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Custos logísticos
Gestão e aplicação prática
CAPÍTULO 1
Introdução à contabilidade de custos
O que são custos diretos?
O que são custos indiretos?
O que são custos fixos?
O que são custos variáveis?
CAPÍTULO 2
Economia e finanças aplicadas à logística
Matemática financeira: juros simples e compostos
Ponto de equilíbrio: tipos e aplicações
CAPÍTULO 3
Custos da gestão e aquisição de suprimentos e suas tributações
Por que é importante conhecer esses impostos?
Quais impostos precisamos pagar na aquisição de bens?
Custo de pedido de compra
Modalidades de compra
CAPÍTULO 4
Custos de armazenagem e estoque
Custos de armazenagem
Custos de estoque
CAPÍTULO 5
Custos operacionais de transporte e distribuição
Custos com transporte
Custos com distribuição
Custos com logística reversa
CAPÍTULO 6
Custos com produção
Custos com matéria-prima
Custos com mão de obra direta
Custos indiretos e a importância dos mapas de custos
Métodos de custeio em produção
Controle de operações
CAPÍTULO 7
Formação de preço de venda
Componentes do preço de venda
Custos e despesas fixas
Custos e despesas variáveis
Regime tributário
Formas de determinação do preço de venda
Mark-up
Preço versus concorrência
CAPÍTULO 8
Procedimentos e custos da logística internacional
Procedimentos para atuar no comércio exterior
Custos logísticos internacionais
Formação do preço de venda na exportação
Formação do custo de importação
CAPÍTULO 9
Custos da qualidade: competitividade e resultados econômicos
Custos de controle
Por que mensurar os custos da qualidade?
Efeito da qualidade sobre a receita
Considerações finais
Bibliografia
Sobre os autores
Nota do editor
Ao ter a ideia de abrir um negócio, muitas vezes não nos damos conta de
todas as implicações que envolvem a comercialização de um produto e,
mesmo quando já atuamos no mercado, reduzir custos e otimizar processos
logísticos é sempre uma estratégia vantajosa.
Para dimensionar os custos relacionados a todas as etapas do processo
produtivo e de comercialização de um produto, em território nacional ou
internacional, esta publicação conceitua quais são os principais custos do
fluxo operacional das empresas, mostrando como calculá-los passo a passo.
Com este lançamento, o Senac São Paulo espera contribuir para o apren‐
dizado dos princípios de logística empresarial, bem como sua prática em
situações reais, incentivando o desenvolvimento e a sustentabilidade de
negócios.
Apresentação
Caro leitor! Antes de mais nada, gostaríamos de explicar brevemente o que é
logística, pois, embora esteja muito presente em nosso cotidiano, muitas
pessoas não sabem exatamente o que significa. Pois bem, vamos lá: logística
é uma área da administração que cuida de todo o fluxo operacional das
empresas, que tem basicamente a missão de colocar os produtos certos, no
tempo certo, no lugar correto, sempre ao menor custo possível. Um exemplo
de logística na prática: provavelmente você já fez uma compra pela internet
ou conhece alguém que já fez. Agora imagine que com a praticidade de
apenas alguns clicks tudo estará resolvido, só faltando aguardar a chegada de
seu produto, sem sair do conforto de casa: isso não é fantástico? Aí é que
entra em ação uma série de processos interligados, que fazem parte do
universo da logística: tudo que se refere às atividades de transporte,
manutenção de estoques, armazenagem, produção, gestão da qualidade, fluxo
de pagamento, processamento de pedidos e até mesmo o pós-venda engloba o
processo logístico.
Como podemos observar, logística é, na verdade, um conjunto de ações
operacionais, táticas, estratégicas e econômicas, todas com um único
objetivo: a redução do tempo e do ciclo operacional da empresa para
aumentar a produtividade e melhorar o nível de serviço ao cliente, visando a
redução dos custos e o aumento dos lucros.
Mas a logística necessita de várias outras áreas da administração, que vão
muito além disso, e para tal é preciso conhecer e aplicar técnicas variadas,
como o lote econômico de compras (LEC), a formação de preços e uma série
de custos que permeiam as áreas de compras, armazenagem, estoques,
produção, importação, exportação e qualidade, as quais iremos conhecer
melhor ao longo dos próximos capítulos.
CAPÍTULO 1
Introdução à contabilidade de custos
A contabilidade de custos é uma área da contabilidade que possui grande
influência no processo logístico, porque abrange tanto os gastos necessários
para a produção de bens como para a prestação de serviços.
Sendo assim, em todas as etapas das atividades logísticas precisam ser
apurados os custos, pois somente dessa maneira é possível saber o quanto
estamos gastando, e a partir daí tomarmos decisões, como diminuir custos e
verificar de quanto deve ser essa redução; projetar aumentos nos lucros e
estabelecer de quanto será esse aumento; determinar qual valor investir;
comprar; vender… e assim sucessivamente. Perceba que se não soubermos
exatamente quanto gastamos, fica praticamente impossível saber o quanto
lucramos ou queremos ganhar, ou seja, não conseguimos obter sucesso
financeiro sem fazer a apuração dos custos. Em função disso, identificamos a
importância da contabilidade de custos para a gestão eficaz da logística,
motivo pelo qual iniciaremos este livro com uma abordagem sobre esse tema,
que será a base para a maior parte dos assuntos tratados nesta publicação.
Cada capítulo corresponderá a um cenário específico, de acordo com a
particularidade da subárea da logística, que auxiliará o leitor a apurar e fazer
a gestão de seus custos em vários contextos e situações cotidianas, aplicando
as técnicas e os conceitos dos custos logísticos.
De maneira mais prática, podemos classificar a contabilidade de custos como
o registro detalhado e contábil das operações de uma empresa, tanto no que
diz respeito à produção quanto à prestação de serviços.
Pois bem, agora vamos entender na prática como funciona a divisão dos
custos. Independentemente do tipo e das características do negócio, os custos
podem ser diretos ou indiretos.
O que são custos diretos?
São os valores gastos que estão diretamente ligados à produção de um
produto ou à prestação de um serviço.
Exemplo: para fazer um bolo, classificamos os custos diretos como aqueles
que envolvem a compra dos itens indicados na receita, como o açúcar, o leite,
os ovos, a farinha de trigo, etc., ou seja, todos os componentes que estão
diretamente ligados à produção do bolo, gerando os custos diretos, pois sem
esses ingredientes a fabricação do bolo ficaria comprometida.
O que são custos indiretos?
São os valores envolvidos nas atividades que dão apoio, e com materiais
diversos, que auxiliam na execução de um produto ou serviço, porém, sem
estar relacionados de forma direta ao resultado final do produto ou serviço.
