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JORNADA DE

PRODUCT MANAGER
Essa apostila pertence à jornada de Product Manager e todo
o seu conteúdo constitui trabalho intelectual, cujos direitos
autorais são reservados à Gama Academy.

Jornada de Product Manager 2


Olá!
Seja bem-vindo Para que você alcance os resultados que busca,
precisamos trabalhar juntos! É importantíssimo que
você se comprometa em fazer a sua parte e assista
à jornada Product Manager. todo o conteúdo que preparamos com muita pesquisa
e análise de mercado; que você reflita sobre os pontos,
Esse material tem o objetivo de te guiar durante toda fazendo o desafio e anotando os aprendizados; e
jornada que começa agora!​Parabéns por ter tomado a principalmente, que arregace as mangas e coloque em
decisão de investir em si mesmo e de se capacitar para prática tudo o que você irá aprender!
se tornar um/a profissional de sucesso!
Somente através desse compromisso é que será
A partir de agora, você terá acesso a um conteúdo possível construir a sua carreira de sucesso no
especialmente preparado para te proporcionar uma mercado de produto.
imersão no mercado de produto. Reunimos aqui
conhecimentos de anos, atuando com a formação de Abraços,
profissionais para o mercado de trabalho, e treinando Equipe Gama Academy
equipes de grandes empresas como Itaú, Nubank, iFood, Transformamos talentos para o mercado digital
Ambev, Magalu, entre outras.

Jornada de Product Manager 3


Índice

Fundamentos de Gestão de Produtos _06 Construindo seu MVP _37


(Mínimo Produto Viável)
• História e carreira de um/a Product Manager
• Por que compramos e como escolhemos o que comprar? • O que é um MVP
• Responsabilidades e características de um Product • Tipos de MVP
Manager • Hipóteses e premissas
• Tipos de Product Manager • Escopo de MVP
• PM, PO, PMM, PD e SM • Definição de features - Delivery de MVP
• Produto, serviço ou plataforma/sistema • Lançamento de MVP
• Quem faz parte de um time de produto? • Validando o MVP - Como saber se o seu MVP fez sucesso ou não
• Quem são os Stakeholders?
• Ciclo de Vida do Produto

Overview de criação de produtos _16 Metodologias Ágeis em Produtos _44


• Qual público eu quero atingir? • Fundamentos de Metodologias Ágeis
• Persona • Manifesto Ágil
• Mapa de Empatia • O que é Scrum
• Que dores essa persona possui? • Scrum: Rituais e Cerimônias
• Jobs to be One • Scrum: Artefatos
• Essa persona está disposta a pagar pelo meu produto? • Scrum na Prática
• Modelos de Precificação • Scrum: Refinamento de Backlog
• Pesquisa Essencial de Sean Ellis e Momento Ahá • Kanban - Sistema Puxado
• Business Model Canvas
• Lean Canvas

Discovery: como começar e conduzir? _27 Priorização e estratégia para PMs _53
• Metodologia Dual-TrackAgile • Ciclo de vida e Matriz BCG
• Etapas do Discovery • RICE Framework
• Tipos de pesquisa • ICE Framework - Técnicas de Priorização
• Métodos de pesquisa - Qualitativa
• Benchmarking - Pesquisa Quantitativa
• Consolidar os resultados
• Continuous Discovery - Gerando Oportunidades
• Onde o discovery acaba - Ideação de soluções

Jornada de Product Manager 4


Índice

Planejamento e roadmap _68 Métricas de Produto _84


• O que é e para que serve um Roadmap? • Métricas qualitativas e quantitativas
• Dicas gerais sobre roadmap • Métricas de vaidade Vs. Métricas de valor
• Como fazer um roadmap • Métrica Única de Sucesso (OMTM)
• Ferramentas para construção de roadmap • Custo de Aquisição de Clientes (CAC)
• Life Time Value (LTV)
• Taxa de conversão
• DAU e MAU
Delivery de sucesso _60 • Taxa de rotatividade (Churn)
• O que é um épico? • Net Promoter Score (NPS)
• O que é uma Feature? • Como definir as métricas ideais para o seu produto
• O que é uma User Story?
• Critérios de aceitação
• Definição de Pronto e Definição de Feito (DOD e DOR) Soft Skills essenciais para produteiros _95
• Remoção de Impedimentos • A importância de desenvolver Soft Skills
• Gestão de Demandas e Buy-in • O que é e como desenvolver Ownership?
• Release e Versionamento • O que é e como ser um Team Worker?
• O que é ser Fast Learning?
• Como ter uma comunicação assertiva?
Aplicando teste A/B _78 • O que é e como desenvolver a Empatia?
• Como desenvolver habilidades de Negociação?
• Teste A/B Como funciona • O que é Problem Solving e como ser um Problem Solver?
• Como montar uma estratégia • O que é ser um Profissional T-Shaped?
• Metrificar e iterar • O que é Business Acumen?
• Como iterar
• Principais erros
• Ferramentas

Jornada de Product Manager 5


Fundamentos de
Gestão de Produtos
Fundamentos de Gestão de Produtos
História e carreira de um/a Product Manager

Antes de começar precisamos saber, afinal: o que é um Product Manager? O termo classifica um visionário dos produtos
digitais, é quem sabe as dores do mercado e as necessidades do usuário.

É possível comparar o Product Manager com o/a profissional que é “a mãe ou o pai” de um produto. O Product Manager escuta
e entende a necessidade do usuário. A partir disso ele vai encaminhar o cliente para o melhor caminho.

Por que compramos e como escolhemos o que comprar?

Quando você vai ao mercado comprar um sabonete, por exemplo, se depara com uma infinidade de marcas, tamanhos e
tipos. Com tantos concorrentes oferecendo produtos semelhantes, as marcas precisam pensar: “o que eu preciso fazer para o
cliente escolher o meu produto?”.

Aí entra o profissional de Product Manager, que visa entender quais as reais necessidades dos clientes e o que será um fator
decisor de compra. Uma pessoa que possui relação com alguma criança, por exemplo, precisa de um sabonete específico para
a pele infantil.

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Fundamentos de Gestão de Produtos
Responsabilidades e características de um
Product Manager

O Product Manager é responsável pelo alinhamento de produtos, negócios e clientes. Os profissionais precisam se envolver com
todas as áreas, entender os problemas e necessidades do usuário, além de convencer seus stakeholders (públicos de interesse)
a apoiarem os projetos.

Além disso, a pessoa precisa ter conhecimento em outras áreas como:


Este profissional precisa de várias
habilidades:
Design
Saber investigar, entender o usuário e as jornadas.
Ser curioso;
Tecnologia
Ter empatia; Saber que tipo de tecnologia é viável para tornar o produto real.

Se comunicar bem; Estratégia de Negócio


A pessoa precisa saber vender o produto.
Saber aproveitar as oportunidades;

Ficar atento a todos os detalhes; O que o Product Manager faz?

Ter liderança; • Traduz os desejos do consumidor para dentro da empresa.


• Garante que o produto desejado chegará no tempo certo ao mercado (tecnologicamente).
• Garante que a estratégia da empresa e do consumidor estejam alinhadas.
Conhecer o mercado.
• Dá foco aos times de desenvolvimento.
• Dono do roadmap - caminho do sucesso (os passos que ele precisa caminhar para chegar até
onde deseja, com o produto).

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Fundamentos de Gestão de Produtos
Tipos de Product Manager
A função do Product Manager é garantir que os produtos de uma empresa sejam capazes de atender a todas as expectativas dos
clientes. Este profissional é fundamental para atingir o público certo, da forma certa.

Dentro da função de Product Manager existem outras facetas. Veja abaixo quais são elas.

Tech Product Manager


Focado na parte técnica do produto, se algo der errado, ele vai saber exatamente em qual componente havia
o problema. Sabem muito bem como conduzir times de desenvolvimento e conseguem resolver problemas de
engenharia. São pessoas mais técnicas.

Designer Product Manager


Sabem como colocar o usuário em primeiro lugar e entregar soluções belas e funcionais. Tem uma maior sensibilidade
com a interação do usuário e também poder de abstração.

Business Product Manager


Sabem trabalhar bem com vendas e se apresentam bem aos clientes. Precisam entender os números do negócio
e mandam muito bem em estratégias para ganhar o mercado. Sabe como convencer os executivos e membros do
time.

Data Product Manager


Pessoas que sabem tudo sobre dados e produtos que derivam do produto principal. Assim como produzem,
também utilizam os dados a favor para levar o melhor para o cliente.

Growth Product Manager


Analítico e atento a todos os tipos de oportunidade que aumentem a percepção de valor do produto para alavancar
e escalar o produto. Seu foco é o crescimento rápido, costuma trabalhar bem perto dos times de desenvolvimento
e marketing.

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Fundamentos de Gestão de Produtos
PM, PO, PMM, PD e SM
Cada dia mais as empresas e os profissionais precisam se
aperfeiçoar, pois a concorrência só cresce. Na área de produto
algumas funções foram desmembradas para que o profissional
foque em algo específico e seja cada dia mais eficiente. Vamos
ver o que cada profissional faz.

PM: Product Manager - Olha por fora; interage com os


stakeholders; é a voz do cliente; constrói storytelling; gerencia o
roadmap.

PO: Product Owner - Olha pra dentro do time; prioriza o backlog


(lista de coisas que precisam ser feitas para construir o produto),
articula as histórias, participa dos rituais do scrum.

PD: Product Designer - Entende o usuário; coleta informações


sobre jornada de compra; responsável pelo fluxo de uso,
responsável por tangibilizar as necessidades do produto. Constrói
as jornadas de uso, e ajuda a planejar como a solução vai virar
realidade.

PMM: Product Marketing Manager - Responsável por levar o


produto até as mãos dos usuários; comunicação do produto; go
to market; posicionamento do produto; estratégia de divulgação.

SM: Scrum Master - Responsável por garantir que a equipe siga


a metodologia ágil; responsável pelos rituais (daily, review, retro);
remove impedimentos do time; garante boas entregas em bons
tempos. Especialista em metodologia.

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Fundamentos de Gestão de Produtos
Produto, serviço ou plataforma/sistema

Produto x Plataforma x Serviço

• Possui só um tipo de usuário • Envolve mais de um tipo de • Podemos comparar com os


• São touchpoints dentro de usuário produtos (apenas um usuário)
uma jornada • Quanto mais pessoas usam, • Intangível
• Produtos ajudam na mais valorizada a plataforma é • Baseado em relacionamento
finalização da jornada • Plataformas envolvem mais • Não envolve posse
• Produtos são tangíveis de um tipo de ação • Serviços não são perecíveis
• Normalmente produtos são • Conectores de interesses
vendidos de forma direta (B2b, B2c) Exemplo: Adobe Creative Cloud,
para o consumidor que é um conjunto de aplicativos
• São perecíveis Exemplo: Spotify, Airbnb, Uber. e serviços que dá aos usuários
acesso a programas usados
Exemplo: Um site para comprar para design gráfico, edição de
um ingresso. vídeo e fotografia, além disso, o
Eles ajudam a fazer a jornada, serviço oferece um espaço para
mas não podem fazer a jornada armazenamento de arquivos na
sozinhos. nuvem.

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Fundamentos de Gestão de Produtos
Produto, serviço ou plataforma/sistema

Produtos dentro da plataforma:

Fonte: Spotify, 2021.


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Fundamentos de Gestão de Produtos
Quem faz parte de um time de produto?

Para que o produto seja construído com sucesso são necessárias várias habilidades. Entre elas podemos listar:

Desenvolvedores São responsáveis por tornar o produto real e eles conhecem a tecnologia. O Product Manager faz a
(devs) / Engenheiros ponte com os desenvolvedores, para que eles entendam também sobre os usuários, Eles podem
sugerir formas mais simples e eficientes de se resolver os problemas que os usuários estejam
de software
enfrentando.

Quality Eles testam o código e procuram por bugs ou erros que podem atrapalhar a experiência do cliente.
Fazem testes automatizados e maximizam o desempenho do produto final. Garantem a qualidade no
Assurance (QA) desenvolvimento do produto.

Product Vão ser responsáveis por 5 etapas no processo de desenvolvimento de produto, que são: Compreensão,
Ideação, Definição, Prototipação e Validação. Conhecem e estudam o usuário. São responsáveis por
Designers (PD) solucionar a dor e materializar a solução por meio de telas.

Project Este profissional é responsável por manter o cronograma do projeto de produto em dia e dá suporte ao
grupo, resolve problemas que impedem o time de avançar nas etapas. Além disso, o Project Manager
Manager cuida dos custos, qualidade e riscos.

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Fundamentos de Gestão de Produtos
Quem são os Stakeholders?

É o público de interesse de um serviço ou produto. São pessoas que vão manter o seu produto “de pé’’, stakeholders satisfeitos
costumam fazer grande diferença para a conquista dos objetivos de uma empresa.

• Stakeholders Internos: colaboradores, time de produtos, gestores, vizinhos, diretores.


• Stakeholders Externos: sindicatos, governos, clientes.

Como se comunicar com os Stakeholders:

Tenha reuniões periódicas de alinhamento.

Convide os stakeholders para workshops.

Faça entrevistas com usuários.

Garanta que as informações importantes sejam passadas de maneira transparente.

Não deixe o stakeholder saber de informações por terceiros.

Registre tudo (e-mails, mensagens, fotos).

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Fundamentos de Gestão de Produtos
Ciclo de Vida do Produto

O ciclo de vida de um produto é uma ferramenta que


permite analisar como um produto se comporta desde o seu
desenvolvimento até a retirada do mercado. É importante
para a empresa saber quais estratégias usar em cada uma
dessas etapas para evitar o declínio do produto. Vamos ver
quais são essas etapas.

Introdução: É a fase mais delicada, pois o custo de pesquisa


e desenvolvimento é alto, às vezes, o produto ainda não
existe e se existe o mercado é pequeno. Esse é o momento
principal de foco em financiamento do projeto e alinhamento
de stakeholders.

Crescimento/Growth: O produto começa a se tornar


rentável e o investimento começa a se pagar. É o momento
de investir em comunicação e marketing para potencializar a
subida da curva de vendas.

Maturidade: É a fase de competição. O produto não é É praticamente impossível precisar quanto tempo vai durar cada
mais novidade e é o momento que mais se luta com os uma das etapas. Isso porque as mudanças envolvem uma série
competidores. Nesse momento o custo de produção já é de fatores internos e externos, como as particularidades do
menor, portanto, dá para aproveitar e pensar em melhorias produto em si e do mercado no qual está inserido.
estruturais. É a etapa que mais dura.
Vale manter um acompanhamento e análises contínuas para
Declínio: É o momento de repensar. O mercado já está entender qual momento o produto está vivendo neste ciclo.
saturado e existem muitos competidores. Os consumidores já
compraram o produto. É o momento para investir em análise
de dados, melhorias ou mudanças drásticas de segmento.

