei sobre essas obrigações, principalmente que está
obrigado ou quem não está.

As principais mais corriqueiras em qualquer escritório contábil que está sob


responsabilidade do analista fiscal são:

⮚ DASN-Simei - Declaração Anual Simplificada para o microempreendedor individual

Data de apresentação: Até o último dia de maio de cada ano.

Para verificar mais detalhes 🡪 Art. 109 da Resolução CGSN 94/2011

Quem está obrigado? Empresário individual optante pelo Sistema de Recolhimento em


Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei).

⮚ Defis - Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais

Data de apresentação: Até o último dia útil do mês de fevereiro do ano- -calendário
subsequente

Para verificar mais detalhes 🡪 Art. 3º da Instrução Normativa RFB 1.115/2010

Quem está obrigado? Microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo


Simples Nacional.

⮚ PGDAS-D – Envio do faturamento de forma sintética, e cálculo do imposto. (em


Rondônia essa obrigação acessória entra como declaração de informação mensal do
estado também, para fins de cancelamento de inscrição estadual.

Nota: Caso a empresa fique 3 meses sem enviar o PGDAS-D sua empresa tem a
inscrição estadual cancelada, sendo impedida de comprar e vender mercadorias;

Data de apresentação: o vencimento do imposto e até dia 20 de cada mês, então a


orientação e que até dia 10 esteja tudo lançado, revisado e o imposto calculado;

Para verificar mais detalhes 🡪 Resolução CGSN 94/2011

Quem está obrigado? Todas empresas ME e EPP optante do simples nacional.

30
@SEU_CONTADOR_
DeSTDA – Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação
devida por Contribuintes da categoria Simples Nacional

⮚ Nessa obrigação, devem ser informados os valores de substituição tributária em notas


de compras e vendas, e o diferencial de alíquota de ICMS paga, como nas
vendas interestaduais. Trata-se de uma obrigação acessória dirigida para empresas
optantes pelo Simples Nacional que comercializam ou industrializam produtos e
recolhem ICMS.

⮚ Data de apresentação: O arquivo digital da DeSTDA deverá ser enviado até o dia 28 do
mês subsequente ao encerramento do período de apuração, ou quando for o caso, até o
primeiro dia útil seguinte.;

Para verificar mais detalhes 🡪 ATO COTEPE ICMS 47/2015 e Ajuste SINIEF 12/2015

Quem está obrigado? A DeSTDA deverá ser informada POR ESTABELECIMENTO ou PELA
MATRIZ que realize a operação/prestação:
⮚ Sujeita à ST tendo o declarante como o sujeito passivo da obrigação tributária de ICMS;
⮚ Devido por antecipação em entrada interestadual com encerramento da tributação;
⮚ Devido por antecipação em entrada interestadual sem o encerramento da tributação;
⮚ Diferença de alíquota na condição de adquirente de bem para ativo ou material de uso e
consumo;

Rotinas comuns dentro do setor fiscal:


⮚ Acompanhar no portal do contribuinte guias de ICMS que chegam para o cliente,
normalmente das compras que ele faz para revenda, compras essas de fora do
estado. Então fique atento e olhe a conta corrente do cliente toda semana.

Dica: Estipule um dia da semana para fazer essa rotina

⮚ Enviar as guias de pagamento de impostos sempre com antecedência de 1 semana,


por isso e bom ter uma organização prévia do documentos e dados recebidos.

⮚ Protocole tudo que enviar para seu cliente, e explique para ele o motivo dos impostos
que ele vai pagar.

⮚ Instrua o cliente sobre algum faturamento novo que ele vai fazer;

⮚ Sempre mande e-mails semanais, perguntado ao cliente se ele pretende fazer


alguma operação fora de sua rotina naquele período.

31
@SEU_CONTADOR_
Dica: Cliente que venda certo tipo de produto, irá aumentar seu mix, comprando um
novo produto pela primeira vez, ajude-o a determinar o custo tributário do negócio.