Exemplo: para fazer esse mesmo bolo, classificamos como custos indiretos
os valores gastos com divulgação, propaganda e marketing do produto, que
nesse caso é o bolo. Porém, podemos perceber que essas ações de divulgação
não têm ligação direta na fabricação desse bolo, ou seja, se elas não forem
feitas, não afetam a produção em si, por isso os valores gastos com essas
ações são chamados de custos indiretos.
Esse mesmo conceito pode ser adotado para qualquer tipo de produto ou
serviço, independentemente do tamanho do negócio, que pode ser micro,
pequeno, médio ou de grande porte.
Também na contabilidade de custos existem outros dois elementos muito
comuns, que são os chamados custos fixos e variáveis.
O que são custos fixos?
São os valores financeiros gastos (que não mudam) e que não dependem da
produção, pois são custos que a empresa terá, mesmo que altere a quantidade
produzida. Ou seja, independentemente do volume de produção, esses valores
precisam ser desembolsados.
Exemplo: ainda pensando no bolo, podemos identificar e apurar os custos
fixos para a produção desse produto. Assim, para essa fabricação, devemos
levantar os seguintes valores: aluguel, água, luz, salário da pessoa que faz o
bolo, etc. Perceba que, independentemente de que seja feito um único bolo ou
500 bolos, esses valores devem ser pagos e praticamente são iguais para 1 ou
500 bolos.
O que são custos variáveis?
São os valores gastos pela empresa para produzir ou oferecer seus serviços,
que variam de acordo com a produção – nesse caso, diferentemente dos
custos fixos (que não mudam), esses sim podem “variar” para mais ou para
menos, dependendo da quantidade de produtos ou serviços vendidos.
Exemplo: imagine que seja necessária a compra de embalagens para esses
bolos; nesse caso, o custo será equivalente ao número de produtos vendidos,
ou seja, se forem comercializadas 20 unidades, o valor gasto será
correspondente ao de 20 embalagens; se forem 50, o valor será referente a 50,
e assim sucessivamente. Observe que, conforme as vendas aumentam ou
diminuem, os custos com as embalagens também variam, por esse motivo são
chamados de variáveis.
Para entender melhor o funcionamento da contabilidade de custos e evitar
possíveis prejuízos, é importante conhecer as quatro principais dicas:
NOMENCLATURA TIPO
Custos Desperdícios
Matéria-prima 500.000,00
Comissões 30.000,00
Postagens 5.000,00
Contas/telefonia 3.000,00
Transporte/distribuição 42.000,00
Seguros 18.000,00
Total de gastos no mês 907.000,00
Matéria-prima 500.000,00
Seguros 18.000,00
Contas/telefonia 3.000,00
Postagens 5.000,00
Comissões 30.000,00
Transporte/distribuição 42.000,00
J=C×i×n
Onde:
J = valor dos juros
C = capital, principal ou valor presente
i = taxa de juros
n = prazo
Onde:
FV = valor futuro ou future value
PV = valor presente ou present value
i = taxa
n = prazo ou tempo ou períodos
Para esse exemplo, usaremos os valores do caso anterior.
PV = R$ 1.000,00
i = 10% a.m.
n = 3 meses
FIQUE ATENTO!
Lembre-se de transformar a taxa de juros em decimal para usar na fórmula: para isso, é necessário
dividir a taxa por 100.
1º mês
O capital é de R$ 1.000,00
FV = R$ 1.000,00 × (1 + 0,10 × 1) = R$ 1.100,00
2º mês
O capital agora é R$ 1.100,00
FV = R$ 1.100,00 × (1 + 0,10 × 1) = R$ 1.210,00
3º mês
O capital nesse instante é R$ 1.210,00.
FV = R$ 1.210,00 × (1 + 0,10 × 1) = R$ 1.331,00
Perceba que o que ocorreu foi a seguinte situação:
FV = PV × (1 + i) × (1 + i) × (1 + i)
FV = R$ 1.000,00 × (1 + 0,10) × (1 + 0,10) × (1+ 0,10)
Daí, teremos:
FV = R$ 1.000,00 (1 + 0,10) = R$ 1.331,00.
3
FV = PV (1 + i)
n
Reposição imediata no
Redução: o custo é dividido por uma quantidade
Pedido momento em que o estoque é
maior do item comprado.
zero.
Onde:
LEC = lote econômico de compras
Cp = custo de pedido
D = demanda
Ca = custo de armazenagem
Exemplo I: Qual o LEC de um produto com demanda anual de 3.600
unidades, que possui um custo de pedido de R$ 5,80 e um custo de
armazenagem anual de R$ 2,60?
Resolução:
Onde:
PP = ponto de pedido
LT = lead time
DM = quantidade de dias trabalhados no mês
D = demanda
ES = estoque de segurança
Portanto:
Portanto:
Emax = ES + Q
Onde:
Emax = estoque máximo
ES = estoque de segurança
Q = tamanho do lote (definido no LEC)
Portanto:
P2 = a × b / c × d × 100
Onde:
a = área ocupada pelo estoque
b = custo por metro quadrado ao ano
c = consumo anual
d = preço unitário
3) Parcela de seguro
5) Parcela de obsolescência
CA = P1 + P2 + P3 + P4 + P5 + P6
DICA!
É muito importante manter os estoques sempre controlados, pois isso pode evitar perdas gigantescas.
Custos de estoque
Qual a importância de se controlar os custos de estoque? Quais itens devem
ser levados em consideração? Como proceder? A proposta desta parte do
livro é demonstrar com exemplos práticos como controlar um estoque, por
isso responderemos essas questões considerando o dia a dia de um
almoxarifado.
Quando nos referimos ao controle de custos de estoque, temos como objetivo
estabelecer um equilíbrio entre a quantidade e o custo certos para qualquer
tipo de negócio.
Imaginemos uma farmácia: como poderíamos classificar sua política de
estoque como correta? Se refletirmos sobre o assunto, observaremos que a
farmácia faz uso de recursos financeiros para aquisição de medicamentos
para revenda, bem como necessita de espaço físico para armazená-los de
forma adequada, até que seja feito um pedido, por parte do cliente.
Entretanto, se essa farmácia adquirir muitos medicamentos para a revenda,
pode não possuir espaço físico correto para armazenamento ou, além de
gastar mais no momento de compra, correrá também o risco desses materiais
terem o seu prazo de validade expirado rapidamente, sem nenhum
comprador. Neste caso, todo esse medicamento deverá ser descartado pela
farmácia, o que ocasionará perdas e prejuízos financeiros.
O cenário desfavorável pode se repetir caso a farmácia compre pouca
quantidade de um material que tenha muita procura: nesta situação, irá
economizar em compras e espaço para armazenagem, mas não terá como
atender a todos os seus clientes e poderá perder clientes para seus
concorrentes. Esse conceito se aplica a empresas como lojas de shopping,
padarias, açougues, matérias de construção, papelarias, restaurantes, etc.
