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JUROS SIMPLES
DEFINIÇÃO
Juros simples representam o regime de capitalização no qual juros devidos e não pagos
não são capitalizados.
CONCEITO E UTILIZAÇÃO
Imagine um certo valor presente - PV sendo aplicado a uma taxa de juros i, sob o crivo
dos juros simples.
Na determinação dos juros referentes ao primeiro período da operação, teríamos a
aplicação da taxa de juros sobre o valor presente, o que seria descrito matematicamente
pela seguinte relação:
J1 = PV x i
Pensando nos juros que seriam calculados no segundo período, em função da orientação
dada pela definição desse regime de capitalização, mais uma vez a taxa de juros seria
aplicada sobre o valor presente da operação. Sendo assim, teríamos, para esses juros,
uma equação idêntica à expressa para os juros do primeiro período, como se segue:
J2 = PV x i
Considerando que os cálculos financeiros básicos envolvem quatro variáveis – VP, VF, i
e n –, e observando que somente três variáveis foram contempladas nas práticas levadas
a efeito no presente capítulo, percebemos que o parâmetro VF não participou dos
desenvolvimentos quantitativos, até então, o que será procedido a partir de agora.
Para tanto, imagine que um cidadão realize uma aplicação única em um determinado
fundo de investimento, no valor de $50.000,00. Imagine, ainda, que após 24 meses da
aplicação, esse indivíduo se depare com um saldo de $59.800,00 relativo ao fundo em
questão. Considerando ter sido aquela a única aplicação realizada, ao longo dos 24
meses, poderia ele deduzir que o seu saldo final nada mais seria que a soma do valor
aplicado com os juros gerados pela operação? Resposta afirmativa!
Dado que só havia realizado um único aporte de capital, toda diferença constatada em
relação a esse valor aportado, em datas futuras, será atribuída aos juros gerados pela
Matemática Financeira - Rodrigo Bastos Monteiro
Matemática Financeira com Uso da HP12C e do MS-Excel
Prof. Rodrigo Bastos Monteiro
aplicação. Sendo assim, em cenários como esse, sempre valerá a seguinte relação
matemática:
FV = PV + J
Repare que para chegarmos a essa conclusão não foi preciso identificar o regime de
capitalização utilizado na formação dos juros considerados na equação anterior, o que
significa dizer que os mesmos podem ter sido gerados através das técnicas dos juros
simples, tanto quanto dos juros compostos. Por conseguinte, o formato manifestado pela
referida equação é genérico, ou seja, tem aplicação nos dois regimes de capitalização –
simples e compostos.
Porém, se na equação anterior substituirmos a variável juros (J) pela relação PV x i x n,
o que era uma relação genérica passará a ter o formato específico do regime dos juros
simples, assumindo o formato que se segue:
J
FV = PV + PV x i x n
FV = PV x (1 + i x n)
A seguir você tem a representação gráfica da evolução do valor futuro de uma operação
realizada no regime de juros simples. Observe que a evolução dos montantes ocorre
segundo a equação de uma linha reta, sendo o coeficiente linear (intercepto) identificado
pelo PV, e o coeficiente angular (declividade), pelo juro constante ao período PV X i.
períodos
𝐹𝑉 𝐹𝑉
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × (1 + 𝑖 × 𝑛) ∴ = (1 + 𝑖 × 𝑛) ∴ 𝑖 × 𝑛 = −1
𝑃𝑉 𝑃𝑉
𝐹𝑉
−1
∴ 𝑛 = 𝑃𝑉
𝑖
Exemplo: Por quantos períodos deve-se manter uma aplicação no valor de $1.363,40, à
taxa de 1,5% ao trimestre, para gerar um montante de $3.000,00?
Dados: PV = $1.363,40 FV = $3.000,00 i = 1,5% a.t
Solução:
𝐹𝑉 $3.000,00
−1 −1
𝑃𝑉 $1.363,40
𝑛= = ∴ 𝑛 = 80,03 𝑡𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒𝑠
𝑖 0,015