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CAPÍTULO 2
CAMPO ELECTROSTÁTICO NO VÁCUO
2.0. Introdução
Embora os fenómenos eléctricos sejam conhecidos desde a
aurora da humanidade, o seu estudo científico só se iniciou em
princípios do século XVII. A manifestação mais espectacular da
electricidade na natureza é, provavelmente, a trovoada. Por ou-
tro lado, encontram-se já em textos datando do Antigo Egipto
referências à electricidade de origem animal, associada a cer-
tos peixes1. E sabe-se, desde a Antiguidade Clássica, que dife-
rentes materiais adquirem, quando friccionados, a propriedade
de se atraírem ou repelirem uns aos outros. Um dos materiais
utilizados nessas primitivas experiências foi o âmbar (elektron
em grego), de onde vem a palavra electricidade (William Gil-
bert, 1600). Uma vez que as acções eléctricas podiam ser
atractivas ou repulsivas, tinham de existir dois tipos de electri-
cidade, a que convencionalmente se veio a chamar positiva e
negativa. No início da era moderna (século XVII) e até ao sécu-
lo XIX, a electricidade era vista como um fluido (ou melhor, co-
mo dois fluidos); foi só com a descoberta do electrão (J. J.
Thomson, 1897) e posteriores partículas elementares que ficou
estabelecida a natureza discreta da carga eléctrica.
Caso
repulsivo P FP
P
FP
q’ Caso
q’
q atractivo
q FO
FO
O O Figura 1
1 qq'
F
P 4 vers OP
2
0 r (1)
F F
O P
q q´
FO FP 1
40 r 2
Aplicação
Solução:
31
me mp 11 2 -2 9.11 10 kg1.67 1027 kg
Fgrav G 6.67 10 N.m .kg
r2
5 10
11 2
m
4 1047 N
1 qe qp
Felec
40 r 2
2
1 1.602 1019 C
9 108 N
5 1011m
12 2 -1 2 2
4 8.85 10 C N m
Felec
2.25 1039
Fgrav
1 q
EP vers OP (2)
40 r 2
FP qo EP (3)
+
Figura 2
1 q
EP
40 r 2
Aplicação
Solução:
1 q 1 1.4 106
E 1.3 106 N.C-1 ,
40 r 2 12 2
4 8.85 10 0.1
F q ' E 1.2 106 1.3 106 1.5 N
1 q
VP (4)
40 r
WAB
V (VB VA ) (5)
qo
ou
s
qo
B
A
rA rB
q
O Figura 3
2
Este resultado é consequência de a força eléctrica ser uma força conservativa. Para mais pormeno-
res vide P.M. Fishbane et al., “Physics for Scientists and Engineers”, Prentice Hall, New Jersey, 1996,
pp. 661 – 665.
WAB qo VA (8)
Fext Felec .
WAB Fext qo (VA VB ) (9)
teremos
WAB Fext qo VA (10)
WB A Fext qo VA (11)
1 q
VP ,
40 r
1 q
EP vers OP
40 r 2
+
Linhas equipotenciais
q<
q<0 q>
q>0
0 0
Figura 4
dV
EP vers OP VP (12)
dr
Fn F2
P
F1
Q1P
Q1 qo
Fi qn
q1 F3
Qn
Q2
q2 QP
i
Q3 qi Figura 5
q3 Qi
n
F P F1 P ... Fn P Fi P (13)
i 1
com
1 qi qo
Fi P vers Qi P
40 rQ P
2
i
n), i.e.,
n
E P E1 P ... En P Ei P (14)
i 1
com
1 qi
Ei P vers QP
i
40 rQP
2
i
n
V P V1 P ... Vn P Vi P (15)
i 1
Figura 6
Equipotenciais
Figura 7 Linhas de campo
W Fext q1V1
1 qq1
40 OP1
(16)
1 1 q1
W Fext q2V2 q2
4
q
4
0 OP 2 0 P1 2
P
(17)
1 qq2 1 q1q2
40 OP2 40 P1P2
3
Uma vez que a força eléctrica é conservative,o trabalho por ela realizado é o simétrico da variação da energia
potencial electrostática. Logo, o trabalho realizado pelo agente exterior, que é simétrico do trabalho da força
eléctrica, é igual à variação da energia potencial electrostática.
