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do Produto Digital
Rafael Mazaro
2023
SUMÁRIO
Capítulo 1. Projeto x Produto ...................................................................................... 5
Por quê?......................................................................................................................................... 16
Como? ............................................................................................................................................. 16
O quê?............................................................................................................................................. 16
Diversificação.............................................................................................................................. 25
Incentivar ..................................................................................................................................... 25
Colaboração ................................................................................................................................. 25
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Valorize ideias inovadoras .................................................................................................... 27
OKR .................................................................................................................................................. 31
Utilizando o OKR........................................................................................................................ 31
Os 100% ........................................................................................................................................ 33
KPI’s ................................................................................................................................................ 37
Referências ......................................................................................................................... 51
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Capítulo 1. Projeto x Produto
Antes de discutirmos sobre projeto e produto, precisamos entender
suas diferenças. Segundo o Wikipédia (2021): “Um projeto em administração
ou em ciência é um empreendimento colaborativo, que frequentemente
envolve pesquisa e projeto, e que é planejado para atingir um determinado
fim”.
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Os skills necessários para fazer uma gestão de projetos são bem
diferentes dos necessários para uma gestão de produtos.
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Capítulo 2. Definindo a visão do produto
Visão do produto nada mais é do que entender a necessidade de se
ter o produto. Basicamente funciona como um norteador para tomada de
decisões do produto através de entender como resolver um problema real.
Através da visão do produto, é possível direcionar todas as decisões em
relação ao mesmo. Importante ressaltar que quando falo “produto” estou
me referindo a qualquer solução que tenha um cliente.
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Uma ferramenta bacana para entender o usuário é o mapa de
empatia.
Vê? O que seu usuário vê? Como é o ambiente onde ele usa o
produto? O que o mercado oferece?
Ouve? O que o seu usuário ouve? O que seus amigos dizem para ele
sobre o seu produto? O que o chefe dele diz? O que os
influenciadores dizem?
Diz e faz? O que o seu usuário diz e faz em relação ao seu produto?
O que ele comenta com amigos e em redes sociais? O que ele
consegue fazer graças ao seu produto?
Pensa e sente? O que seu usuário pensa e sente quando usa o seu
produto?
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Dores? Quais são as principais dores, medos, frustrações e
obstáculos que o seu usuário encontra?
Impacto na Estratégia
O que precisamos analisar é que o produto evolui à medida em que
o time implementa as diversas funcionalidades, com isso é gerado um ciclo
contínuo de aprendizado sobre as percepções do cliente, seus problemas e
necessidades, proporcionando novas alternativas para ajudá-los a encontrar
as soluções necessárias.
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Capítulo 3. Product Market Fit
Product Market Fit basicamente consiste em entender se o produto
resolve um problema real, e que haja tamanho e necessidade no mercado
inserido.
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O Momento Certo
A maneira de testar o Market fit é sempre o mais cedo possível.
Portanto, não invista pesado no desenvolvimento de produtos ou soluções
que você ainda não sabe se há fit com o mercado.
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Capítulo 4. Golden Circle
O Golden Circle é um conceito criado pelo especialista em liderança
Simon Sinek, seu principal objetivo é criar e desenvolver o valor de um
produto. Na prática é muito simples, porém ajuda a trazer clareza e
inspiração sobre os objetivos.
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Por quê?
É o propósito do seu produto. Para um produto trazer propósito, é
preciso definir o porquê de sua existência, para posteriormente elaborar
campanhas que vão atrair os olhares dos clientes.
Como?
O segundo ponto do Golden Circle está relacionado a forma como o
produto irá atingir os seus objetivos, ou seja, as atitudes práticas, time e
metas.
O quê?
Aqui é a operação, como definir que deve ser feito ou o que deve ser
vendido. Para fazer o seu produto crescer, é preciso saber tudo sobre suas
características oferecidas. É o ponto mais simples do círculo, porém
essencial para aqueles que desejam expandir a sua operação e diversificar o
produto/serviço a ser vendido.
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pode ser especialista em smartphones de última geração e querer ampliar a
sua marca vendendo computadores e periféricos de qualidade superior.
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seu produto porque compartilham os valores defendidos pelo seu negócio.
Sinek resume esta ideia enfatizando que “as pessoas não compram o que
você faz, mas o porquê do que faz”.
Fonte: https://criaufmg.com.br/2017/05/11/golden-circle-o-que-e/
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Capítulo 5. Value Stream Mapping
O Value Stream Mapping tem como objetivo trazer um entendimento
claro sobre todo o fluxo processual da cadeia de valor, com seus inputs,
outputs, sistemas, gargalos e oportunidades. É uma excelente ferramenta
de gestão visual que ajuda a equipe a ter clareza sobre cada atividade da
cadeia de valor.
Definindo valor
O Value Stream Mapping ajuda a esclarecer oportunidades de
melhoria, fontes de desperdícios e a avaliar métricas de performance. Ele
também pode ser utilizado para produzir transparência nos processos e para
criar uma visão comum, que evidencia várias áreas envolvidas e tem como
grande foco remover os silos sobre os processos da cadeia de valor,
auxiliando no entendimento e na comunicação de gestores, mas também na
colaboração e mudança de cultura.
