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Sumário

Apresentação ...................................................................................................................................................... 2

Juros Simples ..................................................................................................................................................... 3

Juros Compostos .............................................................................................................................................. 10

Taxa Aparente, Taxa Real e Taxa de Inflação ................................................................................................. 21

Descontos ......................................................................................................................................................... 25

Equivalência de Capitais .................................................................................................................................. 36

Rendas Uniformes ............................................................................................................................................ 41

Análise de Investimentos ................................................................................................................................. 48

Sistemas de Amortização ................................................................................................................................. 57

1
APRESENTAÇÃO
Olá, caros amigos do Estratégia Concursos, tudo bem?

É com enorme prazer e satisfação que lanço este EBOOK de questões comentadas de Matemática Financeira
com foco exclusivamente na banca CEBRASPE/CESPE. Iremos resolver 50 exercícios que irão abordar todo o
conteúdo exigido da disciplina.

Antes de prosseguir, peço licença para me apresentar:

Vinícius Veleda: Sou Auditor Fiscal do Estado do Rio Grande do Sul. Professor de Matemática e
Matemática Financeira do Estratégia Concursos. Aprovado nos Concursos de Auditor Fiscal da
Secretaria da Fazenda dos Estados do Rio Grande do Sul (SEFAZ RS), Santa Catarina (SEFAZ SC) e
Goiás (SEFAZ GO). Formado em Engenharia de Petróleo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) com graduação sanduíche em Engenharia Geológica pela Universidade Politécnica de Madrid
(UPM). Certificado pela PUC-RS em Tesouraria com foco em Matemática Financeira.

Você irá perceber que as resoluções das questões são todas feitas passo a passo e bem detalhadas. As
respostas intermediárias terão um quadrado azul enquanto a resposta final terá um círculo vinho. Tudo
bem detalhado e "limpo" para você absorver ao máximo o conteúdo.

O material abordará questões dos mais variados níveis, desde os mais simples aos mais complexos. Façam
TODAS as questões. O segredo para o domínio das questões de exatas é a quantidade de exercícios
resolvidos por você na hora da preparação.

Contem sempre comigo. Caso tenham dúvidas, enviem no Fórum de Dúvidas ou por e-mail
vinicius.veleda@estrategiaconcursos.com.br.

“Seja qual for o seu sonho, batalhe, lute por ele, não o espere. Seja diferenciado. Não se sinta
superior, seja humilde, mas seja diferenciado. Faça sua vida valer a pena. Crie um ideal para ela e
siga a jornada até estar concluída, até ser aprovado! ”

Vinícius Veleda

Vamos juntos até sua aprovação. Conte comigo!

2
JUROS SIMPLES
1. (CESPE / EBSERH - 2018) No que se refere a matemática financeira e finanças, julgue o item
seguinte.

Se R$ 10.000 forem aplicados pelo prazo de 45 dias à Taxa de Juros simples de 12% ao ano, o Montante ao
final do período será inferior a R$ 10.140.

Comentários:

Observe primeiramente que a Taxa de Juros e o Tempo estão em unidade de grandeza diferentes. Atente-
se, então, para a conversão da unidade do tempo de aplicação e da unidade da Taxa de Juros para uma
mesma unidade de grandeza.

Vamos transformar as duas unidades para a grandeza "mês".

45
𝑡 = 45 𝑑𝑖𝑎𝑠 → 𝑡 = 𝑚ê𝑠 → 𝒕 = 𝟏, 𝟓 𝒎ê𝒔
30
12
𝑖 = 12% 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜 → 𝑖 = % 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠 → 𝒊 = 𝟏% 𝒂𝒐 𝒎ê𝒔
12

Em Regime de Juros Simples, o Montante é calculado pela seguinte equação:

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖 × 𝑡)

Onde,

𝑀 = 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = ?

𝐶 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = 10.000

𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 1% 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠 = 0,01

𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 1,5 𝑚ê𝑠

Substituindo os valores e calculando o Montante:

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖 × 𝑡)
3
𝑀 = 10.000 × (1 + 0,01 × 1,5)

𝑀 = 10.000 × (1 + 0,015) = 10.000 × 1,015 → 𝑴 = 𝟏𝟎. 𝟏𝟓𝟎

Ou seja, o Montante ao final do período será SUPERIOR a R$ 10.140.

Gabarito: ERRADO

2. (CESPE / SEFAZ RS - 2018) Tendo aplicado determinado Capital durante N meses à Taxa de Juros
de 48% ao ano, no regime de Juros simples, determinado investidor obteve o Montante de R$
19.731,60. Considerando que a rentabilidade era favorável, o investidor estendeu a aplicação
do Capital inicial por mais um semestre, o que o levou a obter, ao final de todo o período, o
Montante de R$ 23.814,00.

Nessa situação, o Capital inicial investido e a quantidade de meses que ele permaneceu aplicado são,
respectivamente, iguais a

a) R$ 14.508,52 e 9 meses.
b) R$ 16.537,50 e 11 meses.
c) R$ 17.010,00 e 10 meses.
d) R$ 18.040,90 e 8 meses.
e) R$ 13.332,16 e 12 meses.

Comentários:

Um investidor aplicou um Capital 𝐶 obtendo um Montante de R$ 19.731,60 em N meses. Posteriormente,


continuando com o mesmo Capital aplicado, obteve um Montante de R$ 23.814,00 em 6 meses.

Ou seja, nesses 6 meses ele obteve um Juros igual a diferença dos Montantes.

Ora, se eu ganho 1.000 reais em um tempo X meses e depois estou com 1.500 em um tempo X+2 meses, é
porque eu ganhei 500 (diferença dos Montantes) nesse tempo a mais (que são os 2 meses).

Sendo assim, os Juros em 6 meses serão iguais a:

𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 23.814,00 − 19.731,60 → 𝑱 = 𝟒. 𝟎𝟖𝟐, 𝟒𝟎

Em Regime de Juros Simples, os Juros são calculados pela seguinte equação:

𝐽=𝐶×𝑖×𝑡

Onde,

𝐽 = 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = 4.082,40


4
𝐶 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = ?

𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 48% 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜 = 4% 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠

𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 6 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

Atente-se para a conversão da unidade da Taxa de Juros (ano) para a unidade do tempo de aplicação
(meses), pois necessariamente devem coincidir.

48%
𝑖 = 48% 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜 → 𝑖 = 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠 → 𝒊 = 𝟒% 𝒂𝒐 𝒎ê𝒔
12

Substituindo os valores na fórmula dos Juros e calculando o Capital teremos:

𝐽=𝐶×𝑖×𝑡

4
4.082,40 = 𝐶 × ×6
100

4.082,40 × 100
𝐶= → 𝑪 = 𝟏𝟕. 𝟎𝟏𝟎
4×6

Observe que a única alternativa que traz esse Capital é a Alternativa C (nosso gabarito).

Porém, vamos calcular a quantidade N de meses que esse Capital ficou aplicado gerando um Montante de
R$ 19.731,60.

Em Regime de Juros Simples, o Montante é calculado pela seguinte equação:

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖 × 𝑡)

Onde,

𝑀 = 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = 19.731,60

𝐶 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = 17.010

𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 4% 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠 = 0,04

𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 𝑁 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

Vamos substituir os valores e calcular N:

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖 × 𝑡)

19.731,60 = 17.010 × (1 + 0,04 × 𝑁)

5
19.731,60
= 1 + 0,04𝑁
17.010

1,16 = 1 + 0,04𝑁

0,16 = 0,04𝑁 → 𝑵 = 𝟒 𝒎𝒆𝒔𝒆𝒔

O Capital ficou aplicado por um total de N meses mais os 6 meses posteriores, totalizando assim um tempo
total 𝑡 de aplicação igual a:

𝑡𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜 = 4 + 6 → 𝒕𝒂𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂çã𝒐 = 𝟏𝟎 𝒎𝒆𝒔𝒆𝒔

Gabarito: Alternativa C

3. (CESPE / STM - 2018) Uma pessoa atrasou em 15 dias o pagamento de uma dívida de R$ 20.000,
cuja Taxa de Juros de mora é de 21% ao mês no regime de Juros simples.

Acerca dessa situação hipotética, e considerando o mês comercial de 30 dias, julgue o item subsequente.

No regime de Juros simples, a taxa de 21% ao mês é equivalente à taxa de 252% ao ano.

Comentários:

Em Regime de Juros Simples, a Taxa Equivalente é sinônimo de Taxa Proporcional.

Sabemos que em 1 ano há 12 meses. Então, a taxa de juro simples anual 𝑖 proporcional a 21% ao mês será:

𝑖𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 = 𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 × 12

𝑖 = 21% × 12 → 𝒊 = 𝟐𝟓𝟐% 𝒂𝒐 𝒂𝒏𝒐

Gabarito: CERTO

4. (CESPE / FUNPRESP - 2016) José aplicou determinado valor presente — VP1 — à Taxa de Juros
simples de j% a.m., durante 6 meses, e obteve o Montante M1. João aplicou a mesma quantia,
também a Juros simples e à mesma taxa mensal, por 4 meses. Posteriormente, João reaplicou
o Montante obtido por mais dois meses, nas mesmas condições, obtendo, ao final, o
Montante M2.

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o próximo item.

6
Independentemente do valor de j, os Montantes M1 e M2 serão sempre iguais.

Comentários:

Observe que, na segunda aplicação, quando João reinveste o valor, o Capital reinvestido é igual ao
Montante originado nos 4 meses anteriores e não igual ao Capital Inicial.

Sendo assim, certamente 𝑀2 > 𝑀1 .

Ainda resta dúvida? Sem problemas. Vamos atribuir valores ao Capital e à Taxa de Juros e você entenderá o
que ocorreu.

Vamos admitir um Capital de R$ 100 e uma Taxa de Juros de 10% ao mês. Iremos calcular o Montante para
José (1) e para João (2).

1. José aplicou o Capital de R$ 100 à Taxa de Juros simples de 10% a.m., durante 6 meses, e obteve o
Montante M1 igual a:

𝑀1 = 𝐶 × (1 + 𝑖 × 𝑡)

𝑀1 = 100 × (1 + 0,1 × 6)

𝑀1 = 100 × (1 + 0,6)

𝑀1 = 100 × 1,6 → 𝑴𝟏 = 𝟏𝟔𝟎

2. João aplicou a mesma quantia, também a Juros simples e à mesma taxa mensal, por 4 meses. Sendo
assim, o Montante após 4 meses será igual a:

𝑀𝑎𝑝ó𝑠 4 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 = 𝐶 × (1 + 𝑖 × 𝑡)

𝑀𝑎𝑝ó𝑠 4 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 = 100 × (1 + 0,1 × 4)

𝑀𝑎𝑝ó𝑠 4 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 = 100 × 1,4 → 𝑴𝒂𝒑ó𝒔 𝟒 𝒎𝒆𝒔𝒆𝒔 = 𝟏𝟒𝟎

Posteriormente, João irá reaplicar o Montante obtido por mais dois meses, nas mesmas condições, obtendo,
ao final, o Montante M2.

Perceba que, nesse reinvestimento, o Capital que será aplicado é o próprio Montante (140) após 4 meses
e não o valor inicial (100).

Logo, o Montante final (M2) será igual a:

𝑀1 = 𝐶 × (1 + 𝑖 × 𝑡)

7
𝑀2 = 𝑀𝑎𝑝ó𝑠 4 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 × (1 + 𝑖 × 𝑡)

𝑀2 = 140 × (1 + 0,1 × 2)

𝑀2 = 140 × 1,2 → 𝑴𝟐 = 𝟏𝟔𝟖

Logo, 𝑀2 > 𝑀1 .

Gabarito: ERRADO

5. (CESPE / ANAC - 2012) Acerca de juros, no item subsequente apresenta uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada.

Um investidor aplicou por 4 meses um capital C em um banco que paga uma taxa de juros simples de 2,5 %
ao mês e, ao final desses 4 meses, ele aplicou por 5 meses o montante auferido e mais R$ 6.600,00 em outro
banco que paga juros simples de 4% ao mês. Nessa situação, se, ao final dos 5 meses, o montante dessa
segunda aplicação for igual a R$ 13.200,00, então C será superior a R$ 4.500,00.

Comentários:

Vamos desenvolver o enunciado por partes.

"Um investidor aplicou por 4 meses um capital C em um banco que paga uma taxa de juros simples
de 2,5 % ao mês..."

Iremos calcular o Montante ao final desta primeira operação:

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖 × 𝑡)

𝑀 = 𝐶 × (1 + 0,025 × 4)

𝑀 = 𝐶 × (1 + 0,1) → 𝑴 = 𝟏, 𝟏𝑪

"... ao final desses 4 meses, ele aplicou por 5 meses o montante auferido e mais R$ 6.600,00 em outro
banco que paga juros simples de 4% ao mês."

