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➢ Dilma inicia o governo num contexto de crise internacional, principalmente nos EUA
e na Europa
➢ EUA estavam fazendo expansão monetária para conter a crise, mas não estava dando
certo. Por qual motivo? Os capitais no mundo globalizado não se prendem no país, e
circulam para onde for mais interessante. O capital vai para o lugar que for mais
rentável, para o lugar com taxas de juros mais altas, por exemplo. Então injetar
dinheiro na economia não adianta tanto por si só. Veja tsunami monetário no Brasil,
por ex
➢ A Europa fazia políticas macroeconômicas de maior caráter keynesiano. Expansão
monetária e políticas fiscais expansionistas, além de aumento dos gastos públicos.
Ainda assim não surtia o efeito desejado.
➢ Sobre a crise na Europa: tinha o aspecto da fuga de capitais em busca de rentabilidade
mas também tinha a necessidade de resolver problemas nos sistemas bancários
nacionais.
➢ Alguns países europeus enfrentavam, particularmente, desequilíbrios
macroeconômicos internos. Portugal passava por estagnação econômica, Espanha
enfrentava uma bolha imobiliária, e Grécia tinha problemas fiscais.
➢ A Grécia: russos investiram no Chipre, e bancos do Chipre compravam muitos títulos
da dívida grega. Entretanto, a dívida grega foi em parte perdoada por parte do FMI,
Banco Europeu e Banco Mundial, o que gerou problemas econômicos para os bancos
do Chipre.
➢ Começamos a exportar menos a partir de 2011. Problemas de balança comercial
então, e menos dólares entrando na economia. Saldo comercial vai lá pra baixo
➢ A reação então é aumentar a taxa de juros, e então vem mais dinheiro pro brasil
através do SCK (saldo da conta de capital). Tínhamos taxas de juro altas, em especial
comparando com de alguns países em crise
➢ Entra muito dólar, e então a taxa de câmbio fica valorizada. A partir de 2012 ela
desvalorizou lentamente, mas não a ponto de impedir a entrada de importados. Isso
era bom para países em crise, pois estavam vendendo seus produtos, mas ruim para
nossa indústria nacional, perdendo o duelo contra a estrangeira.
➢ Já tínhamos queda de exportações, mas surgem outros 2 problemas: queda no PIB
industrial e desemprego no setor, e saturação do consumo
➢ Queda no PIB industrial e desemprego no setor por conta de força de produtos
importados que entravam (taxa de câmbio valorizada e eficiência da indústria
estrangeira) e saturação do consumo por conta de famílias endividadas, realizando
aquele mesmo tipo de consumo desde o Lula I
➢ O governo então AMPLIA o intervencionismo: manutenção de isenções tributárias,
redução das taxas de juros ao consumidor, intervenção nos preços da energia elétrica,
expansão do crédito a empresas via BNDES, e lançamento do PAC 2 (Programa de
Aceleração do Crescimento 2)
➢ Consequências: a redução da taxa de juros ao consumidor não dá certo, porque
famílias já estavam endividadas; intervenção nos preços da energia elétrica atingiu a
rentabilidade das empresas e teve consequências no futuro; a expansão do crédito a
empresas gerou, indiretamente, pedaladas fiscais; e a soma de isenções tributárias
com maiores gastos públicos gerou desequilíbrio fiscal
➢ Essas questões econômicas internas: redução da exportação, aumento de gastos,
problemas na indústria, endividamento de famílias, desequilíbrio de gastos… Se
somaram às manifestações de 2013 e à Operação Lava Jato, produzindo mais
turbulências políticas
➢ Depois da vitória do PT, é anunciado que não existiria o superávit planejado, e sim
déficit. Se descobre que o governo pegou empréstimo junto a seus bancos, o que não é
permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Discutir essa lei é outro campo.