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Overview
de criação
de produtos
Overview de criação de produtos
Qual público eu quero atingir?

Antes de um time ir a campo é preciso conhecimento dos pontos fortes e fracos do seu adversário e do campo que ocorrerá a
partida. O Lean Customer Development é um processo que visa identificar o alinhamento entre produto e mercado, conhecido
como Product Market Fit.

A principal característica da abordagem é considerar que as hipóteses não são válidas até serem testadas e comprovadas. Com
testes, chega-se a conclusões baseadas em dados.

Nesta metodologia existem alguns conceitos para identificar cada etapa, são eles:

Customer Discovery (descoberta do cliente): fase inicial do processo, identifica qual o problema real do cliente. Usa como
premissa a ideia de que para entregar valor em um produto é importante resolver algo relevante na vida da pessoa e motivá-la
a utilizar o produto. O foco é explorar o público para entender o usuário e seu comportamento, como pesquisas qualitativas e
quantitativas.

Customer Validation (validação pelo cliente): nesta etapa o produto é testado, a persona é validada, é construído um MVP e
os feedbacks dos usuários são colhidos. O foco é economizar tempo, dinheiro, esforços e evitar erros graves no lançamento do
produto.

Customer Creations (criação de demanda): esta fase é iniciada na etapa de entrega do produto, quando iniciam as vendas.
Nesta etapa também é preciso planejar o marketing e desenvolver estratégias de vendas para o lançamento. O foco é tentar
entregar uma boa performance e acompanhar as métricas de aquisição e satisfação dos clientes.

Company Building (alavancagem do negócio): etapa onde o produto já foi explorado, validado e desenvolvido, ou seja, ele já
está no mercado. É preciso traçar estratégias para estruturar a empresa e começar a escalar o negócio, É importante conhecer
os pontos fortes e fracos do cliente e estruturar um time com as habilidades necessárias para isso.

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Overview de criação de produtos
Persona

O que é uma
Para chegar às personas é preciso passar um processo:

• Protopersona: é o protótipo de persona, feito com suposições e informações


Persona? •
dos usuários.
Validação da Persona: após realizar pesquisas é preciso encontrar padrões
nas informações coletadas e entender os diferentes tipos de usuários. O
Se você vai oferecer um produto é preciso ideal é que sejam construídas no mínimo três personas.
saber quem vai comprá-lo e o perfil destas
pessoas. As personas são personagens Depois é preciso preencher as perguntas com as informações já validadas para
fictícios criados para representar os criar a persona do seu produto. Confira o exemplo abaixo:
diferentes tipos de usuários. Desta forma,
fica mais fácil criar um produto com uma
visão centrada em suas necessidades.
A identificação de uma persona é feita
por meio de pesquisas qualitativas e
quantitativas, com isso é possível saber
quem são as pessoas que vão utilizar o
produto.

A quantidade de personas vai depender


do produto e do público que deseja atingir.
Mas atenção, concentre-se em construir
até três personas no início, isso vai evitar
que você perca o foco querendo atingir
diversos públicos.

Fonte: blog.hotmart.com

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Overview de criação de produtos
Mapa de Empatia

Com a persona desenhada é importante enxergar os usuários mais a fundo, com mais detalhes. Por meio do Mapa da Empatia é
possível entender o que as personas sentem, quais as necessidades, desejos e problemas mais íntimos. O foco da pesquisa é o
sentimento do usuário.

Em cada quadrante é necessário


responder um questionamento com
base no comportamento da persona.
Os dados podem ser levantados após
a aplicação de uma pesquisa. Desta
forma é possível entender a fundo
quem são essas pessoas que vão
utilizar o produto.

Exemplo de Mapa da Empatia.

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Overview de criação de produtos
Que dores essa persona possui?

Entender as dores é fundamental, pois elas são as necessidades da persona, os sentimentos e


frustrações, tudo aquilo que gera uma experiência ruim no cotidiano delas. Este levantamento é
muito importante para o Mapa da Empatia e para a estratégia em si.

É preciso fazer esses questionamentos para entender a persona:

• O que ela busca solucionar utilizando o seu produto?


• Qual é a motivação e quais obstáculos ela enfrenta?

Com as informações levantadas, é hora de analisar e partir para os próximos passos, que são:

Consolidação dos dados: após consolidar os dados das personas e do Mapa de Empatia você vai
encontrar exatamente quais os problemas e dores do usuário, mas é importante priorizar e saber
qual problema resolver primeiro.

Jornada do Usuário: é uma forma de compreender as dores do cliente. É uma representação


gráfica das etapas de relacionamento do cliente com um produto ou serviço que descreve os
passos percorridos antes, durante e depois da compra e utilização.

Priorização de Features: é importante montar um esquema para que o time visualize quais serão
as prioridades, isso também vai facilitar na hora de mostrar para seus stakeholders e também
ajuda a direcionar o que deve ser feito.

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Overview de criação de produtos
Jobs to be One

É uma metodologia para A ideia parte do princípio que não adianta perguntar para os consumidores o
que eles querem, pois eles vão responder de acordo com o que o mercado
analisar as circunstâncias que já oferece.
levam as pessoas a quererem
A metodologia Jobs to be done, vem se popularizando para desenvolver a
comprar um produto ou capacidade das empresas de encontrar soluções inovadoras para entender
serviço. O intuito é reformular o cliente de forma mais profunda e, dessa forma, se destacar em relação à
concorrência.
as necessidades de um usuário
Mas como dar um passo à frente da concorrência? Entendendo o que
e trazer maior clareza sobre a agrega mais valor para o que o cliente quer resolver e a motivação dele ao
entrega de valor. utilizar esse tipo de produto.

Quando Quando Para entender esta metodologia é necessário preencher a tabela acima com
(Situação) (Situação)
situações que o seu cliente está passando. Ao listar a situação é preciso
questionar o que ele quer e porque ele está querendo aquilo,
Eu quero Eu quero
(Motivação) (Motivação) Por exemplo, quando o cliente está em casa ele assiste filmes em um
serviço de streaming para relaxar. Com base nesta afirmação, a empresa
Para que Então eu posso precisa pensar em algo que melhore essa experiência de relaxamento do
(Resultado esperado) (Resultado esperado) cliente a partir de suposições.

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Overview de criação de produtos
Essa persona está disposta a pagar pelo meu produto?

A pesquisa é tão importante que é nela que as marcas investem mais tempo e dinheiro.
Na hora de pensar nessa estratégia, algumas marcas fazem uma comparação com
outras fontes de dados.

A Desk Research é uma pesquisa realizada em sites ou em revistas, fontes confiáveis.


Essa pesquisa é baseada em dados secundários, ou seja, informações que são coletadas
a partir de pesquisas realizadas para outros projetos. Esse método de pesquisa deve ser
feito antes mesmo de começar qualquer projeto de Product Design.

A Buyer Persona é direcionada para representar o seu consumidor final, é a junção de


todas as características da persona em um personagem fictício, ou seja, a representação
do seu cliente. Entendendo os hábitos de consumo das pessoas, é possível direcionar
melhor ações de marketing.

Outra forma de testar o produto é simular a venda dele. O Teste de Demanda, consiste
em simular a venda com uma amostra de pessoas que tenham o perfil das personas. O
objetivo é entender a aderência daquele produto no mercado, ou seja, por meio dos
números e feedbacks, podemos saber se é a hora de entregar o produto ou aprimorá-lo.

Já o Teste de Usabilidade consiste em desenvolver um protótipo do produto e testá-lo


em usuários reais. Assim, a empresa vai economizar tempo, dinheiro e desenvolver um
produto que realmente atenda as necessidades das pessoas.

Com este teste é possível entender se o produto está gerando valor para os usuários,
analisar a oferta do mercado e o que o cliente precisa para fazer uma proposta de valor.

Outra forma de fazer com que o cliente interiorize que precisa do seu produto é com o
Storytelling, que é uma forma de comunicar através de uma narrativa envolvente. O
foco é fazer com que a pessoa identifique a sua necessidade na solução da empresa.

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Overview de criação de produtos
Modelos de Precificação
O Modelo de Precificação é a forma de valorar o produto ou serviço para o cliente. Ele tem impacto direto na lucratividade da
organização. Neste sentido não existe um modelo certo ou errado, pois depende da necessidade de cada negócio, do modelo de
negócio e da estratégia de marketing e vendas.

Confira alguns modelos mais usados no mercado:


• Assinatura simples: consiste em ter um produto e um valor, podendo ser renovado. Exemplo: Sketch (software de design).
• Por usuário: a empresa cobra um valor diferente de acordo com a quantidade de usuários ativos. Exemplo: Hostgator, Salesforce.
• Por usuário com gratuidade: é um modelo que cobra um valor diferente por diferentes tipos de necessidades, mas também
podendo utilizar gratuitamente com menos recursos (acesso limitado). Exemplo: Recuva.
• Freemium: consiste em os usuários poderem utilizar o produto de forma completa, porém, com propagandas durante o uso.
Para retirar as propagandas, devem pagar pelo produto. Exemplo: Spotify.
• Por clique/visitante: modelo que cobra um valor pela quantidade de pessoas que visitam o site ou acessam uma determinada
URL. Exemplo: campanha do Google Ads.
• Grátis com publicidade: não é cobrado um valor pelo produto, porém, ocorre publicidade durante a utilização. Exemplo:
Youtube.
• Taxa de corretagem/plataforma ponto a ponto: a empresa não cobra pela utilização do produto em si, mas, para concluir o
seu objetivo, é necessário o pagamento pelo serviço utilizado. Exemplo: Uber, XP Investimentos.
• Armazenamento: consiste em cobrar por serviços de armazenamento de arquivos em iCloud, o serviço vende o espaço em
seus servidores. O preço é baseado na quantidade de espaço que o usuário deseja. Exemplo: Dropbox.
• Por item: a empresa cobra pela quantidade de consumo, como quantidade de e-mails marketing disparados. Exemplo:
MailChimp.
• Preço por plano: são oferecidos diferentes pacotes de serviços, pode até ter uma personalização de acordo com o uso do
usuário e o preço é baseado na quantidade de recursos no pacote. Exemplo: SmarttBot.
• Preço por plano e item: a empresa oferece diferentes pacotes de serviços, mas, tendo como base a quantidade de usuários
que vão utilizar aquele serviço. O preço será baseado na quantidade de usuários. Exemplo: Netflix;

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Overview de criação de produtos
Pesquisa Essencial de Sean Ellis e Momento Ahá

Sean Ellis é conhecido como o “pai do Growth Hacking” e cunhou o termo em 2010. Ele ajudou diversas empresas a chegarem ao
sucesso.

O Growth Hacking é uma forma de trabalhar o crescimento do seu negócio, com base na construção empírica de melhores práticas
a partir de hipóteses e experimentos. Os principais objetivos são:

Economia de tempo; Poucos custos;


(quase todos contam com versões gratuitas ou bastantes acessíveis)

Autonomia da equipe; Alto retorno de resultados.

Quando o cliente percebe qual é a real importância do seu produto e entende como ele pode ser útil, isso é chamado de Momento
Aha. Como se fosse a expressão de surpresa mesmo: “Aha, então é assim”.

Normalmente a primeira experiência que a empresa proporciona para o cliente pode levá-lo a este momento. Entender seu cliente
é o ponto de partida para quase todas as ações que promovem vendas em sua empresa.

Existem ferramentas que são indispensáveis para a implementação de hacks:

• Analytics: são usadas para a mensuração dos dados e experimentos


• Pop-up/coletor de e-mails: essa ferramenta é usada para estimular a curiosidade dos clientes enquanto eles navegam no site,
para captação de leads ou para algum aviso importante. Normalmente os pop-ups aparecem no meio da tela,

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Overview de criação de produtos
Business Model Canvas

A ideia central do Business Model Canvas (Canvas do modelo de negócio) é permitir que o negócio seja completamente visualizado
em uma única página. A estruturação de um BMC é extremamente importante não só para que os sócios ou donos possam
visualizar o funcionamento de sua empresa de forma rápida, mas também pode servir de guia para a elaboração de um plano de
negócios. O modelo ajuda a tirar a ideia do papel. Confira o exemplo abaixo.

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Fonte: abstartups.com.br
Overview de criação de produtos
Lean Canvas

Deixar as ideias fluírem é o passo inicial para


a criação de novos negócios e a conquista do
sucesso. Grandes marcas cresceram assim. Exemplo de Lean Canvas
O Lean Canvas é uma ferramenta baseada
no Bussiness Model Canvas utilizado para o
planejamento destas ideias.

O quadro Lean Canvas tem um foco maior em


hipóteses que precisam ser validadas logo no
início da vida de uma startup. O método mostra
se a empresa tem realmente características
de uma startup e visualiza propostas de valor
para o cliente. Além disso, o quadro faz com
que o empreendedor entenda o mercado
mais rápido, ou seja, diminui o investimento
em tempo e dinheiro.

Neste mesmo contexto está o MVP


(Minimum Viable Product) que é o conjunto
de funcionalidades mínimas de um produto.
O MVP é desenvolvido para testar os usuários
e aprender com os feedbacks para melhorar
constantemente o produto e entregar uma
experiência incrível.
Fonte: analistamodelosdenegocios.com.br

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Discovery:
como começar
e conduzir?
Discovery
Metodologia Dual-TrackAgile

Começar um produto ou serviço sem saber se o público vai aceitá-lo é um erro grave, não é mesmo? Discovery é a primeira fase
e mais decisiva do ciclo de um produto.

Esta é a hora de descobrir se o produto atende às necessidades dos usuários antes mesmo de ser desenvolvido e lançado. Essa
pesquisa é feita para reduzir riscos ao máximo.

O Discovery é usado para:

• Testar hipóteses; • Reduzir desperdícios (pensamento Lean);


• Aprender com as falhas de forma rápida e barata; • Mudar as estratégias;
• Ciclo de feedbacks contínuo (buil-measure-learn).
• Validar as hipóteses com os usuários;
• Prototipagem (MVP e POC);

Etapas
do Discovery
Neste processo é preciso
dividiras responsabilidades
de todos os membros da
equipe para dar foco a cada
uma das camadas. Um
exemplo de organização é
o quadro ao lado:

28
Discovery
Processo Double Diamond
Todo começo é difícil e faz originar muitas opiniões contrárias. O Double Diamond é a metodologia usada para encontrar soluções
nos projetos e mapear os estágios divergentes e convergentes. Desta forma, as soluções são aperfeiçoadas antes do lançamento
do produto, afinal, com o carro na estrada é bem mais difícil ajustar os pneus.