Ou seja, ele aplicou o valor de 1,1𝐶 + 6.600.

"Nessa situação, se, ao final dos 5 meses, o montante dessa segunda aplicação for igual a R$
13.200,00..."

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Por fim, vamos aplicar a fórmula do Montante em Regime de Juros Simples e calcular o valor do Capital
inicial.

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖 × 𝑡)

13.200 = (1,1𝐶 + 6.600) × (1 + 0,04 × 5)

Observe que, nessa segunda operação, o Capital aplicado, como vimos, é igual ao Montante da primeira
operação (1,1𝐶) mais os R$ 6.600. E a taxa de juros, por sua vez, é igual a 4% ao mês.

Desenvolvendo a equação e calculando o valor do Capital:

13.200 = (1,1𝐶 + 6.600) × (1 + 0,04 × 5)

13.200 = (1,1𝐶 + 6.600) × 1,2

13.200
= 1,1𝐶 + 6.600
1,2

11.000 = 1,1𝐶 + 6.600

1,1𝐶 = 11.000 − 6.600

1,1𝐶 = 4.400

4.400
𝐶= → 𝑪 = 𝟒. 𝟎𝟎𝟎
1,1

Nessa situação, se, ao final dos 5 meses, o montante dessa segunda aplicação for igual a R$ 13.200,00, então
C será INFERIOR a R$ 4.500,00.

Gabarito: ERRADO

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JUROS COMPOSTOS
6. (CESPE / PGE PE – 2019 - Adaptada) Julgue o item seguinte, relativo a juros, taxas de juros e
rendas uniformes e variáveis.

Situação hipotética: Raul fez duas aplicações semestrais e consecutivas de R$ 50.000 cada uma (sendo a
primeira no tempo 0), que renderam juros à taxa de juros compostos de 10% ao semestre. Raul resgatou o
saldo total ao final do terceiro semestre. Assertiva: Nessa situação, Raul resgatou menos de R$ 120.000.

Comentários:

Raul fez duas aplicações semestrais e consecutivas de R$ 50.000 cada uma (sendo a primeira no tempo 0).
Perceba graficamente o que o problema nos trouxe:

Observe que as duas aplicações são semestrais e consecutivas e a primeira realizada no tempo 0. O montante
final será igual a soma dos Montantes de cada aplicação separadamente. Perceba que a primeira aplicação
será capitalizada por 3 semestres enquanto e que a segunda será capitalizada apenas por 2. Então,

𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑀1 + 𝑀2

Em regime de Juros compostos, o Montante é calculado pela seguinte equação:

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖)𝑡

Onde,

𝑀 = 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

𝐶 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = 50.000

𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 10% 𝑎𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒 = 0,1

𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 3 𝑒 2 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒𝑠

10
Iremos substituir os valores e calcular o Montante final da aplicação.

𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑀1 + 𝑀2

𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 50.000 × (1 + 0,1)3 + 50.000 × (1 + 0,1)2

𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 50.000 × 1,13 + 50.000 × 1,12

𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 50.000 × 1,331 + 50.000 × 1,21

𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 66.550 + 60.500 → 𝑴𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 = 𝟏𝟐𝟕. 𝟎𝟓𝟎

Ou seja, Raul resgatou MAIS de R$ 120.000,00.

Gabarito: ERRADO

7. (CESPE / STM – 2018 - Adaptada) Uma pessoa atrasou em 15 dias o pagamento de uma dívida
de R$ 20.000, cuja taxa de juros de mora é de 21% ao mês no regime de juros simples.

Acerca dessa situação hipotética, e considerando o mês comercial de 30 dias e adotando a convenção
exponencial para o regime de juros compostos, julgue o item subsequente.

No regime de juros compostos, o valor dos juros de mora na situação apresentada será R$ 100 menor que
no regime de juros simples.

Comentários:

Vamos calcular separadamente o valor dos Juros no regime de Juros Simples e no regime de Juros Compostos
e calcular a diferença questionada pelo enunciado.

O enunciado nos informa que:

𝐶 = 20.000

𝑡 = 15 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 0,5 𝑚ê𝑠

𝑖 = 21% 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠 = 0,21

Atente-se para a conversão da unidade do tempo de aplicação (dia) para a unidade da taxa de juros (mês)
pois necessariamente devem coincidir. 15 dias é equivalente a metade do mês de 30 dias, ou seja, 0,5 mês.
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• Em Regime de Juros Simples:

𝐽𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = 𝐶 × 𝑖 × 𝑡

𝐽𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = 20.000 × 0,21 × 0,5 → 𝑱𝑺𝒊𝒎𝒑𝒍𝒆𝒔 = 𝟐. 𝟏𝟎𝟎

• Em Regime de Juros Compostos:

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖)𝑡

𝑀 = 2.000 × (1 + 0,21)0,5

𝑀 = 2.000 × 1,210,5

𝑀 = 2.000 × 1,1 → 𝑀 = 22.000

Abrindo um parêntese: Lembrando que elevar a meio é a mesma operação que extrair a raiz quadrada.
Vamos fazer passo a passo e relembrar as aulas de exponenciação da matemática básica.

1,210,5 = 1,211⁄2 = √1,21 = 1,1

De posse do Montante e do Capital, calculamos os Juros Compostos.

𝐽𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 = 𝑀 − 𝐶

𝐽𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 = 22.000 − 20.000 → 𝑱𝑪𝒐𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔 = 𝟐. 𝟎𝟎𝟎

Sendo assim, no regime de Juros Compostos os Juros (R$ 2.000,00) serão R$ 100,00 A MENOS que em regime
de Juros Simples (R$ 2.100,00).

Gabarito: CERTO

8. (CESPE / FUNSPREV - 2016) Um poupador de pequenas quantias aplicou R$ 100 esperando obter
rendimento de 1% de juros compostos ao mês.

Nesse caso, ao final de três meses, o montante da aplicação, em reais, poderá ser calculado pela expressão
102 × (1,01)3.

Comentários:

12
Iremos utilizar a fórmula do Montante em Regime de Juros Compostos para calcular a expressão que
fornecerá o Montante da aplicação ao final de 3 meses.

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖)𝑡

Onde,

𝑀 = 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = ?

𝐶 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = 100

𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 1% 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠 = 0,01

𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 3 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

Vamos substituir os valores e achar a expressão.

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖)𝑡

𝑀 = 100 × (1 + 0,01)3 → 𝑴 = 𝟏𝟎𝟎 × (𝟏, 𝟎𝟏)𝟑

Observe que a expressão fornecida pelo enunciado 102 × (1,01)3 não é equivalente à expressão que
acabamos de calcular. Logo, a assertiva está errada.

Gabarito: ERRADO

9. (CESPE / Pref. São Cristóvão - 2019) Um indivíduo aplicou R$ 10.000 em um investimento que
paga taxa de juros compostos de 12% ao ano com capitalização bimestral.

Considerando 1,27 como valor aproximado para 𝟏, 𝟎𝟐𝟏𝟐 , julgue o item que se segue.

O montante 2 anos após o início da aplicação terá sido superior a R$ 12.000.

Comentários:

Primeiro passo é converter a Taxa Nominal para a Taxa Efetiva.

Taxa Nominal é a taxa de juros cuja unidade de tempo não coincide com a unidade de tempo do período de
capitalização. Observe que a taxa fornecida no enunciado é uma taxa nominal.

𝑖𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = 12% 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 𝑏𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒

Nunca resolva um exercício usando a taxa nominal. Sempre devemos passar para a unidade de tempo do
período de capitalização. Então tenha em mente: “quem manda é o período de capitalização”.
13
E como passamos da unidade de tempo do período da taxa nominal para a unidade de tempo do período de
capitalização?

Basta fazermos uma simples divisão/multiplicação. Em 1 ano há 6 bimestres. Então, a Taxa Efetiva bimestral
será um sexto da taxa anual.

12%
𝑖𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = → 𝑖𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = 2% 𝑎𝑜 𝑏𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑏𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒
6

Ou, simplesmente,

𝒊𝑬𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 = 𝟐% 𝒂. 𝒃.

✓ Essa será a taxa que devemos utilizar no exercício.

Depois desse primeiro passo (perceba que a explicação é extensa para que você possa entender o passo a
passo. Mas, na hora da prova, você consegue fazer essa passagem em apenas uma linha ou até mesmo fazer
a divisão “de cabeça”), iremos calcular o Montante após 2 anos de aplicação.

Em regime de Juros Compostos, o Montante é calculado pela seguinte equação:

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖)𝑡

Onde,

𝑀 = 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = ?

𝐶 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = 10.000

𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 2% 𝑎𝑜 𝑏𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒

𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 2 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 12 𝑏𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒𝑠

Atente-se para a conversão da unidade do tempo de aplicação (ano) para a unidade da taxa de juros
(bimestre) pois necessariamente devem coincidir. Em 1 ano há 6 bimestres. Logo, em 2 anos haverá 12
bimestres.

Vamos substituir os valores e calcular o Montante.

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖)𝑡

𝑀 = 10.000 × (1 + 0,02)12

𝑀 = 10.000 × 1,0212

14
𝑀 = 10.000 × 1,27 → 𝑴 = 𝟏𝟐. 𝟕𝟎𝟎

Ou seja, o montante 2 anos após o início da aplicação terá sido SUPERIOR a R$ 12.000.

Gabarito: CERTO

10. (CESPE / Pref. São Cristóvão - 2019) Um indivíduo aplicou R$ 10.000 em um investimento que
paga taxa de juros compostos de 12% ao ano com capitalização bimestral.

Considerando 1,27 como valor aproximado para 1,0212, julgue o item que se segue.

A taxa efetiva mensal desse investimento é de 1% ao mês.

Comentários:

Primeiro, vamos converter a Taxa Nominal para Taxa Efetiva Bimestral. Taxa Nominal é a taxa de juros cuja
unidade de tempo não coincide com a unidade de tempo do período de capitalização.

𝑖𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = 12% 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 𝑏𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒

Para passarmos da unidade de tempo do período da taxa nominal para a unidade de tempo do período de
capitalização basta fazermos uma simples divisão/multiplicação.

Em 1 ano há 6 bimestres. Então, a Taxa Efetiva bimestral será um sexto da taxa anual.

12%
𝑖𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 𝐵𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 = → 𝒊𝑬𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 𝑩𝒊𝒎𝒆𝒔𝒕𝒓𝒂𝒍 = 𝟐% 𝒂. 𝒃.
6

Segundo passo é calcular a Taxa Efetiva mensal equivalente à Taxa Efetiva bimestral de 2%.

Ou seja, estamos buscando uma Taxa mensal que capitalizada por 2 meses (1 bimestre) será igual a 2% ao
bimestre. Para acharmos a taxa equivalente tomamos como base a potenciação.

(1 + 𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 )2 = (1 + 𝑖𝑏𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 )

(1 + 𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 )2 = (1 + 0,02)

(1 + 𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 )2 = 1,02 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (𝐼)

15
Nesse ponto, não vamos extrair a raiz. Vamos utilizar a taxa fornecida pelo enunciado (1% ao mês) e saber
se é igual a 1,02.

(1 + 0,01)2 = 1,012 = 1,0201

Ou seja, a taxa não será de 1% ao mês. Se fosse, a potência (1 + 𝑖)2 seria igual a 1,0201 e não igual a 1,02
estabelecida na equação (I).

Gabarito: ERRADO

11. (CESPE / MPU – 2015) Julgue o item subsequente considerando que um investidor tenha
aplicado R$ 10.000,00 a juros compostos por um semestre e que 1,1 e 1,34 sejam,
respectivamente, os valores aproximados para 1,0482 e 1,056.

Se for proposta ao investidor uma taxa de juros nominal semestral de 30%, com capitalização mensal, o valor
do juro obtido com a aplicação será superior a R$ 3.300,00.

Comentários:

Primeiro passo é converter a Taxa Nominal para a Taxa Efetiva.

𝑖𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = 30% 𝑎𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒

Em 1 semestre há 6 meses. Então, a Taxa Efetiva mensal será um sexto da taxa semestral.

30%
𝑖𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = → 𝒊𝑬𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 𝑴𝒆𝒏𝒔𝒂𝒍 = 𝟓% 𝒂. 𝒎.
6

✓ Essa será a taxa que devemos utilizar no exercício.

Depois desse primeiro passo, iremos calcular o Montante após 6 meses de aplicação.

Em regime de Juros Compostos, o Montante é calculado pela seguinte equação:

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖)𝑡

Onde,

𝑀 = 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = ?