Controlar os materiais em estoque consiste em estabelecer quanto, quando e
de quem comprar produtos para revenda ou produção, considerando os custos
para que se evite desperdícios, tornando a empresa mais competitiva perante
seus concorrentes.
Os custos de estoque podem ser divididos conforme a figura a seguir:
Custo de aquisição
Corresponde ao valor pago na aquisição de uma matéria-prima ou produto
final. É o item mais evidente dos custos de estoque, por ser essencial para
efetivar a compra de materiais e confirmar o reabastecimento de um
armazém.
O cálculo do custo de aquisição pode ser realizado por meio da fórmula a
seguir:
CA = Pr × Q
Onde:
Ca = custo de aquisição
Pr = preço unitário
Q = quantidade
Exemplo I: uma farmácia adquiriu um lote de 182 unidades do medicamento
X para revenda. O preço unitário dos medicamentos é de R$ 15,00. Qual o
custo de aquisição?
Resolução:
CA = Pr × Q
Neste caso, inicialmente teríamos:
CA = ?
Pr = R$ 15,00 (preço)
Q = 182 (quantidade de itens)
Portanto:
CA = R$ 15,00 × 182
CA = R$ 2.700,00
Podemos concluir portanto que a empresa teve um custo de aquisição no
valor de R$ 2.700,00 para adquirir de um lote com 182 medicamentos. É
muito comum, no mercado atual, contarmos com a possibilidade de
descontos. Para tanto, devemos atribuir o percentual de desconto oferecido ao
preço unitário, para que então possamos fazer a aplicação da fórmula.
Exemplo II: uma doçaria adquire constantemente barras de chocolate para a
fabricação de bolos, sorvetes e outros produtos que comercializa. Para a
produção de doces no mês de março, a empresa constatou a necessidade de
compra de 100 kg de chocolate em barras de um 1 kg. Sabendo-se que o
fornecedor concede descontos de 10% para compras superiores a 50 kg deste
material e que cada barra custa R$ 20,00, qual o custo de aquisição?
Resolução:
CA = Pr × Q
Neste caso, inicialmente teríamos:
CA = ?
Pr = R$ 20,00 (preço unitário)
Q = 100 (barras de 1 kg cada = 100 kg) → valor acima de 50 kg
CA = R$ 20,00 × 100 = R$ 2.000,00 → valor sem desconto de 10%
Entretanto, o fornecedor concede 10% de desconto para compras acima de 50
kg. A doçaria programou a compra de 100 kg de chocolate para o mês de
março, portanto ela deve calcular o desconto para encontrar o valor real do
custo de aquisição (CA):
CA = R$ 2.000,00 – (2.000 × 0,10)
CA = R$ 1.800,00 → valor com desconto de 10%
Neste exemplo, observa-se que com os descontos a doçaria terá que
desembolsar R$ 1.800,00 para realizar a compra das 100 barras de chocolate
de 1 kg cada.
Observa-se também que a empresa economizará R$ 200,00 em função do
desconto oferecido pelo fornecedor. Esse resultado é obtido entre a diferença
do valor sem desconto e do valor com desconto (R$ 2.000,00 – R$ 1.800,00
= R$ 200,00).
Custo de armazenagem
Tem como objetivo quantificar o valor da mercadoria quando guardada em
estoque. Para calculá-lo, é necessário considerar não apenas o material
armazenado, mas também os custos com a infraestrutura do estoque e o
tempo de armazenamento. O desafio do profissional de logística que atua na
administração de materiais é torná-lo cada vez menor, para permitir que a
margem de lucro seja maior.
O quadro a seguir mostra alguns fatores que também participam da
composição dos custos de armazenagem:
FATORES DESCRIÇÃO
Impostos Tributos pagos pela empresa em função de suas instalações, localizações, etc.
Movimentação de
Custos com embalagens, transportes, equipamentos de movimentação, etc.
materiais
Onde:
CArm = custo de armazenagem
EM = estoque médio
PMU = preço médio
TEst = tempo de estoque
CArmUnit = custo de armazenagem unitário
Exemplo: para melhor compreensão de como esse custo pode ser obtido,
imaginemos o estoque de uma papelaria de médio porte, que possui uma
quantidade grande de materiais, como lápis, cadernos, grampeadores, canetas,
folhas sulfite e outros tipos de materiais de escritório.
Recentemente, essa papelaria adquiriu cadernos universitários para eventual
comercialização. A tabela a seguir mostra a quantidade comprada, em seus
respectivos meses, e o valor de cada aquisição:
Juros R$ 2.000,00
Aluguel R$ 6.500,00
Seguro R$ 2.300,00
Perda R$ 1.800,00
Imposto R$ 1.600,00
Movimentação R$ 4.200,00
Despesas R$ 2.600,00
Onde:
PMU = preço médio unitário
Portanto:
Podemos concluir, portanto, que o custo médio do produto é de R$ 13,28 por
unidade.
Onde:
EM = estoque médio
Em suma, constata-se que teremos um estoque médio de aproximadamente
153 unidades por mês.
Onde:
CArm = custo de armazenagem
EM = estoque médio
PMU = preço médio
TEst = tempo de estoque
CArmUnit = custo de armazenagem unitário
Portanto, com base nos resultados anteriores, teremos:
CArm = ? (valor que se deseja encontrar)
EM = 153 unidades
PMU = R$ 13,28
TEst = 4
CArmUnit = 0,18
Custo de pedido
O custo de pedido é o valor desembolsado para que o material adquirido seja
entregue pela empresa compradora. Ele pode ser obtido por meio da seguinte
fórmula:
CP = n (CPAdm + CPVar)
Onde:
CP = custo de pedido
n = número de pedidos
CPAdm = custo de pedido administrativo unitário
CPVar = custo de pedido variável unitário
Exemplo: para realizar a aquisição de um tipo de matéria-prima, a empresa X
apurou os custos por lote e da área de compras para trazer a mercadoria, e
obteve os seguintes resultados:
Portanto:
Neste caso, para administrar cada pedido deste material, são gastos R$ 28,46.
Portanto:
CP = CPAdm + CPVar
Onde:
CP = custo de pedido
CPAdm = custo de pedido administrativo unitário
CPVar = custo de pedido variável unitário
Logo:
CP = R$ 28,46 + 448,50
CP = R$ 476,96
Custo de falta
O custo de falta tem como objetivo quantificar o valor financeiro perdido
com a ausência de uma matéria-prima ou produto acabado. No entanto, cabe
ressaltar que o levantamento desse custo é algo complexo em função da
quantidade de elementos que necessitam ser analisados para que esse valor
seja localizado com precisão. Entre os principais itens que constituem o custo
de falta, podemos mencionar:
R$ 250,00 R$ 360,00
CFa = (nº de dias × $ MDO) + (nº de dias × $ equip.) + (nº de dias × $ multas)
Onde:
CFa = custo de falta
No de dias = quantidade de dias em atraso
$ MDO = gastos com mão de obra/hora
$ equip. = gastos com equipamentos/hora
$ multas = valor da multa/dia
salário do motorista;
custo de depreciação;
licenciamento;
remuneração de capital.