No quadro acima as informações são separadas em duas figurinhas, como se fossem diamantes. No primeiro diamante, há
espaço para o problema, você vai tentar entender que pesquisas e ideias são necessárias para gerar esse resultado esperado.

Na segunda etapa, é o espaço da solução, você consegue ter uma ideação de soluções que podem resolver o problema e como
prototipar essa solução.

Depois da pesquisa completa chega-se às soluções certas para continuar o desenvolvimento do produto.

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Discovery
Tipos de pesquisa

Para realizar a pesquisa e encontrar as soluções corretas para o seu


produto você precisa saber como realizar e quais tipos de pesquisa
escolher.

Confira os principais tipos de pesquisas:

Comportamental: são os comportamentos dos clientes


relacionados à usabilidade do produto: como eles
usam esse produto?
Atitudinal: está relacionado com as atitudes dos clientes
no processo de entrevista.
Qualitativo: nessa etapa é preciso entender o motivo e
como aquilo acontece.
Quantitativo: está mais relacionado a quantificar as
coisas, saber quanto, o quê e qual.

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Discovery
Métodos de pesquisa - Qualitativa
A pesquisa qualitativa é focada no “por quê”, ou seja “como” as coisas acontecem.

• São realizadas com um público-alvo específico ou um público potencial, no caso de novo produto, por exemplo.
• Auxilia na conclusão correta em conjunto com os métodos quantitativos.
• Entende com o usuário o que o motiva, duas dores, comportamentos e oportunidades.
• O ideal é fazer a pesquisa entre 5 e 8 pessoas no máximo.
• Crie um plano de pesquisa com: objetivo, impacto, motivos, matriz CDS, público-alvo e premissas.

Para chegar a este resultado existem algumas metodologias. Entre elas:

Entrevista em profundidade Contexto de Uso (Shadowing, vivência) Desk Research

É um método de pesquisa presencial ou remoto Método de pesquisa que observa o usuário dentro É um tipo de pesquisa que se utiliza de bases de
utilizado diretamente com os usuários ou clientes do do contexto de uso da atividade dele. É uma dados já existentes. O objetivo é auxiliar os outros
produto. O objetivo é entender as percepções dos abordagem comportamental, diferentemente da estudos, dando um contexto mais profundo e ajudar
usuários, as dores, impressões, o comportamento entrevista. O objetivo é entender o ecossistema na conclusão. É indicado para ter um entendimento
do cliente, as necessidades e motivações de em volta, observar e ver como as pessoas se mais completo sobre um produto existente ou
utilização do produto. Esse método deve ser relacionam com o produto, como as pessoas no estudo inicial de um novo produto/feature.
utilizado com novos produtos e nova feature. navegam e utilizam. Esse método deve ser utilizado Exemplo: Serasa, IBGE.
para observar o produto existente.

Beanchmarking/ Análise Competitiva Teste de Conceito Teste de Usabilidade

Esta é uma pesquisa estratégica utilizada para Pesquisa que visa avaliar o real mercado existente, É uma pesquisa que visa avaliar a usabilidade da
comparar o seu produto com outros produtos do a aceitação e demanda de uma ideia de produto. É solução junto com o cliente. O quão fácil ou não é
mesmo segmento da indústria ou da indústria realizada antes do desenvolvimento ou lançamento a usabilidade. O objetivo é entender as percepções
diferente. O objetivo é comparar features, avaliações do produto. O objetivo é validar a proposta de valor dos usuários, impressões sobre a navegação,
dos usuários, atendimento, pós venda, usabilidade, e observar as percepções. Deve ser utilizado em manuseio, comportamento. Utilizar em novo
proposta de valor e branding. novo produto (MVP) e nova feature (MVP). produto (MVP) nova feature (MVP) e em produtos
já existentes.

31
Discovery
Benchmarking - Pesquisa Quantitativa
A pesquisa quantitativa foca no “quanto”, “o quê” e “qual” e é realizada com ferramentas de analytics (Google Analytics, Firebase,
Tableu), auxilia na conclusão correta em conjunto com os métodos qualitativos, entende os padrões, frequências e causas
dos usuários na utilização do produto. Em uma pesquisa quantitativa a relevância estatística é um fator importante para
conclusões.

Nesse caso, para afirmar que o comportamento de determinada amostra deve ser considerada para a população é importante
descobrir o tamanho ideal dela. Para esse caso, a dica é usar a calculadora de Survery Monkey.

Questionário Online (Survey) Análise de dados de uso - Analytics

É um método de pesquisa tradicional para coletar a opinião dos usuários São análises do dia a dia do PM/PO (Product Manager e Product Owner)
sobre a utilização do seu produto ou de uma feature específica. Como São as ferramentas que medem o uso do produto em tempo real ou não.
por exemplo, a opinião da experiência de refeição em um aplicativo O objetivo é entender comportamentos em grande escala e utilizá-los
de entrega de alimentos. O objetivo desse método é entender diariamente.
comportamentos em grande escala. É indicado usar sempre que
necessário para validar hipóteses levantadas nas pesquisas qualitativas.

Teste A/B Mapas de Calor

Neste método são construídas duas versões diferentes do mesmo São ferramentas que medem onde os cliente mais e menos interagem
produto com um mesmo público de pessoas. Como por exemplo: versão com a interface do seu produto. O objetivo é identificar as áreas mais
A roda no estado de São Paulo, logo a versão B deve ser testada com relevantes da interface para testar novos produtos.
um percentual desse mesmo público. O objetivo é medir a performance
de uma versão versus a outra. É indicado utilizar esse teste sem que seja
necessário, é ótimo para MVP (Mínimo Produto Viável).

32
Discovery
Consolidar os resultados

Esta é hora de parar e organizar tudo. Após todas as pesquisas quantitativas e qualitativas teremos uma chuva de dados, mas
ainda não teremos as informações que farão a diferença. Entra em cena as ferramentas a seguir para organizar os pensamentos:

Mapa de Afinidade: ajuda a separar as opiniões


dos membros da squad e/ou stakeholders por
grandes temas.
Mapa de Empatia: auxilia na organização dos
temas por uma perspectiva de empatia com o
cliente.
Personas: auxilia na concepção das personas do
seu produto.
Atomic Research: ajuda no cruzamento de um
ou vários métodos de pesquisa qualitativa e
quantitativas, com a finalidade de melhorar o
entendimento e conclusão da pesquisa.
Matriz CSD (Certezas, Suposições, Dúvidas):
auxilia na divisão dos temas por três pilares:
Certezas, Suposições e Dúvidas. As suposições
normalmente são testadas e dúvidas podem
gerar novas pesquisas.

33
Discovery
Continuous Discovery - Gerando Oportunidades
Agora que todas as pesquisas e entrevistas foram realizadas e as ideias foram consolidadas, chegou a hora de saber como
gerar as oportunidades organizando todas as informações e dados.

Journey Map (Mapa de Jornada do Usuário) - visão macro

Para construir esse mapa é


preciso levar alguns aspectos
em consideração.

• Defina a persona, o cenário


explorado e expectativas.
• Defina as fases da jornada,
não apenas do produto.
• Ações, emoções e
pensamentos do cliente/
usuário.
• Linha para definir as
emoções das experiências
em cada fase (satisfeito,
indiferente e insatisfeito)
• Oportunidades para resolver
as dores
• Responsáveis internos pela
execução.

34
Discovery
User Story Map (Mapa de Estórias do Usuário) - visão micro Continuous Discovery - Gerando Oportunidades

Siga as informações para construir o mapa de modelo de serviço: • Abaixo da linha de interação separe as ações do cliente que são
suportadas por pessoas ou tecnologias.
• Traga evidências, métricas ou outras informações que possa • Abaixo da linha da visualização liste os processos ou sistemas
auxiliar no entendimento das ações do cliente com os canais que suportam os processos de tecnologia.
• Ações/jornada do cliente com os canais

35
Discovery
Onde o discovery acaba - Ideação de soluções

As pesquisas e entrevistas foram feitas, as oportunidades foram identificadas, bora pensar nas soluções? É o momento de propor
e escolher as melhores hipóteses a serem testadas. Para isso podem ser usadas algumas técnicas.

Brainstorms: É uma técnica para encontrar soluções para um problema específico, podendo ser simples ou complexo. Cada
pessoa pode apresentar sua ideia ou uma ideia específica pode gerar engajamento dos demais para novas variações. O objetivo é
organizar as hipóteses por temas e votar nas melhores para serem prototipadas. É recomendado utilizar para problemas simples e
complexos.

Crazy 8s: Essa técnica é usada para encontrar soluções de forma visual, baseada nos rabiscos dos envolvidos. Com o auxílio de
uma folha A4 dobrada em oito partes cada pessoa desenha oito versões de soluções diferentes para o mesmo problema ou oito
variações da mesma solução. Tudo isso em oito minutos. No final são escolhidas as melhores ideias. É recomendado utilizar para
problemas simples e complexos.

Storyboard: Técnica para encontrar soluções de forma visual, baseada em rabiscos que possam contar uma história de como o
usuário pode resolver aquele problema. Cada pessoa conta uma história, em formato de quadrinho, de como o cliente atingiu o
objetivo. As melhores histórias são selecionadas. É recomendado utilizar para problemas simples e complexos.

Design Sprint: Esse método foi desenvolvido pelo Google para definir e testar protótipos em 5 dias. Cada dia de uma semana útil
possui um objetivo a ser atingido, na segunda se mapeia o problema e na sexta já é validado um protótipo com o usuário. Utilizado
para problemas complexos.

Lean Inception: É o nome dado ao workshop colaborativo para alinhar um grupo de pessoas sobre o produto mínimo viável a ser
construído. Cada dia de uma semana útil possui um objetivo a ser atingido, na segunda se mapeia a visão do produto, o que ele
faz e no último dia é realizado um showcase para apresentar os processos que levam a decisão do MVP escolhido. Utilizado para
problemas complexos.

Opportunity Solution Tree: O foco do método é entender as oportunidades emergentes e testar soluções que possam atendê-las.
No topo estará o objetivo a ser alcançado, em sequência as oportunidades que podem gerar uma ou várias soluções que atendem
a oportunidade estudada. É recomendado utilizar para problemas simples e complexos.

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Construindo seu
MVP (Mínimo
Produto Viável)
Mínimo Produto Viável
O que é um MVP

Antes de investir todas as fichas em algo é muito comum surgirem dúvidas sobre o sucesso dele, por mais que sejam realizadas
inúmeras pesquisas. Construir um produto que seja viável para o cliente, mas apenas com funcionalidades básicas envolve o
conceito MVP, do inglês, Minimum Viable Product.

O Mínimo Produto Viável é versão funcional que vai permitir que um pequeno grupo de consumidores testem o produto para dar
uma opinião. O principal objetivo é testar a viabilidade de uma ideia sem gastar muito dinheiro.

É importante pensar e tentar responder a pergunta:

“Qual é o menor esforço que precisamos para entregar


valor ao cliente com o maior retorno possível?”.
A estratégia aumenta as chances de sucesso do produto, afinal, só após o teste ele será realmente lançado.

38
Mínimo Produto Viável
Tipos de MVP

Existem diversas formas de aplicar o MVP. Depende do tamanho da empresa,


verba disponível, das características do produto, do que é preciso validar e
das necessidades da empresa. Vamos ver quais são os mais comuns:

Mágico de OZ: O nome faz referência ao filme “O Mágico de OZ” pois dá


uma ideia de “ilusão”. A empresa vai apresentar um produto com todas as
funcionalidades em uma versão automatizada, mas na verdade, todo o
trabalho será feito de forma manual. A vantagem é ter experiência fiel ao que
seria o produto final e o investimento é baixo, porém, ele não é escalável.

MVP Concierge: O formato é usado para proporcionar um atendimento


exclusivo para o cliente, com soluções personalizadas, uma relação
bem próxima de pessoa para o cliente. Neste modelo, uma pessoa faz as
funções que deveriam ser automatizadas. O investimento é baixo e oferece
uma flexibilidade para mudanças no produto, porém não é escalável e a
monetização é difícil.

MVP - Colcha de retalhos: A marca possui um sistema, mas não é próprio,


utiliza ferramentas e tecnologias que já existem para montar essa experiência
para o cliente e simular o que seria o seu produto final. Pode ser um fluxo
um pouco frágil e geralmente requer intervenção, pois nem todos os pontos
se ligam. A vantagem desse MVP é ter uma certa escalabilidade e baixo
investimento comparado aos outros. O ponto negativo é depender dos
serviços de terceiros.

MVP - Única funcionalidade: O produto é lançado e a marca faz apenas uma


coisa, mas, ao longo do tempo podem ser introduzidas outras funcionalidades.
Ele é escalável e funcional, porém, precisa de um investimento alto.

39
Mínimo Produto Viável
Hipóteses e premissas

Todo MVP começa por uma hipótese, seja ela pensada ou não. O objetivo do MVP é testar se essa hipótese se sustenta na vida
real ou não. É preciso que esta hipótese seja observável, quantificável e invalidável. Além disso, o MVP precisa responder três
perguntas:

1. Alguém precisa deste produto?


2. Quem é essa pessoa?
3. A pessoa está disposta a pagar pelo produto?

Para ter uma hipótese forte, é importante ter um público muito definido. Para isso, é preciso buscar quem sente a dor mais forte.
Essas pessoas estão procurando uma solução para essa dor que será o produto. Uma boa ferramenta para entender quem são
essas pessoas é a criação de personas.

Com o público bem definido é a hora de ir a fundo nas dores desses clientes,
para entender exatamente qual é o problema que a solucionar.

40
Mínimo Produto Viável
Escopo de MVP

O escopo é uma das coisas mais importantes a definir do MVP, pois, ao escolher o escopo errado você está perdendo tempo e
esgotando recursos. Para definir o escopo podemos usar dois métodos:

Matriz Simples de Priorização

2. Transformar
1. Fazer agora em um projeto
Impacto

3. Transformar 4. Deixar de
em uma tarefa lado por agora

É um acrônimo de quatro expressões, o objetivo é relacionar


cada funcionalidade do seu produto e categorizar de
Esforço
acordo com essas opções. O método facilita a priorização e
a importância de tarefas.