𝐶 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = 10.000

16
𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 5% 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠 = 0,05

𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 1 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒 = 6 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

Atente-se para a conversão da unidade do tempo de aplicação (semestre) para a unidade da taxa de juros
(mês) pois necessariamente devem coincidir. Em 1 semestre há 6 meses.

Vamos substituir os valores e calcular o Montante.

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖)𝑡

𝑀 = 10.000 × (1 + 0,05)6

𝑀 = 10.000 × (1,05)6

𝑀 = 10.000 × 1,34 → 𝑴 = 𝟏𝟑. 𝟒𝟎𝟎

De posse do Montante e do Capital, calculamos os Juros (que é dado pela diferença do Montante recebido
menos o Capital aplicado).

𝐽 =𝑀−𝐶

𝐽 = 13.400 − 10.000 → 𝑱 = 𝟑. 𝟒𝟎𝟎

Ou seja, o valor do juro obtido com a aplicação será SUPERIOR a R$ 3.300,00.

Gabarito: CERTO

12. (CESPE / CGE PI - 2015) Considerando que uma instituição financeira empreste a quantia de R$
5.000,00 para ser quitada em um ano, sob taxa de juros compostos anual e capitalização
semestral, julgue o item que se segue.

Considere que um cliente tenha feito o referido empréstimo e que, ao fim do ano, tenha pagado à instituição
em questão o montante de R$ 6.050,00. Nessa situação, sabendo-se que √1,21 = 1,1 , a taxa nominal anual
cobrada no empréstimo foi superior a 18%.

Comentários:

Iremos aplicar a fórmula do Montante em regime de Juros Compostos e calcular a taxa efetiva da operação.

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖)𝑡

Onde,
17
𝑀 = 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 6.050

𝐶 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = 5.000

𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = ?

𝑡 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 1 𝑎𝑛𝑜 = 2 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒𝑠

Vamos substituir os valores e calcular a taxa efetiva semestral.

𝑀 = 𝐶 × (1 + 𝑖)𝑡

6.050 = 5.000 × (1 + 𝑖)2

6.050
= (1 + 𝑖)2
5.000

1,21 = (1 + 𝑖)2

1 + 𝑖 = √1,21

1 + 𝑖 = 1,1 → 𝒊 = 𝟎, 𝟏 𝒐𝒖 𝟏𝟎% 𝒂𝒐 𝒔𝒆𝒎𝒆𝒔𝒕𝒓𝒆

Observe que o enunciado nos questiona qual a taxa NOMINAL e não a equivalente.

Estamos acostumados, nos exercícios, a transformar a Nominal em Efetiva. Porém, essa questão nos pede a
"volta" dessa transformação.

Para transformar taxa nominal em efetiva (ou vice-versa) fazemos uma simples divisão/multiplicação.

Em 1 ano há 2 semestres. Então, a taxa nominal anual capitalizada semestralmente será igual a:

𝑖𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 = 𝑖𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑆𝑒𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 × 2

𝑖𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 = 10% × 2 → 𝒊𝑵𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = 𝟐𝟎%

Ou seja, a taxa nominal anual cobrada no empréstimo foi SUPERIOR a 18%.

Gabarito: CERTO

18
13. (CESPE / TJ CE - 2014) Considere que dois capitais de mesmo valor C tenham sido aplicados, um
no regime de juros simples e outro no regime de juros compostos, às mesmas taxas de juros
anuais e no mesmo prazo, o que gerou, respectivamente, os montantes M e N. Nessa situação,
é correto afirmar que

a) M > N, para prazo inferior a um ano.


b) N > M, para prazo inferior a um ano.
c) M = N, visto que são calculados com a mesma taxa de juros e com o mesmo prazo.
d) M > N, qualquer que seja o prazo da operação.
e) N > M, qualquer que seja o prazo da operação.

Comentários:

Essa é uma boa questão para revisarmos os aspectos conceituais entre Juros Simples e Juros Compostos
abordados na aula inicial do curso teórico.

Dado 2 Capitais de mesmo valor inicial submetidos a uma mesma Taxa de Juros, 3 hipóteses de cenários
serão possíveis em função do tempo de aplicação:

1. 𝑡 < 1: Para 𝑡 menor que 1 unidade de tempo, o Regime de Juros Simples irá proporcionar um
Montante (e logicamente um Juros) maior que o Regime de Juros Compostos.

𝑀𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 > 𝑀𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 ∴ 𝐽𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 > 𝐽𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠

2. 𝑡 = 1: Para o tempo igual a 1 unidade: Há indiferença nas aplicações.

𝑀𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = 𝑀𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 ∴ 𝐽𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = 𝐽𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠

3. 𝑡 > 1: Para 𝑡 maior que 1 unidade de tempo, o Regime de Juros Compostos irá proporcionar um
Montante (e logicamente um Juros) maior que o Regime de Juros Simples.

𝑀𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 > 𝑀𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 ∴ 𝐽𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 > 𝐽𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠

Vamos esquematizar esses cenários:

19
Perceba então, que para prazo inferior a 1 ano, o Montante em regime de Juros Simples M será maior que o
Montante em regime de Juros Compostos N.

Logo, M > N, para prazo inferior a um ano.

Gabarito: Alternativa A

20
TAXA APARENTE, TAXA REAL E TAXA DE INFLAÇÃO
14. (CESPE / PGE PE – 2019) Julgue o item seguinte, relativo a juros, taxas de juros e rendas
uniformes e variáveis.

Situação hipotética: Paulo aplicou R$ 20.000 em determinado investimento e resgatou o total dois anos
depois. O juro real recebido por Paulo no período foi de 30% e o valor resgatado foi de R$
31.200. Assertiva: Nessa situação, a inflação acumulada no período foi inferior a 15%.

Comentários:

A banca nos informa o valor do Capital aplicado e do Montante resgatado. Sendo assim, vamos aplicar a
equação de relação adaptada entre as taxas e calcular a taxa de inflação.

𝑀
= (1 + 𝑖𝑟 ) × (1 + 𝑖𝑖 )
𝐶

Onde,

𝑀 = 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 31.200

𝐶 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = 20.000

𝑖𝑟 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 30% = 0,3

𝑖𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 = ?

Observe que a única incógnita da equação é a Taxa de inflação. Iremos substituir os valores e calculá-la para
constatar se será inferior ou superior a 15% no período.

𝑀
= (1 + 𝑖𝑟 ) × (1 + 𝑖𝑖 )
𝐶

31.200
= (1 + 0,3) × (1 + 𝑖𝑖 )
20.000

1,56 = 1,3 × (1 + 𝑖𝑖 )

1,56
(1 + 𝑖𝑖 ) =
1,3

1 + 𝑖𝑖 = 1,2

𝑖𝑖 = 1,2 − 1 → 𝒊𝒊 = 𝟎, 𝟐 𝒐𝒖 𝟐𝟎% 𝒏𝒐 𝒑𝒆𝒓í𝒐𝒅𝒐

21
Ou seja, nessa situação, a inflação acumulada no período foi SUPERIOR a 15%.

Gabarito: ERRADO

15. (CESPE / BNB – 2018) No que se refere a matemática financeira, julgue o seguinte item.

Se em determinado ano a taxa de juros aparente for de 10% ao ano e se a taxa real de juros nesse período
for de 12%, então, nesse ano, a taxa de inflação será negativa, ou seja, haverá deflação.

Comentários:

Vamos aplicar diretamente a equação de relação entre as taxas e calcular a taxa de inflação do período.

(1 + 𝑖𝑎 ) = (1 + 𝑖𝑟 ) × (1 + 𝑖𝑖 )

Onde,

𝑖𝑎 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 10% = 0,1

𝑖𝑟 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 12% = 0,12

𝑖𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 = ?

Iremos substituir os valores e calcular a Taxa de inflação.

(1 + 𝑖𝑎 ) = (1 + 𝑖𝑟 ) × (1 + 𝑖𝑖 )

(1 + 0,1) = (1 + 0,12) × (1 + 𝑖𝑖 )

1,1 = 1,12 × (1 + 𝑖𝑖 )

1,1
(1 + 𝑖𝑖 ) =
1,12

1 + 𝑖𝑖 ≅ 0,98

𝑖𝑖 ≅ 0,982 − 1 → 𝒊𝒊 ≅ −𝟎, 𝟎𝟏𝟖 𝒐𝒖 − 𝟏, 𝟖% 𝒂𝒐 𝒂𝒏𝒐

Isto é, a taxa de inflação será NEGATIVA (deflação).

Gabarito: CERTO

16. (CESPE / FUB - 2018) A respeito de sistemas de amortização e de taxas de juros de empréstimos
bancários, julgue o item a seguir.
22
Em uma economia inflacionária, a taxa real de juros para um empréstimo bancário será sempre maior que
a correspondente taxa nominal.

Comentários:

Estudamos que, em uma economia inflacionária, isto é, inflação positiva (> 0), a Taxa real de Juros é sempre
MENOR que a Taxa aparente. Vamos relembrar o esquema aprendido no curso teórico.

Vamos entender essa passagem tanto conceitual quanto numericamente (explicação que consta na parte
teórica da aula em PDF).

Vimos que a Taxa real é a taxa de juros descontada da inflação. Ou seja, para calcular a Taxa real, pegamos
a Taxa Nominal e descontamos a inflação. Ora, se a taxa de inflação for positiva e descontarmos esse valor
da Taxa Nominal, certamente iremos encontrar um valor menor que esta última. Este valor menor é a Taxa
real.

Ainda ficou confuso? Tenho certeza que numericamente tudo irá se esclarecer. Imagine que a Taxa Aparente
seja de 20% no período e a Taxa de inflação seja de 10%. Qual será o valor da Taxa real?

Estamos diante de um exemplo de uma economia inflacionária, uma vez que, a taxa de inflação é positiva.
Vamos utilizar a equação que correlaciona as taxas e calcular a taxa real.

(1 + 𝑖𝑎 ) = (1 + 𝑖𝑟 ) × (1 + 𝑖𝑖 )

(1 + 0,2) = (1 + 𝑖𝑟 ) × (1 + 0,1)

1,2 = (1 + 𝑖𝑟 ) × 1,1

1,2
= (1 + 𝑖𝑟 )
1,1

1 + 𝑖𝑟 = 1,091

𝑖𝑟 = 1,091 − 1 → 𝒊𝒓 = 𝟎, 𝟎𝟗𝟏 𝒐𝒖 𝟗, 𝟏% 𝒏𝒐 𝒑𝒆𝒓í𝒐𝒅𝒐

Constatamos então que a Taxa real (9,1%), em uma economia inflacionária, é MENOR que a Taxa aparente
(20%).
23
Percebeu? Tínhamos uma Taxa Aparente de 20% e descontamos um valor positivo sobre ela (10%).
Resultando, assim, em uma Taxa menor que ela (que é a Taxa real). Logo, a assertiva está errada.

Gabarito: ERRADO

17. (CESPE / PF - 2013) Acerca de questões atinentes a matemática financeira, julgue o item
subsecutivo.

Considerando-se que a inflação nos últimos três meses tenha sido de 1%, 2% e 3%, é correto afirmar que a
inflação média no período foi de 2%.

Comentários:

Intuitivamente, você já imaginaria que a média não será igual a 2%, uma vez que para calcular a inflação
acumulada NÃO SOMAMOS as inflações.

O resultado 2% somente seria encontrado se somássemos as inflações e dividíssemos por 3. O que seria um
erro grave em inflação acumulada como já estudamos.

A inflação acumulada é dada pela seguinte fórmula:

(𝟏 + 𝒊𝒊𝒂𝒄 ) = (𝟏 + 𝒊𝒊𝟏 ) × (𝟏 + 𝒊𝒊𝟐 ) × (𝟏 + 𝒊𝒊𝟑 ) × … × (𝟏 + 𝒊𝒊𝒏 )

Então, para 3 meses teremos inflação acumulada igual a:

(1 + 𝑖𝑖𝑎𝑐 ) = (1 + 𝑖𝑖1 ) × (1 + 𝑖𝑖2 ) × (1 + 𝑖𝑖3 )

(1 + 𝑖𝑖𝑎𝑐 ) = (1 + 0,01) × (1 + 0,02) × (1 + 0,03)

(1 + 𝑖𝑖𝑎𝑐 ) = 1,01 × 1,02 × 1,03

1 + 𝑖𝑖𝑎𝑐 ≅ 1,0611

𝑖𝑖𝑎𝑐 ≅ 1,0611 − 1 → 𝒊𝒊𝒂𝒄 ≅ 𝟎, 𝟎𝟔𝟏𝟏 𝒐𝒖 𝟔, 𝟏𝟏%

E para achar a inflação média, dividimos a inflação acumulada em 3 meses pela quantidade de meses.