Em relação aos custos variáveis, são compostos pelos gastos que variam de
acordo com a distância percorrida, e geralmente são mensurados por
quilômetro rodado. Em outras palavras, esses custos de fato ocorrerão quando
o veículo estiver em movimento. Fazem parte desse grupo:
Licenciamento do veículo
São os custos com taxas, impostos e seguros anuais, fracionados ao longo de
12 meses. Para calcularmos o licenciamento do veículo, podemos utilizar a
seguinte fórmula:
Exemplo:
Considere os seguintes parâmetros de um veículo da transportadora ABC:
Despesas indiretas
São as despesas administrativas e de terminais. Elas não estão relacionadas à
quilometragem percorrida ou diretamente com o veículo, podendo variar
conforme o volume de carga movimentado. As despesas indiretas podem ser
classificadas em:
Exemplo:
Para realizar o transporte de materiais, a transportadora XYZ conta com uma
pequena instalação física que possibilita a consolidação de materiais por
região e posterior despacho. Os custos com essa infraestrutura são
apresentados na tabela a seguir:
Água R$ 550,00
Telefone R$ 400,00
Manutenções R$ 150,00
Limpeza R$ 350,00
Impostos R$ 960,00
TOTAL R$ 15.630,00
Logo:
Onde:
CF = custo fixo da frota utilizada
CV = custo variável (R$/km)
X = distância percorrida (km)
DA = despesas administrativas
LC = margem de lucro
CE = média de coletas e entregas
Exemplo: vamos estabelecer o custo de coleta/despacho da empresa X,
considerando os seguintes parâmetros:
Custo fixo total da frota = R$ 12.500,00
Custo variável (R$/km) dos veículos utilizados = R$ 0,50/km
Distância percorrida = 700 km
Despesas administrativas mensais = R$ 6.500,00
Lucro operacional = 30%
Média de coletas e entregas realizadas = 1.500
PESO
DISTÂNCIA FRETE
(KM) DE 41 A 50 DE 31 A 40 DE 21 A 30 DE 11 A 20 ATÉ 10 VALOR
KG KG KG KG KG
Observe que multiplicamos o volume em m por 300 kg. Isso significa que,
3
MODAL PESO/M3
Aéreo 166,6667 kg
Marítimo 1.000 kg
O resultado obtido demonstra que o peso cubado obtido (36 kg) é maior que
o peso bruto do material (35 kg). Portanto, por ser maior, o peso cubado será
utilizado para o cálculo do frete, pois, se utilizasse o peso bruto, a
transportadora estaria subutilizando o espaço do veículo.
2) Consulte a tabela de frete: de posse do peso a ser utilizado para o cálculo
do frete (36 kg), utilizaremos a tabela fornecida pela transportadora.
Observe a tabela 15 outra vez. A coluna Distância (km) demonstra as faixas
de km percorridos para execução da atividade de transporte. As colunas
subsequentes referem-se ao peso da mercadoria transportada. Observe que
estão divididas por peso (em kg) e que os valores se alteram conforme o peso
do produto a ser movimentado. Por fim, temos a última coluna, denominada
Frete valor, que demonstra o percentual que será aplicado ao valor da
mercadoria.
A localização do valor do frete a ser cobrado será feita pelo cruzamento na
tabela da distância percorrida e o peso do produto. Como já sabemos, a
distância percorrida será de 230 km e o peso a ser utilizado é de 36 kg (peso
cubado).
Portanto, o valor do frete peso será de R$ 23,00.
Além do frete peso, haverá também a necessidade de cálculo do frete valor.
Estes custos consistem em um percentual aplicado sobre o valor da carga
presente na nota fiscal. O objetivo do frete valor é cobrir os custos com
seguro obrigatório, despesas com indenizações de mercadorias não cobertas
por seguros (avarias em manuseio, greves, violações, extravios, etc.).
No exemplo, as informações referentes ao valor do frete se encontram na
tabela 15, na coluna Frete valor.
Portanto, considerando a linha em que há o cruzamento entre distância (km) e
peso (kg), utilizaremos 0,30%. Como já sabemos, o valor do produto a ser
transportado é de R$ 260,00. Logo, o frete valor será de:
ITENS CUSTO
GRIS R$ 0,78
Pedágios R$ 40,00
Logo:
Frete próprio
A empresa, quando possui sua frota, deve estabelecer parâmetros que
viabilizem a criação de sua própria tabela de frete. Essas bases, se bem
estabelecidas, mensuradas e monitoradas, evitarão prejuízos ou estimativas
equivocadas com o consumo de recursos na atividade de transportes.
Para o desenvolvimento da própria tabela de frete, é necessário:
Ou seja:
Realizando a soma dos resultados obtidos, temos:
Onde:
C. espera = custo de espera com carga/descarga (etapa 1)
Desp. indiretas = despesas indiretas
C. transf = custo de transferência (etapa 2)
Dist = quilometragem percorrida (irá variar de acordo com os pontos de
entrega)
LO = lucro operacional (em %)
Portanto, se além dos custos obtidos desejarmos calcular o frete peso para
uma entrega, considerando que sejam percorridos 80 km, teremos:
Dist. = 80 km
Frete peso = [(14,90 + 20) + 0,10 × 80] × (1 + 0,20) = R$ 51,48
Frete
Consultar a tabela de alíquotas sugeridas pela NTC&Logística (ver tabela 18).
valor
Taxas de
Obtida mediante cotação com transportadora ou operador logístico.
coleta
PERCURSO %
Até 250 km 0,30
Manaus/Macapá 2,50
Sustentabilidade Canibalização
QTDE. DE OCORRÊNCIAS
CATEGORIA MOTIVO DE RETORNO %
(FEV./2018)
Retorno de material em
Comercial 100 27%
consignação
Sustentabilidade Canibalização 5 1%
TOTAL 375
Após categorizarmos e identificarmos os motivos de retorno, quantificamos
as ocorrências com o objetivo de saber qual foi a atividade mais executada e,
assim, constatamos que o motivo “reciclagem de materiais” corresponde a
32% do total de ocorrências.
Diante desse cenário, podemos detalhar os custos existentes nessa atividade.
O mapeamento do processo, realizado no início das atividades, auxiliará o
entendimento dos custos existentes. A tabela a seguir mostra as etapas da
empresa para a reciclagem de materiais:
TOTAL R$ 3.660,00
PRODUTOS QUANTIDADE %
A 600 57%
B 400 38%
C 50 5%
TOTAL 1.050
PROD.