Nessa matriz dois aspectos são levados em conta: o A ordem de necessidade de cada item é decrescente,
Esforço e o Impacto. É preciso avaliar todas as ideias para os itens que precisam constar, os que deveriam, os que
o MVP (Produto Viável Mínimo). No número um veja o poderiam e os que não terão.
que é preciso ser feito no momento, depois o que é para
ser transformado em projeto, em terceiro o que deve ser
transformado em uma tarefa e em quarto, o que pode ser
deixado para depois.

41
Mínimo Produto Viável
Definição de features - Delivery de MVP

Alguns MVP precisam de mais investimentos e desenvolvimentos que outros. Aí surgem as grandes dúvidas, pois, como requer um
grande investimento pode haver um grande risco associado a isso. O importante é buscar o equilíbrio entre fazer bem feito e fazer
rápido. O MVP precisa ser organizado, fácil de entender e ter uma arquitetura flexível.

Em um MVP a distribuição do tempo é muito importante. Por exemplo, tempo na documentação do código, no tratamento de erros
ou na otimização de códigos.

Outro aspecto importante é a mensuração de dados. É necessário ser capaz de gerar feedback e insights para ir a fundo no que o
usuário está fazendo.

Lançamento de MVP

Existem diversas formas de lançar o Minimum Viable Product, isso varia de acordo com o tipo de MVP, tipo de produto e da sua
empresa. Veja alguns tipos de lançamento que são os mais comuns:

Soft Launch: É um lançamento com um público mais limitado, neste tipo você tem pouco marketing. A ideia é reduzir os riscos
atrelados ao lançamento. Nesse método muitas pessoas fazem o lançamento com amigos e familiares, mas, se a sua ideia é
realmente testar hipóteses e validar essa não é uma boa ideia, O ideal é que o Soft Launch seja voltado para quem tem as dores que
o seu produto pode resolver.

Hard Launch: É o lançamento tradicional de um produto, com investimento em marketing para mostrar o produto para o público
geral, não é indicado para MVPs nas primeiras fases, e sim se você precisa de um grande público para validar suas ideias.

Dark Launch: É uma estratégia usada para lançamentos posteriores, como por exemplo: atualizações, novas features, ciclos
interativos. O lançamento ocorre apenas para um parcela do público.

42
Mínimo Produto Viável
Validando o MVP - Como saber se o seu MVP
fez sucesso ou não
Com os dados em mãos é preciso fazer uso de algumas ferramentas para avaliação do MVP. Entre elas estão:

Critérios Mínimos de Sucesso: definição de algum patamar mínimo que determinada métrica deve atingir para considerar
que o seu MVP foi bem sucedido.

E as métricas são:

Métrica de Satisfação NPS: nota de zero a dez;

Métrica de ativação: são os novos usuários que o produto tem;

Métrica de usuários: os usuários ativos diários, semanais e mensais;

MRR Receita Mensal Corrente;

Custo de aquisição: todos os custos para trazer um usuário para o produto;

Receita Média por Usuário; toda a receita dividida pela quantidade de usuários;

43
Metodologias
Ágeis em Produtos
Metodologias Ágeis
Fundamentos de Metodologias Ágeis

O crescimento da tecnologia fez muitas profissões sumirem, influenciadas pela facilidade na execução dos trabalhos. Da máquina de
escrever até hoje foram incontáveis evoluções. As empresas têm buscado aproveitar essa oportunidade internalizando métodos mais
eficazes em sua rotina. Com isto, a gestão e todas as áreas são influenciadas.

Por exemplo, era comum que algumas empresas usassem o método de projeto “efeito cascata”. Nela, os desenvolvedores resolvem, logo no
início, o que será entregue ao longo do projeto. Desta forma, os profissionais não conheciam a fundo os consumidores e consequentemente
eles recebiam produtos que não atendiam às suas particularidades.

Esse método muitas vezes não


era assertivo. O resultado? Adeus
milhões investidos. Por exemplo,
no efeito cascata, se o objetivo é
construir um carro: primeiro você
constrói uma roda, depois constrói
a carcaça do carro, após isso, tudo
é somado e você tem um carro, é o
passo a passo,

Agora, a produção é contínua e


o aperfeiçoamento também, os
modelos são ágeis e trazem mais
vantagens.

45
Metodologias Ágeis
Fundamentos de Metodologias Ágeis

Além do método, a hierarquia com os profissionais e as prioridades mudaram. Atualmente, o mais importante é o cliente. Isto quer
dizer que as decisões destes profissionais serão baseadas no que estes clientes pensam e preferem.

46
Metodologias Ágeis
Manifesto Ágil
O manifesto ágil é formado por quatro
itens que visam definir o que é prioridade:

O Manifesto Ágil reconhece que a utilização de • Indivíduos e interações, mais que


processos, ferramentas, documentos, contratos e processos e ferramentas;
planos pode ser importante para o sucesso do projeto, mas • Software em funcionamento, mais que
são ainda mais importantes os chamados valores ágeis. documentação abrangente;

Ser ágil é ter um mindset ágil e adaptar-se às mudanças sem • Colaboração com o cliente, mais que
traumas, pois, elas acontecem a todo momento, Além negociação de contratos;
disso, é importante entregar o produto mais rápido • Responder a mudanças, mais que seguir
com mais frequência e assertividade. um plano.

Fonte: zup.com.br

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Metodologias Ágeis
O que é Scrum

Dentro do conceito de agilidade temos o framework Scrum. Podemos associar Product Backlog (backlog do produto): lista do
o Scrum a uma equipe de rugby (é do esporte mesmo que surgiu o termo). O trabalho que precisa ser feita para chegar àquilo que
método Scrum é um conjunto de ações que ajuda as equipes a trabalharem foi acordado entre todos os envolvidos no projeto.
juntas, otimiza o tempo de entrega, estimula os profissionais a aprenderem Atua como a entrada para o Sprint Backlog.
com as experiências e aumenta a qualidade do produto desenvolvido.
Sprint Backlog: uma lista de atividades que
Estrutura Scrum: precisam ser feitas durante uma sprint. Define o ciclo
de desenvolvimento de um software.

Sprint Planning: é o primeiro evento em Sprint. Abre


o ciclo de execuções.

Sprint Retrospective: ocorre após a revisão do


Sprint e antes do próximo Planning Sprint.

Sprint Review: valida as entregas da equipe e verifica


se todos os critérios programos no planejamento
foram cumpridos.

Agora é necessário saber quem são as pessoas que


trabalham com Scrum. Elas exercem três papéis:

Product Owner: gerencia o Product Backlog.

Scrum Master: é quem facilita o projeto.

Time Scrum: quem desenvolve o projeto.


Fonte: blog.cronapp.io

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Metodologias Ágeis
Scrum: Rituais e Cerimônias
Assim como uma religião, existem rituais e cerimônias para o desenvolvimento do scrum. Longe de qualquer ritual macabro, os
eventos visam dar regras para conduzir a equipe a trazer melhorias aos resultados.

Sprint Planning
(planejamento da Sprint): Sprint Review: feita ao final
é o primeiro evento, é o da Sprint, é a apresentação
início da Sprint. É aqui que dos resultados e das metas
vamos ver o que vai ser conforme foi planejado.
executado pelo time.

Sprint (Execução da
Sprint): realizado entre
uma a quatro semanas,
o foco é nas entregas do Sprint Retrospective: feita
Sprint Backlog. ao final da Sprint Review.
É momento de identificar
Daily Meeting (reuniões os pontos importantes
diárias): visa sincronizar no andamento da Sprint.
a equipe, é discutido o São levantadas melhorias,
que foi realizado e o que pontos positivos e ideias.
precisa ser feito.

49
Metodologias Ágeis
Scrum: Artefatos

Os artefatos do Scrum são projetados para fornecer transparência ao processo. O intuito é maximizar e assegurar que as informações
serão transmitidas para as equipes de forma clara promovendo o sucesso de entrega do produto. Para que isso aconteça são usados:

O foco principal é sempre entregar valor para o cliente.

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Metodologias Ágeis
Scrum na Prática
O Product Backlog dá início, é listado tudo que o
O Scrum é um processo muito simples, mas é preciso ter claro os papéis, as produto precisa constar. Neste documento serão
cerimônias e os artefatos. Vamos ver como o Scrum funciona na prática. definidos os itens com detalhamentos e priorização
de prazos.

O Sprint Planning é o segundo passo, é onde inicia


a construção da Sprint Backlog, ou seja, o que
realmente vai entrar na Sprint. O Product Owner vai
priorizar os assuntos para o time decidir o que será
entregue.

Depois de definido, o time trabalha os itens


principais, lembrando que todos os dias tem a
Daily, para compartilhar o que avançou.

Após passar o prazo estabelecido, no final da Sprint,


é feito o Sprint Review para mostrar o produto. Nesta
etapa será decidido o que foi ou não aprovado.
Caso não seja, o processo inicia novamente.
Fonte: blog.cronapp.io

Scrum: Refinamento de Backlog

A comunicação é imprescindível no nosso dia a dia, não é à toa que no Scrum isso também é muito importante. Vamos entender mais
sobre como implementar o Refinamento de Backlog.

Ele vai garantir que todos tenham o mesmo entendimento do que está sendo proposto. O Refinamento de Backlog é imposto para que
seja atingido o objetivo definido inicialmente. Assim, evita o desperdício de tempo, esforço e o temido retrabalho.

O Backlog é refinado também por meio de uma ferramenta chamada “User Stories”, que auxilia para uma descrição mais clara.

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Metodologias Ágeis
Kanban - Sistema Puxado

Existem outras metodologias neste conceito de agilidade, Nesse modelo as tarefas são expostas e você “puxa” o que quer
outro exemplo é o Kanban. O objetivo principal é aumentar a fazer.
eficiência e a produtividade de uma empresa.
Os princípios do Kanban são:

• Começar com o que você já faz;


• Aceitar a busca por uma mudança evolutiva e incrementar;
• Respeitar os processos, funções e responsabilidades atuais;
• Encorajar atos de lideranças em todos os níveis.

Esse modelo serve para gerenciar o fluxo de trabalho, equilibrar


os processos e limitar a quantidade de trabalho. Esse é um
exemplo:

A fazer Fazendo Feito

Fonte: vectorstock.com

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Priorização e
Estratégia para PMs
Priorização e Estratégia
Ciclo de vida e Matriz BCG

Vivemos um momento em que tempo e recursos são Introdução: é o momento onde o produto está apto para ser entregue
cada vez mais escassos. Mas como produzir algo que aos usuários. O grupo de clientes classificados como inovadores
seja relevante e traga um resultado satisfatório? recebem a novidade com mais entusiasmo e começam a usar o
produto. No geral, esse mesmo público gosta de dar feedbacks e não
Para falar sobre estratégia, antes, é necessário entender se preocupa com bugs no meio do caminho.
o momento do Ciclo de Vida do Produto que a sua marca
está. No esquema abaixo entendemos melhor cada fase: Crescimento: fase onde, após muitas correções e hipóteses testadas
na fase de introdução os adotantes iniciais (early adopters) começam a
considerar o uso do produto versus um produto existente. Normalmente
esse público é mais criterioso e preocupado com a experiência e com
o valor agregado. Este público “valida” seu modelo de negócio.

Maturidade: é o momento onde a “maioria inicial” (early majority)


começa a usar o produto. Esse público “espera” a “validação” dos
adotantes iniciais para considerar a utilização do produto. A medida
que o volume desse público aumenta surgem a “ maioria tardia” (late
majority), que são estimulados por propagandas de marketing pela
opinião dos demais.
Declínio: é a fase onde o produto já atingiu o potencial máximo de
mercado e novas tecnologias estão surgindo fazendo com que os
usuários totais diminuam. Apenas o público “retardatário” começa a
utilizar o produto.

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Priorização e Estratégia
Perfil do consumidor no Ciclo de Vida:

Entender o perfil de cada consumidor no Ciclo de Vida de um


produto é essencial. Confira no quadro abaixo um exemplo
desta análise.

Podemos observar que na curva de crescimento é identificado


um “abismo”, ou seja, uma lacuna onde é necessário entender Fonte: edm2.com.br

a proposta de valor e se existe mercado para o produto.

O objetivo é encontrar o Product Market Fit para cruzar esse Após analisar o produto com a Matriz BCG é possível chegar
“abismo”. Nesta fase a proposta de valor deve ser testada às estratégias corretas para usar. A matriz BCG é uma técnica
constantemente com os usuários early adopters. É indicado usada para analisar o desempenho dos produtos e serviços
usar a metodologia Minimo Produto Viável (MVP) para testar de uma empresa. O objetivo é saber como a empresa é aceita
as hipóteses e decidir o momento de mudar as estratégias e/ pelo consumidor.
ou perseverar.

A estratégia do produto está totalmente interligada à fase do


produto no seu ciclo de vida. Vamos ver agora qual estratégia
usar para direcionar o seu produto da melhor forma.

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Priorização e Estratégia
RICE Framework

Conhecer e definir a visão, missão e proposta do produto é tão importante quanto saber qual estratégia utilizar. Ela dará um norte
para toda a comunicação.

Uma visão clara, definida e compartilhada gera engajamento dos membros do time. É uma ótima ferramenta de comunicação e
variável de priorização dos features/épicos.

Caso a empresa já possua uma visão definida, é interessante usá-la para o seu produto e adaptá-la para as peculiaridades.

Então é importante ter claro os principais conceitos:

Visão Missão Propósito

É onde o seu produto quer É a razão de ser do produto, É o que gera engajamento aos
chegar, é o combustível do seu a finalidade para o qual ele colaboradores, é o motivo pelo
time e o aviso ao mercado para existe. Uma missão descrita qual os profissionais trabalham
onde está indo. É a principal indica a finalidade, o público, diariamente.
ferramenta para a definição a forma de execução e a sua
de Objective and Key Results responsabilidade social.
(OKRs), em português, objetivos
e Resultados-Chave. Proponha
sempre uma visão desafiadora.

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Priorização e Estratégia
ICE Framework - Técnicas de Priorização

Para priorizar épicos, histórias ou features é importante utilizar algumas técnicas. Confira quais são as principais:

Moscow: cada história/feature deverá receber uma letra para categorização.


Separe as suas tarefas conforme os itens da palavra “MOSCOW”

• Must Have (Tenho que fazer);


• Should Have (Devo fazer);
• Could Have (Poderia fazer);
• Won’t Have (Não vou fazer).

Assim é definido o que é ou não uma prioridade. Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com

Matriz GUT: Cada história ou feature é


avaliada em uma escala de 1 a 5para cada
uma das variáveis abaixo. Ao final, a
multiplicação delas gerará um score,
onde o mais alto será o primeiro a ser
priorizado. Normalmente essa técnica é
mais utilizada para tratamento de
problemas.