⮚ Lembre-se que seu cliente tem você como o expert no assunto tributário, portanto de
a ele todo embasamento necessário para que ele possa negociar com fornecedores;

Qual é o novo limite do Simples Nacional?

A partir de 2018, a EPP optante pelo Simples Nacional passará a ter como limite de receita
bruta anual o valor de R$ 4.800.000,00.

Fundamentação legal: Artigo 1º da Lei Complementar nº 155/2016, que altera o artigo 3º,
inciso II da Lei Complementar nº 123/2006.

Para que serve o fator “r”?

A partir de 2018, o fator “r” possui como finalidade estabelecer o anexo de tributação para as
atividades de serviços indicadas na pergunta nº 12 (Anexos III e V)

Como calcular o fator “r”?

O fator “r” é a relação entre a folha de salários dos doze últimos meses e a receita bruta dos
doze últimos meses. Para fins de determinação do fator “r”, considera-se:

PA = o período de apuração relativo ao cálculo;

FSPA = a folha de salários do PA;

RPA = a receita bruta total do PA;

FS12 = a folha de salários dos 12 (doze) meses anteriores ao PA; e


32
@SEU_CONTADOR_
RBT12r = a receita bruta acumulada dos 12 (doze) meses anteriores ao PA,

Considerando conjuntamente as receitas brutas auferidas no mercado interno e aquelas


decorrentes da exportação. Exemplos de cálculo do fator “r”: Fator “r” = FS12 / RBT12r 25

1) Cálculo da competência janeiro/2018:

Empresa com atividade de medicina faturou nos últimos 12 meses anteriores ao período
de apuração receita bruta de R$ 2.650.000,00 (jan. 2017 a dez. 2017). A folha dos últimos
12 meses anteriores ao período de apuração apresentou receita bruta de R$ 830.000,00
(jan. 2017 a dez. 2017).

Fator “r”: 830.000,00 / 2.650.000,00 = 0,31 x 100 = 31%

Na competência janeiro/2018 a empresa tributaria no anexo III, pois o cálculo do fator “r” foi
superior a 28%.

Quais atividades estarão sujeitas à análise do fator “r”?

1 – Fisioterapia;

2 – Arquitetura e urbanismo;

3 – Medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem; 30

4 – Odontologia e prótese dentária;

5 – Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, Podologia, fonoaudiologia,


clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite;

6 – Administração e locação de imóveis de terceiros;

7 – Academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;

8 – Academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;

9 – Elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, licenciamento


ou cessão de direito de uso de programas de computação;

10 – Planejamento, confecção, manutenção E atualização de páginas eletrônicas;

11 – Empresas montadoras de estandes para feiras;

12 – Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;

13 – Serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e


métodos óticos, bem como ressonância magnética, engenharia, medição, cartografia,
topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa,
design, desenho e agronomia;
33
@SEU_CONTADOR_
14 – Serviços de próteses em geral;

15 – Medicina veterinária;

16 – Serviços de comissária, de despachantes, de tradução e de interpretação;

17 – Engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e


análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia;

18 – Representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e


serviços de terceiros;

19 – Perícia, leilão e avaliação;

20 – Auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle E administração;

21 – Jornalismo e publicidade;

22 – Agenciamento, exceto de mão de obra; 23 – Outros serviços decorrentes do exercício


de atividade intelectual não relacionados no art. 25-A, § 1º, III, IV e IX; § 2º, I, da Resolução
CGSN 94/2011.

Quais estados adotaram o sublimite de R$ 1.800.000,00 e quais utilizarão o sublimite de


R$ 3.600.000,00 para fins de ICMS e ISS referente ao ano-calendário 2018?

A Resolução CGSN nº 136/2017 divulgou os sublimites vigentes para efeito de recolhimento de


ICMS e ISS no Simples Nacional no ano-calendário de 2018. São os valores seguintes:

• Sublimite de R$ 1.800.000,00: Acre, Amapá e Roraima;

• Sublimite de R$ 3.600.000,00: demais estados e Distrito Federal.