4
Para pormenores da demonstração vide P.M. Fishbane et al., “Physics for Scientists and Engi-
neers”, Prentice Hall, New Jersey, 1996, pp. 666 – 667.
n
1 1
W q1V1 ... qn Vn qV
2 2 i 1 i i (19)
Aplicação
Demonstre para um sistema de 3 cargas (q1, q2, q3) que a relação (16) é
verdadeira.
dq
(20)
dV
dq
(21)
dS
dq
(22)
dl
5
Note-se que, em Física, a densidade é uma grandeza com dimensões.
1 qo q
F P vers QP (23)
40 rQP
2
1 qodq
F P dF (P ) vers QP
40 rQP
2
(24)
1 dq
F (P )
F (P ) dF (P )
40
qo 2 vers QP
rQP
1 (Q)dV
F P q
40 o V 2
rQP
vers QP (volúmica) (25)
1 (Q)dS
F P q
40 o S r2
QP
vers QP (superficial) (26)
1 (Q)dl
F P q
40 o
C r2
QP
vers QP (linear) (27)
1 (Q)dV
E P
40 V 2
rQP
vers QP (volúmica) (28)
1 (Q)dS
E P
40
S r2
QP
vers QP (superficial) (29)
1 (Q)dl
E P
40
C r2
QP
vers QP (linear) (30)
1 (Q)dV
V P
40 V rQP
(volúmica) (31)
1 (Q)dS
V P
40 S r
QP
(superficial) (32)
1 (Q)dl
V P
40 C r
QP
(linear) (33)
1 1 dqP dqQ
W
2 4 0 rP rQ
1 1 (rP ) (rQ )
2 4 0
V rP rQ
drP drQ (volúmica)
(34)
1 1 (rP ) (rQ )
2 4 0
S rP rQ
drP drQ (superficial)
1 1 (rP )(rQ )
2 4 0
C rP rQ
drP drQ (linear)
n
S
P
Figura 8 E
E E S cos (35)
Figura 9
v t S cos
W v S cos v S (36)
t
A presença do factor cos tem que ver com o facto de a área
através da qual a água efectivamente passa depender do ân-
gulo entre a superfície e a velocidade v do escoamento: se a
rede for perpendicular a v (isto é, 0o ), a área atravessada é
a verdadeira área da rede. Caso contrário, a área atravessada
é a projecção de ΔS no plano perpendicular a v , ou seja,
S cos . No caso-limite de a rede ser paralela à velocidade de
escoamento (isto é, 90o ), obviamente não será atravessada
por qualquer volume de água.
E E dS (38)
S
Figura 10
Visto que o campo E é radial e dirigido de dentro para fora da
esfera, tem-se que, em cada elemento de área dS,
d E E dS EdS (39)
q q
E d E E dS dS dS
S S S 4 0R 2
4 0R 2 S
(40)
q q
4 R 2
4 0R 2
0
Q
E E dS (41)
S 0
Figura 11
E E dS E dS E dS (42)
sup.inferior sup. superior sup. lateral
E E dS E dS E 2 rh 2 rhE (43)
sup.lateral sup.lateral
q
E 2 rhE (44)
0
h
2 rhE E (45)
0 2 0r
Figura 12
E E dS E dS E dS (46)
sup.inferior sup. superior sup. lateral
E E dS E dS 2EA (47)
sup.inferior sup.superior
q A
E 2EA E (48)
0 0 2 0
Figura 13
E (49)
0
Figura 14
E E dS E dS 4 r 2E (50)
esfera esfera
4 R 2 R
2
Q
4 r E
2
E (51)
0 0 0 r
E 0 (52)
1Q
E (51’)
4 0 r 2
(e) Campo gerado por uma esfera maciça de raio R, com den-
sidade volúmica de carga ρ
E E dS E dS 4 r 2E (53)
esfera esfera
4 R 3
Q R3
4 r E
2
E (54)
0 3 0 3 0 r 2
4 r 3
Q
4 r E
2
E r (55)
0 3 0 3 0
1 Q
E (54’)
4 0 r 2