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Priorização e Estratégia
ICE Framework - Técnicas de Priorização

Kanol Mode

É uma maneira inteligente de entender e categorizar cinco tipos de requisitos de usuários para novos produtos ou serviços.
Diferente de outras técnicas, esta visa avaliar a satisfação dos clientes em relação a presença ou ausência de features.

A estrutura é formada por: satisfação, funcionalidade e um questionário. Conforme o gráfico abaixo:

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Priorização e Estratégia
ICE Framework - Técnicas de Priorização

RICE Framework

Nesse framework cada feature/história é avaliada individualmente por quatro variáveis.

Após a avaliação individual, utilize a fórmula abaixo para gerar o Score (nota). O maior será o primeiro a ser priorizado.

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Priorização e Estratégia
ICE Framework - Técnicas de Priorização

ICE Framework

Cada feature/história é avaliada individualmente por três variáveis em uma escala de 0 a 10.

• Para impacto e confiança, 0 significa nenhum(a) e 1 altíssimo(a)


• Para facilidade, 0 significa “Inestimável/altamente complexo e 10 extremamente fácil” (escala inversa).

Após a avaliação individual basta utilizar a fórmula abaixo para gerar o score. O maior score será o primeiro a ser priorizado.

60
Planejamento e
roadmap
Planejamento e roadmap
O que é e para que serve um Roadmap?

Você tem um objetivo com o seu time, mas como traçar o caminho até chegar ao topo? Este é o papel do Roadmap, um “mapa”
com o intuito de definir os processos de desenvolvimento e seus prazos.

Esqueça o calendário de ações ultrapassado e engessado. Esse modelo tem como objetivo apresentar o passo a passo necessário
e as possíveis variantes até o lançamento do produto com fluxo de informações dinâmico, ágil e eficiente.

62
Planejamento e roadmap
Dicas gerais sobre roadmap

A ferramenta pode ser usada para todos os tipos de times, não apenas
às áreas ligadas à criação. O primeiro passo na hora de construir um
roadmap é entender qual será o objetivo e quem vai acessar.

É importante responder às seguintes questões:

Qual é o intuito?
Organizar o lançamento de um produto?
Fazer a gestão de um time?
Gerenciar um projeto?
Quem terá acesso?
Serão investidores?
Um time de profissionais?

Com isso definido é hora de organizar as linhas que vão agrupar os


conteúdos de acordo com cada fase do projeto. Já nas colunas é
importante trabalhar as datas e definir qual periodicidade faz mais
sentido: diária, semanal ou mensal.

O roadmap representa o valor que será entregue e não como será


feito, então é preciso fugir do detalhamento técnico, pois torna o
modelo mais rígido.

63
Planejamento e roadmap
Como fazer um roadmap

A parte mais desafiadora é definir qual o tipo de roadmap faz mais sentido e estimar os prazos. Esta tarefa é mais precisa, afinal,
uma vez criado, mudar o modelo com o barco andando trará um grande transtorno.

No mundo dos roadmaps, fugir de ferramentas temporais, que dividam o modelo em períodos de tempo é uma regra. Caso não
seja possível fugir deste modelo, a dica é deixar um período bom de tempo para cada demanda.

Vale lembrar que é fácil construir um roadmap. Se está sendo difícil para você é porque a ferramenta escolhida pode não ser a
ideal.

Após definir o tipo de roadmap é hora do start. Toda a estrutura deve ser construída de acordo com o objetivo proposto e com o
que faz mais sentido para o seu time.

Na linha inicial devem ser listados os marcos do projeto. São as instruções mais importantes para criar um consenso entre os times
que desenvolvem o projeto.

Nas linhas abaixo podem ser descritos os Features, ou seja, as ações que determinam cada etapa do desenvolvimento, como se
fosse uma linha do tempo.

Além disso, podem ser listadas as Tasks, ou seja, o desenvolvimento de tarefas que o time vai precisar inserir na pauta.

É importante evitar a interdependência entre cada item, mas caso isto ocorra a dica é relacioná-los com uma seta entre os itens.

64
Planejamento e roadmap
Como fazer um roadmap

Roadmap de Roadmap de
produtos digitais desenvolvimento de time

No caso do lançamento de um produto digital, como O modelo também pode ser usado como ferramenta
um software, o roadmap precisa entregar valor. O de desenvolvimento de um time. O roadmap pode
modelo pode iniciar com as necessidades do público iniciar com o cenário atual da equipe e traçar atividades
e estimar os requisitos para chegar ao objetivo final. ou cursos que precisam ser realizados.

Com base no que foi construído, é possível entrar na Desta forma, é possível sinalizar quais ações e
etapa de arquitetura do produto para, então, iniciar mudanças na rotina são necessárias para que todos
o desenvolvimento. A última categoria é a parte de conquistem o objetivo final.
testes para chegar ao público final.

Como definir o tempo de desenvolvimento do roadmap?

Para que o roadmap seja o mais preciso possível é importante estimar quanto tempo será necessário para viabilizar todo o projeto.
Em seguida é necessário dividir o tempo de cada tarefa com base nas experiências prévias dos responsáveis por cada atividade.

Algumas ferramentas são úteis para entender este tempo, com Trello, Pomodoro, Rescue Time e até o Google Calendar. É importante
levar em consideração o nível de conhecimento de cada profissional e qual o ritmo das pessoas ao conhecer um pouco mais o
time, afinal, cada pessoa tem um ritmo.

Outro fator importante é a sazonalidade do time, ou seja, se falta algum profissional, se algum integrante está em período de
aprendizagem, ou se há o risco de algum profissional desligar-se da empresa.

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Planejamento e roadmap
Como fazer um roadmap

Revisando o Roadmap

A revisão é um detalhe muito importante para que o roadmap mantenha a sua importância e não fique obsoleto. Mesmo após a
aprovação pelos stakeholders, alguns fatores internos e externos podem fazer com que todo este caminho tenha uma nova rota.

Entre os fatores externos estão mudanças de mercado ou na economia, alteração nos objetivos do projeto, descoberta de uma
nova ferramenta para facilitar o trabalho. Já entre os fatores internos estão a saída de profissionais e mudanças no time que
impactam o desenvolvimento dos trabalhos.

Podemos concluir que a revisão deve ser feita periodicamente, principalmente no início do projeto.

66
Planejamento e roadmap
Ferramentas para construção de roadmap

É importante ter claro que, não adianta usar a melhor ferramenta do mundo para criar seu roadmap se as outras pessoas não
possuem familiaridade com ela. Isso fará com que os stakeholders não usem a ferramenta.

A dica é priorizar ferramentas de design, pois são mais abrangentes. Confira uma lista com os principais tipos:

Asana: plataforma de organização de equipes online. É indicada para pequenas


startups e empresas de nível corporativo.

OmniPlan: software projetado especificamente para startups. Traz análise de risco e


destaca as tarefas importantes.

Miro: plataforma completa. É possível criar anotações, posicionar dados aos grupos
de trabalho, organizar reuniões e fluxos de trabalho ágeis.

Figma: editor de design gráfico com foco na criação de interfaces gráficas e experiência
de usuário com ênfase colaborativa.

Notion: app para organizar tarefas. Pode ser usado como um app de organização
pessoal, para criar anotações e listas de coisas para fazer.

67
Delivery de
sucesso
Delivery
O que é um épico?

Entregar o produto ao ambiente em que o cliente utilizará não é processo fácil. Para que esse processo possa acontecer de
forma planejada e organizada é necessário priorizar algumas variáveis. O épico está entre as primeiras.

O épico é uma história de usuário que ainda não foi detalhada, ou seja, é o maior nível da estrutura. Muitos times utilizam o épico
para representar uma dor do usuário que será convertida em incremento para o produto.

Em alguns cenários de produtos, o épico também pode ser utilizado como um agrupador. Um épico que representa a dor
do usuário. Por exemplo: acessar a conta bancária pelo aplicativo para ter mais autonomia ao visualizar os dados e fazer as
movimentações.

Em níveis de hierarquia, temos o épico como primeiro, a Feature em segundo e por último a User Story. Podem existir cenários
também em que se tem uma outra estrutura que é usada antes do Épico, ela é conhecida como Canvas.

A pirâmide abaixo representa a hierarquia das estruturas:

A utilização de ferramentas ajuda a estruturar todo o processo de delivery.


Existem vários no mercado que podem auxiliar.

A decisão sobre qual escolher dependerá do custo e das funcionalidades


que o time precisa. Entre elas estão:

• Microsoft Azure;
• Jira Software.

69
Delivery
O que é uma Feature?
A Feature significa funcionalidade. Nessa camada, o Product Será na camada de User Story que o Product Manager poderá
Manager poderá descrever melhor o que será implementado. detalhar como será o comportamento e as características
Ela está abaixo do nível do épico, mas um épico pode conter de cada uma dessas funcionalidades e com isso os
várias features. desenvolvedores do time farão a implementação.

Cada uma delas será responsável por implementar um Dentro de uma ferramenta de organização do Delivery, como
comportamento do produto e será através do nível de User o Azure ou Jira, também é possível configurar toda a camada
Story que será possível descrever todo o comportamento para para estruturar a feature.
que o time técnico possa fazer a implementação.
As funcionalidades serão responsáveis por darem vida ao
O objetivo é entregar um incremento para o produto ou resolver produto e características de comportamentos. Por isso,
um problema do cliente. Além disso, a feature também poderá ao longo da maturidade do produto é comum que novas
conter uma ou mais User Stories. funcionalidades sejam criadas e outras deixem de existir.

Exemplo de Feature: No processo de definição do MVP é onde será definido quais


são as principais features construídas e lançadas na primeira
versão do produto. Para aquele produto que já foi lançado, as
funcionalidades vão agregando melhorias e evoluções para o
mesmo.

No exemplo acima, temos 3 features sendo trabalhadas para


resolver a dor do usuário que está sendo representada pelo
épico. As funcionalidades vão ajudar a trazer incremento para o
produto. Isso poderá contribuir para a resolução do problema.

70
Delivery
O que é uma User Story?
Na estrutura da User Story (US) é onde o Product Manager (PM) fará descrição de todos os detalhes e comportamentos da
funcionalidade. Por meio dos critérios de aceite será possível colocar essas informações e assim o time saberá por qual caminho
trilhar durante a construção.

A User Story também é conhecida como história do usuário e tem o objetivo de trazer todas as informações necessárias para que
o time de desenvolvimento possa implementar aquela funcionalidade.

A User Story ficará linkada a uma feature, logo, uma feature poderá conter várias histórias que serão responsáveis por trazer
incremento de valor para o cliente final.

Importante destacar que a história de usuário trará as informações do ponto de vista do próprio usuário para assim descrever a
necessidade de forma simples e transparente. Esse é um dos principais princípios: representar quais são as necessidades dos
clientes.

Na hora de descrever como a história de usuário deve se comportar, é importante pensar em todo o ecossistema que envolve ela.
O principal são fluxos de sucesso e não sucesso, também conhecidos como fluxos felizes e não felizes.

Além disso, se essa User Story envolver alguma prototipação é importante colocar o link para que o time de desenvolvimento
possa acessar e ter conhecimento sobre como será a Jornada e posteriormente conseguir fazer a implementação.

No refinamento, o Product Manager poderá apresentar a User Story para o time e será nesse momento que ela será discutida e
as dúvidas serão sanadas.

71
Delivery
O que é uma User Story?

Existe uma estrutura que pode ajudar o Product Manager na hora de fazer a construção da história de usuário. Através do exemplo
colocado abaixo é possível entender como ficaria essa estrutura:

Exemplo de User Story

User Story 01: Primeiro acesso ao Internet Banking pelo app

Eu como cliente do banco XY


Desejo acessar a minha conta pelo Internet Banking
Para que eu possa ver as minhas informações financeiras

Critérios de aceite:

O cadastro deve permitir o acesso via web ou app;

Para que o acesso seja realizado, os seguintes dados deverão ser informados obrigatoriamente pelo usuário: Agência e Conta com o dígito;

Após a inserção dos dados pelo usuário, o sistema deve validar se a agência ou conta existem;

Após a validação com sucesso, o próximo passo é a tela de cadastro da senha eletrônica.

É muito comum que no refinamento o time traga diferentes pontos de vista e levante novas descobertas que o Product Manager
não tinha pensado, por isso é muito importante ter um time envolvido e comprometido com a entrega.

Os critérios de aceitação poderão surgir durante o refinamento e o Product Manager poderá fazer a inclusão dentro da User Story.
Quanto mais completa for, mais sucesso de implementação.

72
Delivery
Critérios de aceitação

Quem é responsável pela criação da User Story e dos critérios


Critérios de aceite:
de aceitação é o Product Manager. Estas são partes essenciais
para o desenvolvimento da funcionalidade, eles guiarão o 1. O formulário de cadastro possuirá os seguintes dados:
time de desenvolvimento na hora de criar todo o contexto. • Nome - obrigatório, limite de 30 caracteres
• Sobrenome - obrigatório, limite de 30 caracteres;
• Telefone celular: obrigatório, aplicar máscara com o formato
É fundamental pensar com atenção e cuidado em todos os • (DDD) XXXXX-XXXX
critérios colocados e levar eles para o refinamento para que • CPF: obrigatório, aplicar máscara no formato XXX.XXX.XXX-XX
o time possa validar e verificar se tem algum comportamento
que está faltando e que não foi mencionado. 2. Seguir a jornada proposta no Protótipo

As necessidades de negócios serão apresentadas por meio


dos critérios e o Product Manager descreverá para poder levar
ao refinamento com o time. Existem vários tipos de critérios Observe que nesse tipo de exemplo o Product Manager se
que poderiam ser considerados e abaixo mencionamos preocupou em mencionar até mesmo quantos caracteres deverão
alguns deles: compor cada tipo de dado que está sendo considerado e até
• Comportamento da tela; mesmo se ele é obrigatório ou não.
• Dados e informações;
• Redirect; No caso do último critério é importante colocar o link que
• Critérios técnicos; direcionará o time para o acesso ao protótipo mencionado.
• Critérios de validação.
Além do time de desenvolvimento, o QA, pessoa responsável
O exemplo abaixo traz uma história de usuário que contém por testar as aplicações, também utilizará os critérios para poder
alguns critérios de aceite: validar se aquilo que foi desenvolvido está de acordo com as
regras de negócio solicitadas pelo Product Manager.
User Story 01: Cadastro no site para compra de Ingressos

Eu como cliente do cinema


Desejo realizar o meu cadastro no site
Para que eu possa efetuar a compra dos ingressos

73
Delivery
Definição de Pronto e Definição de Feito (DOD e DOR)
O DOR (Definition of Ready) e o DOD (Definition of Done) são mecanismos pelos quais é possível combinar com o time para
estruturar quais serão os critérios para a definição de pronto e quais são os critérios para definição de feito. Isso irá guiá-los na hora
de fazer a construção de todo o desenvolvimento.