O limite anual de faturamento para figurar na condição de optante pelo Simples Nacional a
partir de 2018 será de R$ 4.800.000,00. No entanto, para fins de recolhimento do ICMS e ISS,
terão vigência os sublimites acima descritos. A empresa que superar esses sublimites deverá
observar as regras do art. 24 da Resolução CGSN 094/2011. Fundamentação legal: Artigo 24
da Resolução CGSN 094/2011 alterado pela Resolução CGSN 135/2017.

O que significa? O contribuinte que ultrapassar o sublimite estadual ou municipal, paga o


ICMS e o ISS fora da guia do simples nacional o DAS.

Anotações:
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@SEU_CONTADOR_
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Preparamos um Super
Bônus
Para você!!

Veja na Página 41

ANEXO I

Códig
Descrição Explicação
o
Este código é utilizado em relação a mercadorias cujo conteúdo seja
Nacional, exceto as indicadas nos
0 inteiramente de origem nacional, sem a aplicação de qualquer
códigos 3, 4, 5 e 8
insumo importado do exterior.
Este código é utilizado em relação a mercadorias importadas, tanto
para efeito do documento fiscal relativo à importação, quanto para
Estrangeira - Importação direta, exceto
1 efeito do documento fiscal emitido pelo importador, quando der saída
a indicada no código 6
às mercadorias por ele importadas. Somente se aplica a mercadorias
que não tenham passado por processo industrial após a importação.
Este código é utilizado pelos revendedores de mercadorias
Estrangeira - Adquirida no mercado importadas, em relação às mercadorias adquiridas no mercado
2
interno, exceto a indicada no código 7 interno, que não tenham passado por processo industrial em território
brasileiro, após a importação.
Este código é utilizado em relação às mercadorias industrializadas
Nacional, mercadoria ou bem com
em território nacional, cujo Conteúdo de Importação seja superior a
Conteúdo de Importação superior a
3 40%, mas igual ou inferior a 70%. As regras relativas à apuração do
40% (quarenta por cento) e inferior ou
Conteúdo de Importação encontram-se dispostas na cláusula
igual a 70% (setenta por cento)
quarta do Convênio ICMS 38/2013.
Este código é utilizado em relação às mercadorias industrializadas
Nacional, cuja produção tenha sido
em território nacional, produzidas por meio de Processo Produtivo
4 feita em conformidade com os
Básico.
processos produtivos básicos de que
Conforme define o Decreto-lei n° 288/67, com redação dada pela Lei
tratam o Decreto-Lei n° 288/67, e as
n° 8.387/91, o Processo Produtivo Básico (PPB) é o conjunto mínimo