6,11%
𝑖𝑚é𝑑𝑖𝑎 = → 𝒊𝒎é𝒅𝒊𝒂 = 𝟐, 𝟎𝟑𝟔𝟕%
3

Logo, é INCORRETO afirmar que a inflação média no período foi de 2%.

Gabarito: ERRADO

24
DESCONTOS
18. (Cespe / Pref. São Cristóvão – 2019) Uma pessoa pagou um título 3 meses antes do seu
vencimento à taxa de desconto comercial simples de 10% ao mês. O valor descontado (valor
atual) foi de R$ 910.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.

O valor nominal desse título era superior a R$ 1.200.

Comentários:

No Desconto Comercial Simples, o Valor Atual é calculado pela seguinte fórmula:

𝐴 = 𝑁 × (1 − 𝑖 × 𝑡)

Onde,

𝐴 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴𝑡𝑢𝑎𝑙 = 910

𝑁 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = ?

𝑖 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 = 10% 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠 = 0,1

𝑡 = 3 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

Observe que a única incógnita da equação é o Valor Nominal. Vamos substituir os valores e calculá-lo.

𝐴 = 𝑁 × (1 − 𝑖 × 𝑡)

910 = 𝑁 × (1 − 0,1 × 3)

910 = 𝑁 × (1 − 0,3)

910 = 𝑁 × 0,7

910
𝑁= → 𝑵 = 𝟏. 𝟑𝟎𝟎
0,7

Ou seja, o valor nominal desse título era SUPERIOR a R$ 1.200.

Gabarito: CERTO

25
19. (Cespe / Pref. São Cristóvão – 2019) Uma pessoa pagou um título 3 meses antes do seu
vencimento à taxa de desconto comercial simples de 10% ao mês. O valor descontado (valor
atual) foi de R$ 910.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.

Se na operação de desconto fosse usado o desconto racional de 10% ao mês e as outras condições fossem
mantidas sem alteração, então o desconto do título seria de R$ 673.

Comentários:

Primeiro passo é calcular o Valor Nominal desse título. Uma pessoa pagou um título 3 meses antes do seu
vencimento à taxa de desconto comercial simples de 10% ao mês. O valor descontado (valor atual) foi de R$
910. No Desconto Comercial Simples, o Valor Atual é calculado pela seguinte fórmula:

𝐴 = 𝑁 × (1 − 𝑖 × 𝑡)

Vamos substituir os valores e calcular o Valor Nominal.

𝐴 = 𝑁 × (1 − 𝑖 × 𝑡)

910 = 𝑁 × (1 − 0,1 × 3)

910 = 𝑁 × (1 − 0,3)

910 = 𝑁 × 0,7

910
𝑁= → 𝑵 = 𝟏. 𝟑𝟎𝟎
0,7

A banca nos questiona qual seria o Desconto caso esse mesmo título (de Valor Nominal que acabamos de
calcular) fosse descontado em uma operação de desconto racional simples.

Vamos utilizar a fórmula do Valor Atual em Desconto Racional Simples e calcular seu valor.

𝑁
𝐴=
(1 + 𝑖 × 𝑡)

1.300
𝐴=
(1 + 0,1 × 3)

1.300
𝐴=
(1 + 0,3)

1.300
𝐴= → 𝑨 = 𝟏. 𝟎𝟎𝟎
1,3
26
De posse do Valor Nominal e do Valor Atual, calculamos o Desconto Racional Simples, uma vez que, o
Desconto, em qualquer modalidade, é calculado pela diferença entre o Valor Nominal e o Valor Atual.

𝐷𝑅𝑆 = 𝑁 − 𝐴

𝐷𝑅𝑆 = 1.300 − 1.000 → 𝑫𝑹𝑺 = 𝟑𝟎𝟎

Logo, se na operação de desconto fosse usado o desconto racional de 10% ao mês e as outras condições
fossem mantidas sem alteração, então o desconto do título seria de R$ 300.

Outro modo de se fazer, seria utilizar a fórmula de relação entre os Descontos. Vejamos.

Calculamos o Valor Nominal do título que foi de R$ 1.300,00. Logo, o Desconto Comercial Simples será igual
a:

𝐷𝐶𝑆 = 𝑁 − 𝐴

𝐷𝐶𝑆 = 1.300 − 910 → 𝑫𝑪𝑺 = 𝟑𝟗𝟎

Vamos utilizar a fórmula de relação entre o Desconto Comercial Simples e o Desconto Racional Simples e
calcular este último.

𝐷𝐶𝑆 = 𝐷𝑅𝑆 × (1 + 𝑖 × 𝑡)

390 = 𝐷𝑅𝑆 × (1 + 0,1 × 3)

390 = 𝐷𝑅𝑆 × 1,3

390
𝐷𝑅𝑆 = → 𝑫𝑹𝑺 = 𝟑𝟎𝟎
1,3

Gabarito: ERRADO

20. (Cespe / TCU – 2013) Na contração de determinada empresa por certo órgão público, ficou
acordado que o administrador pagaria R$ 200.000,00 para a contração do serviço, mais quatro
parcelas iguais no valor de R$ 132.000,00 cada a serem pagas, respectivamente, no final do
primeiro, segundo, terceiro e quarto anos consecutivos à assinatura do contrato. Considere que
a empresa tenha concluído satisfatoriamente o serviço dois anos após a contração e que tenha
sido negociada a antecipação das duas últimas parcelas para serem pagas juntamente com a
segunda parcela. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

27
Se for decidida a utilização de desconto racional simples a uma taxa de 10% ao ano para pagamento das duas
últimas parcelas, o valor total do desconto será superior a R$ 35.000,00.

Comentários:

Vamos representar graficamente os pagamentos para melhor compreensão do problema.

No final do segundo ano, a empresa concluiu satisfatoriamente o serviço e foi negociada a antecipação das
duas últimas parcelas para serem pagas juntamente com a segunda parcela.

Sendo assim, ao final do segundo ano teremos a seguinte situação:

Logo, teremos que descontar a terceira e quarta parcelas, sendo a terceira descontada por um período 𝑡 de
1 ano e a quarta por um período 𝑡 de 2 anos.

Obs. Logicamente, na hora da prova, você não precisa desenhar. Basta raciocinar em cima do enunciado. O
desenho está sendo feito para melhor compreensão da situação.

Então, se for decidida a utilização de desconto racional simples, a uma taxa de 10% ao ano para pagamento
das duas últimas parcelas, os valores atuais serão:

𝑁 132.000 132.000
𝐴1 = = = → 𝑨𝟏 = 𝟏𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎
(1 + 𝑖 × 𝑡1 ) (1 + 0,1 × 1) 1,1
28
𝑁 132.000 132.000
𝐴2 = = = → 𝑨𝟐 = 𝟏𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎
(1 + 𝑖 × 𝑡2 ) (1 + 0,1 × 2) 1,2

Logo, haverá um pagamento total de:

𝐴𝑇 = 𝐴1 + 𝐴2

𝐴𝑇 = 120.000 + 110.000 → 𝑨𝑻 = 𝟐𝟑𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Ainda restavam 2 pagamentos de R$ 132.000 (total de R$ 264.000) que resultou um Valor Atual de R$
230.000,00. Logo, o valor total do desconto será:

𝐷 = 𝑁−𝐴

𝐷 = 264.000 − 230.000 → 𝑫 = 𝟑𝟒. 𝟎𝟎𝟎

Ou seja, INFERIOR a R$ 35.000,00.

Gabarito: ERRADO

21. (Cespe / TCU – 2013) Na contração de determinada empresa por certo órgão público, ficou
acordado que o administrador pagaria R$ 200.000,00 para a contração do serviço, mais quatro
parcelas iguais no valor de R$ 132.000,00 cada a serem pagas, respectivamente, no final do
primeiro, segundo, terceiro e quarto anos consecutivos à assinatura do contrato. Considere que
a empresa tenha concluído satisfatoriamente o serviço dois anos após a contração e que tenha
sido negociada a antecipação das duas últimas parcelas para serem pagas juntamente com a
segunda parcela. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

Se for utilizado desconto comercial simples a uma taxa de 10% ao ano para pagamento das duas últimas
parcelas, o valor total a ser pago à empresa no final do segundo ano será inferior a R$ 350.000,00.

Comentários:

Conforme vimos na questão anterior, ao final do segundo ano, a empresa concluiu satisfatoriamente o
serviço e foi negociada a antecipação das duas últimas parcelas para serem pagas juntamente com a segunda
parcela.

Sendo assim, ao final do segundo ano teremos a seguinte situação:

29
Ou seja, a empresa pagará a segunda parcela mais o valor da terceira parcela descontada por 1 ano mais o
valor da quarta parcela descontada por 2 anos, certo?!

Vamos calcular então o Valor Atual da terceira e da quarta parcelas na modalidade de Desconto Comercial
Simples.

• Terceira Parcela:

𝐴3 = 𝑁 × (1 − 𝑖 × 𝑡)

𝐴3 = 132.000 × (1 − 0,1 × 1)

𝐴3 = 132.000 × (1 − 0,1)

𝐴3 = 132.000 × 0,9 → 𝑨𝟑 = 𝟏𝟏𝟖. 𝟖𝟎𝟎

Logo, o Valor Atual da terceira parcela ao final do ano 2 será de R$ 118.800.

• Quarta Parcela:

𝐴4 = 𝑁 × (1 − 𝑖 × 𝑡)

𝐴4 = 132.000 × (1 − 0,1 × 2)

𝐴4 = 132.000 × (1 − 0,2)

𝐴4 = 132.000 × 0,8 → 𝑨𝟒 = 𝟏𝟎𝟓. 𝟔𝟎𝟎

Logo, o Valor Atual da quarta parcela ao final do ano 2 será de R$ 105.600.

No final do segundo ano, a empresa antecipou o pagamento das duas últimas parcelas para serem pagas
juntamente com a segunda parcela. Sendo assim, a empresa pagou um total de:

30
$ = 132.000 + 118.800 + 105.600 → $ = 𝟑𝟓𝟔. 𝟒𝟎𝟎

Ou seja, o valor total a ser pago à empresa no final do segundo ano será SUPERIOR a R$ 350.000,00.

Gabarito: ERRADO

22. (Cespe / TCU – 2013) Na contração de determinada empresa por certo órgão público, ficou
acordado que o administrador pagaria R$ 200.000,00 para a contração do serviço, mais quatro
parcelas iguais no valor de R$ 132.000,00 cada a serem pagas, respectivamente, no final do
primeiro, segundo, terceiro e quarto anos consecutivos à assinatura do contrato. Considere que
a empresa tenha concluído satisfatoriamente o serviço dois anos após a contração e que tenha
sido negociada a antecipação das duas últimas parcelas para serem pagas juntamente com a
segunda parcela. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

Se para o pagamento for utilizado desconto racional composto, a uma taxa de 10% ao ano, na antecipação
das parcelas, o desconto obtido com o valor da terceira parcela será o mesmo que seria obtido se fosse
utilizado desconto racional simples.

Comentários:

Como vimos, a terceira parcela será descontada do final do ano 3 para o final do ano 2, ou seja, durante um
período 𝑡 de 1 ano.

Vamos obter a fórmula do Valor Atual para o Desconto Racional Composto e para o Desconto Racional
Simples e verificar se serão iguais ou não para um período 𝑡 de 1 ano.

Desconto Racional Composto:

𝑁 𝑁 𝑵
𝐴= 𝑡
→ 𝐴= → 𝑨=
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖)1 𝟏+𝒊

31
Desconto Racional Simples:

𝑁 𝑁 𝑵
𝐴= → 𝐴= → 𝑨=
(1 + 𝑖 × 𝑡) (1 + 𝑖 × 1) 𝟏+𝒊

Observe que não precisamos fazer as contas (assim poupamos tempo na hora da prova). Perceba que, para
um período 𝒕 de 1 ano, o Valor Atual, tanto para o desconto racional composto quanto para o desconto
racional simples, terá a mesma fórmula e logicamente o mesmo resultado.

Sendo assim, se para o pagamento for utilizado desconto racional composto, a uma taxa de 10% ao ano, na
antecipação das parcelas, o desconto obtido com o valor da terceira parcela SERÁ O MESMO que seria obtido
se fosse utilizado desconto racional simples.