ETAPAS DESCRIÇÃO PROD. A PROD. B TOTAL
C
R$
2 Transporte de material coletado R$ 684,00 R$ 456,00 R$ 60,00
1.200,00
R$ R$ R$ R$
TOTAL
2.086,20 1.390,80 183,00 3.660,00
CAPÍTULO 6
Custos com produção
Entre as várias possibilidades, podemos identificar os custos de produção
como diretos e indiretos. Entende-se por custos diretos aqueles que estão
correlacionados ao desenvolvimento de produto, de modo intrínseco. Já os
custos indiretos são aqueles que compõem o processo de produção, mas não
são aplicados diretamente ao produto acabado.
Como exemplo, na produção de um notebook, os custos diretos
corresponderão aos materiais que fisicamente o integram, como pente de
memória, disco rígido e processador, entre outros. A mão de obra presente no
processo produtivo, que atua na transformação da matéria-prima em produto
acabado, também pode ser considerada um custo direto.
Entretanto, os demais custos, como energia elétrica, telefone, internet,
depreciação, entre outros, compõem os custos indiretos de fabricação, assim
como os salários com mão de obra indireta. Portanto, esses são fatores que
não atuam diretamente na transformação da matéria-prima em produto
acabado, assim como correspondem a colaboradores que não atuam
diretamente na linha de produção (almoxarife, gerentes, seguranças, etc.).
Se analisarmos a produção de um armário de madeira, observaremos que
parafusos e puxadores, bem como a própria madeira, são denominados
materiais diretos. Portanto, para caracterizar um elemento como custo direto
de produção, há a necessidade de identificar se o mesmo foi utilizado
diretamente na confecção de um produto.
Para o desenvolvimento desse produto, também serão utilizadas serras, lixas
e outros itens que não formam o produto físico, por isso são chamados de
materiais indiretos.
Ainda com relação às matérias-primas, é importante ressaltar que em alguns
casos há a necessidade de aplicar o rateio e direcioná-las para os custos
indiretos. No caso do armário, por exemplo, a quantidade de cola ou tinta
nem sempre pode ser mesurada e, nesse caso, o custo com esse material deve
ser compartilhado com a produção de todos produtos no sistema.
O QUE É RATEIO?
O rateio consiste na divisão proporcional de custos pelos recursos envolvidos. Para melhor
compreensão de como isso acontece na prática, imagine que você e quatro amigos resolveram ir a uma
pizzaria. Foram adquiridas duas pizzas do mesmo sabor. Você comeu quatro pedaços, um amigo
consumiu seis pedaços, e os demais, três pedaços cada. É correto que aqueles que comeram menos
paguem o mesmo valor que os que comeram mais? Para evitar a desigualdade, o ideal seria identificar o
valor por fatia e pagar somente o consumido – isso é o que chamamos de rateio. Essa lógica pode ser
ampliada aos produtos ofertados por uma empresa para o mercado: um determinado material pode
consumir mais recursos (matérias-primas) do que outro, e para isso será necessário efetuar o rateio.
Salário-hora R$ 15,00
Custo-hora R$ 30,00
Por fim, o custo anual será a soma do custo total de remuneração com as
contribuições básicas. Portanto:
Esse procedimento será válido para todas as áreas de auxílio, bem como para
todos os setores produtivos. Observe que o setor de costura consumiu mais
energia que os demais (220 kW) e terá um custo maior que todos os outros
departamentos (R$ 27.643,98). A divisão do custo de energia ocorreu de
forma proporcional, ou seja, aquele que consome mais kW possui um custo
maior.
b) Água: neste contexto, consideramos a quantidade de funcionários de cada
setor. O número de colaboradores será dividido pelo total de colaboradores, e
posteriormente o resultado obtido será multiplicado pelo valor total da conta
de água. Observe a seguir a aplicação prática para o armazém.
Esse procedimento será válido para todas as áreas de auxílio, bem como os
setores produtivos. Observe que o setor de costura mais uma vez possui mais
colaboradores que os demais (16), e terá um custo maior que todos os outros
departamentos (R$ 11.000,00).
c) Telefone: para aplicarmos o rateio em relação à conta de telefone,
dividimos o número de equipamentos presentes em cada setor pelo número
total de equipamentos e, em seguida, o resultado obtido será multiplicado
pelo valor total da fatura. Observe o exemplo a seguir, aplicado para a área de
controle da qualidade:
Por fim, os custos obtidos nesta etapa devem ser agregados aos setores
produtivos, para que então tenhamos a junção dos custos indiretos de
fabricação. O total obtido até o momento por setor resulta na soma de todos
os rateios das áreas de auxílio:
SETORES PRODUTIVOS
Observe que a coluna Qtde. (unid.) demonstra o total de itens produzidos por
categoria de produtos. As demais colunas (Corte (h), Costura (h), Tingimento
(h) e Acabamento (h)) demonstram a quantidade de horas necessárias para a
produção da quantidade especificada na primeira coluna.
Portanto, considerando a produção dos cinco produtos, a área de Corte, por
exemplo, operou por 810 horas. Se considerarmos os custos da Área de
auxílio, obtido na etapa anterior (R$ 120.560,71), poderemos então iden‐
tificar o custo indireto por hora ou taxa de rateio, conforme o seguinte
procedimento:
SETORES PRODUTIVOS
PRODUTOS CORTE COSTURA TINGIMENTO ACABAMENTO TOTAL
R$
P1 R$ 29.768,00 R$ 27.392,50 R$ 17.709,00 R$ 15.803,20
90.672,70
R$
P2 R$ 22.326,00 R$ 20.818,30 R$ 13.281,75 R$ 11.852,40
68.278,45
R$
P3 R$ 17.860,80 R$ 16.435,50 R$ 10.625,40 R$ 9.481,92
54.403,62
R$
P4 R$ 37.210,00 R$ 33.966,70 R$ 22.136,25 R$ 19.754,00
113.066,95
R$
P5 R$ 13.395,60 R$ 12.600,55 R$ 7.969,05 R$ 7.111,44
41.076,64
R$ R$ R$
TOTAL R$ 71.721,45 R$ 64.002,96
120.560,40 111.213,55 367.498,36
Estoque final = estoque inicial + custo total prod. acabada – custo de prod.
vendido
Estoque final = 0 + R$ 2.579.940,00 – R$ 2.345.400,00
Estoque final = R$ 234.540,00
Custeio direto ou variável
O custeio direto ou variável tem como base a margem de contribuição
(diferença entre a receita total e os custos variáveis). A análise por este
método permite a fácil identificação do potencial de cada produto da
organização para absorver custos fixos e, posteriormente, proporcionar lucro.
Observe o exemplo anterior, agora com a aplicação desse método de custeio.