35
@SEU_CONTADOR_
Leis n°s 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 de operações, no estabelecimento fabril, que caracteriza a efetiva
e 11.484/07 industrialização de determinado produto, para a concessão de
incentivos fiscais promovidos pela legislação da Zona Franca de
Manaus e pela legislação de incentivo à indústria de bens de
informática, telecomunicações e automação, mais conhecida como
Lei de Informática.
Assim, o PPB consiste de etapas fabris mínimas necessárias que as
empresas deverão cumprir para fabricar determinado produto como
uma das contrapartidas aos benefícios fiscais.
Este código é utilizado em relação às mercadorias industrializadas
Nacional, mercadoria ou bem com em território nacional, cujo Conteúdo de Importação seja igual ou
5 Conteúdo de Importação inferior ou inferior a 40%. As regras relativas à apuração do Conteúdo de
igual a 40% (quarenta por cento) Importação encontram-se dispostas na cláusula quarta do Convênio
ICMS 38/2013.
Este código é utilizado em relação a mercadorias importadas sem
similar nacional, bem como em relação às operações com gás
natural importado.
A exemplo do código 1, é utilizado tanto para efeito do documento
fiscal relativo à importação, quanto para efeito do documento fiscal
emitido pelo importador, quando der saída às mercadorias por ele
Estrangeira - Importação direta, sem
importadas. Somente se aplica a mercadorias que não tenham
6 similar nacional, constante em lista de
passado por processo industrial após a importação.
Resolução CAMEX e gás natural
De acordo com informações extraídas do site da CAMEX, para se
caracterizar a ausência de similaridade, há dois requisitos:
- o bem deve estar classificado nos capítulos e códigos NCM citados
no inciso I do artigo 1° da Resolução CAMEX n° 79/2012;
- a alíquota do imposto de importação esteja fixada em zero ou dois
por cento.
Este código é utilizado em relação a mercadorias importadas sem
similar nacional, bem como em relação às operações com gás
natural importado.
A exemplo do código 2, é utilizado pelos revendedores de
mercadorias importadas, em relação às mercadorias adquiridas no
Estrangeira - Adquirida no mercado
mercado interno, que não tenham passado por processo industrial
interno, sem similar nacional, constante
7 em território brasileiro, após a importação.
em lista de Resolução CAMEX e gás
De acordo com informações extraídas do site da CAMEX, para se
natural
caracterizar a ausência de similaridade, há dois requisitos:
- o bem deve estar classificado nos capítulos e códigos NCM citados
no inciso I do artigo 1° da Resolução CAMEX n° 79/2012;
- a alíquota do imposto de importação esteja fixada em zero ou dois
por cento.
Este código é utilizado em relação às mercadorias industrializadas
Nacional, mercadoria ou bem com em território nacional, cujo Conteúdo de Importação seja superior a
8 Conteúdo de Importação superior a 70%. As regras relativas à apuração do Conteúdo de Importação
70% (setenta por cento) encontram-se dispostas na cláusula quarta do Convênio ICMS
38/2013.

CÓDIGOS RELATIVOS À TRIBUTAÇÃO PELO ICMS (BB)

Códig
Descrição Explicação Econet
o
Este código é utilizado nos casos em que a operação seja tributada
00 Tributada integralmente integralmente, ou seja, em que haja nenhuma previsão de benefício
fiscal ou de não incidência.
Este código é utilizado nos casos em que a operação seja tributada
Tributada e com cobrança do ICMS por integralmente, e que caiba também a aplicação do regime da
10
substituição tributária substituição tributaria, em relação à operação. É utilizado por
contribuintes que estejam na condição de substitutos tributários.
Este código é utilizado caso a base de cálculo do ICMS seja
20 Com redução de base de cálculo
reduzida, na operação.

Isenta ou não tributada e com Este código é utilizado caso a operação própria, realizada pelo
30 cobrança do ICMS por substituição contribuinte, seja isenta ou não tributada, mas haja previsão de
tributária cobrança do ICMS por substituição tributária, em relação a outras
operações - normalmente, em relação às operações subsequentes. É

36
@SEU_CONTADOR_
utilizado por contribuintes que estejam na condição de substitutos
tributários.
Este código é utilizado na hipótese da operação ser isenta do
40 Isenta
pagamento do ICMS.
Este código é utilizado nos casos em que a operação não seja
tributada, ou por haver previsão expressa de não incidência do ICMS
41 Não tributada
ou de imunidade, ou mesmo pelo fato da operação não se enquadrar
nas hipóteses de incidência do ICMS.
Este código é utilizado caso haja previsão de suspensão do ICMS em
50 Suspensão
relação à operação.
Este código é utilizado quando a legislação estadual trouxer previsão
51 Diferimento
de diferimento em relação à operação.
Este código é utilizado nos casos em que o ICMS já foi recolhido em
ICMS cobrado anteriormente por um momento anterior, em função da mercadoria estar sujeita ao
60
substituição tributária regime da substituição tributária. É utilizado por contribuintes que
estejam na condição de substituídos.
Este código é utilizado quando a operação própria estiver beneficiada
Com redução de base de cálculo e por redução de base de cálculo, e houver cobrança do ICMS por
70 cobrança do ICMS por substituição substituição tributária, em relação a outras operações - normalmente,
tributária em relação às operações subsequentes. É utilizado por contribuintes
que estejam na condição de substitutos tributários.
Este código é utilizado na hipótese da situação não se enquadrar em
90 Outras nenhuma das hipóteses aludidas anteriormente. Trata-se de um
código genérico, a ser utilizado na falta de codificação específica.