Gabarito: CERTO

23. (Cespe / TCU – 2013) Na contração de determinada empresa por certo órgão público, ficou
acordado que o administrador pagaria R$ 200.000,00 para a contração do serviço, mais quatro
parcelas iguais no valor de R$ 132.000,00 cada a serem pagas, respectivamente, no final do
primeiro, segundo, terceiro e quarto anos consecutivos à assinatura do contrato. Considere que
a empresa tenha concluído satisfatoriamente o serviço dois anos após a contração e que tenha
sido negociada a antecipação das duas últimas parcelas para serem pagas juntamente com a
segunda parcela. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

Se na antecipação for utilizado desconto comercial composto, a uma taxa de 10% ao ano, para pagamento
das duas últimas parcelas, o valor do desconto obtido com a quarta parcela será igual a R$ 25.080,00.

Comentários:

Vimos que a quarta parcela será descontada do final do quarto ano para o final do segundo ano, ou seja, por
um período 𝑡 de 2 anos.

Vamos aplicar a fórmula do Valor Atual no Desconto Comercial Composto e calcular o Valor Atual da quarta
parcela:

𝐴 = 𝑁 × (1 − 𝑖)𝑡

𝐴 = 132.000 × (1 − 0,1)2

𝐴 = 132.000 × (0,9)2

𝐴 = 132.000 × 0,81 → 𝑨 = 𝟏𝟎𝟔. 𝟗𝟐𝟎

Logo, o valor do Desconto será igual a:


32
𝐷 = 𝑁−𝐴

𝐷 = 132.000 − 106.920 → 𝑫 = 𝟐𝟓. 𝟎𝟖𝟎

Gabarito: CERTO

24. (Cespe / PEFOCE - 2012) O valor da anuidade cobrada por determinado conselho regional de
contabilidade de seus associados é de R$ 400,00 para pagamento até 31 de maio de cada ano.
Para pagamento antecipado, até 31 de março, dá-se um desconto comercial simples de 2,5% ao
mês. O associado Marcos dispunha, em 31/3/2012, de apenas R$ 200,00 em sua conta corrente
e só receberia o seu salário em 4/4/2012. Tanto o salário de Marcos quanto o limite de sua
conta corrente especial são suficientes para o pagamento da anuidade, e a taxa de juros
compostos cobrada pelo banco pelo uso de valor disponível na conta especial é de 9% ao mês
com capitalização diária.

Considerando a situação apresentada acima e 1,094 e 1,012 como valores aproximados para 1,00330 e
1,0034 , respectivamente, julgue o item seguinte.

Caso o desconto dado para o pagamento da anuidade no dia 31/3/2012 fosse calculado pelo critério racional
simples, com a mesma taxa de 2,5% ao mês, o valor do desconto seria superior àquele obtido pelo critério
comercial simples.

Comentários:

Essa questão trata da parte conceitual entre Desconto Racional e Comercial. Estudamos na parte teórica
que:

Para um mesmo título de Valor Nominal 𝑁, descontado a uma taxa de 𝑖% em um prazo 𝑡 de antecipação:

𝑫𝑪 > 𝑫𝑹 𝑒 𝑨𝑪 < 𝑨𝑹

Se você não se recorda do porquê deste resultado, então, essa é uma boa hora de voltar na parte teórica e
revisar o assunto.

Então, caso o desconto dado para o pagamento fosse calculado pelo critério racional simples, com a mesma
taxa de 2,5% ao mês, o valor do desconto seria INFERIOR àquele obtido pelo critério comercial simples.

Vamos provar matematicamente?

Iremos calcular separadamente o Desconto Comercial Simples e o Desconto Racional Simples e provar o que
acabamos de apresentar. (Lembrando, mais uma vez, que essa questão era para ser feita com conhecimentos
teóricos de Descontos).

Desconto Comercial Simples

33
𝐷𝐶𝑆 = 𝑁 × 𝑖 × 𝑡

𝐷𝐶𝑆 = 400 × 0,025 × 2 → 𝑫𝑪𝑺 = 𝟐𝟎

Observe que o tempo de antecipação é igual a 2 meses (mês de abril todo e mês de maio todo).

Desconto Racional Simples

Primeiro calculamos o Valor Atual:

𝑁
𝐴=
(1 + 𝑖 × 𝑡)

400
𝐴=
(1 + 0,025 × 2)

400
𝐴=
(1 + 0,05)

400
𝐴= → 𝑨 ≅ 𝟑𝟖𝟏
1,05

Segundo, calculamos o Desconto Racional Simples:

𝐷𝑅𝑆 = 𝑁 − 𝐴

𝐷𝑅𝑆 = 400 − 381 → 𝑫𝑹𝑺 = 𝟏𝟗

Perceba, então, que o 𝑫𝑪𝑺 > 𝑫𝑹𝑺 como queríamos demonstrar.

Gabarito: ERRADO

25. (Cespe / Pref. São Cristóvão - 2019) Sandra possui duas dívidas: uma no valor nominal de R$
600, que ela pretende quitar 4 meses antes do vencimento; e outra, no valor nominal de R$
1.000, que ela pretende quitar 8 meses antes do vencimento.

Considerando que, nas duas operações de desconto, seja usado o desconto comercial simples de 5% ao mês,
julgue o item seguinte.

A taxa efetiva mensal no pagamento da dívida de R$ 600 será superior a 6%.

Comentários:

No Desconto Comercial, a taxa (que incide sobre o Valor Nominal) é uma taxa NÃO efetiva.
34
A Taxa efetiva da operação de desconto é calculada pela seguinte fórmula:

𝑖𝐶𝑆
𝑖𝑒𝑓 =
1 − 𝑖𝐶𝑆 × 𝑡

Vamos substituir o valor da Taxa Comercial Simples 𝑖𝐶𝑆 = 5% = 0,05 e calcular a taxa efetiva.

𝑖𝐶𝑆
𝑖𝑒𝑓 =
1 − 𝑖𝐶𝑆 × 𝑡

0,05
𝑖𝑒𝑓 =
1 − 0,05 × 4

Observe que a dívida de R$ 600,00 tem período de antecipação de 4 meses. Logo, 𝑡 = 4. Continuando as
contas:

0,05
𝑖𝑒𝑓 =
1 − 0,2

0,05
𝑖𝑒𝑓 = → 𝒊𝒆𝒇 = 𝟎, 𝟎𝟔𝟐𝟓 𝒐𝒖 𝟔, 𝟐𝟓%
0,8

Então, a taxa efetiva mensal no pagamento da dívida de R$ 600 será SUPERIOR a 6%.

Gabarito: CERTO

35
EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS
26. (CESPE / TCDF - 2021) Certo produto foi anunciado por um preço P, valor que o vendedor aceita
dividir em até três parcelas iguais, mensais e sucessivas, com ou sem entrada, conforme o
desejo do cliente. No caso de pagamento à vista, o vendedor aceita entregar o produto por 0,9P.

Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.

Se, ao adquirir o produto, o cliente optar por pagar o valor P com um cheque para o mês seguinte, ele pagará
uma taxa de juros efetiva de 10% a.m.

Comentários:

Vamos representar graficamente a opção de compra:

Vamos fazer a equivalência de capitais e calcular o valor da taxa.

0,9𝑃 × (1 + 𝑖) = 𝑃

Perceba que transportamos a parcela "0,9𝑃" para o futuro, e para isso, devemos multiplicar por (1 + 𝑖).

Nesse caso, a banca não especifica o regime de juros. Porém, para a unidade de tempo igual a 1 (1 mês no
nosso problema), tanto para regime simples quanto para composto, o fator multiplicativo será (1 + 𝑖).

Sendo assim, o valor da taxa será:

0,9𝑃 × (1 + 𝑖) = 𝑃

0,9 × (1 + 𝑖) = 1

0,9 + 0,9𝑖 = 1

0,9𝑖 = 1 − 0,9

0,9𝑖 = 0,1

36
0,1
𝑖=
0,9

Na hora da prova, utilize um pouco da experiência de resolução de questões. Você não precisa fazer essa
conta e calcular o valor exato da taxa. Perceba que essa divisão certamente não será exata e, logo, não será
igual a 0,1 (10%).

Ou seja, a assertiva do enunciado está INCORRETA. A taxa de juros efetiva não será igual a 10%.

Vamos fazer a divisão para constatar tal fato.

0,1
𝑖= → 𝒊 = 𝟎, 𝟏𝟏𝟏𝟏 𝒐𝒖 𝟏𝟏, 𝟏𝟏%
0,9

Um outro modo de se fazer, que eu acredito que seja até mais rápido, é testar a taxa de 10% e conferir o
valor do fluxo de caixa de "0,9𝑃" um mês depois. Ficaríamos com:

= 0,9𝑃 × (1 + 0,1)

= 0,9𝑃 × 1,1

= 0,99𝑃

Ou seja, com a taxa de 10% não teríamos P e sim 0,99P. Logo, a assertiva está INCORRETA.

Gabarito: ERRADO

27. (CESPE / TCE SC – 2019) No item que se segue, é apresentada uma situação hipotética a respeito
de avaliação de investimentos e de taxas de juros, seguida de uma assertiva a ser julgada.

João comprou um equipamento, cujo preço à vista era de R$ 800, em duas prestações mensais, consecutivas
e distintas. A primeira prestação, de R$ 440, foi paga um mês após a compra, e a taxa de juros compostos
desse negócio foi de 10% ao mês. Nessa situação, o valor da segunda prestação foi superior a R$ 480.

Comentários:

Como sempre, primeiramente, vamos representar graficamente o comando da questão.

37
Vamos proceder com a equivalência de capitais na data focal 𝑡 = 2 (onde se encontra a parcela P).

Geralmente, iremos escolher datas futuras para comparar, uma vez que, como estudamos, para transportar
para o futuro, multiplicamos as parcelas. Enquanto que, para transportar do futuro para o presente,
dividimos. E acredito que multiplicar, na hora da prova, é mais fácil e mais rápido que dividir.

Observe que, no capital vermelho, a parcela de 800 será deslocada 2 unidades para a direita. Já no capital
azul, a parcela de 440 será deslocada 1 unidade para a direita e a parcela P já está sobre o tempo focal
𝑡 = 2.

Em regime de juros compostos, quando deslocamos para a direita, multiplicamos por (1 + 𝑖)𝑡 .

Logo,

800 × (1 + 0,1)2 = 440 × (1 + 0,1)1 + 𝑃

800 × 1,12 = 440 × 1,1 + 𝑃

800 × 1,21 = 440 × 1,1 + 𝑃

968 = 484 + 𝑃

𝑃 = 968 − 484 → 𝑷 = 𝟒𝟖𝟒

Ou seja, nessa situação, o valor da segunda prestação foi SUPERIOR a R$ 480.

Gabarito: CERTO

28. (CESPE / TCE SC – 2016) No item que se segue, é apresentada uma situação hipotética a respeito
de avaliação de investimentos e de taxas de juros, seguida de uma assertiva a ser julgada.

Uma casa foi colocada à venda por R$ 120.000 à vista, ou em três parcelas, sendo a primeira de R$ 20.000
no ato da compra e mais duas mensais e consecutivas, sendo a primeira no valor de R$ 48.000 a ser pago um
mês após a compra e a segunda, no final do segundo mês, no valor de R$ 72.000. Se a taxa de juros compostos
na venda parcelada for de 20% ao mês, a melhor opção de compra é pela compra parcelada.
38
Comentários:

Vamos representar graficamente a segunda opção de compra da casa, isto é, uma entrada de R$ 20.000 e
mais duas mensais e consecutivas, sendo a primeira no valor de R$ 48.000 a ser pago um mês após a compra
e a segunda, no final do segundo mês, no valor de R$ 72.000.

Nesse caso, o Valor Presente será igual a soma do Valor Presente da primeira parcela mais o Valor Presente
da segunda parcela mais o Valor Presente da terceira parcela.

𝑉𝑃 = 𝑉𝑃1 + 𝑉𝑃2 + 𝑉𝑃3

Para calcular o Valor Presente vamos utilizar a fórmula estudada para o regime de juros compostos e calcular
cada parcela separadamente.

Perceba que a primeira parcela já está na data focal 𝑡 = 0.

𝑽𝑷𝟏 = 𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎

A segunda parcela será descontada pelo período de 1 mês enquanto que a terceira parcela será descontada
pelo período de 2 meses.

𝑉𝐹2 48.000 48.000


𝑉𝑃2 = → 𝑉𝑃2 = = → 𝑽𝑷𝟐 = 𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎
(1 + 𝑖)𝑡2 (1 + 0,2)1 1,2

𝑉𝐹3 72.000 72.000


𝑉𝑃3 = → 𝑉𝑃3 = = → 𝑽𝑷𝟑 = 𝟓𝟎. 𝟎𝟎𝟎
(1 + 𝑖)𝑡3 (1 + 0,2)2 1,44

39
Logo, o Valor Presente desse fluxo de caixa será igual a:

𝑉𝑃 = 𝑉𝑃1 + 𝑉𝑃2 + 𝑉𝑃3

𝑉𝑃 = 20.000 + 40.000 + 50.000 → 𝑽𝑷 = 𝟏𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Ou seja, comparando as 2 situações na data focal 𝑡 = 0, percebe-se que a melhor opção de compra seria a
compra parcelada, uma vez que se gastaria menos que a compra à vista de R$ 120.000,00.