3. Despesas operacionais
Vendas variáveis = R$ 21.500,00
4. Margem de contribuição (lucro bruto – 3) = R$ 1.678.500,00
Vendas fixas = R$ 12.500,00
Administrativas fixas = R$ 30.000,00
5. Custos fixos = R$ 50.000,00
Lucro final (4 – vendas fixas – admin. fixas – 5) = R$ 1.586.000,00
Estoque final = estoque inicial + custo total prod. acabada – custo de prod.
vendido
Estoque final = 0 + R$ 2.530.000,00 – R$ 2.300.000,00
PRODUTOS
CUSTOS TOTAL
P1 P2
DIRETOS
INDIRETOS
Depreciação R$ 50.000,00
Aluguel R$ 45.000,00
Manutenção R$ 65.500,00
Total R$ 270.500,00
R$
Depreciação R$ 4.000,00 R$ 14.500,00 R$ 17.000,00 R$ 14.500,00
50.000,00
R$
Aluguel R$ 3.500,00 R$ 20.500,00 R$ 16.000,00 R$ 5.000,00
45.000,00
R$
Mão de obra R$ 10.000,00 R$ 8.500,00 R$ 9.500,00 R$ 7.000,00
35.000,00
Materiais R$
R$ 13.000,00 R$ 18.000,00 R$ 25.000,00 R$ 19.000,00
diversos 75.000,00
R$
Manutenção – – R$ 28.000,00 R$ 14.500,00
42.500,00
R$ R$
TOTAL R$ 30.500,00 R$ 95.500,00 R$ 60.000,00
61.500,00 247.500,00
SUPRIMENTOS ARMAZÉM
RECURSOS ADQUIRIR
AVALIAR/DESENVOLVER RECEBER MOVIMENTAR
MATÉRIAS-
FORNECEDORES MATERIAIS MATERIAIS
PRIMAS
Materiais
0,6 0,4 0,5 0,5
diversos
Manutenção 0 0 0 0
SUPRIMENTOS ARMAZÉM
RECURSOS ADQUIRIR
AVALIAR/DESENVOLVER RECEBER MOVIMENTAR
MATÉRIAS-
FORNECEDORES MATERIAIS MATERIAIS
PRIMAS
Materiais
R$ 7.800,00 R$ 5.200,00 R$ 9.000,00 R$ 9.000,00
diversos
Manutenção – – – –
INDICADORES/DIRECIONADORES P1 P2 TOTAL
Número de fornecedores 8 4 12
Quantidade de requisições 40 28 68
INDICADORES/DIRECIONADORES P1 P2
CUSTOS P1 P2 TOTAL
QTDE. (UNID.)
TAMANHO FATOR DE
MATERIAL PRODUZIDA EQUIVALENTE
(M) PONDERAÇÃO
P3 200 2 50 100
Mão de obra
R$ 800,00 R$ 650,00 R$ 360,00 R$ 410,00 R$ 600,00
direta
Custos
indiretos R$ 350,00 R$ 45,00 R$ 80,00 R$ 120,00 R$ 210,00
(rateado)
CUSTO
TOTAL DA R$ 1.550,00 R$ 795,00 R$ 560,00 R$ 750,00 R$ 1.120,00
ATIVIDADE
O custo unitário da Atividade 1 pode ser definido com o valor da respectiva
soma do custo total da atividade (R$ 1.550,00) dividido pelo total equivalente
– calculado na tabela anterior.
demanda;
custos de setup;
taxa de juros para estocagem;
custo unitário de produção.
Embora o valor obtido tenha sido inferior a um mês (18 dias), é importante
ressaltar que a produção desse material será intercalada com os demais
produtos da empresa.
Em seguida, podemos estimar o número de lotes programados para o ano.
Para isso, podemos dividir a demanda anual pelo tamanho do LEF:
Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio permite estabelecermos a quantidade necessária de
produtos que devemos comercializar, com o intuito de evitarmos prejuízos e,
ao menos, cobrir os custos existentes. Para melhor entendimento,
realizaremos os cálculos a seguir para mostrar suas aplicações em nível
operacional, econômico e financeiro.
Exemplo: considere uma empresa que possui uma taxa de capital de 1,5%
a.a. e que possui um patrimônio de R$ 420.000,00. O produto X,
comercializado por essa organização, possui um preço unitário de venda de
R$ 20,00, com custo variável por unidade de R$ 15,90. Além disso, a
empresa possui os seguintes custos:
Aluguel R$ 3.500,00
Depreciação R$ 8.000,00
Logo:
Depreciação linear
A depreciação consiste na análise da desvalorização de um recurso ao longo
do tempo. O objetivo da depreciação é atualizar o valor de um recurso para
que possamos quantificar as perdas ao longo do tempo e providenciar ações
que possibilitem respaldos na tomada de decisões, como troca de maquinário
e/ou ferramentas em um sistema produtivo.
O método mais utilizado é a depreciação linear, que pode ser calculada pela
seguinte fórmula:
Onde:
DL = depreciação linear
PV = preço de venda
VR = valor residual
n = intervalo de tempo
Exemplo: considere um maquinário utilizado em uma linha de produção,
cujo preço de venda corresponda a R$ 15.000,00. Sabe-se que, após 4 anos de
utilização, o seu valor de mercado é de R$ 8.500,00. Determine o plano de
depreciação ao longo do período.
Com base na fórmula já apresentada, podemos efetuar o seguinte cálculo:
0 – – R$ 15.000,00
DICA!
Ao escolher um produto, o consumidor não avalia apenas pelo preço, mas também outros fatores, como
qualidade, disponibilidade e pós-venda.
Componentes do preço de venda
Para entender o que compõe o preço de venda de um produto, é importante
relembrar o que são custos e despesas. Custos abrange tudo o que é gasto pela
empresa para a aquisição e fabricação de um bem ou para a prestação de um
serviço; já as despesas são todos os gastos decorrentes do funcionamento e da
manutenção da empresa, como os salários administrativos, telefones, pró-
labores, etc. Ainda com relação aos custos e despesas, precisamos lembrar
que eles se comportam de maneira fixa ou variável, sendo que os custos fixos
não se alteram conforme a quantidade produzida, porém os custos variáveis
se modificam de acordo com o que será produzido.
Custos e despesas fixas
Os custos e as despesas fixas não se alteram em relação à quantidade vendida
e/ou produzida. Sua variação acontece em relação a fatores principalmente
externos da empresa, como o aluguel do imóvel, que, independentemente da
quantidade produzida, vai se manter o mesmo até que aconteça um reajuste.
Outro exemplo de custos fixos são os salários dos colaboradores que estão
ligados diretamente à produção. Já como despesas fixas podemos citar os
salários administrativos, os pró-labores, os materiais de escritório e de
limpeza, etc.
Custos e despesas variáveis
Os custos e despesas variáveis são aqueles que se alteram em relação à
quantidade produzida. São custos variáveis a matéria-prima, os insumos e as
embalagens; já as despesas variáveis correspondem aos impostos, às
comissões e aos fretes.