Quais serão as definições setadas depende muito de cada produto, não há receita de bolo, mas alguns caminhos que podem
funcionar para a maioria dos times.

O DOR significa a Definição de Pronto e ela tem o objetivo de mapear o que a User Story precisa ter para que o desenvolvimento
possa ser iniciado, ou seja, o que não poderá faltar para que o time possa iniciar.

Estamos falando de estrutura. Será através do atendimento dessas definições de pronto que o time validará se essa história de
usuário está pronta para entrar no backlog da Sprint.

Abaixo estão alguns exemplos de Definição de Pronto que poderiam ser consideradas pelo time:

• User Story com os critérios de aceitação;


• User Story refinada;
• Protótipo construído pelo Designer e disponível na história;
• BDD escrito;
• Acesso às APIs nos ambientes de teste.

A Definição de Feito (DOD) tem o objetivo de validar se a funcionalidade foi construída conforme os critérios combinados com o
time. Não estamos falando dos critérios de aceitação da história, vamos trazer alguns exemplos para explicar a diferença. Esses são
alguns exemplos de DOD que podem ser usados:

• Testes unitários feitos pelo QA;


• Testes unitários feitos pelo Product Manager no ambiente de homologação;
• Testes regressivos feitos pelo QA;
• Critérios de aceitação da história construídos em 100%.

74
Delivery
Remoção de Impedimentos
A remoção de impedimentos é algo crucial para que o
time consiga fazer o desenvolvimento daquilo que foi Critérios de aceite:
priorizado no backlog da Sprint. O impedimento é algo O cadastro deve permitir o acesso via web ou app;
que impossibilita o desenvolvimento da funcionalidade, Para que o acesso seja realizado, os seguintes dados deverão ser
seja a curto, médio ou longo prazo e por isso precisará ser informados obrigatoriamente pelo usuário: Agência e Conta com o dígito;
removido. Após a inserção dos dados pelo usuário, o sistema deve validar se a
agência ou conta existem;
Os refinamentos técnicos são fundamentais para identificar Após a validação com sucesso, o próximo passo é a tela de cadastro da
com antecedência quais são esses impedimentos, mas senha eletrônica.
eles poderão ser identificados em outros momentos
também. Ao fazer o registro desses impedimentos é
possível controlar e não esquecer da existência. Abaixo está um cenário hipotético para que possamos identificar o
impedimento:
Dependendo da estrutura do time, o Product Manager
não será responsável por remover os impedimentos, isso O que é pedido no Critério 03: Após a inserção dos dados pelo usuário, o
poderá estar no escopo de um Agile Master ou Scrum sistema deve validar se a agência ou conta existem;
Master.
Impedimento que poderia existir: API em desenvolvimento por outro time.
Previsão de disponibilidade somente no próximo mês.
Trouxemos um exemplo para que possamos fazer a
identificação de um impedimento e assim sempre ficar O time, junto com o Product Manager, irá decidir: é um impedimento
melhor quando é que ele pode existir. que compromete parte significativa da US? Existe algum outro caminho
(mock)? É possível fazer o desenvolvimento e deixar a história bloqueada
Veja abaixo a User Story: aguardando a liberação da API para consultar agência e conta?

User Story: Primeiro acesso ao Internet Banking pelo app Trouxemos esse impedimento como uma forma de você identificar algo
• que poderia comprometer a entrega daquele critério de aceite, mas
• Eu como cliente do banco XY dependendo do caso, o impedimento poderia comprometer a entrega
• Desejo acessar a minha conta pelo Internet Banking inteira. Junto com o time será possível definir quem vai resolver o
• Para que eu possa ver as minhas informações financeiras impedimento e também se existe alguma alternativa enquanto ele não é
removido.

75
Delivery
Gestão de Demandas e Buy-in

Muito provável que o seu produto tenha vários stakeholders envolvidos ou pelo menos alguns, caso o escopo dele seja menor. O importante
é saber identificar quais são eles e quem você deve sempre manter alinhado e comunicado sobre as decisões de negócio que estão
sendo tomadas.

Os stakeholders são pessoas envolvidas no seu produto, podem ser internos ou externos. Os internos são aqueles de outras áreas que
demandam funcionalidades para o seu produto ou que possuem algumas expectativas relacionadas a ele. Já os externos podem ser tanto os
clientes, como também fornecedores. É muito importante que o Product Manager saiba identificar quais são eles.

Quando falamos de ecossistema que envolve várias pessoas é fundamental que o Product Manager saiba fazer a gestão de demandas que
chegam de cada uma delas e com isso ele evolui o backlog do produto e depois prioriza, no momento mais oportuno, de acordo com os
objetivos e estratégias da empresa.

Falando em gestão de demandas, você vai escutar um tema chamado buy-in. O buy-in é o “de acordo” das pessoas envolvidas no seu
produto e é interessante que você saiba como conquistar isso, ou pelo menos quais são os caminhos para que isso possa acontecer e aqui
vamos trazer algumas sugestões.

A Gestão de demandas e expectativas é um dos principais papéis do Product Manager. Ele faz a ponte entre as áreas interessadas e o produto,
para que isso possa acontecer de forma eficaz e assertiva. É fundamental ter algumas características que chamamos de comunicação e visão
sistêmica.

Abaixo podemos entender como cada uma dessas características poderiam contribuir para que o Product Manager possa tomar as melhores
decisões na hora de fazer a gestão de demanda das expectativas:

Visão sistêmica: Comunicação:


• Entender a demanda que está sendo solicitada e como ela se • Ser transparente com as áreas envolvidas com o produto;
relaciona com o produto; • Comunicar o objetivo do produto ou da empresa de acordo
• Como se relaciona com outros produtos da companhia; com cada momento;
• Quais impactos pode trazer; • Comunicar dados de impacto para o negócio e usá-los para
• Quais integrações técnicas são necessárias; tomar decisões e também para explicar essas decisões;
• Quais evoluções na jornada do usuário serão necessárias. • Treinar áreas envolvidas, quando for o caso.

76
Delivery
Gestão de Demandas e Buy-in

Escolhemos dar ênfase nessas duas soft-skills relacionadas a visão, sistema e comunicação, mas existem muitos outros que poderiam ser
utilizados quando se fala em gestão de demandas e conquista do buy-in das pessoas envolvidas com o produto.

Muitos Product Managers estarão envolvidos com cenários onde tudo é prioridade. Saber dizer sim ou não será parte do dia a dia do trabalho,
mas para que isso aconteça de uma maneira saudável é importante ter claro algumas variáveis e também verbalizá-las para as demais
pessoas envolvidas.

Quando você estiver em um cenário onde tudo é prioridade faça estas coisas:

• Reforce o objetivo do produto ou da empresa (OKR);


• Mostre dados na hora de priorizar uma funcionalidade;
• Mostre qual impacto a funcionalidade causa em comparação a outra;
• Analise tempo e custo de desenvolvimento;
• Veja a capacidade do time atual.

É importante entender o que faz sentido para a realidade do seu produto e tentar ser o mais transparente possível com as áreas envolvidas.

Temos também algumas sugestões que podem ser importantes para que você faça uma boa gestão de backlog e não deixe de fora a
solicitação pedida, por mais que você não vá priorizar agora:

• Mantenha o backlog sempre atualizado;


• Leve as novas demandas para lá;
• Não esqueça de criar novas demandas, sempre que elas surgirem, por mais que não sejam prioridade agora;
• Coloque o máximo de detalhes possível no backlog ;
• Quando for priorizar a demanda, faça um novo alinhamento para verificar mudanças.

É parte fundamental do trabalho do Product Manager alimentar, atualizar e priorizar o backlog.

77
Delivery
Release e Versionamento

Conforme o produto vai recebendo novas funcionalidades • Importante que o QA tenha validado as entregas
e melhorias é importante organizar a release e também os • Importante que Product Manager tenha homologado as
versionamentos. O intuito é ter um melhor controle do que funcionalidades que serão lançadas
será disponibilizado para um ambiente de produção, aquele • Importante verificar se os critérios definidos DOD foram atendidos
• Importante organizar a release e colocar todos os lançamentos
que o cliente final visualiza.
que iriam para um ambiente de produção
• Importante avisar as áreas envolvidas, principalmente se o
A release significa lançamento, ou seja, quais funcionalidades, ambiente ficar instável por conta da subida dos novos itens no
correções ou melhorias serão disponibilizadas aos clientes ambiente de produção.
finais. É como se fosse seu pacote de entregas. A release
também poderá ser organizada por meio daquelas ferramentas Conforme novas releases vão sendo lançadas, outro detalhe
que mencionamos no começo que são Azure e Jira, por que o time não pode esquecer é o versionamento, forma de
exemplo. controlar as versões do produto que estão no ambiente de
produção e organizar melhores lançamentos.
Antes de fazer qualquer tipo de lançamento é fundamental
que o Product Manager faça a homologação. Isso significa Isso vai permitir que você tenha um controle melhor sobre
validar tudo que será implantado para poder conferir se as quais versões do seu produto estão sendo disponibilizadas,
regras de negócio estão corretas, se não há problema para seja para a web ou aplicativos nativos.
ser corrigido e se está tudo certo com a aplicação.
A release e o versionamento caminham juntos, pois um
Antes de fazer a validação no ambiente de homologação, o alimenta o outro. Se houver alguma questão de tomada de
QA do time normalmente costuma fazer isso para garantir decisão de negócio ou até mesmo problema no ambiente
a qualidade da entrega e essa etapa pode estar definida no produtivo, é possível fazer o rollback desse versionamento. O
DOD para que a release vá para o ambiente de produção rollback nada mais é do que manter a última versão.
ainda mais certo e estável possível.
Cada time se organiza de uma maneira diferente quando
Com as ferramentas certas, você terá facilidade na hora de falamos em lançamentos. Existem empresas que separam dias
fazer a organização da sua release. Mas antes é importante e horários específicos da semana para que as releases possam
estruturar alguns passos para que se possa acontecer da ocorrer, já outras permitem que elas sejam disponibilizadas a
melhor maneira possível, listamos algumas informações: qualquer momento. O time precisa ter conhecimento de como
funciona.

78
Aplicando
teste A/B
Teste A/B

Desde Aristóteles, os testes já eram usados como uma


receita infalível para entender questões e descobrir
coisas novas. Não há erro: você bola hipóteses e tenta
passos novos para chegar a uma conclusão.

O conceito do século 13 permanece até hoje. No


mundo do marketing digital testar também é uma
receita infalível para entender novos conceitos e
aperfeiçoar os trabalhos.

O intuito é fugir da opinião própria e testar formas


diferentes de fazer com o próprio cliente.

Teste A/B Como funciona

Muitas vezes nos pequenos detalhes moram os gatilhos para um grande sucesso. Testar usuários diferentes faz com que seu
trabalho seja aperfeiçoado. O propósito é validar pequenos itens para entender o que converte mais.

Esta é uma forma de avaliar o sucesso da campanha, se o caminho está correto ou não. E não esqueça: a concorrência está de
olho e sempre fazendo novos testes. Então, não é legal parar.

Entre o que pode ser testado estão: comparações de sites, carrinhos de compra e e-commerce, botões de página, campos de
formulário, design de campanhas, títulos de seções, call to action, cores, informações de produtos, landing pages e campanhas
de anúncios. O objetivo é gerar hipóteses cada vez mais próximas do sucesso.
Teste A/B
Como montar uma estratégia

Antes de iniciar é preciso entender a performance do site durante um período de tempo.

• Como os usuários se comportam?


• Quanto tempo ficam nas páginas?
• Quais elementos são mais acessados?
É necessário entender qual é o objetivo do negócio com o teste: aumentar a audiência do site? Melhorar a conversão de vendas?
Estes objetivos precisam ser realistas.

Vale lembrar que as medidas devem trazer resultados, ou seja, a ação deve fazer com que o objetivo proposto seja alcançado. Ao
obter o resultado positivo coloque em prática, continue testando e encontrando novas possibilidades.
Entre os objetivos mais comuns podemos listar:

• Inscritos na newsletter; • Aumentar cliques em um e-mail;


• Mais vendas no site; • Aumentar a performance de anúncios;
• Mais cliques na campanha; • Aumentar a audiência de uma página;
• Melhorar conversão da landing page; • Gerar mais leads.

81
Teste A/B
Metrificar e iterar
Metrificar a performance é muito importante, pois trará a resposta necessária para entender o que performa melhor. Em seguida é o
momento de iterar, ou seja, criar melhorias no item anterior para serem testadas.

Entre as possibilidades de métricas estão:

• Nas landing pages: podem ser testadas cores e chamadas com linguagens diferentes e tamanhos diferentes. Uma dica é usar a psicologia
das cores.
• Nos campos de formulários: o que poderia ser retirado ou acrescentado para facilitar o preenchimento.
• No design de campanhas: quais chamadas podem ser substituídas nos anúncios, quais imagens podem ser usadas.
• Nas imagens: quais cores e edições para performar melhor.
• Nos títulos de seções: como o título pode ser alterado para performar melhor.
• Nos CTA’s: quais termos serão mais convincentes.
• Na organização e posição dos elementos: o que é importante aparecer primeiro em uma página.
• Nas informações de um produto: como deixar os dados mais claros.
• Nas cores de elementos: quais cores farão com que o usuário tenha mais interação.

Como iterar

Com as ações definidas é hora de criar as melhorias para iniciar o teste. Entre os objetivos com as alterações que podem ser feitas
estão:

• Aumentar os inscritos na newsletter: dar mais destaques a alguns termos no título do e-mail, mudar as cores e alterar o menu.
• Crescer as vendas do site: inserir produtos em destaques, criar um fluxo diferente de compras.
• Ter mais cliques em campanhas: montar peças com fotos diferentes e chamadas diferentes.
• Melhorar a conversão da landing page: definir o local de botões, alterar a disposição de textos e escolher novos termos.
• Aumentar cliques em um e-mail: definir como fica a cor do botão, oferecer algo em troca do cadastro.
• Melhorar a performance de anúncios: alterar elementos, optar por novos tipos de anúncio, como remarketing e mudar o público do anúncio.
• Ampliar acessos a uma página: atrair mais público para a página, inserir chamadas na página inicial, fazer uma campanha de anúncios
promovendo a página.
• Gerar mais leads: ações para fazer com que o público se interesse e vire um lead.