Gabarito: CERTO

40
RENDAS UNIFORMES
29. (CESPE / Pref. São Cristóvão – 2019) Sandra possui duas dívidas: uma no valor nominal de R$
600, que ela pretende quitar 4 meses antes do vencimento; e outra, no valor nominal de R$
1.000, que ela pretende quitar 8 meses antes do vencimento.

Considerando que, nas duas operações de desconto, seja usado o desconto comercial simples de 5% ao
mês, julgue o item seguinte.

Se Sandra fizer 5 aplicações mensais, consecutivas e iguais a R$ 100, à taxa de juros compostos de 10% ao
mês, então, considerando-se 1,61 como valor aproximado para 1,15 , é correto afirmar que, quando Sandra
fizer a 5.ª aplicação, o montante nesse momento será superior ao valor nominal da primeira dívida.

Comentários:

Vamos calcular o Valor Futuro das 5 aplicações mensais feitas por Sandra e saber se essa soma é superior ou
não ao valor nominal da primeira dívida (R$ 600,00).

O Valor Futuro (VF) de uma série de rendas certas é o valor no momento “n” que equivale a soma de todas
as n rendas certas P capitalizadas pela mesma taxa de juros i.

Em outras palavras, VF é a soma de todos os pagamentos/recebimentos na mesma data do último


pagamento/recebimento.

Vejamos graficamente:

O Valor Futuro (VF) de uma Série de Rendas Certas é calculado pela seguinte equação:

(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑉𝐹 = 𝑃 × [ ]
𝑖

Vamos substituir os valores e calcular VF.

41
(1 + 0,1)5 − 1
𝑉𝐹 = 100 × [ ]
0,1

1,61 − 1
𝑉𝐹 = 100 × [ ]
0,1

0,61
𝑉𝐹 = 100 × → 𝑽𝑭 = 𝟔𝟏𝟎
0,1

Ou seja, é correto afirmar que, quando Sandra fizer a 5.ª aplicação, o montante nesse momento será
SUPERIOR ao valor nominal da primeira dívida que é de R$ 600,00.

Gabarito: CERTO

30. (CESPE / MTE – 2014) Fabiana comprou um veículo financiado, sem entrada, em 50 prestações
mensais e consecutivas de R$ 1.000,00, à taxa de juros compostos de 2% ao mês, com a primeira
prestação vencendo um mês após a compra.

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando 0,37 como valor aproximado de
1,02−50 .

À vista, o preço do veículo é superior a R$ 32.000,00.

Comentários:

Vamos representar graficamente a compra feita por Fabiana.

Observe que se trata de uma série postecipada, uma vez que não houve pagamento de entrada na compra.

42
O Valor Atual (VA) de uma série de rendas certas Postecipadas é o valor no momento “0”, também chamado
de Valor Presente (VP), que equivale a soma de todas as 50 rendas certas de R$ 1.000,00 descontadas pela
mesma taxa de juros de 2% a.m..

1 − (1 + 𝑖)−𝑛
𝑉𝐴 = 𝑃 × [ ]
𝑖

Vamos substituir os valores e calcular o valor à vista.

1 − (1 + 0,02)−50
𝑉𝐴 = 1.000 × [ ]
0,02

1 − 1,02−50
𝑉𝐴 = 1.000 × [ ]
0,02

1 − 0,37
𝑉𝐴 = 1.000 × [ ]
0,02

0,63
𝑉𝐴 = 1.000 × → 𝑽𝑨 = 𝟑𝟏. 𝟓𝟎𝟎
0,02

Ou seja, à vista, o preço do veículo é INFERIOR a R$ 32.000,00

Gabarito: ERRADO

31. (CESPE / TCE PA – 2016) Antônio planeja garantir uma renda extra na sua aposentadoria.
Atualmente, as aplicações disponíveis pagam a taxa nominal de juros de 20% ao ano, e ele
espera que essa condição se mantenha até a sua aposentadoria, que ocorrerá daqui a dois anos.
Conforme publicado no dia 1.º/7/2016, no boletim da empresa onde Antônio trabalha, sua
aposentadoria será deferida no dia 1.º/7/2018. Consciente dessa informação, ele se programou
para ter um montante de R$ 100.000 na data de sua aposentadoria, advindos de aplicações
semestrais, de capitais iguais, em um fundo de investimentos com capitalização semestral.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, considerando que 1,22 seja o valor
aproximado de 1,0541,054.

Se Antônio aplicasse, por um ano, R$ 1.000 a cada trimestre em um fundo de investimento com capitalização
trimestral, iniciando suas aplicações no final do primeiro trimestre, ao final do período, ele teria acumulado
um montante superior a R$ 4.200.

Comentários:

43
Primeiramente, vamos transformar a Taxa Nominal de 20% ao ano com capitalização trimestral em Taxa
Efetiva mensal.

𝑖𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = 20% 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙

Lembrando que “quem manda é o período de capitalização” e para transformar da Taxa Nominal para Taxa
Efetiva fazemos uma simples divisão/multiplicação. Em 1 ano há 4 trimestres.

𝑖𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑖𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 =
4

20%
𝑖𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = → 𝒊𝑬𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 = 𝟓% 𝒂𝒐 𝒎ê𝒔
4

Vamos descrever graficamente a hipótese de aplicação feita por Antônio.

Antônio aplica, por um ano, R$ 1.000 a cada trimestre em um fundo de investimento com capitalização
trimestral, iniciando suas aplicações no final do primeiro trimestre.

A banca nos questiona o valor do quanto Antônio teria acumulado ao final dos 4 trimestres. Ou seja, a banca
nos questiona, na teoria, o Valor Futuro dessa série de rendas certas postecipadas.

Lembrando que VF é a soma de todos os pagamentos/recebimentos na mesma data do último


pagamento/recebimento. É calculado pela seguinte fórmula:

(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑉𝐹 = 𝑃 × [ ]
𝑖

Vamos substituir os valores fornecidos pela questão e calcular VF.

44
(1 + 0,05)4 − 1
𝑉𝐹 = 1.000 × [ ]
0,05

1,22 − 1
𝑉𝐹 = 1.000 × [ ]
0,05

0,22
𝑉𝐹 = 1.000 × → 𝑷 = 𝟒. 𝟒𝟎𝟎
0,05

Logo, ao final do período, ele teria acumulado um montante SUPERIOR a R$ 4.200.

Gabarito: CERTO

32. (CESPE / PF - 2014) O item subsequente apresenta uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada, a respeito de rendas ou anuidades.

Na venda de um veículo que custa R$ 40.000,00, uma concessionária ofereceu ao cliente as seguintes opções
de pagamento:

I - à vista, com 12,5% de desconto;

II - em 4 parcelas mensais, iguais e consecutivas, de R$ 10.000,00, à taxa de juros de 10% ao mês; a primeira
deve ser paga no ato da compra.

Nesse caso, considerando 0,91, 0,83 e 0,75 valores aproximados para 1,1−1 , 1,1−2 𝑒 1,1−3 , respectivamente,
a opção II será a mais vantajosa para o cliente.

Comentários:

Para calcular qual das 2 opções é mais vantajosa, vamos calcular o Valor Atual (Valor Presente) das opções
de pagamento e constatar qual irá gerar o menor valor.

I - à vista, com 12,5% de desconto

O valor à vista será igual a:

12,5
𝑉 = 40.000 − × 40.000
100

𝑉 = 40.000 − 5.000 → 𝑽 = 𝟑𝟓. 𝟎𝟎𝟎

45
II - em 4 parcelas mensais, iguais e consecutivas, de R$ 10.000,00, à taxa de juros de 10% ao mês; a
primeira deve ser paga no ato da compra.

Vamos, então, calcular o Valor Atual dessa série de pagamentos.

Para calcular o VA, iremos transportar todas as parcelas do tempo futuro para o tempo atual 𝑡 = 0.

Lembrando que, em regime de juros compostos:

46
Então, o VA dessa série de pagamento será igual a:

10.000 10.000 10.000


𝑉𝐴 = 10.000 + 1
+ 2
+
(1 + 0,1) (1 + 0,1) (1 + 0,1)3

10.000 10.000 10.000


𝑉𝐴 = 10.000 + + +
1,11 1,12 1,13

𝑉𝐴 = 10.000 + 10.000 × 1,1−1 + 10.000 × 1,1−2 + 10.000 × 1,1−3

Observe que, nesta última passagem, aplicamos uma propriedade da potência da matemática básica.
Fizemos essa inversão para poder utilizar os dados fornecidos pelo enunciado.

1
= 𝑎 −𝑛
𝑎𝑛

Iremos substituir os valores fornecidos pela banca e calcular o VA.

𝑉𝐴 = 10.000 + 10.000 × 1,1−1 + 10.000 × 1,1−2 + 10.000 × 1,1−3

𝑉𝐴 = 10.000 + 10.000 × 0,91 + 10.000 × 0,83 + 10.000 × 0,75

𝑉𝐴 = 10.000 + 9.100 + 8.300 + 7.500 → 𝑽𝑨 = 𝟑𝟒. 𝟗𝟎𝟎

Ou seja, a compra parcelada (opção II), por apresentar um VA menor, é mais vantajosa para o cliente.

Gabarito: CERTO

47
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
33. (CESPE / SE DF – 2017) Julgue o item subsequente, a respeito dos procedimentos para registro,
mensuração e avaliação de ativos.

O cálculo do valor presente de um fluxo de caixa exige o conhecimento do valor do fluxo futuro, da data de
ocorrência desse fluxo e da taxa de desconto aplicável.

Comentários:

Vamos relembrar a fórmula do Valor Presente.

𝑉𝐹
𝑉𝑃 =
(1 + 𝑖)𝑡

Observe que, para calcular o VP, necessitamos saber 3 incógnitas. Quais sejam: o Valor Futuro do fluxo de
caixa, o valor da taxa de desconto e o período em que se irá descontar, isto é, a data de ocorrência do fluxo.

Logo, a afirmativa da questão está certa.

Gabarito: CERTO

34. (CESPE / FUNPRE SP – 2016) Acerca de análise e avaliação financeira, julgue o seguinte item.

Na avaliação de projetos pelo método do valor presente líquido (VPL), o fluxo de caixa do projeto é sempre
descontado a valor presente pela taxa interna de retorno (TIR) associada ao projeto.

Comentários:

Atenção! No método do VPL o fluxo de caixa é descontado pela TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE.

Então, na avaliação de projetos pelo método do valor presente líquido (VPL), o fluxo de caixa do projeto é
sempre descontado a valor presente pela taxa mínima de atratividade (TMA) associada ao projeto.

A TIR é a taxa que igualará o VPL a zero.

Gabarito: ERRADO

35. (CESPE / FUNPRE SP – 2016) Acerca de análise e avaliação financeira, julgue o seguinte item.

48
Se a avaliação financeira para aceitação de um projeto de investimento inicial de R$ 1.000 e fluxo de caixa
com duas entradas anuais e postecipadas de R$ 600, a uma taxa mínima de atratividade de 10% ao ano, for
feita pelo critério do valor presente líquido (VPL), então o projeto deverá ser aceito.

Comentários:

Vamos representar graficamente o fluxo de caixa.

Calculando o VPL:

600 600
𝑉𝑃𝐿 = −1.000 + +
1,1 1,21

𝑉𝑃𝐿 = −1.000 + 545 + 495 → 𝑽𝑷𝑳 = +𝟒𝟎

Você poderia também proceder com o cálculo do VPL no tempo 𝑡 = 2 para “fugir” das divisões. Porém, nesse
caso, as divisões não são complexas. Então você poder resolvê-las por aproximação rapidamente.

Logo, como o VPL do projeto é maior que zero, o projeto é VIÁVEL.

Gabarito: CERTO

36. (CESPE / TCE PA – 2016) O engenheiro de uma empreiteira recebeu a tarefa de, mediante
técnicas de análise de investimento, realizar o estudo de viabilidade econômico-financeira de
um projeto de construção de uma linha de transmissão. As técnicas selecionadas pelo
engenheiro foram a payback simples, o valor presente líquido (VPL) e a taxa interna de retorno
(TIR).

Considerando as técnicas usadas pelo engenheiro, julgue o item subsequente, acerca da situação
apresentada.