Regime tributário
O regime tributário da empresa é de extrema importância para a determinação
do preço de venda, uma vez que a partir dele conseguimos determinar quais
impostos a empresa precisa recolher e quais as alíquotas de pagamento
correspondentes. Os três principais tipos de regimes tributários são:
Lucro real
No lucro real, o IRPJ (Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas) e o CSLL
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) incidem diretamente sobre o
lucro contábil da empresa. Alguns tipos específicos de empresas, pela
legislação atual, são obrigados a optarem por esse sistema, como as empresas
com faturamento anual maior que 78 milhões e as empresas que têm como
atividade principal os financiamentos, como os bancos. No lucro real, as
empresas têm direito a deduções e créditos; nas alíquotas, isso se refere, por
exemplo, aos impostos pagos na aquisição de matéria-prima que podem ser
deduzidos ou creditados dos impostos recolhidos com as vendas dos produtos
manufaturados vendidos.
Lucro presumido
No lucro presumido, a incidência do IRPJ e do CSLL acontece sobre um
lucro estimado pela empresa, predeterminado pela legislação, que varia de
acordo com a atividade da empresa.
Simples nacional
É um regime tributário diferenciado que pode ser optado por empresas que
têm uma receita bruta anual de até 3,6 milhões. É um regime que foi pensado
para auxiliar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas e,
posteriormente, dos MEIs (Microempreendedores Individuais), cujo o foco
foi reduzir a carga tributária e unificar os tributos.
DICA!
Quando for determinar a escolha do regime tributário de sua empresa, busque sempre a ajuda de um
contador. Ele é o profissional mais indicado para esse e outros assuntos relacionados a legislação.
Formas de determinação do preço de venda
Para formar o preço de venda de um produto, tendo a empresa já determinado
o seu regime tributário, deve-se definir os custos e despesas fixas, bem como
os custos e despesas variáveis, além do lucro desejado. Vamos mostrar
algumas maneiras de calcular o preço de venda do seu produto, só que, para
facilitar o entendimento, vamos exemplificar a formação do preço de venda
de uma calça jeans, cuja confecção adotou o regime tributário de lucro real.
Dessa forma, os impostos que incidirão sobre o valor do produto serão:
ICMS;
IPI;
PIS;
COFINS.
DESCRIÇÃO VALORES
Botão R$ 0,50
Zíper R$ 1,70
IMPOSTOS ALÍQUOTAS
ICMS 18,0%
PIS 1,65%
COFINS 7,60%
IPI –
Total 27,25%
Pró-labore R$ 4.000,00
Contador R$ 940,00
Telefone R$ 540,00
Água R$ 140,00
Aluguel R$ 2.100,00
Depreciação R$ 80,00
FIQUE ATENTO!
O rateio ou custeio por absorção é só uma das formas de se determinar custos, mas existem outras
formas de se fazer isso, a partir do custeio variável ou do custeio ABC.
Uma vez obtido o mark-up divisor, vamos então calcular o preço de venda do
nosso produto, utilizando o mark-up. A somatória dos custos e das despesas
do nosso produto é de R$ 34,64, obtidos a partir dos seguintes dados:
Custo da matéria-prima = R$ 29,34/unidade
Custo de energia = R$ 0,13/unidade
Custo da agulha = R$ 0,04/unidade
Custos fixos = R$ 5,13/unidade
FIQUE ATENTO!
No EXW, como o comprador estrangeiro não tem condições legais para realizar o processo de
desembaraço, já que ele não tem acesso ao Siscomex, por não ter o Radar, fica subentendido que na
opção de utilização deste Incoterm® o vendedor providenciaria o desembaraço, assumindo todos os
riscos, no caso da exportação brasileira.
FIQUE ATENTO!
No DDP, o vendedor estrangeiro não tem condições legais para realizar o processo de desembaraço, já
que ele não tem acesso ao Siscomex por não ter o Radar. Logo, não existe a possibilidade de ser
utilizado nas importações brasileiras ou, caso ainda queira utilizar o DDP, o importador fica
responsável por realizar os processos administrativos e o desembaraço aduaneiro na importação.
Ainda nessa lista devem ser acrescentados todos os custos que a empresa
possa ter que sejam exclusivos do mercado interno – no nosso caso, do
mercado brasileiro. Nesse mesmo contexto, os custos com tributos, isto é,
alguns impostos, também devem ser retirados do preço de venda do produto,
já que o governo fornece esses atrativos para incentivar as exportações
brasileiras. Os principais tributos que não são recolhidos na exportação são:
ICMS;
COFINS;
PIS;
IPI.
IPI – –
Como no nosso exemplo, não adotamos o IPI para a calça e também não
apresentamos nenhum gasto com propaganda no mercado interno. Nos custos
com matéria-prima e materiais, podemos observar que temos o custo com a
caixa de papelão, conforme a tabela a seguir:
Botão R$ 0,50
Zíper R$ 1,70
O lucro total a ser deduzido do lote de 4.200 calças jeans para exportação
pode ser calculado assim:
Agora, vamos adotar alguns valores fictícios para a determinação dos custos
na exportação. São eles:
Tabela 42 – Valores-base para o cálculo de custos
DICA!
Antes de autorizar o embarque da mercadoria no país do vendedor, é preciso verificar se a mercadoria
precisa de LI (Licença de Importação). Caso seja necessário, deve-se realizar todo o trâmite de
autorização da LI antes do embarque da carga, pois caso a mercadoria chegue ao Brasil e não esteja
com a LI liberada quando for realizado o desembaraço aduaneiro da mercadoria, o importador não
conseguirá efetuar o desembaraço e a mercadoria ficará retida, acarretando em custos, como o de
armazenagem e multa.
Precisamos agora converter o valor de dólar para reais. Para isso, vamos
adotar a cotação do dólar no valor de R$ 3,64. Dessa forma, o valor
aduaneiro em reais será determinado assim:
Para o cálculo do PIS, a alíquota será de 2,10%. Dessa forma, deve ser
aplicada a equação a seguir:
O COFINS segue o mesmo processo do PIS, e sua alíquota para esse produto
é de 10,65%:
Vamos adotar o ICMS de 18% para esse nosso exemplo, lembrando que o
ICMS tem valores diferentes para cada estado, devendo ser aplicado o ICMS
do estado pelo qual está sendo feita a entrada dos produtos no país. Para
calcularmos o ICMS, primeiro temos de transformar o 18% em decimal, e
para isso dividimos o 18 por 100. Já para o cálculo do ICMS por dentro,
vamos usar a seguinte equação:
Custos de prevenção
São os custos relacionados com as atividades que visam garantir que produtos
defeituosos e serviços insatisfatórios não sejam produzidos. Esses custos
abrangem:
círculos de qualidade;
manutenção preventiva;
treinamento de pessoal;
revisão e atualização das instruções, especificações e procedimentos;
desenvolvimento do plano de controle da qualidade do processo;
planejamento da qualidade;
análise dos produtos novos;
controle de processos;
auditorias da qualidade;
avaliação da qualidade do fornecedor.
