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Sumário:
Potencial criado por um dipolo eléctrico. Força sobre uma carga eléctrica num campo
uniforme. Momento das forças num dipolo num campo uniforme e energia potencial do
dipolo
Na 8ª aula estudámos o campo eléctrico criado por um dipolo, como a sobreposição dos
campos criados por duas cargas simétricas uma da outra, localizadas perto uma da outra.
Podemos obter o potencial seguindo o mesmo raciocínio. A Fig. 10.1 representa o
dipolo (a notação é diferente da usada na Fig. 8.4).
r
Q
l
θ
-Q
Figura 10.1
O potencial no ponto P é a soma dos potenciais criados por cada uma das cargas que foi
obtido na última aula. Atendendo a (9.19) podemos escrever para o potencial criado
pelas duas cargas como
Q Q
V =K − + . (10.1)
r s
QK 1 . (10.2)
V =− 1−
r l l
2
1 − 2 cos θ +
r r
Consideremos pontos afastados do dipolo, ou seja, pontos tais que r >> l. O último
termo dentro da raiz quadrada em (10.2) pode ser desprezado em relação aos outros
dois; e o próprio termo do meio é pequeno (comparado com 1) o que permite usar a
1
aproximação (1 ± x )α ≈ 1 ± αx (primeiros dois termos do desenvolvimento em série).
Assim,
1 1 1 l l
≈ ≈ 1 − 2 cos θ = 1 − cos θ . (10.3)
l l
2
l 2 r r
1 − 2 cos θ + 1 − 2 cos θ
r r r
l cos θ
V = KQ . (10.4)
r2
p ⋅ rˆ
V =K . (10.5)
r2
V2
V1
V=0 V=0
-V1
-V2
Figura 10.1
2
o campo eléctrico dipolar (8ª aula) o que “conta” de facto é o produto dos dois [vide a
expressão (8.11) para o campo eléctrico dipolar num ponto do eixo longe do dipolo].
qE
a= (10.6)
m
Figura 10.2
Momento das forças num dipolo num campo uniforme e energia potencial do
dipolo
1
Consideramos igualmente que as velocidades das partículas são suficientemente pequenas para que se
possa aplicar o formalismo da mecânica clássica e não o da mecânica relativista
3
Fig. 10.1 for colocado numa região onde exista um campo eléctrico horizontal, tenderá a
rodar e a alinhar com o campo por acção do binário, como se representa na Fig. 10.3.
Q F
l
ο α
E
-Q
−F
Figura 10.3
M =
l
2
×F + −
l
2
( )
× − F =l × F . (10.7)
Como F = QE e p = Ql obtém-se
M = p×E. (10.8)
Ep = − p ⋅ E . (10.9)
De acordo com esta expressão, tem-se a “configuração” de energia nula quando o dipolo
e campo são perpendiculares (recorda-se que a configuração de energia potencial de
referência e o valor da energia para essa configuração são arbitrários).