O projeto de construção da linha de transmissão é considerado viável econômica e financeiramente quando


o resultado do cálculo do VPL é maior que zero.

49
Comentários:

Estudamos que o VPL pode apresentar três resultados:

Logo, o projeto de construção da linha de transmissão será considerado VIÁVEL quando o resultado do
cálculo do VPL for maior que zero.

Gabarito: CERTO

37. (CESPE / MPU – 2015) A respeito de rendas uniformes, julgue o item a seguir.

Considere que na aquisição de um título a expectativa seja de 5 pagamentos semestrais, postecipados, no


valor de R$ 5.000,00 cada, que, atualmente, o valor de mercado desse papel seja de R$ 20.000,00 e que a
remuneração paga a um investidor deva ser de 10% ao semestre para que ele atinja seu objetivo de
poupança. Nessa situação, considerando 0,62 como valor aproximado para 1,1−5 , o valor presente líquido
desse investimento é negativo e, portanto, o título em questão não é uma boa alternativa de investimento.

Comentários:

Vamos representar graficamente o fluxo de caixa desse investimento.

A aquisição do papel é feita por R$ 20.000 e espera-se que retorne 5 pagamentos semestrais, postecipados,
no valor de R$ 5.000,00 cada.

50
Vamos calcular o VPL desse investimento considerando uma taxa de desconto de 10% ao semestre.

Observe que, mais uma vez, devemos calcular o Valor Presente de uma série de rendas certas postecipadas.
Então, repito, a última aula é de extrema importância para entender a análise de investimentos.

O VPL será igual a:

1 − (1 + 0,1)−5
𝑉𝑃𝐿 = −20.000 + 5.000 × [ ]
0,1

1 − 0,62
𝑉𝑃𝐿 = −20.000 + 5.000 × [ ]
0,1

0,38
𝑉𝑃𝐿 = −20.000 + 5.000 × [ ]
0,1

𝑉𝑃𝐿 = −20.000 + 19.000 → 𝑽𝑷𝑳 = −𝟏. 𝟎𝟎𝟎

Ou seja, o VPL desse investimento é negativo e, portanto, o título em questão não é uma boa alternativa de
investimento.

Gabarito: CERTO

38. (CESPE / MPU – 2015) Com relação a séries de valores, valores atual e futuro e contas a receber,
julgue o item seguinte.

Caso, na análise da viabilidade de um projeto, se constate que, à medida que se aumenta a taxa de desconto
mínima aceitável, diminui o valor presente líquido, a decisão favorável à realização desse projeto só se dará
se houver uma diferença positiva entre o valor presente dos fluxos futuros de caixa e o valor presente do
investimento.

Comentários:

Estudamos que a taxa mínima de atratividade utilizada e o VPL comportam-se de maneira inversamente
proporcional: quanto maior a taxa de desconto, maior será o valor descontado e
consequentemente, menor será o VPL do projeto.

Então, a primeira parte do enunciado está correta.

Vimos também que o projeto será VIÁVEL se o VPL for maior que zero, isto é, positivo. Logo, a decisão
favorável à realização de um projeto só se dará se houver uma diferença POSITIVA entre o valor presente dos
fluxos futuros de caixa e o valor presente do investimento.

Sendo assim, a segunda parte do enunciado também está correta.


51
Gabarito: CERTO

39. (CESPE / ANTAQ – 2014) Uma concessionária ganhou a concessão para explorar
economicamente uma rodovia federal pelo período de 20 anos. A concessionária realizará
melhorias na via como a duplicação de trechos, manutenção do asfalto, da iluminação, reforço
na sinalização.

Considerando que a concessionária esteja autorizada a cobrar pedágios, julgue o item subsequente.

Suponha que a concessionária avalie a possibilidade de investir R$ 500 mil esperando um benefício anual de
caixa de R$ 432 mil nos dois anos subsequentes. Suponha ainda que a concessionária tenha definido em 20%
ao ano a taxa de desconto a ser aplicada aos fluxos de caixa desse investimento. Nessa situação, o valor
presente líquido indica que esse investimento é economicamente atraente.

Comentários:

Vamos, primeiramente, representar graficamente o investimento.

Vamos calcular o VPL a uma taxa de 20% ao ano para determinar se o investimento será ou não viável.

432 432
𝑉𝑃𝐿 = −500 + +
(1 + 0,2)1 (1 + 0,2)2

432 432
𝑉𝑃𝐿 = −500 + +
1,2 1,44

𝑉𝑃𝐿 = −500 + 360 + 300 → 𝑽𝑷𝑳 = +𝟏𝟔𝟎 𝒎𝒊𝒍

52
Lembrando, novamente, que você poderia calcular o VPL no tempo 𝑡 = 2 para “fugir” das divisões. Mas,
nessa questão, as divisões eram exatas e nada complexas.

Logo, como o 𝑽𝑷𝑳 > 𝟎, esse investimento é VIÁVEL e economicamente atraente.

Gabarito: CERTO

40. (CESPE / EBSERH – 2018) No que se refere a matemática financeira e finanças, julgue o item
seguinte.

A taxa interna de retorno é utilizada no cálculo do valor presente líquido para determinar se o projeto deve
ser aceito.

Comentários:

A taxa utilizada no cálculo do VPL é a TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA).

A TIR é a taxa que zera o VPL.

O certo seria: "A taxa mínima de atratividade é utilizada no cálculo do valor presente líquido para determinar
se o projeto deve ser aceito."

Gabarito: ERRADO

41. (CESPE / FUNPRE SP – 2016) Acerca de análise e avaliação financeira, julgue o seguinte item.

A taxa interna de retorno de um projeto resultante do investimento inicial de R$ 2.000 e de uma única entrada
de caixa, em dois anos, de R$ 2.420 é de 10% ao ano.

Comentários:

53
O VPL será igual a:

2.420
𝑉𝑃𝐿 = −2.000 +
(1 + 𝑖)2

A TIR é a taxa que zera o VPL. Nesse caso, você pode calcular a TIR normalmente ou então, substituir os 10%
fornecidos no enunciado e constatar se o VPL irá zerar ou não.

Vamos fazer aplicando a taxa de 10%.

Para 𝑖 = 10%:

2.420
𝑉𝑃𝐿 = −2.000 +
(1 + 0,1)2

2.420
𝑉𝑃𝐿 = −2.000 +
1,21

𝑉𝑃𝐿 = −2.000 + 2.000 → 𝑽𝑷𝑳 = 𝟎

Logo, como substituímos a taxa de 10% e o VPL foi igual a zero, é porque a TIR desse investimento é igual a
10%.

Gabarito: CERTO

42. (CESPE / TCE PA – 2016) A respeito de taxa interna de retorno e valor presente líquido de um
projeto, julgue o item subsecutivo.

No caso de um investidor que necessite avaliar a viabilidade de um novo empreendimento e que considere
bom negócio aquele que tem taxa mínima de atratividade de 15%, se o valor presente líquido for positivo,
necessariamente a taxa interna de retorno será superior a 15%.

Comentários:

54
Podemos analisar essa afirmativa pelo gráfico do VPL x Taxa.

Observe no gráfico acima que a TMA assinalada de 15% remete a um VPL positivo conforme informado pelo
enunciado.

Logo, a TIR de retorno desse projeto deve estar mais a direita no eixo horizontal, isto é, a TIR deve ser MAIOR
que a TMA.

Pelo gráfico chegamos à conclusão que:

Se 𝑉𝑃𝐿 > 0 → 𝑇𝐼𝑅 > 𝑇𝑀𝐴

Se 𝑉𝑃𝐿 < 0 → 𝑇𝐼𝑅 < 𝑇𝑀𝐴

Se 𝑉𝑃𝐿 = 0 → 𝑇𝐼𝑅 = 𝑇𝑀𝐴

Você também pode pensar teoricamente (que na verdade é a conclusão desse gráfico). A taxa mínima de
atratividade utilizada e o VPL comportam-se de maneira inversamente proporcional: quanto maior a taxa de
desconto, maior será o valor descontado e consequentemente, menor será o VPL do projeto.

Se o VPL é positivo e você deseja que ele seja zero (TIR), devemos aumentar a taxa. Logo, a TIR é maior que
a TMA.

Gabarito: CERTO

43. (CESPE / FUB – 2015) Uma instituição financeira X ofereceu um projeto de investimento a uma
empresa para aplicar um capital inicial de R$ 1.050.000,00, cujos rendimentos auferidos, a cada

55
ano, pelo período de 10 anos — entradas de caixa anuais (receitas líquidas) — produziriam um
valor presente líquido (VPL) de R$ 64.337,08 à taxa de desconto de 18,95% ao ano.

Com base na situação apresentada e considerando que a taxa interna de retorno (TIR) dessa aplicação seja
igual a 20,41%, julgue o item seguinte acerca da viabilidade técnico-financeira.

O método do VPL sugere que o projeto seja viável; todavia, pelo método da TIR, o projeto suscita grande risco
financeiro, que o torna inviável.

Comentários:

Vamos analisar os dois métodos separadamente.

• VPL

O cálculo do VPL pode apresentar três resultados:

𝑽𝑷𝑳 > 𝟎 : Investimento é VIÁVEL, ou seja, o investimento é atrativo economicamente.

𝑽𝑷𝑳 = 𝟎 : Investimento vai resultar exatamente na Taxa Interna de Retorno TIR (iremos analisar esse
caso específico mais à frente nesta aula).

𝑽𝑷𝑳 < 𝟎 : Investimento é INVIÁVEL, ou seja, o investimento não é atrativo economicamente.

O enunciado nos informa que o VPL é positivo e igual a +64.337,08. Logo, pelo método do VPL, o investimento
é VIÁVEL.

• TIR

De posse da Taxa Interna de Retorno (TIR) e da Taxa Mínima de Atratividade (𝑖𝑎 ) podemos analisar a
viabilidade econômica do investimento através de um dos três resultados a seguir:

𝑻𝑰𝑹 > 𝒊𝒂 : Investimento é VIÁVEL

𝑻𝑰𝑹 = 𝒊𝒂 : Investimento é INVARIÁVEL

𝑻𝑰𝑹 < 𝒊𝒂 : Investimento é INVIÁVEL

A questão nos informa que a TIR é igual a 20,41% e a TMA igual a 18,95%. Logo, pelo método da TIR, uma
vez que a TIR é MAIOR que a TMA, o investimento também é VIÁVEL.

Logo, a assertiva como um todo está ERRADA, pois o investimento é VIÁVEL pelos dois métodos.

Gabarito: ERRADO

56
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
44. (CESPE / PGE PE - 2019) Com relação a sistemas de amortização de empréstimos e
financiamentos, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Uma instituição bancária concedeu empréstimo de R$ 30.000, entregues no ato, sem
prazo de carência, para ser quitado pelo sistema de amortização constante em 24 prestações mensais. A
primeira prestação vencerá um mês após a tomada do empréstimo, sendo de 2% a taxa de juros mensais
adotada pela instituição bancária.

Assertiva: Nessa situação, as prestações são decrescentes e a diferença entre duas prestações consecutivas
é igual a R$ 50.

Comentários:

Vamos resolver a questão por 2 caminhos diferentes.

1. A primeira forma de resolução é lembrando uma das características do SAC. No Sistema de


Amortização Constante as Prestações são DECRESCENTES. E mais, são decrescentes em PA
(progressão aritmética) de razão igual a:

𝑟 = −𝑖 × 𝐴

Iremos, então, calcular a Amortização que no SAC é constante e será igual a:

𝐸
𝐴=
𝑛
30.000
𝐴= → 𝑨 = 𝟏. 𝟐𝟓𝟎
24

Logo, a razão de decréscimo das Prestações será:

𝑟 = −𝑖 × 𝐴

𝑟 = −0,02 × 1.250 → 𝒓 = −𝟐𝟓

Ou seja, a diferença entre duas prestações consecutivas é igual a R$ 25.

2. Caso você não se lembrasse dessa característica, a segunda possibilidade de resolução (um pouco
mais trabalhosa) seria calcular as 2 primeiras prestações e constatar a diferença entre elas.

57
Como se trata do primeiro exercício das "questões focadas no Cespe", eu irei preencher a tabela campo a
campo.

Vejamos, então, com o auxílio da tabela. Iremos montar a tabela passo a passo para que você relembre a
sistemática de cáculo do SAC.

Primeiro passo é calcular a Amortização (já calculada acima no valor de 1.250)

Como as Amortizações são constantes, já preenchemos o primeiro e o segundo período.

O Juros do período será igual a Taxa de Juros multiplicada pelo Saldo Devedor inicial do período.