COMO CALCULAR O RBT 12 – EMPRESA DO SIMPLES NACIONAL

Cálculo dos tributos devidos

O cálculo dos tributos devidos pelo contribuinte optante Simples Nacional será efetuado
considerando a receita bruta mensal.

A legislação federal conceitua receita bruta como sendo o resultado das atividades constantes
dos objetivos sociais da empresa, que abrange o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em
conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, nos
termos do artigo 3°, § 1° da Lei Complementar n° 123/2006.

As receitas decorrentes da venda de bens ou direitos ou da prestação de serviços devem ser


reconhecidas quando do faturamento, da entrega do bem ou do direito ou à proporção em que
os serviços são efetivamente prestados, o que primeiro ocorrer. Esta regra aplica-se aos
valores recebidos adiantadamente, ainda que no regime de caixa, e às vendas para entrega
futura.

Compõem também a receita bruta (Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 2°, § 4°):
37
@SEU_CONTADOR_
a) o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou serviços ou
destacado no documento fiscal;

b) as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não;

c) os royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão de direito de uso ou gozo; e

d) as verbas de patrocínio.

No cálculo dos tributos integrantes do Simples Nacional, não deverão ser consideradas as
demais receitas auferidas pela empresa, não originárias de atividade comercial (venda de
mercadorias ou prestação de serviços).

Empresa que deseja auferir novas receitas, deve, inicialmente, alterar o objeto social do
contrato de constituição para incluir as novas atividades econômicas, além do cadastro CNPJ
da RFB e demais órgãos envolvidos.

Não compõem a receita bruta (Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 2°, § 5°):

a) a venda de bens do ativo imobilizado (considera-se ativo imobilizado, o ativo tangível


utilizado na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para locação por outros, para
investimento, ou para fins administrativos, e cuja desincorporação ocorra a partir do décimo
terceiro mês contado da respectiva entrada);

b) os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em decorrência do


atraso no pagamento de operações ou prestações;

c) a remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde, desde que seja


incondicional e não haja contraprestação por parte do destinatário;

d) a remessa de amostra grátis;

e) os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, desde que não
corresponda à parte executada do contrato;

f) para o salão-parceiro de que trata a Lei n° 12.592/2012, os valores repassados ao


profissional-parceiro, desde que este esteja devidamente inscrito no CNPJ;

g) os rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável.

Alíquota efetiva

O valor devido mensalmente pela ME ou EPP será determinado mediante aplicação das
alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas
dos Anexos I a V da Lei Complementar n° 123/2006, sobre a base de cálculo prevista no § 3°
do artigo 3°, observado o disposto no § 15 do mesmo artigo, ambos da referida Lei
Complementar.

A determinação da alíquota nominal será com base na receita bruta acumulada nos doze
meses anteriores ao do período de apuração, separadamente para as receitas auferidas no
mercado interno e de exportação (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 3°, § 15).

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@SEU_CONTADOR_
Para obter a alíquota efetiva deverá ser realizado o seguinte cálculo:

RBT12 x Aliq - PD
RBT12

Tais siglas referem-se:

a) RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração;

b) Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V;

c) PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V.

Os percentuais efetivos de cada tributo serão calculados a partir da alíquota efetiva,


multiplicada pelo percentual de repartição constante dos Anexos I a V, observando-se que:

a) o percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de 5%, transferindo-se eventual


diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual;

b) eventual diferença centesimal entre o total dos percentuais e a alíquota efetiva será
transferida para o tributo com maior percentual de repartição na respectiva faixa de receita
bruta.