Custos de avaliação
São os custos de inspeções e de testes que determinam o grau de
conformidade dos produtos em relação aos requisitos de qualidade. Esses
custos abrangem, por exemplo:
inspeção no recebimento do material comprado;
inspeção durante o processo;
avaliação de protótipos;
inspeções e auditoria das operações de manufatura;
auditoria de qualidade dos produtos acabados;
avaliação do estoque;
serviços e materiais para inspeção e teste.
retrabalho;
sucatas e material refugado durante a fabricação;
reclassificação;
atraso na produção e na entrega;
paralisação causada por defeitos;
necessidade de manter estoques suplementares para suprir as peças
potencialmente defeituosas ou lotes rejeitados;
venda das unidades defeituosas a um preço mais baixo.
0 R$ 50.000,00 R$ 50.000,00
R$
800 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 8.000,00 R$ 28.000,00
18.000,00
R$ R$
1600 R$ 6.000,00 R$ 20.000,00 R$ 42.000,00
16.000,00 36.000,00
R$ R$
2400 R$ 4.000,00 R$ 30.000,00 R$ 58.000,00
24.000,00 54.000,00
R$ R$
3200 R$ 1.000,00 R$ 40.000,00 R$ 73.000,00
32.000,00 72.000,00
Com base nas informações sobre os custos da qualidade, as empresas podem
tomar algumas decisões, tais como: quais processos manter, eliminar ou
priorizar. Além de fazer algumas avaliações sobre o retrabalho, verificando se
vale a pena reprocessar uma peça ou produto com defeito ou se é melhor
descartá-lo, por exemplo, também permite decidir sobre questões
relacionadas às melhorias operacionais e à modernização de equipamentos e
processos.
De maneira geral, esse estudo permite analisar o que vale mais a pena:
investir mais em custos de controle para ter um menor gasto em custos de
falhas ou investir pouco no controle a gastar posteriormente, arcando com os
possíveis problemas decorrentes da falta de qualidade.
Efeito da qualidade sobre a receita
Vale lembrar que, quando uma empresa reduz ou elimina possíveis refugos e
sucatas, automaticamente isso reflete em ganhos – além de evitar problemas
como as devoluções de mercadorias, o que, por sua vez, diminui as
reclamações de clientes. Esses fatos podem fazer com que a empresa aumente
o preço do produto ou serviço, por conta da superioridade e destaque em
relação aos seus concorrentes, podendo assim ampliar sua fatia de mercado, o
que refletirá em maior competitividade e melhores resultados econômicos.
Tudo isso ocorre em virtude da qualidade ser uma área com inter-
relacionamento com as demais áreas e setores das empresas, como o
financeiro, o operacional e o administrativo: todos visam à satisfação total
dos clientes internos e externos, trabalhando em conjunto na busca pelo
aumento dos lucros e pela redução dos custos, fatores determinantes no
posicionamento das empresas mediante o seu segmento ou mercado de
atuação.
Considerações finais
Procurou-se ao longo dos capítulos abordar as técnicas e conceitos sobre os
custos logísticos, tema de extrema importância que permeia todos os setores
de forma transversal e que está presente em todas e quaisquer operações de
uma empresa, influenciando diretamente o seu sucesso ou até mesmo o seu
fracasso.
Ao escrever esta publicação, visamos contribuir com o desenvolvimento da
logística empresarial no país, apresentando teorias, técnicas, fórmulas e
exemplos práticos, de maneira que possa auxiliar empresários, estudantes,
professores e os mais diversos profissionais a buscarem soluções para a
gestão eficaz dos custos logísticos e a melhoria contínua dos processos, a fim
de que possam se tornar mais competitivos, atendendo a um mercado cada
vez mais exigente e com margens mais acirradas.
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integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
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TUBINO, D. F. Planejamento e controle da produção: teoria e prática. São
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Sobre os autores
Damião Limeira da Silva
18-805s CDD-658.1552
658.78
BISAC BUS001010
BUS000000
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A Série Universitária foi desenvolvida pelo Senac São Paulo com o intuito de
preparar profissionais para o mercado de trabalho. Os títulos abrangem
diversas áreas, abordando desde conhecimentos teóricos e práticos adequados
às exigências profissionais até a formação ética e sólida. Mercados de
créditos e de capitais descreve o sistema financeiro nacional com base nos
conceitos e nos instrumentos financeiros disponíveis para a gestão financeira.
Aborda conceitos de operações de crédito de curto e longo prazo,
possibilitando a compreensão dessas operações. Entre os temas abordados,
estão a estrutura do mercado de crédito, os sistemas de custódia e liquidação
de títulos, os títulos bancários de renda fixa, o mercado de capitais e a
securitização. O objetivo é proporcionar ao leitor uma visão geral sobre os
aspectos do mercado financeiro em seus principais segmentos: crédito e
capitais.
Como é esperto esse seu bebê: nem fez um ano e já vai melhorar a
alimentação da casa toda. Não acredita? Está tudo aqui, nas páginas de
Comida de Bebê: uma introdução à comida de verdade. Com apoio de
médicos e nutricionistas, Rita Lobo traz as respostas para as dúvidas mais
comuns da fase de introdução alimentar e, de quebra, ainda ensina a família a
comer com mais saúde, mais sabor e muito mais prazer. Venha descobrir
como o pê-efe, o prato feito, essa grande instituição brasileira, vai virar o pê-
efinho do bebê.
Imagine assar em casa um pão melhor que o da padaria. É isso que você vai
aprender em Pão nosso. Além de ensinar os segredos do levain, o fermento
natural, Luiz Américo Camargo ainda propõe receitas caseiras que passaram
pelo seu rigor de crítico de gastronomia. São dezenas de pães: integral, de
nozes, de azeitona, de mandioca, baguete, até panetone tem. E você também
vai encontrar refeições inteiras em torno das fornadas. Da irresistível salada
panzanella, passando pela surpreendente rabanada salgada até um ragu de
linguiça que é de limpar o prato, com pão, naturalmente.
Mora sozinho e quer comer melhor? Rita Lobo ensina você a vencer os
obstáculos da cozinha para um, sem precisar cozinhar do zero a cada refeição.
Além de receitas saborosas e muitas técnicas culinárias, este livro traz
soluções incríveis para a sua rotina: tem receita em uma panela só, tem uma
aula completa de pê-efe, tem dicas desde a lista de compras até a hora de
lavar a louça. Sem nem perceber, você vai ficar craque em planejamento. Vai
aprender a armazenar, congelar e aproveitar melhor (e reaproveitar!) os
alimentos. Vai saber montar uma despensa básica e escolher os utensílios. E
ainda vai se divertir na cozinha. Só para um é uma ferramenta fundamental
para você manter uma alimentação sempre saudável.