82
Teste A/B
Principais erros

Se não for executado corretamente o teste a/b pode virar um


problema e ser encarado como algo que não exprime a realidade.

Um erro frequente é iniciar sem ter um objetivo definido. Outro erro é


testar muitos elementos de uma só vez. Caso sejam alterados muitos
elementos não é possível saber qual fator influenciou no sucesso.

A segmentação também é importante. Uma campanha direcionada


para o público errado consequentemente não vai exprimir algo
realista. É importante que isto esteja de acordo com a persona
definida.

Considerar a métrica correta é um detalhe importante também. Por


exemplo, se o objetivo é testar o número de leds gerados em uma
landing page, não deve ser considerado o tempo de permanência
do usuário.

A base viciada é outro erro. Algumas pessoas já possuem um


comportamento tendencioso. Por exemplo, comparar perfis de
consumo diferentes e datas diferentes.

Após iniciar os testes é preciso aguardar pelo menos uma semana


para que seja levantada uma base de dados interessante. Vale
lembrar: não há uma regra específica de tempo, depende de cada
perfil de cliente e produto.

O tamanho da amostragem é um ponto de atenção. Os testes


precisam ser repetidos com o mesmo público até que exista uma
confiança nos resultados. Por exemplo, não é assertivo testar com 10
pessoas, é necessário que seja um grande grupo e de acordo com
o perfil do produto.

83
Teste A/B
Ferramentas

É importante conhecer as principais ferramentas para aplicar os testes e controlá-los.

Optimizely
É uma plataforma muito usada. Com ela é possível gerenciar e customizar os elementos. A segmentação pode ser comparada
a partir de elementos como localização, dispositivo do usuário e até navegador. O pacote de serviços é bem completo e não é
necessário conhecimento em programação.

Google Optimize
É possível testar diferentes variações para otimizar as conversões. Existe a versão gratuita e paga. Ela já vem integrada ao
Google Analytics, o que facilita os trabalhos.

AB Tasty
Grandes empresas já usam esta ferramenta que possui como foco a conversão, mas sempre com insights de dados e
informações para facilitar a tomada de decisão. Esta é uma ferramenta paga.

Split Hero
Tem uma interface mais simples e também eficiente, voltada para usuários Wordpress. É possível testar até quatro possibilidades
para as páginas. É uma ferramenta paga.

Vwo
Esta tem a proposta de ser “tudo em um”, permite otimização e conversões em geral, é possível testar várias urls, mapas de
calor, mapas de clique, acompanhamento de conversões e personalização. É uma ferramenta paga.

Adobe Target
O diferencial é a possibilidade de usar a inteligência artificial para automatizar os processos. Cada usuário na página significa
um novo insight para ser implementado e entregar mais ao cliente.

84
Métricas
de Produto
Métricas de produto

Você é daquelas pessoas que já fez uma prova super


confiante, achando que ia arrasar na nota, mas teve uma
decepção quando o professor entregou a avaliação
corrigida?

É, parece que a sua métrica de conhecimento sobre


o assunto não estava de acordo com a realidade.
Para não pecar do mesmo jeito com o seu produto
apresentamos as métricas de performance.

Com elas é possível entender se os produtos estão


entregando valor correto aos clientes ou é apenas mais
um no mercado competitivo.

86
Métricas de Produto
Métricas qualitativas e quantitativas

Métricas qualitativas refletem o comportamento dos usuários. Isto é


possível por meio de entrevistas em profundidade, testes de usabilidade e
comentários em plataformas de apps.

O intuito é extrair as opiniões com depoimentos e detalhes e entender o


sentimento do público. Como se a marca sentasse com o cliente e fizesse
um bate-papo.

As métricas quantitativas buscam números referentes a algum dado. É


possível mensurar por meio de formulários de pesquisa, como Google
Analytics e quantidade de vendas. Este tipo de pesquisa busca números e
quantidade.

• É importante buscar um equilíbrio entre as duas métricas para obter


dados relevantes e incentivar ações com embasamento.

87
Métricas de Produto
Métricas de vaidade Vs. Métricas de valor

Antes de tudo é importante deixar de lado as métricas de vaidade. São dados que trazem números volumosos, mas na verdade
não converte em vendas. Por exemplo, o número de páginas vistas em um site é uma métrica de vaidade. É importante, porém,
exprime apenas a quantidade de vezes que as pessoas acessaram o site. Já o número de pessoas que seguiram até a página de
fechamento do carrinho de compras é uma métrica de valor.

Outro dado comum de vaidade são os likes em uma publicação de rede social. Ter estes números altos é interessante, mas,
afinal, que retorno trouxe? Já uma métrica de valor seria identificar quantas pessoas originaram da publicação e fizeram alguma
compra.

É importante ter claro que a métrica de valor é a que impacta diretamente na performance da empresa.

Métrica Única de Sucesso (OMTM)


Antes de analisar as métricas, é importante entender qual delas faz mais diferença para o momento e objetivo atual. Isto é
possível entendendo com os gestores qual estratégia é adotada, como o produto é tratado e o que reflete nas metas.

A Métrica Única de Sucesso (OMTM) reflete o que a empresa jamais deve deixar de oferecer ao usuário, é a métrica essencial.
Por exemplo, no caso de uma empresa de delivery de alimentos, a OMTM será o tempo de entrega. Já para um aplicativo de
edição de imagens a métrica única será o tempo de uso pelas pessoas.

Ao visualizar estas necessidades é possível entender os pontos importantes para impulsionar a métrica.

88
Métricas de Produto
Custo de Aquisição de Clientes (CAC)

Para atrair e fidelizar clientes, as marcas precisam investir em diversos tipos de recursos. Seja em profissionais, campanhas para
divulgação, ferramentas para monitorar a concorrência ou treinamentos.

Com a relação de todos estes custos chega-se ao valor necessário para adquirir um cliente. Esta é uma métrica essencial para
entender se o negócio vai bem e orienta decisões estratégicas.

Um número bom precisa ser menor do que o Ticket Médio, que é o gasto médio do cliente e o Life Time Value, o lucro que o
cliente traz relacionado com o tempo que permanece sendo cliente.

Para calcular o CAC é preciso dividir o valor de investimento pelo número de clientes adquiridos em um período de tempo.

CAC = investimento / clientes adquiridos.

Para aumentar esta métrica, podem ser postas em prática diversas estratégias:

Implantar Inbound Marketing

Investir em Marketing de Conteúdo

Investir em E-mail Marketing

89
Métricas de Produto
Life Time Value (LTV)

Entender o lucro líquido que os clientes geram é muito importante para chegar ao valor que a empresa ganha em média por
cada cliente e por quanto tempo. Se os clientes estão deixando o produto é importante entender qual a fonte deste problema
de retenção.

A métrica é denominada Life Time Value (LTV). Para calcular este índice basta multiplicar: Ticket Médio, média de compras por
cliente a cada ano e média de tempo de relacionamento.

LTV = (Ticket Médio X Média de Compras por Cliente ao ano) X Média de tempo
de relacionamento

Para ampliar esta métrica é possível investir em alguma ações, como:


• Ampliar a fidelização de clientes.
• Acompanhar e investir em sucesso do cliente.

90
Métricas de Produto
Taxa de conversão

Quantas pessoas entram no seu site e efetivam alguma compra?

A taxa de conversão tem o intuito de entender como está a eficiência do seu marketing, ou seja, se os visitantes atraídos estão
adquirindo o seu produto.

Para entender a taxa de conversão basta dividir a quantidade de visitantes pela quantidade de pessoas convertidas, ou seja, que
adquiriram o produto.

Taxa de Conversão = visitantes / pessoas convertidas

Com esta fórmula é possível entender em qual momento está a fragilidade do marketing. Se existem muitos visitantes e pouca
conversão, o que pode ser alterado para chegar ao público correto? Mudanças na campanha de publicidade, a persona correta
está sendo atingida? Quais gatilhos mentais são mais assertivos.

Além disso, para melhorar a métrica podem ser aplicados Teste A/B e testes de demanda, ou seja, uma compra fictícia
para avaliar quantas pessoas comprariam o produto.

91
Métricas de Produto
DAU e MAU

Para entender a taxa de retenção do público é preciso conferir quanto tempo as pessoas
têm contato com o seu produto diariamente, semanalmente ou mensalmente.

O DAU reflete a atividade dos usuários com o produto ou serviço todos os dias. Já o
MAU remete a atividade do produto ou serviço mensalmente.

Estas métricas são difíceis de mensurar, pois não há como saber se, mesmo abrindo um
aplicativo, por exemplo, a pessoa está efetivamente fazendo uso.

Para ter uma porcentagem semelhante à realidade basta


dividir DAU pelo MAU e multiplicar por 100.

Público ativo = DAU/MAU X 100


Métricas de Produto
Taxa de rotatividade (Churn)

A Taxa de rotatividade é uma das métricas mais importantes, pois identifica


o cancelamento ou abandono do produto. Isto é tudo que uma empresa
não quer, afinal ela impacta diretamente no faturamento e um cliente a
menos representa menos receita.

Para chegar a porcentagem de rotatividade basta dividir o número de


clientes que cancelaram o produto no mês pelo número de clientes no
início do mês e multiplicar por 100.

Churn = cancelamentos durante um mês /clientes do início do mês X 100

Para evitar que esta taxa cresça é importante, primeiro, entender a sua
persona, como ela gostaria de ser tratada, o que pensa. Com base nisso,
entram todos os outros investimentos, como atendimento que encante e
agregue valor.

Outra saída é entender qual a avaliação do cliente em relação ao produto.


Com pesquisas é possível saber o que precisa ser melhorado e o que
faz com que o cliente perca interesse. Desta forma, é possível identificar
alterações necessárias, como atendimento, estrutura do site ou alguma
funcionalidade do produto.

93
Métricas de Produto
Net Promoter Score (NPS)

Para entender a reputação de uma marca é importante calcular o Net Promoter Score (NPS), ou seja, a lealdade do seu cliente. É importante
perseguir esta métrica pois pode promover ou acabar com a reputação do negócio.

Fonte: focanocliente.com.br/nps

Classificação de NPS
Para entender esta métrica basta subtrair o percentual de clientes promotores e detratores: NPS = Promotores - Detratores.

Fonte: pressablecdn.com

Gráfico de classificação da marca

Para melhorar esta métrica é importante entender quais as necessidades das pessoas, o que faz a diferença na vida delas e expectativas
com o produto. Outra saída é fazer benchmarking, ou seja, entender o que os seus concorrentes estão fazendo no mercado.

Investir em sucesso do cliente também é uma saída para fazer com que esta pessoa saia satisfeita e entendendo todas as possibilidades
do produto.

94
Métricas de Produto
Como definir as métricas ideais para o seu produto

As métricas ideais são definidas de acordo com o segmento e a estratégia que o seu negócio possui. As definições vão depender das
metas e projeções de futuro adotadas pela marca.

O Business Model Canvas é um modelo que permite entender o negócio de uma forma ampla. Com a ferramenta de gerenciamento
estratégico é possível desenvolver e esboçar modelos de negócio.

Existem outras variações de canvas também, como Lean Canvas e Digital Marketing Canvas.

Já o Hook Model baseia-se na formação de hábitos para criar outros hábitos. Funciona em loops:

gatilho, que pode ser um e-mail, uma notificação, ou um botão;

ação, que é a atividade que vai gerar o objetivo pretendido;

recompensa variável, que é a criação de um desejo;

investimento que é a retribuição do usuário.

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Soft Skills
essenciais para
produteiros
Soft Skills essenciais para produteiros
A importância de desenvolver Soft Skills

Você está satisfeito com a carreira que atua? Ter uma determinada formação hoje em dia não é garantia de sucesso. Você já deve
ter analisado que a atualização constante e as competências são fundamentais para um bom profissional. Estas características
são denominadas Soft Skills e Hard Skills.

Soft Skills são habilidades não técnicas, ou seja, as competências relacionadas ao comportamento humano. São atribuições
necessárias para um determinado perfil profissional e para a construção de uma carreira, elas são facilmente qualificáveis.
Exemplo: habilidade de comunicação.

Hard Skills são características necessárias para o desempenho de uma função, geralmente são os itens que as pessoas inserem
em um currículo. Elas são facilmente quantificáveis. Exemplo: curso de oratória.

As duas competências estão intimamente ligadas. Ter apenas habilidades técnicas não é o suficiente para executar um trabalho
realmente eficaz. Ao mesmo tempo, ter apenas um curso não é o suficiente caso não existam habilidades.

Aperfeiçoar as Soft Skills e Hard Skills só é possível por meio de autoconhecimento,


percepção das emoções, feedback de outras pessoas e atualização constante.

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Soft Skills essenciais para produteiros
O que é e como desenvolver Ownership?

Você já viu algum profissional que veste a camisa da empresa, trabalha sempre com gás e empenho? Esta pessoa possui o perfil
Ownership. É alguém comprometido, que pensa de forma inovadora e fora da caixa.

O Ownership está ligado diretamente com pessoas intraempreendedoras. É o profissional que, embora possa identificar
características que não concorda, prefere sugerir, trazer ideias e contribuir para que sejam implantadas mudanças.

O esquema abaixo detalha este profissional:

Para se tornar um profissional assim algumas


características são fundamentais:

• Observe o ambiente disponibilizando-se para ajudar;


• Contribua com ideias que sejam possíveis de serem
implementadas.
• Coloque-se à disposição das diversas áreas;
• Não desperdice recursos, como gastos exacerbados com papel
e viagens. O intuito é buscar o melhor custo e benefício;
• Controle o budget. Entender a relação orçamento e retorno
financeiro é fundamental;
• Identifique urgência e entenda qual a prioridade das coisas;
• Atue de forma preventiva. Desta forma é possível evitar crises e
ônus para a organização;
• Peça ajuda. Se não está ao seu alcance, busque o olhar de um
profissional que seja especialista;
• Faça networking e esteja conectado com os colegas de trabalho.

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Soft Skills essenciais para produteiros
O que é e como ser um Team Worker?

Talvez o maior exemplo de trabalho em equipe sejam os pit stops da Fórmula 1. Os membros dos times se empenham em tarefas
específicas, e a sincronia entre elas, é um fator decisivo na busca pelo pódio.

O conceito Team Worder é a capacidade de uma pessoa trabalhar em equipe. Ela é fundamental na Fórmula 1 e compartilha esta
experiência com o mundo corporativo. Cada pessoa desempenha um papel importante dentro de uma equipe, porém, o esforço
coletivo fala mais alto.