Desta forma, o Value Stream Mapping pode ser usado para melhorar
qualquer processo em que haja etapas repetitivas e especialmente quando
há transferências de atividades, ou seja, tempo de espera entre os
envolvidos na cadeia de valor. Por exemplo, na indústria, por meio do Value
Steam Mapping, durante a montagem de um determinado produto, os
trabalhadores podem ver o que está obstruindo o processo e interromper a
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linha de montagem para resolver o problema e então fazer o processo fluir
novamente.
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Figura 5 – Fluxo VSM.
Fonte: https://www.supero.com.br/blog/value-stream-mapping/
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Capítulo 6. Startup Mindset
O elo entre a forma das startups atuarem e a estrutura das grandes
empresas ajudam a produzir a inovação que um negócio precisa para ser
relevante para um nicho de mercado/clientes. O grande problema na maioria
das empresas é a cultura para inovar, portanto proporcionar o
desenvolvimento dos colaboradores através do startup mindset, pode
evoluir o negócio e motivar seus colaboradores.
Estratégia de Inovação
Evidencia os principais objetivos a serem alcançados através da
inovação, métodos, ferramentas, planos de ação e métricas. Enfim, deixar a
cultura aberta para inovar.
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Diversificação
Tenha um grupo de colaboradores multidisciplinares, e estimule
constantemente a missão de discutir e fomentar a cultura inovadora. O
principal objetivo dessa equipe é construir soluções novas para os
problemas, entregando valor para todos os envolvidos.
Incentivar
Quando a cultura da colaboração é implementada, a estratégia de
inovação fica muito mais fácil.
Colaboração
Com bons produtos orientados à tecnologia, é possível organizar
melhor a estratégia de inovação, estimular a comunicação e a colaboração,
entre outros benefícios. A contratação de profissionais com pensamento
orientado pela inovação facilita a geração do startup mindset. Qualificar sua
equipe também é uma ótima ideia, já que muitas pessoas têm desejo de
aprender mais e se especializar.
Fonte: https://blog.luz.vc/c/infograficos/.
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Capítulo 7. Squads
O Squad é uma metodologia para organizar equipes e otimizar a
performance dos profissionais do time. Traduzido para o português, o
termo Squad significa “esquadrão” e carrega exatamente essa ideia, de um
time que enfrenta algum desafio e deve cumprir uma missão.
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profissionais ganham autonomia para a execução de tarefas e relevância
dentro dos projetos.
Fonte: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/squads-team
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Figura 8 – Squad Spotify.
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Capítulo 8. Métricas de produtos
OKR
OKR (Objetivos e resultados chave) é um framework ágil que ajuda a
nortear os times através de objetivos claros. Quando utilizado corretamente,
ele se torna um aliado indispensável na estratégia de trazer mais
transparência, alinhamento, foco e agilidade ao time.
Utilizando o OKR
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John Doerr, ex-funcionário da Intel, ficou impressionado com a
eficácia do método OKR e, após ingressar na Kleiner Perkins (um dos
primeiros grandes investidores do Google), apresentou-o ao Google como
consultor de Larry Page e Sergey Brin.
Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/tecnologia/minha-empresa.
Como estruturar
Com a ajuda de OKRs, o Google cresceu de 40 para mais de 100.000
funcionários. O Google também é a razão pela qual o método OKR se tornou
tão popular e é usado por startups de rápido crescimento, como Spotify ou
Netflix, bem como grandes corporações como Samsung ou Volkswagen.
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pois apenas os objetivos realmente essenciais devem ser escolhidos entre
todos os possíveis durante o processo de planejamento e formulados de
acordo.
Os 100%
"Se você estabelece metas ambiciosas loucas e as perde,
provavelmente ainda alcançou algo notável." - Ken Norton, Ex-Diretor de
Gerenciamento de Produtos @Google
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As equipes tornam-se mais auto-organizadas (motivação por meio
de autonomia e envolvimento).
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podem não ter um impacto no indicador-chave de desempenho até o
próximo trimestre. As métricas que não podem ser influenciadas
diretamente são chamadas de medidas de atraso. Por outro lado,
existem medidas de chumbo, ou seja, métricas que podem ser influenciadas
diretamente e cujo progresso pode ser medido imediatamente ou apenas
após um pequeno atraso.
O elo estratégico
OKR é mais do que “apenas” uma estrutura para definir metas. Os
OKRs finalmente constroem a ponte entre a visão e a missão de sua
organização e o nível operacional. Ao vincular as tarefas diárias, que por sua
vez estão vinculadas às metas trimestrais ágeis e às metas anuais ou
plurianuais abrangentes, a clareza e a transparência são promovidas em
toda a organização.
Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/tecnologia/minha-
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Visão e Missão
Visão e missão são as diretrizes estratégicas da
organização. Geralmente são definidos pela liderança, definem a direção de
longo prazo da empresa e devem ter caráter motivador. Essas metas de
longo prazo também fornecem o escopo para todas as metas subjacentes de
médio e curto prazo (OKRs).
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OKRs são, portanto, o elo estratégico entre estratégia (visão, missão
e objetivos de médio prazo) e operações (tarefas, atividades e projetos).
KPI’s
KPI (key performance indicators) é uma forma de medir o sucesso
(“performance”) de uma empresa, organização, processo ou atividade
diferentes de OKRs. Na vertente de results-driven management, Andy
Grove, por exemplo, defendia que toda empresa pode ser pensada em um
conjunto de caixas com inputs e outputs:
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escolhidos, eles só vão servir para fortalecer opiniões já formadas, ou
justificar algo que já estava para ser dito. É muito possível, por exemplo, ter
todos os “principais indicadores de performance/sucesso” positivos, e tudo
estar dando errado, principalmente em empresas result-driven.
É uma boa prática não ter muitos KPIs, mas os escolhidos devem ser
o mais oposto possível, como margem financeira e satisfação do cliente, ou
qualidade e horas trabalhadas.
Exemplos:
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alterando os valores e ideias (cultura) da mesma, porventura produzindo
novas ofertas ou serviços.
Para ter uma visão holística desse cenário, seria útil ter dados como:
Demanda
Para cada demanda atual, saber quanto tempo precisa, qual tipo de
demanda e quantas pessoas com qual capacitação são necessárias.
Pessoas
Financeiro
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A grande questão está na combinação desses indicadores. Se você
sabe que para executar a demanda X, precisa de Y pessoas com Z
capacitação, olhar para as pessoas é crucial. O forecast financeiro, só faz
sentido se você contar que, de acordo com o padrão de
contratação/retenção/turnover/crescimento das pessoas isso será possível,
ou quais ações são necessárias para que isso aconteça.
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Capítulo 9. A importância da gestão visual de um produto
Vamos falar do Squad Canvas, uma ferramenta que ajuda na gestão
visual, comunicação e alinhamento de uma equipe ágil multidisciplinar com
foco em gerar valor, ou, para os mais íntimos, Squads.
Fonte: https://medium.com/@andrefre/apresentando-o-squad-canvas-
a4d2ced02fa0
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Como usar o Squad Canvas
O Squad Canvas é flexível para ser adotado por equipes em qualquer
contexto, e preenchido com aquilo que faz sentido para aquela situação. No
momento de instanciação de uma Squad, o Canvas pode ser usado como
ponto de partida do trabalho, orientando o que é relevante para ser abordado
durante a montagem da equipe.
Fonte: https://medium.com/@andrefre/apresentando-o-squad-canvas-
a4d2ced02fa0
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Value Stream é o nome da cadeia de valor à qual a Squad pertence.
A estruturação da organização em Value Streams está intimamente
ligada ao valor que esta organização gera para seus clientes. Ex: VS
Pessoa Física, VS Pedidos;
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Blueprint. Idealmente, essa porção também deixa claras as dores
e/ou oportunidades que a Squad se propõe a resolver com as
Soluções;
Sprint Atual, mais conhecido como "o que estamos fazendo nesse
ciclo?", é uma representação da porção do Backlog e outras
atividades sendo trabalhadas no momento.
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elementos, o que é bastante interessante, pois já começa a instalar a cultura
da cocriação, além de desenvolver o senso de propriedade nos membros.
Obviamente, a delegação de responsabilidade também requer delegação de
poderes e para que a própria equipe tenha autonomia de decidir sobre si
mesma.
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Capítulo 10. Business Model Canvas
O Business Model Canvas é uma ferramenta para desenvolver
modelo de negócio, que se popularizou entre os empreendedores. Mais do
que ajudar a tirar sua ideia do papel, o Canvas também é útil para analisar e
organizar os elementos do seu negócio e entender quando eles já não estão
funcionando tão bem.
Fonte: https://abstartups.com.br/quer-aplicar-o-business-model-canvas-veja-
alguns-exemplos/
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O objetivo do BMC
O objetivo é que você monte o canvas em conjunto com outras
pessoas. Indicamos que você imprima o modelo em uma folha A3 e vá
colando post-it em cada bloco, pois é um exercício que normalmente requer
alterações, mudanças e repensar muitas suposições iniciais.
Cases
O primeiro modelo é de um negócio SaaS (Software as a Service).
Fonte: https://abstartups.com.br/quer-aplicar-o-business-model-canvas-veja-
alguns-exemplos/.
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consumidores é o acesso a muitos produtos e preços ao mesmo tempo em
que seu grande desafio é a confiabilidade das transações.
Canvas do Nubank
Fonte: https://abstartups.com.br/quer-aplicar-o-business-model-canvas-veja-alguns-
exemplos/.
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Referências
CAGAN, Marty. Inspirado – Como criar produtos de tecnologia que os
clientes amam. 2. Ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020.
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