𝐽𝑖 = 𝑖 × 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑖

𝐽1 = 𝑖 × 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 1

𝐽1 = 0,02 × 30.000 → 𝑱𝟏 = 𝟔𝟎𝟎

Assinalando o valora na tabela:

E a primeira Prestação será igual a Amortização mais os Juros do primeiro período.

𝑃𝑖 = 𝐴 + 𝐽𝑖

𝑃1 = 𝐴 + 𝐽1

𝑃1 = 1.250 + 600 → 𝑷𝟏 = 𝟏. 𝟖𝟓𝟎

58
Para finalizar os cáculos do primeiro período, encontraremos o Saldo Devedor final que será igual ao Saldo
Devedor inicial do período menos a Amortização.

𝑆𝐷𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 1 = 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 1 − 𝐴

𝑆𝐷𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 1 = 30.000 − 1.250 → 𝑺𝑫𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝟏 = 𝟐𝟖. 𝟕𝟓𝟎

Observe que o Saldo Devedor inicial do segundo período é igual ao Saldo Devedor final do primeiro período.

Para o segundo período, repetiremos a sistemática das contas, isto é, iremos calcular primeirmante os Juros
e, de posse dos Juros e da Amortização, calculamos a Prestação.

O Juros do segundo período será igual a Taxa de Juros multiplicada pelo Saldo Devedor inicial do segundo
período.

𝐽𝑖 = 𝑖 × 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑖

𝐽2 = 𝑖 × 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 2

𝐽2 = 0,02 × 28.750 → 𝑱𝟐 = 𝟓𝟕𝟓

Logo, a segunda Prestação será:


59
𝑃𝑖 = 𝐴 + 𝐽𝑖

𝑃2 = 𝐴 + 𝐽2

𝑃2 = 1.250 + 575 → 𝑷𝟐 = 𝟏. 𝟖𝟐𝟓

Sendo assim, as prestações são decrescentes e a diferença entre duas prestações consecutivas é igual:

𝑑 = 1.825 − 1.850 → 𝒅 = −𝟐𝟓

O sinal de negativo mostra que, de fato, as prestações são decrescentes.

Ou seja, a assertiva está ERRADA.

Gabarito: ERRADO

45. (CESPE / BNB - 2018) No que se refere a matemática financeira, julgue o seguinte item.

Situação hipotética: Um cliente tomou R$ 60.000 de empréstimo em um banco. A quantia foi entregue no
ato, sem prazo de carência, e deverá ser quitada pelo sistema de amortização constante (SAC) em 12
prestações mensais consecutivas e com a primeira prestação vencendo um mês após a tomada do
empréstimo. A taxa de juros contratada foi de 2% ao mês.

Assertiva: Nesse caso, o valor da sexta prestação será de R$ 5.700.

Comentários:

Vamos resolver esta questão com um pouco mais de rapidez. Igual você resolverá no dia da prova. Sabemos
que a sexta Prestação será igual a soma da Amortização mais os Juros do sexto período:

𝑃𝑖 = 𝐴 + 𝐽𝑖

𝑃6 = 𝐴 + 𝐽6

Vamos calcular cada parcela separadamente.

60
Primeiro passo no SAC é calcular o valor da Amortização:

𝐸
𝐴=
𝑛

60.000
𝐴= → 𝑨 = 𝟓. 𝟎𝟎𝟎
12

Juros do sexto período

O Juros do sexto período será igual a:

𝐽𝑖 = 𝑖 × 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑖

𝐽6 = 𝑖 × 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 6

E, sabemos também, que o Saldo Devedor final de um período é igual ao Saldo Devedor inicial do período
seguinte. Logo,

𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 6 = 𝑆𝐷𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 5

O Saldo Devedor final do quinto período será igual a:

𝑆𝐷𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑖 = 𝐸 − 𝑛 × 𝐴

𝑆𝐷𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 5 = 60.000 − 5 × 5.000

𝑆𝐷𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 5 = 60.000 − 25.000 → 𝑺𝑫𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝟓 = 𝟑𝟓. 𝟎𝟎𝟎

Logo, o Saldo Devedor inicial do sexto período será:

𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 6 = 𝑆𝐷𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 5 = 35.000

Então, os Juros do sexto período serão iguais a:

𝐽6 = 𝑖 × 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 6

𝐽6 = 0,02 × 35.000 → 𝑱𝟔 = 𝟕𝟎𝟎

Logo, de posse dos Juros e da Amortiação, calculamos o valor da Prestação.

𝑃6 = 𝐴 + 𝐽6

𝑃6 = 5.000 + 700 → 𝑷𝟔 = 𝟓. 𝟕𝟎𝟎


61
Gabarito: CERTO

46. (CESPE / FUB - 2018) A respeito de sistemas de amortização e de taxas de juros de empréstimos
bancários, julgue o item a seguir.

Uma das características do sistema de amortização constante (SAC) é que as prestações a serem pagas pelo
tomador do empréstimo são todas iguais.

Comentários:

Vamos relembrar o esquema com as características do SAC.

Ou seja, uma das características do sistema de amortização constante (SAC) é que as prestações a serem
pagas pelo tomador do empréstimo são DECRESCENTES.

Ter "Prestações iguais" é característica do Sistema Francê de Amortização (Tabela Price).

Gabarito: ERRADO

47. (CESPE / TRE BA - 2017 Adaptada) Um banco emprestou a uma empresa R$ 100.000, entregues
no ato, sem prazo de carência, para serem pagos em quatro prestações anuais consecutivas
pelo sistema de amortização constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada para o
empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira prestação será paga um ano após a tomada do
empréstimo.

Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser paga pela empresa será superior a R$ 30.000 e inferior a
R$ 31.000.

62
Comentários:

Vamos calcular, primeiramente, o valor da Amortiação:

𝐸
𝐴=
𝑛

100.000
𝐴= → 𝑨 = 𝟐𝟓. 𝟎𝟎𝟎
4

E assim, preenchemos rapidamente nossa tabela auxiliar nos campos que interessam.

Observe que as Amortiações são iguais, e o Saldo Devedor final é igual ao Saldo Devedor inicial menos a
Amortização.

Iremos calcular os Juros do segundo período.

𝐽𝑖 = 𝑖 × 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑖

𝐽2 = 𝑖 × 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 2

𝐽2 = 0,1 × 75.000 → 𝑱𝟐 = 𝟕. 𝟓𝟎𝟎

Logo, a segunda prestação será:

𝑃𝑖 = 𝐴 + 𝐽𝑖

𝑃2 = 𝐴 + 𝐽2

𝑃2 = 25.000 + 7.500 → 𝑷𝟐 = 𝟑𝟐. 𝟓𝟎𝟎

Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser paga pela empresa será SUPERIOR a R$ 32.500,00.

Gabarito: ERRADO

63
48. (CESPE / PGE PE - 2019) Com relação a sistemas de amortização de empréstimos e
financiamentos, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Marcelo contratou empréstimo de R$ 380.000 em uma instituição financeira que adota
o sistema de amortização francês. O valor foi entregue no ato, não foi concedido prazo de carência para o
pagamento, a ser feito em 5 prestações anuais, consecutivas e iguais. A primeira prestação vencerá um ano
após a tomada do empréstimo, sendo a taxa de juros de 10% ao ano.

Assertiva: Nessa situação, considerando-se 0,62 como valor aproximado para 1,1−5, é correto afirmar que
Marcelo pagará menos de R$ 95.000 de prestação.

Comentários:

No SF, as prestações são constantes e calculadas pela seguinte equação:

1 − (1 + 𝑖)−𝑛
𝐸 = 𝑃×[ ]
𝑖

Observe que a questão se limitava à aplicação da fórmula acima. Então, aluno, perceba a importância de
(também) decorar as fórmulas.

Vamos substituir os valores e calcular o valor da Prestação:

1 − (1 + 𝑖)−𝑛
𝐸 = 𝑃×[ ]
𝑖

1 − (1 + 0,1)−5
380.000 = 𝑃 × [ ]
0,1

1 − 1,1−5
380.000 = 𝑃 × [ ]
0,1

O enunciado nos informa que 1,1−5 = 0,62. Logo,

1 − 0,62
380.000 = 𝑃 × [ ]
0,1

0,38
380.000 = 𝑃 × [ ]
0,1

380.000 = 𝑃 × 3,8

380.000
𝑃= → 𝑷 = 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎
3,8

64
Ou seja, Marcelo pagará MAIS de R$ 95.000 de prestação.

Gabarito: ERRADO

49. (CESPE / TCE PE - 2017) Julgue o item seguinte, relativo à matemática financeira.

Situação hipotética: Uma instituição financeira emprestou a uma empresa R$ 100.000, quantia entregue no
ato, sem prazo de carência, a ser paga em cinco prestações anuais iguais, consecutivas, pelo sistema francês
de amortização. A taxa de juros contratada para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira prestação
deverá ser paga um ano após a tomada do empréstimo.

Assertiva: Se o valor das prestações for de R$ 26.380, a soma total dos juros que deverão ser pagos pela
empresa, incluídos nas cinco parcelas do financiamento, é inferior a R$ 31.500.

Comentários:

Vamos, primeiramente, calcular o valor total pago pelo tomador do Empréstimo. O valor total será igual a
soma das Prestações.

𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 5 × 26.380 → 𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟏𝟑𝟏. 𝟗𝟎𝟎

O valor total pago corresponde ao valor total Amortiado mais o valor total pago pelos Juros.

𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 + 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠

O valor total Amortizado é o próprio valor do Empréstimo. Sendo assim, iremos substituir os valores e
calcular o valor total pago pelos Juros.

𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 + 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠

131.900 = 100.000 + 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠

𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 131.900 − 100.000 → 𝑱𝒖𝒓𝒐𝒔 = 𝟑𝟏. 𝟗𝟎𝟎

Ou seja, a soma total dos juros que deverão ser pagos pela empresa, incluídos nas cinco parcelas do
financiamento, é SUPERIOR a R$ 31.500.

Gabarito: ERRADO

65
50. (CESPE / FUNPRESP - 2016) Considerando a tabela Price, comumente chamada de sistema
francês de amortização — método usado em amortização de empréstimos —, julgue o item
subsecutivo.

Nesse sistema, os valores das parcelas a serem pagas são decrescentes.

Comentários:

Vamos relembrar as características do SF.

Ou seja, no SF os valores das parcelas a serem pagas são CONSTANTES.

No SAC que as parcelas são decrescentes. Logo, a assertiva está errada.

Gabarito: ERRADO

51. (CESPE / TCE SC - 2016) No item, é apresentada uma situação hipotética relacionada aos
sistemas de amortização, seguida de uma assertiva a ser julgada.

Um banco emprestou R$ 30.000 entregues no ato, sem prazo de carência, para serem pagos pelo sistema de
amortização francês, em prestações de R$ 800. A primeira prestação foi paga um mês após a tomada do
empréstimo, e o saldo devedor após esse pagamento era de R$ 29.650. Nessa situação, a taxa de juros desse
empréstimo foi inferior a 1,8%.

Comentários:

66
Vamos montar a tabela para nos auxiliar na visualização trazida pelo enunciado.

Sabemos que o Saldo Devedor final do primeiro período será igual ao Saldo Devedor inicial menos a
Amortização. Então,

𝑆𝐷𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 1 = 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 1 − 𝐴1

29.650 = 30.000 − 𝐴1

𝐴1 = 30.000 − 29.650 → 𝑨𝟏 = 𝟑𝟓𝟎

Estudamos também que a Prestação é calculada pela soma da Amortização mais os Juros. Logo,

𝑃 = 𝐴1 + 𝐽1

800 = 350 + 𝐽1

𝐽1 = 800 − 350 → 𝑱𝟏 = 𝟒𝟓𝟎

Os Juros do período são calculados pela multiplicação da Taxa de Juros pelo Saldo Devedor inicial do período.
Sendo assim, a Taxa de Juros será igual a:

𝐽1 = 𝑖 × 𝑆𝐷𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 1

450 = 𝑖 × 30.000

67
450
𝑖= → 𝒊 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟓 𝒐𝒖 𝟏, 𝟓% 𝒂𝒐 𝒎ê𝒔
30.000

Nessa situação, a taxa de juros desse empréstimo foi INFERIOR a 1,8%.

Gabarito: CERTO

Peço, encarecidamente, desculpas por ter passado uma questãozinha. Rsrs.


Coloquei 50 questões. Porém, na hora da revisão final encontrei mais uma super importante que não tinha
como deixar de fora e também não queria deletar mais nenhuma. Espero que entenda, caro Aluno.
Ficamos por aqui.
Tenha uma ÓTIMA PROVA!!!
O que precisar, pode contar comigo!

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