Exemplo prático: Uma empresa comercial registrou seu CNPJ em 01/2020, em 05/2020, a
contabilidade foi calcular seu imposto do simples nacional, e o cliente queria saber qual a
alíquota efetiva ele estava pagando, e qual tabela / faixa sua empresa estava enquadrada,
sabendo que seus faturamentos nos meses anteriores foram os seguintes:

01/2020 – R$ 59.600,50

02/2020 – R$ 85.690,20

03/2020 – R$ 92.860,30

04/2020 – R$ 101.230,60

Totalizando – R$ 339.381,60

Sendo assim segue:

Tem que primeiro calcular a receita total = (Receitas acumuladas / número de meses
corridos) x 12 = Receita Total

RBT12 = 339.381,60 / 4 meses x 12 = R$ 1.018.144,80

Alíquota Parcela a
deduzir

4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00


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@SEU_CONTADOR_

RBT12 x Aliq - PD
RBT12

1.018.144,80 x 10,70% - 22.500,00 / 1.018.144,80 = 8,49% e a alíquota efetiva paga no


simples nacional por essa empresa no mês de abril de 2020.

Faturamento abril R$ 101.230,60 x 8,49% = R$ 8.594,47 simples a recolher

Essa obra está protegida pela Lei 9.610/1998 consolida a legislação sobre direitos autorais no
Brasil.

Sua reprodução, e venda, fora dos canais de comunicação do autor são expressamente
proibidas sem prévia autorização.

Biografia do autor:

André L A de Carvalho, tem em sua formação profissional voltada para área contábil, mais e
um empreendedor, tendo diversos negócios em andamento.

Nascido em 27/04/1988, em Porto Velho-RO, começou trabalhando aos 19 anos em 2008 no


escritório de contabilidade do seu irmão mais velho, onde se apaixonou pela profissão contábil,
e em 2009 ingressou na faculdade de contabilidade, concluindo em 2012. Mais bem antes de
se formar junto com um amigo da faculdade em 2010, montaram seu primeiro escritório de
contabilidade, Andrade & Carvalho Contabilidade, dando início a sua trajetória.

Também trabalhou como professor na instituição SENAC, onde além de trabalhar em sala de
aula com turmas fechadas, trabalhou também em diversas oficinas promovidas pela instituição,
são mais de 200h aulas, mais hoje não leciona mais por opção.

Em 2014 depois de muitos altos e baixos, desfez a sua última sociedade no escritório Alliance
Assessoria Contábil, onde vendeu sua parte no escritório, e partiu para empreitada sozinho
(sozinho não, Deus sempre esteve comigo), com ajuda do seu irmão Alex Carvalho, montou
assim a Carvalho Assessoria Empresarial.

Em 2020 a Carvalho Assessoria Empresarial, comemorou 6 anos de mercado, sempre


buscando melhor atender seus clientes, em busca de inovação, busca de capacitação para
seus colaboradores, e parcerias que agreguem valor a empresa.

Conheça mais sobre meus negócios no site: www.grupocarvalho-ro.com.br

Se você está começando, não vou mentir para você, se assim como eu você teve uma vida
simples, (para não dizer pobre) vai ser difícil, muitos vão dizer que não vai dar certo!
As vezes trocar o certo pelo duvido e necessário, eu troquei meu emprego em um escritório
para buscar meu sonho, e valeu muito a pena!
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@SEU_CONTADOR_

Então saiba que se você plantar, com amor, dedicação, suor, a colheita sempre chega, e nunca
esqueça de colocar Deus a frente de tudo, sou cristão e acredito muito em Deus e tenho muita
fé, mais respeito caso não seja, mais para mim essa certeza que minha hora ia chegar, me
fortalecia a cada dia, para buscar mais e mais, e nunca me abater com os espinhos no
caminho!

Boa sorte na sua empreitada e conte comigo!

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