Algumas habilidades são fundamentais para o Team Worder. Podemos citar:

Ter comunicação clara e saber expressar o que pensa, o que sente e o que precisa;

Ser proativo ou proativa e demonstrar iniciativa para ajudar a resolver problemas da equipe;

Transparecer confiança sendo coerente, responsável e parceiro com os colegas. Esta confiança vem ao
longo do tempo, de acordo com a experiência no time;

Ter capacidade de mediação, pois pessoas diferentes possuem experiências diferentes e formas de pensar
distintas;

Buscar atitude empática para entender a dor do outro, afinal, cada experiência é única;

Ser flexível para somar ideias e experiências com os outros. As ideias divergentes são importantes e
necessárias para construir algo maior;

Estar com a mente aberta para entender vários pontos de vista e disponível para novas formas de fazer as
coisas. A mente aberta é essencial para conectar os outros pontos abordados nesta lista.

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Soft Skills essenciais para produteiros
O que é ser Fast Learning?
Você costuma aprender alguma habilidade com rapidez? No meio organizacional as coisas mudam rápido, sejam novas
habilidades ou tecnologias. Ser um Fast Learning é seguir estas mudanças necessárias de forma rápida.

A habilidade é possível para qualquer perfil de pessoa, desde que seja investido tempo e energia.

Entre os exemplos de Fast Learning podemos citar:


• Facilidade de adaptação a ambientes novos;
• Versatilidade a ponto de ter habilidade em várias frentes;
• Estar aberto a aprender e adquirir novas habilidades;
• Aceitar críticas ao seu trabalho e usar este feedback para se aperfeiçoar.

Mas como chegar a este objetivo? Entre os caminhos estão:


• Entender seu estilo de aprendizagem. Qual é a melhor forma de absorver as informações? É um curso online, um podcast ou
um livro?
• Definir quais os objetivos de aprendizagem e onde se quer chegar;
• Ter foco na habilidade que precisa ser trabalhada e garantir que vá aprender com profundidade;
• Criar um plano de aprendizagem com datas alcançáveis;
• Seguir uma rotina que esteja de acordo com a sua realidade. Por exemplo, dedicar uma hora por dia no início da noite;
• Fazer uso de diferentes ferramentas. Atualmente é possível estudar pela internet em qualquer lugar, pode ser por meio de
blogs, fórum de discussão, vídeos ou cursos;
• Fazer anotações para não perder nada;
• Descanse o suficiente. O corpo humano não consegue absorver tanto tempo contínuo de aprendizagem;
• Intercalar exercícios e atividades prazerosas é fundamental para melhorar a capacidade de aprender coisas novas.

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Soft Skills essenciais para produteiros
Como ter uma comunicação assertiva?

A comunicação é fator fundamental nos times. Ela pode ser o sucesso dos trabalhos ou atrapalhar de forma crucial o andamento
das tarefas. Ela pode invalidar completamente os passos para um Team Worder.

Normalmente, tratando-se de comunicação, o perfil das pessoas se divide em três tipos.

Agressiva

São aquelas pessoas que falam de forma áspera, com


sarcasmo, não considera as necessidades do próximo.

Assertiva

São as comunicações transmitidas de forma firme,


empática, educada e eficaz.

Passiva

A pessoa se diminui e mostra submissão, sem


comprometimento e sem impor sua necessidade.

Não necessariamente as pessoas atuam assim sempre, normalmente elas oscilam os estilos.

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Soft Skills essenciais para produteiros
Como ter uma comunicação assertiva?

A comunicação assertiva é a mais perseguida pelas pessoas, afinal é a mais eficaz para ser bem entendida. Mas como tê-la?

Valorize desejos e necessidades tendo uma boa compreensão de si e seu valor;


Diga não quando necessário, afinal nem sempre é possível se comprometer com algo;
Entenda que você não pode controlar o comportamento dos outros, é importante fazer o melhor para se
manter calmo e compreensível. Não é possível responder pelas atitudes dos outros;
Entenda a comunicação não-verbal das pessoas, seja em gestos, tom de voz ou post ura. Boa parte da
comunicação das pessoas não é verbal;
Saber lidar com emoções é muito importante, pois ao se conhecer evitamos momentos ruins e ajudamos a
construir relacionamentos saudáveis. Tente entender, por exemplo, o que lhe incomoda e tira do sério, como
você se comunica melhor.

Entre os sinais de falta de comunicação assertiva podemos listar:


• Não saber rejeitar demandas;
• Dizer sempre sim;
• Ter vergonha de pedir favores ou ajuda;
• Sentir dificuldade de expressar opinião distinta;
• Demonstrar expressões faciais estranhas ao discordar;
• Ter dificuldade para compreender e explicitar de forma clara sentimentos positivos e negativos;
• Não conseguir desenvolver linhas de raciocínio e pensamentos de forma assertiva;
• Sentir-se pessoalmente atacado por pessoas com visões diferentes;
• Ter dificuldade em aceitar críticas construtivas..

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Soft Skills essenciais para produteiros
O que é e como desenvolver a Empatia?

Entender a dor do outro por meio da perspetiva da outra pessoa, sem julgamentos. Este é o conceito de Empatia, característica
fundamental para o bom relacionamento no ambiente corporativo.

Um profissional empático busca entender as dificuldades do outro sem colocá-lo em uma situação constrangedora, mas
ajudando, afinal, temos inúmeras crenças e habilidades que conquistamos ao longo da vida, logo, cada pessoa terá mais
facilidade ou dificuldade em executar algo.

Alguns benefícios da empatia são: Mas como desenvolver a empatia?

• Favorecimento da construção de confiança; • Cultive a curiosidade para escutar melhor o


Tornar a comunicação mais assertiva; outro;
• Facilitar com que as relações melhorem no • Saia do ambiente habitual e viva realidades
ambiente de trabalho; diferentes;
• Deixar um ambiente favorável para • Tenha mente aberta. O que você sabe não é
negociação; verdade absoluta;
• Melhorar o engajamento e adesão em • Examine preconceitos, tenha consciência de
entregas e projetos. quais são eles e busque quebrá-los;
• Treine para compreender por meio da
perspectiva do outro;
• Faça escuta de forma ativa.

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Soft Skills essenciais para produteiros
Como desenvolver habilidades de Negociação?

O processo de troca entre duas ou mais partes em busca de um acordo satisfatório é chamado de negociação. Para chegar ao
sucesso neste processo é importante que seja seguida uma sequência lógica de etapas, busque resolver conflitos e terminar a
negociação consciente de que todas as necessidades foram ouvidas.

Prepare-se
Este é o primeiro passo. Entenda quais são os objetivos da negociação e busque listá-los de acordo com a
prioridade. É importante nesta fase coletar o máximo de informações possíveis.

Investigue as necessidades
Saber formular boas perguntas é importante, pois só ouvindo as respostas vamos entender qual é o modelo mental
da outra pessoa. Desta forma entendemos melhor as necessidades e temos uma ferramenta para persuadir.

Atenção a comunicação verbal e não-verbal


Gestos, tom de voz e emoções são importantes para entender como está o desenvolvimento da negociação. É
válido também ressaltar que é importante falar na hora correta e saber ouvir.

Teste as propostas
Bons negociadores são aqueles que elaboram propostas concretas, que sustentem a negociação e colaborem
na condução do processo de decisão da outra parte.

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Soft Skills essenciais para produteiros
Como desenvolver habilidades de Negociação?

Troque concessões
Esteja sempre disposto a abrir mão de algumas coisas no processo de
negociação e mudar de acordo com o andamento da conversa.

Feche o acordo
Uma vez que as expectativas estão alinhadas é hora de enfatizar as
negociações e concessões em busca do fechamento da proposta.

Amarre as pontas
Deixe claro todas as etapas da negociação para evitar problemas
futuros de falta de entendimento do produto ou projeto que está sendo
negociado.

Teste as propostas
Bons negociadores são aqueles que elaboram propostas concretas,
que sustentem a negociação e colaborem na condução do processo
de decisão da outra parte.

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Soft Skills essenciais para produteiros
Como desenvolver habilidades de Negociação?
Entre as dicas de negociação estão:

Procure iniciar a negociação


Tomar a iniciativa é a forma mais assertiva de ter controle da situação e ter mais vantagem, afinal, você se preparou.

Formalize tudo
Ter as informações organizadas por escrito em um documento é fundamental para evitar divergências e informações
imprecisas após o acordo.

Utilize a técnica do rapport


A técnica busca conectar-se ao outro chamando pelo nome, se conectar com questões além da profissão, compreender
afinidades, criar um espaço de troca sincera e genuína, como por exemplo perguntando como está a família ou falar sobre
hobbies.

Tenha equilíbrio emocional


Os bons negociadores equilibram razão e emoção. Ter entendimento das emoções e saber controlá-las é fundamental
para que não transpareça uma delas de forma muito explícita, como raiva, ansiedade, desconforto.

Jogue limpo na negociação


Não prometa o mundo sendo que você não consegue comprir a metade. É importante expor prazos, detalhes e nível de
qualidade.

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Soft Skills essenciais para produteiros
O que é Problem Solving e como ser um
Problem Solver?

“Não me traga problemas, traga solução”. Quem nunca ouviu um gestor falar esta frase? Problem Solving é o processo de encontrar
soluções para problemas a fim de buscar melhores saídas para resolver.

A aplicação sistemática entende que tipo de impacto a situação implica e qual a causa raiz.

Metodologia 5 Por quês?


Consequências A primeira metodologia que busca solucionar este problema são os
cinco porquês.

Exemplo:
• Por quê? O celular ficou sem bateria.
• Por quê? O celular não foi posto para carregar.
• Por quê? O carregador estava quebrado.
• Por quê? O cabo de alimentação se rompeu.
• Por quê? O usuário dobrava o fio ao meio após o uso do carregador.
Problema

Chegou-se a causa raiz ou o problema aparente com a última


pergunta.
Raiz do
problema

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Soft Skills essenciais para produteiros
O que é Problem Solving e como ser um
Problem Solver?

Metodologia 8D Metodologia DMAIC

O intuito da metodologia 8D é analisar e projetar Esta metodologia é um roteiro de cinco


uma solução de curto prazo e médio prazo para etapas com o intuito de analisar a
evitar reincidências nos erros. situação e agir para sanar o problema,
mantendo o controle para evitar o
Desta forma, é possível identificar o problema, retorno.
formar uma equipe para resolvê-lo, descrever o
que houve, conter o problema, definir a causa raiz, • Definir: entender;
escolher uma solução, complementar e controlar • Medir: ver os impactos;
para que o erro não volte a ocorrer. • Analisar: ver com profundidade;
• Melhorar: definir melhorias;
Esta metodologia tem um foco no curto prazo • Controlar: evitar o retorno.
para resolver no momento a questão e a longo
prazo, para que não retorne.

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Soft Skills essenciais para produteiros
O que é ser um Profissional T-Shaped?

Conhecimento
abrangentes O Profissional T-Shaped tem um mix de competências especiais, mescla habilidades intermediárias e de
especialistas.
especialidade

Um profissional com este perfil é visado pelas empresas, pois ele possui competências e habilidades
Sua

multidisciplinares que ajudam a resolver problemas de forma criativa e rápida. O Profissional T-Shaped
integra-se facilmente a diferentes equipes e projetos e costuma entregar resultados mais consistentes.

Mas o que é preciso para se tornar um profissional T-Shaped?

• Avalie e entenda pontos forte e fracos: divida uma folha e defina de um lado pontos fortes e de
outro fracos;
• Defina uma área de especialização: após se autoavaliar é importante entender qual o foco dos
esforços;
• Esteja disposto a ter lifelong learning, ou seja busque aprender sempre;
• Diversifique os conteúdos de aprendizado em várias áreas, seja lendo livros, consultando blogs ou
cursos;
• Execute o que você aprendeu, seja por um projeto pessoal ou no ambiente de trabalho;
• Nunca pare de aprender e executar: é preciso manter a busca por capacitação constante.

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Soft Skills essenciais para produteiros
O que é Business Acumen?

Entender o negócio, e lidar com os desafios de forma eficaz, é fundamental. O termo


Business Acumen significa perspicácia empresarial e tem relação com a capacidade da
pessoa em entender problemas da marca, se adaptar e permanecer flexível em tempos
de mudança ou de desafio.

Estas pessoas possuem uma visão de maior qualidade para chegar às metas e
consequentemente sucesso.

Conhecimentos necessários para o profissional Business Acumen

É importante saber como funciona e qual a linha de negócio de cada área deste esquema.
A chance de evoluírem profissionalmente na empresa é muito grande, afinal esta é uma
visão estratégica muito buscada.
Fonte: corporateedge.co.uk

Entre as habilidades de quem tem Business Acumen estão: Para desenvolver estas habilidades é necessário
• Capacidade de foco no que realmente irá gerar valor; algumas características, como:
• Compreensão das consequências das decisões tomadas, após • Busca contínua de aprendizado;
análise de dados; • Compreender o modelo de negócio;
• Afinidade para resolver problemas chegando a raiz deles; • Compreender as métricas do negócio;
• Compreender as necessidades dos clientes ou investidores; • Compreender as questões financeiras tendo uma noção
• Pensamento e visão estratégicas baseando-se em dados e foco em desta área;
resultado; • Compreender como funcionam as principais áreas;
• Comunicação assertiva, de forma firme, transparente e empática. • Compreender quem são os clientes e competidores.

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Conclusão

Neste material podemos perceber que o trabalho dos Product Managers envolve
mais questões do que apenas resolver problemas reais e validar alguma solução.
Estão entre as características fundamentais: negociar, delegar, compreender
necessidades reais, priorizar o que é importante e criar conexões.

Essas fases foram detalhadas neste material e trazem uma noção voltada para a
realidade do mercado de trabalho, característica que dinamiza o seu aprendizado,
com foco na conversão. Foi possível mostrar o que existe e como é possível fazer
para alimentar o Product Manager que vive em você.

Entrar nesta área, que está em evidência, ou até continuar nela, é um grande desafio
que exige atualização constante e esforço. Cada vez mais pessoas despertam
a vontade de alcançar esse papel e a concorrência para as vagas que o mercado
disponibiliza só aumenta.

Mas não esqueça o que abordamos aqui: trace sua meta e busque chegar a este
objetivo de forma concisa, com um cronograma e entendendo cada passo para
chegar ao seu objetivo final.

O frio na barriga existe, mas será substituído logo pelo brilho nos olhos de quem se
apaixona pela área. Estamos aqui para lhe ajudar a ter uma experiência diferenciada
de aprendizagem. Conte com o time Gama.

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